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PARQUE ECOTURÍSTICO MUNICIPAL SÃO LUÍS DE TOLOSA (PEMSLT)
RIO NEGRO – PR.
Relatório Final
Limite Aceitável de Câmbio no PEMSLT.
Adilson Wandembruck
Março / 2011
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3
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 8
OBJETIVOS .................................................................................................................................................... 9
MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................................................... 10
Área de estudo ....................................................................................................................................... 10
Método .................................................................................................................................................. 12
RESULTADOS............................................................................................................................................... 17
Características gerais da paisagem do Parque São Luís de Tolosa ......................................................... 17
Visitação Pública .................................................................................................................................... 21
Equipamentos ........................................................................................................................................ 38
Análise DAFO .......................................................................................................................................... 40
Fichas de campo para coleta de dados .................................................................................................. 42
PROGRAMAS DE MANEJO .......................................................................................................................... 45
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................................. 49
REFERÊNCIAS .............................................................................................................................................. 53
ANEXOS ...................................................................................................................................................... 54
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ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1: Araucaria angustifolia ................................................................................................................ 10
Figura 2: Placa de identificação da Araucaria angustifolia ...................................................................... 10
Figura 3: Laranjeira .................................................................................................................................... 10
Figura 4: Hortênsia ..................................................................................................................................... 10
Figura 5: Nêspera ....................................................................................................................................... 10
Figura 6: Rodovias de acesso ao município de Rio Negro – PR. ............................................................... 11
Figura 7: Etapas do método de monitoramento LAC (Limits of Acceptable Change) .............................. 12
Figura 8: Lista de indicadores de impactos ecológicos e sociais .............................................................. 14
Figura 9: Características de bons indicadores de qualidade segundo várias fontes ................................ 15
Figura 10: Rede de Trilhas Existente no Interior do Parque Ecoturístico Municipal São Luís de Tolosa . 18
Figura 11: Mapa com o código dos fragmentos ........................................................................................ 19
Figura 12: Áreas de desenvolvimento ....................................................................................................... 21
Figura 13: Fachada do prédio da Prefeitura .............................................................................................. 22
Figura 14: Vista aérea do prédio que abriga exposição de presépio e venda de artesanato .................. 22
Figura 15: Prédio que abriga exposição de presépio e venda de artesanato .......................................... 22
Figura 16: Presépio de palha de milho ...................................................................................................... 23
Figura 17: Interior da loja de artesanato .................................................................................................. 23
Figura 18: Interior da lanchonete .............................................................................................................. 23
Figura 19: Capela Cônego José Ernser ....................................................................................................... 23
Figura 20: Placa indicativa da Capela ........................................................................................................ 23
Figura 21: Ambiente próximo à Capela ..................................................................................................... 23
Figura 22: Área gramada ........................................................................................................................... 24
Figura 23: Banco rústico ............................................................................................................................ 24
Figura 24: Caixa d’água .............................................................................................................................. 24
Figura 25: Transformador .......................................................................................................................... 24
Figura 26: Campo ....................................................................................................................................... 25
Figura 27: Visitantes em atividade no campo ........................................................................................... 25
5
Figura 28: Parquinho .................................................................................................................................. 25
Figura 29: Trilha com substrato de brita. .................................................................................................. 26
Figura 30: Adaptação da trilha para portadores de necessidades especiais, com aplicação de asfalto
em uma faixa de 1,0 m de largura no centro da trilha; concreto; ou saibro compactado (neste caso em
toda a trilha). ............................................................................................................................................. 26
Figura 31: Placa de sinalização ao longo da trilha. ................................................................................... 26
Figura 32: Família de visitantes em ponto de descanso ao longo da trilha. ............................................ 26
Figura 33: Placa indicativa da Gruta de Lourdes ....................................................................................... 26
Figura 34: Gruta de Lourdes ...................................................................................................................... 26
Figura 35: Centro Ambiental Casa Branca ................................................................................................. 27
Figura 36: Vista aérea do Centro Ambiental Casa Branca e da guarita de fiscalização. .......................... 27
Figura 37: Voluntário atendendo grupo de crianças no interior do Centro Ambiental ........................... 27
Figura 38: Guarita de Fiscalização ............................................................................................................. 28
Figura 39: Trecho da Trilha do Rio ............................................................................................................. 28
Figura 40: Interior da Trilha do Rio ........................................................................................................... 28
Figura 41: Distribuição do número de visitantes ao longo dos meses de 2010. ...................................... 29
Figura 42: Distribuição do número de visitantes ao longo dos dias da semana em 2010. ...................... 30
Figura 43: Gráfico com a distribuição da visitação no mês de Janeiro ..................................................... 30
Figura 44: Gráfico com a distribuição da visitação no mês de Fevereiro ................................................. 31
Figura 45: Gráfico com a distribuição da visitação no mês de Março ...................................................... 31
Figura 46: Gráfico com a distribuição da visitação no mês de Abril ......................................................... 32
Figura 47: Gráfico com a distribuição da visitação no mês de Maio ........................................................ 32
Figura 48: Gráfico com a distribuição da visitação no mês de Junho ....................................................... 33
Figura 49: Gráfico com a distribuição da visitação no mês de Julho ........................................................ 33
Figura 50: Gráfico com a distribuição da visitação no mês de Agosto ..................................................... 34
Figura 51: Gráfico com a distribuição da visitação no mês de Setembro ................................................ 34
Figura 52: Gráfico com a distribuição da visitação no mês de Outubro .................................................. 35
Figura 53: Gráfico com a distribuição da visitação no mês de Novembro ............................................... 35
Figura 54: Gráfico com a distribuição da visitação no mês de Dezembro................................................ 36
Figura 55: Mapa com pontos de GPS demarcados durante levantamento de campo. ........................... 36
6
Figura 56: Placa de orientação no interior da trilha. ................................................................................ 38
Figura 57: Placa de orientação no início da trilha. .................................................................................... 38
Figura 58: Bancos para descanso e lixeiras ............................................................................................... 38
Figura 59: Detalhe das lixeiras ................................................................................................................... 38
Figura 60: Recepção da Prefeitura e do Parque Municipal São Luís de Tolosa ........................................ 39
Figura 61: Placa com horário de funcionamento do Parque .................................................................... 39
Figura 62: Estacionamento ........................................................................................................................ 39
Figura 63: Estacionamento ........................................................................................................................ 39
Figura 64: Bicicletário ................................................................................................................................ 39
Figura 65: Telefone público e caixa de correio ......................................................................................... 39
Figura 66: Diagrama da Análise DAFO ....................................................................................................... 40
Figura 67: Critérios para monitoramento da trilha................................................................................... 42
Figura 68: Ficha de campo (mensal) para monitoramento da trilha ........................................................ 43
Figura 69: Ficha de avaliação da satisfação do visitante .......................................................................... 44
7
ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1: Área das classes (CA) e a porcentagem de ocupação das classes na paisagem (PLAND) do
Parque São Luís de Tolosa ......................................................................................................................... 17
Tabela 2: Tamanho de área (CA), índice de forma (SHAPE), tamanho de área núcleo e porcentagem de
área núcleo (CAI) dos fragmentos do Parque São Luís de Tolosa ............................................................ 19
Tabela 3: Índice de contágio e agregação (CLUMPY) para as manchas de vegetação nativa do Parque
São Luís de Tolosa ...................................................................................................................................... 20
Tabela 4: Pontos de interesse para orientar o Programa de Uso Público, demarcados com GPS. ......... 37
Tabela 5: Temas para o treinamento dos funcionários e voluntários do PEMSLT .................................. 47
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INTRODUÇÃO
O crescente fluxo de visitantes nas categorias de manejo de unidades de conservação
que permitem visitação pública, em virtude do ecoturismo, tem motivado os
administradores destas áreas a procurarem garantir uma infra-estrutura adequada ao
recebimento destes visitantes. Com isto, o planejamento e posterior monitoramento
das atividades de uso público tornou-se essencial para o manejo nestas áreas,
obedecendo critérios técnicos e ambientais.
De acordo com ARREGUI (1975), HYPKI e LOOMIS-JÚNIOR (1981), a maneira mais
adequada para que um visitante conheça e aprenda a respeito de ambientes
específicos, dos ciclos naturais, do solo e condições climáticas, assim como das
plantas e animais existentes em uma determinada área, é feita através de caminhadas
por trilhas que passam entre estes recursos.
Por outro lado, a falta de infra-estrutura destes caminhos, aliada ao uso frequente e o
não monitoramento de impactos, podem provocar alterações bastante significativas
nas características naturais do ambiente. Segundo MAGRO (1999), os impactos
negativos mais comuns provocados pelo uso inadequado das áreas de uso público,
são demonstrados pela perda da vegetação e consequente erosão do solo, presença
de lixo, distúrbios da fauna, entre uma série de outros fatores. Infelizmente, estes são
problemas frequentes na maioria das unidades de conservação destinadas ao uso
público, pois as ações de manejo não são planejadas de forma integrada, obedecendo
um Programa de Monitoramento.
Para um correto planejamento (COLE, 2000) e manejo de trilhas, torna-se necessário
um trabalho interdisciplinar, com atuação de especialistas ligados à pesquisa
ambiental, a fim de avaliar e minimizar as alterações físicas e biológicas do meio.
Devem-se respeitar os deslocamentos e hábitos dos animais silvestres, controlar o
processo erosivo, organizar um sistema de drenagem da água e sinalizar vias de
acesso, bem como considerar os impactos devido ao uso público das trilhas, sejam
eles positivos ou negativos (SIMIQUELI et al., 2006).
Segundo LINDBERG e HAWKINS (1999), instalações físicas adequadas nas áreas
naturais e em suas proximidades são fundamentais para o desenvolvimento eficaz do
ecoturismo. Planejamento, projeto e critérios de instalações apropriadas devem ser
aplicados a fim de minimizar o impacto sobre o meio ambiente, fornecer certo grau de
auto-suficiência funcional e contribuir para a melhoria da qualidade da experiência do
visitante.
Considerando que a avaliação do impacto ecológico não deve se restringir ao meio
ambiente físico, a preocupação com o tipo e comportamento do visitante deve ser
incluída. Uma alternativa é a implantação de um Programa de Educação do Visitante
voltado para prática de técnicas de mínimo impacto, mudanças de atitude com relação
à não abertura de trilhas secundárias e à manutenção das já existentes (SIMIQUELI et
al., 2006).
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De acordo com COLE (2000), os impactos mais graves acontecem quando o número
de visitantes é muito alto (excesso da capacidade física), quando estes apresentam
comportamentos inapropriados à conservação ou ainda quando as áreas não são
manejadas adequadamente.
Nesse sentido, este estudo propõe o estabelecimento de novos critérios técnicos para
monitoramento de impactos no Parque Ecoturístico Municipal São Luís de Tolosa,
para que se possa atingir um equilíbrio entre a proteção do patrimônio natural/cultural
e a demanda por visitação pública no Parque.
OBJETIVOS
Realizar estudos sobre a demanda de visitantes que o Parque poderá receber
sem impactar as atividades físicas, emocionais, de saúde e psicológicas tanto
para os animais silvestres quanto para os profissionais que trabalham nessa
Unidade de Conservação;
Verificar impactos causados pela visitação pública, tais como a compactação
do solo, o estresse animal devido aos ruídos provocados pelo excesso de
visitação, mau comportamento de visitantes e destinação incorreta de resíduos
sólidos;
Avaliar a intensidade do uso público no Parque que não comprometa a
sustentabilidade do ecossistema local considerando aspectos físico-ambientais
da área do Parque como erosão, alagamento, cobertura florestal e
acessibilidade, bem como a conservação do patrimônio histórico;
Verificar a qualidade da visitação pública;
Propor ações que visem a minimização dos impactos provenientes da visitação
pública no Parque.
Demais serviços correlatos para o bom andamento dos serviços.
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MATERIAL E MÉTODOS
ÁREA DE ESTUDO
O Parque Municipal São Luís de Tolosa, onde foi desenvolvido o presente estudo, é
uma unidade de conservação municipal, sob a categoria de manejo Parque Natural
Municipal, criada em 28 de abril de 1997, mediante o Decreto 22/97, e administrada
pela prefeitura do município de Rio Negro. Possui 53,87 ha e contempla em seu
interior remanescentes da Floresta com Araucária (Figura 1 e Figura 2).
Figura 1: Araucaria angustifolia
Figura 2: Placa de identificação da Araucaria angustifolia
Entretanto, a cobertura vegetal sofreu intensa alteração antrópica, sendo facilmente
visualizados indivíduos de espécies exóticas (ciprestes, nêsperas, laranjeiras,
hortênsias, entre outras espécies) (Figura 3, Figura 4 e Figura 5).
Figura 3: Laranjeira
Figura 4: Hortênsia
Figura 5: Nêspera
O prédio que abriga a sede da Prefeitura foi restaurado e reinaugurado em 14 de Julho
de 1999 com a denominação de Palácio Seráfico São Luís de Tolosa. O Parque ainda
oferece: Capela, Museu, a Cidade de Belém/Presépio, Trilhas Ecológicas, Campo
Santo, Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, Centro Ambiental Casa Branca, Viveiro
Florestal, Ponte Pênsil, Lanchonete, Loja de Artesanato.
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Os principais acessos rodoviários ao município de Rio Negro incluem as rodovias BR-
116 e BR-280 (Figura 6). No interior do município chega-se ao Parque por estradas
municipais sinalizadas, que indicam a sede da Prefeitura (Palácio Seráfico).
Figura 6: Rodovias de acesso ao município de Rio Negro – PR.
Fonte: http://maps.google.com.br/
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MÉTODO
Para subsidiar a elaboração do presente documento, conforme diretrizes dos Termos
de Referência para a revisão do Plano de Manejo do Parque Municipal São Luís de
Tolosa, foram realizadas visitas ao PEMSLT, no intuito de avaliar a infra-estrutura
existente, as atividades de uso público e o impacto causado pela visitação sobre os
recursos naturais do Parque.
Para a avaliação dos impactos oriundos do uso público foi utilizado o método LAC
(Limits of Acceptable Change). Este método é composto por 9 etapas (Figura 7).
Figura 7: Etapas do método de monitoramento LAC (Limits of Acceptable Change)
Etapa 1: Identificar valores e interesses especiais da área
Nesta etapa devem-se considerar os objetivos da categoria de manejo, neste caso o
Parque Natural Municipal;
Identificar:
Quais características ou qualidades especiais dentro da área necessitam de atenção?
Quais problemas ou interesses de manejo devem ser tratados?
Quais questões o público considera importante no manejo da área?
Qual o papel da área no contexto regional e nacional?
Etapa 1: Identificar valores e problemas
Etapa 2: Descrever as zonas e oportunidades
Etapa 3: Selecionar indicadores
Etapa 4: Inventário das condições atuais
Etapa 5: Especificar os padrões
Etapa 6: Identificar oportunidades
Etapa 7: Identificar ações de manejo
Etapa 8: Selecionar a melhor alternativa
Etapa 9: Implementar a ação e controlar as
condições
LAC
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Etapa 2: Identificar e descrever as zonas
Definir o número de zonas, descrevendo as condições ecológicas, recreativas e
administrativas adequadas para cada zona.
As descrições indicam, por exemplo, que a classe 1 fornecerá níveis mais elevados de
solidão, enquanto a classe 3 é uma área de uso concentrado e contato relativamente
frequente.
Etapa 3: Selecionar indicadores das condições recreativas e ecológicas
São selecionados para representar as condições recreativas e ecológicas julgadas
adequadas e aceitáveis para cada zona.
Etapa 4: Inventariar os recursos e as condições recreativas existentes
O inventário deve ser feito depois da definição dos indicadores para evitar coleta de
dados desnecessária.
Os dados do inventário são mapeados de forma que as condições e a localização dos
indicadores sejam conhecidos.
Etapa 5: Especificar os padrões (limites) para os indicadores
Os padrões são descrições do que é aceitável e adequado para cada indicador em
cada zona. Eles são as condições máximas admissíveis que serão permitidas em uma
área específica. Os padrões servem para definir os Limites Aceitáveis de Câmbio -
LAC, ou seja, o quanto de impacto negativo se aceita antes de adotar uma ação de
manejo para minimizar ou eliminar esta situação.
Etapa 6: Identificar alternativas para as zonas
O objetivo desta etapa é decidir quais indicadores recreativos e ecológicos devem ser
alcançados ou mantidos em cada zona.
Etapa 7: Identificar ações de manejo para cada alternativa (opção)
Comparando as condições existentes (etapa 4) com os padrões (etapa 5) tem-se a
identificação dos locais onde os problemas existem e quais ações de manejo são
necessárias.
Etapa 8: Avaliação e seleção da alternativa (opção) preferida
Os custos e benefícios devem ser avaliados em associação com a ação de manejo.
Etapa 9: Implementar ações e monitorar as condições
Executar as ações de manejo e instituir um programa de monitoramento.
O programa de monitoramento compara os indicadores selecionados na etapa 3 e as
condições identificadas nos padrões (etapa 5).
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O método LAC fornece, portanto, subsídios para o planejamento da visitação, e auxilia
na implementação de planos de manejo, através da adoção de corretas ações para
eliminar ou minimizar os impactos identificados, diferentemente da Capacidade de
Carga Recreativa, que segundo WAGAR (1964), é um conceito emprestado do manejo
de pastagens e adaptado para buscar um número ideal de visitantes que uma área
pode tolerar em um período de tempo, enquanto fornece uma qualidade sustentada de
recreação (sem danos excessivos).
A Capacidade de Carga tenta responder a pergunta: Quantos visitantes uma área
pode suportar? Porém, inúmeros trabalhos comprovaram que não existe relação direta
entre o nº de visitantes e a quantidade de impactos negativos em uma área. Os
impactos estão muito mais ligados ao comportamento dos visitantes do que ao número
de pessoas (STANKEY, 1985).
A grande diferença é que enquanto a Capacidade de Carga busca determinar quantas
pessoas poderiam usar uma área sem causar danos, o LAC preocupa-se com as
condições desejadas e quanto de mudança pode ser tolerada.
Devido ao grande número de indicadores possíveis dentro de um universo de
Impactos Físicos, Impactos Biológicos e Impactos Sociais (Figura 8), foram
selecionados quatro indicadores facilmente observáveis (mesmo que o monitoramento
seja feito por diferentes pessoas, desde que treinadas para tal fim), relacionados
diretamente às atividades de uso público, e que colaborem na melhoria das ações de
manejo da Unidade, conforme características apresentadas na Figura 9.
Figura 8: Lista de indicadores de impactos ecológicos e sociais
Fonte: GRAEFE et al. (1990)
Imp
acto
s Fí
sico
s • Densidade do solo
• Compactação do solo
• pH do solo
• Quantidade de serrapilheira e camada orgânica superficial
• Área sem vegetação
• Área total de camping
• Tamanho das áreas das fogueiras
• Erosão visível
• Drenagem do solo
• Química do solo
• Produtividade do solo
• Profundidade de serrapilheira e camada orgânica
• Área de solo nu
• Nº de fogueiras
• Nº de trilhas não oficiais
Imp
acto
s B
ioló
gico
s • Fauna do solo e micro flora
• % de perda de cobertura vegetal
• Diversidade de espécies de plantas
• Altura das plantas
• Extensão de vegetação doente
• Nº de plântulas
• Abundância de espécies silvestres
• Frequência de observação de fauna silvestre
• Sucesso na reprodução da fauna silvestre
• Densidade de cobertura do solo
• Composição de espécies de plantas
• Proporção de espécies exóticas
• Vigor das espécies selecionadas
• Extensão dos danos às árvores
• Exposição das raízes das árvores
• Presença/ ausência de fauna silvestre selecionada
• Diversidade de fauna silvestre
Imp
acto
s So
ciai
s
• Nº de encontros com outros indivíduos/ dia
• Nº de encontros por meio de transporte
• Nº de encontros com outros grupos/ dia
• Nº de encontros por local de encontro
• Percepção do visitante sobre o impacto no ambiente
• Satisfação do visitante
• Relatos de visitantes sobre comportamento indesejável de outros visitantes
• Nº de encontros por tipo de atividade
• Nº de encontros por tamanho de grupo
• Percepção do visitante sobre lotação
• Nº de reclamações dos visitantes
• Quantidade de lixo na área
15
Figura 9: Características de bons indicadores de qualidade segundo várias fontes
Fonte: PASSOLD (2002)
Sendo assim, os indicadores escolhidos foram:
a) Extensão de danos na vegetação (impacto biológico): demonstra se os visitantes
estão exercendo uma ação negativa sobre as plantas ao longo da trilha.
b) Existência de acessos secundários (impacto físico): possibilita avaliar se os
visitantes utilizam a trilha oficial, preparada para atender a demanda de uso público,
ou se estão abrindo novos acessos, não oficiais, para cortar caminho entre a trilha
principal e um ponto de interesse no interior da vegetação.
c) Existência de lixo nas áreas destinadas ao uso público (impacto social): com o
monitoramento deste indicador é possível acompanhar o comportamento do visitante
em relação à destinação correta do lixo.
d) Satisfação dos visitantes (impacto social): permite avaliar e acompanhar o grau de
satisfação dos visitantes, colaborando na tomada de decisões para melhorar o manejo
da Unidade.
Neste sentido, as trilhas existentes na Unidade foram percorridas a pé, e com a
utilização de GPS foram georreferenciados todos os pontos cujos aspectos fossem
relevantes para o programa de uso público, como:
existência de trilhas secundárias (não oficiais, abertas pelos visitantes e que
servem como atalho entre pontos de interesse no interior do Parque);
presença de lixo;
presença de equipamentos (bancos, lixeiras, etc.);
GRAEFE (1990)
• Diretamente observável
• Fácil de medir
• Relacionado aos objetivos da área
• Relacionado ao uso público
• Responde ao manejo
KRUMPE (2000)
• Capaz de alterar com antecedência a condição de degradação inaceitável
• Detecta mudanças que persistem por longos períodos
• Reflete outras condições relacionadas ao impacto
• Distingue se a mudança foi causada pelo uso recreacional ou condições naturais
• Sensível à mudanças que ocorrem no período de um ano
• Responde ao manejo
• Pode ser medido quantitativamente
• Pode ser medido por diferentes observadores que receberam treinamento
• Pode ser medido com equipamentos e técnicas de amostragem simples
MANNING (2000)
• Padrões devem ser expressos em termos quantitativos
• Espaço de tempo limitado (por dia, por noite, por percurso) para expressar padrões de distribuição do uso recreacional
• Padrão deve incluir a probabilidade de que as condições estabelecidas sejam alcançadas (por exemplo: não mais que 3 encontros de grupos por dia durante 80% da temporada de verão)
SIMBIO, Brasil (1999)
• Barato
• Informação disponível e concentrada
• Simples
• Rigorosamente definido
• Padronizado
• Orientado para o manejo
• Objetivo
• Não ambíguo
• Disponível em tempo oportuno
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pontos com problemas (danos à vegetação; erosão na trilha; placas pichadas;
etc.);
funcionamento do percurso percorrido pelos visitantes (tempo dispendido;
sentido de deslocamento; uso dos equipamentos; etc.)
Também foram feitas entrevistas com a Bióloga do Parque, sobre os diversos
aspectos inerentes à visitação, bem como sobre o histórico da área, a infra-estrutura
disponível, e sobre a composição da equipe técnica e de voluntários que atuam no
atendimento de visitantes.
Em relação aos voluntários foi feita uma explanação dos objetivos do presente
trabalho para quatro voluntários que atuam no Parque, explicando a importância do
monitoramento de impactos e sobre as formas de executar este monitoramento. Na
oportunidade foi feito um rápido treinamento para que os voluntários aprendessem a
usar o GPS da Unidade, o que facilitará o armazenamento de informações
georreferenciadas sobre aspectos ligados diretamente à visitação pública.
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RESULTADOS
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA PAISAGEM DO PARQUE SÃO LUÍS DE TOLOSA
O Parque Ecoturístico Municipal São Luís de Tolosa, considerando-se toda a sua
superfície, possui 53,87 ha, constituídos por 80,69% (43,47 ha) de áreas de vegetação
nativa (em diferentes estágios de regeneração); 10,23% (5,51 ha) de áreas de plantio
de espécies exóticas; 8,39% (4,54 ha) de áreas construídas e antropizadas e 0,69%
(0,37 ha) de áreas degradadas. Desta forma, o Parque é caracterizado por uma matriz
de cobertura do solo predominantemente florestal com espécies nativas.
O tamanho de área das classes (CA) e a porcentagem de ocupação das classes na
paisagem (PLAND) podem ser visualizados na Tabela 1.
Tabela 1: Área das classes (CA) e a porcentagem de ocupação das classes na paisagem (PLAND) do Parque São Luís de Tolosa
Agrupamento de Classes
Zoneamento Área ha
(CA) %
(PLAND)
Áreas de vegetação nativa
Estágio médio de regeneração 22,45 41,67
Estágio avançado de regeneração 15,06 27,96
Estágio inicial de regeneração 5,83 10,82
Várzea 0,13 0,24
Áreas de plantio de espécies exóticas
Bosque artificial 3,92 7,28
Reflorestamento de pinus 1,45 2,69
Horto 0,14 0,26
Áreas construídas e antropizadas
Edificações 2,29 4,25
Estacionamento 1,18 2,19
Campo de futebol 1,05 1,95
Área degradada Área degradada 0,37 0,69
Total 53,87 100,00
As áreas de vegetação nativa são cortadas por uma rede de trilhas com
aproximadamente 4.830 metros (Figura 10), que embora tenham fragmentado estes
ambientes, não geraram, de forma pronunciada, os impactos normalmente esperados
da fragmentação, como a perda de diversidade devida às modificações na estrutura
física dos ambientes.
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Figura 10: Rede de Trilhas Existente no Interior do Parque Ecoturístico Municipal São Luís de Tolosa
Na realidade tais modificações ocorrem, porém não devem ser atribuídas à existência
das trilhas no interior do Parque, mas sim ao processo histórico de degradação
ambiental da região onde a Unidade está inserida, que reduziu áreas de floresta
contínua a pequenos fragmentos.
As manchas de vegetação nativa existentes no Parque (Figura 11) também
apresentam tamanho reduzido, assim como forma (SHAPE) irregular. Forman e
GODRON (1986), FORMAN (1995) e GRISE (2008) citam que valores de índices de
forma de fragmentos próximos a 1,0 representam formas mais circulares (1,0
representa a forma de um círculo perfeito), enquanto valores como 3 e 4 representam
formas bastante irregulares. As manchas, em especial as que são circundadas pelas
trilhas ou são limítrofes às áreas antropizadas, estão mais suscetíveis a apresentar
maior efeito de borda.
O tamanho de área (CA), índice de forma (SHAPE), tamanho de área núcleo (CORE)
e porcentagem de área núcleo (CAI) dos fragmentos podem ser visualizados na
Tabela 2.
19
Figura 11: Mapa com o código dos fragmentos
Tabela 2: Tamanho de área (CA), índice de forma (SHAPE), tamanho de área núcleo e porcentagem de área núcleo (CAI) dos fragmentos do Parque São Luís de Tolosa
FRAGMENTO CA (HA) SHAPE CORE (HA) CAI (%)
EAR 1 1,80 1,7111 0,28 15,73
EAR 2 1,35 1,7051 0,09 6,85
EAR 3 0,27 1,8571 0 0
EAR 4 7,86 3,8663 0,59 7,60
EAR 5 0,48 3,9362 0 0
EIR 1 0,76 1,5932 0,04 4,74
EIR 2 0,61 1,3269 0 0
EIR 3 0,23 1,6563 0 0
EIR 4 0,03 1,3077 0 0
EIR 5 0,10 1,8095 0 0
EIR 6 0,04 1,2857 0 0
EIR 7 0,50 1,25 0 0,18
EIR 8 0,28 2,0556 0 0
EIR 9 0,04 1,9286 0 0
EIR 10 1,57 1,3333 0,20 12,84
EIR 11 0,32 1,4474 0 0
EMR 1 0,27 1,5714 0 0
EMR 4 0,66 1,6364 0 0
EMR 5 0,11 1,6522 0 0
EMR 6 3,82 2,542 0,25 6,46
20
FRAGMENTO CA (HA) SHAPE CORE (HA) CAI (%)
EMR 7 2,12 1,5306 0,31 14,87
EMR 8 0,09 1,2857 0 0
EMR 9 0,07 2,1667 0 0
EMR 10 0,04 1,4286 0 0
EMR 11 0,04 1,2143 0 0
EMR 12 0,00 1 0 0
EMR 12 1,81 1,8667 0,23 12,57
EMR 13 2,64 1,5688 0,62 23,55
EMR 14 4,89 2,3446 1,50 30,72
EMR 15 0,25 1,2353 0 0
VZA 1 0,17 1,5 0 0
A maioria das manchas, em virtude do seu reduzido tamanho, podem ser
caracterizadas como “manchas de borda”.
Outro aspecto que reforça a afirmação sobre o baixo impacto da rede de trilhas
existente no interior da Unidade, em relação aos efeitos da fragmentação, refere-se
aos valores obtidos para a métrica de contágio e agregação (CLUMPY, cujos valores
variam de 0 a 1) que indicam que as manchas de todas as classes possuem vizinhos
semelhantes relativamente próximos, ou seja, que há uma conexão física entre as
manchas, o que favorece a conectividade estrutural da paisagem não havendo um
isolamento de manchas (Tabela 3).
Tabela 3: Índice de contágio e agregação (CLUMPY) para as manchas de vegetação nativa do Parque São Luís de Tolosa
CLASSE CLUMPY
Estágio médio de regeneração 0,9426
Estágio avançado de regeneração 0,9444
Estágio inicial de regeneração 0,9456
Área de várzea 0,9485
Tal fato pode, ainda, ser corroborado pelos vários registros de espécies da fauna
nativa que utilizam estas trilhas para deslocamento entre as manchas de vegetação,
mesmo aquelas de pequeno porte. Cabe ressaltar que a largura da trilha é de cerca de
3 metros, não significando barreira para o deslocamento da fauna local.
Dentre alguns exemplos de utilização das trilhas pela fauna local podem ser citados
avistamentos de bugios-ruivo (Alouatta guariba) em trilhas próximas ao Centro
Ambiental Casa Branca e ao Horto; visualizações de cachorros-do-mato (Cerdocyon
thous) em trilhas que dão acesso as construções; fotografias e identificação de
carreiros de quatis (Nasua nasua) junto à trilha de acesso ao CACB; e também da
jaguatirica (Leopardus pardalis) e do veado-catingueiro (Mazama gouazoubira)
mediante fotografias e visualizações, respectivamente (PLANO DE MANEJO, 1999).
21
Apesar do tamanho de área reduzido do Parque, bem como de suas manchas de
vegetação nativa, cabe ressaltar a sua importância na paisagem local, sobretudo
porque representa um importante remanescente da Floresta com Araucária na região
de Rio Negro. Mesma importância atribui-se à rede de trilhas existentes em seu
interior, destinadas à visitação pública, turismo ecológico e, principalmente, às
atividades de educação ambiental.
VISITAÇÃO PÚBLICA
Em relação à visitação pode-se setorizar o Parque Ecoturístico Municipal São Luís de
Tolosa em cinco principais núcleos (ou áreas de desenvolvimento) (Figura 12):
Figura 12: Áreas de desenvolvimento
AD1
1) Prefeitura
2) Exposição
3) Artesanato
4) Lanchonete
AD2
5) Campo
6) Parquinho
AD3 7) Trilha principal
AD4 8) CACB
9) Posto de fiscalização
AD5 10)Trilha do Graxaim
22
AD 1: Arredores do prédio da Prefeitura Municipal de Rio Negro: inclui, além do prédio
sede da prefeitura (Figura 13 e vista aérea Figura 14), uma construção que abriga
exposição de presépio (Figura 15) feito de palha de milho e local para venda de
artesanato da região (Figura 16 e Figura 17);
O prédio da Prefeitura é imponente, e sua arquitetura remete o visitante ao início do
Século XX, quando foi concluído e inaugurado na data de 3 de fevereiro de 1923. O
seminário ficou ativo até a década de 70, e em 1978 foi tombado como Patrimônio
Histórico e Cultural do Município de Rio Negro.
Figura 14: Vista aérea do prédio que abriga exposição de presépio e venda de artesanato
Figura 15: Prédio que abriga exposição de presépio e venda de artesanato
O prédio que abriga a venda de artesanato e a exposição do presépio de palha de
milho localiza-se imediatamente atrás da sede da Prefeitura, o que facilita o acesso
dos visitantes e aumenta a possibilidade de venda do artesanato local. Cabe aqui
ressaltar que todo o artesanato comercializado é, de fato, produzido na região, o que
estimula os artesãos locais a ofertarem seus produtos nesta loja.
Figura 13: Fachada do prédio da Prefeitura
Exposição de presépio
e venda de artesanato
23
Figura 16: Presépio de palha de milho
Figura 17: Interior da loja de artesanato
Ainda nos arredores da sede existem espaços para o visitante usufruir, como é o caso
da lanchonete (Figura 18) e da Capela Cônego José Ernser (Figura 19, Figura 20 e
Figura 21).
Figura 18: Interior da lanchonete
Lanchonete: aberta no período compreendido entre 09h00 e 17h00. Dispõe de lugar
para aproximadamente 15 pessoas sentadas e serve lanches e bebidas. Cabe
salientar que, por tratar-se de uma unidade de conservação, a venda de bebidas
alcoólicas não deve ser efetivada. Para tanto sugere-se que seja reforçada, nas
normas gerais do Parque e nas placas informativas, a proibição da venda e do
consumo de bebidas alcoólicas no interior da Unidade.
Figura 19: Capela Cônego José Ernser
Figura 20: Placa indicativa da Capela
Figura 21: Ambiente próximo à Capela
24
A Capela é um local de grande visitação, principalmente das pessoas de Rio Negro e
Mafra, uma vez que as tradições religiosas na região são muito fortes, constituindo-se
em atrativo histórico de grande valor.
Ao sair da Capela, dirigindo-se para o lado esquerdo da construção o visitante irá se
deparar com áreas gramadas para caminhadas (Figura 22) e presença de bancos
rústicos para descanso (Figura 23). Entretanto, a atratividade deste local é
comprometida negativamente pela presença da estrutura de uma caixa d’água (Figura
24), de um transformador de energia elétrica (Figura 25) e existência de vegetação
exótica, já citadas anteriormente neste documento.
Figura 22: Área gramada
Figura 23: Banco rústico
Figura 24: Caixa d’água
Figura 25: Transformador
As estruturas de concreto que sustentam as caixas d’água e um transformador, além
dos cabos da rede de energia elétrica, comprometem demasiadamente a paisagem
neste local.
25
AD 2: Campo (Figura 26): Área gramada utilizada para atividades recreativas diversas
(futebol; vôlei, etc.) (Figura 27).
Figura 26: Campo
Figura 27: Visitantes em atividade no campo
Parquinho (Figura 28): situado ao lado do campo de futebol conta com equipamentos
recreativos para crianças. Este espaço possui bancos rústicos e uma pequena quadra
de futebol de areia.
Figura 28: Parquinho
AD 3: Trilha principal (Figura 29): absorve a maior parte da atividade recreativa no
interior do Parque. Entretanto, o deslocamento para cadeirantes torna-se uma tarefa
difícil devido ao substrato atualmente utilizado, que é de brita, necessitando de
adaptações. Uma alternativa para manter os aspectos históricos (largura da trilha;
assentamento de tijolos na lateral; saídas de água; entre outros) e ao mesmo tempo
possibilitar o uso da trilha por cadeirantes, é definir uma faixa central de 1,0 m de
largura e asfaltar esta faixa (Figura 30). Além do benefício de viabilizar seu uso por
parte de portadores de necessidades especiais esta ação diminui consideravelmente o
barulho provocado pelo caminhar sobre o pavimento de britas. Quanto menor o
barulho maior a probabilidade dos visitantes observarem a fauna local, e a
interferência no ambiente será mínima.
A Trilha Principal possui traçado definido e conta com uma ótima estrutura para
recebimento dos visitantes (pontos de descanso; sinalização; atrativos naturais;
atrativos históricos, etc.) (Figura 31, Figura 32, Figura 33 e Figura 34).
26
Figura 29: Trilha com substrato de brita.
Figura 30: Adaptação da trilha para portadores de necessidades especiais, com aplicação de asfalto em uma faixa de 1,0 m de largura no centro da trilha; concreto; ou
saibro compactado (neste caso em toda a trilha).
Figura 31: Placa de sinalização ao longo da trilha.
Figura 32: Família de visitantes em ponto de descanso ao longo da trilha.
Figura 33: Placa indicativa da Gruta de Lourdes
Figura 34: Gruta de Lourdes
AD 4: Centro Ambiental Casa Branca (Figura 35 e Figura 36): além de concentrar
todas as atividades administrativas relativas ao Parque esta construção abriga
coleções biológicas, permite o treinamento do grupo de voluntários, servindo como
base para suas ações, sob a coordenação da Gerente do Parque. Seu principal
objetivo é apoiar o desenvolvimento de pesquisas na Unidade, fornecendo subsídios
técnicos para o aprimoramento das atividades desenvolvidas. Esta base é essencial
27
para o Parque e tem papel fundamental para a plena condução dos programas, sub-
programas e projetos planejados para a unidade. O Grupo de Voluntários, apoiado
pelo Parque, colabora de maneira decisiva no atendimento aos visitantes (Figura 37),
o que além de ajudar diretamente no manejo da área forma uma mentalidade crítica
ambiental em todos os componentes deste grupo.
Figura 35: Centro Ambiental Casa Branca
Figura 36: Vista aérea do Centro Ambiental Casa Branca e da guarita de fiscalização.
Figura 37: Voluntário atendendo grupo de crianças no interior do Centro Ambiental
Posto de fiscalização (Figura 38): atua como pólo de disseminação de informações e
reforça a fiscalização em um setor afastado do prédio sede da prefeitura. Embora
estrategicamente localizado este espaço tem sido pouco usado para o contato direto
com os visitantes, no intuito de repassar informações sobre os aspectos ambientais do
parque. O maior envolvimento sobre temas ambientais, por parte dos funcionários que
28
atuam na fiscalização, irá potencializar a capacidade do parque em sensibilizar os
visitantes quanto aos cuidados necessários durante a visitação, e também ampliar a
experiência ambiental dos visitantes durante sua permanência no interior da unidade.
Figura 38: Guarita de Fiscalização
AD 5: Trilha do Rio (Figura 39 e Figura 40): trilha definida, que inicia ao lado da ponte
pênsil (lado oposto ao Centro Ambiental Casa Branca), e segue até próximo ao
Campo Santo. Embora não tenha recebido infra-estrutura que facilite a caminhada dos
visitantes esta trilha pode ser utilizada para condução de pequenos grupos, ampliando
o rol de atividades no interior do Parque. Esta área é bastante propícia para atividades
de interpretação ambiental, pois concentra aspectos naturais que podem ser
facilmente visualizados durante a caminhada, como por exemplo, a vegetação ciliar,
que pode ser um dos temas de interpretação abordados pelos condutores.
Figura 39: Trecho da Trilha do Rio
Figura 40: Interior da Trilha do Rio
29
O horário de visitação do Parque é das 09h00 as 17h00 horas, de terça a domingo,
não sendo cobrada taxa de entrada.
A visitação no PEMSLT concentra-se, principalmente, em finais de semana e feriados,
e o público-alvo que mais usufrui dessa unidade é formado por moradores de Rio
Negro, Mafra e municípios vizinhos, que mantêm forte ligação afetiva com a área, fruto
de todo o processo histórico influenciado pela presença dos padres da Ordem
Franciscana, e que se integram à própria história das famílias da região.
No interior do Parque, além da sede da Prefeitura Municipal de Rio Negro, encontra-se
a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o Centro de Educação Ambiental Casa
Branca e um viveiro para a produção de mudas.
O acesso à unidade se dá pela portaria de entrada da Prefeitura, e o controle do
número de visitantes é feito mediante a utilização de uma catraca que registra a
passagem das pessoas para o interior da Unidade. Ao final do dia uma ficha de
visitação é preenchida, contendo o número de controle inicial e final da catraca, o total
de pessoas que visitaram o Parque naquele dia, e o nome do responsável pelo
preenchimento da ficha.
Em 2010 o Parque recebeu 39.325 visitantes. O mês de maior visitação foi agosto,
com 5.315 visitantes, seguido por outubro com 5.138 visitantes. No outro extremo, de
menor visitação, estão os meses de maio e março, com 1.507 e 1.634 visitantes
respectivamente. A Figura 41 ilustra a distribuição do número de visitantes ao longo
dos meses do ano de 2010.
Figura 41: Distribuição do número de visitantes ao longo dos meses de 2010.
Fonte: Tabulação dos dados fornecidos pelo Centro Ambiental Casa Branca, 2010.
Ao analisar quais foram os dias em que houve maior visitação, ao longo da semana,
percebe-se claramente que a maior parte da visitação ocorre aos sábados e domingos
(15,15% e 58,54%) (Figura 42), respectivamente. Tal constatação é muito importante
para dimensionar as equipes que farão o atendimento de visitantes, evitando “escalar”
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
2.039 2.332
1.634
2.469
1.507
2.886
3.604
5.315
4.617
5.138 4.950
2.834
Nº Visitantes
30
um grande número de voluntários para os períodos em que não há grande demanda
de visitação, ou o que é pior, deixando de chamá-los quando sua presença se faz mais
necessária. As Figuras 43 a 54 apresentam a distribuição da visitação em todos os
dias, entre os meses de janeiro a outubro.
Figura 42: Distribuição do número de visitantes ao longo dos dias da semana em 2010.
Fonte: Tabulação dos dados fornecidos pelo Centro Ambiental Casa Branca, 2010.
Figura 43: Gráfico com a distribuição da visitação no mês de Janeiro
Fonte: Tabulação dos dados fornecidos pelo Centro Ambiental Casa Branca, 2010.
0
5000
10000
15000
20000
25000
175
3342 2670 1994 2165
5958
23021
Nº Visitantes
0
50
100
150
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250
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337
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91
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54
18 0 0 0
31
Figura 44: Gráfico com a distribuição da visitação no mês de Fevereiro
Fonte: Tabulação dos dados fornecidos pelo Centro Ambiental Casa Branca, 2010.
Figura 45: Gráfico com a distribuição da visitação no mês de Março
Fonte: Tabulação dos dados fornecidos pelo Centro Ambiental Casa Branca, 2010.
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44 66
0 10
27
32
Figura 46: Gráfico com a distribuição da visitação no mês de Abril
Fonte: Tabulação dos dados fornecidos pelo Centro Ambiental Casa Branca, 2010.
Figura 47: Gráfico com a distribuição da visitação no mês de Maio
Fonte: Tabulação dos dados fornecidos pelo Centro Ambiental Casa Branca, 2010.
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Figura 48: Gráfico com a distribuição da visitação no mês de Junho
Fonte: Tabulação dos dados fornecidos pelo Centro Ambiental Casa Branca, 2010.
Figura 49: Gráfico com a distribuição da visitação no mês de Julho
Fonte: Tabulação dos dados fornecidos pelo Centro Ambiental Casa Branca, 2010.
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34
Figura 50: Gráfico com a distribuição da visitação no mês de Agosto
Fonte: Tabulação dos dados fornecidos pelo Centro Ambiental Casa Branca, 2010.
Figura 51: Gráfico com a distribuição da visitação no mês de Setembro
Fonte: Tabulação dos dados fornecidos pelo Centro Ambiental Casa Branca, 2010.
O dia de maior visitação no ano de 2010 foi 5 de setembro, um domingo que antecedeu o feriado de 7
de Setembro (Dia da Independência), e que teve o número expressivo de 1.171 visitantes. Picos de
visitação como esse demonstram a necessidade da Unidade conter uma variedade de atrativos em seu
interior, pois dessa forma há uma “diluição” dos impactos negativos, e a qualidade da experiência
ambiental do visitante é bem maior, pois consegue ter contato com a natureza sem tanta influência
antrópica.
0
200
400
600
800
1000
1200
Do
min
go…
Segu
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Do
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Segu
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Terç
a-fe
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32 0 18
70 48
13
135
690
0 16 16 37 24
213
710
0
346
134
18 0
274
1138
0
52
0 0 0
183
1131
0 17
0
200
400
600
800
1000
1200
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Terç
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Qu
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Qu
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9 55
9
130
1171
0
333
115
17 14
154
796
0 28 11
48 74 86
683
33 4 14 25 25
90
160
0
196
265
72
35
Figura 52: Gráfico com a distribuição da visitação no mês de Outubro
Fonte: Tabulação dos dados fornecidos pelo Centro Ambiental Casa Branca, 2010.
Figura 53: Gráfico com a distribuição da visitação no mês de Novembro
Fonte: Tabulação dos dados fornecidos pelo Centro Ambiental Casa Branca, 2010.
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
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5 25
122
0 7
159
12
116 122
699
0
493
259
109 117
53
611
0
135
14
140
57 59
771
0
41
79
8 20
60
845
0
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200
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0 9 12
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0 12 4 4
56
407
581
0
63 69
17
127 160
725
0
45
36
Figura 54: Gráfico com a distribuição da visitação no mês de Dezembro
Fonte: Tabulação dos dados fornecidos pelo Centro Ambiental Casa Branca, 2010.
Conforme especificado no item Método, as trilhas existentes na Unidade foram
percorridas a pé, e com a utilização de GPS foram georreferenciados todos os pontos
cujos aspectos fossem relevantes para o programa de uso público, como apresentado
na Figura 55 e Tabela 4:
Figura 55: Mapa com pontos de GPS demarcados durante levantamento de campo.
Fonte: Levantamento de campo, 2010.
0
100
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400
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ra
Sext
a-fe
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45
181
85 76 74
0 28
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114
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0 4 24 29 18
41
512
0 18
40 51 24
0
734
0
128
61
108
23
37
Tabela 4: Pontos de interesse para orientar o Programa de Uso Público, demarcados com GPS.
Ponto IDENTIFICAÇÃO X Y
1 Início da trilha 619.743 7.114.691
2 Lixo 619.795 7.114.765
3 Placa no início da trilha 619.750 7.114.698
4 Tronco de árvore 619.779 7.114.695
5 Hortênsias 619.798 7.114.699
6 Corte no barranco 619.860 7.114.712
7 Caminho secundário 619.861 7.114.709
8 Gruta de Lourdes 619.947 7.114.764
9 Quiosque com imagem de Santo 619.970 7.114.757
10 Carreiro de animal 619.968 7.114.760
11 Manutenção tijolos 619.998 7.114.741
12 Caminho secundário 2 620.010 7.114.742
13 Bifurcação/retorno 620.057 7.114.734
14 Bifurcação Campo Santo e lixeira 620.101 7.114.728
15 Bifurcação após Campo Santo 620.205 7.114.714
16 Ponto de descanso e lixeira 620.180 7.114.653
17 Tijolos soltos 1 620.073 7.114.537
18 Tijolos soltos 2 620.065 7.114.532
19 Ponte pênsil 620.077 7.114.459
20 Bifurcação Ponte e CACB 620.046 7.114.533
21 Tanques 620.020 7.114.520
22 CACB 620.031 7.114.478
23 Casa de fiscalização 619.976 7.114.514
24 Início Trilha do Rio 620.105 7.114.480
25 Erosão Trilha do Rio 620.173 7.114.475
26 Árvore caída Trilha do Rio 620.227 7.114.403
27 Margem do rio 620.239 7.114.399
28 Árvore caída 2 620.395 7.114.546
29 Acesso secundário 620.222 7.114.776
30 Boca de lobo com defeito 620.049 7.114.535
31 Tijolos soltos 3 619.863 7.114.547
32 Placa Imbuia 619.904 7.114.585
33 Bifurcação e placa 619.921 7.114.624
34 Tijolos soltos 4 619.865 7.114.591
35 Tijolos soltos 5 619.860 7.114.586
36 Tijolos soltos 6 619.839 7.114.565
37 Saída de água não tem tijolos 619.773 7.114.464
38 Tijolos soltos 7 619.751 7.114.431
39 Bifurcação viveiro 619.693 7.114.419
40 Viveiro 619.694 7.114.496
41 Fim da trilha 619.683 7.114.573
42 Araucária 619.687 7.114.592
Tais informações podem colaborar tanto na manutenção da infra-estrutura como na localização de
pontos de interesse.
38
EQUIPAMENTOS
O Parque Ecoturístico Municipal São Luís de Tolosa conta com equipamentos voltados
ao uso público, que facilitam a utilização do parque por parte dos visitantes. Entre os
equipamentos disponíveis pode-se citar: placas de sinalização (Figura 56 e Figura
57); áreas de descanso com bancos (Figura 58); lixeiras com separação de lixo
reciclável e orgânico (Figura 59), entre outros.
Figura 56: Placa de orientação no interior da trilha.
Figura 57: Placa de orientação no início da trilha.
Figura 58: Bancos para descanso e lixeiras
Figura 59: Detalhe das lixeiras
Além disso, o Parque dispõe de recepção (Figura 60), placa com o horário de
funcionamento (Figura 61), estacionamento para veículos de passeio, ônibus e motos
(Figura 62 e Figura 64), bicicletário (Figura 64: Bicicletário ), telefone público e caixa de
correio (Figura 65), equipamentos localizados na entrada da Unidade e disponíveis
para o público.
39
Figura 60: Recepção da Prefeitura e do Parque Municipal São Luís de Tolosa
Figura 61: Placa com horário de funcionamento do Parque
Figura 62: Estacionamento
Figura 63: Estacionamento
Figura 64: Bicicletário
Figura 65: Telefone público e caixa de correio
40
ANÁLISE DAFO
No intuito de apresentar uma visão geral da situação do Parque foi elaborada uma
Análise DAFO com os principais fatores que interferem no manejo da Unidade. Análise
DAFO (ou do inglês SWOT) é uma ferramenta de gestão muito utilizada como parte do
planejamento estratégico. O termo SWOT vem do inglês e representa as iniciais das
palavras Strenghts (forças), Weaknesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades) e
Threats (ameaças) (Figura 66). Como o próprio nome já diz a ideia central da análise
é o de avaliar os pontos fortes, os pontos fracos, as oportunidades e as ameaças aos
quais o tema em questão está submetido.
Figura 66: Diagrama da Análise DAFO
Fonte: Manuel Teixeira – Apontamentos Gerais sobre Gestão, 2003. Disponível em
ftp://ftp.unilins.edu.br/leonides/Aulas/Pesquisa%20de%20Mercado/analise_swot1%5B1%5D.pdf
O setor interno (limites do Parque) refere-se às forças (pontos fortes) e debilidades
(pontos fracos), aspectos sobre os quais o gestor tem algum grau de controle. O setor
externo (fora dos limites do Parque) descreve as oportunidades e as ameaças a serem
enfrentadas, fatores sobre os quais o administrador tem pouco ou nenhum controle
direto.
Para tanto, visitas técnicas realizadas permitiram identificar os principais pontos
positivos e negativos na administração do PEMSLT e indicaram ações de manejo para
solucioná-las, minimizando seus impactos negativos e potencializando aqueles
considerados positivos.
41
AMBIENTE INTERNO:
Forças (pontos fortes):
1: Patrimônio natural e histórico de alto valor;
2: Existência de um grupo de voluntários atuante;
3: População local altamente comprometida com a boa manutenção do Parque;
4: O Parque tem uma relativa proteção, assegurada por se tratar de uma Unidade de Conservação;
5: O nível de dificuldade para acessar os atrativos do Parque é leve, com traçado da trilha bem definido e sinalização adequada.
Debilidades (pontos fracos):
1: Acesso facilitado por propriedades vizinhas;
2: Água proveniente do rio que corta o Parque não ser potável;
3: Fiscalização da Unidade executada por número reduzido de funcionários;
4: A trilha principal engloba a maior parte das atividades e concentra expressiva porcentagem do número de visitantes;
5: O atendimento aos visitantes depende do bom planejamento das atividades do grupo de voluntários.
AMBIENTE EXTERNO:
Oportunidades:
1: Importante recurso ecoturístico para o município de Rio Negro;
2: Possibilidade de oferecer atividades de educação ambiental para os visitantes de outros municípios e moradores da cidade;
3: Reconhecimento do Parque como Unidade de Conservação bem administrada;
4: Grande fluxo de visitantes;
5: Fomentar a visitação de grupos de terceira idade.
Ameaças:
1: Número de visitantes elevado e distribuído de forma irregular ao longo do ano;
2: Divisas com propriedades particulares, sem garantia de manejo adequado;
3: Ambiente frágil e suscetível às ações antrópicas;
4: O Parque está sujeito às decisões políticas no âmbito municipal, que podem provocar alterações cíclicas em cada gestão (tanto positivamente como negativamente).
42
FICHAS DE CAMPO PARA COLETA DE DADOS
Os dados coletados no diagnóstico de caracterização geral subsidiaram a escolha de
indicadores relativos às condições das trilhas. Tais indicadores foram analisados e
parte deles escolhidos para composição dos critérios de monitoramento da trilha
(Figura 67) e da ficha de campo para o monitoramento detalhado (Figura 68). Para
que a ficha pudesse ser preenchida por todos os envolvidos com o manejo do Parque
(Gerente, Biólogos, Guardas-Parque, Pesquisadores, Estagiários e Voluntários) optou-
se por elaborar uma modelo mais simples, que não gerasse dúvida alguma para seu
correto preenchimento.
Indicador Tipo de
Impacto Descrição
Local de ocorrência
Forma de verificação
Limite Aceitável de Câmbio
ou
Parâmetro de Mudança aceitável
Extensão de danos na
vegetação Biológico
Demonstra se os visitantes estão exercendo uma ação negativa sobre as plantas ao longo da trilha.
Coordenada UTM obtida com GPS ou descrição do ponto.
Número de observações de vandalismo a recursos naturais.
Até 1 dano por trimestre.
Existência de acessos
secundários Físico
Possibilita avaliar se os visitantes utilizam a trilha oficial, preparada para atender a demanda de uso público, ou se estão abrindo novos acessos, não oficiais, para cortar caminho entre a trilha principal e um ponto de interesse no interior da vegetação.
Coordenada UTM obtida com GPS ou descrição do ponto.
Número de picadas ou trilhas sociais (caminhos que o visitante faz quando sai da trilha demarcada)
Até 1 acesso secundário por semestre.
Existência de lixo nas áreas destinadas ao
uso público
Social
Com o monitoramento deste indicador é possível acompanhar o comportamento do visitante em relação à destinação correta do lixo.
Coordenada UTM obtida com GPS ou descrição do ponto.
Quantidade de lixo encontrado ao longo da trilha.
Realizar nas segundas-feiras.
Até 1 sacola de 30 litros (não compactada) por semana.
Observações:
Figura 67: Critérios para monitoramento da trilha
43
1 biológico físico social
Coord. UTM:
2 biológico físico social
Coord. UTM:
3 biológico físico social
Coord. UTM:
4 biológico físico social
Coord. UTM:
5 biológico físico social
Coord. UTM:
6 biológico físico social
Coord. UTM:
7 biológico físico social
Coord. UTM:
8 biológico físico social
Coord. UTM:
9 biológico físico social
Coord. UTM:
10 biológico físico social
Coord. UTM:
11 biológico físico social
Coord. UTM:
12 biológico físico social
Coord. UTM:
13 biológico físico social
Coord. UTM:
14 biológico físico social
Coord. UTM:
15 biológico físico social
Coord. UTM:
16 biológico físico social
Coord. UTM:
17 biológico físico social
Coord. UTM:
18 biológico físico social
Coord. UTM:
19 biológico físico social
Coord. UTM:
20 biológico físico social
Coord. UTM:
21 biológico físico social
Coord. UTM:
22 biológico físico social
Coord. UTM:
23 biológico físico social
Coord. UTM:
24 biológico físico social
Coord. UTM:
25 biológico físico social
Coord. UTM:
26 biológico físico social
Coord. UTM:
27 biológico físico social
Coord. UTM:
28 biológico físico social
Coord. UTM:
29 biológico físico social
Coord. UTM:
30 biológico físico social
Coord. UTM:
31
Coord. UTM:
Biológico: Extensão de danos na vegetação. (Demonstra se os visitantes estão exercendo uma ação negativa sobre as plantas ao longo da trilha). Número de observações de vandalismo a recursos naturais.
Físico: Existência de acessos secundários. (Possibilita avaliar se os visitantes utilizam a trilha oficial, preparada para atender a demanda de uso público, ou se estão abrindo novos acessos, não oficiais, para cortar caminho entre a trilha principal e um ponto de interesse no interior da vegetação). Número de picadas ou trilhas sociais (caminhos que o visitante faz quando sai da trilha demarcada).
Social: Existência de lixo nas áreas destinadas ao uso público. Com o monitoramento deste indicador é possível acompanhar o comportamento do visitante em relação à destinação correta do lixo. Quantidade de lixo encontrado ao longo da trilha. Realizar nas segundas-feiras.
Figura 68: Ficha de campo (mensal) para monitoramento da trilha
MONITORAMENTO DE IMPACTOS MÊS / ANO
PARQUE ECOTURÍSTICO MUNICIPAL SÃO LUÍS DE TOLOSA PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO NEGRO - PR
44
Em relação à satisfação dos visitantes foi elaborada a ficha apresentada na Figura 69,
no intuito de colaborar na tomada de decisões para melhorar o manejo da Unidade.
PEMSLT – Parque Ecoturístico Municipal São Luís de Tolosa / Prefeitura Municipal de Rio Negro
1) Como ficou sabendo da existência do Parque?
Familiares Amigos Televisão
Outro meio (especificar qual): ____________________________________________________________
2) Qual a cidade onde reside? _______________________________________________________
3) Com que frequência visita o Parque?
Primeira vez Até 5 vezes/ano Entre 6 e 10 vezes/ano Mais de 10 vezes/ano
4) Qual seu maior interesse durante a visitação?
Caminhar nas trilhas Visitar o Centro Ambiental Casa Branca Observar a natureza
Outro (especificar o motivo): _________________________________________________________
5) Idade?
Até 15 anos Entre 16 a 21 anos Entre 22 e 35 anos
Entre 36 e 45 anos Entre 46 e 55 anos Mais de 55 anos
6) Gênero?
Feminino Masculino
7) Grau de escolaridade?
Ensino Fundamental incompleto Ensino Fundamental completo
Ensino Médio incompleto Ensino Médio completo
Cursando a Universidade Formado Pós-graduado
8) Como avalia o grau de satisfação que você tem ao visitar o Parque?
Totalmente satisfeito Muito Satisfeito Pouco satisfeito Insatisfeito
9) Existe alguma reclamação sua em relação à visitação no Parque?
Não.
Sim. Qual? ____________________________________________________________________
10) Que sugestões de melhoria gostaria de indicar para o Parque?
__________________________________________________________________________________
Agradecemos sua colaboração e esperamos que retorne ao Parque para desfrutar de seu Patrimônio Histórico e Natural.
Figura 69: Ficha de avaliação da satisfação do visitante
45
PROGRAMAS DE MANEJO
Este planejamento foi elaborado para alcançar os seguintes resultados, daqui a cinco anos: ▪ o patrimônio natural do Parque, em processo de restauração às condições mais próximas possíveis da Floresta Ombrófila Mista que o recobria originalmente; ▪ o uso público do Parque funcionando sem impactos negativos significativos;
▪ a ausência de espécies exóticas e invasoras da flora e da fauna dentro dos limites do Parque;
▪ rios completamente saneados e com suas nascentes e margens protegidas.
As premissas básicas para a efetividade do planejamento do Parque são: ▪ que a Prefeitura tenha vontade política para implementar as ações previstas no Plano de Manejo;
▪ que existam recursos humanos e financeiros disponíveis e suficientes para o manejo do Parque;
▪ que a Prefeitura/Parque estabeleça parcerias com outras instituições capazes de atuar ou apoiar ações na Unidade.
Neste sentido, são propostos alguns programas e subprogramas para implementar as ações necessárias no PEMSLT, descritos a seguir:
Programa de Uso Público
Este Programa tem como objetivo ordenar, orientar e direcionar o uso da Unidade pelo
público, prevendo também ações no que diz respeito à recepção e atendimento ao
visitante. O Programa é composto pelo Subprograma de Interpretação Ambiental, e
Subprograma de Capacitação e Formação. O primeiro abrange ações voltadas,
principalmente, para atividades voltadas à visitação e educação ambiental, e o
segundo para o desenvolvimento de cursos e treinamentos relacionados com a
temática ambiental nas dependências do PEMSLT.
Subprograma de Interpretação Ambiental
Este Subprograma tem como objetivo geral o condicionamento da recreação à mínima
ou nenhuma alteração do patrimônio natural, e deverá causar o menor impacto
paisagístico e ambiental possível. As atividades previstas neste Subprograma deverão
46
proporcionar ao visitante o desenvolvimento de sua sensibilidade e percepção sobre a
importância da conservação ambiental.
Projeto Trilhas
Cada trilha deverá contar com Projeto específico, o que permitirá avaliar e monitorar
suas condições e, de posse desses subsídios, manejar a trilha da melhor forma
técnica possível.
Programa de Manejo do Meio Ambiente
O objetivo geral deste Programa é o de possibilitar a evolução natural dos ambientes,
no todo ou em amostras representativas, garantindo a manutenção da biodiversidade.
Quando necessário, é proposta a intervenção no ambiente, facilitando a restauração
das condições naturais.
Subprograma Manejo dos Recursos
Este subprograma visa a conservação e recuperação das condições originais da área,
alteradas por atividades antrópicas, através do manejo dos recursos ambientais.
Projeto Remoção de Espécies Exóticas
Devido ao histórico de ocupação a Unidade contém diversas espécies exóticas dentro
de seus limites. A erradicação de todas elas pela administração é tarefa urgente que
deve ser iniciada o quanto antes. Assim, deve-se identificar e mapear as áreas onde
ocorram espécies exóticas e proceder a remoção, que deverá ocorrer inicialmente nas
Zonas de Uso Extensivo e Intensivo e, gradativamente, estender-se às demais zonas.
Programa de Operacionalização
Este Programa tem como objetivo fornecer os meios e estrutura necessária para que
os demais programas sejam desenvolvidos, assegurando a funcionalidade da
Unidade.
Subprograma de Administração e Manutenção
Trata dos meios que viabilizam o funcionamento da Unidade, estabelecendo o quadro
funcional desejável e sua capacitação, a organização e o controle administrativo, e as
ações para a adequada implantação e manutenção da infra-estrutura.
Projeto Ampliação do Quadro de Funcionários
Para o bom andamento das atividades de visitação no PEMSLT é imprescindível que a
atual equipe seja acrescida, com a contratação de, pelo menos, mais dois funcionários
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que exerçam a função de guarda-parques e um auxiliar para atendimento na recepção
da Unidade.
Uma vez contratados, estes funcionários e aqueles já existentes, deverão receber
treinamento em temas como: manejo do uso público, administração, manutenção da
infraestrutura, primeiros-socorros, entre outros. Nestes treinamentos deverá estar
incluída a realização de cursos práticos de curta duração no próprio Parque, ao longo
das zonas onde é permitida a visitação.
As ações a serem realizadas em curto prazo constam de:
• viabilizar a contratação (ou relocação institucional) de dois (02) funcionários para
atuarem como guardas-parque e de um (01) auxiliar para a recepção.
Projeto Capacitação de Funcionários e Voluntários
O atendimento de visitantes em uma unidade de conservação, além da infraestrutura
adequada a este fim, necessita de pessoas capazes de orientar os visitantes sobre as
atividades oferecidas pelo Parque e que contribuam para garantir a segurança e
integridade física de todos (funcionários, voluntários e visitantes).
Após a avaliação do potencial recreativo do PEMSLT foram identificados alguns temas
necessários para as diferentes fases de implementação do Plano de Manejo, como
demonstrado na Tabela 5. A atividade de capacitação tem início em curto prazo mas
deverá ter continuidade conforme avance a implementação das atividades previstas no
Plano de Manejo da Unidade.
Tabela 5: Temas para o treinamento dos funcionários e voluntários do PEMSLT
TEMAS
Manejo de visitantes
Manutenção da infra-estrutura do Parque
Monitoramento de impactos devido às atividades de Uso Público
Primeiros socorros
Uso de GPS para georreferenciamento de pontos de interesse da Unidade
Identificação de fauna e flora
Fotografia da Natureza
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Cabe ressaltar que esta lista não é definitiva e que a aplicação de novos cursos e
treinamentos além, da reciclagem de conhecimentos já adquiridos, deve ser uma
prática constante.
As ações a serem realizadas em curto prazo são:
• levantar locais, instituições e instrutores que ofereçam capacitação nos temas
identificados; e
• iniciar treinamentos temáticos (conforme definido na Tabela 5).
Projeto de Manutenção de Trilhas
A manutenção faz parte da rotina administrativa da Unidade e deve atuar de forma
preventiva.
No caso das trilhas, deverá ser elaborado um projeto específico para sua manutenção.
Um bom planejamento e construção não serão suficientes caso não seja efetuada a
manutenção adequada.
A manutenção das demais infra-estruturas, inclui edificações, estruturas de apoio,
placas de sinalização, equipamentos, entre outras, e deve-se mantê-las em bom
estado de conservação e operação.
A ação a ser realizada em curto prazo é realizar manutenção sistemática da
infraestrutura das trilhas. Devem integrar-se a esta ação, os seguintes itens:
• limpeza de canais de drenagem e barreiras de desvio d’água;
• limpeza do corredor da trilha;
• verificação do estado das estruturas, como pontes e placas;
• correção de inclinação;
• adição de substrato.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A questão ambiental assume um papel fundamental em todos os municípios, e as
prefeituras que desenvolverem programas e ações que promovam verdadeiramente a
proteção de nosso patrimônio natural, estarão alcançando uma posição de destaque e
de comprometimento com a qualidade de vida de seus cidadãos. Rio Negro pode
consolidar esta vocação que já possui, pelos cuidados ambientais que demonstra ter,
fato corroborado pela própria existência do Parque Ecoturístico Municipal São Luís de
Tolosa, e regionalmente influenciar outros municípios para somarem esforços
conjuntos e ainda mais significativos para o ambiente local.
Cabe ressaltar que o número de visitantes á bastante expressivo, tendo alcançado no
ano de 2010 a marca de 39.325 visitantes, superior inclusive a alguns Parques
Nacionais brasileiros. Conforme o Documento intitulado “Diagnóstico da visitação em
Parques Nacionais e Estaduais”, publicado pelo Ministério do Meio Ambiente, o
Parque Nacional de Aparados da Serra, no Rio Grande do Sul, recebeu 25.892
visitantes em 2002; o Parque Nacional Marinho de Abrolhos, na Bahia, recebeu 10.543
visitantes em 1998; e o Parque Nacional de Sete Cidades, no Piauí, recebeu 10.280
em 2001. Tais números refletem a expressividade da visitação no PEMSLT, o que
aumenta ainda mais a responsabilidade de bom atendimento às pessoas que visitam
esta Unidade.
Considerando as condições atuais do Parque (administração, infra-estrutura,
patrimônio natural e histórico) pode-se afirmar que o mesmo desfruta de uma situação
em que os problemas constatados podem ser resolvidos em curto prazo, na maioria
dos casos, dependendo para isso do fortalecimento da Secretaria de Meio Ambiente,
para que tenha condições de implementar as ações necessárias.
Deve-se compreender, ainda, que a área em que a Prefeitura está inserida trata-se de
uma Unidade de Conservação, e está sujeita às regras que orientam sua
administração. Instituir atividades que se oponham a estas regras pode gerar sérias
implicações frente ao órgão ambiental que rege o Sistema Nacional de Unidades de
Conservação (SNUC), o ICMBio. Em contraponto, manejar o Parque com todos os
cuidados necessários, com os critérios estabelecidos pela Lei do SNUC, e
promovendo a conscientização ambiental dos visitantes do PEMSLT, faz com que a
administração municipal seja considerada um modelo a ser seguido.
No intuito de eliminar ou minimizar os impactos negativos constatados propõe-se
diversas ações para colaborar com o manejo do Parque:
Instituir um acordo com proprietários limítrofes ao Parque:
Para manejarem corretamente suas propriedades e evitar impactos sobre o Parque,
deve-se promover uma aproximação com os proprietários vizinhos à Unidade,
estimulando a resolução de problemas comuns a ambas as áreas.
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Também como forma de oferecer uma contrapartida, sugere-se que a Gerente do
Parque convide os proprietários vizinhos para participarem dos cursos que forem
ofertados no Parque.
Além dessas ações, o Parque deve estimular a ideia de conectar as os remanescentes
de vegetação das propriedades vizinhas com o Parque, formando Corredores de
Biodiversidade.
Ampliar o quadro de funcionários do Parque:
Contratar 2 (dois) guardas-parque e 1 (um) auxiliar para atendimento na recepção.
Instituir rotinas de fiscalização com maior frequência, em dias e horários não
sistematizados, para dificultar a ação de pessoas que queiram causar impactos
negativos no Parque.
Viabilizar a utilização da trilha principal por pessoas portadoras de
necessidade especiais:
Modificar o pavimento da trilha principal. Entre as opções estão: a) asfaltar uma faixa
central (1m de largura) na trilha principal; utilizar concreto para pavimentar essa
mesma faixa central (1m de largura); ou ainda, preferencialmente, substituir a brita por
saibro compactado, em toda a largura da trilha principal, o que garante um aspecto
mais natural à mesma e, consequentemente, mais harmonioso com o ambiente.
Melhorar acessos para cadeirantes em todos os setores do Parque.
Disponibilizar banheiros preparados para uso de portadores de necessidades
especiais.
Abrir novas trilhas à visitação:
A Trilha do Rio e a Trilha do Graxaim constituem excelentes ambientes para se
trabalhar com grupos menores de visitantes (até 10 pessoas), orientados
necessariamente por um condutor treinado para tal fim. Esta modalidade de condução
permite aprofundar conhecimentos e também dirimir dúvidas mais específicas que o
visitante possa ter. Além disso, o fato de se constituir em um grupo menor e,
teoricamente, deslocar-se mais silenciosamente pela trilha, aumenta bastante a
probabilidade de avistamento de animais silvestres, fazendo que o visitante tenha
maior interação com o ambiente visitado.
Deve-se, também, avaliar a possibilidade de alterar o traçado da estrada de serviço
que dá acesso ao viveiro, pois esta em um pequeno trecho se sobrepõe à Trilha
Principal utilizada pelos visitantes, o que não é interessante do ponto de vista da
qualidade da visitação.
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Criar e distribuir folder com informações atuais do Parque,
principalmente após a revisão do Plano de Manejo:
Coletar as informações mais significativas dos estudos recentes que foram conduzidos
no Parque e transformá-los em linguagem acessível ao público leigo, mediante a
criação de um folder atrativo e com conteúdo, que possibilite a sensibilização dos
visitantes para terem o cuidado necessário com o Parque.
Criar cursos de formação e de reciclagem de conhecimentos já
adquiridos:
Instituir uma grade de cursos que possa ser oferecida aos funcionários e voluntários, e
também para proprietários vizinhos, ampliando a efetividade de manejo, oferecendo
maior segurança, e contribuindo para o conhecimento mais amplo da biodiversidade
local.
Oferecer às demais Secretarias da Prefeitura, cursos específicos que possam ampliar
o entendimento sobre o manejo de uma Unidade de Conservação.
Implementar uma Administração Ambiental em todas as Secretarias da
Prefeitura:
Muito mais do que instituir os princípios de Reciclar, Reduzir e Reutilizar, normalmente
desenvolvido em repartições públicas, a Prefeitura de Rio Negro tem a oportunidade
de ampliar o escopo de suas ações, envolvendo inclusive as famílias. Ter o prédio da
Prefeitura inserido no PEMSLT pode incentivar os funcionários a aderirem a esta
campanha, que necessariamente deverá ser conduzida pela Secretaria de Meio
Ambiente.
Otimizar a coleta de resíduos no interior do Parque e garantir uma destinação
adequada, compatível com a proteção do ambiente. Materiais que possam ser
reciclados deverão ter garantida essa possibilidade, mediante repasse a instituições
que efetuem a reciclagem.
Instituir no Parque um ponto de coleta de pilhas e baterias de celulares, e destinar este
material às empresas que fazem a reciclagem.
Fortalecer o Grupo de Voluntários:
O Grupo de Voluntários possui um histórico consistente e significativo de bons
serviços prestados ao Parque. Esta constatação faz com que diversos jovens que já
tiveram contato com o Grupo também queiram fazer parte desta seleta equipe, que
congrega o aprendizado de questões ambientais, mas também de atitudes cidadãs,
pois oferta um ambiente de respeito a todos os seus integrantes, difundindo outros
conhecimentos que podem ser aproveitados pelos voluntários, e incentivando a
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formação de pessoal técnico especializado, como por exemplo, diversos biólogos que
se formaram e que tiveram no Parque o seu primeiro contato com as questões
ambientais.
As empresas locais podem fortalecer este grupo, mediante um Programa Formal de
Apoio, a ser instituído, onde a prefeitura e empresários invistam na formação de
cidadãos cada vez mais conscientes e preocupados com a cidade de Rio Negro.
Proibir a venda e o uso de bebidas alcoólicas no interior do Parque:
Diversas experiências vivenciadas em Unidades de Conservação orientam os
gerentes dessas Unidades para a proibição do comércio e do consumo de bebidas
alcoólicas no interior dos parques. Entre os principais motivos da adoção dessa norma
estão: evitar acidentes; evitar conflitos entre funcionários e visitantes; evitar conflitos
entre visitantes; permitir que os visitantes interessados em conservação da natureza
possam desfrutar do Parque de maneira tranquila e enriquecedora.
Uso de atividades lúdicas para sensibilizar os visitantes
O Grupo de Voluntários já demonstrou habilidades na encenação de peças de teatro
e, sendo assim, sugere-se que em datas especiais seja feita uma atividade em que
seja simulada a atuação dos padres no período em que foram responsáveis pelo
Seminário. É sabido que cada padre tinha, entre tantas funções, uma que o
caracterizava entre os demais, como por exemplo, cuidar da trilha, cuidar dos animais,
etc. Para tanto, os participantes do grupo, vestidos como os padres da época do
Seminário, incorporariam na encenação essas atividades extras, que tenham
associação com a proteção ambiental, e que passem uma mensagem de
sensibilização aos visitantes para protegerem o ambiente, a trilha, os animais e as
plantas do Parque.
Embora o Parque tenha autonomia para desenvolver atividades como esta, que
buscam demonstrar bons princípios, sugere-se entrar em contato com a Ordem dos
Franciscanos para verificar se não há nenhuma oposição por parte da Igreja em
utilizar aspectos históricos, inerentes ao Seminário, no desenvolvimento de atividades
de interpretação ambiental no PEMSLT.
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REFERÊNCIAS
GRAEFE, A. R.; KUSS, F. R. & VASKE, J. J. Visitor impact management – the
planning framework. Washington D. C.: National Parks and Conservation Association.
1990.
PASSOLD, A. J. Seleção de indicadores para o monitoramento do uso público em
áreas naturais. Dissertação (Mestrado em Recursos Florestais) - Universidade de
São Paulo, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.
Piracicaba, SP. 2002.
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – MMA. Diagnóstico da visitação em parques
nacionais e estaduais. 2004.
SIMIQUELI, R. F.; FONTOURA L. M.; ROCHA C. H. B. Planejamento ambiental em
trilhas: capacidade de carga Antrópica, abordagens e metodologias. I Congresso
Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas. Universidade Estadual do Rio de
Janeiro. Rio de Janeiro, RJ. 2006.
STANKEY, G. H.; COLE, D. N.; LUCAS, R. C.; PETERSEN, M. E. e FRISSELL, S. S.
The Limits of Acceptable Change (LAC) system for wilderness planning. Forest
Service. United States Department of Agriculture. General Technical Report INT – 176,
p 1-37, 1985.
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ANEXOS
ANEXO 1: Folheto do Excursionismo de mínimo impacto
EXCURSIONISMO DE MÍNIMO IMPACTO
Conduta Consciente em Ambientes Naturais
Hoje em dia milhares de pessoas procuram ambientes naturais, como os encontrados em parques e outras áreas naturais protegidas, para atividades de lazer, que vão desde um simples passeio até a prática de esportes de natureza como as caminhadas, o montanhismo, a canoagem, a exploração de cavernas, o mergulho e muitas outras. Na maioria destes locais, a natureza é frágil e precisa ser tratada com cuidado. Lembre-se que nestas áreas é impossível realizar trabalhos de limpeza e conservação da forma como acontece nas cidades. Portanto, a proteção destes locais depende muito do comportamento dos visitantes. Você pode evitar o impacto da poluição e da destruição das áreas que frequenta. É só seguir algumas regras simples, que ajudam a proteger o meio ambiente, dão maior prazer à sua visita e previnem acidentes, que nesses lugares afastados podem ter graves consequências. Estas regras de conduta consciente (mínimo impacto), resumidas nos 8 princípios descritos a seguir, estão sendo adotadas pelas pessoas no mundo inteiro. Seguindo e difundindo este folheto, você estará ajudando a garantir que o lugar que está desfrutando hoje permanecerá sempre na melhor das condições, para você e para os outros visitantes.
PRINCÍPIOS DE CONDUTA CONSCIENTE EM AMBIENTES NATURAIS 1) PLANEJAMENTO É FUNDAMENTAL
Entre em contato prévio com a administração da área que você vai visitar para tomar conhecimento dos regulamentos e restrições existentes.
Informe-se sobre as condições climáticas do local e consulte a previsão do tempo antes de qualquer atividade em ambientes naturais.
Viaje em grupos pequenos de até 10 pessoas. Grupos menores se harmonizam melhor com a natureza e causam menos impacto.
Evite viajar para as áreas mais populares durante feriados prolongados e férias.
Certifique-se de que você possui uma forma de acondicionar seu lixo (sacos plásticos), para trazê-lo de volta.
Escolha as atividades que você vai realizar na sua visita conforme o seu condicionamento físico e seu nível de experiência.
2) VOCÊ É RESPONSÁVEL POR SUA SEGURANÇA
salvamento em ambientes naturais é caro e complexo, podendo levar dias e causar grandes danos ao ambiente. Portanto, em primeiro lugar, não se arrisque sem necessidade.
Calcule o tempo total que passará viajando e deixe um roteiro de viagem com alguém de confiança, com instruções para acionar o resgate, caso necessário.
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Avise a administração da área que você está visitando sobre: sua experiência, o tamanho do grupo, o equipamento que vocês estão levando, o roteiro e a data esperada de retorno. Estas informações facilitarão o seu resgate em caso de acidente.
Aprenda as técnicas básicas de segurança, como navegação (como usar um mapa e uma bússola) e primeiros socorros. Para tanto, procure os clubes excursionistas, escolas de escaladas etc.
Tenha certeza de que você dispõe do equipamento apropriado para cada situação. Acidentes e agressões à natureza em grande parte são causados por improvisações e uso inadequado de equipamentos. Leve sempre: lanterna, agasalho, capa de chuva e um estojo de primeiros socorros, alimento e água, mesmo em atividades com apenas um dia ou poucas horas de duração.
Caso você não tenha experiência em atividades recreativas em ambientes naturais, entre em contato com centros excursionistas, empresas de ecoturismo ou condutores de visitantes. Visitantes inexperientes podem causar grandes impactos sem perceber e correr riscos desnessários.
3) CUIDE DAS TRILHAS E DOS LOCAIS DE ACAMPAMENTO
Mantenha-se nas trilhas pré determinadas – não use atalhos que cortam caminhos. Os atalhos favorecem a erosão e a destruição das raízes e plantas inteiras.
Mantenha-se na trilha mesmo se ela estiver molhada, lamacenta ou escorregadia. A dificuldade das trilhas faz parte do desafio de vivenciar a natureza. Se você contorna a parte danificada de uma trilha, o estrago se tornará maior no futuro.
Acampando, evite áreas frágeis que levarão um longo tempo para se recuperar após o impacto. Acampe somente em locais pré estabelecidos, quando existirem. Acampe a pelo menos 60 metros de qualquer fonte de água.
Não cave valetas ao redor das barracas, escolha melhor o local e use um plástico sob a barraca.
Bons locais de acampamento são encontrados, não construídos. Não corte nem arranque a vegetação, nem remova pedras ao acampar.
4) TRAGA SEU LIXO DE VOLTA
Se você pode levar uma embalagem cheia para um ambiente natural, pode trazê-la vazia na volta.
Ao percorrer uma trilha, ou sair de uma área de acampamento, certifique-se de que elas permaneçam como se ninguém houvesse passado por ali. Remova todas as evidências de suas passagem. Não se deixe rastros!
Não queime nem enterre o lixo. As embalagens podem não queimar completamente, e animais podem cavar até o lixo e espalhá-lo. Traga todo o seu lixo de volta com você.
Utilize as instalações sanitárias que existirem. Caso não haja instalações sanitárias (banheiros) na área, cave um buraco com quinze centímetros de profundidade a pelo menos 60m de qualquer fonte de água, trilhas ou locais de acampamento, em local onde não seja necessário remover a vegetação.
5) DEIXE CADA COISA EM SEU LUGAR
Não construa qualquer tipo de estrutura, como bancos, mesas, pontes etc. Não quebre ou corte galhos de árvores, mesmo que estejam mortas ou tombadas, pois podem estar servindo de abrigo para aves ou outros animais.
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Resista à tentação de levar "lembranças" para casa. Deixe pedras, artefatos, flores, conchas etc. onde você os encontrou, para que outros também possam apreciá-los.
Tire apenas fotografias, deixe apenas leves pegadas, e leve para casa apenas suas memórias.
6) NÃO FAÇA FOGUEIRAS
Fogueiras matam o solo, enfeiam os locais de acampamento e representam uma grande causa de incêndios florestais.
Para cozinhar, utilize um fogareiro próprio para acampamento. Os fogareiros modernos são leves e fáceis de usar. Cozinhar com um fogareiro é muito mais rápido e prático que acender uma fogueira.
Para iluminar o acampamento, utilize um lampião ou uma lanterna em vez de uma fogueira.
Se você realmente precisa acender uma fogueira, utilize locais previamente estabelecidos, e somente se as normas da área permitirem.
Mantenha o fogo pequeno, utilizando apenas madeira morta encontrada no chão.
Tenha absoluta certeza de que sua fogueira está completamente apagada antes de abandonar a área.
7) RESPEITE OS ANIMAIS E AS PLANTAS
Observe os animais à distância. A proximidade pode ser interpretada como uma ameaça e provocar um ataque, mesmo de pequenos animais. Além disso, animais silvestres podem transmitir doenças graves.
Não alimente os animais. Os animais podem acabar se acostumando com comida humana e passar a invadir os acampamentos em busca de alimento, danificando barracas, mochilas e outros equipamentos.
Não retire flores e planta silvestres. Aprecie sua beleza no local, sem agredir a natureza e dando a mesma oportunidade a outros visitantes.
8) SEJA CORTÊS COM OUTROS VISITANTES
Ande e acampe em silêncio, preservando a tranquilidade e a sensação de harmonia que a natureza favorece. Deixe rádios e instrumentos sonoros em casa.
Deixe os animais domésticos em casa. Caso traga o seu animal com você, mantenha-o controlado todo o tempo, incluindo evitar latidos ou outros ruídos. As fezes dos animais devem ser tratadas da mesma maneira que as humanas. Elas também estão sob sua responsabilidade. Muitas áreas não permitem a entrada de animais domésticos, verifique com antecedência.
Cores fortes, como branco, azul, vermelho ou amarelo, devem ser evitadas, pois podem ser vistas a quilômetros de distância e quebram a harmonia dos ambientes naturais. Use roupas e equipamentos de cores neutras, para evitar a poluição visual em locais muito frequentados.
Colabore com a educação de outros visitantes, transmitindo os princípios de mínimo impacto sempre que houver oportunidade.
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PARA COLABORAR ATIVAMENTE NA CONSERVAÇÃO DE NOSSOS AMBIENTES NATURAIS:
Para colaborar de uma forma mais ativa na conservação de nossos parques e outras áreas naturais protegidas, você pode: Associar-se a um grupo excursionista. Os grupos excursionistas são entidades sem fins lucrativos que promovem atividades como caminhadas, montanhismo, canoagem, exploração de cavernas etc. Nestes grupos você encontrará companhia, treinamento e orientação para a prática dessas atividades com segurança e sem agredir o meio ambiente. Apresentar-se como voluntário. No mundo todo, o trabalho voluntário é uma tradição em parques e outras áreas naturais e protegidas. Adote esta ideia! Seja voluntário! Verifique na administração das áreas que você visita se existe algum programa de trabalho voluntário. Denunciar agressões ao meio ambiente aos órgãos responsáveis pela fiscalização dos parques e outras áreas naturais protegidas. VISITE NOSSOS PARQUES! Quase todos os parques e outras áreas naturais protegidas permitem alguma forma de visitação por parte do público em geral. Esta visitação é restrita à pesquisa e educação ambiental nas Reservas Biológicas e Estações Ecológicas, mas os Parques Nacionais, Estaduais e Municipais, permitem também a visitação para a prática de atividades recreativas, como caminhadas, montanhismo, canoagem, mergulho, observação de animais etc. Visite nossos parques, eles são de todos! Fonte: Programa Nacional de Áreas Protegidas Esplanada dos Ministérios, Bloco B, 7º andar. www.mma.gov.br/areasp