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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Superintendência Regional de Meio Ambiente do Sul de Minas 0187697/2018 13/12/2017 Pág. 1 de 17 Av. Manoel Diniz, nº145, Varginha, MG, CEP: 37.062-480 Telefax: (35) 3229-1816 PARECER ÚNICO Nº 0187697/2018 INDEXADO AO PROCESSO: PA COPAM: SITUAÇÃO: Licenciamento Ambiental 29145/2016/001/2017 Sugestão pelo deferimento FASE DO LICENCIAMENTO: Licença de Operação Corretiva - LOC VALIDADE DA LICENÇA: 10 anos PROCESSOS VINCULADOS CONCLUÍDOS: PA COPAM: SITUAÇÃO: Cadastro de uso insignificante 52804/2017 Cadastro efetivado Cadastro de uso insignificante 52819/2017 Cadastro efetivado Cadastro de uso insignificante 52879/2017 Cadastro efetivado Cadastro de uso insignificante 52929/2017 Cadastro efetivado Cadastro de uso insignificante 53329/2017 Cadastro efetivado Cadastro de uso insignificante 53144/2017 Cadastro efetivado Cadastro de uso insignificante 53434/2017 Cadastro efetivado Outorga (Poço Tubular) 17820/2017 Sugestão pelo Deferimento Outorga (Captação em curso d’água) 17815/2017 Sugestão pelo Deferimento EMPREENDEDOR: Ana Valéria Vilela Portugal e outros CPF: 596.087.576-49 EMPREENDIMENTO: Fazenda Catete CPF: 596.087.576-49 MUNICÍPIO: Ilicínea ZONA: Rural COORDENADAS GEOGRÁFICA (DATUM): LAT/Y 20º5904LONG/X 45º48’55” BACIA FEDERAL: Rio Grande BACIA ESTADUAL: Alto Rio Grande UPGRH: GD-1 SUB-BACIA: - CÓDIGO: ATIVIDADE OBJETO DO LICENCIAMENTO (DN COPAM 74/04): CLASSE G-02-04-6 Suinocultura de ciclo completo 3 G-02-07-0 Bovinocultura de leite, bubalinocultura de leite e caprinocultura de leite 1 G-01-03-1 Culturas anuais, excluindo a olericultura 1 G-01-06-6 Cafeicultura e Citricultura 1 G-03-02-6 Silvicultura 1 D-01-13-9 Formulação de rações balanceadas e de alimentos preparados para animais 2 CONSULTORIA/RESPONSÁVEL TÉCNICO: Engenheira Agrônoma Gilvânia Ferreira Redigolo REGISTRO: CREA MG 62858 RELATÓRIO DE VISTORIA: 117/2017 DATA: 13/07/2017 EQUIPE INTERDISCIPLINAR MATRÍCULA ASSINATURA Fernando Baliani da Silva Gestor Ambiental 1.374.348-9 Frederico Augusto Massote Bonifácio Gestor Ambiental 1.364.259-0 De acordo: Cezar Augusto Fonseca e Cruz Diretor Regional de Regularização Ambiental 1.147.680-1 De acordo: Anderson Ramiro Siqueira Diretor Regional de Controle Processual 1.051.539-3

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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Superintendência Regional de Meio Ambiente do Sul de Minas

0187697/2018 13/12/2017

Pág. 1 de 17

Av. Manoel Diniz, nº145, Varginha, MG, CEP: 37.062-480 Telefax: (35) 3229-1816

PARECER ÚNICO Nº 0187697/2018

INDEXADO AO PROCESSO: PA COPAM: SITUAÇÃO:

Licenciamento Ambiental 29145/2016/001/2017 Sugestão pelo deferimento

FASE DO LICENCIAMENTO: Licença de Operação Corretiva - LOC VALIDADE DA LICENÇA: 10 anos

PROCESSOS VINCULADOS CONCLUÍDOS: PA COPAM: SITUAÇÃO:

Cadastro de uso insignificante 52804/2017 Cadastro efetivado

Cadastro de uso insignificante 52819/2017 Cadastro efetivado

Cadastro de uso insignificante 52879/2017 Cadastro efetivado

Cadastro de uso insignificante 52929/2017 Cadastro efetivado

Cadastro de uso insignificante 53329/2017 Cadastro efetivado

Cadastro de uso insignificante 53144/2017 Cadastro efetivado

Cadastro de uso insignificante 53434/2017 Cadastro efetivado

Outorga (Poço Tubular) 17820/2017 Sugestão pelo Deferimento

Outorga (Captação em curso d’água) 17815/2017 Sugestão pelo Deferimento

EMPREENDEDOR: Ana Valéria Vilela Portugal e outros CPF: 596.087.576-49

EMPREENDIMENTO: Fazenda Catete CPF: 596.087.576-49

MUNICÍPIO: Ilicínea ZONA: Rural

COORDENADAS GEOGRÁFICA (DATUM):

LAT/Y 20º59’04” LONG/X 45º48’55”

BACIA FEDERAL: Rio Grande BACIA ESTADUAL: Alto Rio Grande

UPGRH: GD-1 SUB-BACIA: -

CÓDIGO: ATIVIDADE OBJETO DO LICENCIAMENTO (DN COPAM 74/04): CLASSE

G-02-04-6 Suinocultura de ciclo completo 3

G-02-07-0 Bovinocultura de leite, bubalinocultura de leite e caprinocultura de leite 1

G-01-03-1 Culturas anuais, excluindo a olericultura 1

G-01-06-6 Cafeicultura e Citricultura 1

G-03-02-6 Silvicultura 1

D-01-13-9 Formulação de rações balanceadas e de alimentos preparados para animais 2

CONSULTORIA/RESPONSÁVEL TÉCNICO: Engenheira Agrônoma Gilvânia Ferreira Redigolo

REGISTRO: CREA MG 62858

RELATÓRIO DE VISTORIA: 117/2017 DATA: 13/07/2017

EQUIPE INTERDISCIPLINAR MATRÍCULA ASSINATURA

Fernando Baliani da Silva – Gestor Ambiental 1.374.348-9

Frederico Augusto Massote Bonifácio – Gestor Ambiental 1.364.259-0

De acordo: Cezar Augusto Fonseca e Cruz – Diretor Regional de Regularização Ambiental

1.147.680-1

De acordo: Anderson Ramiro Siqueira – Diretor Regional de Controle Processual

1.051.539-3

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1. Introdução

A Fazenda Catete localiza-se na área rural do município de Ilicínea-MG, possui área total de 328,17 hectares e pertence a Ana Valéria Vilela Portugal e outros. As atividades desenvolvidas na Fazenda Catete passíveis de Licenciamento Ambiental segundo Deliberação Normativa nº074/2004 são a Bovinocultura de Leite, Silvicultura, Cafeicultura, Culturas anuais, Formulação de rações, beneficiamento de produtos agrícolas e a Suinocultura de ciclo completo, sendo que esta última é a atividade que classifica o empreendimento como classe 3.

Em 08 de Junho de 2017 foi formalizado processo de licenciamento ambiental referente à licença de operação em caráter corretivo (LOC) em Varginha. Dia 13 de Julho de 2017 foi realizada vistoria no empreendimento. Foram solicitadas informações complementares no dia 08/08/2017 e após aprovação de prorrogação de prazo as informações foram apresentadas no dia 30/11/2017.

Atualmente na Fazenda Catete são desenvolvidas as atividades de suinocultura de ciclo completo com capacidade para alojar até 450 matrizes, bovinocultura de leite conduzida em sistema de confinamento do tipo “Free Stall” atualmente com 735 cabeças. A cafeicultura possui área plantada de 100 hectares e de destinadas ao plantio de culturas anuais a área de 90 hectares recebe todos os anos cultivos de milho e aveia. O empreendimento possui ainda uma pequena área de silvicultura de 10 hectares com produção de eucalipto. A fábrica para formulação de rações balanceadas produz em torno de 200 toneladas por dia destinada a alimentação dos suínos em diferentes fases de criação.

Foi apresentado o RCA/PCA sob responsabilidade técnica da Engenheira Agrônoma Gilvânia Ferreira Redigolo Registro do CREA MG 62858/D. Ressalta-se que o RCA/PCA apresentado se encontra satisfatório para avaliar o desempenho ambiental do empreendimento e subsidiar a análise técnica para a ampliação de sua capacidade de produção.

Na data de 24/01/2018 foi publicado o Ato de Arquivamento N.º 0068678/2018 constante na fls 266 do Processo Administrativo pelo fato da equipe técnica da SUPRAM SM entender que as Informações Adicionais apresentadas não estavam satisfatórias. Tal relato se encontra na Papeleta N.º 0062310/2018, fls. 264 do Processo Administrativo.

Na data de 07/02/2018 o responsável técnico pelo empreendimento protocolou junto a SUPRAM SM sob protocolo SIAM R0029811/2018, constante na fls 276 e 277 do PA, recurso contra o Ato de Arquivamento, alegando que as informações relativas ao Cadastro Ambiental Rural estavam coerentes e que as Reservas Legais estavam adequadas.

A equipe técnica da SUPRAM SM, após avaliar a plataforma eletrônica do CAR Nacional, verificou-se que de fato as informações possíveis naquele momento de constarem nos CARs apresentado pelo empreendedor estavam coerentes, e não foram apresentadas conforme exigência da SUPRAM SM por uma limitação de tal plataforma eletrônica.A SUPRAM SM entende que as Reserva Legais das matrículas onde se encontra instalado o empreendimento e as contíguas estão regularizadas mediante os CARs apresentados.

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2. Caracterização do Empreendimento

A Fazenda Catete está instalada a aproximadamente 4 quilômetros dá área urbana do município de Ilicínea-MG. A área total da Fazenda é de 340,55 hectares sendo o uso e ocupação do solo divididos entre as áreas de produção cafeicultura, culturas anuais milho e aveia, bovinocultura, suinocultura e silvicultura, e as áreas de preservação ambiental compostas por APP’s e Reserva Legal.

Fig. 1: Localização Fazenda Catete. Fonte Google Earth.

O terreno do empreendimento é relativamente plano com baixa inclinação/declividade, o que propicia a instalação e disposição dos galpões e demais benfeitorias e desenvolvimento.

O empreendimento ainda conta com estruturas de apoios como refeitório, casa de morada, fábrica de ração, escritório, laboratório de manipulação de sêmen, vestiário e sanitários.

O processo produtivo passível de licenciamento em questão, suinocultura, é dividido nas seguintes estruturas:

Os galpões da suinocultura, são divididos em 02 partes principais de criação. A primeira denominada maternidade ou reprodução onde fica a unidade de produção de leitões. A segunda é onde ocorre o crescimento e terminação. Como são áreas distintas e separadas fisicamente, cada uma tem seu sistema de tratamento de efluentes.

Esta separação contribui sanidade do plantel, diminuindo doenças por infecção e risco de transmissão. Do ponto de vista ambiental houve divisão do volume de

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efluentes diminuindo os riscos ao meio ambiente. Para a implantação destas estruturas houve acréscimo no investimento para o tratamento de efluentes e distribuição de água.

Os leitões são desmamados por volta de 21 dias de idade, sendo então levados para a creche suspensa onde permanecem até os 63 dias de vida. Em seguida os leitões são levados para a engorda, cuja fase é dividida em recria (63 a 112 dias) e terminação (112 até o abate), recebendo rações diferentes de acordo com a exigência nutricional de cada fase.

As marrãs são inseminadas pela primeira vez por volta dos 230 dias de vida. Cinco dias antes do parto elas são levadas para a maternidade, onde permanecem até o desmame. Após o desmame elas são levadas para baias individuais, onde são inseminadas. Toda a gestação é feita com as matrizes em baias individuais. Algumas fêmeas são manejadas em baias coletivas.

As gaiolas de creche e maternidade são suspensas, facilitando a limpeza e reduzindo o gasto de água. As gaiolas de gestação não possuem fosso na parte traseira. Os bebedouros são do tipo chupeta (creche e engorda), concha (maternidade) e bebedouro no piso (gestação). A vazão e altura dos bebedouros são verificadas regularmente, evitando desperdício e facilitando a ingestão de água pelos animais.

Cada fase da vida do suíno é passada em um tipo de instalação, sendo que os leitões após o desmame aos 21 dias são destinados ao Sítio 2 onde saem somente para o abate.

- Gestação:

As matrizes são alojadas individualmente em gaiolas e em baias coletivas,

permanecendo até uma semana antes do parto. As baias são lavadas e desinfetadas,

ficam em vazio sanitário por uma semana e após a entrada dos suínos, são raspadas

2 vezes ao dia, diariamente. A desinfecção é realizada três vezes por semana.

- Maternidade:

As matrizes são alojadas individualmente em baias, ficando estas contidas na

baia por meio de gaiolas. As matrizes são levadas às baias da maternidade uma

semana antes da data de parto prevista e permanecem ai até o desmame dos leitões

que ocorre entre os 19 e 21 dias de nascido. Cada baia possui um escamoteador onde

os leitões têm livre acesso de acordo com a sua necessidade de calor. As baias são

lavadas, desinfetadas e ficam 1 semana em vazio sanitário para receber as matrizes.

A limpeza e a raspagem dos dejetos são realizadas diariamente.

- Creche:

Após o desmame, os leitões são encaminhados para outras instalações

denominadas creche. A creche é realizada em gaiolas suspensas e os animais

permanecem até a idade de 63 dias. As baias são lavadas e desinfetadas, ficam em

vazio sanitário por 1 semana, e após a entrada dos suínos, são raspadas 2 vezes ao

dia, diariamente. A desinfecção é feita 3 vezes por semana.

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- Recria/terminação:

Após os 63 dias de idade os animais vão para a fase de recria/terminação.

Estes permanecem nesta fase até a idade de 150 dias, quando são comercializados

para abate, num peso final aproximado de 120 a 130 kg. As baias desta fase são

dotadas de lâminas d´agua, a raspagem é realizada diariamente e a desinfecção três

vezes por semana.

- Reprodução:

É feita através de inseminação artificial. Os machos são adquiridos de empresas especializadas em melhoramento genético de suínos, passando a fornecer o sêmen para o uso no plantel e com uma vida útil de 1,5 a 2 anos. Os animais mortos e restos de parição são destinados para compostagem.

O empreendimento possui fábrica de ração com capacidade para elaboração de formulação de rações balanceadas em torno de 200 toneladas/dia, sendo toda ração formulada destinada a alimentação do plantel de suínos e bovinos da propriedade.

A bovinocultura de leite segue o modelo free stall. São dois galpões de 2.369,0 m² e de 3.091,0 m². A quantidade de vacas varia de acordo com o período de lactação e reprodutivo do plantel. O free-stall possui galpão coberto, piso impermeabilizado e cama de areia para cada animal.

O princípio do confinamento é propiciar um ambiente adequado para bovinos de raça desenvolverem uma boa produção em locais de climas desfavoráveis às suas condições (temperaturas elevadas e insolação). Com isso, os animais permanecem em local coberto, com alimentação variada e de alta quantidade, com ventiladores e sistema de aspersão.

Desta forma o sistema de confinamento busca a produtividade por área, produzindo-se mais leite em menor espaço. A limpeza das camas é feita dia sim, dia não, sendo o piso limpo com água corrente para colocação de novas camas de areia. O sistema de refrigeração com aspersão de água e ventiladores funcionam nos horários mais quentes do dia. O procedimento de ordenha é todo mecanizado, em grupos e em duas ordenhas diárias.

3. Caracterização Ambiental

A propriedade Fazenda Catete possui de forma bem definida suas áreas de cultivo e produção. As técnicas adotadas possuem critérios de agricultura de precisão, mínimo revolvimento do solo, rotação de culturas e o plantio direto. As áreas de Reserva Legal e Preservação Permanente se encontram isoladas e preservadas. As nascentes e cursos d’água também são preservadas.

Segundo ZEE - MG, Zoneamento ecológico econômico de Minas Gerais os componentes geo-físicos, bióticos e sócio-econômicos encontram-se estabilizados com áreas e parâmetros fixos. Sendo, a vulnerabilidade natural baixa a muito baixa, a potencialidade social pouco favorável, o risco ambiental baixo, a qualidade da água superficial alta, a suscetibilidade a erosão e a decomposição da matéria orgânica do solo baixa.

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4. Utilização e Intervenção em Recursos Hídricos

O consumo estimado de recursos hídricos pelo empreendimento está apresentado no balanço hídrico abaixo:

Origem Local de Uso Consumo

(m³)

Captação em Barramento Dessedentação animal 19,8

Captação em Nascente (roda d’água) Consumo Humano (sede e

refeitório)

8,0

Poço Manual Consumo Humano (Casa de

colonos)

8,0

Poço Tubular Dessedentação Animal 80,0

Captação em Curso d’água Irrigação 33,58

Captação em Nascente Consumo e dessedentação animal 3,60

Captação em Barramento sede Limpeza e manutenção geral 3,60

Captação em Barramento sede Lavador e agroindustrial 3,60

TOTAL diário 160,18

Relação dos pontos de consumo de água/captações do empreendimento:

Captação Tipo de Captação Volume

(l/s)

Finalidade

Outorga Captação em barramento 5,5 Dessedentação Animal

Uso

Insignificante

Captação em Nascente 1,0 Consumo Humano

Uso

Insignificante

Poço Manual 1,0 Consumo Humano

Outorga Poço Tubular 8,0 m³/h Dessedentação Animal e

Consumo Humano

Outorga Captação em curso d’água 9,33 Irrigação

Uso

Insignificante

Captação em Nascente 1,0 Consumo Humano e

dessedentação animal

Uso

Insignificante

Captação em barramento 1,0 Limpeza e manutenção

Uso

Insignificante

Captação em barramento 1,0 Piscicultura

Uso

Insignificante

Barramento (paisagismo) - Regularização

Uso

Insignificante

Barramento (paisagismo) - Regularização

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No empreendimento estão instaladas 10 caixas d’águas sendo ao todo 191.000 litros de armazenamento, cada uma especificamente posicionada para atender a demanda de seu setor.

5. Autorização para Intervenção Ambiental (AIA)

Não haverá necessidade de supressão de vegetação ou intervenção em área de Preservação Permanente na área do empreendimento Fazenda Catete.

6. Reserva Legal

O empreendimento está localizado na zona rural do município de Ilicínea. A área total da propriedade é de 340,55 hectares e é composta por 9 matrículas distintas. Foram feitos 7 cadastros ambientais rurais (CAR) para registrar as terras. As matrículas são:

- matrícula nº 24.879 de 4,84 hectares;

- matrícula nº 29.368 de 4,84 hectares;

- matrículas nº 27.536 de 26,84 hectares;

- matrícula nº 27.518 de 30,0 hectares;

- matrícula nº 27.534 de 26,60 hectares;

- matrícula nº 27.535 de 69,32 hectares;

- matrícula nº 25.515 de 158,37 hectares;

- matrícula nº 5.263 de 17,32 hectares; e

- matrícula nº29.229 de 2,42 hectares.

Somando-se todas as matrículas o empreendimento possui o total de 340,55 hectares sendo 34,21 hectares de Reserva legal e 28,6 hectares de Reserva legal e Área de preservação permanente.

Foram apresentadas as matrículas com as Reservas Legais averbadas em cartório e o CAR (cadastro ambiental rural) das propriedades.

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7. Impactos Ambientais e Medidas Mitigadoras

Os principais impactos do empreendimento são referentes a geração de efluentes líquidos da suinocultura e sanitários além do acúmulo de resíduos sólidos.

Conforme Burton e Turner, no livro, “Gerenciamento de Dejetos, estratégias de tratamento para agricultura sustentável” os dejetos de animais têm sido reconhecidos historicamente como um resíduo benéfico para o solo, tendo em vista que o mesmo é um fertilizante com boa eficiência que incrementa os níveis de matéria orgânica em solos com baixa fertilidade.

Os dejetos de suínos ainda ajudam na estabilização da agregação do solo e estrutura e previne o aparecimento de processos erosivos e melhorando a sua fertilidade. Melhoram a retenção de umidade em áreas secas e paradoxalmente ajudam na drenagem de área alagadas. No passado a utilização de dejetos de suínos na agricultura era avaliada somente do ponto de vista produtivo.

Entretanto a experiência europeia demonstra que a aplicação dos mesmos sem as devidas precauções e avaliações do ponto de vista ambiental e de conservação do solo traz consequências nefastas para a qualidade sanitária do solo, águas subterrâneas e superficiais. É fundamental que se delimite os possíveis impactos ambientais causados pelos excessos dos nutrientes de interesse nos Biofertilizantes produzidos a partir de dejetos de suínos, no caso, Nitrogênio, Fósforo e Potássio, além dos metais pesados zinco e cobre.

7.1 Sistema de tratamento proposto para o empreendimento

7.1.1 Efluentes sanitários

Os efluentes domésticos provenientes da casa sede e das casas de colonos são tratados por sistema composto por fossa séptica seguida de filtro anaeróbio e a disposição final é em sumidouro.

7.1.2 Efluentes industriais

Os efluentes provenientes da atividade de suinocultura compõe uma média diária de aproximadamente 30 m³/dia formados pelas fezes, urina, água de lavagem, poeira, pelos e restos de ração. No empreendimento não há lançamento de efluentes no corpo d’água, sendo toda a geração destinada para a fertirrigação e/ou fertilização de áreas de café e culturas anuais, feitos na propriedade, após o tratamento em biodigestor e lagoa de polimento.

Os efluentes da suinocultura são canalizados e bombeados para o biodigestor. Nos locais onde ocorre o bombeamento, por segurança, foram instaladas pequenas lagoas impermeabilizadas para contenção do efluente em caso de acidentes.

Todo efluente é destinado para biodigestores onde ocorre a decantação e a degradação dos sólidos, em seguida o líquido é destinado para a primeira lagoa de tratamento e/ou armazenamento (tempo de detenção 27 dias), depois para a segunda lagoa (tempo de detenção 16 dias) de onde são captados para ser utilizado na

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fertirrigação no próprio empreendimento. Os gases gerados no processo de biodigestão são utilizados para geração de energia elétrica.

O tratamento do efluente da bovinocultura no sistema free stall começa na rampa de areia onde os sólidos ficam agregados a areia, que por sua vez decanta na rampa, enquanto a fase líquida segue para os biodigestores. A parte sólida é recolhida por tratores e esticada em leiras para um período de secagem e quarentena. Passado esse período a areia retorna para as camas do freestall.

Com o objetivo de promover a correta destinação dos efluentes gerados foi apresentado junto aos estudos ambientais Projeto de Fertirrigação, com destinação de todo o efluente tratado para fertirrigação de uma área de 97,75 ha, constituída de café, culturas anuais e eucalipto.

O efluente gerado, após decantação e aeração, é aplicado por aspersão com a utilização de autopropelido.

Para o acompanhamento da área a ser fertirrigada com efluentes gerados pela atividade de suinocultuta e bovinocultura confinada, será condicionada nesta licença, a apresentação de algumas ações conforme abaixo:

Apresentar laudos de análise e respectivos relatórios técnicos de caracterização da qualidade do solo quanto aos parâmetros pH, teor de matéria orgânica, cálcio, magnésio, potássio, sódio, sulfato, CTCpotencial (pH 7,0) e saturação de bases, com frequência anual, observadas as seguintes diretrizes:

I. A amostragem de solo deverá ser realizada nas camadas de 0-20; 20-40 e 40-60 cm;

II. A amostragem deverá ser composta, até a profundidade de 60 cm, constituída de 4 sub-amostras, sendo uma sub-amostra coletada no centro de um círculo de 10 (dez) metros de raio e as demais coletadas ao longo do perímetro do círculo, distanciadas 120° uma da outra;

III. Homogeneizar as 4 sub-amostras, fazer o quarteamento e retirar uma amostra de 500 gramas para análise;

IV. As análises deverão ser realizadas em laboratório devidamente cadastrado nos termos da DN COPAM 89/05, ou da que sucedê-la.

V. Os laudos de análises do solo deverão conter a indicação dos métodos utilizados, a data de realização e o registro profissional do responsável técnico pelas análises.

Não poderão ser aplicados em solo taxas superiores às necessidades nutricionais da cultura.

Deve-se adotar, para um total de aplicação anual, a equação recomendada pela Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais, ou que lhe suceder.

A concentração máxima de potássio no solo não poderá exceder a 6% da CTCpotencial; atingindo-se este limite, a aplicação ficará restrita ao limite máximo da reposição.

Acontecendo alguma das restrições acima que seja necessária novas áreas, deverá ser encaminhada à SUPRAM-SM a sugestão das novas áreas para a fertirrigação, com os respectivos projetos e laudo de compatibilidade ambiental das novas áreas.

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7.2. Resíduos sólidos

Os restos de parição, animais mortos e partículas sólidas extraídas da centrífuga localizada no processo de tratamento do freestall são destinados para um sistema de compostagem. Trata-se de baias construídas em alvenaria, onde os restos de animais mortos e matéria orgânica são dispostos nestas baias sob camadas de maravalha ou outro material lenhoso rico em carbono.

Após o enchimento das baias as mesmas são lacradas com tábuas de madeira. Em um prazo de 90 a 120 dias o composto está pronto para ser utilizado como adubo orgânico nas lavouras.

8. Controle Processual

Trata-se de pedido de licença de operação em caráter corretivo para a regularização ambiental da atividade de “Suinocultura de ciclo completo Bovinocultura de leite, bubalinocultura de leite e caprinocultura de leite Culturas anuais, excluindo a olericultura Cafeicultura e Citricultura Silvicultura e Formulação de rações balanceadas e de alimentos preparados para animais”, formalizado e instruído com a documentação exigida pela legislação.

O FCE foi assinado por representante legal da empresa (fls. 13).

O empreendedor comprova a publicação do pedido de Licença de Operação Corretiva em periódico local, conforme determina a Deliberação Normativa COPAM nº 13/95; (fls. 21)

O processo de regularização ambiental, por intermédio do licenciamento, tem início, se for preventivo, com a análise da licença prévia – LP, seguida pela licença de instalação - LI e licença de operação – LO.

Quando o licenciamento é corretivo e a fase é de operação, deve-se ter em mente que estão em análise as três fases do licenciamento, as que foram suprimidas, neste caso a LP e a LI e a fase atual do empreendimento, que está em operação.

Esta é a orientação constante no parágrafo 2º do artigo 14 do Decreto Estadual nº. 44.844/2008, segundo o qual a demonstração da viabilidade ambiental dependerá de análise dos projetos e estudos exigíveis para a obtenção das licenças anteriores;

“Art. 14. O empreendimento ou atividade instalado, em instalação ou em operação, sem a licença ambiental pertinente deverá regulariza-se obtendo LI ou LO, em caráter corretivo, mediante a comprovação de viabilidade ambiental do empreendimento.

§ 1º (...)

§ 2º A demonstração da viabilidade ambiental do empreendimento dependerá de análise pelo órgão ambiental competente dos documentos, projetos e estudos exigíveis para a obtenção das licenças anteriores, ou quando for o caso, AAF. “

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Passa-se, portanto, à verificação das condições para a aprovação da viabilidade ambiental de cada uma das fases que estão compreendidas neste processo e, sendo assim, a verificação da viabilidade ambiental abrange desde a localização da empresa, ou seja, se a sua localização está fora de área destinada à conservação ambiental, se estão instaladas as medidas de controle ambiental para diminuir, mitigar os impactos negativos que a atividade ocasiona no meio ambiente, as quais se constituem em condição para se aferir se a empresa está dotada de capacidade para operar.

A licença prévia aprova a localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes, a serem atendidas nas próximas fases, de sua implementação, de acordo com o inciso I, art. 8º da Resolução CONAMA Nº. 237/97.

A viabilidade ambiental na fase de licença prévia se constitui na viabilidade locacional, ou seja, verifica-se se a empresa está em local permitido, propício ao desenvolvimento da sua atividade; se não existe impedimento quanto a sua localização como: estar localizada em área de uso restrito, destinada à conservação da natureza ou de interesse ambiental que possam inviabilizar a localização.

No FCEI foi informado que o empreendimento não se encontra localizado dentro de Unidade de Conservação.

Foi informado, outrossim, no FCE, que o Empreendimento encontra-se em área Rural do município de Ilicínea - MG. Foi apresentada então, a declaração da Prefeitura Municipal (fl.15) atestando que a empresa está de acordo com as normas e regulamentos administrativos do município. Sendo assim as informações mostram que não há nenhum impedimento que inviabilize a localização do Empreendimento.

Passa-se para a análise da licença de instalação;

Autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, de acordo com a previsão do inciso II do artigo 8º da Resolução CONAMA Nº237/97; Uma vez que se trata de empresa em fase de operação a instalação já ocorreu.

Passa-se para a análise da operação da empresa.

A licença de operação em caráter corretivo autoriza a operação da atividade, desde que demonstrada a viabilidade ambiental:

Estabelece o artigo 14 do Decreto Estadual nº44.844/08 que:

“Art. 14. O empreendimento ou atividade instalado, em instalação ou em operação, sem a licença ambiental pertinente deverá regularizar-se obtendo LI ou LO, em caráter corretivo, mediante a comprovação de viabilidade ambiental do empreendimento. ”

No item 6 acima foram explicitados os impactos ambientais negativos ocasionados pela operação da empresa.

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Pelo que consta no r. item a viabilidade ambiental, cuja verificação é condição para a obtenção da Licença pleiteada, foi demonstrada, tendo em vista as medidas de controle explicitadas.

Realizada consulta no Sistema Integrado de Informação Ambiental – SIAM, foi

gerada a CERTIDÃO Nº 1393969/2017, com a qual se verifica a inexistência de débito de natureza ambiental com trânsito administrativo. Também foi verificado junto ao NAI – Núcleo de Auto de Infração da SUPRAM, em gerência ao Sistema CAP, que não há autos de infração transitados em julgado que demonstrem débito de natureza ambiental.

A fim de extirpar qualquer dúvida, importante informar que há um auto de infração cadastrado junto ao CAP, cuja defesa apresentada encontra-se pendente de análise, razão pela qual ainda não operou-se o transito em julgado, não impondo óbice, destarte, à análise e decisão do processo pelo Superintendente Regional.

No que se refere ao Cadastro Técnico Federal, foi possível verificar que o empreendimento possui a inscrição sob o número 5752710, com certificado de regularidade válido até Fev/2018.

A taxa de indenização dos custos de análise do processo foi recolhida conforme previsto na Resolução Conjunta SEMAD/IEF/FEAM nº 2.125, de 28 de Julho de 2014, que estabelece os critérios de cálculo dos custos para análise de processos de Regularização Ambiental e dá outras providências.

Operar atividade potencialmente poluidora do meio ambiente sem licença de operação é infração administrativa prevista no Decreto Estadual nº44.844/08 e, portanto, a empresa foi autuada.

Conforme Decreto Nº 47.137, de 24 de Janeiro de 2017 que altera o Decreto nº 44.844, de 25 de junho de 2008, e estabelece normas para licenciamento ambiental, a validade da Licença deverá ser de 10 (dez) anos.

DE ACORDO COM PREVISÃO DO DECRETO ESTADUAL Nº 44.844/2008, EM SEU ANEXO I, CÓDIGO 124, CONFIGURA INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA GRAVÍSSIMA DEIXAR DE COMUNICAR A OCORRÊNCIA DE ACIDENTES COM DANOS AMBIENTAIS ÀS AUTORIDADES AMBIENTAIS COMPETENTES. NO CASO DE ACIDENTE ENTRE EM CONTATO COM O (NEA SISEMA) (31) 98223947 e (31) 9825-3947.

8.1 Da Reconsideração da Decisão:

Importante frisar que o presente processo fora arquivado mediante decisão de fls266, Ato de Arquivamento SIAM 0068678/2018 tendo em vista o não cumprimento de apresentação de informação complementar solicitada pela equipe técnica.

Salienta-se que as r. informações complementares consubstanciavam-se em regularização das áreas de reserva legal em consonância com a Lei 20.922/13.

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Na data de 07/02/2018 o responsável técnico pelo empreendimento protocolou junto a SUPRAM SM sob protocolo SIAM R0029811/2018, constante na fls 276 e 277 do PA, recurso contra o Ato de Arquivamento, alegando que as informações relativas ao Cadastro Ambiental Rural estavam coerentes e que as Reservas Legais estavam adequadas.

A equipe técnica da SUPRAM SM, após avaliar a plataforma eletrônica do CAR Nacional, verificou-se que de fato as informações possíveis naquele momento de constarem nos CARs apresentado pelo empreendedor estavam coerentes, e não foram apresentadas conforme exigência da SUPRAM SM por uma limitação de tal plataforma eletrônica.A SUPRAM SM entende que as Reserva Legais das matrículas onde se encontra instalado o empreendimento e as contíguas estão regularizadas mediante os CARs apresentados.

Em assim sendo, com fundamento no que predispõe o artigo 261 do Dec.44.844/08, entende-se cabível a reconsideração da decisão, devendo ser procedido o desarquivamento do processo, bem como a concessão da Licença Ambiental, nos termos deste Parecer Único.

9. Conclusão

A equipe interdisciplinar da Supram Sul de Minas sugere o Deferimento desta

Licença Ambiental na fase de Licença de Operação em caráter corretivo, para o

empreendimento Ana Valéria Vilela Portugal e outros para a atividade de

“Suinocultura em ciclo completo, bovinocultura de leite, culturas anuais,

cafeicultura e formulação de rações balanceadas e de alimentos preparados

para animais”, no município de Ilicínea, MG, pelo prazo de 10 anos, vinculada ao

cumprimento das condicionantes e programas propostos.

Oportuno advertir ao empreendedor que o descumprimento de todas ou quaisquer condicionantes previstas ao final deste parecer único (Anexo I) e qualquer alteração, modificação e ampliação sem a devida e prévia comunicação a Supram Sul de Minas, tornam o empreendimento em questão passível de autuação.

Cabe esclarecer que a Superintendência Regional de Regularização Ambiental do Sul de Minas, não possui responsabilidade técnica e jurídica sobre os estudos ambientais apresentados nesta licença, sendo a elaboração, instalação e operação, assim como a comprovação quanto a eficiência destes de inteira responsabilidade da(s) empresa(s) responsável(is) e/ou seu(s) responsável(is) técnico(s).

1 Art. 26 – O recurso será submetido preliminarmente à

análise do órgão ambiental competente ou entidade responsável

pela decisão relativa ao requerimento de Licenciamento Ambiental

ou AAF que, entendendo cabível, reconsiderará a sua decisão.

Parágrafo único – Não havendo reconsideração na forma

prevista no caput, o recurso será submetido à apreciação da

instância competente a que se referem os arts. 18 e 19.

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Ressalta-se que a Licença Ambiental em apreço não dispensa nem substitui a obtenção, pelo requerente, de outras licenças legalmente exigíveis. Opina-se que a observação acima conste do certificado de licenciamento a ser emitido.

10. Anexos

Anexo I. Condicionantes da Licença de Operação em Caráter Corretivo de Rubens

Carlos Lemos.

Anexo II. Programa de Automonitoramento Licença de Operação em Caráter Corretivo

de Rubens Carlos Lemos

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ANEXO I

Condicionantes da Licença de Operação Corretiva

Empreendedor: Ana Valéria Vilela Portugal

Empreendimento: Fazenda Catete

CNPJ: 596.087.576-49

Município: Ilicínea

Atividade: Suinocultura de Ciclo Completo, bovinocultura de leite, culturas anuais, cafeicultura e formulação de rações balanceadas.

Código DN 74/04: G-02-04-6; G-02-07-0, G-01-03-1

Processo: 29145/2016/001/2017 Validade: 10 anos

Item Descrição Prazo

01

Executar o Programa de Automonitoramento, conforme definido no Anexo II, demonstrando a adequada destinação dos resíduos sólidos gerados para empresas regularizadas ambientalmente.

Durante a vigência de Revalidação da Licença de

Operação

02

Apresentar laudos de análise e respectivos relatórios técnicos de caracterização da qualidade do solo quanto aos parâmetros pH, teor de matéria orgânica, cálcio, magnésio, potássio, sódio, sulfato, CTCpotencial (a pH 7,0) e saturação de bases, das áreas a serem utilizadas na fertirrigação com os efluentes gerados pela atividade de suinocultura devendo ser respeitados as diretrizes do item 7.1.2 deste parecer. Coleta de amostras de solo: a) 0-20 cm; b) 20-40 cm; c) 40-60 cm

Anualmente Durante a vigência da Licença de Operação

03 Apresentar Projeto de Fertirrigação por cultura e a taxa de aplicação com recomendação agrícola para cada cultura com ART.

Anualmente Durante a vigência da Licença de Operação

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Anexo II

Programa de Automonitoramento da Licença de Operação Corretiva

Empreendedor: Ana Valéria Vilela Portugal

Empreendimento: Fazenda Catete

CNPJ: 596.087.576-49

Município: Ilicínea

Atividade: Suinocultura de Ciclo Completo, bovinocultura de leite, culturas anuais, cafeicultura e formulação de rações balanceadas.

Código DN 74/04: G-02-04-6; G-02-07-0, G-01-03-1

Processo: 29145/2016/001/2017 Validade: 10 anos

1. Resíduos Sólidos e Oleosos

Enviar anualmente a Supram-SM, os relatórios de controle e disposição dos

resíduos sólidos gerados contendo, no mínimo os dados do modelo abaixo, bem como

a identificação, registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas

informações.

Resíduo Transportador Disposição final Obs. (**)

Denominação Origem Classe NBR

10.004 (*)

Taxa de geração kg/mês

Razão social

Endereço completo

Forma(*)

Empresa responsável

Razão social

Endereço completo

(*) Conforme NBR 10.004 ou a que sucedê-la.

(**) Tabela de códigos para formas de disposição final de resíduos de origem industrial

1- Reutilização

2 - Reciclagem

3 - Aterro sanitário

4 - Aterro industrial

5 - Incineração

6 - Coprocessamento

7 - Aplicação no solo

8 - Estocagem temporária (informar quantidade estocada)

9 - Outras (especificar)

Em caso de alterações na forma de disposição final de resíduos, a empresa

deverá comunicar previamente à Supram-SM, para verificação da necessidade de

licenciamento específico.

As doações de resíduos deverão ser devidamente identificadas e

documentadas pelo empreendedor. Fica proibida a destinação dos resíduos Classe I,

considerados como Resíduos Perigosos segundo a NBR 10.004/04, em lixões, bota-

fora e/ou aterros sanitários, devendo o empreendedor cumprir as diretrizes fixadas

pela legislação vigente.

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Comprovar a destinação adequada dos resíduos sólidos de construção civil

que deverão ser gerenciados em conformidade com as Resoluções CONAMA n.º

307/2002 e 348/2004.

As notas fiscais de vendas e/ou movimentação e os documentos identificando

as doações de resíduos, que poderão ser solicitadas a qualquer momento para fins de

fiscalização, deverão ser mantidos disponíveis pelo empreendedor.

IMPORTANTE

Os parâmetros e frequências especificadas para o programa de

Automonitoramento poderão sofrer alterações a critério da área técnica da

Supram-SM, face ao desempenho apresentado;

A comprovação do atendimento aos itens deste programa deverá estar

acompanhada da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), emitida

pelo(s) responsável(eis) técnico(s), devidamente habilitado(s);

Qualquer mudança promovida no empreendimento que venha a alterar a

condição original do projeto das instalações e causar interferência neste programa

deverá ser previamente informada e aprovada pelo órgão ambiental.