parecer prévio tce 2010

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  TCE-RJ PROCESSO Nº 206.125-9/11 RUBRICA FLS.: 1894  JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA N OLASCO CONSELHEIRO-RELATOR TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO GABINETE DO CONSELHEIRO JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO VOTO GC-4 80079/2011 PROCESSO: ORIGEM:  ASSUNTO: TCE-RJ N.º 206.125-9/11 PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES PRESTAÇÃO DE CONTAS DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Trata o presente processo da Prestação de Contas da Administração Financeira do Município  de Campos dos Goytacazes , relativa ao exercício de 2010, abrangendo seus órgãos, entidades e fundos, sob a responsabilidade dos Prefeitos a seguir relacionados: 1) De 01.01.2010 a 05.07.2010: Sra. Rosangela Rosinha Garotinho Barros Assed Matheus de Oliveira 2) De 06.07.2010 a 17.12.2010: Sr. Nelson Nahim Matheus de Oliveira 3) De 18.12. 2010 a 31.12.2010: Sra. Rosangela Rosinha Garotinho Barros Assed Matheus de Oliveira O Corpo Instrutivo, em seu exame preliminar, detectou a ausência de alguns documentos, tendo sido, então, formalizado o Processo TCE-RJ n.º 206.559-4/11, referente ao Ofício Regularizador. Nesse interstício, foi protocolizado em 31.05.11, neste Tribunal de Contas, o cumprimento das exigências da documentação instrutória do Ofício Regularizador, em complemento à presente prestação de contas, que inaugurou os autos do Documento

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Parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro a respeito das contas da Prefeita Rosinha Garotinha (exercício 2010), disponível em: http://www.tce.rj.gov.br/votos/JMLN/110901/20612511.pdf

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  TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1894 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIROGABINETE DO CONSELHEIRO JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO 

VOTO GC-4 80079/2011

PROCESSO:ORIGEM:ASSUNTO:

TCE-RJ N.º 206.125-9/11PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZESPRESTAÇÃO DE CONTAS DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

Trata o presente processo da Prestação de Contas da Administração

Financeira do Município de Campos dos Goytacazes, relativa ao exercício de 2010

abrangendo seus órgãos, entidades e fundos, sob a responsabilidade dos Prefeitos a

seguir relacionados:

1) De 01.01.2010 a 05.07.2010:

Sra. Rosangela Rosinha Garotinho Barros Assed Matheus de Oliveira

2) De 06.07.2010 a 17.12.2010:

Sr. Nelson Nahim Matheus de Oliveira

3) De 18.12. 2010 a 31.12.2010:

Sra. Rosangela Rosinha Garotinho Barros Assed Matheus de Oliveira

O Corpo Instrutivo, em seu exame preliminar, detectou a ausência de

alguns documentos, tendo sido, então, formalizado o Processo TCE-RJn.º 206.559-4/11, referente ao Ofício Regularizador.

Nesse interstício, foi protocolizado em 31.05.11, neste Tribunal de Contas

o cumprimento das exigências da documentação instrutória do Ofício Regularizador, em

complemento à presente prestação de contas, que inaugurou os autos do Documento

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1894-v 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

TCE-RJ n.º 15.187-6/11, motivando a reanálise dos autos pelo Corpo Instrutivo antes de

um pronunciamento definitivo quanto à regularização do processo, o qual foi apreciado

por esta Corte na sessão de 31.05.11.

Em atendimento àquela decisão Plenária, tendo em vista os novos

elementos encaminhados pela Prefeita do Município de Campos dos Goytacazes, o

presente processo foi reexaminado pelo Corpo Instrutivo e o Ministério Público Especial.

MANIFESTAÇÃO DO CORPO INSTRUTIVO E DO MINIST. PÚBLICO ESPECIAL

Cotejados os elementos carreados nos autos do Documento TCE-RJ nº

015.187-6/11, as Unidades Instrutivas desta Corte de Contas, sugerem:

“I - Emissão de PARECER PRÉVIO CONTRÁRIO à aprovação dascontas da Chefe do Poder Executivo do Município de CAMPOS DOSGOYTACAZES, Sra. Rosangela Rosinha Garotinho Barros AssedMatheus de Oliveira, referentes ao exercício de 2010, em face dasIRREGULARIDADE e IMPROPRIEDADES a seguir elencadas, com asDETERMINAÇÕES e RECOMENDAÇÃO correspondentes:

IRREGULARIDADE

1- Impossibilidade de verificação se a abertura dos créditos adicionaisespecial e suplementar dos Decretos n os  170/10  (fls. 608 ) e 354/10 (fls882 ) encontram-se dentro dos respectivos limites autorizados nas Leisn os 8.165/10 e 8.183/10 , uma vez que a publicação das referidas leis nãofoi encaminhada, não permitindo atestar o cumprimento ao disposto noinciso V, do artigo 167 da Constituição Federal.(....)

II – COMUNICAÇÃO, com fulcro no § 1º do artigo 6º da DeliberaçãoTCE-RJ n.º 204/96, ao atual Responsável pelo Controle Interno daPrefeitura Municipal de CAMPOS DOS GOYTACAZES, na forma do

artigo 26 e incisos do Regimento Interno deste Tribunal, aprovado pelaDeliberação TCE-RJ n.º 167/92, para que tome ciência dasirregularidades/impropriedades apontadas no relatório, adote as devidasprovidências de forma a elidir as falhas apontadas, em cumprimento aosartigos 70 a 74 da Constituição Federal/88, bem como atente ànecessidade de se evidenciar a classificação das receitas e despesas nomaior nível de detalhamento possível, inclusive demonstrando as fontesde recursos, de modo que os demonstrativos contábeis contemplem as

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

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TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1895 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

informações dispostas nos quadros extracontábeis que integram apresente prestação de contas.

III – EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO ao Ministério Público, para ciência dadecisão proferida no presente processo, acompanhado de cópiadigitalizada desta Prestação de Contas de Administração Financeira.

IV – DETERMINAÇÃO à 1ª IGM para que, com base no processo “cópiados documentos” desta Prestação de Contas, que subsidiará a Prestaçãode Contas dos Ordenadores de Despesas da Câmara Municipal, procedaà análise quanto ao cumprimento, por parte do Legislativo Municipal, doartigo 29-A da Constituição Federal e dos artigos 20 e 42 da Lei deResponsabilidade Fiscal.”

O Ministério Público Especial, representado pelo Procurador Horacio

Machado Medeiros, em seu parecer à fl. 1848, manifesta-se no mesmo sentido.

Cumpre-me comentar que, em atendimento ao determinado no artigo 9º

da Deliberação TCE-RJ n.º 199/96, foi publicada a Pauta Especial nº 284/2011 no Diário

Oficial do Estado do Rio de Janeiro, de 22.07.11, página 1 da Parte I-B na coluna “B”

sendo aberto prazo para apresentação de razões de defesa até o dia 05.08.11.

Dentro do prazo regimental para a apresentação da defesa escrita, foram

encaminhados pelo Chefe do Poder Executivo esclarecimentos e documentos por meio

do Documento TCE-RJ nº 021.288-0/11, de 26.07.2011, devidamente anexados ao

presente às fls. 1854/1882-v.

Considerando a apresentação de novos elementos, no intuito de sanear

as irregularidades apontadas pelo Corpo Instrutivo, o Plenário desta Corte, nos termos

do voto por mim prolatado na sessão plenária de 04.08.2011, decidiu por Diligência

Interna para que a Instrução se pronunciasse sobre a defesa apresentada.

O Corpo Instrutivo, em atendimento à decisão plenária, procedeu ao

novo exame, às fls. 1885/1892, modificando a análise anterior, acolhendo as razões

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1895-v 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

apresentadas com relação ao artigo 167, inciso V da Constituição Federal – abertura de

créditos adicionais, terminando por sugerir:

“I – Emissão de PARECER PRÉVIO FAVORÁVEL à aprovação dascontas da Chefe do Poder Executivo do Município de CAMPOS DOSGOYTACAZES, Sra. Rosangela Rosinha Garotinho Barros AssedMatheus de Oliveira, referentes ao exercício de 2010, com as seguintesRESSALVAS, DETERMINAÇÕES e RECOMENDAÇÃO:(....)” (Grifos do original). 

O Ministério Público Especial, representado pelo Procurador Horacio

Machado Medeiros, em seu parecer à fl. 1893, manifesta-se no mesmo sentido

É o Relatório.

PARECER DO RELATOR

1 INTRODUÇÃO

O competente Corpo Técnico desta Corte fez constar, inicialmente

considerações acerca da análise efetuada nas Contas de Gestão, de forma a que se

promova um diagnóstico adequado da situação do Município no que tange ao

cumprimento das determinações constitucionais e legais, principalmente, no que se

refere à responsabilidade na gestão fiscal.

1.1 DO PRAZO DE ENCAMINHAMENTO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS

A documentação da Prestação de Contas do exercício de 2010 fo

encaminhada em 15.04.11 a este Tribunal de Contas pela Prefeita do Município

Sra. Rosangela Rosinha Garotinho Barros Assed Matheus de Oliveira, em conformidade

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

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TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1896 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

com o prazo estabelecido no art. 2º da Deliberação TCE-RJ nº 199/96, tendo em vista

que a Lei Orgânica da municipalidade não dispõe de forma diversa.

1.2 DA CONSOLIDAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

A presente análise abrange as contas de gestão de toda a Administração

direta e indireta do Município de Campos dos Goytacazes, sendo que no último caso não

são alcançadas as empresas estatais não dependentes para efeito de consolidação das

contas e apuração dos limites legais.

Faz-se mister destacar que o Supremo Tribunal Federal ao apreciar a

Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 2238/DF, em 09.08.2007, por maioria, deferiu a

medida cautelar requerida na ação suspendendo a eficácia dos artigos 56, caput , e 57 da

Lei Complementar nº 101/00 que, especificamente, no art. 56, estabelece que as Contas

prestadas pelos Chefes do Poder Executivo incluirão, além das suas próprias, as dos

Presidentes dos órgão dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Chefe do Ministério

Público, as quais receberão Parecer Prévio, separadamente, do respectivo Tribunal de

Contas.

Desta forma, em cumprimento à decisão da Suprema Corte e ao Parece

da Procuradoria-Geral do TCE-RJ, o plenário deste Tribunal, nos autos do Processo nº

211.008-1/07, decidiu pela análise das contas do Chefe do Poder Legislativo na

Prestação de Contas de Ordenador de Despesa da Câmara Municipal.

A Instrução, à fl. 1803-v, assim se posiciona sobre a consolidação dos

dados da Prefeitura de Campos dos Goytacazes:

“Foram apresentadas as demonstrações contábeis consolidadas, conforme disposto naDeliberação TCE-RJ n.º 199/96. Registramos que a elaboração destas demonstrações, de acordocom os procedimentos técnicos, deve ser realizada pelo Contador da Prefeitura Municipal vistoque ele é o responsável pela elaboração das demonstrações contábeis, conforme estabelecido noart. 3º da Resolução CFC n.º 560/83 e, ainda, possui todos os registros necessários para efetuaos ajustes decorrentes da consolidação.”

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TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1896-v 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

Em relação à consolidação dos dados das estatais não dependentes, às

fls. 1804 e 1838, a Instrução informa:

“A Lei Complementar Federal n.º 101/00, no inciso III do art. 50, dispõe sobre a escrituração eonsolidação das Contas, a saber:c

 ‘As demonstrações contábeis compreenderão isolada e conjuntamente as transações eoperações de cada órgão, fundo ou entidade da administração direta, autárquica e fundacionalnclusive empresa estatal dependentei .’ (grifo nosso)

Empresa estatal dependente, conforme definido no artigo 2º, inciso IIII da LRF, é a empresa

controlada que receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesascom pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aquelesrovenientes de aumento de participação acionária.p

 O município não possui empresas estatais não dependentes, logo, todos os órgãos existentesdevem ter suas informações consolidadas na elaboração dos relatórios exigidos pelos arts. 52 e54 da LRF.”

Em face da documentação encaminhada pelo Município de Campos dos

Goytacazes, a Inspetoria de Exame das Administrações Financeiras – IAF efetuou a

análise dos dados da execução orçamentária, financeira e patrimonial, considerando os

seguintes aspectos, conforme segue:

“(.....)• Limites Constitucionais Educação Saúde Repasse Financeiro ao Poder Legislativo

• Gestão Fiscal (Lei de Responsabilidade Fiscal) Equilíbrio Financeiro Limite de Despesas com Pessoal Limite de Endividamento Metas anuais estabelecidas pela LDO 

Previdência do Servidor

• Gestão Orçamentária Orçamento aprovado Autorização para abertura de Créditos Adicionais 

Autorização para contratação de Operações de Crédito

• Gestão Patrimonial

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TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1897 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

Resultado Patrimonial Saldo Patrimonial

Royalties• Empresas Estatais Não Dependentes• Controle Interno”

1.3 DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DO MUNICÍPIO

A estrutura administrativa do Município de Campos dos Goytacazes é

composta dos seguintes órgãos e entidades, conforme informações consignadas às fls.

1802 e verso:

ADMINISTRAÇÃO DIRETA 

Órgão  Lei de Criação  Operacionalizado(sim/não) 

Contabilidadesegregada(sim/não) 

Prefeitura Municipal

Câmara Municipal

Fundo Municipal de Saúde (FMS) 5.395, de 24/12/92 SIM SIMFundo Municipal da Infância e daAdolescência (FMIA) 

7.284, de 27/08/02 SIM SIM

Fundo Municipal de AssistênciaSocial (FMAS) 

6.081, de 12/02/96 SIM SIM

Fundo Especial da Guarda CivilMunicipal 6.910, de 29/12/99 SIM SIM

Fundo Municipal de Defesa dosDireitos Difusos - PROCON 6.306, de 27/12/96 SIM SIM

Fundo de Desenvolvimento deCampos (FUNDECAM)

7.084,de 02/07/01 SIM SIM

Fundo Municipal de Habitação 8.110, de 08/10/2009 Sem operação noexercício

NÃO

Fundo Municipal do MeioAmbiente (FUMMAM)

Lei nº 5.576, de 22/11/1993,e Decreto nº 254 de31/08/2009

Sem operação noexercício NÃO

ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 

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 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

Fundação Cultural JornalistaOswaldo Lima (FCJOL)

3.401, de 07/06/78 SIM SIM

Fundação Municipal de Esportesdo Município de Campos dos

Goytacazes (FME)

5.291, de 20/07/92 SIM SIM

Fundação Municipal da Infância eda Juventude (FMIJ) 5.096, de 24/11/90 SIM SIM

Fundação Dr. João BarcellosMartins (FJBM) (Hospital FerreiraMachado)

6.314, de 31/01/97 SIM SIM

Fundação Municipal TeatroTrianon

6.700, de 03/03/99 SIM SIM

Fundação Municipal Zumbi dosPalmares 6.502, de 19/12/97 SIM SIM

Fundação Dr. Geraldo da SilvaVenâncio (Hospital Geral deGuarús)

7.355, de 31/03/03 SIM SIM

Instituto de Previdência dos

Servidores Municipais de Camposdos Goytacazes PREVICAMPOS  6.786, de 25/06/99 SIM SIM

EMPRESAS PÚBLICAS DEPENDENTES 

Companhia de Desenvolvimentodo Município de Campos dosGoytacazes (CODEMCA)

3.493, de 17/11/78 SIM SIM

Companhia de Iluminação Públicado Município de Campos dosGoytacazes (CAMPOSLUZ)

6.483, de 27/11/97 SIM SIM

Empresa Municipal de Habitação,Urbanização e Saneamento(EMHAB) 

6.314, de 31/01/97 SIM SIM

Empresa Municipal deTransportes (EMUT) 

6.078, de 28/12/95 SIM SIM

EMPRESAS PÚBLICAS NÃO DEPENDENTES 

NÃO POSSUI

1.4 DO NÚMERO DE HABITANTES DA MUNICIPALIDADE

O número de habitantes do Município de Campos dos Goytacazes

consoante aos dados publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –

IBGE e encaminhados para o Tribunal de Contas da União para cálculo das quotas do

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1898 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

FPM na forma do inciso VI, art. 1º c/c o art. 102 da Lei nº 8.443/62, no exercício de 2010

foi de 434.008 habitantes.

2 DO CUMPRIMENTO DAS NORMAS DA LECOMPLEMENTAR N.º 101/00 E DAS DELIBERAÇÕES TCE-RJ N.ºs 218/00 E 222/02

A Administração Municipal de Campos dos Goytacazes, segundo a

análise do Corpo Instrutivo à fl. 1803 e verso, encaminhou a este Tribunal de Contas os

seguintes Relatórios Resumidos da Execução Orçamentária bem como os Relatórios da

Gestão Fiscal da Prefeitura, relativos a 2010, conforme destacado abaixo (já submetidosa decisões plenárias):

Relatório Resumido da Execução Orçamentária 

1º BIMESTRE DE 2010 226.884-9/10

2º BIMESTRE DE 2010 227.031-1/10

3º BIMESTRE DE 2010 201.227-8/11

4º BIMESTRE DE 2010 201.136-3/11

5º BIMESTRE DE 2010 203.785-4/11

6º BIMESTRE DE 2010 208.823-7/11

Relatório de Gestão Fiscal 

1º QUADRIMESTRE DE 2010 204.081-3/11

2º QUADRIMESTRE DE 2010 204.603-7/11

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1898-v 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

3º QUADRIMESTRE DE 2010 208.855-0/11

Conforme evidenciei, nos quadros anteriores, foram encaminhados todosos relatórios exigidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Não obstante, farei constar RESSALVA e DETERMINAÇÃO em meu

voto, tendo em vista à intempestividade verificada quando do encaminhamento a esta

Corte de Contas de todos os relatórios  Resumidos da Execução Orçamentária, bem

como os da Gestão Fiscal.

2.1 FATOS RELEVANTES DO EXAME DOS RELATÓRIOS PREVISTOSNAS DELIBERAÇÕES TCE-RJ N.ºS 218/00 E 222/02

2.1.1 AVALIAÇÃO DA METAS ANUAIS 

Em relação à análise das metas de resultado primário e nominal e o

montante da dívida pública do Município de Campos dos Goytacazes, com base no

Anexo de Metas Fiscais que integrou a Lei de Diretrizes Orçamentárias do Município, o

Corpo Técnico, às fls. 1817-v/1818, assim se manifestou:

“O Anexo de Metas Fiscais integra a Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO, onde sãoestabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesasresultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem eara os dois seguintes (art. 4º,da LC nº 101/00).p

 Apresentamos a seguir quadro contendo as metas em valores correntes previstas e asrespectivas execuções verificadas no exercício financeiro de 2010, nos termos do art. 59, inc. I daLei Complementar Federal n.º 101/00.

Em R$ 

DESCRIÇÃO

ANEXO DE METAS

(Valores correntes)

RREO 6º BIMESTRE/10 E

RGF 3º QUADRIMESTRE/10

ATENDIDO OU NÃO

ATENDIDO

Receitas 1.112.071.994,00 1.867.225.055,30 --

Despesas 1.116.622.312,00 1.876.758.880,00 --

Resultado Primário -4.550.317,00 -24.503.342,60 Não atendido

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P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1899 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

Resultado Nominal -4.550.317,00 352.257.785,20 Não atendido

Dívida Consolidada Líquida Não estabelecida -184.691.135,60Impossibilidade de

avaliar

Fonte: Anexo de Metas da LDO às fls. 41v, Processo nº 208.823-7/11 - RREO 6º BIM/10 e nº 208.855-0/11 RGF 3ºQUAD/10)

Conforme podemos verificar no quadro anterior, o município não cumpriu as metasestabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias, o que será objeto de impropriedade emnossa conclusão.”

Descumprimento das metas estabelecidas na Lei de Diretrizes

Orçamentárias, será motivo de RESSALVA e DETERMINAÇÃO em meu Voto.

Finalizando, informa a Instrução à fl. 1818:

“O Executivo Municipal não realizou audiência pública para avaliar o cumprimento das metasfiscais nos períodos de maio, setembro e fevereiro, em descumprimento ao disposto no §4º, doart. 9º, da Lei Complementar n.º 101/00. A afirmativa está amparada pela falta de envio das atasrelativas à avaliação das metas do 1º, 2º e 3º quadrimestres de 2010. Tal fato constitui infraçãoao princípio de gestão fiscal previsto no §1º, do art. 1º, da LRF, e será considerado comompropriedade na conclusão desta instrução processual.i Destacamos que as Atas de Audiência Pública encaminhadas às fls. 1684/1715 tiveram a

finalidade de discutir a Rede de proteção e combate ao abuso e à exploração de crianças eadolescente (Maio), o andamento das obras do PAC da drenagem dos canais (Setembro) eInstalação dos trabalhos do primeiro período ordinário da Câmara Municipal.”

Devo convergir, pois, às argumentações do Corpo Técnico, e fare

constar RESSALVA e DETERMINAÇÃO em meu Voto.

3 DAS PEÇAS ORÇAMENTÁRIAS

3.1 DA PUBLICIDADE

Em face do encaminhamento da publicação das peças orçamentárias e

alterações decorrentes, verificou-se o atendimento ao Princípio da Publicidade

insculpido no artigo 354 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro. 3.2 DO PLANO PLURIANUAL E DA LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS

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P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1899-v 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

Em que concerne ao Plano Plurianual para o quadriênio 2010/2013 e as

Diretrizes Orçamentárias para o exercício de 2010, o Corpo Instrutivo relata às fls. 1804-

v/1805:

“O Plano Plurianual para o quadriênio de 2010/2013 foi instituído pela Lei Municipal nº 8.138, de17/12/2009, às fls. 31 e 63/105v.

(.....)

As diretrizes para o exercício de 2010 foram estabelecidas através da Lei Municipal nº 8.101, de03/07/2009, às fls. 33v/43v e 57/61.”

3.3 DO ORÇAMENTO

O orçamento do Município de Campos dos Goytacazes para o exercício

de 2010 foi aprovado pela Lei Municipal n.º 8.101, de 03.07.09, estimando a receita no

valor de R$1.413.407.262,50 e fixando a despesa em igual montante, consignando, o

Corpo Instrutivo, em seu relatório de fl. 1805-v:

“Pode-se dizer que a LOA é um instrumento utilizado para a conseqüente materializaçãodo conjunto de ações e objetivos que foram planejados visando ao melhor atendimento ebem estar da coletividade.

O orçamento Geral do Município para o exercício de 2010 foi aprovado pela Lei dosOrçamentos Anuais, n.º 8.148 de 29/12/2009, estimando a receita no valor de R$1.413.407.262,50 e fixando a despesa em igual valor (fls. 485/497).”

3.3.1 DAS ALTERAÇÕES DO ORÇAMENTO

De acordo com a Lei Orçamentária, ficou o Poder Executivo autorizado a

abrir créditos suplementares, cuja análise efetuada pela Instrução, foi lançada às fls

1805-v/1807:

De acordo com a Lei Orçamentária, fica o Poder Executivo autorizado a:

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P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1900 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

1.  Efetuar operações de crédito, nos termos do art. 165, § 8º, da Constituição Federaloferecendo, como garantia, o produto da arrecadação de Receitas Orçamentárias Próprias ouTransferidas, obedecidos aos dispositivos contidos no art. 32, da Lei Complementar nº 101 – LRF

de 04/05/2000 (art. 6º inciso I). Bem como, autorizado a realizar operações de crédito porAntecipação de Receita Orçamentária – ARO, com a finalidade de manter o equilíbriorçamentário e financeiro do Município, observados os preceitos legais vigentes (art. 9º);o

 2.  Abrir Créditos Suplementares até o limite de 30% (trinta por cento) da Despesa Total Fixadano Orçamento do Município, nos termos do art. 7º, inciso I da Lei Federal nº 4320, de 17/03/64(art. 6º inciso II).

3.  Abrir Créditos Suplementares até 10% (dez por cento) do total fixado nesta Lei, ao PodeLegislativo, dentro das necessidades deste Poder. (art. 6º inciso IV)

Houve ainda a previsão de exceções ao limite de abertura de créditos, como segue:

‘Art. 7º - O limite autorizado no inciso II do art. 6º não será onerado quando o crédito suplementase destinar a atender:

I – insuficiência de dotações do grupo de natureza de despesa 1 – Pessoal e Encargos Sociaismediante a utilização de recursos oriundos de anulação de despesas consignadas no mesmorupo;g

 II – pagamento de despesas decorrentes de precatórios judiciais, amortização, juros e encargosa dívida;d

 III – despesas financiadas com recursos vinculados, operação de crédito e convênios, limitandoo valor das respectivas operações de crédito ou financiamento dos convênios;a

 

IV – incorporação de saldos financeiros apurados em 31 de dezembro de 2009, e o excesso dearrecadação em bases constantes, inclusive de recursos vinculados quando se configurar receitao exercício superior às previsões de despesa fixadas nesta Lei;d

 V – realocar dotações dentro do mesmo grupo de natureza de despesa por projeto, atividade ouperação especial.’o

 Cabe ressaltar que em 16/09/2010 foi publicada a Lei Municipal n.º 8.174 de 15/09/2010, fls.778autorizando a abertura de créditos adicionais de até 15% da despesa total do orçamento do

unicípio, conforme destacamos:M ‘Art. 1º - Fica o Chefe do Executivo Municipal autorizado a abrir mediante expedição de decretoCréditos Suplementares de até 15% (quinze por cento) da Despesa Total do Orçamento do

unicípio, nos termos do artigo 7º, inciso I, da lei federal n.º 4.320/64.M Art. 2º - A autorização do artigo anterior não se computa no limite previsto no artigo 6º, inciso Ida Lei Municipal n.º 8.148/2010 e abrange a previsão real e atual da Despesa Total do Orçamento

Município, incluindo créditos adicionais criados durante o exercício de 2010.’do Ressaltamos ainda que em 22/12/2010 foi publicada a Lei Municipal n.º 8.201 de 16/12/2010, fls999v, autorizando a abertura de créditos adicionais de até 5% da despesa total do orçamento do

unicípio, conforme destacamos:M 

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P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1900-v 

‘Art. 1º - Fica o Chefe do Executivo Municipal autorizado a abrir mediante expedição de decretoCréditos Suplementares de até 5% (cinco por cento) da Despesa Total do Orçamento do

unicípio, nos termos do artigo 7º, inciso I, da lei federal n.º 4.320/64.M 

Art. 2º - A autorização do artigo anterior não se computa no limite previsto no artigo 6º, inciso Ida Lei Municipal n.º 8.148/2010 e no artigo 1º da Lei Municipal n.º 8.1742010 e abrange aprevisão real e atual da Despesa Total do Orçamento do Município, incluindo créditos adicionais

ados durante o exercício de 2010.’”cri 

O Corpo Instrutivo apresentou, às fls. 1807/1811-v, criteriosa análise das

alterações orçamentárias ocorridas no exercício de 2010, conforme demonstro a seguir:

“LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL – LOA

Em R$ 

Anulação 639.133.207,41

Excesso 157.120.833,46

Superávit 100.409.258,55

Convênios 4.185.030,32

Op. Crédito 0,00

900.848.329,74

261.715.122,33

639.133.207,41

706.703.631,25

SUPLEMENTAÇÕES

ALTERAÇÕESFONTE DE

RECURSOS

(A) Total das Alterações

(B) Créditos Não Considerados (Exceções Previstas na LOA)

(C) Alterações Efetuadas para Efeito de Limite = (A – B)

(D) Limite Autorizado na LOA e Lei 8.174

(E) Valor Total dos Créditos Abertos Acima do Limite da LOA = (C-D)

Relacionamos, a seguir, os decretos considerados como exceção suficientes para o cumprimentodo limite estabelecido na LOA:

EXCEÇÕES PREVISTAS NA LOAVALOR – (R$)

DECRETO Nº FLS.

Exceções com base no inciso IV do artigo 7º da LOA

008/10 189 6.000.000,00

016/10 197v 1.449.000,00

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1901 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

020/10 251 3.356.260,00

021/10 251 295.084,56

025/10 257 3.800.000,00

029/10 261 1.100.000,00

033/10 267 2.978.000,00

036/10 275v 708.522,67

040/10 279 2.046.181,79

044/10 287v 2.158.000,00

045/10 295 7.000.000,00

048/10 311 770.596,36

054/10 318 10.700.000,00

067/10 333 152.157,17

088/10 410v 100.000,00

137/10 476 6.000.000,00

147/10 502 176.420,59

167/10 597 491.646,40

168/10 597 747.509,77

182/10 709 4.900.000,00

185/10 696 13.000.000,00

236/10 708/708v 4.775.700,00

241/10 723 3.500.000,00

246/10 726v 3.300.000,00

248/10 726v 4.138.685,00

5/10/2018 Parecer pr vio TCE 2010 - slidepdf.com

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1901-v 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

251/10 736 13.620.000,00

255/10 739 1.077.000,00

259/10 744 10.746.276,91

263/10 745 4.360.000,00

269/10 760 1.279.572,00

274/10 765 9.927.000,00

281/10 800 23.847.420,40

282/10 800 1.852.479,42

291/10 810v 2.475.168,78

295/10 815v 1.843.833,88

314/10 833 524.041,67

347/10 859 6.280.000,00

349/10 859/859v 1.438.933,15

358/10 886 250.000,00

366/10 896 5.616.919,83

367/10 907 78.203,45

378/10 952 8.987.000,00

379/10 955 18.055.000,00

382/10 959v 52.397,27

430/10 979 11.547.786,94

439/10 991 3.200.000,00

444/10 1129 8.188.000,00

449/10 1013 10.411.922,05

453/10 1025 3.900.798,52

5/10/2018 Parecer pr vio TCE 2010 - slidepdf.com

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P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1902 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

456/10 1025v 501.472,96

458/10 1129v/1130 4.121.925,27

SUB-TOTAL 237.826.916,81

Exceções com base no inciso III do artigo 7º da LOA

024/10 255 422.330,00

137/10 476 503.613,00

140/10 479 1.169.576,62

189/10 698v 1.073.165,63

349/10 859/859v 4.925.016,00

370/10 926 8.298.010,33

441/10 1011 6.500.577,54

450/10 1023 995.916,40

SUB-TOTAL 23.888.205,52

T O T A L 261.715.122,33

Não obstante aos cálculos efetuados pela Instrução, verifico que a Le

Municipal nº 8.174, de 15.09.2010 , fls. 778, autorizou o Executivo Municipal abrir créditos

suplementares no percentual de 15% da despesa total do orçamento do Município

estabelecendo para efeitos da nova base de cálculo :

i) não se computa o “ (....) limite previsto no artigo 6º, inciso II, da Leunicipal n.º 8.148/2010 (....); eM

 ii) abranger “(....) a previsão real e atual da Despesa Total do

Orçamento do Município, incluindo créditos adicionais criadosdurante o exercício de 2010 ”.

Ou seja, para se apurar a nova base para cálculo do novo limite para

abertura das suplementações orçamentárias, depois de 15.09.2010 , deveria se

utilizado o montante dos créditos fixados na lei orçamentária atualizado até 15 de

5/10/2018 Parecer pr vio TCE 2010 - slidepdf.com

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P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1902-v 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

setembro de 2010 , computando-se naquele saldo todos os decretos abertos até aquela

data – tantos os efetuados pela autorização da LOA, bem com os abertos por le

específica   –, ai sim, ter-se-ia a base legal para aplicação do percentual de 15%, em

conformidade com o previsto na Lei Municipal nº 8.174/10.

Por conseguinte, o mesmo procedimento deveria ser adotado para

cumprimento da Lei Municipal n.º 8.201, de 22.12.2010, fls. 999-v, ao estabelecer a base

de cálculo para a suplementação orçamentária a partir de 22.12.2010 , tendo em vista o

disposto na sobredita norma:

i) “(....) a abertura de créditos adicionais de até 5% da despesa total do

rçamento do Município (....)”;o ii) “(....) a autorização (....) não se computa no limite previsto no artigoº, inciso II, da Lei Municipal n.º 8.148/2010 (....);6

 iii) o limite previsto “(....) e no artigo 1º da Lei Municipal n.º 8.1742010

(....);

iv) “(.....) e abrange a previsão real e atual da Despesa Total doOrçamento do Município, incluindo créditos adicionais criadosdurante o exercício de 2010 ”.

O Corpo Instrutivo, às fls. 1807, apresenta o seguinte quadro:“Assim, foram fixados os seguintes limites:

Em R$

DESCRIÇÃO  VALOR 

Total da Despesa Fixada 1.413.407.262,50

Limite para Operações de Crédito por Antecipação da Receita - --

Limite para Abertura de Créditos Suplementares - 30% - LOA 424.022.178,75

Limite para Abertura de Créditos Suplementares - 15% - Lei 8.174 212.011.089,38

Limite para Abertura de Créditos Suplementares - 5% - Lei 8.201 70.670.363,12

Limite total para Abertura de Créditos Suplementares 706.703.631,25

(Fonte: LOA - fls. 485/497, Lei 8.174/10, fls. 778 e Lei 8.201/10, fls. 999v )

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P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1903 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

A Instrução ao elaborar o quadro anterior não considerou a atualização

que deveria ser efetivada no orçamento inicial na data de 15.09.2010  e 22.12.2010

antes da aplicação dos limites de 15% e 5%, respectivamente, das Leis Municipais nº

8.174/10 e n.º 8.1742010, portanto, apresento quadro com o limite que o Município de

Campos dos Goytacazes poderia utilizar para suas suplementações orçamentárias no

exercício de 2010:

CÁLCULO DO LIMITE DAS ALTERAÇÕES ORÇAMENTÁRIASDescrição Até15/09 De 16/09 a 21/12 De 22/12 a 31/12

Dispositivo Legal

Lei 8.101/09 (LOA) -

30% (LOA)

Lei 8.174/10 -15% (Orçamento

atualizado)

Lei 8.201/10 -5% (Orçamento

atualizado)

Despesa Fixada Inicial 1.413.407.262,50 1.892.562.876,34 1.991.835.087,46

Alterações no Orçamento 479.155.613,84 99.272.211,12 34.795.832,74

Orçamento atualizado 1.892.562.876,34 1.991.835.087,46 2.026.630.920,20Limite para Abertura de Créditos Suplementares

(acumulado) 424.022.178,75 707.906.610,20 807.498.364,57

E essa imbricação dos procedimentos previstos nas Leis Municipais

nº 8.174/10 e n.º 8.1742010, fez com que a Instrução adotasse uma parametrização

conservadora em seus cálculos , que não farei oposição, no caso vertente, tendo em

vista que a Prefeitura de Campos dos Goytacazes, mesmo com um limite mais

restritivo , observou o preceituado no inciso V da art. 167 da Constituição federal.

Portanto, a abertura de créditos adicionais, efetuado pela Prefeitura

Municipal de Campos do Goytacazes, encontra-se dentro do limite estabelecido na

LOA, observando, portanto, o preceituado no inciso V do art. 167 da Constituição

Federal.

Devo destacar, ainda, terem sido abertos não só créditos adicionais

suplementares, utilizando-se da autorização legislativa prévia constante da Le

Orçamentária e sua posterior alteração como também, foi aberto crédito adicional com

5/10/2018 Parecer pr vio TCE 2010 - slidepdf.com

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1903-v 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

autorização legislativa específica, que a Instrução assim se manifesta às fls. 1811-

v/11812:

FONTE DE RECURSO (VALOR R$)

EXCESSO DE ARRECADAÇÃO

LEI Nº FLS.VALOR

(R$)DECRETO Nº FLS.

SUPERÁVIT

CONVÊNIOS OUTROS

OPERAÇÕESDE CRÉDITO

ANULAÇÃO

TIPOCRÉ

(1

8.152 361v 3.500.000,00 074/10 363 3.500.000,00 E

8.155 –art. 1º

81.539.566,00 116/10 – art.1º

81.539.566,00 E

8.155 –

art. 2º  284.891,41

116/10 – art.

2º  284.891,41 E

8.155 –art. 3º  1.000.000,00 116/10 – art.

3º  500.000,00 500.000,00 E

8.155 –art. 4º  4.092.535,00

116/10 – art.4º e 155/10

2.542.535,00 709.030,00 E

8.155 –art. 5º  5.951.750,00

116/10 – art.5º  5.951.750,00 E

8.155 –art. 6º e8.161  172.000.000,00

116/10 – art.6º  164.000.000,00 E

8.155 –art. 7º  1.460.322,96 116/10 – art.

7º  1.460.322,96 E

8.155 –art. 8º e8.199

437/438v;596 e 999

89.006.000,00116/10 – art.8º e 454/10 

438v/440,557v e1025

6.376.000,00 82.630.000,00 S

8.155 437/438V 150/10 530 8.000.000,00 S

8.165Não

encaminhada

-- 170/10 608 146.000,00 S

8.183Não

encaminhada-- 354/10 882 500.000,00 E

8.194 999 175.220,00 442/10 1011 175.220,00 S

8.200 999v 8.325,63 -- -- E

TOTAL 359.018.611,00 TOTAL 96.203.315,37 0,00 255.305.220,00 -- 7.306.780,00

(Fonte: Publicações das leis e decretos ,fls. 361v/1011)(1) Tipo de Crédito: E – Especial

S – Suplementar

“Do quadro anterior, observamos que os Decretos nos 170/10 (fls. 608) e 354/10 (fls. 882) abriramcréditos adicionais suplementar e especial nos valores de R$ 146.000,00 e R$ 500.000,00baseados nas Leis Autorizativas nos 8.165/10 e 8.183/10, respectivamente. Entretanto, as

publicações das referidas leis não foram encaminhadas não sendo possível, desta forma, atestase a abertura dos créditos adicionais encontra-se ou não dentro dos respectivos limitesautorizados. Sendo assim, fica prejudicada a verificação da observância ou não do preceituadono inciso V, do artigo 167 da Constituição Federal, ensejando a sugestão de PARECER PRÉVIOCONTRÁRIO

 ( .....)

5/10/2018 Parecer pr vio TCE 2010 - slidepdf.com

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P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1904 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

Da análise dos decretos de abertura dos créditos adicionais, verificamos IRREGULARIDADESensejadoras dePARECER PRÉVIO CONTRÁRIO, que destacamos no quadro a seguir:

LEI Nº FLS. IRREGULARIDADES

8.165/10  –Não foi encaminhada a publicação desta lei, impossibilitando averificação do cumprimento do disposto no inciso V, do artigo167 da Constituição Federal

8.183/10  –Não foi encaminhada a publicação desta lei, impossibilitando averificação do cumprimento do disposto no inciso V, do artigo167 da Constituição Federal

(....)”. (Grifos do original).

Em razão da sobredita conclusão (inicial), foi publicada a Pauta Especia

no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro, em atendimento ao determinado no artigo

9º da Deliberação TCE-RJ n.º 199/96, sendo aberto prazo para apresentação de razões

de defesa.

Seguindo os procedimentos estabelecidos no artigo 10 da Deliberação

TCE-RJ n.º 199/96, foi dada vista do presente processo, neste Gabinete, ao

Jurisdicionado, que, por sua vez, deu entrada nesta Corte de Contas em suas razões de

defesa, protocolada no Tribunal sob o Documento TCE-RJ n.º 21.288-0/11, inserido às

fls. 1854/1882.

O Corpo Instrutivo, à fl.1886, após a análise das razões de defesa

apresentadas pela Sra. Rosangela Rosinha Garotinho Barros Assed Matheus de Oliveira

Prefeita do Município, concluiu da seguinte forma:

“ Razões de Defesa:

5/10/2018 Parecer pr vio TCE 2010 - slidepdf.com

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1904-v 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

Foi informado às fls. 1856 que foram encaminhadas as publicações das leis nos 8.165/10 e8.183/10.

Análise:

Com base nas publicações encaminhadas, verificamos, conforme demonstrado no quadro aseguir, que a abertura de créditos adicionais encontra-se dentro do limite estabelecido nas leisautorizativas nos 8.165/10 e 8.183/10, observando o preceituado no inciso V do art. 167 daConstituição Federal. Iremos, portanto, excluir este item de irregularidade de nossa conclusão.

FONTE DE RECURSO (VALOR R$)

EXCESSO DEARRECADAÇÃO

LEI Nº FLS.VALOR

(R$)DECRETO

NºFLS.

SUPERÁVIT CONVÊNIOS OUTROS

OPERAÇÕES

DE CRÉDITO ANULAÇÃO

TIPOCRÉD

(1

8165/10 1857 146.000,00 170/10 608 146.000,00 S

8183/10 1859 835.318,77 354/10 882 500.000,00 E

(1) Tipo de Crédito: E – Especial; S – Suplementar”

Pelo demonstrado, a abertura de créditos adicionais encontra-se dentro

do limite estabelecido nas leis autorizativas, observando, portanto, o estatuído no inciso

V do artigo 167 da Constituição Federal.

O Instituto dos créditos adicionais estabelece que nos casos de créditos

suplementares e especiais, esses dependem da existência prévia de autorização

legislativa e a indicação dos recursos correspondentes. Em sua análise a Instrução

relata às fls. 1812-v/1813:

“a) Abertura de Créditos Ad icionais por SUPERÁVIT FINANCEIRO

Verificamos a abertura de créditos adicionais no montante de R$196.612.573,92, tendo como

fonte de recursos o superávit financeiro do exercício anterior. A análise efetuada no BalançoPatrimonial Consolidado do exercício de 2009, Processo TCE/RJ nº 215.314-5/10, excluindo-seos valores referentes ao RPPS, comprova a existência de superávit financeiro utilizado para aabertura dos Créditos Adicionais no valor de R$ 227.768.317,52, observando o preceituado nonciso V do art. 167 da Constituição Federal.i 

b) Abertura de Créditos Adic ionais por EXCESSO DE ARRECADAÇÃO

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1905 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

Observamos que nos decretos de abertura de créditos por excesso de arrecadação não foutilizada metodologia de apuração da tendência de excesso para o exercício, prevista no artigo3, parágrafo 3º da Lei nº 4.320/64, o que será objeto de impropriedade e determinação.4

 Entretanto, verificamos que ao final do exercício o município apurou um excesso de arrecadaçãono valor de R$ 453.817.792,68, superior aos valores dos Créditos Adicionais abertos.

EXCESSO DE ARRECADAÇÃO

Descrição Valor – R$

(A) Total do Excesso de Arrecadação Verificado - Anexo 10 453.817.792,68

(B) Excesso por Transferências de Convênios 0,00

(C) Excesso de Arrecadação para Abertura de Crédito (A-B) 453.817.792,68

(D) Total de Créditos Abertos 412.426.053,46

(E) Suficiência Apurada (C-D) 41.391.739,22

Fonte: Anexo 10 da Lei nº 4.320/64 Consolidado, fls. 1586/1595”

A análise das alterações orçamentárias permitiu concluir que a aberturade créditos adicionais efetuadas pelo Município de Campos dos Goytacazes encontra-se

dentro do limite estabelecido nas respectivas leis autorizativas, e com a correspondente

indicação dos recursos, tendo sido, portanto, observado o que dispõe o inciso V, artigo

167 da Constituição Federal.

Não obstante farei constar RESSALVA e DETERMINAÇÃO em meu

voto, quanto à impropriedade verificada na publicação dos decretos de abertura de

créditos por excesso de arrecadação, pois que não foi utilizada a metodologia de

apuração da tendência de excesso para o exercício, prevista no § 3º do artigo 43 da Le

Federal n.º 4.320/64.

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P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1905-v 

4 GESTÃO ORÇAMENTÁRIA

4.1 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA A execução orçamentária comprovou-se deficitária em

(R$102.956.218,81), já excluídos os montantes relativos ao regime próprio de

previdência social. A Instrução, à fl. 1818 e verso, demonstra a situação apresentada em

31.12.10, pelo Município de Campos dos Goytacazes:

“O Resultado Orçamentário representa a diferença entre as receitas arrecadadas e as despesasempenhadas no exercício, podendo, dessa forma, ocorrer um superávit ou um déficitrçamentário.o

 

Ao realizarmos a análise da execução orçamentária deste exercício, verificamos que o municípioapresentou resultado deficitário, já excluídos os montantes relativos ao Regime Próprio dePrevidência Social, conforme apresentado no quadro a seguir:

Em R$

DESCRIÇÃO CONSOLIDADOREGIME PRÓPRIODE PREVIDÊNCIA

SOCIALVALOR SEM O RPPS

Receitas Arrecadadas 1.867.225.055,18 93.536.641,74 1.773.688.413,44

Despesas Realizadas 1.876.758.880,03 114.247,78 1.876.644.632,25

DÉFICITORÇAMENTÁRIO

-9.533.824,85 93.422.393,96 -102.956.218,81

RESULTADO ORÇAMENTÁRIO - 2010

 

Fonte: Anexo 10 e 11 da Lei nº 4.320/64 Consolidados - fls. 1586/1635 e Anexo 12 da Lei nº 4.320/64 do Fundo de Prev. – fls.1155/1156 “

4.1.1 RECEITA

A Receita Arrecadada no exercício, conforme demonstrativo consolidado

  – Anexo 12 da Lei nº 4.320/64, fls. 1636/1637, foi de R$1.867.225.055,18, portantoacima da previsão constante do orçamento de R$1.413.407.262,50, em

aproximadamente 32,11% . A Instrução, à fl. 1814, assim se manifesta sobre os

resultados alcançados pela municipalidade:

“O quadro apresentado a seguir demonstra o comportamento da arrecadação municipal noexercício de 2010 em comparação à previsão inicial:

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

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P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1906 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

R$ Percentual

Receitas Correntes 1.380.582.836,90 1.828.052.666,48 447.469.829,58 32,41%

Receitas de Capital 14.224.425,60 19.208.451,49 4.984.025,89 35,04%

Receita Intraorçamentária 18.600.000,00 19.963.937,21 1.363.937,21 7,33%

Total 1.413.407.262,50 1.867.225.055,18 453.817.792,68 32,11%

ARRECADAÇÃO NO EXERCÍCIO DE 2010

VariaçãoPrevisão - R$ Arrecadação - R$Natureza

Fonte: Balanço Orçamentário consolidado – anexo 12 - fls. 1636/1637Nota: no valor das receitas já estão consideradas as devidas deduções.

Verificamos que o Anexo I do Relatório Resumido da Execução Orçamentária referente ao 6

bimestre de 2010 registra uma receita arrecadada de R$ 1.867.225.055,30, consoante àevidenciada nos demonstrativos contábeis.”

Apresento a seguir alguns indicativos do comportamento da arrecadação

das Receitas do Município de Campos dos Goytacazes:

a arrecadação das receitas tributárias (R$131.891.334,26, fl. 738) fo

superior aos valores previstos  (R$100.359.236,83, fl. 738) para o

exercício de 2010, correspondente aproximadamente a 7,06% do tota

das receitas arrecadadas (R$1.867.225.055,18, fl. 738) no exercício sobanálise;

ao utilizar-se como parâmetro os valores arrecadados em 2009

(R$88.522.134,98 – processo TCE-RJ nº 215.314-5/10, fl. 213), em

valores nominais, houve um incremento da arrecadação das receitas

tributárias em 2010 (R$131.891.334,26, fl. 569), de aproximadamente

48,99% ;

o peso percentual das receitas tributárias, com relação ao total da

arrecadação (valores realizados), aumentou no período , passando de

6,22% (R$88.522.134,98, em 2009) para 7,06% (R$131.891.334,26 em

2010, fl. 738).

CONSELHEIRO-RELATOR

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P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1906-v 

Por outro lado, destaca-se que a Receita de Transferências constitui-se

na mais significativa fonte de recursos do Município de Campos dos Goytacazes

respondendo por 84,21% da receita total arrecadada no exercício em exame. Ta

proporção no exercício de 2009 foi equivalente a 83,07%, havendo, portanto, um

acréscimo percentual nesta representatividade em 2010. A esse respeito, à fl.1815, a

Instrução relata:

“Além das receitas arrecadadas em decorrência do seu poder de tributar, ocorreramtransferências que constituem a mais significativa fonte de recursos do Município, querepresentaram 84,21% do total arrecadado em 2010, sendo superior ao apurado em 2009.

No quadro a seguir demonstramos esta evolução: 

2010 2009

Receitas Tributárias 131.891.334,26 7,06% 6,22%

Receitas de Transferências 1.572.443.929,65 84,21% 83,07%

Outras Receitas 178.853.601,51 9,58%

(-) Deduções da Receita 15.963.810,24 -0,85%

Receita Total 1.867.225.055,18 100,00%

RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS

DescriçãoValor Arrecadado em 2010 -

R$

Evolução das Receitas emrelação à Receita Total (Em

%)

Fonte: Demonstrativo das Receitas Arrecadadas – Anexo 10 (fls. 1586/1595) e ADM 2009 – Proc. TCE-RJ nº 215.314-5/10Nota: nas Receitas de Transferências já estão consideradas as deduções para o FUNDEB. As deduções da receita,indicadas no quadro, referem-se às demais deduções” 

4.1.1.1 Receita da Dívida Ativa

Dos saldos patrimoniais que compõem o Ativo Permanente do Município

destacam-se os relativos à Dívida Ativa, os quais, a despeito da materialidade que

podem representar em relação ao total do Ativo, têm também intrínseca relação com o

esforço de arrecadação e cobrança de créditos, quer sejam estes de natureza tributária

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

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P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1907 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

ou não. A análise da evolução do saldo apresentado em 31.12.2011, levada a efeito pela

Instrução, às fls. 1815-v, está transcrita abaixo:

“A evolução da inscrição, cobrança e cancelamento da Dívida Ativa Municipal, desde o exercíciode 2009 até o exercício em análise, está demonstrada na tabela a seguir:

Em R$ 

EXERCÍCIOSALDO

ANTERIORINSCRIÇÃ

OCOBRANÇA

CANCELAMENTO

SALDO

2009 229.092.882,28 (1) 3.888.759,50 (1) 271.937.670,61

(2)

2010 271.937.670,61 (A) 7.413.648,81 (B)  (A) (C)

(Fonte: Prestação de Contas Administração Financeira 2009 – Processo TCE/RJ nº 215.314-5/10; Anexos 14 e 15 da Lei nº 4.320/64 Consolidado- fls. 1640/1644)”

Verifico que no quadro apresentado pela Instrução, à fl. 1815-v, foram

consignadas as seguintes notas de rodapé:

(1) Não foi possível obter estes valores uma vez que o Demonstrativo das Variações Patrimoniaisàs fls. 264 não possui tal abertura. Tendo sido considerado como impropriedade na Prestação de

ontas de Administração de Contas do exercício anterior.C

 (2) Valor extraído do Anexo 14 da Lei n º 4.320/64 Consolidado da Prestação de Contas deAdministração Financeira do exercício anterior.

(A) Não foi possível obter estes valores uma vez que o Demonstrativo das Variações Patrimoniaisàs fls. 1642/1644 não possui tal abertura. Será considerado como impropriedade em nossaonclusão.c

 (B) Valor extraído do Anexo 10 da Lei nº 4.320/64 Consolidado (fl. 1593), uma vez que nãoidentificamos no Demonstrativo das Variações Patrimoniais as movimentações relacionadas àívida ativa. Será considerado como impropriedade em nossa conclusão.d

 (C) Não foi possível obter estes valores uma vez que o Balanço Patrimonial às fls. 1640/1641 nãopossui tal abertura. Será considerado como impropriedade em nossa conclusão.”

Tal fato será motivo de RESSALVA e DETERMINAÇÃO em meu voto.

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1907-v 

À fl. 1816, a Instrução ao traçar as principais ações desenvolvidas pelo

Município de Campos dos Goytacazes, para efetivar a arrecadação de suas receitas

aponta:

“De acordo com o Relatório de fls. 181/182, foram ajuizadas, no exercício de 2010, 349.514 açõesna esfera administrativa e 15.269 ações na esfera judicial para cobrança da dívida ativa, querepresentam o montante de R$ 83.386.337,24. Quanto às providências adotadas no âmbito dascalização das receitas e no combate à sonegação, foram realizadas as seguintes ações:fi

 - Implantação da Nota Fiscal eletrônica e escrituração eletrônica;

- Emissão de 262 ordens de fiscalização;

- Monitoramento das notas fiscais canceladas;

- Emissão de 42 notificações;

-  1532 mensagens eletrônicas de notificações;- Alvará Eletrônico.”

4.1.2 DESPESA Ao se comparar a Despesa Autorizada Final (R$2.026.630,920,20) com a

Despesa Realizada no exercício (R$1.876.758.880,03), tem-se uma realização

correspondente a 92,60% dos créditos autorizados, resultando em uma economia

orçamentária de R$149.872.040,17, conforme e demonstrada pela Instrução à fl. 1816-v:

Em Reais

Total das Despesas 2.026.630.920,20 1.876.758.880,03 92,60% 149.872.040,17

EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA DESPESA - 2010

DescriçãoAutorizadas

AEmpenhadas

BPercentual

Empenhado (B/A)

ECONOMIAORÇAMENTÁRIA

(A-B)

F

onte: Balanço Orçamentário consolidado – Anexo 12 (fls. 1636/1637). 

Verificamos que o Anexo I do Relatório Resumido da Execução Orçamentária referente ao 6bimestre de 2010 registra uma despesa empenhada no total de R$ 1.876.758.880,00, consoanteà evidenciada nos demonstrativos contábeis.”

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

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P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1908 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

No quadro a seguir apresento a execução da despesa nas maiores

funções de governo no exercício de 2010, onde se verifica que o maior gasto da

Prefeitura de Campos dos Goytacazes foi realizado na função Administração:

FUNÇÃODESPESA

EMPENHADA R$% EM RELAÇÃO

AO TOTALAdministração 506.662.403,74 27,00%Saúde 438.344.819,26 23,35%Educação 237.977.547,39 12,67%Urbanismo 230.379.045,53 12,28%Habitação 202.468.544,25 10,79%Gestão Ambiental 64.855.926,96 3,46%Assistência Social 51.755.454,43 2,76%Transporte 34.569.191,01 1,84%Encargos Especiais 26.328.614,88 1,40%Cultura 20.607.616,16 1,10%Saneamento 19.391.756,24 1,03%Legislativa 16.195.629,63 0,86%Judiciária 7.235.909,10 0,39%Agricultura 6.332.079,59 0,34%Desporto e Lazer 4.304.185,77 0,23%Direitos da Cidadania 3.718.104,57 0,20%Indústria 3.165.152,35 0,17%Segurança Pública 1.338.463,75 0,07%

Comércio e Serviços 842.279,41 0,04%Previdência Social 285.760,01 0,02%Ciência e Tecnologia 396,00 0,00%

TOTAL 1.876.758.880,03 100,00%Fonte: Anexo 08 Consolidado, fls. 1578/1585.

A Instrução, à fl. 1816-v, informa que, no comparativo da execução

orçamentária no biênio 2009/2010, o Município de Campos dos Goytacazes

alterou “(....) suas ações de políticas públicas , uma vez que no exercício anterior o

maior gasto foi realizado na função 10 – Saúde (...)”.

No tocante às Despesas de Capital, referentes a investimentos em infra-

estrutura, aquisição de bens e direitos e amortização do principal da dívida fundada, a

Instrução relata à fl. 1817 e verso:

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1908-v 

“Os investimentos realizados pelo município no exercício de 2010 totalizaram R$ 437.944.023,60representando 23,34% das despesas totais realizadas, sendo superior ao apurado no exercícioanterior, como segue:

Descrição Valor - R$Resultado em %

2010Resultado em %

2009

Investimentos 437.944.023,60

Despesa Total 1.876.758.880,0323,34%

DESPESA DE INVESTIMENTOS EM RELAÇÃO À DESPESA TOTAL

12,47%

Fonte: Prestação de Contas de Adm. Financeira de 2009 – proc. TCE-RJ nº 215.314-5/10 Balanço Orçamentár – anexo 15 (fls. 1636/1637)”

5 GESTÃO FINANCEIRA E PATRIMONIAL

Da movimentação financeira ocorrida no exercício, evidenciada no

Balanço Financeiro, verifica-se a existência de saldo registrado em Disponibilidades no

montante total de R$299.507.732,51,   já excluídos os encaixes do regime próprio d

previdência social . A Instrução evidencia em seu relatório às fls.1819 e verso:

“ Verificamos que a Administração Municipal apresentou resultado financeiro superavitário jáexcluídos os montantes relativos ao Regime Próprio de Previdência Social, conformeapresentado no quadro a seguir:

Em R$

DESCRIÇÃO CONSOLIDADOREGIME PRÓPRIO DEPREVIDÊNCIA SOCIAL

VALOR SEM ORPPS

Ativo Financeiro 876.945.814,01 577.438.081,50 299.507.732,51

Passivo Financeiro 132.244.966,24 0,00 132.244.966,24

SUPERÁVITFINANCEIRO

744.700.847,77 577.438.081,50 167.262.766,27

RESULTADO FINANCEIRO - 2010

Fonte: Balanço Patrimonial Consolidado - fls. 1640/1641 e Balanço Patrimonial do Fundo de Prev. – fls. 1159/1160.

Como podemos observar o município de CAMPOS DOS GOYTACAZES alcançou o equilíbriofinanceiro necessário ao atendimento do §1º do artigo 1º da Lei Complementar Federal n.º101/00.

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1909 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

Adiante apresentamos a evolução do resultado financeiro do município desde o exercício de2008:

Em R$

EVOLUÇÃO DOS RESULTADOS FINANCEIROS

GESTÃO ANTERIOR GESTÃO ATUAL

2008 2009 2010

102.883.674,60 227.768.317,52 167.262.766,27Fonte: ADM 2009 – Processo nº 215.314-5/10 e quadro anterior.” 

Embora no exercício de 2010 tenha ocorrido uma redução do superávi

financeiro  em aproximadamente 26,56%, em relação ao saldo apresentado em31.12.2009 , podemos observar o Município de Campos dos Goytacazes, manteve o

equilíbrio financeiro necessário ao atendimento do §1º do artigo 1º da Lei Complementa

Federal n.º 101/00.

O resultado patrimonial apurado pelo Município de Campos dos

Goytacazes, referente ao exercício de 2010, apresentou um superávit de

R$18.869.765,86, que demonstro no quadro seguinte:

DESCRIÇÃO VALOR

Variações Aumentativas 4.838.966.222,75

Variações Diminutivas 4.820.096.456,89

RESULTADO PATRIMONIAL – SUPERÁVIT 18.869.765,86

Fonte: Demonstração das Variações Patrimoniais ,fls. 1642/1644

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P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1909-v 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

Tal resultado elevou o saldo do Ativo Real Líquido do Município de

Campos dos Goytacazes de R$957.534.357,76, apurado até 31.12.2009, para

R$976.404.123,62, em 31.12.2010, que pode ser assim resumido:

Em R$ 

DESCRIÇÃO VALOR

Ativo Real Líquido – 2009 (saldo do Balanço Patrimonial) 957.534.357,76

Resultado Patrimonial – Superávit – 2010 18.869.765,86

ATIVO REAL LÍQUIDO/PASSIVO REAL A DESCOBERTO APURADO 976.404.123,62

Fonte: ADM 2009 – Processo nº 215.314-5/10, quadro anterior e Balanço Patrimonial, fls. 1640/1641. 

6 LIMITES DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL

A Lei Complementar Federal n.º 101/00 dispõe sobre normas de

finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal.

Nesse intuito, a Lei de Responsabilidade Fiscal criou mecanismos de

controle das contas públicas. Dentre eles, destacam-se os limites máximos

estabelecidos para as principais rubricas dos entes da Federação.

Tais limites utilizam como base de cálculo a Receita Corrente

Líquida - RCL, cujas rubricas que a compõem estão descritas no inciso IV, artigo 2º da

LRF, a qual foi demonstrada pelo Corpo Técnico às fls. 1820-v/1821, conforme segue:

“No quadro a seguir, transcreveremos os valores da Receita Corrente Líquida - RCL, extraídosdo Anexo III do Relatório Resumido da Execução Orçamentária, referentes aos períodos deapuração dos limites legais de endividamento e gastos com pessoal:

Em R$

RECEITA CORRENTE LÍQUIDA

1º QUADRIMESTRE 2º QUADRIMESTRE 3º QUADRIMESTRE

1.563.994.844,20 1.794.361.465,59 1.809.304.809,53

Fonte: RREO – 2º, 4º e 6º bimestres de 2010 – Processos nº 227.031-1/10, 201.136-3/11 e 208.823-7/11

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1910 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

Preliminarmente cumpre mencionar que em 04/01/2010 foi emitida, pela Secretaria do TesouroNacional, ‘NOTA DE ESCLARECIMENTO’ sobre os procedimentos que os entes da federaçãodevem adotar para a recondução dos limites da Dívida Consolidada Líquida e da Despesa com

essoal, de forma a padronizar e garantir a consolidação das contas públicas.P Tal procedimento foi decorrente da apuração do Produto Interno Bruto-PIB, divulgado pelo IBGEem 10/12/2009, referente ao 3º trimestre de 2009, que apresentou uma taxa de variação real doPIB acumulada nos últimos quatro trimestres em relação aos quatro trimestres imediatamenteanteriores negativa em 1%, sendo necessária à aplicação do art. 66 da LRF, com a imediataduplicação dos p razos de recondução aos limites.

Assim, o fundamento da prorrogação dos prazos é viabilizar o reenquadramento aos limites legaisem momentos de recessão, tendo em vista que os limites da LRF são apurados como proporçãoa Receita Corrente Líquida – RCL, diretamente afetada pelo cenário de baixo crescimento.d

 Destacamos que caso o município tenha ultrapassado os limites da Dívida Consolidada Líquida e

da Despesa com Pessoal, no exercício de 2009, e, ainda, neste exercício apresente percentuaacima dos limites legais, consideraremos a flexibilização dos prazos de recondução estabelecidosno art. 66 da Lei Complementar nº 101/2000.” (Grifos do original).

6.1 GASTOS COM PESSOAL

No exercício de 2010, as despesas totais com pessoal do Poder

Executivo conforme a verificação efetuada pelo Corpo Instrutivo (fls. 1822 e verso) nos

Relatórios de Gestão Fiscal, encaminhados a esta Corte, apresentaram a seguinte

evolução percentual:

Percentual aplicado com Pessoal2009 2010

1ºQUAD

2ºQUAD

3ºQUAD

1º QUAD 2º QUAD 3º QUADDESCRIÇÃO

% % % Valor (R$) % Valor (R$) % Valor (R$) %

PODEREXECUTIVO

35,74  37,87  35,58  507.898.300,00 32,74 564.933.696,30 31,48 602.272.534,70 33,29

Fonte: Prestação de Contas de Adm. Financeira do exercício de 2009 – Processo nº 215.314-5/10 e RGF 1º, 2º e 3ºquadrimestre de 2010 – Processos nº 204.081-3/11, 204.603-7/11 e 208.855-0/11

Conforme podemos constatar, o Poder Executivo respeitou o limite estabelecido na alínea “b”,

inciso III, artigo 20 da LRF (54% da Receita Corrente Líquida), nos três quadrimestres doexercício de 2010.”

Em conseqüência, com base nos percentuais demonstrados no quadro

anterior, pode-se concluir que:

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P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1910-v 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

os GASTOS COM PESSOAL do PODER EXECUTIVO  estão

dentro dos limites impostos no inciso III do art. 19 e alínea b do

inciso III do art. 20 da Lei Complementar nº 101/00.

6.2 DÍVIDA PÚBLICA

6.2.1 COMPOSIÇÃO DA DÍVIDA PÚBLICA

A Dívida Pública é constituída pela Dívida Flutuante, Dívida Fundada

Interna e Dívida Fundada Externa, sendo que a Flutuante corresponde aos

compromissos de curto prazo, enquanto que as Dívidas Fundadas Interna e Externa

referem-se às obrigações de médio e longo prazos.

O Corpo Instrutivo destaca, à fl. 1821-v, que, conforme Relatório de

Gestão Fiscal do 3º quadrimestre de 2010 a Dívida Consolidada Líquida correspondeu a

-10,21% da Receita Corrente Líquida, denotando a observância ao limite insculpido no

inciso II, artigo 3º da Resolução nº 40/01 do Senado Federal, conforme demonstro a

seguir:

PERCENTUAL DA DÍVIDA CONSOLIDADA LÍQUIDA S/ A RECEITA CORRENTE LÍQUIDA

2009 2010

3º QUADR. 1º QUADR. 2º QUADR. 3º QUADR.

-39,50% -30,86% -28,50% -10,21%

(Fonte: RGF – 3º quadrimestre de 2010 – Processo nº 208.855-0/11 )

Conforme verificado, tanto no exercício anterior, bem como em todos os quadrimestres de 2010, olimite previsto no inciso II do artigo 3º da Resolução n.º 40/01 do Senado Federal – 120% da RCL

- foi respeitado pelo Município.”

Em relação ao limite para concessão de garantia, a Instrução, à fl. 1822,

informa:

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P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1911 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

“De acordo com o Demonstrativo das Garantias e Contragarantias de Valores – Anexo III doRelatório de Gestão Fiscal do 3º quadrimestre de 2010, verifica-se que o Município não concedeugarantia em operações de crédito interna/externa.”

6.2.2 OPERAÇÕES DE CRÉDITO POR ANTECIPAÇÃO DE RECEITAORÇAMENTÁRIA

A operação de crédito por antecipação de receita atenderá ao disposto

nos artigos 32 e 38 da Lei Complementar Federal nº 101/00. Quanto ao atendimento a

essa legislação, assim comenta a Instrução à fl. 1822:

“Em consulta ao Demonstrativo das Operações de Crédito – Anexo IV do Relatório de GestãoFiscal do 3º quadrimestre de 2010, constatamos que o Município não contraiu operações decrédito por antecipação de receita no exercício.”

7 LIMITES CONSTITUCIONAIS

7.1 APLICAÇÃO NO ENSINO

O artigo 212 da Constituição Federal estabelece que os Municípios

devem aplicar 25% (vinte e cinco por cento), no mínimo, da receita resultante de

impostos na manutenção e no desenvolvimento do ensino. Com a edição da Emenda

Constitucional nº 53/06 e da Lei Federal nº 11.494/07 foi criado e regulamentado o

FUNDEB – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de

Valorização dos Profissionais da Educação, que substituiu o FUNDEF a partir do

exercício de 2007.

Antes da aferição dos gastos com a Manutenção e Desenvolvimento da

Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação do Município deCampos dos Goytacazes do exercício de 2010, a Instrução, às fls. 1823/1824, faz as

seguintes observações, conforme segue:

“Relacionaremos a seguir alguns aspectos importantes que deverão ser observados quando daapuração para o atendimento ao limite com educação:

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P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1911-v 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

a) A Lei n.º 9.394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação - estabelece em seus artigos 70 e71, respectivamente, as despesas que podem e que não podem ser consideradas comomanutenção e desenvolvimento do ensino, donde concluímos que somente devem se

computadas aquelas que, de alguma forma, contribuam para o seu aprimoramento;b) As despesas com alimentação custeadas pelo Município com recursos próprios serãoconsideradas para fins de apuração do limite com Educação, consoante decisão proferida norocesso TCE-RJ n.º 261.276-8/01;P

 c) Serão considerados, ainda, os montantes das despesas de educação contabilizadas na função2 referentes às subfunções atípicas que ocorrerem na Educação;1

 d) As despesas com Educação realizadas em funções atípicas somente serão acolhidas comodespesas em manutenção e desenvolvimento do ensino quando demonstrarem, inequivocamenteque estes gastos fazem parte do conjunto de dispêndios que corroboram para a atividade escolaegular e, sobretudo, para a manutenção do aluno em sala de aula;r  

e) As despesas que podem ser custeadas com os recursos do FUNDEB são as efetuadas nasetapas, modalidades e tipos de estabelecimento de ensino da educação básica dentro do âmbitode atuação prioritária do Município, educação infantil e ensino fundamental, conformestabelecido no artigo 211 da Constituição Federal;e

 f)  Estão vedadas despesas não consideradas como de manutenção e desenvolvimento daeducação básica, segundo o estabelecido no art. 71 da Lei n.º 9.394/96 e a utilização de recursosdo FUNDEB como garantia ou contrapartida de operações de crédito que não se destinem aofinanciamento de projetos, ações ou programas considerados como ação de manutenção eesenvolvimento do ensino para a educação básica, de acordo com o art. 23 da Lei 11.494/07;d

 g) Esta Corte de Contas tem entendido, através de decisões plenárias proferidas nos ProcessosTCE-RJ n.ºs 211.006-5/03 e n.º 221.316-0/03, pela inclusão das despesas com Inativos da

Educação, custeadas com recursos próprios, no cálculo do limite mínimo estabelecido no artigo212 da Constituição Federal, razão pela qual consideraremos as mesmas na base de cálculo documprimento do limite da educação.

h) Serão expurgados os empenhos registrados na função 12, subfunções 361, 365, 366 e 367 eem subfunções atípicas vinculadas ao ensino fundamental e infantil, que, por meio do Relatóriodas Despesas com Educação – BO, extraído do Sistema Integrado de Gestão Fiscal - SIGFISndiquem que seu objeto não é relativo à Educação, de acordo com a Lei n.º 9.394/96;”i 

Às fls. 1824-v/1825 a Instrução elaborou quadro demonstrativo, visando

à apuração dos percentuais aplicados na educação do Município de Campos dos

Goytacazes, conforme segue:

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P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1912 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

Impostos

I - Diretame nte Arrecad ados 

IPTU

IRRF

ITBI

ISS

ISS - SIMPLES NACIONAL (SNA)

ITR - Diretamente Arrecadado

I I - Receita de T ransferência d a União 

FPM (alíneas b, d)

IT R

IOF-OuroICMS Desoneração - LC 87/96

III - Receita de Transferência do Estad o 

ICMS + ICMS ECOLÓGICO

IPVA

IPI - Exportação

IV - Ou tras Receitas Correntes do Município 

Dívida A tiva dos Im postos Municipais

Multa e Juros de Mora de Impostos MunicipaisMulta e Juros de Mora da Dívida Ativa dos ImpostosMunicipais

V - Dedução das Contas de Receitas 

V alor total das deduções realizadas nas contas de receitasde impostos e transferências anteriormente registradas

- o a a s rec e as r esu a n es os m p os o s e  

Tr ansferências Legais (I+II+III+IV -V ) 

96.131.664,14

546.336,86

96.678.001,00Total das Receitas do FUNDEB 

0,00

1.082.785,82

2.270.784,18

423.563.125,90

A plicação Financeira

121.466.419,01

9.362.135,68

13.720.271,02

5.855.392,50

37.096.393,37

35.645.997,47

286.414,74

65.528.185,95

6.008.565,68

0,00

1.163.981,16

255.638.177,84236.062.514,32

RECEITAS RESULTANTES DE IMPO STOS E TRANSF ERÊNCIAS LEGAIS

RECEITAS DO FU NDEBTransferências Multigovernamentais

Com plementação Financeira do FUNDEB

0,00

Total 100%

18.135.706,06

25.146.112,79

5.155.896,54

7.500.517,67

Fonte: Anexo 10 da Lei nº 4.320/64 Consolidado - fls. 1586/1595.

As receitas que compõem a base de cálculo do FUNDEB do município (FPM, ICMS, IPI ExpICMS Des., IPVA e ITR) de acordo com a E.C. nº 53/06 e com o inciso I, §1º do art. 31 da Lei n.º1.494/07, sofreram dedução compulsória de 20% (vinte por cento), para o FUNDEB.1

 

Assim, verificamos que os valores referentes à dedução do FUNDEB registrados no “Comparativoda Receita Orçada com a Arrecadada” – Anexo 10 da Lei Federal nº 4.320/64 totalizaram R$8.196.731,43. Destacamos que utilizaremos este montante no decorrer desta análise.5

 As receitas resultantes dos impostos e transferências legais demonstradas nesta prestação decontas se coadunam com as receitas consignadas no Anexo X – Demonstrativo das Receitas eDespesas com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino que compõem o Relatório Resumidoda Execução Orçamentária do 6º bimestre de 2010.”

CONSELHEIRO-RELATOR

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P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1912-v 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

Prosseguindo em sua análise a Instrução aponta à fl. 1825:

“Observamos que o valor total das despesas evidenciadas no Sistema Integrado de Gestão Fisca  – SIGFIS/BO, diverge do valor registrado pela contabilidade na função 12, conformdemonstrado:

DESCRIÇÃO VALOR –R$

SIGFIS/BO 210.399.608,89

Contabilidade – anexo 8 consolidado 237.977.547,39

Diferença 27.577.938,50

Fonte: Anexo 8 - consolidado às fls. 1578/1585 e planilha SIGFIS/BO de fls. 1789/1793.

A diferença apontada no quadro anterior, embora não comprometa a análiseque será efetuada com base no processo de amostragem, será objeto deimpropriedade e determinação ao final desta instrução.”

A divergência entre a despesa consignada no Sistema Integrado de

Gestão Fiscal – SIGFIS/BO e os registros contábeis verificados na função 12, será objeto

de RESSALVA e DETERMINAÇÃO em minha conclusão.

O Corpo Instrutivo concluiu em sua análise que os gastos efetuados pelo

Município de Campos dos Goytacazes com a manutenção e desenvolvimento da

educação básica da municipalidade atenderam aos limites estabelecidos na Constituição

Federal, na Lei Orgânica Municipal e na Lei Federal n.º 11.494/07, conforme e

demonstrado no quadro seguinte:

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P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1913 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

DEMONSTRATIVO DAS RECEITAS E DESPESAS COM MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DOENSINO – EDUCAÇÃO BÁSICA

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P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1913-v 

MODALIDADE DO ENSINO SUBFUNÇÃO VALOR-R$

361 - Ensino Fundamental 3.964.434,23

122 - Administração 54.843.992,44

306 - Alimentação 1.405.944,49782 - Transporte Rodoviário

Inativos

Total Ensino Fundamental (A) 60.214.371,16

365 - Ensino Infantil

122 - Administração

306 - Alimentação

782 - Transporte Rodoviário

Inativos

Total Ensino Infantil (B) 0,00EDUCAÇÃO JOVENS E ADULTOS(Consideradas no Ensino Fundamental) 366 - Educação Jovens e Adultos (C) 0,00

EDUCAÇÃO ESPECIAL(Consideradas no Ensino Fundamental e Infantil) 367 - Educação Especial (D)DEMAIS SUBFUNÇÕES ATÍPICASCONSIDERADAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA (E)SUBFUNÇÕES TÍPICAS DA EDUCAÇÃOREGISTRADAS EM OUTRAS FUNÇÕES (F)

60.214.371,16

58.196.731,43

(I) TOTAL DAS DESPESAS REGISTRADAS COMO GASTO EM EDUCAÇÃO (G+H) 118.411.102,59

0,00

(K) DEDUÇÃO DE RESTOS A PAGAR DE 2010 CANCELADOS EM 2011 0,00

118.411.102,59423.563.125,90

27,96%

86.073.792,90

0,00

0,00

86.073.792,90

96.131.664,14

546.336,86

96.678.001,00

89,03%

(N) PERCENTUAL ALCANÇADO (LIMITE MÍNIMO 25,00% - ART. 212 DA CF/88) (L/Mx100)

FONTE DE RECURSOS: IMPOSTOS E TRANSFERÊNCIA DE IMPOSTOS

ENSINO FUNDAMENTAL

ENSINO INFANTIL

(G) TOTAL DAS DESPESAS COM ENSINO (A+B+C+D+E+F)

(H) VALOR REPASSADO AO FUNDEB

(J) DEDUÇÃO DO SIGFIS/BO

(L) TOTAL DAS DESPESAS CONSIDERADAS PARA FINS DE LIMITE CONSTITUCIONAL (I-J-K)(M) RECEITA RESULTANTE DE I MPOSTOS

(U) TOTAL DOS RECURSOS DO FUNDEB (S+T)

(V) PERCENTUAL DO FUNDEB NA REMUNERAÇÃO DO MAGISTÉRIO DO ENSINO BÁSICO (MÍNIMO60,00% - ART. 22 DA LEI 11.494/07) (R/Ux100)

FONTE DE RECURSOS: FUNDEB

(O) TOTAL REGISTRADO COMO PAGAMENTO DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO

(S) RECURSOS RECEBIDOS DO FUNDEB

(T) APLICAÇÕES FINANCEIRAS DO FUNDEB

(P) DEDUÇÃO DO SIGFIS RELATIVO AOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO

(Q) DEDUÇÃO DE RESTOS A PAGAR DE 2010 CANCELADOS EM 2011 - MAGISTÉRIO

(R) TOTAL APURADO REF. AO PAGAMENTO DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO (O-P-Q)

 Fonte: Documentos às fls. 123/124 e 1737/1738 e Demonstrativos Contábeis às fls.1586/1595.

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

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P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1914 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

Em conclusão, verifica-se que:

quanto ao estabelecido no artigo 212 da Constituição Federal e na

Lei Orgânica Municipal, o Município, ao aplicar o equivalente a

27,96% da Receita de Impostos e Transferências na manutenção

e desenvolvimento do ensino, respeitou  os limites mínimos

estabelecidos;

quanto ao estabelecido no artigo 22 da Lei Federal nº 11.494/07

ao aplicar o equivalente a 89,03% dos recursos do FUNDEB em

gastos com a remuneração de profissionais em efetivos exercício

de suas atividades na  educação básica, respeitou  os limites

mínimos estabelecidos.

Cabe frisar que a Lei Orgânica do Município de Campos dos Goytacazes

estabelece em seu artigo 229 que a municipalidade aplicará, anualmente, no mínimo

25% da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências

na manutenção e desenvolvimento do ensino, tendo, portanto, cumprido o percentuafixado.

A seguir apresento o demonstrativo das despesas realizadas com a

Manutenção e Desenvolvimento do Ensino do Município de Campos dos Goytacazes

distribuídas por fontes de recursos:

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P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1914-v 

IMPOSTOS R$ FUNDEB R$ROYALTIES

R$ FNDE R$DEMAIS FONTES

R$

361 - Ensino Fundamental 3.964.434,23 97.714.348,58 24.477.537,70 14.949.233,87 141.105.554,38

362 - Ensino Médio 0,00

363 - Ensino Profissional 0,00

364 - Ensino Superior 8.551.859,99 8.551.859,99

365 - Educação Infanti l 1.353.275,72 2.693.816,07 4.047.091,79

366 - Educação de Jovens eAdultos

222.199,99 222.199,99

367 - Educação Especial 0,00

122 - Administração Geral 54.843.992,44 176.422,91 3.689.875,39 58.710.290,74

306 - Alimentação 1.405.944,49 22.095.184,53 1.830.283,48 25.331.412,50

outras 1.188,00 7.950,00 9.138,00

TOTAL 60.214.371,16 99.245.235,21 61.738.423,67 16.779.517,35 0,00 237.977.547,39

Cancelamento em 2011 de Restosa Pagar de 2010

0,00

EXCLUSÃO SIGFIS 0,00

TOTAL AJUSTADO 60.214.371,16 99.245.235,21 61.738.423,67 16.779.517,35 0,00 237.977.547,39

Percentual Aplicado por Fonte deRecurso em Relação às Despesas

25,30% 41,70% 25,94% 7,06% 0,00% 100,00%

DEMONSTRATIVO DO TOTAL DAS DESPESAS REALIZADAS NA MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO - FUNÇÃO 12

FONTE DE RECURSOS

SUBFUNÇÃOTOTAL

R$

onte: Anexo 8 da Lei nº 4.320/64 – fls. 1578/1585 e Quadro às fls. 124 

7.1.1 ACOMPANHAMENTO DOS RECURSOS DO FUNDEB

A Lei Federal nº 11.494/07 – que regulamentou o Fundo de Manutenção

e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

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P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1915 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

- FUNDEB, de que trata o art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias –

estabeleceu que os recursos dos Fundos, inclusive aqueles oriundos de

complementação da União, serão utilizados pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos

Municípios, no exercício financeiro em que lhes forem creditados , em ações

consideradas como de manutenção e desenvolvimento do ensino para a educação

básica pública, conforme disposto no art. 70 da Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de

1996.

Em relação ao saldo dos recursos do FUNDEB do exercício de 2009, o

Corpo Instrutivo relata à fl. 1827-v:

“De acordo com a Prestação de Contas de Administração Financeira do exercício de 2009 –processo TCE-RJ nº 215.314-5/10, o saldo a empenhar do FUNDEB para o exercício de 2010totalizou R$ 4.662.481,78.

Verificamos que o valor do saldo a empenhar utilizado pelo município – R$ 3.376.000,00, diferedo apontado na Prestação de Contas, o que será objeto de impropriedade em nossa conclusão.

Ressaltamos que iremos utilizar o valor informado pelo município diante da documentação oraapresentada.”

A diferença apontada pela Instrução será motivo de RESSALVA e

DETERMINAÇÃO em meu Voto.

Ainda, em relação ao saldo dos recursos oriundos do FUNDEB doexercício de 2009, a Instrução informa à fl. 1828:

“Ressaltamos que este valor foi utilizado no exercício de 2010, por meio de crédito adicionaaberto em maio e retificado em dezembro, após o 1º trimestre, portanto, em desacordo com oprevisto no §2º do art. 21 da Lei Federal nº 11.494/07, o que será objeto de impropriedade emnossa conclusão.”

O fato do Município de Campos dos Goytacazes não observar odisposto no disposto no §2º do art. 21 da Lei 11.494/07, procedendo à abertura do

crédito, tendo como fonte o superávit financeiro do FUNDEB, no primeiro trimestre

5/10/2018 Parecer pr vio TCE 2010 - slidepdf.com

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P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1915-v 

do exercício imediatamente subseqüente, será motivo objeto de RESSALVA e

DETERMINAÇÃO em minha conclusão. 

No quadro a seguir, demonstro a execução das despesas empenhadas

no exercício de 2010 com recursos FUNDEB, bem como o saldo restante a empenhar

em face do que dispõe o artigo 21 da Lei Federal nº 11.494/07:

DESCRIÇÃO VALOR (R$)

(A) Recursos recebidos a título de FUNDEB no exercício de 2010 96.131.664,14

(B) Receita de Aplicação Financeira com FUNDEB no exercício de 2010 546.336,86

(C) Total das Receitas do FUNDEB no exercício de 2010 (A+B) 96.678.001,00

(D) Despesas empenhadas à conta dos recursos do FUNDEB recebidos em 2010 95.869.235,21

(E) Cancelamento realizados em 2011 relativos a Restos a Pagar de 2010 0,00

(F) Saldo a empenhar para o próximo exercício a título de FUNDEB (C-D+E) 808.765,79

(G) Percentual atingido (mínimo = 95%) (D-E)/C 99,16%

CÁLCULO DAS DESPESAS EMPENHADAS COM RECURSOS DO FUNDEB EM 2010

 (Fonte: Anexo 10 da Lei nº 4.320/64 Consolidado - fls. 1586/1595, Demonstrativo às fls. 1738) Nota (item D): o valor apontado corresponde ao valor das despesas empenhadas com recursos do FUNDEB no exercício de 2010 – R$

99.245.235,21 , deduzido do saldo a empenhar do exercício anterior – R$ 3.376.000,00

A partir dos dados constantes do Demonstrativo das Receitas e

Despesas na Manutenção e Desenvolvimento do Ensino, conclui-se:

quanto ao estabelecido no §2º do artigo 21 da Lei Federal nº

11.494/07, o Município Campos dos Goytacazes observou  o

limite 5%, tendo em vista que restou a empenhar 0,84% dos

recursos recebidos no exercício de 2010.

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1916 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

Já com relação à movimentação financeira dos recursos do FUNDEB

Corpo Instrutivo destaca às fls. 1828-v/1829:

FUNDEB - MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA DE 2010 VALOR (R$)

I - Saldo Financeiro Conciliado do Exercício Anterior (2009) 8.917.923,87

II - Recursos Recebidos a Título de FUNDEB 96.131.664,14

III - Receitas de Aplicações Financeiras 546.336,86

IV - Outros Créditos 0,00

V - Total dos Recursos Financeiros (I+II+III+IV) 105.595.924,87

VI - Despesa Paga com o FUNDEB no exercício de 2010(inclusive os passivos financeiros de exercícios anteriores)

98.585.469,70

VII - Outros Débitos 5.405.813,16

VIII - Total das Despesas (VI+VII) 103.991.282,86

IX - Saldo Financeiro a título de FUNDEB apurado (V-VIII) 1.604.642,01

X – Saldo Financeiro Conciliado do FUNDEB (2010) 1.579.149,57

XI – Diferença Apurada (IX-X) 25.492,44 

Fonte: Quadro às fls. 1738, Receitas Arrecadadas – anexo 10, fls. 1586/1595 e conciliações bancárias às fls. 133/153. 

CONSELHEIRO-RELATOR

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P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1916-v 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

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Nota: Outros débitos são relativos à reposição para a conta royalties referentes a obrigaçõespatronais empenhadas e pagas indevidamente em 2009, bem como consignações quandoefetivamente se tratava da fonte FUNDEB, conforme informado às fls. 1738.”

A Instrução consignou as seguintes observações no quadro da

“Movimentação Financeira do FUNDEB” do exercício de 2010:

“Conforme assinalado no quadro anterior, apurou-se uma diferença de R$ 25.492,44 , entre osaldo final da movimentação de recursos do FUNDEB e o saldo financeiro conciliado, apontandopara um saldo contábil inferior ao saldo apurado, o que será motivo de impropriedade emnossa conclusão, tendo em vista que pela análise da documentação apresentada tal diferençarefere-se aos créditos não contabilizados constante na conciliação bancária de 2010, fls. 140.(Grifei).

No que tange a proposta da Instrução em relação aos “débitos vários não

contabilizados – Anexo II, no valor de R$284,59 ; “cheques emitidos e não apresentados”

no valor de R$660,13; e “créditos vários não contabilizados – Anexo III, no montante de

R$24.880,31, valores constantes dos anexos da conciliação bancária, tenho

entendimento diverso, visto que, o jurisdicionado apresentou, às fls. 133/152

conciliações bancárias, na forma do Modelo 6, nas quais foram especificadas, em seus

anexos, aquelas pendências, objeto de regularização futura, além da remessa dos

extratos bancários do inicio e do final do período em análise.

Cumprida tal medida por parte da municipalidade, ou seja, a remessa

das conciliações bancárias, com os seus devidos anexos, especificando as pendências

apuradas no período, sob análise, entendo que as demais questões deverão ser

abordadas quando do exame das prestações de contas dos ordenadores de despesas edemais responsáveis pela guarda de dinheiros, bens e valores públicos, pois que, a

remessa da prestação de Contas da Administração Financeira da municipalidade não

libera os responsáveis pelos demais deveres de prestar contas, regulamentados em

deliberação própria, tendo em vista, o estatuído no § 3º do artigo 2º da Deliberação TCE

RJ nº 199/96.

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P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1917 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

Prosseguindo, a Instrução, à fl. 1829-v, informa, sobre o Parecer do

Conselho Municipal do Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB:

“Cabe-nos ainda destacar que o parecer do Conselho de Acompanhamento e Controle Social doFUNDEB, fls. 155/157 e 1746/1748, sobre a distribuição, a transferência e a aplicação dosrecursos do fundo concluiu pela aprovação das contas, conforme previsto no artigo 24 da Lei n.11.494/07. Ressaltamos que não consta explicitamente o exercício a que se refere às contasEntretanto, entendemos que esta falha possa ser considerada uma impropriedade, tendo em vistaque todos os documentos constantes das presentes são referentes ao exercício de 2010 e aindaa emissão do Parecer em questão ocorreu em 08 de abril de 2011.”

Compulsando a documentação encaminhada pelo Município de Campos

dos Goytacazes, verifiquei que no Parecer do Conselho Municipal do Acompanhamento

e Controle Social do FUNDEB, acostado às fls. 155/157 e 1746/1748, não foi consignado

o exercício financeiro objeto da prestação de contas aprovada, de outra banda, não

posso deixar de considerar, em minha análise, a data da assentada daquele Conselho

cuja realização foi efetivada em 08 de abril de 2011, indicando, tratar-se das contas doFUNDEB do exercício financeiro de 2010.

Portanto, vou convergir, pois, às argumentações do Corpo Técnico, e

farei constar RESSALVA e DETERMINAÇÃO em meu Voto.

7.2 GASTOS COM SAÚDE

A Constituição Federal, em seu artigo 196, define que a saúde é direitode todos e dever do Estado.

No intuito de garantir a aplicação de recursos públicos mínimos na

saúde, e, conseqüentemente, oferecer a prestação destes serviços à população de

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P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1917-v 

maneira satisfatória, em 13.09.00, foi promulgada a Emenda Constitucional n.º 29, que

dentre outros, acrescentou o artigo 77 ao Ato das Disposições Constitucionais

Transitórias, estabelecendo o seguinte:

“Art. 77 – Até o exercício de financeiro de 2004, os recursos mínimos aplicados nas ações eserviços públicos de saúde serão equivalentes:(...)III – no caso dos Municípios e do Distrito Federal, quinze por cento do produto da arrecadaçãodos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso Ialínea b e § 3º.(...)§ 4º Na ausência da lei complementar a que se refere o art. 198, § 3º, a partir do exercíciofinanceiro de 2005, aplicar-se-á à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios odisposto neste artigo.”

Esse é portanto o limite mínimo a ser observado, ou seja, os gastos nas

ações e serviços públicos de saúde devem corresponder a, no mínimo, 15% da base de

cálculo.

O Corpo Instrutivo, à fl. 1830 e verso, apresenta quadro evidenciando os

gastos relativos à saúde, que demonstro a seguir:

“A seguir, evidenciaremos a situação do Município com relação aos gastos com saúde para finsdo cálculo do limite constitucional, tendo como base os Demonstrativos Contábeis e osDemonstrativos Consolidados extraídos do Sistema Contábil e/ou Administrativo/Financeiro doMunicípio.

Descrição Valor - R$

(A) Receitas de Impostos e Transferências (conforme quadro da educação) 423.563.125,90

(B) Dedução da parcela do FPM (art. 159, I, d) 1.487.089,66

(C) Dedução do IOF-Ouro 0,00

(D) Total das Receitas (Base de cálculo da Saúde) (A-B-C) (I) 422.076.036,24

Despesas custeadas com recursos de impostos e transf. de impostos (II) 129.282.653,15

Cancelamento realizado em 2011 de Restos a Pagar de 2010 (III) 0,00

Percentual das Receitas Aplicado em Gastos com Saúde (II-III) /I mínimo 15% 30,63%

RECEITAS

DESPESAS

Fonte: Anexo 10 da Lei nº 4.320/64 Consolidado – fls. 1568/1595, Anexo 8 da Lei nº 4.320/64 Consolidado - fls. 1578/1585 e Quadro às fls154 e 1749 e documento de arrecadação do FPM de dezembro, fls. 1794.

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

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P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

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 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

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Nota: a Emenda Constitucional nº 55 estabeleceu um aumento de 1% no repasse do FPM (alínea “d”inciso I, art. 159 da CF), a ser creditado no primeiro decêndio do mês de dezembro. De acordo comcomunicado da STN, o crédito ocorreu no dia 09/12/2010. No entanto, esta receita não compõe a

base de cálculo da Saúde, prevista no art. 198, § 2º, inciso III da CF, da mesma forma que o IOF-Ouro.

Em conseqüência, conclui-se que:

quanto ao estabelecido no inciso III do artigo 77 do Ato das

Disposições Constitucionais Transitórias, ao aplicar o equivalente a

30,63% da Receita de Impostos e Transferências em gastos nas

ações e serviços públicos de saúde, o Município de Campos dos

Goytacazes respeitou os limites estabelecidos.

Prosseguindo, à fl. 1831 e verso, a Instrução elaborou quadro dos gastos

efetuados pela Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes nas subfunções da área

da saúde, conforme segue:

“De acordo com o evidenciado nos demonstrativos contábeis constantes da presente Prestaçãode Contas, o município efetuou gastos na área de saúde no total de R$ 438.344.819,26, conformedemonstra a distribuição por subfunção apresentada no quadro e no gráfico a seguir:

DESPESAS COM SAÚDE

SUBFUNÇÃO VALOR R$% EM

RELAÇÃOAO TOTAL

Administração Geral 225.226.156,89 51,38%

Suporte Profilático e Terapêutico 136.005.469,28 31,03%

Atenção Básica 44.382.984,03 10,13%

Assist Hosp. e Ambulatorial 21.133.097,95 4,82%

Alimentação e Nutrição 9.351.066,60 2,13%

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P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

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 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

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Vig. Epidemiológica 2.246.044,51 0,51%

TOTAL DA DESPESA COM SAÚDE 438.344.819,26 100,00%

Fonte: Anexo 8 da Lei Federal n.º 4.320/64 Consolidado, fls. 1580

Em relação à observância do limite mínimo estabelecido na Lei Orgânica

do Município de Campos dos Goytacazes, assim se manifestou a Instrução à fl. 1830-v

“Vale ressaltar que a Lei Orgânica Municipal não prevê limite mínimo para gastos com

Saúde ”.

Observo, ainda, constar, às fls. 158/170 e 1750/1787, Parecer do

Conselho Municipal de Saúde, concluindo pela aprovação da prestação de contas dos

recursos utilizados nas ações e nos serviços públicos de saúde.

7.3 DO CUMPRIMENTO DO ARTIGO 29-A DA CONSTITUIÇÃOFEDERAL/88

O art. 29-A da Constituição Federal, abaixo transcrito, traz limitação

adicional aos valores financeiros repassados pela Prefeitura à Câmara Municipal,

havendo regras a serem observadas pelo Poder Chefe do Executivo Municipal.

7.3.1 VERIFICAÇÃO DO CUMPRIMENTO DO LIMITE CONSTITUCIONAL –

(Art. 29-A, 2º, inciso I)

Os incisos I a III do § 2.º do artigo 29-A da Constituição Federal

estabelecem que o repasse à Câmara, em montante superior aos limites definidos no

mesmo artigo, bem como o repasse a menor em relação à proporção fixada na Lei

Orçamentária, constituem crime de responsabilidade da Prefeita do Município.

O Corpo Técnico, à fl. 1832 e verso, destaca:Neste sentido, efetuaremos a seguir a análise dessas normas constitucionais com vistas àverificação da observação ou não desses dispositivos. Contudo, preliminarmente, devemosdestacar que a Emenda Constitucional nº 58/09 alterou o limite da base de cálculo do repassefinanceiro a ser efetuado pelo Poder Executivo, definindo novos percentuais a serem observadosomo segue:c

 

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P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

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 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

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Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os subsídios dosVereadores e excluídos os gastos com inativos, não poderá ultrapassar os seguintes percentuaisrelativos ao somatório da receita tributária e das transferências previstas no § 5o do art. 153 e nos

rts. 158 e 159, efetivamente realizado no exercício anterior:a I - 7% (sete por cento) para Municípios com população de até 100.000 (cem mil) habitantes;

II - 6% (seis por cento) para Municípios com população entre 100.000 (cem mil) e 300.000trezentos mil) habitantes;(

 III - 5% (cinco por cento) para Municípios com população entre 300.001 (trezentos mil e um) e00.000 (quinhentos mil) habitantes;5

 IV - 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população entre00.001 (quinhentos mil e um) e 3.000.000 (três milhões) de habitantes;5

 V - 4% (quatro por cento) para Municípios com população entre 3.000.001 (três milhões e um) e

.000.000 (oito milhões) de habitantes;8 VI - 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população acima de8.000.001 (oito milhões e um) habitantes. (...)§ 2o Constitui crime de responsabilidade do Prefeito Municipal:

I - efetuar repasse que supere os limites definidos neste artigo:

I I - não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou

I II - enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei Orçamentária.

No que concerne à Emenda Constitucional nº 58/09, cumpre-nos registrar que esta Corte deContas em resposta à consulta formulada pela Câmara Municipal de São João da Barra, objetodo processo TCE-RJ nº 208.113-8/10, decidiu que as normas estabelecidas naquela Emenda

Constitucional encontram-se vigentes a partir de 01/01/2010, devendo ser respeitados os novosmites no decorrer do exercício de 2010 e nos anos subseqüentes, enquanto vigorar o dispositivoli

 Assim, considerando os novos critérios estabelecidos pela Emenda nº 58/09, verifica-se que ototal do repasse financeiro a ser efetuado pelo Poder Executivo ao Legislativo, no exercício de2010, não poderá ultrapassar o percentual de 5% sobre o somatório da receita tributária e dastransferências previstas no §5º do art. 153 e nos artigos 158 e 159 da Constituição Federafetivamente realizado no exercício anterior.e

 Tal limite observa o número de habitantes do município em tela, que, de acordo com dadospublicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, e encaminhados para oTribunal de Contas da União para o cálculo das quotas do FPM na forma do inciso VI, artigo 1º/c o artigo 102 da Lei nº 8.443/92, no exercício de 2010 foi de 434.008 habitantes.c

 Registramos que a população utilizada para o cálculo das quotas do FPM para o exercício de2010 e conseqüentemente para o limite previsto no artigo 29-A da CF consta do Anexo X daDecisão Normativa nº 101/2009 – TCU.

Considerando tais premissas, à fl. 1833, a Instrução apresenta quadro

base para cálculo do limite constitucional:

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1919-v 

LIMITE PREVISTO – BASE DE CÁLCULO

RECEITAS TRIBUTÁRIAS E DE TRANSFERÊNCIA DO MUNICÍPIO NO EXERCÍCIO DE 2009 VALOR (R$)

(A) RECEITAS TRIBUTÁRIAS (TRIBUTOS DIRETAMENTE ARRECADADOS)

1112.01.00 - ITR DIRETAMENTE ARRECADADO 0,00

1112.02.00 - IPTU 14.910.475,12

1112.04.00 - IRRF 18.396.170,73

1112.08.00 - ITBI 7.052.356,84

1113.05.00 - ISS + ISS SIMPLES 38.794.334,39

1120.00.00 - TAXAS (1) 7.257.521,62

1130.00.00 - CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA 0,00

1220.29.00 - CONTRIBUIÇÃO ILUMINAÇÃO PÚBLICA - CIP (2) 2.111.276,28

RECEITA DE BENS DE USO ESPECIAL (cemitério, mercado munc., etc) (3) 0,00

1911.00.00 - MULTA E JUROS DE MORA DOS TRIBUTOS 844.637,49

1913.00.00 - MULTA E JUROS DE MORA DA DÍVIDA ATIVA DOS TRIBUTOS 754.079,241931.00.00 - DÍVIDA ATIVA DE TRIBUTOS 3.888.759,50

SUBTOTAL (A) 94.009.611,21(B) TRANSFERÊNCIAS

1721.01.02 - FPM 32.273.529,85

1721.01.05 - ITR 274.670,88

1721.01.32 - IOF-OURO 0,00

1721.36.00 - ICMS Desoneração LC 87/96 1.092.787,08

1722.01.01 - ICMS + ICMS ECOLÓGICO 181.231.244,69

1722.01.02 - IPVA 10.942.883,68

1722.01.04 - IPI - Exportação 4.261.279,791722.01.13 - CIDE 292.336,13

SUBTOTAL (B) 230.368.732,10(C) DEDUÇÃO DAS CONTAS DE RECEITAS

(D) TOTAL DAS RECEITAS ARRECADADAS (A+B-C) 324.378.343,31

(E) PERCENTUAL PREVISTO PARA O MUNICÍPIO 5,00%(F) TOTAL DA RECEITA APURADA (DxE) 16.218.917,17

(G) GASTOS COM INATIVOS (fls. 1142) 0,00

(H) LIM ITE MÁXIMO PARA REPASSE DO EXECUTIVO AO LEGISLATIVO EM 2010 (F+G) 16.218.917,17

(Fonte: Anexo 10 da Lei nº 4.320/64 Consolidado do exercício de 2009 - fls. 172/178 e Anexo 11 – Câmara –fls. 1142) (1) Inclusive a Taxa de Poder de Polícia – Ver voto Processo TCE-RJ n.º 261.314-8/02(2) Receitas incluídas em virtude do voto proferido no Processo TCE-RJ n.º 210.512-9/04(3) Receitas de Mercado Municipal, de cemitério, de aeroporto, de terra dos silvícolas, conforme voto proferido nProcesso TCE-RJ n.º 261.314-8/02

Finalizando, à fl. 1833-v, o Corpo Instrutivo relata:

“Verificamos, de acordo com o quadro a seguir, que o limite de repasse do Executivo para oLegislativo, em função do disposto no art. 29-A, §2º, inciso I da Constituição Federal, foespeitado.r  

Em R$

LIMITE DE REPASSEPERMITIDO – ART. 29ª

REPASSE RECEBIDOREPASSE RECEBIDO ABAIXO

DO LIMITE

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

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P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

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 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

16.218.917,17 16.218.917,16 0,01

Fonte: Balanço Financeiro da Câmara - fls. 1144”

Dessa forma, fica evidenciado o atendimento , por parte da Prefeitura

Municipal de Campos dos Goytacazes, do disposto no inciso I do §2º do artigo 29-A da

Constituição Federal.

7.3.2 VERIFICAÇÃO DO CUMPRIMENTO DO LIMITE DA LEI

ORÇAMENTÁRIA LOA (Art. 29-A, § 2º, inciso III) 

De acordo com a Lei Orçamentária e com o Balanço Orçamentário

 – Anexo 12 da Lei nº 4.320/64, o total previsto para repasse ao Legislativo, no

exercício de 2010, montava em R$18.390.365,93. A Instrução, às fls. 1833-

v/1834, conclui:

“Contudo, tal valor foi superior ao limite máximo estabelecido nos incisos do artigo 29-A daConstituição Federal, devendo prevalecer como limite de repasse, por conseguinte, aquele fixadoa Carta Magna – R$16.218.917,17.n

 Comparando este valor com o efetivamente repassado à Câmara Municipal, fls. 1144constatamos o repasse em igual montante, tendo sido observado o previsto no orçamento final daCâmara e no §2º do inciso III do art. 29-A da Constituição Federal, conforme se demonstra:

Em R$ 

LIMITE DE REPASSE PERMITIDO – ART. 29ª REPASSE RECEBIDO

16.218.917,17 16.218.917,16

Fonte: Balanço Orçamentário - fls. 1143 e Balanço Financeiro – fls. 1144”

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P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1920-v 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

Verifica-se, no quadro anterior, que o Poder Executivo de Campos dos

Goytacazes observou os limites previstos no orçamento final da Câmara e no §2º

do inciso III do art. 29-A da Constituição Federal.

8 DOS ROYALTIES

O Corpo Instrutivo, quanto à utilização dos recursos provenientes dos

royalties, evidencia análise com relação às receitas e despesas à conta de tais recursos

às fls. 1834/1835:

“De acordo com os demonstrativos apresentados às fls. 1586/1595, a movimentação dos recursosrecebidos dos royalties no exercício pode ser resumida da seguinte forma:

RECEITAS DA COMPENSAÇÃOFINANCEIRA – EXERCÍCIO DE 2010DESCRIÇÃO

REGISTROS CONTÁBEIS

I - Transferência da União 1.098.411.472,39

Compensação Financeira de Recursos Hídricos

Compensação Financeira de Recursos Minerais 517.379,23

Compensação Financeira pela Exploração do Petróleo, Xisto e GásNatural

Royalties pela Produção (até 5% da produção) 40.572.602,97

Royalties pelo Excedente da Produção 441.489.146,04

Participação Especial 615.409.951,26

Fundo Especial do Petróleo 422.392,89

II - Transferência do Estado 11.869.980,35

III – Outras Compensações Financeiras 0,00

IV - Aplicações Financeiras 4.397.158,00

V – Total das Receitas (I + II + III + IV) 1.114.678.610,74Fonte: Anexo 10 da Lei nº 4.320/64 Consolidado – fls. 1586/1595.

A seguir apresentamos quadro de despesas custeadas com recursos da CompensaçãoFinanceira pela Exploração do Petróleo, Xisto e Gás Natural, informada pelo jurisdicionado:

DESCRIÇÃODESPESAS CUSTEADAS COM RECURSOS DA COMPENSAÇÃO FINANCEIRA NO EXERCÍCIO DE 2009 - VALOR (R$)

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P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

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 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

DESPESAS CORRENTESDESPESAS DE CAPITAL

FGTS e INSSQuadro

PermanenteDemais Pessoal e

EncargosJuros e Encargos

da DívidaOutras Despesas

Correntes

Amortização daDívida (nota

explicativa

Demais Despede Capital

I - Transferênciada União 6.734.259,65

10.822.562,63 122.044.582,87 1.094.715,10 609.054.623,54 25.132.534,19 446.123.36

CompensaçãoFinanceira deRecursosHídricos

CompensaçãoFinanceira deRecursosMinerais

CompensaçãoFinanceira pelaExploração doPetróleo, Xisto eGás Natural

6.734.259,6510.822.562,6

3 122.044.582,87 1.094.715,10 609.054.623,54 25.132.534,19 446.123.365

Royaltiespela Produção 40.572.602,97

Royaltiespelo Excedenteda Produção

441.489.146,04 

ParticipaçãoEspecial

6.734.259,6510.822.562,6

3 122.044.582,87 1.094.715,10 126.570.481,6425.132.534,19 446.123.365,89

FundoEspecial doPetróleo 422.392,89

II - Transferênciado Estado 11.869.980,35

III – OutrasCompensaçõesFinanceiras 111.148,41

IV - AplicaçõesFinanceiras 18.205.781,10

V - Total dasDespesas (I + II+ III + IV) 6.734.259,65

10.822.562,63 112.044.582,87 1.094.715,10 639.241.533,40 25.132.534,19 446.123.36

VI - Restos aPagar pagos comrecursos deRoyalties - - - - -

Fonte: Quadro às fls. 1788”

Ao analisar o Quadro XII – Demonstrativo das Despesas Inerentes à

Compensação Financeira Decorrentes da Exploração de Recursos Naturais, à fl. 1788, aInstrução relata à fl. 1836 e verso:

“Quanto às despesas com pessoal, foi decidido por esta Corte de Contas, por meio do votoprolatado no Processo TCE-RJ n.º 250.364-8/04, que não existe impedimento quanto à utilizaçãodos royalties para pagamento de despesas relativas ao FGTS e à Contribuição Patronal doRegime Geral de Previdência – INSS.

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P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1921-v 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

Conforme apontado no quadro anterior, ocorreu o pagamento de despesas com pessoal e dívidaà conta de recursos da parcela de participação especial. Entretanto, cabe enfatizar que nãovislumbramos o impedimento para tais despesas, (....)”

Em conformidade com o artigo 8.º da Lei n.º 7.990, de 28.12.89, é

vedada a aplicação dos recursos provenientes de royalties  no quadro permanente de

pessoal e no pagamento da dívida. A exceção contemplada pela Lei Federal n.º

10.195/01 foi para o pagamento da dívida com a União, bem como para capitalização de

fundos de previdência.

O Corpo Técnico desta Corte de Contas, na bem lançada informação de

fl. 1836 e verso, aponta que os recursos utilizados para os desembolsos financeiros parapagamento das despesas com pessoal e da dívida efetuados pela Prefeitura do

Município de Campos dos Goytacazes, ocorreram por conta dos royalties oriundos da

participação especial (grande volume de produção e de grande rentabilidade ), portanto

não restariam vinculados as vedações imposta pelo artigo 8º da Lei nº 7.990/89.

Neste tópico devo destacar que o entendimento ora exposto pelo Corpo

Instrutivo surgiu nesta Corte no leading case  tratado no processo TCE-RJ n.º 215.499

0/06, cuja decisão foi prolatada em Sessão de 12.12.2006. Àquela assentada, associei-

me à interpretação dada pelo Revisor, em seu voto vencedor, definindo a amplitude da

restrição prevista no art. 8.º da Lei federal n.º 7.990/89.

Desde aquela Sessão de 2006, este é o primeiro processo submetido a

minha Relatoria em que está presente a análise da aplicação de royalties já que nos

últimos quatro anos exerci a Presidência desta Corte. Retornando, pois, ao

enfrentamento da questão, seguirei o entendimento que, desde àquela assentadaconsolidou-se como majoritário nesta Casa, o que se demonstra pelas decisões

proferidas nos processos TCE-RJ n.º 215.499-0/06, 225.235-8/08, 218.094-1/08 e

208.951-3/09.

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TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1922 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

A esse passo, penso ser despiciendo alongar a discussão sobre a

matéria, já consolidada pelo Plenário desta Corte de Contas, embora, reconheça a

necessidade de profunda reflexão por parte dos gestores públicos quanto à destinação

dos recursos provenientes dos royalties no custeio das despesas correntes , po

considerar a finitude da exploração do petróleo, do xisto betuminoso e do gás natural

tratando-se, àqueles, portanto, de um recurso natural não renovável, que deveriam se

utilizados criteriosamente em atividades que possibilitassem o adimplemento das

políticas públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável.

Portanto, vou convergir às argumentações do Corpo Técnico, e fare

constar RECOMENDAÇÃO em meu Voto, quanto à necessidade do uso consciente dos

recursos oriundos dos royalties.

Da análise das informações constantes dos autos, conclui-se que o

Município não aplicou  recursos de royalties em pagamento de pessoal e de dívidas não

excetuadas pela Lei Federal n.º 7.990/89 alterada pela Lei Federal nº 10.195/01

cabendo destacar a existência às fls. 1788 de declaração firmada pela Exm.ª. Sr.ª

Prefeita Municipal neste mesmo sentido.

Por último, ainda em relação à movimentação dos recursos provenientes

dos royalties, às fls.1835 e verso, a Instrução informa:

“(....)

- A despesa total com a fonte Royalties - Aplicações Financeiras monta emR$18.205.781,10, enquanto o total das receitas arrecadadas no ano namencionada fonte foi de apenas R$4.397.158,00, existindo uma divergência de

R$ 13.808.623,10, não apresentando informações sobre a mencionadadiferença, o que será considerado como impropriedade na conclusão final destainstrução processual;

- As despesas com as fontes Royalties: Produção, Excedente de ProduçãoFundo Especial do Petróleo e Transferência do Estado correspondemexatamente aos valores das receitas arrecadadas no exercício, tendo sidoalocadas em Outras Despesas Correntes.“ 

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 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

A divergência apurada no quadro “Demonstrativo das Despesas

Inerentes à Compensação Financeira Decorrentes da Exploração de Recursos Naturais”

e a falta de documentação contábil comprovando os lançamentos consignados no

mesmo, serão motivo de RESSALVA e DETERMINAÇÃO em meu Voto.

9 REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL

O Corpo Instrutivo, à fl. 1820 e verso, destaca:

“De acordo com o Demonstrativo das Receitas e Despesas Previdenciárias do Regime Própriodos Servidores Públicos – Anexo V do Relatório Resumido da Execução Orçamentáriaconstatamos um resultado previdenciário superavitário ordem de R$ 93.422.393,80 conformeexposição a seguir:

DESCRIÇÃO VALOR (R$)

RECEITAS PREVIDENCIÁRIAS 93.536.641,60

DESPESAS PREVIDENCIÁRIAS 114.247,80

SUPERÁVIT 93.422.393,80

Fonte: Anexo V do RREO 6º Bim/10 - Proc. TCE n.º 208.823-7/11 .

Cabe ressaltar que no exercício de 2010 houve o repasse das contribuições dos servidores epatronal conforme podemos verificar no Anexo 10 do PREVICAMPOS, fls.1152/1153, de acordocom o artigo 40 da CF c/c o inciso II, artigo 1º da Lei Federal 9.717/98.”

10 CONTROLE INTERNO

A Constituição Federal guarda determinação quanto à necessidade deimplantação do Controle Interno pelos Poderes Federados, o qual tem as suas

atribuições básicas definidas no artigo 74 da Constituição Federal.

Em sua análise quanto a este tópico, o Corpo Instrutivo tece comentário

às fls.1834/1840-v, do qual destaco:

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1923 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

“As impropriedades (....) deverão ser objeto de fiscalização e correçãomediante a adoção de sistemas de controle interno implantados pelo Órgão de

Controle Interno do Poder com o objetivo de inibi-las no decurso do próximoexercício financeiro, motivo pelo qual comunicaremos, quando da conclusão, oresponsável pelo setor para que o mesmo tome ciência do exame realizadoadotando as providências que se fizerem necessárias a fim de elidir as falhasdetectadas, informando, no relatório de auditoria do próximo exercício, quaisoram estas medidas.f

 

Cumpre destacar que uma das principais funções do Controle Interno é tambéma avaliação de sua própria atividade, sabendo-se que suas funções convivemna Administração e com todas as demais funções, desta forma deveimplementar e preservar seu funcionamento com eficiência.

Mas, importa acima de tudo, que seja adequadamente compreendida a funçãodo controle interno, em toda a sua extensão e essência, como instrumentoeficaz e indispensável à boa administração, capaz de assegurar a efetivação deseus objetivos, que se resumem no atendimento do interesse social e narealização do bem público.

A adequada organização do sistema de controle Interno no âmbito daadministração pública e a preservação do seu funcionamento eficienteresultarão, por certo, em êxitos quanto à eficácia, eficiência e economicidadedos atos de gestão, ao mesmo tempo que servirão para prevenir a ocorrênciade irregularidades, desvios e perdas de recursos públicos, evitando também aocorrência de penalizações.”

Tal fato do Controle Interno da Prefeitura Municipal de Campos dosGoytacazes, não se manifestar quantos as impropriedades apuradas pelo Corpo

Instrutivo na presente prestação de contas, será motivo de RESSALVA e

DETERMINAÇÃO às Contas.

11 CONCLUSÃO

A Prestação de Contas apresentada corresponde aos Balanços

Orçamentário, Financeiro, Patrimonial e Demonstrativo das Variações Patrimoniais, que

tratam da situação dos bens, direitos e obrigações do Município e do aspecto dinâmico

das referidas contas.

5/10/2018 Parecer pr vio TCE 2010 - slidepdf.com

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1923-v 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

CONSIDERANDO que esta Colenda Corte, nos termos dos artigos 75 da

Constituição Federal e 124 da Constituição Estadual do Rio de Janeiro, já com as

alterações dadas pela Emenda Constitucional n.º 04/91, é responsável pela fiscalização

contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos municípios do Estado;

CONSIDERANDO, com fulcro nos artigos 125, incisos I e II, da

Constituição do Estado do Rio de Janeiro, também com as alterações da Emenda

supramencionada, e 115, inciso III, do Regimento Interno deste Tribunal, ser de

competência desta Corte emitir Parecer Prévio sobre as contas dos municípios e sugerir

as medidas convenientes para a final apreciação da Câmara Municipal;

CONSIDERANDO que o Parecer Prévio do Tribunal de Contas deve

refletir a análise técnica das Contas examinadas, ficando o julgamento das mesmas

sujeito às Câmaras Municipais;

CONSIDERANDO que as impropriedades detectadas, de natureza

contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, foram evidenciadas no

decorrer da análise efetuada, sendo objeto de ressalvas;

CONSIDERANDO que, nos termos da legislação em vigor, o Parecer

Prévio e o subseqüente julgamento da Câmara dos Vereadores não eximem as

responsabilidades de ordenadores e ratificadores de despesas, bem como de pessoas

que geriram numerários, valores e bens municipais, os quais, estando sob jurisdição

desta Corte, estão sendo e/ou serão objeto de fiscalização e julgamento por este

Tribunal de Contas;

CONSIDERANDO o minucioso e detalhado trabalho do Corpo Instrutivo

que, em sua conclusão, opina pela emissão de Parecer Prévio Favorável à aprovação

das Contas do Poder Executivo;

5/10/2018 Parecer pr vio TCE 2010 - slidepdf.com

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1924 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

CONSIDERANDO que as Contas de Governo do Município de Campos

dos Goytacazes, foram elaboradas com observância às disposições legais, excetuando

os itens ressalvados;

CONSIDERANDO que o Ministério Público Especial, em parecer exarado

pelo ilustre Procurador Horacio Machado Medeiros, confirma a conclusão a que chegou o

Corpo Instrutivo;

CONSIDERANDO, finalmente, o exame a que procedeu a minha

Assessoria Técnica,

Posiciono-me parcialmente de acordo com o Corpo Instrutivo e o parecer

do Ministério Público Especial e

VOTO:

I – Pela emissão de PARECER PRÉVIO FAVORÁVEL à

aprovação, pela Câmara Municipal, das Contas dos Chefes do Poder

Executivo do Município de Campos dos Goytacazes, RosangelaRosinha Garotinho Barros Assed Matheus de Oliveira, nos período de

01.01.2010 a 05.07.2010 e 18.07.2010 a 31.12.2010, e o Sr. Nelson Nahim

Matheus de Oliveira, no período de 06.07.2010 a 17.12.2010, referentes

ao exercício de 2010, com as Ressalvas, Determinações e

Recomendação, a seguir elencadas:

RESSALVAS

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1924-v 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

1) Pelo descumprimento dos prazos estabelecidos nos artigos 2º e 4º

da Deliberação TCE-RJ nº 218/00, respectivamente, quando do

encaminhamento a esta Corte de Contas dos relatórios Resumidos daExecução Orçamentária, bem como o da Gestão Fiscal;

2) Pelo descumprimento das metas estabelecidas na Lei de Diretrizes

Orçamentárias, quanto aos resultados primário e nominal, bem como

impossibilidade de avaliar a meta para dívida consolidada líquida,

prevista no art. 59, inciso I da Lei Complementar Federal nº 101/00; 

3) Pela não realização de audiências públicas para avaliar o

cumprimento das metas fiscais nos períodos de maio, setembro e

fevereiro, em descumprimento ao disposto no §4º, do art. 9º, da Le

Complementar n.º 101/00;

4) Quanto à impropriedade verificada na publicação dos decretos deabertura de créditos por excesso de arrecadação, pois que não foi

utilizada a metodologia de apuração da tendência de excesso para o

exercício, prevista no § 3º do artigo 43 da Lei n.º 4.320/64;

5) Quanto a impossibilidade de apurar a movimentação da dívida ativa

pública.

6) Quanto a divergência entre o valor total das despesas com

educação evidenciadas no Sistema Integrado de Gestão Fiscal –

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1925 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

SIGFIS/BO e o valor registrado no anexo 8 consolidado na função 12,

como destacamos:

DESCRIÇÃO VALOR –R$

SIGFIS/BO 210.399.608,89

Contabilidade – anexo 8 consolidado 237.977.547,39

Diferença 27.577.938,50

Fonte: Anexo 8 - consolidado às fls. 1578/1585 e planilha SIGFIS/BO de fls. 1789/1793.

7) Quanto à diferença entre o saldo a empenhar apurado na Prestação

de Contas do exercício anterior, Processo TCE n.º 215.314-5/10 (R$4.662.481,78) e o utilizado pelo município no valor de R$ 3.376.000,00;

8) Quanto a abertura de créditos adicionais, tendo como fonte de

recurso o superávit financeiro do FUNDEB, não ter sido efetuada no

1º trimestre de 2010, em desacordo com o disposto no § 2º, do artigo

21 da Lei nº 11.494/07;

9) Quanto ao fato do parecer do Conselho de Acompanhamento e

Controle Social do FUNDEB não especificar claramente o exercício a

que se refere à análise da Prestação de Contas;

10) Quanto ao quadro extracontábil relativo aos gastos realizados com

recursos dos Royalties por categoria de despesas e fonte apresentar

inconsistências, bem como a falta de envio de documentação contábi

comprovando a existência de superávit financeiro que suportou a

realização de despesas com a fonte Royalties; 

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P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1925-v 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

11) Pelo fato do Setor de Controle Interno não abordar em seu

Relatório todas as falhas apontadas na presente Prestação de Contas

bem como as medidas porventura adotadas com vistas a elidi-las, nãosendo observada sua atribuição disciplinada nos artigos 70 a 74 da

Constituição Federal/88.

DETERMINAÇÕES

1) Observar os prazos estabelecidos nos artigos 2º e 4º da Deliberação

TCE-RJ nº 218/00, respectivamente, quando do encaminhamento a estaCorte de Contas dos relatórios Resumidos da Execução Orçamentária

e o da Gestão Fiscal;

2) Envidar os esforços necessários para cumprimento das metas

previstas no Anexo de Metas Fiscais;

3) Observar a correta elaboração dos documentos contábeis, extra-

contábeis, Relatórios da LRF e Informes Mensais do SIGFIS, para que

sejam apresentados completos, eliminando eventuais divergências e

omissões, permitindo a interpretação dos resultados econômicos e

financeiros, conforme prevê o artigo 85 da Lei Federal nº 4.320/64,

possibilitando que este Tribunal possa proceder à análise técnica

imediata na verificação do cumprimento, por parte do Gestor, das

normas legais e constitucionais que devem ser observadas pelo

Município;

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1926 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

4) Atentar para realização de audiências públicas para avaliar o

cumprimento das metas fiscais nos períodos estabelecidos no

disposto no §4º, do art. 9º, da Lei Complementar n.º 101/00;

5) Utilizar e demonstrar a metodologia de apuração da tendência de

excesso para o exercício, quando da abertura dos créditos adicionais

com base em excesso de arrecadação, conforme previsto no artigo 43

parágrafo 3º, da Lei Federal nº 4.320/64;

6) Compatibilizar o saldo das despesas evidenciadas no Sistema

Integrado de Gestão Fiscal – SIGFIS/BO como o registrado pela

contabilidade;

7) Atentar para correta demonstração da movimentação dos recursos

oriundos do FUNDEF; 

8) Observar o disposto no disposto no §2º do art. 21 da Lei 11.494/07

procedendo a abertura do crédito, tendo como fonte o superávit

financeiro do FUNDEB, no primeiro trimestre do exercício

imediatamente subseqüente;

9) Atentar para que o parecer do Conselho de Acompanhamento e

Controle Social do FUNDEB contemple de forma clara o exercício a quese refere a análise das contas;

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P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1926-v 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

10) Compatibilizar o quadro extracontábil relativo aos gastos realizado

com os recursos dos royalties com os dados contábeis;

11) Para que o setor de Controle Interno tome as devidas providências

de forma a elidir as falhas apontadas, informando, no relatório de

auditoria do próximo exercício, quais foram estas medidas, em

cumprimento do papel disciplinado nos artigos 70 a 74 da Constituição

Federal/88.

RECOMENDAÇÃO

1) Para que o município atente para a necessidade do uso consciente e

responsável dos recursos dos royalties, priorizando a alocação dessas

receitas na aplicação de programas e ações voltadas para o

desenvolvimento sustentável da economia local.

II – Pela COMUNICAÇÃO do atual Responsável pelo

Controle Interno da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes,

na forma estabelecida na Lei Complementar nº 63/90, para que tome

ciência das ressalvas apontadas no relatório, adote providências de

forma a elidir as falhas apontadas, em cumprimento aos artigos 70 a 74

da Constituição Federal/88, bem como atente à necessidade de

evidenciar a classificação das receitas e despesas no maior nível dedetalhamento possível, inclusive demonstrando as fontes de recursos

de modo que os demonstrativos contábeis contemplem as

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1927 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

informações dispostas nos quadros extracontábeis que integram a

presente prestação de contas;

III – Pela DETERMINAÇÃO à 3ª IGM para que, com base no

processo “cópia dos documentos” desta Prestação de Contas, que

subsidiará a Prestação de Contas dos Ordenadores de Despesas da

Câmara Municipal, proceda à análise quanto ao cumprimento, por parte

do Legislativo Municipal, do artigo 29-A da Constituição Federal e dos

artigos 20 e 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal.

GC4, de de 2011.

JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCOCONSELHEIRO-RELATOR

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TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1925 

PRESTAÇÃO DE CONTAS DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA DO

MUNICÍPIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES – PODER EXECUTIVO

PROCESSO NO 206.125-9/11

EXERCÍCIO DE 2010

PREFEITOS: SENHORA ROSANGELA ROSINHA GAROTINHO BARROS

ASSED MATHEUS DE OLIVEIRA, nos períodos de 01.01.2010 a

05.07.2010 e 18.07.2010 a 31.12.2010, e o SENHOR NELSON NAHIM

MATHEUS DE OLIVEIRA, no período de 06.07.2010 a 17.12.2010.

PARECER PRÉVIO

O TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, reunido

nesta data, em Sessão Ordinária, dando cumprimento ao disposto no inciso I do art. 125

da Constituição do Estado do Rio de Janeiro, tendo examinado e discutido a matéria

acolhendo o Relatório e o projeto de Parecer Prévio do Conselheiro Relator, aprovando-os, e

CONSIDERANDO  que as Contas da Prefeitura de Campos dos

Goytacazes, de responsabilidade da Senhora Rosangela Rosinha Garotinho Barros

Assed Matheus de Oliveira, nos períodos de 01.01.2010 a 05.07.2010 e 18.07.2010 a

31.12.2010, e do Sr. Nelson Nahim Matheus de Oliveira, no período de 06.07.2010 a

17.12.2010, relativas ao exercício de 2010, foram apresentadas a esta Corte; 

CONSIDERANDO que esta Colenda Corte, nos termos dos artigos 75 da

Constituição Federal e 124 da Constituição Estadual do Rio de Janeiro, já com as

alterações dadas pela Emenda Constitucional n.º 04/91, é responsável pela fiscalização

contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos municípios do Estado;

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 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1926 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

CONSIDERANDO, com fulcro nos artigos 125, incisos I e II, da

Constituição do Estado do Rio de Janeiro, também com as alterações da Emenda

supramencionada, e 115, inciso III, do Regimento Interno deste Tribunal, ser de

competência desta Corte emitir Parecer Prévio sobre as contas dos municípios e sugerir

as medidas convenientes para a final apreciação da Câmara Municipal;

CONSIDERANDO que o Parecer Prévio do Tribunal de Contas deve

refletir a análise técnica das Contas examinadas, ficando o julgamento das mesmas

sujeito às Câmaras Municipais;

CONSIDERANDO que as impropriedades detectadas, de natureza

contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, foram evidenciadas no

decorrer da análise efetuada, sendo objeto de ressalvas;

CONSIDERANDO que, nos termos da legislação em vigor, o Parecer

Prévio e o subseqüente julgamento da Câmara dos Vereadores não eximem as

responsabilidades de ordenadores e ratificadores de despesas, bem como de pessoas

que geriram numerários, valores e bens municipais, os quais, estando sob jurisdição

desta Corte, estão sendo e/ou serão objeto de fiscalização e julgamento por este

Tribunal de Contas;

CONSIDERANDO o minucioso e detalhado trabalho do Corpo Instrutivo

que, em sua conclusão, opina pela emissão de Parecer Prévio Favorável à aprovação

das Contas do Poder Executivo;

CONSIDERANDO que as Contas de Governo do Município de Campos

dos Goytacazes, foram elaboradas com observância às disposições legais, excetuando

os itens ressalvados;

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 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

CONSIDERANDO que o Ministério Público Especial, em parecer exarado

pelo ilustre Procurador Horacio Machado Medeiros, confirma a conclusão a que chegou o

Corpo Instrutivo;

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

P P r r e e s s t t a a ç ç ã ã o o d d e e C C o o n n t t a a s s d d a a  A Ad d m m i i n n i i s s t t r r a a ç ç ã ã o o F  F  i i n n a a n n c c e e i i r r a a M M u u n n i i c c í  í  p p i i o o d d e e C C a a m m p p o o s s d d o o s s G G o o  y  y t t a a c c a a z z e e s s - - E E x x e e r r c c í  í  c c i i o o 2 2 0  0  1 1 0  0   

TCE-RJPROCESSO Nº 206.125-9/11RUBRICA FLS.: 1927 

 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

CONSIDERANDO, finalmente, o exame a que procedeu a minha

Assessoria Técnica,

RESOLVE: 

Emitir PARECER PRÉVIO FAVORÁVEL à aprovação das

Contas da Administração Financeira do Poder Executivo do Município

de CAMPOS DOS GOYTACAZES, referentes ao exercício de 2010, de

responsabilidade da Senhora Rosangela Rosinha Garotinho Barros

Assed Matheus de Oliveira, nos período de 01.01.2010 a 05.07.2010 e

18.07.2010 a 31.12.2010, e o Sr. Nelson Nahim Matheus de Oliveira, noperíodo de 06.07.2010 a 17.12.2010, com as RESSALVAS

DETERMINAÇÕES, RECOMENDAÇÃO, COMUNICAÇÃO e

DETERMINAÇÃO, constantes do Voto.

SALA DAS SESSÕES, de de 2011.

CONSELHEIRO JONAS LOPES DE CARVALHO JUNIORPRESIDENTE

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 JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR

JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCO

CONSELHEIRO-RELATOR 

REPRESENTANTE DO MINISTÉRIO PÚBLICO