parceria com fiocruz vai aumentar número de diagnósticos · instituto butantan de são paulo. o...

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A6 Campo Grande-MS | Sábado, 4 de julho de 2020 CIDADES Menos tempo de espera Dengue ou COVID? Nova polêmica Saúde Em investigação Equipamentos enviados pela fundação vão permitir mais 200 resultados por dia, desafogando o Lacen Enquanto notificações por dengue caem, procura por teste teve alta de 455% em junho Apontado como “solução” para a COVID, vermífugo já falta nas farmácias Prefeitura inicia retomada de consultas com especialistas Corpo de jovem sequestrada é encontrado por familiares Ampliação Testagem foi ampliada em todo o Estado, mas Lacen não conseguia processar resultados Dayane Medina Com a ampliação da tes- tagem no Estado, em especial em Campo Grande, os resul- tados de exames da COVID-19 estão demorando cada vez mais para ficarem prontos. Na semana passada, o secretário estadual de Saúde, Geraldo Re- sende, afirmou que o Lacen-MS (Laboratório Central de Mato Grosso do Sul) estava sobre- carregado mesmo com o auxílio do Instituto Butantan. Agora, o Estado vai receber instru- mentos da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) para agilizar o processo, conforme o anúncio durante transmissão on-line de ontem (3). O secretário falou durante coletiva da SES (Secretaria de Estado de Saúde) sobre a par- ceria para trazer os equipa- mentos para o Estado. “A partir da próxima segunda-feira, a chegada de outros instrumentos para o nosso Lacen-MS que nós conseguimos via Bio-Man- guinhos, que é laboratorio da Fiocruz, vai nos possibilitar a feitura de mais 200 exames di- ários, isso vai fazer com que nós não tenhamos exames algum represados daqui pra frente com essa parceria que estamos criando”, comemorou. No mês passado, em razão da grande demanda por diagnóstico do vírus, amostras de exames co- letadas em Mato Grosso do Sul estavam sendo analisadas no Instituto Butantan de São Paulo. O boletim de ontem mostrou que 1.296 exames aguardam resultado do Lacen. Isolamento social em baixa Apesar da boa notícia, o ti- tular da SES (Secretaria de Estado de Saúde) diz que a adesão ao distanciamento foi de 37,8%, mesma média de junho, que teve o pior resultado desde o início da pandemia. Nesta semana, Resende relembrou que os recordes de casos e mortes dos primeiros dias de julho são “fruto” do descaso da população. Com isso, a taxa de letalidade também está aumen- tado no Estado. O último boletim epide- miológico registrou mais 16 mortes por COVID-19 tota- lizando 107 mortes e o nú- mero de casos confirmados no Estado chega a 9.388. Do número total de confirmados, pelo menos 3.754 estão em isolamento domiciliar e 209 estão internados, sendo 115 em hospitais públicos e 94 em hospitais privados. Dois pacientes internados são procedentes de fora do Estado. Rafaela Alves Ao compararmos os nú- meros de notificações do fim de abril e começo de maio com o número apresentado no último boletim divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) na quarta-feira (1º), é revelada uma redução nos casos em Mato Groso do Sul. No entanto, a procura por testes rápidos para diag- nosticar a doença na rede particular tem aumentado e muito. Conforme dados da diretora da farmácia Attive Pharma, Flávia Buainain, o crescimento foi de 455% no mês de junho em relação ao mês de maio, quando foram realizados apenas 9 exames contra 50 no mês passado. Flávia afirma que o au- mento na procura pode estar relacionado ao fato de a dengue ter sintomas pare- cidos com os da COVID-19, com exceção dos sintomas respiratórios. Além disso, o exame é mais barato. “O exame custa R$ 68 e por ser mais barato que o do coronavírus, as pessoas têm optado em fazer primeiro o da dengue e, caso dê ne- gativo, aí sim ela realiza o exame do COVID, que custa R$ 250. Acredito que por isso a demanda foi cinco vezes maior em junho do que em maio”, assegurou. Em Mato Grosso do Sul são 64,4 mil casos de notifi- cações da dengue, segundo o boletim epidemiológico. São 886 casos a mais que o boletim divulgado na se- mana passada, dia 24 de junho. Entretanto, as no- tificações estão caindo, se compararmos com dados dos boletins do dia 29 de abril e 6 de maio, quando o número de casos notificados cresceu em 1,8 mil em uma semana. Rafael Ribeiro e Rafaela Alves Sequestrada na noite de terça-feira (30), Carla Santana Magalhães, 25 anos, foi en- contrada morta na manhã de ontem (3), em frente de uma conveniência na esquina de sua casa, no bairro Tiradentes. O corpo, que estava sem as roupas, foi encontrado pelo tio e primo. O caso é investigado pela Polícia Civil e ninguém havia sido acusado pelo crime até a conclusão desta repor- tagem. Segundo a polícia, Carla foi degolada e esfaqueada ao menos três vezes no pescoço. A jovem foi sequestrada quando voltava de um super- mercado com uma amiga. Os autores a levaram à força, sob seus gritos de socorro, ouvidos pela família. Quando foram socorrê-la, encontraram apenas sua máscara, celular e os chinelos em frente da casa. A apuração do caso é difícil. Ainda de acordo com a po- lícia, imagens de câmeras nos arredores da casa da vítima, próxima da Lagoa Itatiaia, não conseguiram identificar o carro usado pelos autores. Um homem de 56 anos com quem Carla se relacionou em 2018 foi apontado como sus- peito por amigos da jovem. Nos últimos meses, ele teria reaparecido na vida dela, querendo reatar o namoro e até incomodando a jovem, segundo essas pessoas. Após prestar depoimento na manhã de ontem, acabou liberado. A DEH (Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Homicídios), responsável pela investigação do caso, vai ouvir outros suspeitos. Entre eles está um suposto fotógrafo apontado pelos mesmos amigos como o atual namorado da vítima. Bas- tante abalada com a notícia, a família da jovem não quis dar declarações. Rafael Ribeiro Enquanto a Prefeitura de Campo Grande estuda sugestão de um grupo de 250 médicos para avaliar se cria protocolo que ministra o uso para trata- mento de pacientes com corona- vírus de cloroquina e ivermec- tina, um antiparasitário usado geralmente para o combate a piolhos, a SBI (Sociedade Bra- sileira de Infectologia) divulgou nota técnica que detalha o que cada um dos oito medicamentos apontados com algum tipo de “solução” para a doença tem de eficaz concreto até aqui. Mesmo assim, os estoques dos remédios estão se esgotando rapidamente na Capital. Segundo o toxicologista Sandro Benites, coordenador do Civitox (Centro Integrado de Vigilância Toxicológica), e principal nome do grupo de médicos que procurou a prefeitura, o protocolo segue a mesma linha utilizada em alguns locais do Brasil, como Belém (PA), e na Espanha. Em ambos os casos, garante, os resultados obtidos foram positivos. O objetivo de Benites e seu grupo é usar os medica- mentos para tratar pessoas sem sintomas que tiveram con- tato com casos confirmados e pacientes com coronavírus em estágio inicial. Mas a informação do uso de ivermectina, recomendado até por médicos, pegou farmacêu- ticos da Capital de surpresa. O remédio é vendido sem a necessidade de receita mé- dica. E em alguns estabeleci- mentos do tipo já é impossível encontrá-lo. O jornal O Estado ligou para pelo menos oito farmácias. Em cinco delas, o estoque do vermífugo já estava esgotado. “O pior é que não tem previsão nem de repor o estoque por parte do labo- ratório”, disse um atendente de um comércio na Vila Villas Boas. Em unidade na Avenida Afonso Pena, a atendente foi direta. “Preciso saber o motivo da compra, afinal é bom avisar o senhor que ele [o remédio] não serve para se prevenir contra a COVID-19”, disse. Raiane Carneiro A prefeitura da Capital anunciou que está reto- mando gradativamente os atendimentos com especia- listas da rede pública de saúde. Consultas de car- diologia e neurologia, por exemplo, foram adiadas em função do decreto municipal que suspendeu os trata- mentos na rede municipal em função da pandemia do novo coronavírus. Para o re- torno que começou nesta se- mana, os protocolos de bios- segurança serão seguidos. De acordo com a Crae (Coordenadoria da Rede de Atenção Especializada) da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), neste pri- meiro momento, serão aten- didos os pacientes em trata- mento que são residentes em Campo Grande. As pessoas estão sendo comunicadas por telefone sobre a data e o horário da consulta. Os atendimentos serão feitos durante a manhã, tarde e noite, de segunda a sexta- -feira, no CEM (Centro de Especialidades Médicas). Para o atendimento no local, a secretaria orienta que as pessoas se atentem ao ho- rário agendado e não levem acompanhantes para evitar exposição desnecessária e aglomeração, respeitando também a restrição que li- mita a 60% a capacidade de ocupação. O município destaca que, apesar da paralisação, as unidades da Rede de Atenção Especializada mantiveram seus atendimentos e serviços considerados essenciais. A relação completa dos ser- viços que estão em funciona- mento pode ser conferida no site da Prefeitura de Campo Grande. (Com assessoria) Nilson Figueiredo Parceria com Fiocruz vai aumentar número de diagnósticos

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Page 1: Parceria com Fiocruz vai aumentar número de diagnósticos · Instituto Butantan de São Paulo. O boletim de ontem mostrou que 1.296 exames aguardam resultado do Lacen. Isolamento

A6 Campo Grande-MS | Sábado, 4 de julho de 2020 cidadES

Menos tempo de espera

Dengue ou COVID?Nova polêmica

Saúde Em investigação

Equipamentos enviados pela fundação vão permitir mais 200 resultados por dia, desafogando o Lacen

Enquanto notificações por dengue caem, procura por teste teve alta de 455% em junho

Apontado como “solução” para a COVID, vermífugo já falta nas farmácias

Prefeitura inicia retomada de consultas com especialistas

Corpo de jovem sequestrada é encontrado por familiares

Ampliação Testagem foi ampliada em todo o Estado, mas Lacen não conseguia processar resultados

Dayane Medina

Com a ampliação da tes-tagem no Estado, em especial em Campo Grande, os resul-tados de exames da COVID-19 estão demorando cada vez mais para ficarem prontos. Na semana passada, o secretário estadual de Saúde, Geraldo Re-sende, afirmou que o Lacen-MS (Laboratório Central de Mato Grosso do Sul) estava sobre-

carregado mesmo com o auxílio do Instituto Butantan. Agora, o Estado vai receber instru-mentos da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) para agilizar o processo, conforme o anúncio durante transmissão on-line de ontem (3).

O secretário falou durante coletiva da SES (Secretaria de Estado de Saúde) sobre a par-ceria para trazer os equipa-mentos para o Estado. “A partir

da próxima segunda-feira, a chegada de outros instrumentos para o nosso Lacen-MS que nós conseguimos via Bio-Man-guinhos, que é laboratorio da Fiocruz, vai nos possibilitar a feitura de mais 200 exames di-ários, isso vai fazer com que nós não tenhamos exames algum represados daqui pra frente com essa parceria que estamos criando”, comemorou. No mês passado, em razão da grande

demanda por diagnóstico do vírus, amostras de exames co-letadas em Mato Grosso do Sul estavam sendo analisadas no Instituto Butantan de São Paulo. O boletim de ontem mostrou que 1.296 exames aguardam resultado do Lacen.

Isolamento social em baixaApesar da boa notícia, o ti-

tular da SES (Secretaria de Estado de Saúde) diz que a

adesão ao distanciamento foi de 37,8%, mesma média de junho, que teve o pior resultado desde o início da pandemia. Nesta semana, Resende relembrou que os recordes de casos e mortes dos primeiros dias de julho são “fruto” do descaso da população. Com isso, a taxa de letalidade também está aumen-tado no Estado.

O último boletim epide-miológico registrou mais 16

mortes por COVID-19 tota-lizando 107 mortes e o nú-mero de casos confirmados no Estado chega a 9.388. Do número total de confirmados, pelo menos 3.754 estão em isolamento domiciliar e 209 estão internados, sendo 115 em hospitais públicos e 94 em hospitais privados. Dois pacientes internados são procedentes de fora do Estado.

Rafaela Alves

Ao compararmos os nú-meros de notificações do fim de abril e começo de maio com o número apresentado no último boletim divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) na quarta-feira (1º), é revelada uma redução nos casos em Mato Groso do Sul. No entanto, a procura por testes rápidos para diag-nosticar a doença na rede

particular tem aumentado e muito. Conforme dados da diretora da farmácia Attive Pharma, Flávia Buainain, o crescimento foi de 455% no mês de junho em relação ao mês de maio, quando foram realizados apenas 9 exames contra 50 no mês passado.

Flávia afirma que o au-mento na procura pode estar relacionado ao fato de a dengue ter sintomas pare-cidos com os da COVID-19,

com exceção dos sintomas respiratórios. Além disso, o exame é mais barato. “O exame custa R$ 68 e por ser mais barato que o do coronavírus, as pessoas têm optado em fazer primeiro o da dengue e, caso dê ne-gativo, aí sim ela realiza o exame do COVID, que custa R$ 250. Acredito que por isso a demanda foi cinco vezes maior em junho do que em maio”, assegurou.

Em Mato Grosso do Sul são 64,4 mil casos de notifi-cações da dengue, segundo o boletim epidemiológico. São 886 casos a mais que o boletim divulgado na se-mana passada, dia 24 de junho. Entretanto, as no-tificações estão caindo, se compararmos com dados dos boletins do dia 29 de abril e 6 de maio, quando o número de casos notificados cresceu em 1,8 mil em uma semana.

Rafael Ribeiro e Rafaela Alves

Sequestrada na noite de terça-feira (30), Carla Santana Magalhães, 25 anos, foi en-contrada morta na manhã de ontem (3), em frente de uma conveniência na esquina de sua casa, no bairro Tiradentes. O corpo, que estava sem as roupas, foi encontrado pelo tio e primo. O caso é investigado pela Polícia Civil e ninguém havia sido acusado pelo crime até a conclusão desta repor-tagem. Segundo a polícia, Carla foi degolada e esfaqueada ao menos três vezes no pescoço.

A jovem foi sequestrada quando voltava de um super-mercado com uma amiga. Os autores a levaram à força, sob seus gritos de socorro, ouvidos pela família. Quando foram socorrê-la, encontraram apenas sua máscara, celular e os chinelos em frente da casa. A apuração do caso é difícil.

Ainda de acordo com a po-lícia, imagens de câmeras nos arredores da casa da vítima, próxima da Lagoa Itatiaia, não conseguiram identificar o carro usado pelos autores.

Um homem de 56 anos com quem Carla se relacionou em 2018 foi apontado como sus-peito por amigos da jovem. Nos últimos meses, ele teria reaparecido na vida dela, querendo reatar o namoro e até incomodando a jovem, segundo essas pessoas. Após prestar depoimento na manhã de ontem, acabou liberado. A DEH (Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Homicídios), responsável pela investigação do caso, vai ouvir outros suspeitos. Entre eles está um suposto fotógrafo apontado pelos mesmos amigos como o atual namorado da vítima. Bas-tante abalada com a notícia, a família da jovem não quis dar declarações.

Rafael Ribeiro

Enquanto a Prefeitura de Campo Grande estuda sugestão de um grupo de 250 médicos para avaliar se cria protocolo que ministra o uso para trata-mento de pacientes com corona-vírus de cloroquina e ivermec-tina, um antiparasitário usado geralmente para o combate a piolhos, a SBI (Sociedade Bra-sileira de Infectologia) divulgou nota técnica que detalha o que cada um dos oito medicamentos apontados com algum tipo de “solução” para a doença tem de eficaz concreto até aqui. Mesmo assim, os estoques dos remédios estão se esgotando rapidamente na Capital.

Segundo o toxicologista Sandro Benites, coordenador do Civitox (Centro Integrado de Vigilância Toxicológica), e principal nome do grupo de médicos que procurou a prefeitura, o protocolo segue a mesma linha utilizada em alguns locais do Brasil, como Belém (PA), e na Espanha. Em ambos os casos, garante,

os resultados obtidos foram positivos. O objetivo de Benites e seu grupo é usar os medica-mentos para tratar pessoas sem sintomas que tiveram con-tato com casos confirmados e pacientes com coronavírus em estágio inicial.

Mas a informação do uso de ivermectina, recomendado até por médicos, pegou farmacêu-ticos da Capital de surpresa. O remédio é vendido sem a necessidade de receita mé-dica. E em alguns estabeleci-mentos do tipo já é impossível encontrá-lo. O jornal O Estado ligou para pelo menos oito farmácias. Em cinco delas, o estoque do vermífugo já estava esgotado. “O pior é que não tem previsão nem de repor o estoque por parte do labo-ratório”, disse um atendente de um comércio na Vila Villas Boas. Em unidade na Avenida Afonso Pena, a atendente foi direta. “Preciso saber o motivo da compra, afinal é bom avisar o senhor que ele [o remédio] não serve para se prevenir contra a COVID-19”, disse.

Raiane Carneiro

A prefeitura da Capital anunciou que está reto-mando gradativamente os atendimentos com especia-listas da rede pública de saúde. Consultas de car-diologia e neurologia, por exemplo, foram adiadas em função do decreto municipal que suspendeu os trata-mentos na rede municipal em função da pandemia do novo coronavírus. Para o re-torno que começou nesta se-mana, os protocolos de bios-segurança serão seguidos.

De acordo com a Crae (Coordenadoria da Rede de Atenção Especializada) da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), neste pri-meiro momento, serão aten-didos os pacientes em trata-mento que são residentes em Campo Grande. As pessoas estão sendo comunicadas

por telefone sobre a data e o horário da consulta. Os atendimentos serão feitos durante a manhã, tarde e noite, de segunda a sexta--feira, no CEM (Centro de Especialidades Médicas). Para o atendimento no local, a secretaria orienta que as pessoas se atentem ao ho-rário agendado e não levem acompanhantes para evitar exposição desnecessária e aglomeração, respeitando também a restrição que li-mita a 60% a capacidade de ocupação.

O município destaca que, apesar da paralisação, as unidades da Rede de Atenção Especializada mantiveram seus atendimentos e serviços considerados essenciais. A relação completa dos ser-viços que estão em funciona-mento pode ser conferida no site da Prefeitura de Campo Grande. (Com assessoria)

Nilson Figueiredo

Parceria com Fiocruz vai aumentar número de diagnósticos