parábolas e o reino de deus

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  • 7/25/2019 Parbolas e o Reino de Deus

    1/11

    INSTITUTO PRESBITERIANO MACKENZIE

    CENTRO PRESBITERIANO DE PS-GRADUAO ANDREW JUMPER

    O REINO DE DEUS E PARBOLAS

    POR

    ADRIANO DA SILVA CARVALHO

    SO PAULO

    201

  • 7/25/2019 Parbolas e o Reino de Deus

    2/11

    INSTITUTO PRESBITERIANO MACKENZIE

    CENTRO PRESBITERIANO DE PS-GRADUAO ANDREW JUMPER

    O REINO DE DEUS E PARBOLAS

    Trabalho sobre o Reino de Deus e Parbolas em cumprimento parcial s exigncias

    da disciplina BNT !1" L#$%&'() S&*#'+$)$,(.() ., N,+, T#)%(/#%,.

    Ministrada online pelos Professores Dr. !ugustus "icodemus #opes$ Me. %o&o

    !l'es$ Me. %o&o Paulo e Dr. #eandro #ima.

    POR

    ADRIANO DA SILVA CARVALHO

    SO PAULO

    201

  • 7/25/2019 Parbolas e o Reino de Deus

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    SUMRIO

    ( O Reino de Deus....................................................................................................)

    (.( O ensino de %esus sobre o Reino......................................................................*

    (.(.( Parbolas.......................................................................................................*

    (.(.+ Os paradigmas na interpreta,&o da parbola.................................................-

    (.(. %esus e as parbolas do Reino......................................................................../

    0onclus&o..................................................................................................................(1

    Referncias.................................................................................................................((

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    2

    I%',.&,

    Marcos apresenta no pr3logo do seu li'ro o tema central da prega,&o de %esus 4... o

    Reino de Deus est pr3ximo5 6Mc (.(27()8. ! maioria dos estudiosos s&o un9nimes em

    afirmar :ue os ensinamentos de %esus sobre o Reino de Deus eram geralmente o centro de sua

    mensagem. ! pala'ra grega ;basileia; :ue significa ;Reino; tem um n'angelhosA

    euggelion, ocorre ++ 'e@esA kalew, ocorre -) 'e@esA alhqeia 56'e@esA metanoia,

    ocorre 2? 'e@esA e basileia o termo grego :ue significa 4Reino5 ocorre$ )- 'e@es em MateusA

    +1 'e@es em MarcosA 2* 'e@es em #ucas e ) 'e@es em %o&o$ somando (+? apari,=es nos

    >'angelhos. Realmente um nste ensaio representa um esfor,o na busca de se compreender o ensino de %esus

    acerca do Reino de Deus$ e para tanto ter como ponto de partida para essa compreens&o o

    estudo das denominadas parbolas do Reino$ registradas em Mateus (.

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    )

    *

    1 O R#$, .# D#&)

    Marcos obser'a no pr3logo do seu li'ro :ue %esus prega'a na BalilCia 4....o Reino de

    Deus est pr3ximo5 6Mc (.(27()8. >ssa ideia de Reino tra@ida por %o&o atista e %esus e

    depois pelos discEpulos tem sido obFeto de algumas discuss=es na teologia. Discute7se$ por

    exemplo$ se 4Reino5 C presente ou futuro. Para alguns$ 4o Reino5 esta'a presente na pr3pria

    pessoa de %esus. "ele esta'a se reali@ando tudo a:uilo :ue os profetas do !ntigo Testamento

    ha'iam predito. Outros$ embora reconhe,am :ue alguns aspectos do Reino de Deus poderiam

    ser identificados com o ministCrio terreno de %esus$ ensinam :ue sua realidade plena seria

    escatol3gica e futuraG. Para alguns estudiosos$ embora$ o tema 4Reino de Deus5 fosse o centro

    da mensagem de %esus$ ele n&o aparece no !ntigo Testamento. O :ue se constitui em um

    problema para identificar o :ue %esus :ueria di@er com a express&o 4Reino de Deus5. #addHafirma :ue embora essa express&o n&o apare,a textualmente no !ntigo Testamento$ alus=es a

    ela podem ser encontradas ali. 0omo$ por exemplo$ na dupla nfase no !ntigo Testamento

    acerca da soberania real de Deus. >le C 'isto$ tanto como Rei de Israel$ como Rei de todo

    uni'erso 6 Jx ().(?A "m+.+(A Dt .)A Is 2.()A + Rs (/.()A Is *.)A %r 2*.(?A Kl +/.(1A //.(7

    28. O !ntigo Testamento$ segundo$ #add$ ainda faria uma alus&o a uma futura manifesta,&o da

    soberania real de Deus no mundo dos homens e das na,=es 6Is +2.+A .++A )+.-A Kf .()A Lc

    (2./8. Outros estudiosos ainda obser'am :ue na literatura Fudaica e n&o7cannica C possE'elencontrar 'rias alus=es ao 4Reino de Deus5. "a apocalEptica Fudaica$ por exemplo$

    a ideia de Reino est associada a destrui,&o de Katans$ o castigo dos gentios e a felicidade

    para IsraelN. !lus=es ao Reino tambCm ocorreriam no FudaEsmo farisaico7rabEnico e esta'a

    relacionado obedincia da Tora$ aceita,&o do monoteEsmo e declara,&o do KhemaA e

    aponta'a para a 'inda do Messias7rei :ue libertaria Israel da escra'id&o dos po'os2.

    G ma boa discuss&o sobre o conceito 4Reino de Deus5 C apresentado por #add em sua Teologia do "o'oTestamento$ pginas ?27(+. Qer#add$Beorge >ldon. Teologia do "o'o Testamento. agnos$+11. p.?27(+.

    + Ibidem.

    "umes$ #eonardo Bodinho. ! parbola do semeador no >'angelho de Mateus. DisponE'el em

    [email protected](+/-+modresourcecontent1!U+1ParabolaUdoU+1semeador

    U+1emU+1Mateus.pdf

    2Ibidem.

    11 O #)$, .# J#)&) ),3'# , R#$,

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    6/11

    -

    %esus apresenta o 4Reino de Deus5 em harmonia com o :ue dele foi discorrido no

    !ntigo Testamento$ um reino da'Edico e hist3rico 6Kl ?/$22 e Mt (.(8$ mas tambCm espiritual

    e interior 6#c (-.+(8$ um reino escatol3gico e final 6Is e Mt +2.+/718$ sem aparncia

    'isE'el 6#c (-.+18 e presente. ! inaugura,&o do Reino era o sinal :ue antecede todas as

    coisas. %esus afirma a realidade presente desse Reino em :uatro momentos distintos$ a saber

    6(8 na expuls&o de demnios 6Mt (+.+?8A 6+8 nas curas 6Mt((.8A na oferta do >'angelho aos

    pobres 6Mt ((.)8 e na afirma,&o do seu messiado 6Mt ((.*8).Pode7se afirmar :ue a mensagem

    do Reino pregada por %o&o$ %esus e os discEpulos$ incluEa tanto a necessidade de

    arrependimento :uanto o anm :uase todas as

    lEnguas existe uma maneira de falar sobre parbolas ou alegorias. >m algumas lEnguas$ o

    e:ui'alente pode ser 4uma hist3ria com compara,&o5/

    . Kegundo Kil'a$ %esus teria escolhidoesse modo de instru,&o$ por ser simples e interessante e por:ue ele permite um fcil

    acompanhamento das hist3rias pelos ou'intes(1 .

    ) "umes$ #eonardo Bodinho. ! parbola do semeador no >'angelho de Mateus. DisponE'el em

    [email protected](+/-+modresourcecontent1!U+1ParabolaUdoU+1semeador

    U+1emU+1Mateus.pdf

    *aileW$ MarS #. The doctrine of the Xingdom in MattheY (. DisponE'el

    [email protected](+2/*modresourcecontent1aileW?7XingdomMat(7K.pdf

    - Xaiser$%r$ Zalter 0.$ Kil'a MoisCs. Introdu,&o ermenutica Eblica. >ditora 0ultura 0rist&$ +11/.p.(1*

    ? QirSler$ enrW. ermenutica a'an,ada. >ditora Qida$+11-.p.(+)

    /#ouY$ %ohannes$ "ida >ugene. #Cxico Brego7Portugus do "o'o Testamento. K$ +1(.p.)1.

    (1Xaiser$%r$ Zalter 0.$ Kil'a MoisCs. +11/.p.(1*

    112 O) *('(.$6/() ( $%#'*'#%(, .() P('43,5()

    Reinstorf e !arde em um artigo intitulado %esus[ Xingdom parables as metaphorical

    stories a challenge to a con'entional Yorld'ieY$ afirmam :ue nos les atribuem essa mudan,a na

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    ?

    abordagem da parbola a dois fatores$ primeiro$ os trabalhos reali@ados pelos te3ricos

    literrios trouxeram um no'o entendimento das narrati'as nos >'angelhos em geral e das

    parbolas em particular. O segundo fator :ue irradiou a mudan,a teria sido a descoberta do

    significado e do 'alor das metforas como um 'eEculo apropriado para se falar de Deus e

    transmitir 'is=es alternati'as sobre a realidade((.

    Reinstorf e !arde ainda !firmam :ue o estudo da hist3ria da interpreta,&o da parbola

    mostra :ue h sempre uma clara rela,&o entre os paradigmas cientEficos dominantes e

    es:uemas hermenuticos usados para interpretar parbolas. Os paradigmas cientEficos :ue os

    intCrpretes teriam dialogado teriam sido trs$ a saber$ o 'italista$ o mecanicista e o holEstico.

    O paradigma 'italista$ segundo Reinstorf e !arde$ teria sido dominante do perEodo do

    "o'o Testamento atC o fim do sCculo \QI. >sse era o paradigma org9nico$ da 'ida$ e docrescimento. >ste perEodo era caracteri@ado por uma harmonia entre os seres humanos e o

    mundo ao seu redor$ e com Deus :ue C parte integrante deste mundo. ! interpreta,&o bEblica

    associada a este perEodo era simb3lica$ com cada coisa criada referindo7se simbolicamente

    sua realidade celestial.! interpreta,&o da parbola nessa Cpoca era acentuadamente aleg3rica.

    0om Balileu$ Descartes e "eYton teria tido inEcio o paradigma mec9nico$ o :ual se entendeu

    do sCculo \QII atC a segunda metade do sCculo \\. ! nfase nesse perEodo encontra'a7se na

    m:uina e suas partes. ! interpreta,&o bEblica desse perEodo C predominantemente analEtica. !interpreta,&o da parbola era reali@ada por meio da metodologia de um

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    /

    comunica com o leitor de forma diferente dentro de contextos diferentes . ! rea da pes:uisa

    hoFe C$ portanto$ literria$ com nfase na narrati'idade. "esse paradigma as parbolas n&o s&o

    registros sua situa,&o hist3rica las contm exemplos a serem imitados ou e'itados e focali@am diretamente o

    carter e a conduta de um indi'Eduo 6 #c (+.(*7+(A #c (?./7(28.

    0omo pode ser 'isto o estudo desse gnero n&o pode ser t&o simples como os leigos s 'e@espensam. !o contrrio$ como bem obser'ou MoisCs Kil'a precisamos de tantas habilidades

    hermenuticas para entender parbolas :uanto precisamos para compreender outras partes da

    Eblia. !lCm disso$ o uso :ue %esus fe@ das parbolas reflete certas preocupa,=es teol3gicas

    :ue n&o podem ser ignoradas()

    (Reinstorf$ Dieter$ !arde$ !ndries Qan. %esus] Singdom parables as metaphorical stories a challenge to a

    con'entional Yorld'ieY. DisponE'el em

    [email protected](+2/)modresourcecontent1%esusU+1XingdomU+1Parables.pdf

    (2 XistemaSer$ Kimon %. !s parabolas de %esus. 0>P$ (//+. p. \'7\'ii

    ()Xaiser$%r$ Zalter 0.$ Kil'a MoisCs. Introdu,&o ermenutica Eblica. >ditora 0ultura 0rist&$ +11/.p.(1*7(1-.

    11= J#)&) # () *('43,5() ., R#$,

    !s parbolas de %esus d&o uma nfase muito importante ideia do 4Reino de Deus5.

    Keus ensinamentos sobre o Reino eram geralmente o centro de sua mensagem. ! pala'ra

    grega$ basileia$ significa$ o reino real de Deus$ aparece mais de cem 'e@es nos >'angelhos

    (*

    .>m Mateus ( encontra7se uma colet9nea de parbolas :ue fa@em alus&o ao Reino$ s&o

    elas ! parbola do )#/#(.,'6Mt (.(7+8$ ., >,$, 6Mt (. +2718A do 6', .# /,)%('.(

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    (1

    6Mt (.(7+8A a parbola ., ;#'/#%,6Mt (.8A do %#),&', #)8,.$.,6Mt (.228A a .(

    *?',5( 6Mt (.2)72*8 e a parbola .( '#.#6Mt (.2-7)18. 0ada uma destas parbolas de

    %esus ilustra algum aspecto do Reino(-. >sse Reino C anunciado :uando se prega o >'angelho$

    esse detalhe sutil n&o passou despercebido por aileW$ MarS no seu artigo The doctrine of the

    Singdom in MattheY (.

    aileW obser'a :ue #ucas em ?.(( chama a semente de 4*(5(+'( .# D#&)5$Mateus

    apropriadamente refere a ela como 4a pala'ra do Reino5 6Mt (.(/8$ ou seFa$ destaca$ aileW$

    4 a boa notEcia de Deus5. ! boa notEcia C :ue Deus agiu por meio de %esus 0risto para oferecer

    a reden,&o para a humanidade e para derrotar todos os inimigos :ue estariam no caminho de

    %esus(?. Para aileW dois lEderes espirituais s&o re'elados em Mateus ( como concorrentes

    por influncia no mundo o Vilho do omem e Katans. O diabo como inimigo e seus filhos 6oFoio8$ os :uais est&o mascarados como filhos de Deus$ s&o a:ueles :ue se interp=em no

    caminho de %esus buscando impedir :ue ele seFa reconhecido como Rei pelo mundo. aileW

    ainda destaca :ue o Foio :ue representa a religiosidade disfar,ada sempre foi uma das tticas

    do inimigo do Reino de Deus(/.

    (*

    Michelsen$ !. erSeleW$ MicSelsen$ !l'era M. 0omo entender a Eblia. >ditora Beogrfica$ +1(1. p.(((.(-Ibidem.(?aileW$ MarS #. The doctrine of the Xingdom in MattheY (. DisponE'el

    [email protected](+2/*modresourcecontent1aileW?7XingdomMat(7K.pdf(/Ibidem.

    !lis$ na parbola do Foio 6Mt (.+2718$ :ue pertence a colet9nea das parbolas do Reino$

    %esus est ensinando :ue o Reino de Deus est presente$ mas ainda n&o C absoluto. >ssa C a

    ra@&o pela :ual o Foio n&o pode ser arrancado no presente$ mas ser no futuro$ :uando o Reino

    atingir sua plenitude 6'ersos 2(728.

    "as parbolas de Mateus ( %esus apresentou ensinos peculiares e profundos acerca do

    Reino$ os :uais cobrem um perEodo de tempo :ue 'ai desde a sua reFei,&o pelos Fudeus atC a

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    ((

    sua segunda Qinda. m resumo do significado dessas parbolas correlacionado ao Reino de

    Deus seria o seguinte

    "a parbola do semeador %esus retrata o mundo como sendo o palco do conflito entre

    ele e Katans$ e entre os filhos do maligno e os filhos do Reino. "a parbola da semente de

    mostarda e do fermento %esus ensina acerca do crescimento do Reino. "as parbolas do

    tesouro escondido e da pCrola ele aponta para a singularidade e grande@a do Reino$ as :uais

    esta'am representadas no pr3prio %esus. "a parbola da rede ocorre uma referncia ao FuE@o$

    ocasi&o em :ue o Reino estar em sua plenitude no uni'erso.

    0onclus&o

    !o final desse bre'e ensaio conclui7se :ue o Reino de Deus anunciado por %esus era real e

    presente em seu ministCrio$ contudo$ sua forma plena se dar em uma realidade futura. Muitos

    aspectos desse Reino foram re'elados por %esus por meio de parbolas. Por exemplo$ nas

    parbolas da mostarda e do fermento$ ele ensinou :ue o Reino se inicia no mundo :uase :ue

    imperceptE'el$ mas :ue no futuro tomaria propor,=es surpreendentes.

    Por fim$ C preciso reconhecer :ue h ainda muito debate acerca do conceito Reino deDeus$ contudo$ C opini&o desta pes:uisa$ :ue :ual:uer :ue seFa o lado :ue o pndulo dos

    debates acerca desse assunto for$ de'er passar por %esus. Pois n&o existe Reino de Deus sem

    o 0risto.

    R#;#'78$()

    aileW$ MarS #. T9# .,8%'$# ,; %9# K$6.,/ $ M(%%9#@ 1=. DisponE'el

    [email protected](+2/*modresourcecontent1aileW?7

    XingdomMat(7K.pdf

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    Xaiser$%r$ Zalter 0.$ Kil'a MoisCs. I%',.&, H#'/#7&%$8( B35$8(. >ditora 0ultura

    0rist&$ +11/.p.(1*.

    XistemaSer$ Kimon %. A) *('(3,5() .# J#)&). 0>P$ (//+. p. \'7\'ii

    #add$Beorge >ldon. T#,5,6$( ., N,+, T#)%(/#%,. agnos$+11.

    #ouY$ %ohannes$ "ida >ugene. L?$8, G'#6,-P,'%&6&7) ., N,+, T#)%(/#%,. K$

    +1(.p.)1.

    Michelsen$ !. erSeleW$ MicSelsen$ !l'era M. C,/, #%#.#' ( B35$(. >ditora Beogrfica$+1(1.

    "umes$ #eonardo Bodinho. A *('43,5( ., )#/#(.,' , E+(6#59, .# M(%#&). DisponE'el

    em [email protected](+/-+modresourcecontent1!U+1Parabola

    UdoU+1semeadorU+1emU+1Mateus.pdf

    Reinstorf$ Dieter$ !arde$ !ndries Qan. J#)&) $6.,/ *('(35#) () /#%(*9,'$8(5 )%,'$#)F (

    89(55#6# %, ( 8,+#%$,(5 @,'5.+$#@. DisponE'el em

    [email protected](+2/)modresourcecontent1%esus

    U+1XingdomU+1Parables.pdf

    QirSler$ enrW. H#'/#7&%$8( (+((.(. >ditora Qida$+11-.p.(+)