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A revista Atuante é uma publicação do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e PradópolisRua XI de Agosto, 361 - Campos Elíseos Ribeirão Preto - Fone (16) 3977 8100

Facebook: fb.com/sindicatoservidoresmunicipais.ribeiraopreto | WhatsApp: (16) 98158-0366Presidente: Laerte Carlos Augusto | Coordenação do Departamento de Comunicação: Luiz A. de Moraes Júnior (MTB 44.345)

Jornalista: Jessica Ribeiro (MTB 79.662) | Diagramação: Ney Tosca | Tiragem: 15.000 exemplares

2 Atuante

Por Laerte Carlos Augusto

niversário é sempre uma boaoportunidade para avaliar nos-

sos feitos e nossos desafios. Comotodo balanço, recomenda-se a pre-caução do entusiasmo, mas acon-selha-se sempre a confiança em es-perar um amanhã diferente, melhor.No aniversário de 162 anos de Ri-beirão Preto, é preciso uma visãocrítica da história que todos ajuda-mos a construir. Mas, ao mesmotempo, é preciso um olhar genero-so diante de nossos anseios.

Maior cidade da nossa região euma das gigantes do estado de SãoPaulo, Ribeirão Preto mantém suasraízes de comércio e prestação deserviços pujantes, com um parque

industrial com peculiaridades únicase inovadoras. Ainda é uma cidadecom todas as condições exigidaspara acomodar aqueles que buscamo melhor destino para desenvolverprojetos, eventos e negócios.

Os ribeirão-pretanos mais anti-gos e a história da nossa cidade re-gistram a importância do serviçopúblico municipal, que sempre es-teve no centro das atenções daque-les que procuram amparo e instru-mentos para fazer a cidade crescere crescerem com a cidade. O servi-dor público municipal de RibeirãoPreto é peça chave deste processo.Nossos trabalhadores são exemplosde dedicação, civilidade, capacida-de e de acolhimento, apesar do re-corrente descaso de vários governoscom eles próprios e com o serviçopúblico.

Num passado, relativamente dis-tante, foram poucos os municípiospaulistas que associaram o cresci-mento e o desenvolvimento da cida-de com o fortalecimento do serviçopúblico. Ribeirão Preto foi um des-tes poucos municípios que tiveramuma visão avançada. Ainda percebe-mos a presença do legado desta es-colha adotada no passado. Pena queessa visão e esta escolha foi sucessi-vamente sendo negligenciada.

A Ribeirão Preto que se apresen-tou ao mundo e encanta pessoas atéhoje, reconhecida como um Muni-cípio empreendedor, alegre, hospi-taleiro, do qual os visitantes se des-

pedem com vontade de voltar, éuma Ribeirão Preto que valoriza oserviço público. Críticos de visãocurta e pessimistas não conseguemcompreender que só com um servi-ço público de qualida-de, valoriza-do, universal e eficiente, nossa ci-dade conseguirá avançar e superaros seus desafios.

Alguns poucos ainda procuramutilizar as dificuldades e graves ca-rências que enfrentamos na áreapública para propor a liquidaçãototal do serviço público. A receitaque propõe, como terceirizações edesmonte do serviço público, dimi-nui ainda mais a capacidade de Ri-beirão Preto para identificar, enfren-tar e vencer grandes desafios.

Em tempos de intenso debatesobre o papel essencial do serviçopúblico para o desenvolvimento, ocrescimento, a proteção e o bemestar da sociedade, o Sindicato dosServidores Municipais continuarásua missão de fonte legítima de pro-teção e luta dos servidores e canalde relacionamento com a socieda-de . No mês do aniversário de Ri-beirão Preto, os servidores munici-pais de nossa cidade e a diretoriado Sindicato dos Servidores, reno-vam o compromisso de lutarmos poruma cidade mais justa, mais huma-na e mais desenvolvida. Anseio esteque só poderá ser alcançado pelocaminho da valorização, ampliaçãoe fortalecimento do serviço públicomunicipal.

Parabéns, Ribeirão!

Presidente doSindicato dos

ServidoresMunicipais de

Ribeirão Preto,Guatapará e

Pradópolis

A

Atuante 3

em investimentos e sem repo-sição de servidores, o funcio-

namento do serviço público muni-cipal vem sendo obtido por meiodo esforço e a custa da saúde dosseus servidores. E qual é a recom-pensa que o Governo quer dar aosseus trabalhadores por este zelo eempenho? Segundo a atual supe-rintendente do Sassom, Maria Re-gina Ricardo, a retribuição do Go-verno virá através de aumentos nodesconto do Sassom muito acimado último reajuste salarial e da in-flação.

Em reunião com a superinten-dente do Sasson, a direção do Sin-dicato dos Servidores deixou claroque esse aumento pretendido é ain-da mais difícil de aceitar por quererser aplicado por um Município quese mostra tão rico, que opera no azule é responsável por tantos adoeci-mentos resultantes do estresse e doassédio moral característicos dassuas condições de trabalho.

Durante a reunião, Laerte CarlosAugusto, presidente do Sindicato,afirmou que “se as condições de tra-balho fossem menos massacrantes,os servidores municipais talvez nãoseriam obrigados a acionar os ser-viços do Sassom com frequência. Dequalquer forma, não há justificativapara o aumento, partindo de umserviço que opera no azul, com lu-cro”.

O servidor Gaspar Marcelino, di-retor do Sindicato e que representaa entidade no Conselho do SASSOMestá indignado com a intenção dereajuste do Sasson muito acima dainflação. O conselheiro comprovouque o Sassom não é deficitário.”Porque então a intenção de aumentar

a contribuição dos servidores se oSASSOM está no azul ? A única ex-plicação é que o atual Governo se-gue empenhado em dificultar direi-to dos servidores a saúde”.

No vale-tudo para aumentar odesconto do Sassom apenas para ostrabalhadores, o Governo não des-carta usar campanhas em rádio eTVs para convencer os servidores deque o aumento é necessário para oSassom não quebrar. Segundo a atu-al superintendente do órgão, a mai-oria dos conselheiros do Sasson játeria aderido a propaganda e a teseenganosa do Governo.

A direção do Sindicato dos Ser-vidores Municipais acredita que aatual superintendente do Sassonestá equivocada em relação aaprovação pela maioria dos Con-selheiros do Sassom do aumento

acima da inflação e do reajustesalarial. Entrar na Justiça é uma dasalternativas para barrar o aumen-to excessivo e não autorizado pe-los servidores. “O Sindicato é bemrepresentado no Conselho do Sas-som e eu não tenho porque pre-sumir que os demais conselheirosaceitariam um aumento absurdoimposto pelo Governo. Não há jus-tif icativa em linguagem clara eacessível que comprove a neces-sidade de tal aumento. Se houvernecessidade de ação judicial con-tra o aumento abusivo, quero queseja também analisada aspectos daresponsabilidade de quem impôsou autorizou tal aumento em di-versos âmbitos do Direito, quaissejam: civil, administrativo, penale tributário” garantiu o presidentedo Sindicato.

Governo quer impor aumentoabusivo no Sassom

Aumento do desconto bem acima da inflação e do último reajuste salarial,mesmo sem justificativas claras e acessíveis, teria apoio da maioria dos conselheiros,

afirmou a atual superintendente do Sassom.

S

Direção do Sindicato cobrou explicações da superintendente do Sassom

4 Atuante

Sindicato dos Servidores Munici-pais de Ribeirão Preto, Guataparáe Pradópolis recebeu no dia 26

abril centenas de trabalhadores que vi-eram à sede da entidade para votar nopleito destinado a escolha dos novosdiretores de base das seccionais. Os elei-tos atuarão no biênio 2018-2020.

A cada dois anos os servidores filia-dos ao Sindicato têm a oportunidadede eleger seus representantes dentrodos locais de trabalho, também de secandidatar às vagas. Prevista em esta-tuto, a eleição de diretores de base éuma forma democrática de reafirmar aluta do trabalhador e da direção do Sin-dicato em favor dos direitos da catego-ria nos espaços onde os servidores es-tão.

“A eleição fortalece a luta e a demo-cracia no Sindicato. A direção de base éo que alimenta as ações da entidade emdefesa dos direitos dos servidores mu-nicipais, pois é na base que surgem asnecessidades da categoria”, disse o pre-

sidente do Sindicato, Laerte Carlos Au-gusto.

“Foram dezenas de inscritos paraocupar um cargo que é de vital impor-

Servidores escolheram

diretores de base que atuarão

no biênio 2018-2020Trabalhadores puderam votar durante todo o dia e conheceram os eleitos no fim da tarde

tância para a atuação da entidade. Odiretor de base é representante da ca-tegoria dentro do local de trabalho, eleé a ponte entre entidade e trabalhador”,ressalta a diretora do Sindicato CláudiaTorres.

No pleito foram conhecidos titula-res e suplentes para cada departamen-to. Seccionais maiores, como Saúde eEducação, puderam escolher os repre-sentantes por região da cidade.

Processo democráticoe transparente

O pleito foi acompanhado por umaComissão Eleitoral composta pelo ad-vogado Paulo Cristino da Silva e os di-rigentes da Federação dos Sindicatosdos Servidores Públicos Municipais doEstado de São Paulo (Fesspmesp) Ra-fael Moreira Ribeiro e Aparecido Fer-reira.

“Cuidamos para que tudo fosse rea-lizado conforme determina o estatutoda entidade, desde o processo de ins-crição até os prazos a serem cumpridos.Os interessados em se candidatar tive-ram todo suporte, assim como os elei-

Composição da Comissão Eleitoral. Da esquerda paraa direita - Paulo Cristino, Rafael Moreira e Aparecido Ferreira

Servidores votaram na sede do Sindicato

O

Atuante 5

Confira a lista dos titulares eleitos

tores”, explicou Ferreira.Para as seccionais que atenderão a

cidade de Ribeirão Preto as urnas fo-ram disponibilizadas de forma individualna sede do Sindicato, no caso de Gua-tapará e Pradópolis os servidores pu-deram votar nas subsedes da entidade.O processo de votação foi aberto às 08he encerrado pontualmente às 17h. “Oprocesso todo foi realizado de formaordenada e íntegra, o trabalhador tevea oportunidade de vir até a urna e mos-trar através do voto sua vontade. Mais

uma vez a democracia vence”, disse Ra-fael.

A apuração ocorreu na sede da en-tidade à partir das 17h30, com a pre-sença da Comissão Eleitoral, diretoria ecoordenadores de base do Sindicato eservidores candidatos. “Todo o trâmiteocorreu de forma tranquila, respeitan-do o regimento estabelecido pelo esta-tuto. A contagem de votos também ca-minhou sem incidentes e felizmentepudemos conhecer os novos escolhidospara representar os servidores”, afirmou

o presidente da Comissão, Paulo Cristi-no.

Com todas as urnas abertas e os re-sultados já conhecidos, o presidente daentidade empossou oficialmente osnovos eleitos. “Quero dizer da minhafelicidade em tê-los em nosso time,agradecemos imensamente aos direto-res da gestão anterior e damos as boasvindas a quem chega agora. Ter gentenova na casa ajuda a oxigenar e reno-var as ideias, e mais do que isso, reforçaainda mais a luta”, finalizou Laerte.

Seccional da Saúde, Sassom e IPM

Aparecido Candido da Silva

Jose Dos Reis Silva

Terezinha Cretucci

Paulo Cesar de Souza

Antonio Carlos da Silva

Seccional da Educação

Região Norte

Maria Giuntini

Rosa Maria Zocarato

Maria Lidia Braiz da Silva

Região Oeste

Sandra Aparecida Leonicini

Renata Carla Sarmento de Almeida Silva

Solange Maximo Cavalcante

Região Leste

Iara Gonçalves Ferreira

Roberta Bieli Pereira

Região Central

Eu Nice Aparecida Pereira

Daniela Aparecida Polin

Seccional de Infraestrutura,

Meio Ambiente e Obras Públicas

Paulo Fernando Coutinho

Rilton Alberto da Silva

Alexadre de Souza Francisco

Jorge Luis Pinheiro

Seccional do Daerp

Luciano Nogueira Ribeiro

Antonio Caetano Alves

Abner Fernando Santana

Mauro Hipolito da Silva

Antonio Sergio Oliveira

Seccional da FAP

Regina Helena Bieli Pereira

Maria Sonia Soares de Oliveira

Alexandre Wagner Bera

Maria Do Carmo Fialho

Milton Cesar Victal

Seccional da Assistência Social

Paulo Roberto Jaime

Alzira Aparecida

Araceles Sanches Dias

Mario Alberto Nogueira

Seccional da Guarda Civil Municipal

Carlos Alberto Domingos

Cleiton Francisco de Oliveira Vieira

Stelio Manoel Correa da Fonseca

André Luis da Silva Santana

Oswaldo Cellani Junior

Seccional do Controle de Endemias

Marcelo Botelho de Sá

Maria Francisca da Cruz Oliveira

Regina Celia Marteli Felicio

Robiney Jacinto

Alexandra Rodrigues Muribayashi

das Neves

Seccional da Saúde

Região Central

Ademilson Paulo de Souza

Rodrigo Dellava

José da Luz Silva

Região Norte

Isabel Tozetti

Marcia Hyppolito da Silva

Simone Ferreira de Meneses

Região Oeste

Celia Maria Ribeiro

Flaviana Fernandes Martins

Neusa Maria Vitor

Rosemary Gomes Simões

Região Leste

Mirela Dias Barreiros

Mara Fernanda Gomes Penetra

Lilian Renata Coutinho

Região Sul

Marcio Marchesi Ramazzoto

Seccional Guatapará

Wagner Costa de Olveira

André Luis Nascimento Pereira

Antonio Marcos Emidio

Ronaldo Cleber Gonçalves

Solange Aparecida Gonçalves

Seccional Pradópolis

Antonio Carlos Campos Rossi

6 Atuante

Diretoria do Sindicato dos Servi-dores Municipais participou daaudiência pública realizada na

noite de 9 de maio, na Câmara Munici-pal, e apresentou emendas ao projetodo executivo que dispõe sobre as dire-trizes orçamentárias para o exercício de2019, da Lei de Diretrizes Orçamentári-as (LDO). Como o projeto original doGoverno não continha uma previsão derecomposição salarial dos trabalhado-res, o vice-presidente do Sindicato, Ale-xandre Pastova, incluiu uma emendaprevê o aumento dos trabalhadores no

Diretoria do Sindicato faz emenda à

Lei de Diretrizes Orçamentáriaque prevê reajuste dos servidores para 2019

O projeto original do Governo não previa o aumento salarial para os servidores municipais em 2019

ano de 2019.“Como o Governo apresenta um pro-

jeto tão importante para a Câmara Mu-nicipal sem a previsão de recomposiçãosalarial dos servidores? O projeto prevêuma orçamento de mais de R$ 3,2 bi-lhões, um valor estimado em mais de 8%superior à receita aprovada para 2018,entre administração direta e indireta,mas em nenhum momento cita a valo-rização dos trabalhadores. Estamos aten-tos e fizemos a emenda com a previsãode recomposição dos salários dos servi-dores”, ressalta Pastova.

A segunda emenda apresentadapela diretoria do Sindicato diz respei-to à previsão das alterações de níveisdos servidores através do Plano deCargos, Carreiras e Salários. O diretordo Sindicato, Célio Aparecido Costa,que fez a sugestão para a inclusão daemenda na LDO, afirma que “este tipode situação poderia ser evitada, desdeque o Governo faça sua tarefa de casa.“A administração sabe que terá de fa-zer as avaliações e, consequentemen-te, as mudanças de níveis, então porque não fazer a previsão na LDO? Não

A

tendendo a uma ação do Sindica-to dos Servidores em defesa dodireito de seus filiados, a Justiça

determinou que os dias de afastamen-to de licença para tratamento de saúdedos servidores públicos municipais nãopoderão ser descontados da contagemdo período de efetivo exercício munici-pal para fins de evolução funcional nacarreira de que tratam a LCM nº 2515/2012 e o Decreto nº 102/2015 (PCCS).A decisão é da juíza da 1a Vara da Fa-zenda Pública, Mayra Callegari Gomesde Almeida, atende a pedido do Sindi-cato formulado em ação coletiva apre-

JURÍDICO EM AÇÃO

Sindicato obtém nova vitória na Justiça e licença saúde

deve ser computada como dias trabalhados

A

Departamento jurídico do Sindicato movimentadiversas ações em prol dos servidores municipais

sentada pelo Departamento Jurídico daentidade e vale para a administraçãodireta e indireta.

Segundo a decisão judicial, ”preju-dicar o servidor que esteve em gozo delicença saúde em sua remuneração ouno processo de evolução funcional, nãoé constitucional”. Ainda segundo ajuíza ”a licença médica não autoriza aredução da pontuação dos servidoresmunicipais para o processo de evoluçãofuncional, pois estes estiveram, justifica-damente, afastados de suas funções, jus-tamente por estarem em tratamento desaúde”.

A decisão judicial favorável aopedido do Departamento Jurídicodo Sindicato determina que ”deveser garantido àquele que estiverafastado por licença-saúde partici-par do processo de evolução funci-onal (promoção/pregressão), semser prejudicado por ter estado afas-tado de suas funções em razão degozo de licença saúde”.

Para Laerte Carlos Augusto,presidente do Sindicato dos Servi-dores, a decisão da juíza da Primei-ra Vara da Fazenda Pública resta-belece o direito constitucional a

saúde e a valorização do trabalho. ” Estanova vitória dos servidores, da nossa en-tidade e do nosso Departamento Jurídi-co surge em momento ímpar da históriabrasileira, num momento onde a alta ex-ploração dos trabalhadores, a flexibili-zação de direitos trabalhistas e o desres-peito a princípios constitucionais está namoda. É uma decisão que fortalece o res-peito aos direitos dos servidores num mo-mento de crise e de ataques a direitos” afirmou o presidente do Sindicato.

Regina Márcia Fernandes, coordena-dora do Departamento Jurídico do Sin-dicato dos Servidores afirmou que ”adecisão judicial reconhece as garantiaslegais e constitucionais de se preservar eassegurar o direito a saúde do servidor ,que condiz com a dignidade e a valori-zação do trabalho”.

“Esta nova ação surgiu da necessida-de de valorização e preservação do di-reito a saúde. A Lei Complementar Mu-nicipal nº 2.515/2012 prejudicava a evo-lução funcional na carreira dos servido-res que se afastaram por licença saúde,computando como dias trabalhados ape-nas aqueles que envolvessem internaçãohospitalar e intervenções cirúrgicas”, ex-plica Regina Márcia.

Atuante 7

Sindicato dos Servidores conquis-tou mais uma expressiva vitóriacontra a Prefeitura, que terá de

desembolsar mais de R$ 10,8 milhõespor conta de um acordo assinado noano passado entre a Guarda Civil Muni-cipal (GCM) e a entidade que represen-ta os trabalhadores que abrangia váriositens, entre eles a incidência dos adici-onais “sexta-parte” e “quinquênio” so-bre o prêmio-incentivo.

Porém, o jurídico da GCM ingres-sou na Justiça na tentativa de desfazero acordo de 2017, mas a decisão do juizReginaldo Siqueira, da 1ª Vara da Fa-zenda Pública, homologou o contrato.Como a Guarda Civil Municipal nãoapresentou recurso no prazo determi-nado judicialmente, a decisão transitouem julgado, e agora resta à prefeituraapenas pagar o valor da ação.

Em sua decisão, o juiz destaca que“embora no acórdão que declarou a in-constitucionalidade do prêmio-incenti-vo tenha constado expressamente que,sem modular os efeitos, a decisão teriaefeito ‘ex tunc’, não alcançando apenasos servidores que já receberam a verbade boa-fé, a melhor interpretação émesmo no sentido de que também nãoatinge os casos individuais já com trân-sito em julgado em que a Fazenda foi

condenada apagar o adici-onal”.

Ainda se-gundo o ma-gistrado, “éque, nos ter-mos do artigo525, § 12, doCódigo deProcesso Civil,e em obedi-ência ao dis-posto no arti-go 5º, incisoXXXVI, daConstituiçãoFederal, aobrigação re-conhecida emtítulo executivo judicial torna-se inexi-gível apenas quando fundado em lei ouato normativo considera-do inconstitu-cional pelo Supre-mo Tribunal Federal”.

Na decisão, o juiz homologa o acor-do de 2017: “Assim, não é o caso deexclusão do adianta-mento do prêmioincentivo da base de cálculo dos adici-onais, motivo pelo qual homologo oacordo firmado às folhas 8.241/8.242,fixando o valor da execução em R$10.803.759,76 (data-base fevereiro/

Sindicato vence ação de mais de R$ 10 milhõesem favor dos Guardas Civis Municipais

2017)”.“A nossa expectativa é que a dívida

seja paga por meio de títulos precatóri-os e a estimativa da entidade é que, comjuros, o valor ultrapasse a casa dos R$11 milhões e se entrar na previsão or-çamentária deste ano, será quitada em2019. Como a GCM tem pouco mais de200 integrantes, o valor médio deve fi-car em mais de R$ 50 mil por servidor”,afirma o GCM e vice-presidente do Sin-dicato, Alexandre Pastova.

existe explicação! Participamos da au-diência pública e fizemos a sugestãode que este ponto importantíssimoconste na previsão orçamentária do

ano de 2019”, comenta Célio.“O projeto da LDO é de extrema im-

portância para a cidade. Por isso o Sin-dicato esteve presente e fez com que nele

conste pontos relevantes para o servido-res. Esse projeto que estabelece metas degastos do erário servirá para a elabora-ção da Lei Orçamentária Anual (LOA),que vai ditar onde o orçamento de Ri-beirão será investido no próximo ano. Enada mais justo que os trabalhadoresestejam inseridos nele”, finaliza o presi-dente do Sindicato, Laerte Carlos Au-gusto.

LDOA Lei de Diretrizes Orçamentárias

define metas e prioridades do governo,ou seja, as obras e serviços mais impor-tantes a serem realizados no ano se-guinte. Também estabelece as regrasque deverão ser observadas na formu-lação do Projeto de Lei OrçamentáriaAnual pelo Poder Executivo, na sua dis-cussão, votação e aprovação pelo Le-gislativo.Diretoria do Sindicato participou da audiência pública da LDO

O

Como a Guarda Civil Municipal não apresentou recurso no prazo determi-nado judicialmente, agora resta à prefeitura apenas pagar o valor da ação

8 Atuante

s reuniões setoriais entre Sindica-to dos Servidores Municipais eGoverno de Ribeirão Preto para

tratar itens da pauta de reivindicaçõesespecífica de cada local começaram noúltimo dia 24 de maio. Programadospara ocorrer até o dia 05 de julho, osencontros têm sido bastante produtivose contado com a presença da diretoriada entidade e servidores parte da Co-missão de Negociação.

Após a assinatura do acordo coleti-vo de trabalho que assegurou aos ser-vidores reajuste de 2,5% nos salários,vale-alimentação e cesta nutricional dosaposentados, chegou a hora de discutircondições dos locais de trabalho e de-

mais itens que não mexem no bolso dogoverno, mas fazem uma imensa dife-rença na vida do trabalhador. Apesar daassinatura do documento em 25 deabril, o cronograma de reuniões paradebater os demais pontos foi encami-nhado ao Sindicato pelo governo so-mente no dia 16 de maio.

Além dos tópicos específ icos decada secretaria, a pauta de reivindica-ções possui também 33 itens gerais queatendem a todos os servidores. Essestambém devem ser discutidos em reu-niões ao longo das próximas semanas.

O primeiro encontro entre adminis-tração e Sindicato começou tratando

Reuniões setoriais tiveram início

no dia 24 de maio e seguem até 05 de julhoSindicato tem participado de discussões e conversado com administração

sobre itens não econômicos da data-base

sobre os trabalha-dores das secreta-rias da Administra-ção, Infraestrutura,Obras Públicas eMeio Ambiente.Com a presençado coordenadorde cada seccional,as discussões fo-ram iniciadas e ogoverno se mos-trou disposto a di-alogar. Na semanaseguinte a conver-sa foi com a supe-rintendência da

Guarda Civil Mu-nicipal, onde osprincipais pontosde discussão fo-ram a necessida-de de investimen-to em equipa-mento de traba-lho e ainda o Pla-no de CargosOperacionais, de-sejo antigo dosservidores da au-tarquia.

“Em cada umadas reuniões te-mos discutido

item por itemexaustivamente,cada um dos tópi-cos é importante enecessário. Enten-demos que adata-base vai mui-to além do reajus-te f inanceiro, étambém sobremelhores condi-ções de trabalho,investimento emequipamento, ca-pacitação, estru-tura e ainda con-

tratação de mais servidores para a com-posição do quadro”, afirmou Laerte Car-los Augusto, presidente do Sindicato.

A última reunião ocorrida antes dapublicação deste jornal foi com repre-sentantes da secretaria de AssistênciaSocial, onde a discussão girou predo-minantemente sobre urgência em pro-ver segurança para todo os locais detrabalho e equipamentos da Semas, sejaela por meio de agentes de segurançaou da GCM.

“Durante o período de paralisaçõesouvimos dos servidores pedidos deses-perados por atenção aos locais de tra-balho, relatos sobre a falta de materiaisbásicos e principalmente a falta de se-

A

Reuniões setoriais estão acontecendo e se estenderãoaté o mês de julho

Direção do Sindicato debate assuntos daSecretaria de Assistência Social

Guarda Municipal já iniciou os debates com os servidores

Atuante 9

Centro Administrativo da Prefei-tura Municipal, uma cobrança an-tiga do Sindicato dos Servidores,

parece finalmente estar tomando for-ma no município de Ribeirão Preto. Natarde do dia 9 de maio o secretário doPlanejamento, Edsom Ortega Marques,recebeu uma comissão formada por di-retores do Sindicato para apresentar for-malmente a Minuta do Termo de Refe-rência relativa ao projeto.

Há anos a entidade que defende osservidores municipais tem batido natecla de que a criação do complexo éinevitável para o município. Visandoenfim tirá-lo do papel, a administraçãotem se movimentado para que as obrascomecem. Representando o Sindicatoestiveram presentes na reunião Alexan-dre Pastova, Donizeti Barbosa, ValdirAvelino, Debora Alessandra, ClaudiaTorres, Israel Marchiori e Geovani Mar-tins.

O espaço escolhido para abrigar oconjunto é um terreno de 106.000,00m²localizado na avenida Cavalheiro Pas-choal Innecchi, ao lado do Quartel daPolícia Militar. Conforme detalhes daminuta, o espaço deve ser projetadoconsiderando o emprego de cerca de2.200 servidores e melhores condiçõesde trabalho para esses. “O projeto ébastante ousado e promete benfeitori-as que modificarão positivamente a for-ma de gestão do município, o dia a diado servidor e o cuidado com a popula-

Sindicato participa de reunião para discutir

Centro AdministrativoSecretário do Planejamento apresentou projeto à comissão de diretores da entidade

Governo apresentou o projeto do Centro Administrativopara a direção do Sindicato

Oção. Fala em funciona-lidade e sustentabili-dade, além da unifica-ção dos serviços”, des-tacou Donizeti Barbo-sa, vice-presidente daentidade.

“A implantação deum Centro Adminis-trativo tem sido me-dida adotada pormuitos municípiosBrasil afora como for-ma de centralizar to-dos os serviços deresponsabilidade daprefeitura, em Ribeirão Preto estarãoreunidos órgãos tanto da administra-ção direta, quanto indireta”, comentaClaudia Torres.

“A criação de um complexo queagregue todos os serviços prestadospela administração tem se mostradouma necessidade cada vez maior paranossa cidade. Ficamos felizes em termossido chamados para discutir o projeto eseguiremos acompanhando cada fasedele”, afirmou Valdir Avelino, diretor doSindicato.

“O estabelecimento de um CentroAdministrativo, caso saia do papel exa-tamente como nos foi apresentado, éum avanço e tanto para a vida do servi-dor. Vai muito além de novo espaço fí-sico, mas melhores condições de traba-lho em todos os sentidos”, destacou

Alexandre Pastova, vice-presidente doSindicato.

Para a entidade o projeto vai muitoalém de somente um novo espaço detrabalho para os servidores, propõeeconomia ao município e uma melhorforma de atendimento ao cidadão. “Aimplementação de um Centro Adminis-trativo em Ribeirão Preto se faz maisdo que urgente, hoje o governo arcacom elevados custos administrativos,falta de agilidade na prestação de ser-viços e a insatisfação do trabalhadorrelativa às condições de trabalho emalguns próprios públicos. Somos total-mente favoráveis ao projeto e continu-aremos cobrando para que este saia omais rápido possível do papel”, escla-receu o presidente do Sindicato, Laer-te Carlos Augusto.

gurança nos equipamentos, então te-mos aproveitado esses encontros comos secretários e superintendentes paramostrar o abandono pelo qual o servi-ço público tem passado em nosso mu-nicípio”, explicou o presidente.

Diálogo é fundamentalna negociação

A realização de reuniões setoriaispara a discussão dos itens específicosda pauta foi uma exigência do Sindica-to para a assinatura do acordo coletivo

de trabalho. Os tópicos não econômi-cos tratam sobre questões que pesamdiretamente no dia a dia do servidor enecessitam de discussão coerente eaprofundada.

Desde a negociação econômica oSindicato tem salientado a importânciado diálogo e insistido em manter como governo uma linha aberta e direta deconversa para o debate dos pontoselencados na pauta.

“Engana-se quem pensa que a data-base acaba ao fim da greve ou após a

assinatura do reajuste, o trabalho émuito mais extenso e demanda tempo,paciência e, principalmente, comprome-timento, tanto por parte do governo,quanto por parte da entidade. Estamosfelizes vendo as coisas caminharem, afi-nal o servidor é peça fundamental nofuncionamento de nosso município. Es-peramos que as negociações dos itensespecíficos sigam com bom senso, co-operação e sempre pensando no me-lhor para o trabalhador”, finalizou Laer-te.

10 Atuante

greve de 2018 também entra paraa história de Ribeirão Preto comoa segunda maior já registrada no

município em dias parados e pela mo-bilização da categoria, que mostrouforça e conquistou nas ruas sua recom-posição salarial.

Os meses que antecederam a greveforam pesados para os servidores quevinham de lutas ao lado do Sindicatocontra ataques constantes do Gover-no Municipal. Mesmo com a pauta dereivindicações aprovada pelos traba-lhadores no final de fevereiro, e entre-gue no dia 1º de março ao prefeitoDuarte Nogueira, os gestores perma-neceram inertes até o início de abril,sinalizando a luta que estaria por vir.Com uma assembleia agendada parao final do dia 3, o governo decidiu en-viar uma proposta de reajuste de ape-nas 1,81%, que foi recusada pelos ser-vidores, que também decidiram pelagreve, anunciada para a madrugada dodia 10 de abril. “Depois de mais de ummês de espera, surge uma proposta tãoabaixo da expectativa, era evidente queos trabalhadores recusariam a oferta”,

lembra o presidente do Sindicato, La-erte Carlos Augusto.

1º dia de GreveSuperando todas as expectativas e

frustrando a aposta do Governo (de

que os servidores não entrariam emgreve), as primeiras horas da greve fo-ram surpreendentes. A adesão da ca-tegoria foi rápida e muitos servidoresvieram para a sede do Sindicato embusca do livro ponto e de materiaisfornecidos pela entidade para organi-zação da paralisação. “Foi grande aadesão dos servidores já no início domovimento. O que deixou claro o des-contentamento com a política voltadapara o servidor que foi adotada pelosgestores”, lembra o diretor do Sindica-to, Valdir Avelino.

2º Dia de GreveA adesão dos servidores municipais

à greve aumentou no segundo dia deparalisações. A Comissão de negocia-ção dos servidores municipais esteveno Palácio Rio Branco (sede da prefei-tura) na tarde do dia 11 e cobrou doGoverno Municipal a reabertura docanal de negociação com a categoria.A cobrança surtiu efeito e o Governomarcou para a tarde do dia seguintemais uma rodada de negociação. Di-ante do agendamento de uma novareunião entre as comissões, e a expec-

Greve de 10 dias em Ribeirão Preto

foi determinante para o fortalecimentoda luta e a conquista dos trabalhadores

Presidente do Sindicato critica falta de diálogo do Governo durante a data-base

Presidente do Sindicato conduziu assembleia em frente ao Palácio Rio Branco

A

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tativa dos servidores municipais parauna nova proposta da Prefeitura, umanova assembleia foi marcada para às18h, do dia 12, em frente ao PalácioRio Branco.

“A decisão da comissão de cobrardo Governo uma reunião foi acertada.O encontro foi agendado e existia umaexpectativa de melhora. Para o servi-dores a reabertura do diálogo viriaacompanhada de uma nova propostacondizente com a necessidade dos tra-balhadores, o que não aconteceu”, re-vela a secretária geral do Sindicato, Ja-cira Campelo.

3º Dia de GreveAssim como esperado, o Governo

municipal, depois de mais um dia deprotestos dos trabalhadores, fez umanova proposta de 2,06%, que acabourecusada pela categoria. “A nova pro-posta pouco acrescentou à necessida-de do trabalhador. Era evidente que a

categoria rejeitaria o que foi ofertado”,fala o coordenadora da Seccional daSaúde do Sindicato, Debora Alessan-dra.

4º Dia de GreveO quarto dia da greve municipal

(sexta-feira, 13) foi de muita movimen-tação por parte do servidores munici-pais. Logo pela manhã a categoria de-cidiu pela realização de um protesto emfrente a Prefeitura. O ato teve inicio noSindicato e os servidores marcharamaté o Palácio Rio Branco, paralisando otrânsito durante o trajeto. A mobiliza-ção contou com a participação de cen-tenas de trabalhadores e foi realizadaum dia após os servidores recusarem aproposta de reajuste de 2,06% feitapela administração. Sem uma novaproposta, a categoria decidiu pela con-tinuidade da greve no final de sema-na, completando o 5º e o 6º dia. “Maisuma vez fomos para as ruas e ficou cla-

ra a insatisfação da categoria com otratamento dado a ela pelo Governo.O protesto chamou a atenção da soci-edade para o que estava acontecendo”,disse a coordenadora da Seccional daEducação do Sindicato, Cristiane Gon-çalves.

7º Dia de GreveO sétimo dia da greve dos traba-

lhadores começou com mais um ato naporta do Palácio Rio Branco e teve se-quência com uma passeata pelo cen-tro da cidade até o sede do Daerp, naRua Amador Bueno com a AvenidaFrancisco Junqueira. Ainda no mesmodia, sem uma nova proposta, os servi-dores realizaram mais uma assembleiana sede do Sindicato e votaram pelacontinuidade das paralisações. “Nessedia era nítida a determinação dos ser-vidores. Vimos isso no olhar de cadaum durante a passeata pelo centro. Oservidor mostrou que a luta não era

Motoristas, lojistas e população em geral apoiarampasseata dos servidores pelo centro de Ribeirão Preto

Em reunião na sede do Sindicato, servidores decidirampor manifestação em frente à Prefeitura

Servidores foram pra rua em sinal de protesto contrao descaso do Governo

Trabalhadores pararam o centro de Ribeirão durantepasseata por melhores condições de trabalho

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apenas pela questão financeira, maspelas condições de trabalho e pelo res-peito com os trabalhadores. O Gover-no sentiu o força da categoria”, comen-tou o vice-presidente do Sindicato,Nelson Barbosa.

8º Dia de GreveNo oitavo dia, a decisão dos servi-

dores foi pela realização de um grandeato no Morro do São Bento, onde con-centram-se as Secretarias da Educação,Planejamento, Administração e Obras.Centenas de servidores participaram damanifestação e novamente decidirampela continuidade da greve. Ainda nes-te dia uma grande mobilização aconte-ceu na Câmara Municipal, trabalhado-res reforçavam aos vereadores a impor-tância do apoio da Casa de Leis na ne-gociação. “Foi importantíssima a mani-

festação. Os servidores tiveram a opor-tunidade de expressarem-se no ato eevidenciar a suas insatisfações. Com tan-ta mobilização, era óbvio que a grevecontinuaria”, ressaltou o diretor do Sin-dicato, Wellington Bellinazzi.

9º Dia de GreveO nono dia de paralisações come-

çou com manifestação em frente aoPalácio Rio Branco. Ouvindo o apelo dostrabalhadores, vereadores reuniram-secom o prefeito em caráter de urgênciapara cobrar diálogo e atenção à causa.Ao fim do dia a promessa, vinda do pró-prio prefeito, era de que as comissõesde negociação se reuniriam e uma novaproposta de reajuste salarial seria apre-sentada no dia seguinte. “Mais uma vezmostramos nossa força, a cobrança dosservidores foi bastante importante e

novamente a Casa de Leis se posicio-nou à favor do trabalhador. A participa-ção dos vereadores foi fundamentalpara reabrir o canal de negociação epossibilitar a mudança de postura dogoverno”, destacou Elizete Flosino, di-retora do Sindicato.

10º Dia de GreveO décimo – e último – dia de greve

amanheceu com trabalhadores assinan-do o Livro-Ponto em frente à Secretariade Administração, onde ocorreria a reu-nião entre comissões de negociação. Aconcentração de centenas de servido-res no local parou o trânsito no Morrodo São Bento e serviu, outra vez, parareforçar a união dos trabalhadores. Aofim da tarde e após o recebimento for-mal de uma nova proposta, uma gran-de assembleia foi realizada no Sindica-to e encerrou oficialmente a greve. Foioferecido pelo governo reajuste de 2,5%nos salários, vale-alimentação e cestanutricional dos aposentados, tambémconstava na proposta a regulamentaçãodos atestados médicos de meio perío-do e ainda o pagamento da licença prê-mio, em valor total máximo definidopela prefeitura. Ainda foi negociado eestabelecido que os dias de paralisaçãoseriam descontados e sim repostos pe-los trabalhadores.

“Foi uma luta árdua! Saímos de umaproposta de 0% e chegamos à 2,5% dereajuste. Mostramos para o governo aforça da categoria com mais uma gran-de mobilização dos trabalhadores. Con-tinuamos a agradecer a todos e a todasque fizeram parte de mais este capítuloimportante na história do funcionalis-mo municipal”, afirma o presidente doSindicato, Laerte Carlos Augusto.

Presidente do Sindicato realizou assembleia naCâmara Municipal com os servidores

Plenário da Câmara Municipal ficou pequenopara o número de trabalhadores

Protesto dos servidores lotou a Casa de Leis

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Justiça confirmou legitimidade

da direção do SindicatoDesde o início da campanha de

data-base 2018 o governo se mostrouarredio quanto a negociar com o Sin-dicato dos Servidores Municipais, en-tidade máxima quanto à representa-ção do funcionalismo público de Ri-beirão Preto. Administração se recu-sava a negociar a pauta de reivindi-cações com a entidade, insistindo nãoreconhecer a legitimidade dadireção,mostrando desconhecimentodos fatos. Porém, a atitude antissin-dical foi derrubada pela Justiça atra-vés do juiz federal da 2ª Vara do Tra-balho de Ribeirão Preto, Walney Qua-dros Costa, que, em decisão publica-da em 6 de abril reconheceu como le-gítima a atual diretoria da entidade.

A sentença do magistrado não dei-xou dúvida sobre o efetivo direito detodo o corpo de representantes doSindicato para exercer “todas as fun-ções correlatas” pertinentes de umaentidade sindical, sobretudo no quediz respeito à participação em nego-ciações e realização de acordos e con-venções coletivas de trabalho. “OGoverno usou uma cortina de fuma-ça para não negociar com o Sindica-to. Foi uma tentativa desesperada dequem não queria reconhecer o direi-to dos trabalhadores. Mas a Justiça foipontual e deixou claro que a atitudeda Administração estava equivocada.Foi um momento que marcou a data-base e tudo que já estávamos fazen-do em prol do trabalhador. Uma gran-de vitória da liberdade sindical”, diz opresidente do Sindicato, Laerte Car-los Augusto.

Com reunião entre as comissões de negociação, servidores lotaram afrente da Secretaria de Administração

Categoria reuniu-se em frente ao Palácio Rio Branco emprotesto por melhores salários e condições de trabalho

Servidores aprovaram, por unanimidade, a proposta de reajuste no décimo dia de greve

Categoria lotou a sede do Sindicato durante assembleia geral

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Aldeir CearáDiretor Financeiro do Sindicato“Sem proposta de reajuste, a alternati-va que foi dada aos servidores foi a gre-ve. O Governo Municipal parecia nãoacreditar que os trabalhadores iriampara as ruas e pa-gou caro. Em doisanos de gestão,duas greves queentraram para ahistória de Ribei-rão Preto em nú-mero de dias para-dos e de mobiliza-ção da classe tra-balhadora”.

Carla Cristina VasileCoordenadora da Seccional do Esporte“Foi sem dúvida uma das datas-basesmais difíceis que já enfrentamos em Ri-beirão Preto. Saímos de uma propostade 0 %, para uma recomposição salarial

da inflação e umaumento real de20%. Foram dezdias de luta, garrae determinaçãopor parte de todos.Mais uma vez a ca-tegoria saiu unidadeste embate entregoverno e traba-lhadores”.

Cláudia TorresCoordenadora da Seccional da Cultura“Ficou claro quegoverno nenhumfará o servidor securvar ou ficar ca-lado diante de in-justiças. A catego-ria foi mesmo paraas ruas e cobrou oque era direitodela. Não adiantoua administraçãocriar factoide con-tra a direção do Sindicato para simples-mente não conceder o direito dos tra-balhadores. A Justiça mostrou quemestava com a razão e os servidores con-quistaram sua reposição salarial”.

Cristiane GonçalvesCoordenadora da Seccionalda Educação“A Educação mais uma vez foi para asruas. O que nós ensinamos para os nos-sos alunos no dia a dia, o exercício dacidadania, foi o que levamos para adata-base. Lutamos e saímos com con-quistas importan-tes. Foi uma lutatambém por me-lhores condiçõesde trabalho, paraque possamos ofe-recer mais à popu-lação ribeirão-pre-tana. Foram dedias de luta e umagrande lição de ci-dadania”.

Debora AlessandraCoordenadora da Seccional da Saúde“Com tantos ataques sofridos nos últimostempos, era óbvio que a Saúde iria paraas ruas em busca de nossos direitos. Du-rante a próprio data-base, barramos, na

Justiça, diversas in-vestidas do Gover-no contra o serviçopúblico de qualida-de. A luta contra aterceirização conti-nua, pois a mesmaprejudica os servi-dores e a qualidadedos serviços presta-dos à população”.

Donizeti Aparecido Barbosaprofessor e vice-presidentedo Sindicato“Os servidores de Ribeirão Preto sem-pre foram muito politizados. Sempre

participaram ativa-mente de todos osdebates estabeleci-dos na cidade. Nãoera simplesmenteo Governo vir comdesculpas esfarra-padas e um discur-so vazio de quenão poderia reporas perdas inflacio-

nárias que a categoria se curvaria. Maisuma vez os trabalhadores foram paraas ruas e lutaram por seus direitos. Foiuma luta árdua! E que fique claro quejá estamos nos preparando para o pró-ximo ano”.

Israel Marchiori JúniorCoordenador da Seccional da SEMAS“Desde o início os servidores prezarampelo diálogo. Porém, não foi esse oposicionamento da Administração, quepreferiu ignorar a categoria. A respostaveio em forma de protestos. Paramos ocentro de Ribeirão, mobilizamos a Câ-mara Municipal emostramos, maisuma vez, que uni-dos somos muitofortes. Foi uma lutade todos e para to-dos. Os servidoresestão de parabénspela forma que rei-vindicaram seus di-reitos”.

Jacira CampeloSecretária Geral do Sindicato“Os servidores de Ribeirão Preto sãoexemplo para qualquer município daFederação. Sempre que confrontadospor injustiças e por ataques contra con-quistas histórias a reação é imediata. Foiassim que desenhou-se a data-basedeste ano. O silêncio do governo du-

rante quase todo omês de março,despertou a cate-goria para luta. Abatalha foi bonita emais uma vez ostrabalhadores tive-ram seu direito àrecomposição sa-larial preservado”.

Jorge Ferreira ‘Radim’Coordenador da Seccionaldo DAERP“O Daerp sempre esteve muito forte emtodos os movimentos e a Prefeiturasabe bem disso. Tanto, que assim queos trabalhadores, em assembleia, de-cidiram pela greve, o Governo já havia

Fala Direção

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obtido uma limi-nar contra as para-lisações dos servi-dores da autar-quia. Nos mantive-mos firmes no mo-vimento e ajuda-mos na construçãodas conquistas dostrabalhadores”.

José Arnaldo LeiteCoordenador da Seccionalda Infraestrutura“A Infraestrutura é uma das Secretariasque mais sofrem com a falta de investi-mentos por parte dos governantes. Po-rém, seus servido-res sempre foram(e são) muito uni-dos. Ficamos debraços cruzados emostramos do quesomos capazes. Ainfra estará semprepresente na lutacontra os ataquesfrente à categoriaservidor”.

Josué Lourenço da SilvaCoordenador da Seccionaldo Meio Ambiente“Apesar de todo sucateamento sofridopela Secretaria de Meio Ambiente, osservidores sempre foram muito ativosnos movimentos da categoria. Nesse ano

não foi diferente. Aluta pela recompo-sição salarial e pormelhores condi-ções de trabalho édifícil e sempre iráexistir. Mas estamospreparados e mos-tramos isso duran-te a data-base des-te ano.

Nelson Barbosavice-presidentedo Sindicato“As conquistasdos trabalhadoresde Ribeirão Pretosempre foram for-jadas na luta dacategoria. Não foidiferente este

ano, com a segunda maior greve da his-tória da cidade. Aliás, em menos de umano e meio o atual governo já foi res-ponsável por três greves na cidade. Osservidores municipais deram mais umagrande lição de cidadania. Também éimportante ressaltar que a Câmara Mu-nicipal mais uma vez se posicionou-seao lado do servidor”.

Ricardo PalaveriCoordenador da Seccional da GCM"A pauta de reivindicações da GCM eracompacta, mas com itens extremamen-te relevantes para a categoria. A GuardaMunicipal tem 24 anos e ainda não pos-sui um Plano de Cargo Operacional(PCO), o que dificulta a estruturação or-ganizacional do efetivo. Continuamos odebate com o comando da Guarda paraque nossos direitossejam garantidos eo PCO da Guardaseja criado. A data-base foi importan-te para focarmosnessa discussãocom os gestores eé o que já estamosfazendo nas reuni-ões da seccional.

Alexandre PastovaGuarda Municipal evice-presidente do Sindicato“O Governo usou de várias artimanhaspara desestabilizar o Sindicato e a cate-goria durante a data-base. No entanto,o que os gestores não imaginavam eraque a Justiça foi rápida e posicionou-seprecisamente contra os questionamen-

tos levantados pelaAdministração, eobrigando o Go-verno a dialogarcom o Sindicato ea categoria. Foi ummomento decisivona negociação queuniu ainda mais ostrabalhadores edeterminou a vitó-ria dos servidores.

Valdir AvelinoGuarda Municipal e diretorde sindicalização“Estivemos por diversos momentos con-versando com os vereadores e buscan-do apoio na Casa de Leis. A Câmara Mu-

nicipal sempre seposicionou em fa-vor dos direitosdos trabalhado-res. Neste ano vi-vemos momentosde apreensão,mas com o apoiode todos, saímosde mais uma data-base com a certe-

za de que a luta valeu a pena e que es-tamos preparados para o embate sem-pre que for necessário.

Vilma CruvinelCoordenadora da Seccional do IPM“Assim como em todas as datas-bases,não deixamos os servidores aposenta-dos e os pensionistas de fora da nego-ciação. Praticamente todas as conquis-tas dos servidores da ativa foram tam-bém direcionadas para os que já fize-ram muito por Ribeirão. O exemplo

maior é o reajustedo vale nutricionaldo aposentadosque também foielevado em 2,5%,assim como os sa-lários deles. Nos-sa luta é constan-te por essa cate-goria que dedicousua vida por nos-sa cidade.

Wellington BellinazziCoordenador da Seccionaldo FAP“Travamos uma batalhe de números. OGoverno sempre alegando problemasfinanceiros, contrariando o próprio dis-curso de superávit orçamentário. Mascom trabalho e negociação, consegui-mos sair de uma proposta de 0%, dafalta de diálogo e chegamos ao reajus-te de 2,5%. Foram dez dias de greve quemarcaram adata-base. Nossaluta foi constan-te e está dandosequência nasreuniões setori-ais. Os trabalha-dores têm de semanter unidospara o fortaleci-mento da cate-goria.

Sindicato dos Servidores Munici-pais de Ribeirão Preto, Guataparáe Pradópolis ingressou com pro-

cesso coletivo na Justiça Estadual paraos motoristas da Prefeitura Municipal edo Daerp, visando o correto enquadra-mento destes profissionais no nível cor-respondente ao seu nível inicial de ven-cimento (05.1.07) nas classes subse-quentes para as quais foram promovi-

dos (05.2.07, 05.3.07 ou 05.4.07).O processo contém pedido de limi-

nar para o reconhecimento imediato dodireito. O Departamento Jurídico do Sin-dicato pede também que o Município eo Daerp sejam condenados ao paga-mento das diferenças salariais mensaisdecorrentes da promoção, desde a datada sua efetivação, até a data do efetivocumprimento da obrigação de fazer,com reflexo em todas as verbas salari-ais de direito, tais como férias, 13º salá-rios, Licença Prêmio, e sobre demais gra-tificações/benefícios.

Nesta ação, o Departamento Jurídi-co do Sindicato argumenta que após umlongo período de esforço e dedicação,os motoristas viram seus vencimentosmensais enquadrados no mesmo nívelde vencimento inicial de cargo que temremuneração, atribuições e responsabi-lidades inferiores. Na ação, oSindicato demonstra que a forma dePromoção dos Motoristas, da forma

como foi proce-dida pela Admi-nistração Muni-cipal, desvirtuoua finalidade dalei.

Agentes deFiscalização

O Sindicatodos Servidorestambém acio-nou a Justiçapara garantir oimediato cum-primento doAcordo Coletivofirmado no anode 2016, medi-ante o enqua-

dramento de todos os servidores mu-nicipais que ocupam o cargo de Agen-te de Fiscalização, na carreira “15”. Emdefesa do que foi pactuado no AcordoColetivo de Trabalho, o DepartamentoJurídico do Sindicato pleiteia a mudan-ça da nomenclatura do cargo paraAgente Técnico de Fiscalização.

O Sindicato pede ainda na ação dosagentes de fiscalização, a condenaçãoda Prefeitura ao cumprimento da Obri-gação de Pagar, a todos os Agentes deFiscalização da Administração Direta eIndireta, as diferenças salariais decor-

JURÍDICO EM AÇÃO

Sindicato entra com duas novasações coletivas em defesa dos motoristas

e agentes de fiscalização

Departamento Jurídico do Sindicato acionou a Justiça em defesa do correto enquadramento dosmotoristas e dos agentes de fiscalização da administração direta e indireta da Prefeitura Municipal

rentes do novo enquadramento na car-reira 15, com reflexo em todas as ver-bas de direito, tais 13º salários, férias,licença premio, quinquênios, sexta par-te e demais benefícios/gratif icações,com a incidência de atualização mo-netária e juros de mora, na forma dalei, cujo montante do crédito deverá serapurado em regular execução de sen-tença.

Na ação dos agentes de fiscalização,o Departamento Jurídico do Sindicatodemonstra que a autonomia individualda vontade das partes que assinaram doAcordo Coletivo de Trabalho do ano de2016 foi exercida nos estreitíssimos li-mites permitidos por todo o ordena-mento jurídico brasileiro.

Decisão em ação coletiva valeapenas para sindicalizados

O Plenário do Supremo Tribunal Fe-deral decidiu que os beneficiários dotítulo executivo, nos casos de ação co-letiva proposta por Sindicatos, sãoaqueles filiados à entidade que apresen-tou a ação. No processo analisado, umaentidade dos Servidores da Justiça Fe-deral no Paraná tentou reformar deci-são do Tribunal Regional Federal (TRF)da 4ª Região. O processo tratava depedido de devolução de valores de Im-posto de Renda descontados sobre fé-rias não usufruídas.

Para o TRF, pela Lei nº 9.494, de 1997,os efeitos do julgamento abrangeriamapenas quem, na data em que a açãofoi proposta comprovasse filiação. NoSTF, a maioria acompanhou o voto dorelator, ministro Marco Aurélio, que de-fendeu a filiação prévia. O tema foi jul-gado com repercussão geral e, portan-to, deverá ser seguido pelas demais ins-tâncias da Justiça.

Fortaleça o seu Sindicato e a luta por seus direitos: sindicalize-se!

Presidente do Sindicato conversa com agentes de fiscalização

O