panorama pernambuco - edição 3 - balanço 2014

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INFORMATIVO TRIMESTRAL . Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco - AD Diper NÚMERO 03 . ANO 1 . DEZEMBRO . 2014 Balanço dos investimentos previstos por Setor de Atividade e por Região de Desenvolvimento Geração de empregos prevista em 2014 para todo o Estado Demandas na indústria por matéria-prima e por qualificação profissional

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Page 1: Panorama Pernambuco - Edição 3 - Balanço 2014

pernambuco

INFORMATIVO TRIMESTRAL . Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco - AD Diper

NÚMERO 03 . ANO 1 . DEZEMBRO . 2014

Balanço dos investimentos previstos por Setor de Atividade e por Região de Desenvolvimento

Geração de empregos prevista em 2014 para todo o Estado

Demandas na indústria por matéria-prima e por qualificação profissional

Page 2: Panorama Pernambuco - Edição 3 - Balanço 2014

INFORMATIVO PANORAMA PERNAMBUCOPublicação Trimestral da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco AD DIPER.Tiragem: 2.000 exemplares

Governador do Estado de PernambucoJOãO LyRA NETO

Secretário de Desenvolvimento EconômicoMáRcIO STEfANNI MONTEIRO MORAIS

Diretor Presidente da AD DiperJENNER GuIMARãES DO RêGO

área responsável:DIRETORIA DE SuPORTE ESTRATéGIcO DA AD DIPER

Edição:ASSESSORIA DE cOMuNIcAçãO DA AD DIPER

Diagramação:cLIck cOMuNIcAçãO E DESIGN

Av. Conselheiro Rosa e Silva, 347 - Recife - PE - Brasil - CEP 52.020-220

3 EDITORIAL

4 REPORTAGEM ESPECIAL Por Simone Medeiros6 CENÁRIO ECONÔMICO 8 BALANÇO PRODEPE 2014

11 DEMANDA POR MATÉRIA-PRIMA

14 ARTIGO Por André Freitas e Hugo Borba

Índice

3PANORAMA PERNAMBucO nº3 - Dezembro de 2014

O ano de 2014 encerra um ciclo econômico ex-tremamente positivo para Pernambuco. Isso porque os últimos doze meses apresentaram um recorde de gera-ção de empregos para o interior do Estado: 9,5mil opor-tunidades. Esse resultado nos alegra e nos anima já que desde o início do governo Eduardo Campos nós passa-mos a atuar de forma planejada e focada no desenvolvi-mento do Estado como um todo, do cais ao sertão.

O resultado pode ser notado através das inú-meras fábricas em plena operação em municípios como Carnaíba, Glória do Goitá, Vitória de Santo Antão, Limo-eiro e Goiana. Fechamos o ano com a sensação de dever cumprido: das 12 regiões de desenvolvimento, oito fo-ram contempladas com a chegada de indústrias atraídas por nossa política de incentivos fiscais. Mas ainda falta muito e nosso empenho agora é exatamente levar em-preendimentos para regiões e municípios que ainda não foram contemplados com o desenvolvimento industrial. Através da nossa inteligência empresarial, nossa preo-cupação também é identificar oportunidades e insumos oferecidos pelos municípios pernambucanos para a atração direcionada de investimentos. Além disso, nós investimos na infraestrutura dos nossos 27 distritos in-dustriais espalhados por todo o Estado. Este ano, nós aplicamos recursos da ordem de nove milhões de reais em recuperação de vias, na construção de estradas, na terraplanagem de terrenos e na implantação de siste-mas de drenagem e de subestações de energia elétrica.

Também é importante destacar o trabalho que passamos a desenvolver este ano chamado aftercare. Com uma equipe especializada, a AD Diper agora ofe-

rece assistência às empresas já instaladas. Através do aftercare, nós auxiliamos as empresas na resolução de problemas das mais diversas questões, entre eles mão de obra, infraestrutura e fornecedores.

Sobre esta edição do Panorama, posso adiantar que é bem especial. Esta terceira publicação traz um balanço de todas as demandas apresentadas pelas em-presas interessadas em se instalar em Pernambuco so-mando os números apresentados pelas quatro reuniões do Conselho Estadual de Políticas Industrial, Comercial e de Serviços, o Condic, de 2014. Nesta edição, também trazemos uma reportagem especial sobre o desenvol-vimento de Pernambuco com depoimentos de empre-sários e do Secretário de Desenvolvimento Econômico Márcio Stefanni, um artigo sobre os desafios e a reto-mada do protagonismo regional por pernambuco, e uma reportagem especial destacando o impacto do desen-volvimento em algumas cidades pernambucanas.

Mas, diante de tudo isso, o que esperar dos próxi-mos anos? Mais desenvolvimento e empregos, cada vez mais direcionados e qualificados. Desde que retornei à AD Diper, o nosso foco, além de levar os investimentos que chegam ao Estado para o interior, é prospectar em-preendimentos a partir de uma análise econômica para criação de um desenvolvimento realmente sustentável. Nosso trabalho está apenas começando e eu convido vocês a acompanhar aqui, no nosso periódico, um recor-te dos resultados que nós já alcançamos.

Uma ótima leitura a todos!

EditorialPor Jenner Guimarães,diretor presidente da AD Diper

Page 3: Panorama Pernambuco - Edição 3 - Balanço 2014

“Estamos muito felizes com as entregas que consegui-mos realizar no governo Eduardo Campos/Joao Lyra. Novos distritos industriais, infraestrutura para ins-talação de novas indústrias... Nunca Pernambuco foi tão competitivo na atração novos empreendimentos. Competência que foi reconhecida, por exemplo, pelo Financial Times. Somente em Suape investimos mais de R$ 2 bilhões com recursos azul e branco, tornando

o complexo industrial portuário a âncora e a locomotiva do desenvolvimento, que começou a chegar ao interior. O polo da Mata Norte, com a fabrica da Jeep, é uma realidade. Também tivemos marcos como a inauguração de equipamen-tos importantes como o Centro de Artesanato, o Cais do Sertão, o apoio aos pe-quenos arranjos produtivos locais. Foram muitos os avanços, embora saibamos que ainda há muito que se fazer. No entanto, podemos dizer que chegamos ao fim deste governo com o sentimento de dever cumprido.”

4 PANORAMA PERNAMBucO nº3 - Dezembro de 2014

São sete horas e o sol já brilha forte sobre cami-nhões, ônibus e carros de passeios que se enfileiram em um trecho da BR-101 norte próximo à entrada das obras da Fiat em Goiana, na Mata Norte. No mesmo horário, em Vitória de Santo Antão, na Mata Sul, passos acelerados, vans e ônibus seguem em direção à entrada da fábrica de embutidos e de margarinas da BRF. Cenas como estas passaram a fazer par-te do cotidiano de milhares de pernambucanos nos últimos anos.

A chegada de empreendimentos estruturadores, aliada a uma política arrojada de interiorização do desen-volvimento, fizeram nascer um novo Pernambuco, revelado através da retomada do seu crescimento industrial e de milhares de oportunidades de empregos abertas do litoral ao sertão. De 2007 até 2014, foram atraídas mais de 700 empresas com investimentos da ordem de R$ 20 bilhões e geração de mais de 80 mil empregos, isto sem considerar o Complexo Industrial Portuário de Suape.

Do valor total de investimentos, mais de R$ 13 bi-lhões seguiram para o interior do Estado, assim como 37,5 mil empregos. Neste contexto, três cidades exemplificam o sucesso do direcionamento do Governo do Estado para a in-teriorização do desenvolvimento. São elas: Goiana e Glória do Goitá, na Mata Norte e Vitória de Santo Antão na Mata Sul.

Em Goiana, três importantes polos dinamizam a economia do município e da região: o automotivo, o farma-coquímico e o vidreiro.

Âncora do Polo Automotivo, a montadora italiana Fiat está se instalando em uma área total de 1.160 hectares com investimentos de R$ 4 bilhões e expectativa de gera-ção de 4,5 mil empregos diretos. Chegam junto a este inves-timento cerca de 50 sistemistas e uma fábrica de motores construída pela própria Fiat, com investimentos de R$ 500

da Sadia. Junto a uma outra unidade, de laticínios, no mu-nicípio de Bom Conselho, a empresa investiu mais de R$ 500 milhões com geração de 1,6 mil empregos. No final de 2013, a BRF inaugurou sua segunda unidade em Vitória passando então a produzir margarinas com a aplicação de mais R$ 150,0 milhões e geração de mais 240 oportunida-des de trabalho.

Em 2011, foi a vez da Mondelez inaugurar, ainda com a bandeira Kraft Foods, sua unidade que este ano che-gou a quarta ampliação. A fábrica já recebeu investimentos da ordem de R$ 426 milhões e emprega atualmente 1.150 pessoas. Empresas de médio porte como Metalfrio, Arxo, Roca, Fante e Isoeste também implantaram suas unidades fabris no município de olho em oportunidades de forneci-mento para grandes indústrias ou mesmo atentas às de-mandas do mercado regional.

Em Glória do Goitá são destaque quatro empreen-dimentos: Nissin Ajinomoto, WHB Fundição, Ferreirinhos Brasil e Totalplast. A Nissin Ajinomoto investiu R$ 46,0 mi-lhões na unidade que opera desde 2012 e emprega atu-almente 200 funcionários. A empresa produz o conhecido macarrão instantâneo japonês Nissin Miojo e tem planos de expandir os negócios reforçando uma nova estratégia de produção regional. Em 2013 foi a vez da WHB Fundição colocar em operação a unidade que recebeu investimento inicial de R$ 110 milhões empregando 150 funcionários. A expectativa é de que o investimento da empresa che-gue aos R$ 500 milhões e o número de emprego atinja mil vagas. A Totalplast e a Ferreirinhos Brasil estão em obras e devem entrar em operação já no próximo ano com in-vestimentos totais de R$ 30,0 milhões e geração de 300 empregos.

O desenvolvimento de Vitória de Santo Antão e do seu entorno como um todo atraiu investidores para a im-plantação de um Shopping com investimento total de R$ 65,0 milhões. Inaugurado em novembro de 2013, o mall conta com 130 lojas, uma área construída de 25.000 m² e lojas-âncoras como Riachuelo, Emmanuelle, Marisa, Ameri-canas e Eletroshopping.

Todo esse desenvolvimento vivido pelos pernam-bucanos é expressado pelo crescimento do PIB que nos últimos sete anos apresentou uma taxa média de cresci-mento de 5,1%.

Para o futuro, as expectativas são animadoras. Se-gundo projeções do consórcio Pernambuco 2035, elabo-rado pela Ceplan, TGI, e Macroplan, nos próximos 20 anos, entre 2013 e 2035, o PIB do Estado deve mais que triplicar, crescendo a taxas superiores a média nacional, passando de R$ 126,0 bilhões para R$ 411,0 bilhões, como resul-tado de uma taxa média de crescimento anual de 5,5% ao ano. Este crescimento implica também o aumento da participação da economia pernambucana no PIB nacional.

milhões e geração de 550 empregos diretos.

Já os Polos Farmacoquímico e Vidreiro, juntos, con-tabilizam 17 empresas com investimentos de R$ 2,15 bi-lhões e geração de mais de dois mil postos de trabalho.

No Farmacoquímico, em 287 hectares, 10 empresas somam investimentos superiores a R$ 1,0 bilhão com gera-ção de mais de mil empregos. São elas: Hemobrás, Vitaderm, HairFly, Rishon, Brasbiocombustíveis, Luft Logistics, White Martins, Quantas Biotecnologia, Biologicus e Multisaúde. A âncora do projeto, a fábrica de hemoderivados da Hemo-brás, tem aportes de R$ 800 milhões e deverá gerar 360 empregos em plena operação. Com as obras iniciadas em 2011, a empresa já realiza a armazenagem de plasma vindo de todo o Brasil.

Já no Polo Vidreiro, encontra-se em pleno funcio-namento desde o primeiro semestre deste ano a Vivix Vi-dros Planos, que representa investimentos da ordem de R$ 1,04 bilhão com geração de 410 empregos efetivos e 1.500 indiretos. Além dela, outras seis empresas deverão insta-lar-se no Polo para beneficiar vidros: a Sandvidro, a Casas Bandeirantes, a Intervidro, a Pórtico Esquadrias, a Target e a Norvidro.

Os municípios de Vitória de Santo Antão e Glória do Goitá também passam por uma revolução industrial promo-vida pela chegada de importantes empreendimentos. Nas duas cidades, doze investimentos somam R$ 1,1 bilhão com geração efetiva de quase 5 mil oportunidades de trabalho.

Em Vitória, oito empreendimentos já funcionam ou estão em fase final de implantação, e são eles: Mondelez, Metalfrio, BRF (embutidos e margarinas), Arxo, Roca, Fante e Isoeste. Pioneira na região, a BRF chegou ao município ain-da em 2009, com a inauguração da unidade de embutidos

Reportagem Especial

Por Simone Medeiros

A Hemobrás está construindo em Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, a primeira fábrica do Brasil com esta complexidade, e a maior da América Latina, com capacidade para processar 500 mil litros de plasma ao ano. A escolha da vinda da Hemobrás para Pernambuco foi pautada no objetivo de descentralizar investimentos e estimular os desenvolvimentos técni-co-científicos para além do eixo Sul-Sudeste. Trata-se de mais investimentos em um local carente em vários

aspectos, com oferta de empregos formais, ajudando a mudar uma realidade que era basicamente apoiada no cultivo da cana-de-açúcar.

“A Vivix é a primeira indústria de vidros planos do Nordeste e a única do país com capital 100% nacional, com um investimento de mais de R$ 1 bilhão em sua planta no município de Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco. Decidimos por Pernambuco devido à excelente localização geográfica, visto que em um raio de 800km de sua capital concentra-se 90% do PIB da região NE. Além disso, o apoio do governo do estado através de ações concretas, como por meio da conces-

são dos incentivos fiscais do Programa de Desenvolvimento de Pernambuco - PRODEPE, aliado a políticas arrojadas de atração de investimentos, também foram decisivos na escolha do Estado e especialmente do município de Goiana para a instalação do novo empreendimento, fomentando a interiorização do desenvolvimento no Estado.”

“A atuação de toda a equipe do Governo do Estado de Pernambuco foi fundamental para a conclusão da implantação de nossa unidade produtora de cimento em Carnaíba, Sertão do Pajeú, um dos municípios que mais sofrem com as secas no Brasil.”

“Vamos construir em Goiana uma nova planta que deverá iniciar suas atividades em 2016. Por estar no Polo Farmacoquímico, nós recebemos importantes incentivos por parte do Governo do Estado. Além disso, é muito interessante pra nós estar junto de outras do setor.”

Marcelle Sultanum e Carlos EduardoRishon cosméticos

Paulo DrummondVivix Vidros Planos

Francisco Cavalcanti de PetribuMineradora Vale do Pajeú

Rômulo MacielHemobrás

Márcio Stefanni Monteiro MoraisSecretário de Desenvolvimento Econômicoe Presidente do complexo de Suape

Interiorização:Desenvolvimento de Pernambuco passa por Glória do Goitá, Vitória de Santo Antão e Goiana

Page 4: Panorama Pernambuco - Edição 3 - Balanço 2014

alavancar o comércio exterior brasileiro, cujo crescimento estimado será de 4%. Além de impulsionar as exportações - que podem ser beneficiadas com a depreciação do Real (R$) em comparação ao Dólar (US$) -, o reaquecimento do mer-cado exterior abre ainda uma janela para novas empresas se instalarem em Pernambuco, em diversos setores como o automotivo, petróleo e gás offshore, naval, farmacoquímico, alimentos e bebidas, plástico, energia renovável, têxtil e de confecções.

contabilizados 714 projetos industriais, com estimativa de geração de 68.750 vagas de emprego e investimentos de R$ 18,5 bilhões, distribuídos por todas as regiões de de-senvolvimento. Em 2013, das 65 empresas aprovadas pelo programa, 33 optaram por implantação ou ampliação das plantas em municípios do interior - quase 51% do total - enquanto a Região Metropolitana do Recife (RMR) abrigou os demais projetos.

A quantidade de investimento também trilhou o mesmo caminho para longe do litoral em 2013: R$ 529 milhões foram para o interior, os outros R$ 516 milhões ficaram na RMR. Vale ressaltar que, em 2007, o número re-ferente aos investimentos no interior representou 2,4% do total, e chegou a 52,2% em 2013, ratificando o processo de interiorização do desenvolvimento econômico previsto no foco prioritário da atual gestão do Governo de Pernambuco.

Um dos desafios para 2015 é ampliar o processo de interiorização. Nesse sentido, o Prodepe assume um papel importante na alocação dos empreendimentos que chegam, através da concessão de incentivos mais favoráveis para quem deseja se instalar longe da capital, com variações de acordo com as Regiões de Desenvolvimento. Outro desafio é o de melhorar ainda mais a infraestrutura, ajudando no deslocamento de mão de obra e diminuindo os custos das empresas, tornando-as mais competitivas. A implantação do Arco Metropolitano dialoga com essa necessidade.

Além dos incentivos fiscais, outro diferencial em Pernambuco é o fomento à expansão das atividades em Pesquisa & Desenvolvimento e inovação. Os valores dispo-nibilizados em ciência e tecnologia, a base atual de um de-senvolvimento sustentável, cresceram em mais de 1.800% desde 2007: os investimentos da Fundação de Amparo à

Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe) saíram de R$ 3,5 milhões para mais de R$ 67 milhões em 2014. O número de escolas técnicas também aumentou, fechando o ano de 2014 com 40 unidades voltadas para a qualificação da mão de obra local em todas as regiões de desenvolvimento.

Entre as oportunidades esperadas para 2015, a recuperação de economias externas pode servir para

Um ano de recuperação para a economia mun-dial, pode-se assim definir 2014 de acordo com o último relatório divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). E, diante desse cenário, Pernambuco deve manter o crescimento do seu Produto Interno Bruto (PIB) perto da média mundial e bem acima da média nacional, já que o Brasil tende a terminar o ano perto dos 0,3%. Os dados do FMI apontam para uma taxa de crescimento médio do PIB global em torno dos 3,3%.

Os números refletem o bom momento vivido por Pernambuco, que continua atraindo investimentos e se-guindo na contramão do país no quesito industrialização. Enquanto o Brasil sofre um processo de perdas industriais nos últimos sete anos, o Estado conseguiu atrair empre-endimentos e acumulou um aumento efetivo de plantas, saindo dos 22% e chegando aos 26% da participação da indústria na formação do PIB. De 2007 a 2013, o to-tal de indústrias em atuação no Estado passou de 8.160 para 11.479, quase 41% a mais de empreendimentos de acordo com os dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Com relação ao quantitativo de mão de obra nos mesmos sete anos, houve um incremento de 28,5%, um salto de 204 mil para mais de 262 mil pessoas emprega-das no setor. A expectativa é de que o PIB pernambucano dobre dentro dos próximos anos com a operação plena de grandes players, a exemplo dos empreendimentos da Fiat, da Petroquímica, e dos estaleiros, entre outros.

Nesses mesmos sete anos, e sob o impulso dos programas de incentivos fiscais, Pernambuco conseguiu atrair um maior percentual de fábricas para as regiões do interior, espalhando pelo Estado os empregos e renda ge-rados pela indústria. Só no âmbito do Programa de Desen-volvimento do Estado de Pernambuco (Prodepe), foram

CenárioEconômico

Gráfico 1: Evolução do total de indústrias em Pernambuco (2007 a 2013)

Gráfico 2: Evolução do emprego na indústria em Pernambuco (2007 a 2013)

12.000

11.000

10.000

9.000

8.000

7.000

270.000

250.000

230.000

210.000

190.000

2007

2007

2008

2008

2009

2009

2010

2010

2011

2011

2012

2012

2013

2013

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)

Indústria8.1608.484

9.0679.364

10.156

10.91011.479

204.116217.934

230.718236.451

244.915251.685

262.053

6 PANORAMA PERNAMBucO nº3 - Dezembro de 2014 7PANORAMA PERNAMBucO nº3 - Dezembro de 2014

Page 5: Panorama Pernambuco - Edição 3 - Balanço 2014

Analisando as Regiões de Desenvolvimento (RDs) contempladas, observa-se que a Região Metropolitana do Recife (RMR) pode terminar 2014 com algo em torno de 31% de captação dos investimentos previstos. Quando se compara esse resultado com o do ano anterior, pelo me-nos dois importantes fatos se destacam. O primeiro é que o valor absoluto de 2014 é superior em algo próximo de R$ 500 milhões; o segundo é que as regiões do interior ampliaram sua participação no montante de investimen-tos em 20%, saindo de 50% em 2013 para 70% este ano.

Assim, os números estimados ratificam o cres-cimento do número de indústrias buscando o interior. A Mata Norte, o Sertão do São Francisco e a Mata Sul devem englobar até 57% desses recursos totais, reforçando os polos automotivo e fármaco de Goiana; e o setor de me-talmecânica, o de tintas e o de alimentos da Mata Sul. Por sua vez, o Sertão do São do Francisco se destaca no setor agroindustrial, com mais de R$ 251 milhões em investi-mentos no ano para produção de sucos e polpas, e tam-bém no setor de minerais não-metálicos.

Com relação à expectativa de mão de obra gerada em 2014 dentro das empresas incentivadas no Prodepe, quase 80% das oportunidades são para a população do interior do Estado, com destaque para o Sertão do São Francisco, que tem tudo para terminar o ano com mais de 51% dessa fatia: 6.252 empregos para a região, mais do que a soma das demais. O número é tão expressivo que, sozinho, supera o total de 2013 - considerando a RMR e o interior - em 38%, quando se projetaram 4.528 empregos. Ainda no comparativo com 2013, a RMR também deve ob-ter um saldo maior no fim de 2014. São 2.689 oportunida-des de trabalho, contra 1.920 no passado, ou seja, 40% a mais no balanço final deste ano.

Considerando os últimos sete anos do Prodepe, os 9,5 mil empregos de 2014 para o interior são ainda o melhor resultado previsto da gestão que se encerra. Até então, o ano de 2012 tinha sido o de maior prospecção de mão de obra, com 8,5 mil postos de trabalho para os municípios além do Grande Recife, seguido por 2008, com 7.731. Sendo assim, esse ano pode fechar com aproxima-damente 40% a mais de oportunidades para os pernam-bucanos da Mata, Agreste e Sertão, que há dois anos. Vale ressaltar que, em 2008, o PIB do Estado cresceu a uma taxa de 5,3%, e, em 2012, cresceu a 2,3%.

O recorte setorial, como já destacado anterior-mente, traz 13 setores de atividades industriais diferentes, e mais cinco setores combinados. A agroindústria pernam-bucana desponta, de acordo com os valores estimados, como a maior portadora de recursos no ano, com R$ 383,1 milhões. Para 2015, é esperado para o setor de alimentos no Brasil um ano melhor do que 2014, com crescimento previsto de 2,5% no volume de produção industrial e

BalançoProdepe 2014

Investimentos e empregos previstos

1 Região Metropolitana do Recife 14 municípios + Arquipélago de Fernando de Noronha

2 Zona da Mata Norte - 19 municípios

3 Zona da Mata Sul - 24 municípios

4 Agreste Central - 26 municípios

5 Agreste Meridional - 26 municípios

6 Agreste Setentrional - 19 municípios

7 Sertão do Moxotó - 7 municípios

8 Sertão do Pajeú - 17 municípios

9 Sertão de Itaparica - 7 municípios

10 Sertão Central - 8 municípios

11 Sertão do Araripe - 10 municípios

12 Sertão do São Francisco - 7 municípios

1

2

3

6

4

5

7

8

9

10

11

12

Cerca de R$ 1,5 bilhão e geração de 12,2 mil empregos. Esse é o número estimado de investimentos e empregos, respectivamente, de janeiro a dezembro de 2014, dos projetos no âmbito do Programa de Desenvol-vimento do Estado de Pernambuco (Prodepe). O proces-so de interiorização deve se manter de acordo com essa estimativa, fechando o ano com bastante força: quase 70% dos investimentos pretendidos são para o interior do Estado, o restante para os 14 municípios da Região Metropolitana do Recife.

Seja de empresas que chegam para se instalar, seja das que apostam na ampliação da capacidade de produção, o valor total previsto para 2014 enlaça oito das 12 Regiões de Desenvolvimento (RDs). São recursos de pelo menos 13 setores de atividades industriais dife-rentes, e mais cinco setores combinados, como agroin-dústria/bebidas ou plástico/metalmecânica. Dessa for-ma, as oportunidades para os fornecedores nas cadeias produtivas ganham maior amplitude de atuação, não só pela maior variedade de regiões em que podem se inse-rir, mas também pelo bom número de setores de ativida-des contemplados.

Tabela 1: Destino dos investimentos estimados do Prodepe 2014. (RMR x Interior)

Região MetropolitanaInterior

447.731.654,21.008.522.498,3

Região Investimentos (R$)

Total 1.456.254.152,5Fonte: AD Diper

Fonte: AD Diper

Gráfico 4: Distribuição dos investimentos estimados por RD - Prodepe 2014.

Região MetropolitanaMata NorteSertão do São franciscoMata SulAgreste centralAgreste SetentrionalAgreste MeridionalSertão do Moxotó

Tabela 2: Investimentos e empregos estimados no Prodepe 2014 (por RD)

Região MetropolitanaMata NorteSertão do São franciscoMata SulAgreste centralAgreste SetentrionalAgreste MeridionalSertão do Moxotó

2.689152

6.2521.0591.289

527244

10

447.731.654,2347.327.289,0269.029.742,6222.830.365,2101.468.401,5

47.004.577,620.232.122,5

630.000,0

Região de Desenvolvimento Empregos Investimentos (R$)

Total 12.222 1.456.254.152,5Fonte: AD Diper

3,2% 1,4%0,04%

7%

30,8%

23,9%18,5%

15,3%

Gráfico3: Distribuição percentual dos investimentos estimados entre RMR x Interior.

Região MetropolitanaInterior

Fonte: AD Diper

31%

69%

383.168.359,835.637.249,25

874.000,0041.696.021,0031.720.805,56

6.134.000,0017.470.734,74

4.400.000,00200.769.740,56115.918.435,02

33.270.818,00344.289.489,00235.170.021,50

1.675.900,0010.536.500,00

2.495.000,0011.027.078,0010.000.000,00

Fonte: AD DiperGráfico 5: Distribuição dos empregos estimados por RD - Prodepe 2014.

Sertão do São franciscoRegião MetropolitanaAgreste centralMata SulAgreste SetentrionalAgreste MeridionalMata NorteSertão do Moxotó

1,2% 0,1%4,3%

51,2%

22%

10,6%

8,7%

Gráfico 6: Distribuição percentual dos empregos estimados entre RMR x Interior.

Região MetropolitanaInterior

Fonte: AD Diper

22%

78%

Tabela 3: Total de investimentos e empregos estimados do Prodepe 2014 (por Setor de atividade)

AgroindústriaAgroindústria/BebidasArtefatos (Madeira/papel)BebidasEletroeletrônicaEletroeletrônica/ Metalmecânica/PlásticosfarmacoquímicaGasesMetalmecânicaMinerais não-metálicosMóveisPapelPlásticoPlástico/metalmecânicaPlástico/PapelPlástico/TêxtilProdutos químicosTêxtil

7.1454562

166328

3216833

1.0031.297

43198

9192596208580

Setor Atividade Empregos Investimentos (R$)

Total 12.222 1.456.254.152,45

Fonte: AD Diper

de 3% de vendas, além de um aumento das exportações de US$ 38 bilhões este ano para US$ 40 bilhões. Além do maior investimento, a agroindústria também pode ser o seg-mento de maior demanda por trabalhadores, 7.145 ao todo, quase seis vezes a mais que o setor de minerais não-metá-licos, que deve terminar o ano com 1.297 vagas anunciadas

8 PANORAMA PERNAMBucO nº3 - Dezembro de 2014 9PANORAMA PERNAMBucO nº3 - Dezembro de 2014

Page 6: Panorama Pernambuco - Edição 3 - Balanço 2014

10 PANORAMA PERNAMBucO nº3 - Dezembro de 2014

ao ano: 7,5% na celulose, e de quase 6% na fabricação de papel e papelão; enquanto o mundo tem, respectivamente, 2,2% e 3,7%.

Boa perspectiva também tem o setor de bebidas no Brasil. Dentro do Prodepe, o investimento em 2014 deve chegar perto dos R$ 41,7 milhões, com 166 empregos. O volume de cerveja produzida este ano, por exemplo, che-gou a 12,6 bilhões de litros, 5,4% a mais com igual período de 2013, quando o Brasil foi o terceiro maior produtor de cerveja do mundo, atrás de China e EUA. Nos últimos cin-co anos, a bebida conseguiu obter o maior crescimento de consumo no país a uma taxa de 3,85% ao ano, segundo levantamento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas-tecimento.

e um investimento em torno de 116 milhões.

O segmento de metalmecânica deve concluir o ano com 1.003 oportunidades, seguido pelo de plástico, com 919. Ambos trazem expressivos investimentos nos bojos dos projetos: R$ 200,8 milhões para o primeiro, R$ 235,2 milhões para o segundo, e se consagram como áre-as de futuro no Estado. O setor de papel aparece como segundo maior investidor na esfera do Prodepe em 2014. São R$ 344,3 milhões e quase 100 empregos previstos, dentro de um cenário de constante crescimento do setor no Brasil e no mundo. Os dados mais recentes colocam o Brasil como 4º maior produtor mundial de celulose, e o 11º maior produtor de papel e papelão. Além disso, se-gue num ritmo forte de crescimento médio de produção importados de polipropileno em Pernambuco de janeiro

a outubro deste ano, segundo dados do Ministério do De-senvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Essa quanti-dade representou compras de algo em torno de US$ 15,8 milhões. Pode-se destacar ainda a demanda de 10 milhões de kg mensais pelo composto polietileno, que aumentaria para 20 milhões de kg a quantidade total, o dobro do que foi importado de janeiro a outubro. Os 10 milhões de kg comprados nesse período movimentaram US$ 16,4 milhões na balança comercial estadual.

O malte, por sua vez, é o 11º na lista dos 100 prin-cipais produtos importados pelo Estado em 2014. Utiliza-do para a fabricação de cervejas e chopes, o malte é um dos insumos principais das empresas do setor de bebidas. Outros produtos de larga demanda apontada nos relatórios são o composto PVC tubo esgoto, 4 milhões de kg; bobina galvalume, 3,6 milhões de kg; e bobina lq (até 2,65 mm), 2,5 milhões de kg; todas as demandas mensais.

Os relatórios dos projetos industriais que foram ao Conselho Estadual de Políticas Industrial, Comercial e de Serviços (Condic) em 2014 trouxeram 198 tipos de matérias primas – listadas na tabela 4 - demandadas pelas empresas. São milhares de toneladas e litros de diversos produtos químicos, insumos, commodities e outros. Essa alta demanda pode servir como fonte de atração de novos empreendimentos que desejem atuar em algum ponto da cadeia produtiva, como produtores, fornecedores ou até distribuidores. A demanda interna pode explicar ainda, em parte, o porquê da balança interna comercial em Pernam-buco historicamente apresentar uma tendência de pender mais para o lado das importações.

Entre tais matérias primas, o polipropileno - po-límero bastante utilizado na produção de plástico reciclá-vel - chama atenção pela quantidade: serão necessários 13,5 milhões de quilogramas (kg) do material por mês. Isso significa 42% a mais dos quase 9,5 milhões de kg

Demanda por matéria prima

41.875 20.000

500.0001845000

1.000.000751.959116.126

600100.833

4501.652.8001.125.002

400.000

5863.333

1208

4711.666

229.1661.3331.333

195.00049.167

3.4101.998

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MATÉRIA PRIMA MATÉRIA PRIMAQuantidade QuantidadeUnid. Unid.

áLcOOL NEuTRO 40%áLcOOL VINÍLIcOALPISTEALTERNADOR AcIMA DE 375 kVAALuMINA TABuLARAMIDO DE MILHOAMIDO SPEEDANTENA 2,4GHZANTENA 5GHZAPARAS DE JORNALAPARAS DE PAPELãOARGILA PRETAAROMA ARTIfIcIAL

ácIDOAçO cARBONOAçO GALVALuME 0,5 MMAçO GALVANIZADOAçO GALVANIZADO 4 MMAcRILATO DE BuTILAAçÚcAR cRISTALAçÚcAR REfINADO GRANuLADOADESIVO AcRÍLIcO BASE áGuAADuBOS E fERTILIZANTESáGuA MINERAL POTáVELAGuARRáS MINERALáLcOOL

Tabela 4: Matéria-prima mensal demandada pelas 25 empresas nos projetos industriais aprovados na 86º reunião do Condic

11PANORAMA PERNAMBucO nº3 - Dezembro de 2014

Page 7: Panorama Pernambuco - Edição 3 - Balanço 2014

36.00036.000

252.00034.624

3574.583

160.4165.6003.3005.000

42.00052.50020.000

4120

2.260666

4.747100

18.175100.000

91.114312.466

5.02161.66620.000

3427.916

121.035441.929

13.521.04055.000

6.249.4086.600

10.0001.040

10.416957.048

3.80059.58341.66680.000

1.5002.280

83.33310.000

1.70633.332

3.000470.041

7.590632.547

16.666416

7215.00025.000

2525

125.00030

18012.425

5

L

L

L

kg

t

kg

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kg

unid

t

kg

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kg

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kg

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peças

kg

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m

kg

kg

mil

unid

kg

t

t

peças

kg

kg

kg

t

PREGOPREPARADO DE fRuTASPuRAc - ácIDOQuERATINA MIcRONIZADA ESTERELIZADAREfRATáRIOSRESINA DE PVcRESINA VIRGEMRESISTêNcIA A ÚMIDORÓTuLOSSAcO PLáSTIcOSAL REfINADOSêMOLA DE MILHOSOQuETES / PALTONSORO DE LEITESucATA DE POLIETILENO/POLIPROPILENOSucATA DE POLIETILENO/POLIPROPILENOTEcIDOTEcIDO DE ALGODãO 11 fIOSTEcIDO DE ALGODãO 21 fIOSTEcIDO DE ALGODãO 9 fIOSTINTA EM PÓTuBOTuBO RÍGIDOTuBOS DE AçOTuBOS DE AçOTuBOS DE AçO cARBONOTuBOS DE AçO INOXTuBOS E SEuS AcESSÓRIOSVENOXyLXANTALGOSILXAROPE SIMPLES (60% AçÚcAR)ZINcO

ÓLEO DE GIRASSOL À GRANELÓLEO DE MILHO À GRANELÓLEO DIESELÓLEO MINERAL REfINADOPAINçOPAPEL GLASSINEPAPEL MONOLÚcIDOPAPELãOPARTES DE BOMBASPARTES PARA MÓVEIS DE METALPEDRAPEDRA BRuTAPERfIL EM AçOPERfIL uPHyTOcAfEILPINuSPLAcA DE cIRcuITO IMPRESSOPLáSTIcO EMBALAGEMPLáSTIcO STREcHPÓ DE MADEIRAPOLIESTIRENOPOLIESTIRENO REcIcLADOPOLIETILENOPOLIETILENO ALTA DENSIDADEPOLIETILENO BAIXA DENSIDADEPOLIETILENO DE BAIXA DENSIDADE LINEARPOLIETILENO LINEARPOLÍMERO DE cLORETO DE VINILAPOLÍMERO DE ESTIRENOPOLIMEROSE ETILENOPOLIPROPILENOPOLIPROPILENO HOMOPOLÍMERO

MATÉRIA PRIMA MATÉRIA PRIMAQuantidade QuantidadeUnid. Unid.

12 PANORAMA PERNAMBucO nº3 - Dezembro de 2014 13PANORAMA PERNAMBucO nº3 - Dezembro de 2014

3201.000

9316.250

29.000833

1.00535.000

3.600.0001.200.0002.520.000

3003.8322.400

75.2846.2231.782

1983.1002.075

240.0006.3835.788

20.832331.424

833139.058

11817.880

8.720300

27.5001.291

96.0002.000

3.375.00010.073.154

2.207.1733.994.099

51.666

36.34611.166

2.8002.500

9913.01713.549

2502

26.79458.333

104.66629.144

25011.833

160.0002.350

3112.400

213.334

4108.333136.832200.000

8.76050.000

78014.94256.666

1.50063

105.5176.1201.500

20.8321.500

63105.517

6.1201.500

20.83262

146430.200214.666

166320296296922

5.0001.270

538.1549.237

33.3331.200.000

24.01028.000

30685.743

2.0008

953.000

1.317.97083

t

t

t

kg

kg

kg

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kg

kg

kg

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kg

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kg

kg

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und

m

kg

kg

ESTRuTuRA METáLIXA BAIXA TENSãOEXPLOSIVOfARELO DE SOJAfARINHA DE TRIGOfécuLA DE MANDIOcA MODIfIcADAfELDSPATOfILME TécNIcOfIO DE ALGODãO cRufITA DE ARQuEARfITAS AuTO ADESIVASfOLHA DE PAPELãOGARRAfAS DE VIDROGáS cO2GáS NATuRALGORDuRAGORDuRA VEGETAL HIDROGENADA LÍQuIDAGRANALHA DE AçOGRANITOGuARANá SD EXTRATOHIGH-MALTOSEHILO SOLDAINVERSOR DE fREQuêNcIALÂMINA DE AçOGRANITOGuARANá SD EXTRATOHIGH-MALTOSEHILO SOLDAINVERSOR DE fREQuêNcIALÂMINA DE AçOLAMINADOS NãO PLANOS DE AçOLAMINADOS PLANOS DE AçOLEITELEITE IN NATuRALENHALEVEDuRALINGOTE DE ALuMÍNIO IMPORTADOLINGOTE DE ALuMÍNIO NAcIONALLÚPuLO AMARGOMADEIRA DE PINuSMADEIRA SERRADAMALTEMASSA DE cAcAu INTEGRALMEcANISMO DE DEScARGA AcOPLADAMETALONMILHOMILHOMILHO PROcESSADOMONOMERO DE ESTIRENOMOTORMOTOR DIESEL AcIMA DE 50kWMOTOR DIESEL ATé 50 kWNAPANITRATO DE AMÔNIO B.D. (POROSO)NITRÍLIcA

ARROZARROZ EM cAScAARROZ QuEBRADOARROZ SEM cAScABARRA cHATA / cANTONEIRABARRA RED MEcBLEND OLD EIGHTBOBINA DE PAPELBOBINA GALVALuMEBOBINA GALVALuME PRé PINTADABOBINA LQ ATé 2,65 MMBOBINAS fILME STRETcHcAL HIDRATADOcANJIcãOcARBONATO DE cáLcIOcARBONATO DE cáLcIO MINERALcARcAçA SuÍNAcARNE DE fRANGOcAuLIM AMARELOcHAPA DE fIBRA DE MADEIRA BRANcAcHAPA DE MADEIRAcHAPA DE MDfcHAPA DE MDPcHAPA DE PAPELãOcHAPA EM AçOcHAPA PRETAcHuMBOcIMENTOcLORETOcLORETO DE cáLcIOcLORETO DE SÓDIOcOLAcOLáGENO HIDROLISADOcOMPENSADO DE MADEIRAcOMPENSADO NAVALcOMPOSTOcOMPOSTO POLIETILENO AZE MIcRONIZADOcOMPOSTO PVc TuBO áGuAcOMPOSTO PVc TuBO ESGOTOcONEXÕES DE AçO cARBONOcONVERSOR DE cAMADAcORANTE DE uRucuMcOuRO EM BLuEDEfENSIVOS E INSuMOS AGRÍcOLASDESENGRAXANTEDIANTEIRO BOVINODINAMITEDIÓXIDO DE TITÂNIODISJuNTOR ABERTOELETRODO E ARAME DE SOLDAEMuLSIfIcANTE POLIMéRIcOEPS - POLÍMEROS DE POLIESTIRENOESfERA ALTA ALuMINAESTABILIZANTE

MATÉRIA PRIMA MATÉRIA PRIMAQuantidade QuantidadeUnid. Unid.

Page 8: Panorama Pernambuco - Edição 3 - Balanço 2014

14 PANORAMA PERNAMBucO nº3 - Dezembro de 2014

A partir de uma nova concepção de gestão pú-blica, iniciada no primeiro governo “Eduardo Campos”, em 2007, tendo como um dos pilares de sustentação o foco na atração de investimentos estruturadores, o Estado de Pernambuco se tornou um dos protagonistas do desenvolvimento socioeconômico do país. Os núme-ros não mentem. A indústria passou a ter papel chave no desenvolvimento local, contradizendo a retórica da desindustrialização que acomete o Brasil. Ademais, fa-z-se imperioso destacar o reforço estratégico no papel da Agência de Desenvolvimento Econômico (AD Diper) como locomotiva do processo de internalização de in-vestimentos privados, a partir da remodelagem de seus processos internos e se utilizando das melhores práticas de atração de investimentos.

Com o terceiro trimestre de 2014 positivo para o Produto Interno Bruto (PIB) – crescimento de 2,7% -, o Estado trilha o caminho inverso do Brasil, que fechou o período com queda de 0,2%. De 2007 a 2013, Pernam-buco dobrou o valor absoluto do seu PIB; gerou mais de 560 mil postos de trabalho; aumentou o número de in-dústrias em mais de 40%; e ampliou sua capacidade de investimento, saindo de um patamar de R$ 500 milhões para mais de R$ 3 bilhões ao ano. Dessa forma, o Estado assume hoje o posto de 10a maior economia do país, se-guindo firme na retomada do protagonismo econômico do Nordeste. Nas próximas duas décadas, a perspectiva é de aumentar sua participação no PIB nacional em pelo menos 1%, saindo da casa dos 2,5% para algo em torno dos 3,5%.

Por outro lado, os desafios estão postos. O Es-tado ainda padece de problemas inibidores ao desen-volvimento. Mesmo diante de alguns bilhões de in-

AnDré FrEiTAs - Economista graduado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e bacharel em Direito pela Faculdade integrada de Pernambuco (Facipe), possui experiência em pesquisas econômicas, análise de conjuntura e gestão de projetos; Foi economista-chefe e coordenador da Unidade de pesquisas Técnicas da Fiepe, e articulista na revista Construir nordeste e do Jornal da indústria; na AD Diper, atuou como gerente de Formulação de Estratégias, gerente de Orçamento Financeiro e Monitoramento e diretor de Atração de investimentos e inclusão Produtiva. Atualmente é diretor de suporte Estratégico da Agência.

HUgO BOrBA – Economista graduado pela Universidade Federal rural de Pernambuco (UFrPE) e jornalista pela Universidade Católica (Unicap); de 2007 a 2013 fez parte da equipe da secretaria de imprensa do governo de Pernambuco; atualmente é coordenador do setor de suporte Estratégico da AD Diper, trabalhando com pesquisas econômicas e análise de conjuntura.

vestimentos em infraestrutura, há gargalos logísticos perceptíveis. É preciso “aproximar” mais o cidadão do local de trabalho, de estudo, e equipamentos de lazer, sendo, portanto, fundamental a melhoria da mobilidade pública para diminuir o tempo de deslocamento. É pre-ciso também impulsionar os investimentos em recursos humanos, apostando ainda mais na qualificação profis-sional e educação, como tem feito com a implantação e ampliação da rede de ensino técnico e de ensino in-tegral.

Enfim, há de se comemorar a exitosa Gestão no período de 2007-2014, com o alcance de números socioeconômicos nunca antes vistos em nosso Estado. Vibrar pelo sucesso é salutar e motiva ainda mais a equipe. Para tanto, vale registrar que, de forma vanguar-dista, o Estado, através da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), lançou o Programa Pernambuco 2035, sendo este o primeiro Programa estadual de longo prazo para Gestão Pública, que possui indicadores e metas de forma estruturada, permitindo aos gestores o monito-ramento preciso das atividades. Isto denota que o pla-nejamento se torna imprescindível para superação dos desafios que hão de surgir nos próximos anos. Vamos em frente!

Pernambuco: o planejamento estratégico, os desafios, e a retomada do protagonismo regional

ArtigoPor André Freitas e Hugo Borba*

LOCALIZAÇÃO ESTRATÉGICA,

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Um dos melhores portos públicos nacionais*, com águas profundas e acesso às principais rotas internacionais de navegação,

integrado a um complexo industrial com mais de 100 empresas em funcionamento e que continua em plena expansão.

Suape é referência em desenvolvimento sustentável, com polos industriais segmentados, ambiente favorável para negócios,

capacitação de mão de obra e preservação do meio ambiente. São vários os fatores que estão trazendo cada vez mais empresas

do Brasil e do mundo para Suape. A sua pode ser a próxima. Seja bem-vinda.

* Instituto de Logística e Supply Chain (ILOS) - 2012

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Page 9: Panorama Pernambuco - Edição 3 - Balanço 2014

1 2 3Os outros, você vai descobrir

quando chegar aqui.

Um dos estadosque mais cresce e gera

empregos no Brasil

Em 2012, o PIB pernambucano tevecrescimento de 2,3% enquanto o brasileirocresceu apenas 0,9%. E, entre 2007 e 2013

foram criados mais de 500 mil novosempregos em todas as regiões do Estado.

Dez motivospara investir em

Pernambuco

Localizaçãoestratégica

Um dos principais pontosde distribuição para a América doNorte, Europa, África, Ásia e toda

a Região Nordeste.

Mais investimentosem infraestrutura

A ampliação de serviços como energia elétrica,gás natural e abastecimento de água. Modernizaçãodas estradas, portos e aeroportos. Transnordestina,Transposição do São Francisco, Arco Metropolitano

e grandes obras criando novos polos logísticos.Tudo isso conferiu ao estado a 7ª melhor posiçãoem infraestrutura no ranking da FDI Magazine,Revista do Financial Times entre os estados da

Amédica do Sul em 2014.

5 6 7Melhor portopúblico do País

O Porto de Suape também ganhou,em 2012, a premiação de melhor

infraestrutura portuária pela revistainglesa “The New Economy”.4

Grandes projetosestruturadores

Mais de 50 bilhões de Reais eminvestimentos vieram com a RefinariaAbreu e Lima, Estaleiro Atlântico Sul,

Petroquímica Suape, Estaleiro Promar eos polos automotivo e farmacoquímico.

Educação e qualificaçãoprofissional

Pernambuco vem investindo forteem capacitação profissional e na

infraestrutura acadêmica de excelência.

Inovação, ciênciae tecnologia

Através de pesquisa, desenvolvimento emuita inovação, Pernambuco vem setornando cada vez mais competitivo.

9 10Novo modelode gestão pública

Gestão democrática e regionalizada com focoem resultados. O modelo Pernambucano de

gestão virou referência para todo o Brasil, alémde ter conquistado, em 2012, o prêmio das

Nações Unidas (UNPSA).8Incentivosfiscais

São vários programas oferecendoincentivos fiscais em três esferas:

federal, estadual e municipal.

Mais vantagens

Além de incentivos fiscais, o Governo dePernambuco dá suporte para a realização

de investimentos no Estado: apoio na seleção ecapacitação de mão de obra e no desenvolvimentoda cadeia de fornecedores. E você ainda conta com

uma equipe especializada em promoção deinvestimentos (Invest In Pernambuco).

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