panorama histórico das privatizações no brasil desde a...

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Apesar da resistência de trabalhadores e sindica- tos que conseguiram adiar diversas vezes a data do leilão, a mineradora Vale do Rio Doce, conside- rada a maior exportadora de minério do mundo. Depois de vendida, a empresa faturou, em menos de um ano no setor privado, o valor de 10 bilhões de dólares. FERNANDO COLLOR USIMINAS panorama histórico das privatizações no brasil desde a redemocratização ao governo dilma privatizada por US$ 1,74 bilhão privatizada por cerca de R$ 1,2 bilhão privatizada por R$ 265 milhões privatizada por US$ 2,26 bilhões privatizada por US$ 3 bilhões A maior siderúrgica estatal da época foi vendida na Bolsa do Rio de Janeiro no dia 24 de outubro de 1991. A ação gerou protestos. No mesmo dia, foi colocado em prática o Programa Nacional de Desestatização, criado por lei no ano anterior. 1991 Companhia Siderúrgica Nacional Foi criada durante o governo do presidente Getúlio Vargas, após acordo de Washington, feito entre os governos brasileiro e estadunidense do presidente Franklin Delano Roosevelt. En- tre 1985 e 1992, a empresa estatal tinha um prejuízo médio anual de R$ 1,0 bilhão e passou a ter um lucro anual médio de R$232 milhões. Os pagamentos sobre impostos da em- presa estatal era cerca de R$128 milhões anuais, passando a R$ 208 milhões anuais depois de privatizada. Houve cancela- mento de dívidas em torno de R$ 1,2 bi, valor da venda, que também corresponde a um pouco mais de 2% das receitas totais da privatização. 1993 embaer light Vale do Rio Doce A terceira maior empresa aeronáutica do mundo e ícone da indústria aeronáutica brasileira, foi criada em 1969, durante a Ditadura Militar. Utilizada como estratégia para a indús- tria da defesa e segurança nacional - e símbolo do regi- me militar instaurado em 1964 - foi privatizada em leilão vencido pelo grupo Bozano, Simonsen. Em 2014, ocorreu a maior greve realizada pelos trabalhadores da Embraer no pe- ríodo pós-privatização. Entre os dias 9 de outubro e 5 a 8 no- vembro os portões estiveram fechados e houve adesão de 10 mil empregados contra as demissões em massa, redução de salários, especulação financeira permanente A empresa Light da Brascan Ldta, foi comprada em 1979, na Ditadura Militar, dois anos antes do contrato de concessão acabar - período que a empresa passaria o controle do Estado brasileiro sem ônus. Em 1996 a Light foi vendida à estatal francesa Électricité de France (EDF, que ficou com 34% das ações) e às norte-americanas Houston Industries Energy e AES Corporation (11,35%, cada). No contrato havia a previsão da piora nos serviços e autorização para blackouts e apagões. Antes da venda houve reajuste de 58% na tarifa e o pagamento de moedas podres - dívidas diretas e indiretas do governo 1994 1996 1997 1998 privatizada por R$ 22,058 bilhões pelos 20% das ações telebrás AGÊNCIAS REGULADORAS Em 1996, a Telebrás recebeu fartos investimentos e foi desmembrada em 12 empresas antes de ser leiloada dois anos depois, entre elas houve grupos de telefonia fixa, de telefonia celular e uma empresa telefonia de longa distância. Na época houve mais de 100 manifestações contra a privatização. Com a entrega do sistema de telecomunicações ao setor privado espanhol (Telefônica), o maior faturamento da empresa se dá devido às operações no Brasil., segundo balanço divulgado em 2013. Criadas no Brasil como parte do pacote das pri- vatizações. São pessoas jurídicas que regulam e/ ou fiscalizam a atividade de serviços públicos exe- cutados por empresas privadas, mediante prévia concessão, permissão ou autorização. Entre essas empresas estão Anatel, Anvisa, ANP e Anvisa. saiba mais: Foi o primeiro presi- dente eleito diretamente após o fim da Ditadura Militar (1964-1985). Du- rante seu mandato, a ministra Zélia Cardoso de Mello idealizou o plano Collor, projeto que privatizou 18 das 65 estatais prometidas durante o mandato. Durante seu processo de impeachment, Collor pediu renúncia no dia 29 de dezembro de 1992, dei- xando o cargo para seu vice Itamar Franco. saiba mais: Durante seu mandato, o programa de desestatização foi de- sacelerado. Em fevereiro de 1994, o governo Itamar lançou o Plano Real, elaborado pelo Ministério da Fazen- da a partir de idealização do econo- mista Edmar Bacha, que estabilizou a economia e acabou com a crise hi- perinflacionária. Tal medida provisó- ria instituiu a Unidade Real de Valor (URV), estabeleceu regras de con- versão e uso de valores monetários, iniciou a desindexação da economia, e determinou o lançamento de uma nova moeda, o real. O Plano Real mostrou-se nos meses e anos se- guintes o plano de estabilização eco- nômica mais eficaz da história, redu- zindo a inflação e ampliando o poder de compra da população, além da remodelação dos setores econômi- cos nacionais. saiba mais: Durante o governo FHC, cerca de R$ 78,6 bilhões foram aos co- fres públicos provenientes de privati- zações. A venda de empresas estatais foi uma resposta do governo para im- pedir o agravamento da dívida pública. Porém, as privatizações não contive- ram o aumento da dívida, que foi de US$ 269 bilhões em 1996 para US$ 881 bilhões em 2002. Por outro lado, a po- pulação foi beneficiada com a privati- zação de empresas do setor de energia e telecomunicação, que contribuíram para a universalização de serviços bá- sicos, como telefonia celular, internet e banda larga. Em 1999, o jornal Folha de S.Paulo obteve conversas gravadas por meio de grampo ilegal em telefo- nes do BNDES, que levantaram sus- peitas de que o presidente Fernando Henrique participou de uma operação para tomar partido de um consórcio no leilão da Telebrás. A Polícia Fede- ral se negou a investigar o conteúdo das conversas, alegando que foram obtidas de forma ilegal e não teriam valor jurídico. O escândalo culminou na queda de Luiz Carlos Mendonça de Barros (ministro das Comunicações), André Lara Resende (presidente do BNDS), Pio Borges (vice-presidente do BNDS) e José Roberto Mendonça de Barros (secretário-executivo da Câma- ra de Comércio Exterior). privatizada por R$ 76,9 milhões rodovias Cerca de 2,6 mil quilômetros de rodovias federais, leiloadas em 9 de outubro. O grande vencedor do leilão da conces- são para explorar, por 25 anos, os pedágios nas rodovias foi o grupo espanhol OHL. Entre elas, Belo Horizonte, Pon- te Rio-Niterói, São Paulo e Curitiba. 2007 privatizado por R$ 160 bilhões concessão até 2048 privatizado por R$ 45,3 bilhões Ativos da Petrobras Portos Aeroportos Com uma dívida que chegava aos R$ 502 bilhões, a Petrobras foi forçada a rever seus planos e ambi- ções. No período de 2014-2018, a companhia pre- vê investir US$ 32 bilhões a menos, o equivalente a um corte de 24,5% em relação ao projetado ante- riormente. Sua meta de produzir 4 milhões de bar- ris em 2020 também foi alterada – hoje, na melhor das expectativas, chegará aos 2,8 milhões. Através da Lei dos Portos, além de áreas no Porto de Santos, o maior do país, outros portos foram privatizados. Foi assinado um contrato de renova- ção antecipada da concessão do Terminal de Con- têineres de Paranaguá (TCP). Em 2016, a empresa que administra o terminal se comprometeu a in- vestir cerca de R$ 1,1 bilhão no empreendimento. Os aeropostos Viracopos (SP), Brasília (DF), Guaru- lhos (SP) e Galeão (RJ) foram privatizados. No último caso, a compradora Odebrecht levou o aeroporto do Rio de Janeiro por R$ 19 bilhões, pagando 294% acima do valor original pretendido pelo governo. Os três primeiros, arrecadados por empresas como Engevix, UTC Engenharia e OAS (todas envolvidas em escândalos na Operação lava Jato) geraram um retorno de R$ 24,5 bilhões ao governo. Todos também contaram com investimentos de fundos de pensão de empresas estatais e companhias es- trangeiras. O aeroporto mineiro de Confins também foi arrematado, por um lance mais modesto, de R$ 1,82 bilhões – 66% acima do original previsto pelo governo. 2015 saiba mais: Em 2015, o governo de Dilma Rousseff anunciou um pacote e medidas do Programa de Investi- mento em Logística (PIL). O progra- ma, chamado de “concessão” pelo governo e de “privatização” por opo- sitores, previu a entrega à iniciativa privada de obras de infraestrutura. Para tentar reeguer o PIL, que não conseguiu atrair investimentos em sua primeira fase, o governo utilizou mecanismos como o modelo de ou- torga. Esse programa prevê conces- sões para aumentar o investimento em obras de infraestrutura. Entenda os principais pontos do pacote, que pode atingir até R$ 198 bilhões em financiamento de logística e infraes- trutura no país. saiba mais: A transferência de patri- mônio público para a iniciativa priva- da foi menos intensa no governo de Luiz Inácio Lula da Silva em relação à gestão de Fernando Henrique Car- doso, mas não foi interrompida em nenhum dos dois mandatos de Lula. No período focou nas concessões, somando um total de 8 concessões de rodovias. 1990-1992 1992-1994 itamar franco fernando henrique cardoso luiz inácio lula da silva dilma rousseff 1995-2002 2003-2011 2011-2016

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Apesar da resistência de trabalhadores e sindica-tos que conseguiram adiar diversas vezes a data do leilão, a mineradora Vale do Rio Doce, conside-rada a maior exportadora de minério do mundo. Depois de vendida, a empresa faturou, em menos de um ano no setor privado, o valor de 10 bilhões de dólares.

FERNANDO COLLOR

USIMINAS

panorama histórico das privatizações no brasildesde a redemocratização ao governo dilma

privatizada por US$ 1,74 bilhão

privatizada por cerca de R$ 1,2 bilhão

privatizada por R$ 265 milhões

privatizada por US$ 2,26 bilhões

privatizada por US$ 3 bilhões

A maior siderúrgica estatal da época foi vendida na Bolsa do Rio de Janeiro no dia 24 de outubro de 1991. A ação gerou protestos. No mesmo dia, foi colocado em prática o Programa Nacional de Desestatização, criado por lei no ano anterior.

1991

Companhia Siderúrgica Nacional

Foi criada durante o governo do presidente Getúlio Vargas, após acordo de Washington, feito entre os governos brasileiro e estadunidense do presidente Franklin Delano Roosevelt. En-tre 1985 e 1992, a empresa estatal tinha um prejuízo médio anual de R$ 1,0 bilhão e passou a ter um lucro anual médio de R$232 milhões. Os pagamentos sobre impostos da em-presa estatal era cerca de R$128 milhões anuais, passando a R$ 208 milhões anuais depois de privatizada. Houve cancela-mento de dívidas em torno de R$ 1,2 bi, valor da venda, que também corresponde a um pouco mais de 2% das receitas totais da privatização.

1993

embaer

light

Vale do Rio Doce

A terceira maior empresa aeronáutica do mundo e ícone da indústria aeronáutica brasileira, foi criada em 1969, durante a Ditadura Militar. Utilizada como estratégia para a indús-tria da defesa e segurança nacional - e símbolo do regi-me militar instaurado em 1964 - foi privatizada em leilão vencido pelo grupo Bozano, Simonsen. Em 2014, ocorreu a maior greve realizada pelos trabalhadores da Embraer no pe-ríodo pós-privatização. Entre os dias 9 de outubro e 5 a 8 no-vembro os portões estiveram fechados e houve adesão de 10 mil empregados contra as demissões em massa, redução de salários, especulação fi nanceira permanente

A empresa Light da Brascan Ldta, foi comprada em 1979, na Ditadura Militar, dois anos antes do contrato de concessão acabar - período que a empresa passaria o controle do Estado brasileiro sem ônus. Em 1996 a Light foi vendida à estatal francesa Électricité de France (EDF, que fi cou com 34% das ações) e às norte-americanas Houston Industries Energy e AES Corporation (11,35%, cada). No contrato havia a previsão da piora nos serviços e autorização para blackouts e apagões. Antes da venda houve reajuste de 58% na tarifa e o pagamento de moedas podres - dívidas diretas e indiretas do governo

1994

1996

1997

1998

privatizada por R$ 22,058 bilhões pelos 20% das ações

telebrás

AGÊNCIAS REGULADORAS

Em 1996, a Telebrás recebeu fartos investimentos e foi desmembrada em 12 empresas antes de ser leiloada dois anos depois, entre elas houve grupos de telefonia fi xa, de telefonia celular e uma empresa telefonia de longa distância. Na época houve mais de 100 manifestações contra a privatização. Com a entrega do sistema de telecomunicações ao setor privado espanhol (Telefônica), o maior faturamento da empresa se dá devido às operações no Brasil., segundo balanço divulgado em 2013.

Criadas no Brasil como parte do pacote das pri-vatizações. São pessoas jurídicas que regulam e/ou fi scalizam a atividade de serviços públicos exe-cutados por empresas privadas, mediante prévia concessão, permissão ou autorização. Entre essas empresas estão Anatel, Anvisa, ANP e Anvisa.

saiba mais: Foi o primeiro presi-dente eleito diretamente após o fi m da Ditadura Militar (1964-1985). Du-rante seu mandato, a ministra Zélia Cardoso de Mello idealizou o plano Collor, projeto que privatizou 18 das 65 estatais prometidas durante o mandato. Durante seu processo de impeachment, Collor pediu renúncia no dia 29 de dezembro de 1992, dei-xando o cargo para seu vice Itamar Franco.

saiba mais: Durante seu mandato, o programa de desestatização foi de-sacelerado. Em fevereiro de 1994, o governo Itamar lançou o Plano Real, elaborado pelo Ministério da Fazen-da a partir de idealização do econo-mista Edmar Bacha, que estabilizou a economia e acabou com a crise hi-perinfl acionária. Tal medida provisó-ria instituiu a Unidade Real de Valor (URV), estabeleceu regras de con-versão e uso de valores monetários, iniciou a desindexação da economia, e determinou o lançamento de uma nova moeda, o real. O Plano Real mostrou-se nos meses e anos se-guintes o plano de estabilização eco-nômica mais efi caz da história, redu-zindo a infl ação e ampliando o poder de compra da população, além da remodelação dos setores econômi-cos nacionais.

saiba mais: Durante o governo FHC, cerca de R$ 78,6 bilhões foram aos co-fres públicos provenientes de privati-zações. A venda de empresas estatais foi uma resposta do governo para im-pedir o agravamento da dívida pública. Porém, as privatizações não contive-ram o aumento da dívida, que foi de US$ 269 bilhões em 1996 para US$ 881 bilhões em 2002. Por outro lado, a po-pulação foi benefi ciada com a privati-zação de empresas do setor de energia e telecomunicação, que contribuíram para a universalização de serviços bá-sicos, como telefonia celular, internet e banda larga. Em 1999, o jornal Folha de S.Paulo obteve conversas gravadas por meio de grampo ilegal em telefo-nes do BNDES, que levantaram sus-peitas de que o presidente Fernando Henrique participou de uma operação para tomar partido de um consórcio no leilão da Telebrás. A Polícia Fede-ral se negou a investigar o conteúdo das conversas, alegando que foram obtidas de forma ilegal e não teriam valor jurídico. O escândalo culminou na queda de Luiz Carlos Mendonça de Barros (ministro das Comunicações), André Lara Resende (presidente do BNDS), Pio Borges (vice-presidente do BNDS) e José Roberto Mendonça de Barros (secretário-executivo da Câma-ra de Comércio Exterior).

privatizada por R$ 76,9 milhões

rodovias

Cerca de 2,6 mil quilômetros de rodovias federais, leiloadas em 9 de outubro. O grande vencedor do leilão da conces-são para explorar, por 25 anos, os pedágios nas rodovias foi o grupo espanhol OHL. Entre elas, Belo Horizonte, Pon-te Rio-Niterói, São Paulo e Curitiba.

2007

privatizado por R$ 160 bilhões

concessão até 2048

privatizado por R$ 45,3 bilhões

Ativos da Petrobras

Portos

Aeroportos

Com uma dívida que chegava aos R$ 502 bilhões, a Petrobras foi forçada a rever seus planos e ambi-ções. No período de 2014-2018, a companhia pre-vê investir US$ 32 bilhões a menos, o equivalente a um corte de 24,5% em relação ao projetado ante-riormente. Sua meta de produzir 4 milhões de bar-ris em 2020 também foi alterada – hoje, na melhor das expectativas, chegará aos 2,8 milhões.

Através da Lei dos Portos, além de áreas no Porto de Santos, o maior do país, outros portos foram privatizados. Foi assinado um contrato de renova-ção antecipada da concessão do Terminal de Con-têineres de Paranaguá (TCP). Em 2016, a empresa que administra o terminal se comprometeu a in-vestir cerca de R$ 1,1 bilhão no empreendimento.

Os aeropostos Viracopos (SP), Brasília (DF), Guaru-lhos (SP) e Galeão (RJ) foram privatizados. No último caso, a compradora Odebrecht levou o aeroporto do Rio de Janeiro por R$ 19 bilhões, pagando 294% acima do valor original pretendido pelo governo. Os três primeiros, arrecadados por empresas como Engevix, UTC Engenharia e OAS (todas envolvidas em escândalos na Operação lava Jato) geraram um retorno de R$ 24,5 bilhões ao governo. Todos também contaram com investimentos de fundos de pensão de empresas estatais e companhias es-trangeiras. O aeroporto mineiro de Confi ns também foi arrematado, por um lance mais modesto, de R$ 1,82 bilhões – 66% acima do original previsto pelo governo.

2015

saiba mais: Em 2015, o governo de Dilma Rousseff anunciou um pacote e medidas do Programa de Investi-mento em Logística (PIL). O progra-ma, chamado de “concessão” pelo governo e de “privatização” por opo-sitores, previu a entrega à iniciativa privada de obras de infraestrutura. Para tentar reeguer o PIL, que não conseguiu atrair investimentos em sua primeira fase, o governo utilizou mecanismos como o modelo de ou-torga. Esse programa prevê conces-sões para aumentar o investimento em obras de infraestrutura. Entenda os principais pontos do pacote, que pode atingir até R$ 198 bilhões em fi nanciamento de logística e infraes-trutura no país.

saiba mais: A transferência de patri-mônio público para a iniciativa priva-da foi menos intensa no governo de Luiz Inácio Lula da Silva em relação à gestão de Fernando Henrique Car-doso, mas não foi interrompida em nenhum dos dois mandatos de Lula. No período focou nas concessões, somando um total de 8 concessões de rodovias.

1990-1992

1992-1994

itamar franco

fernando henrique cardoso

luiz inácio lula da silva

dilma rousseff

1995-2002

2003-2011

2011-2016