panfleto da juventude - outubro 2011

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Egito, Líbia, Portugal, Espanha, Grécia... A história vai guardar para sempre que, em 2011, a juventude mobilizada voltou a ser pro- tagonista. Ditaduras caíram e falsas democra- cias estremeceram diante da força de jovens no mundo inteiro na rua. E essa disposição de luta segue sendo um enorme obstáculo para ricos e poderosos, que querem impor aos mais pobres que se sacrifiquem para salvá-los da crise. Desde a Espanha, está sendo convocada uma grande manifestação internacio- nal para o próximo dia 15 de outubro, com atos nas ruas e praças de de- zenas de países. O chamado ao 15.O, como a data ficou co- nhecida, tomou conta das redes sociais e do movimento estudantil. A Juventude do PSTU também marchará com a juventude indigna- da do mundo inteiro. E, se a gente parar para pensar, vai ver que – também no Brasil – não faltam motivos para lutar. O governo diz que o “país está em boas mãos” porque a economia não pára de cres- cer. Mas, na verdade, quem está ganhando são os banqueiros e empresários – que batem recordes de lucratividade. Para os trabalhado- res, as escolas e hospitais públicos continuam péssimos e os salários não chegam ao final do mês, corroídos pela inflação. Ao mesmo tempo, não bastasse a situa- ção da educação pública, a corrupção é ge- neralizada, o transporte público é caótico e o meio ambiente é agredido diariamente. Por isso, no 15.O estaremos exigindo 10% do PIB para a educação, denunciando a roubalheira nos ministérios, lutando por passe-livre para estudantes e desempregados e contra a construção da usina de Belo Monte, que ameaça o Xingu. Vamos seguir o exemplo dos jovens de todo o mundo que es- tão lutando por seus direitos. Neste 15.O, participe dos atos e diga ao mundo que muita coisa vai ter que mudar! Por todo país, as greves dos professores, como em Minas e no Ceará, expuseram mais uma vez como os governos tratam a educação. As escolas caem aos pedaços e o salário dos educado- res é uma humilhação. Nessas greves, os professores deram exemplo de luta pelo ensino público e, por isso, ganharam apoio na população. Os estudantes também estão de parabéns. As ocupações de reitoria e lutas estudantis se espalharam, mostrando o es- gotamento da política de expansão sem qualidade do ensino superior dos últimos anos. Todas essas lutas mostram que é urgente aumentar o investimento em educação pública no Brasil. Felizmente, a campanha nacional por 10% do PIB para a edu- cação pública não pára de crescer e ganha fôlego a cada luta de estudantes e profissionais da educação. As entidades da campanha estão preparando um plebiscito popular para novembro e uma grande presença nos atos do 15.O. Ajude a divulgar a campanha e venha conosco nessa luta pela educação que a gente merece! Amanda Gurgel, Professora em Natal (RN) Cresce a luta por 10% do PIB para a educação pública! Mais uma vez, a juventude nas ruas! Marcha da Liberdade, no primeiro semestre, em São Paulo

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Mais uma vez, a juventude nas ruas!

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Egito, Líbia, Portugal, Espanha, Grécia... A história vai guardar para sempre que, em 2011, a juventude mobilizada voltou a ser pro-tagonista. Ditaduras caíram e falsas democra-cias estremeceram diante da força de jovens no mundo inteiro na rua. E essa disposição de luta segue sendo um enorme obstáculo para ricos e poderosos, que querem impor aos mais pobres que se sacrifiquem para salvá-los da crise.Desde a Espanha, está sendo convocada

uma grande manifestação internacio-nal para o próximo dia 15 de

outubro, com atos nas ruas e praças de de-

zenas de países.

O chamado ao 15.O, como a data ficou co-nhecida, tomou conta das redes sociais e do movimento estudantil. A Juventude do PSTU também marchará com a juventude indigna-da do mundo inteiro. E, se a gente parar para pensar, vai ver que – também no Brasil – não faltam motivos para lutar.O governo diz que o “país está em boas mãos” porque a economia não pára de cres-cer. Mas, na verdade, quem está ganhando são os banqueiros e empresários – que batem recordes de lucratividade. Para os trabalhado-res, as escolas e hospitais públicos continuam péssimos e os salários não chegam ao final do mês, corroídos pela inflação.

Ao mesmo tempo, não bastasse a situa-ção da educação pública, a corrupção é ge-neralizada, o transporte público é caótico e o meio ambiente é agredido diariamente. Por isso, no 15.O estaremos exigindo 10% do PIB para a educação, denunciando a roubalheira nos ministérios, lutando por passe-livre para estudantes e desempregados e contra a construção da usina de Belo Monte,

que ameaça o Xingu.Vamos seguir o exemplo dos

jovens de todo o mundo que es-tão lutando por seus direitos. Neste 15.O, participe dos atos

e diga ao mundo que muita coisa vai ter que mudar!

Por todo país, as greves dos professores, como em Minas e

no Ceará, expuseram mais uma vez como os governos tratam a

educação. As escolas caem aos pedaços e o salário dos educado-

res é uma humilhação. Nessas greves, os professores deram

exemplo de luta pelo ensino público e, por isso, ganharam

apoio na população.Os estudantes também estão de parabéns. As ocupações

de reitoria e lutas estudantis se espalharam, mostrando o es-gotamento da política de expansão sem qualidade do ensino

superior dos últimos anos. Todas essas lutas mostram que é

urgente aumentar o investimento em educação pública no Brasil.

Felizmente, a campanha nacional por 10% do PIB para a edu-

cação pública não pára de crescer e ganha fôlego a cada luta de

estudantes e profissionais da educação. As entidades da campanha

estão preparando um plebiscito popular para novembro e uma

grande presença nos atos do 15.O. Ajude a divulgar a campanha

e venha conosco nessa luta pela educação que a gente merece!

Amanda Gurgel, Professora em Natal (RN)

Cresce a luta por 10% do PIB para a educação pública!

Mais uma vez,a juventude nas ruas!

Marcha da Liberdade, no primeiro semestre, em São Paulo

twitter.com/pstu facebook.com/pstu16

facebook.com/juventudedopstuwww.pstu.org.br [email protected]

Com o ministro do Turismo, Pedro Novais, já são 5 ministros do governo Dilma a cair em menos de 1 ano. Esquemas de fraude e desvio de recursos públicos estão por

toda parte em Brasília, oferecendo uma vida de marajá a esses picaretas, à custa do dinheiro do povo.

Dilma diz estar fazendo uma faxina, mas para a Juventude do PSTU não é bem assim. Ninguém foi preso, ninguém teve que devolver ne-nhum centavo roubado e, claro, cada ministro demitido foi substituí-do por outro da mesma patota. O governo quer fazer parecer que está limpando os ministérios, mas, na verdade, não pode ir a fundo no combate à corrupção, porque se apóia em alianças e conchavos com empresas e lobistas.É assim a “democracia” em que vivemos. O paraíso dos ricos e pode-

rosos, o engano e o desrespeito às pessoas comuns e trabalhadoras. Vale tudo pela “governabilidade” e para manter “a base aliada”. Enquanto isso a oposição de direita (DEM/PSDB) se faz de santa, se diz indignada e pensa que ninguém sabe que ela também tem a mão suja pela roubalheira. Que o diga Jaqueline Roriz, absolvida com ajuda do “voto secreto”.

Recentemente, tem acontecido manifestações contra a corrupção em di-versas cidades do país. Devemos ir às ruas e perder a paciência com a farra dos políticos corruptos e dos banqueiros.

“Se gritarpega ladrão...”

Somos a juventude que não tem medo de ousar e que não quer se adaptar a esse mundo de ganância e individualismo em que vivemos. Está ao nosso redor o que o capitalismo tem a nos oferecer – um país e um mundo onde mandam os ricos e obedecem os pobres e trabalhadores. Enquanto vivermos sob esse sistema, jamais teremos uma “democracia real” e nem vida digna para a maioria.

Por isso, a Juventude do PSTU apóia todas as lutas justas, combate a opressão de mulheres, negros e LGBTs, e denuncia todo tipo de injustiça. Onde estivermos, estaremos convidando jovens como a gente a virem fazer política de um jeito diferen-te – do jeito dos que tem lado frente a tudo o que está errado e, por isso, se unem para transformar as coisas.

Sempre socialistas, acreditamos que só pondo fim à explora-ção poderemos viver em uma sociedade que atenda as necessi-dades da maioria dos jovens e trabalhadores. Para se juntar a essa causa, conheça a Juventude do PSTU!

Venha para a juventude do PSTU

Não à privatização dos Correios

Desde o dia 13, os trabalhadores dos Correios decretaram greve por tempo indeterminado. Além das reivindicações salariais, os trabalhadores apresentam a exigência ao governo Dilma pela revogação da MP 532 que privatiza os Correios, piorando os serviços prestados e precarizando ainda mais as condições de trabalho. Os bancários também estão em greve por melhores condições de trabalho exigindo também reposição salarial frente a farra dos lucros dos bancos. A Juventu-de do PSTU apóia essas greves e se soma a luta contra a privatização dos Correios.