panfleto 20 06 2014 munic assembleia greve

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20|06|2014 A greve da rede municipal de en- sino que paralisa total ou parcial- mente cerca de 60% das escolas em Belém resiste à intransigên- cia do prefeito Zenaldo Coutinho. O movimento grevista dos (as) trabalhadores (as) em edu- cação pública de Belém completa um mês e em que pese todos os esforços do Sintepp de conseguir uma audiência de negociação com o prefeito para tentar solu- cionar o problema, as chances para tal estão sendo reduzidas. A responsabilidade é do Zenal- do que ignora uma categoria de servidores (as) públicos impor- tantíssima, assim como a própria secretária de educação, Rosinéli Salame, e os vereadores que na última quarta-feira (18) tenta- ram intermediar uma audiência em vão. Está claro que o prefeito Zenaldo assumiu a responsabili- dade pela não resolução do im- passe. Tentou na justiça barrar o movimento, não conseguiu. Deu ordens, através da Semec, para contratar “professores (as)” substitutos e descontar os dias parados, mesmo o movimen- to não tendo sido considerado abusivo ou ilegal. Quanto a isso o Sintepp provocou oficialmente a PMB em relação ao desconto dos dias parados, considerando que a decisão do desembargador REFORÇAR A LUTA PRA DERROTAR A INTRANSIGÊNCIA DE ZENALDO LEI Nº 7.783, DE 28 DE JUNHO DE 1989. Art. 1º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalha- dores decidir sobre a oportuni- dade de exercê-lo e sobre os inte- resses que devam por meio dele defender. Art. 7º Observadas as condições previstas nesta Lei, a participa- ção em greve suspende o contrato de trabalho, devendo as relações obrigacionais, durante o período, ser regidas pelo acordo, conven- ção, laudo arbitral ou decisão da Justiça do Trabalho. Parágrafo único. É vedada a rescisão de contrato de trabalho durante a greve, bem como a con- tratação de trabalhadores substi- tutos, exceto na ocorrência das hi- póteses previstas nos arts. 9º e 14.

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Trabalhadores em Educação Pública de Belém do Pará em greve desde o dia 26 de maio, reforçam a luta para derrotar a intransigência de Zenaldo Coutinho do PSDB

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A greve da rede municipal de en-sino que paralisa total ou parcial-

mente cerca de 60% das escolas em Belém resiste à intransigên-cia do prefeito Zenaldo Coutinho.

O movimento grevista dos (as) trabalhadores (as) em edu-cação pública de Belém completa um mês e em que pese todos os esforços do Sintepp de conseguir uma audiência de negociação com o prefeito para tentar solu-cionar o problema, as chances para tal estão sendo reduzidas. A responsabilidade é do Zenal-do que ignora uma categoria de servidores (as) públicos impor-tantíssima, assim como a própria

secretária de educação, Rosinéli Salame, e os vereadores que na última quarta-feira (18) tenta-ram intermediar uma audiência em vão.

Está claro que o prefeito Zenaldo assumiu a responsabili-dade pela não resolução do im-passe. Tentou na justiça barrar o movimento, não conseguiu. Deu ordens, através da Semec, para contratar “professores (as)” substitutos e descontar os dias parados, mesmo o movimen-to não tendo sido considerado abusivo ou ilegal. Quanto a isso o Sintepp provocou oficialmente a PMB em relação ao desconto dos dias parados, considerando que a decisão do desembargador

REFORÇAR A LUTA PRA DERROTAR A INTRANSIGÊNCIA DE ZENALDO

LEI Nº 7.783, DE 28 DE JUNHO DE 1989.

Art. 1º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalha-dores decidir sobre a oportuni-dade de exercê-lo e sobre os inte-resses que devam por meio dele defender.

Art. 7º Observadas as condições previstas nesta Lei, a participa-ção em greve suspende o contrato de trabalho, devendo as relações obrigacionais, durante o período, ser regidas pelo acordo, conven-ção, laudo arbitral ou decisão da Justiça do Trabalho.

Parágrafo único. É vedada a rescisão de contrato de trabalho durante a greve, bem como a con-tratação de trabalhadores substi-tutos, exceto na ocorrência das hi-póteses previstas nos arts. 9º e 14.

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Constantino Guerreiro de inde-ferir o pedido de liminar contra essa ação descabida do governo Zenado, se deveu à inexistência do fato concreto.

Zenaldo demonstra incapa-cidade para enfrentar movimen-tos contestadores, além de inefi-ciente para responder de forma imediata e responsável aos pro-blemas da educação pública em nosso município, que são reais, apesar da campanha que tenta esconder o caos existente. São escolas com prédios sucateados, sem as mínimas condições que favoreçam efetivamente o fazer pedagógico; o assédio moral é reforçado assombrosamente, es-pelhado nas atitudes do prefei-to, muitas pessoas que ocupam cargo de direção sequer são do quadro da Semec; os produtos

da “alimentação escolar” são de qualidade duvidosa; formação continuada na rede de ensino é experimento, atividade pronta, que não exige a produção por parte dos educadores. Enfim, educação pública no governo Zenaldo (PSDB) é tratada como brincadeira de faz de conta.

Diante deste cenário tene-broso só nos resta intensificar a mobilização, a organização e a informação da nossa categoria e da sociedade para enfrentar o descaso do prefeito. A participa-ção de todos e todas na agenda dessa semana é fundamental para desfazer as mentiras de Ze-naldo e fortalecer o movimento grevista. Precisamos voltar às escolas e conversar com nossos colegas que cederam à covardia da pressão, das ameaças e trucu-

lência das direções biônicas. Não há vitória sem luta, não há luta sem organização!

Nossa pauta é legítima, a luta por uma educação pública é legítima. Valorização profissio-nal, dignidade, respeito e o que é nosso de direito é o que exigi-mos. O Estatuto do Magistério não é cumprido no que diz res-peito à progressão horizontal, só aí a dívida da prefeitura com os (as) educadores (as) justifica o movimento grevista, some-se a isso o fato do governo Zenal-do não ter cumprido o acordo judicial que encerrou a greve de 2013. Portanto, a responsabili-dade pelos prejuízos são todos do Governo Zenaldo Coutinho.

-------------------------------Só CONqUISTA qUEm LUTA!

AGENDA DA GREVE24|06 Mobilização nos Distritos 07h25|06 Ato na frente do IPAMB 09h26|06 Audiência Pública na CMB, depois assembleia geral 10h

• Criação imediata do PCCR unificado.

• Pagamento do piso salarial nacional do magistério, sem a retirada da hora atividade e hora pedagógica do venci-

mento base.

• Reajuste do vale alimenta-ção para R$ 500 (congelado

há mais de 5 anos).

• Melhores condições de trabalho, reforma e climati-zação de escolas, ueis e ups.

• Celeridade no processo de aposentadoria.

• Gestão democrática. Refor-mulação da lei municipal nº

7722/1994 (Cap. VI), nome-ação de candidatos eleitos e eleições complementares.

• Melhores condições de trabalho, reforma e climati-zação de escolas, ueis e ups.

• Pagamento das gratifica-ções de titularidade com

valores retroativos.

Pauta enxuta da CaMPanha salaRIal 2014 entReGue PaRa neGoCIação CoM o PRefeIto.

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