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PALESTRA Divaldo Pereira Franco: “QUALIDADE NA PRÁTICA MEDIÚNICA” Queridos irmãos espíritas, exoramos as bênçãos de Deus a benefício de todos nós!! O ínclito Codificador da Doutrina Espírita, definiu o Espiritismo como sendo uma ciência que estuda a origem, a natureza, o destino dos espíritos e as relações que existem entre o mundo corporal e o mundo espiritual. Para que ele pudesse haver chegado a estas conclusões, a mediunidade foi a porta pela qual Alan Kardec teve acesso às informações do mundo espiritual. Será sobre isto, que iremos falar. Os livros que os srs. irão receber, foram escritos por um grupo de trabalhadores profundamente dedicados à mediunidade. Há trinta anos, vêem-se dedicando ao estudo e à pratica mediúnica: Projeto Manoel Filomeno de Miranda, da Mansão do Caminho. 1.- A mediunidade, como nós sabemos, é uma ponte, e, como toda ponte com seus percalços: pontes existem resistentes e pontes muitos frágeis. Pontes de aparência muito bela que sempre oferecem uma aparente comodidade e ruem a qualquer momento sem aviso prévio. E outras, toscas, construídas de maneira brutal e, todavia, portadoras de segurança que é aquilo que mais nos interessa. 2.- O Codificador foi muito claro, quando estabeleceu que a mediunidade é uma faculdade que o organismo reveste de células para o ministério do intercâmbio. Nas palavras textuais: é uma certa predisposição orgânica. 3.- A mediunidade é uma faculdade da alma, como a inteligência, como a memória, como as aptidões culturais e artísticas. Para que se possam expressar essas faculdades, o organismo produz células especiais, eis porque nascemos médiuns ou poderemos desenvolver aptidões para nos tornarmos receptáculos de comunicações sutis, mas não necessariamente ostensivas. 4.- Kardec, examinando a mediunidade, estabeleceu que ela pode ser muito sutil. Ela pode apresentar-se de maneira quase imponderável, mas também ela pode ser de maneira muito vigorosa. 5.- É aquela mediunidade que, nos convida de um para outro momento, para o exercício. A mediunidade ostensiva, como a inteligência. 6.- Somos todos, pessoas, portadores de inteligência. 7.- Alguns, revelam-na, nos mínimos atos de sua vida. Em quaisquer comunicações. Outros, têm muita dificuldade em apresentar aprendizagens, discernimento, capacidade de conhecimento, conforme aqueles que estão numa postura mais elevada. 8.- Isto devemos, como é sabido de nós espíritas, ao processo de evolução do espírito. 9.- A mediunidade, por sua vez, pode ser também examinada como sendo de prova: uma porta aberta para nos proporcionar reparação. É a mediunidade atormentada. Aquela mediunidade na qual o indivíduo se depara em constantes máscaras de agonia. E a mediunidade que se transforma num instrumento precioso para construção do bem operante.

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PALESTRA Divaldo Pereira Franco:

“QUALIDADE NA PRÁTICA MEDIÚNICA”

Queridos irmãos espíritas, exoramos as bênçãos de Deus a benefício de todos nós!!

O ínclito Codificador da Doutrina Espírita, definiu o Espiritismo como sendo uma ciência que

estuda a origem, a natureza, o destino dos espíritos e as relações que existem entre o mundo

corporal e o mundo espiritual.

Para que ele pudesse haver chegado a estas conclusões, a mediunidade foi a porta pela qual Alan

Kardec teve acesso às informações do mundo espiritual. Será sobre isto, que iremos falar.

Os livros que os srs. irão receber, foram escritos por um grupo de trabalhadores profundamente

dedicados à mediunidade. Há trinta anos, vêem-se dedicando ao estudo e à pratica mediúnica:

Projeto Manoel Filomeno de Miranda, da Mansão do Caminho.

1.- A mediunidade, como nós sabemos, é uma ponte, e, como toda ponte com seus percalços:

pontes existem resistentes e pontes muitos frágeis. Pontes de aparência muito bela que sempre

oferecem uma aparente comodidade e ruem a qualquer momento sem aviso prévio. E outras,

toscas, construídas de maneira brutal e, todavia, portadoras de segurança que é aquilo que mais

nos interessa.

2.- O Codificador foi muito claro, quando estabeleceu que a mediunidade é uma faculdade que o

organismo reveste de células para o ministério do intercâmbio. Nas palavras textuais: é

uma certa predisposição orgânica.

3.- A mediunidade é uma faculdade da alma, como a inteligência, como a memória, como as

aptidões culturais e artísticas. Para que se possam expressar essas faculdades, o organismo

produz células especiais, eis porque nascemos médiuns ou poderemos desenvolver aptidões para

nos tornarmos receptáculos de comunicações sutis, mas não necessariamente ostensivas.

4.- Kardec, examinando a mediunidade, estabeleceu que ela pode ser muito sutil. Ela pode

apresentar-se de maneira quase imponderável, mas também ela pode ser de maneira muito

vigorosa.

5.- É aquela mediunidade que, nos convida de um para outro momento, para o exercício. A

mediunidade ostensiva, como a inteligência.

6.- Somos todos, pessoas, portadores de inteligência.

7.- Alguns, revelam-na, nos mínimos atos de sua vida. Em quaisquer comunicações. Outros, têm

muita dificuldade em apresentar aprendizagens, discernimento, capacidade de conhecimento,

conforme aqueles que estão numa postura mais elevada.

8.- Isto devemos, como é sabido de nós espíritas, ao processo de evolução do espírito.

9.- A mediunidade, por sua vez, pode ser também examinada como sendo de prova: uma porta

aberta para nos proporcionar reparação. É a mediunidade atormentada. Aquela

mediunidade na qual o indivíduo se depara em constantes máscaras de agonia. E a

mediunidade que se transforma num instrumento precioso para construção do bem operante.

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PALESTRA: Divaldo Pereira Franco: --- “QUALIDADE NA PRÁTICA MEDIÚNICA” 2

10.- Aqueles que atingem o mais elevado grau de abnegação e de cuidado. O Espírito Joana D´Arc,

em uma bela página inserta em O Livro dos Médiuns, definiu como sendo o mediunato ou

médium nato, como se queira.

11.- Então, este estado de mediunidade missionária, é o clímax do exercício da função mediúnica.

Não existem, portanto, médiuns missionários adredemente preparados. Eles tornam-se

missionários pela forma como aplicaram a mediunidade e, consequentemente, como a sua vida

pode ser transformada em roteiro para outras vidas.

12.- A mediunidade, portanto, exige determinadas disciplinas, para que possa atingir a finalidade

para a qual se destina. E, por isso mesmo, ela nos impõe uma programática, através da qual,

metodologicamente, iremos dando passos mais seguros, principalmente se é a mediunidade

espírita.

13.- Como é uma faculdade da alma, a mediunidade é neutra, tanto se apresenta em pessoas

moralizadas, como em indivíduos primários, brutamontes, porque a inteligência está em

cada experiência humana e, não apenas nas pessoas elevadas.

14.- Indivíduos existem de alto nível intelectual e, no entanto, fossilam nas expressões mais baixas

da vulgaridade.

15.- Também o indivíduo pode ser portador de uma excelente mediunidade ostensiva sem nenhum

caráter moral.

16.- A mediunidade está na história, desde o Período Paleolítico: --- Encontraram, os antropólogos,

vestígios de fenômenos mediúnicos de intercâmbio, na Idade Primitiva, Paleolítica, quando os

homens se reuniam nas cavernas a volta da fogueira, e ali colocavam pedras e seixos com a

imagem dos seus ancestrais para que eles se aquecessem e, colocavam também, muitas vezes, o

crânio humano à entrada da gruta, para poder afastá-los, aqueles que haviam desencarnados, não

retornando à intimidade da família ou do clã, para perturbar.

17.- Então, essa faculdade inerente à criatura humana e, somente a ela inerente, é perfeitamente

normal. Dia chegará, conforme prevê o próprio Codificador, em que nós dispensaremos

determinados detalhes e requisitos para incorporarmos a mediunidade aos nossos sentidos.

18.- Foi o Professor Charles Richet, prêmio Nobel de Fisiologia Humana, quem estabeleceu

que nós possuímos além dos sentidos sensoriais, o sexto sentido, que para ele era o sentido

metapsíquico, palavra que ele criou porque ignorava a palavra espírita, convencional. Então,

nós seremos pessoas médiuns para o cotidiano.

19.- A Parapsicologia, por sua vez, também informa que esta faculdade psi, em breve, será

perfeitamente natural na criatura humana em seu processo de evolução.

20.- O Espiritismo, todavia, veio oferecer, uma metodologia ético-moral, para que a

mediunidade pudesse oferecer frutos sazonados, à humanidade e, não se transformasse em um

instrumento de perturbação, de desídia, de agressividade e de fenômenos inferiores para entreter

o ser humano, como acontecia nos períodos primitivos e a Bíblia nos evoca, durante o grande

êxodo dos hebreus, saindo do Egito a Israel, entregando-se a bacanais, em torno do Bezerro de

Ouro, e exercendo a mediunidade para fins ignóbeis, o que fez Moisés proibir as evocações.

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21.- Com muita propriedade ele o fez, porque se evocava os espíritos para futilidades, como ocorreu

no século XIX, por ocasião das mesas girantes e falantes, as pessoas ainda desenformadas

da finalidade daquele fenômeno, reuniam-se nos salões, nas noites de sarau ou na intimidade

doméstica, para questiúnculas de inutilidades, mas eram por sua vez atendidas por espíritos

equivalentes, já que pessoas sensatas, cuidadas com programação, como espíritos nobres, não

se prestam a esse currículo da inutilidade.

22.- Coube a Allan Kardec, a tarefa notável de dar à mediunidade uma linha de dignidade,

estabelecendo portanto, a mediunidade espírita, aquela que se fundamenta nas experiências do

Espiritismo, ao escrever o Livro dos Médiuns, e publicá-lo em 1861. No I Capítulo, com a

sabedoria que lhe era peculiar, Allan Kardec declara e, antes, de fazer alguém espírita, fazei-o

espiritualista, o que equivale dizer, antes de pretender provar que os espíritos voltam, é necessário

levar o indivíduo a acreditar que existem espíritos.

23.- Como crer que eles retornam se não se acredita na sua existência? Por isso mesmo, o I Capítulo

de O Livro dos Médiuns é uma interrogação: --- Há espíritos? E, filosoficamente, ele demonstra

que sim, que os há, e chama a atenção para a seriedade do Espiritismo. Não se pode conhecer

uma ciência com a leveza com que se lê uma revista.

24.- Todas as ciências impõem estudos, preocupações, sistematizações. Sendo o espiritismo uma

ciência, vai exigir de nós um interesse bem orientado, para que centremos a nossa atenção

nessa doutrina científica que é de fundamental importância para nossas vidas.

25.- Quando assim dizemos, algumas pessoas reagem: --- Então é uma doutrina para intelectuais? É

uma doutrina para acadêmicos? E, não há o menor fundamento. O espiritismo é doutrina

simples, se às vezes ele não é bem exposto, não é por causa do seu conteúdo, é pela pessoa que

se encarrega de explicar. É tão fácil ser complicado no dia-a-dia, que é muito comum na doutrina

espírita, nos utilizarmos da sua simpleza e beleza para adornar de complexidades que não se

justificam.

26.- Para iniciar, no espiritismo, não existe nada exterior, nem culto, nem roupas características,

nem talismãs, nem sacerdócio, nem operações de natureza sistemática que possam degenerar em

cerimônias. Não existe um sacerdócio organizado. O que demonstra ser uma doutrina de

vinculação da criatura com o seu criador. Não existem aqueles que respondem por nós:

confessores, juízes, analistas, nós temos um compromisso com consciência divina que está em

nossa própria consciência.

27.- Mas, por uma necessidade, própria de a natureza humana, o instinto gregário que nos vem do

reino animal primitivo, necessitamos estar juntos, primeiro para nos ajudarmos reciprocamente,

depois para termos mecanismos de socorro ao nosso próximo, e por fim, pela necessidade da

evolução.

28.- Jesus teve ocasião de dizer: --- E quando dois ou mais se reunirem em meu nome para orar, eu

estarei entre eles, convidando-nos à fraternidade. Isto não quer dizer que aquele que orar a sós

não receba o influxo de Sua inspiração. Mas, ao fazer a colocação global, Ele nos induz à

fraternidade, ao interesse pelo nosso próximo, ao intercâmbio, evitando que determinadas

doutrinas do passado conseguiram realizar o isolacionismo, a fuga da realidade, a jornada para o

deserto, para as grutas, para servir a Deus, abandonando o mundo. É óbvio, que se trata de

uma fuga psicológica, de medo de enfrentar o mundo. O mundo aí, está para que o tornemos

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PALESTRA: Divaldo Pereira Franco: --- “QUALIDADE NA PRÁTICA MEDIÚNICA” 4

melhor, com os nossos hábitos, acendendo lâmpadas na noite, ao invés de pregarmos contra a

escuridão.

29.- O exercício, portanto, da mediunidade deve ter qualificação e, para que ele ocorra dentro de

padrões que nos ajudem é necessário que sejam feitas essas experiências, em uma reunião

adrede programada para esse fim.

30.- E Allan Kardec, teve o cuidado de estabelecer a linha direcional dessas reuniões, quando

apresentou o Regulamento da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, às autoridades

governamentais de Paris, para ter o direito a abrir um grupo espírita de acesso às demais pessoas,

conforme exigiam as Leis da época, estabelecidas pelo Imperador Napoleão III: ---“ Qualquer

reunião com mais de vinte e cinco palavras, era necessário que recebesse o aval da polícia”,

porque Napoleão Imperador, traíra a República e auto transformara-se Imperador, exilando as

personalidades de livre pensamento para que do estrangeiro não pudessem perturbar a sua

ditadura monárquica, o qual aconteceu com Victor Hugo e outros escritores, literatos, pensadores,

como sempre o fazem os ditadores.

31.- Desse admirável regulamento que se encontra também em O Livro dos Médiuns, a partir do

Capítulo XXIX nós vamos encontrar todas as diretrizes para uma boa sociedade espírita.

32.- E, é dele, que Kardec terá ocasião de referir-se no item trezentos e cinqüenta, às variedades das

reuniões, essas reuniões podem ser frívolas, experimentais e reuniões de estudos. Com

quanta sabedoria, ele pode estabelecer uma síntese dos nossos interesses em nossas

comunicações com o mundo espiritual.

33.- Quais são as reuniões frívolas?

33.1.- São aquelas, de pessoas que não tendo maturidade psicológica nem interesse de progressos,

comprazem-se em divertimentos e, foi por isso também que ele teve oportunidade de dizer: --- A

mediunidade nunca subirá ao palco das feiras para divertir as pessoas. Porque a mediunidade é

uma coisa grave e com gravidade ela deve ser examinada, porque ela tem que ver com a nossa

imortalidade e a nossa imortalidade interessa-nos a todos globalmente, mas a cada um em

particular, com muito mais intensidade.

33.2.- As reuniões frívolas eram aquelas que se realizavam em Paris. Algumas pessoas reuniam-se

e em volta da mesa, faziam perguntas banais, como até hoje. Principalmente as moças casadoiras,

sempre perguntavam se iam casar e até hoje, os rapazes também ambiciosos, se se vão casar,

com moças ricas.

33.3.- Ou, também, aquelas pessoas que desejam o companheiro ideal. Certo dia alguém perguntou-

me: -- Sr. Divaldo, eu queria encontrar o homem ideal. E, eu perguntei e você é a mulher ideal

para ele? Ela ficou muito embaraçada, porque não era.

33.4.- Nós sempre queremos que o outro seja ideal, que seja o melhor, extraordinário, para nós

manipularmos , porque a mulher que quer o homem ideal deve lembrar que o homem ideal

também está procurando a mulher ideal, e, como não existem nem homens nem mulheres ideais,

vamos aceitando nossas provações até o dia em que chegarmos ao lado ideal.

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33.5.- Quando eu era mais jovem e, portanto, menos experiente, muitas pessoas me procuravam

para questões frívolas e, muitas vezes eu estimulava porque me vinha o sentimento de compaixão

e eu confundia piedade com caridade.

33.6.- Depois eu percebi que muita gente gosta de ser infeliz e a melhor compaixão para ele é

problema. Então, eu passei a orar exatamente o contrário.

33.7.- Quando me pedem, até hoje: ---Oh!! peça a Deus, para me aliviar a carga. Eu digo: --- Meu

Deus, bote mais, que tá pouco. Quem tem tempo para reclamar é porque tem tempo mental

vazio. Quando o problema é muito sério a gente cala a boca para resolver, mas se fica reclamando

muito é porque é secundário.

33.8.- Então, naquela época, as moças colegas do meu trabalho: --- Divaldo, ore para eu me casar.

E, eu orava. E, orava muito!! E casavam!! Já era difícil, mais casavam!! Daí há algum tempo,

vinham-me: --- AH!! Divaldo, ore para eu me separar. Não é o homem ideal. E, eu orava!! Mas,

era tanta separação, eu não sei se era minha prece ou se era destino, que daí por diante toda vez

que alguém me pede: -- Pede a Deus para eu me casar, eu digo: --- Oh!! Meu Deus, eu vou

pedir, mas O SENHOR faça o que lhe convier, não posso dar sugestão ao SENHOR, porque o

SENHOR deve saber um pouco mais que eu. Então, deixaram de me pedir para casar.

33.9. Mas, sempre me pedem para ser médiuns: --- Ah!! eu queria ser médium como Chico Xavier.

Eu digo: --- Comece, daqui há noventa anos, talvez você esteja aprendendo que não vai ser

igual a ele. Mas, já é uma perspectiva.

33.10.- São reuniões frívolas, aquelas nas quais não há seriedade, não há espírito de nobreza, não

há introspecção, não há o sentido da caridade, não há a harmonia que deve viger entre aqueles

que buscam a comunhão com o mundo espiritual.

34.- Allan Kardec, então, estabelece que existe as sessões experimentais: --- Aquelas nas quais os

médiuns são submetidos a testes: pessoas sensatas, estudiosas, observadoras, então realizam

essas de experimentações mediúnica, com caráter portanto, elevado, de confirmar, de

reconfirmar, de constatar, de oferecer mais subsídios para os que estão buscando a verdade

através da legião dos fatos, que se multiplicam diariamente em nossa doutrina, em nosso

movimento.

35.- E o terceiro grupo de sessão: --- As sessões de estudos, aquelas nas quais, as entidades

venerandas trazem-nos informações para reflexão, para meditação, para estudo, para

aprendizagem.

3.6.- Hoje, poderíamos atualizar a linguagem. A primeira, a fútil, a frívola, continua frívola e

irresponsável.

37.- A experimental, seria sessão mediúnica de desenvolvimento, palavra que não

corresponde, porque ninguém desenvolve a mediunidade, educa a mediunidade.

38.- A mediunidade, é uma força pára física que nós educamos, canalizando as nossas energias.

Seriam então, as sessões mediúnicas que se dedicam à educação daqueles sensitivos que são

portadores de mediunidade.

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39.- E as sessões de estudo, seriam as sessões mais especializadas, as sessões de desobssesão,

aquelas nas quais, nós temos um imenso campo a ajoelhar, das entidades perversas, infelizes,

assinaladas pela angústias em que se comprazem, em esforçar-se de a quem atribui condições de

adversários, procurando vencê-los, destruí-los.

39.1- É uma sessão terapêutica, mas nas quais, as entidades venerandas oferecem-nos páginas de

incomparável beleza, proporcionando-nos temas para reflexões, para estudos muito acurados.

40.- Allan Kardec teve muito cuidado de estabelecer que o fenômeno mediúnico pode ser visto sob

dois aspectos: --- O fenômeno da personalidade: --- Aquele fenômeno que decorre do próprio

inconsciente do médium.

40.1.- Merece recordar-nos que somente depois da morte de Allan Kardec é que surgiram

determinados estudos a respeito do cérebro.

40.2.- Por exemplo, em 1889, foi apresentada pela primeira vez na história da fisiologia, uma área

cerebral, abaixo da consciência, que recebeu o nome de super consciente.

41.- Até então, sabia-se que nós temos uma memória do passado, mas não havia uma palavra

compatível para definir.

41.1.- As experiências do Prof. Pierre Janet, da Universidade de La Sopetrierre, em Paris, chegaram

à conclusão, de que nós temos um depósito de lembranças abaixo da área do eu consciente.

42.- Posteriormente, a partir de 1885, com Freud, foi criada a palavra inconsciente, e que abaixo

dessa subconsciência, há um depósito de memórias: aqueles acontecimentos mais profundos,

estão arquivados em uma área que ele denominou com justeza, de inconsciente, e que apesar de

estarem ali, interferem em nossa vida, através de hábitos, através de manifestações automáticas,

de instintos.

43.- Nós temos o automatismo fisiológico, a que está se dando a digestão em todos nós, mas

nós não temos consciência. É o fenômeno fisiológico automático.

43.1.- A circulação do sangue: o sangue está circulando cérelemente, 90 metros por segundo e, nós

não notamos.

43.2.- A respiração: o oxigênio adentrando-se e indo até os nossos pulmões, transformando o sangue

venoso em arterial e, nós não notamos.

43.3.- Os movimentos peristáltico, do intestino: movimentando o bolo alimentar, até eliminá-lo.

Em suma, as nossas glândulas de secreções endócrinas: automatismos fisiológicos.

44.- Mas, nós temos também, automatismos psicológicos. Aquilo que ficou arquivado, nós

fazemos automaticamente.

45.- O que é uma pessoa educada?

45.1.- É uma pessoa que tem hábitos saudáveis. Quando alguém lhe vai falar, levanta-se,

automaticamente. É uma pessoa que quando vai bocejar, coloca a mão, discretamente.

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PALESTRA: Divaldo Pereira Franco: --- “QUALIDADE NA PRÁTICA MEDIÚNICA” 7

45.2.- Quando nós nos distraímos, um ato que pode passar despercebido, chama a atenção, a pessoa

se espreguiça como se estivesse no seu quarto, de público. É uma pessoa de hábitos censuráveis.

Não criou hábitos psicológicos saudáveis.

45.3.- Falar alto, falar baixo, sentar-se bem à mesa, são automatismos psicológicos. Porque nós

aprendemos e fazemos sem nos dar conta.

45.4.- Uma pessoa educada, é gentil, sem a preocupação de querer conquistar ninguém. Aquilo é

natural, a pessoa é cortês, é delicada, é terna, exala, porque está introjetado em seu inconsciente.

46.- Mais tarde, esse inconsciente foi reclassificado pelo psicoterapeuta, o psiquiatra e psicanalista,

Carl Gustav Young, que se divorciou de Freud e apresentou a psicanálise analítica.

46.1.- Dizia Young que, nós temos dois inconscientes: o nosso historial, desde o momento da

concepção até o momento atual e, o inconsciente coletivo, as heranças dos nossos

antepassados.

47.- Porque, nos gene e nos cromossomas, estão as marcas de tudo o que aconteceu na história da

humanidade.

47.1.- Então, nós temos dois inconscientes. Esses inconscientes trabalham em nós ativamente,

através de instintos, através de impulsos, através de reações.

48.- Nós vivemos em uma sociedade que reage. Não é uma sociedade que age.

48.1.- É muito comum dizermos, alguém pisou em meu pé e eu dei um soco, eu empurrei. É um ato

animal, selvagem. Se pisamos na pata do cão, o cão morde.

49.- Há pessoas também que se pisamos no pé, elas mordem.

49.1.- Eu tenho um amigo que me disse: --- Divaldo, eu ando muito nervoso, você quer orar para

mim? Eu disse, como você está nervoso? --- Você imagine que o cachorro mordeu meu pé e, eu

abaixei e mordi o cachorro também.

49.2.- Ele reagiu, eram dois cães: um bípede outro quadrúpede, mas estavam na mesma faixa

animal.

50.- Então, nós vivemos reagindo. Quando deveríamos viver agindo. Porque nós pensamos.

51.- Alguém me diz um desaforo, eu devo olhar para ele e dizer: --- deve estar louco, deve estar

exaltado, aconteceu alguma coisa, ele não está brigando comigo, ele deve estar botando para fora

um conflito, então eu não reajo. Eu olho para ele e fico tranqüilo. O problema é dele e não é

meu.

51.1.- Se ele disser: você é um ladrão. Eu não vou ficar ladrão a partir de agora, só porque ele disse.

Ele está jogando em mim a consciência conflitiva, porque ele deve ser um ladrãozinho.

51.2.- Há ladrões de grande porte e há ladrões de porte menor, mas são todos ladrões.

51.3.- É muito comum, quando se fala da Crucificação: --- que Jesus morreu entre o bom e o mau

ladrão. Eu nunca encontrei um bom ladrão!! Tudo é ladrão! Aquele que é bom é porque ajuda a

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PALESTRA: Divaldo Pereira Franco: --- “QUALIDADE NA PRÁTICA MEDIÚNICA” 8

família. E aquele que é mau é porque bota na Suiça, ou nos Paraísos Fiscais. Então, são ladrões

da mesma forma.

52.- Daí então nós precisamos criar condicionamentos mediúnicos.

53.- E, Allan Kardec, antes desta evolução psicológica, ele percebeu que existem fenômenos que são

do próprio indivíduo. Fenômenos nervosos.

53.1- Muita gente confunde estresse, nervosismo, neurastenia, com mediunidade.

53.2.- Se alguém aqui tiver uma crise epiléptica não falta quem diga: --- mediunidade, obsessão.

Não é não, é epilepsia, mesmo.

53.3.- Não deveremos chegar ao absurdo das fantasias. Fazendo eletro encefalograma, nós vamos

ver ali a infecção, o problema cerebral, a marca.

53.4.- Então, não havendo as comunicações de natureza neurais ou neuroniais, o indivíduo tem uma

convulsão provocada pelo cérebro, então, ele toma um anti convulsivo e fica bem, com obsessor

ou sem obsessor.

54.- Muitos psiquiatras me dizem: --- Vocês são ridículos. Eu tenho aqui o mapa do cérebro de vários

psicopatas. Vocês dizem que é obsessão. Eu digo, vocês quer dizer, eles. Porque eu nunca

digo.

54.1.- Primeiro, eu não diagnostico nada em ninguém, porque não sou médico. Sou apenas um

pobre médium.

54.2.- E eu fico admirado como os médiuns são formidáveis, eu chamo de super médiuns. Eles

olham para a pessoa: --- obsessão, obsessão.

54.3.- Eles só vêem o mal, que coisa curiosa. Nunca vêem pessoas saudáveis, pessoas joviais,

pessoas que estão lutando, talvez sejam obsediadas, mas estão saindo da obsessão.

54.4.- Todos nós andamos num pântano, uns entrando outros saindo. Então, merecemos muito

respeito porque nós estamos saindo e, muita gente quando sai do pântano fica de pé sujo até

encontrar um regato para lavar o pé, mas já saiu do pântano.

55.- Mas, esses super médiuns eles têm um prazer impressionante. Se uma pessoa é enferma,

porque é orgânico está ficando obsediada. Não concordou com aquilo, ficou obsedada. Os guias

estão se vingando. Eu não sei onde leram isto.

55.1.- Mas, o povo que é ignorante, adooooora fantasia. Quanto mais fantasia melhor.

56.- E agora existe esta de obsessão para tudo, porque é muito cômodo, meus amigos, porque sendo

obsessão a culpa é dos espíritos, não é da pessoa. Só que a colocação está errada.

56.1.- Só existe obsediados porque são devedores. Estes, os encarnados, é que são os maus. Os

obsessores foram suas vítimas. São os pobres. Eles estão só cobrando a fatia deles: você me

prejudicou agora eu quero reparação. Daí eles estão cobrando.

56.2.- Eu tenho muita pena dos obsessores. Porque eles foram nossas vítimas.

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PALESTRA: Divaldo Pereira Franco: --- “QUALIDADE NA PRÁTICA MEDIÚNICA” 9

56.3.- E, os meus, aqueles que não simpatizam comigo, eu procuro ser muito gentil, converso. Peço

desculpa. E, eles, não vou desculpar. Eu digo, pior para você que vai ficar sofrendo. Porque eu já

estou com consciência de pagar, você não quer receber o problema é seu. Eu vou depositar no

Banco da Providência Divina, quando você quiser vá lá e faça um saque, porque está depositado.

57.- Então, nós estamos derrapando para situações lamentáveis e anti espíritas, não diagnostiquemos

nada, não somos médicos, não temos a capacidade para discernir.

57.1.- E, quando é um super médium, vidente ou clarividente, esses são terríveis. Eles fecham um

pouquinho o olho... para impressionar porque as pessoas gostam de um pouco de teatro, olham

de lado, enviesado e começam a ver coisa nenhuma. E a fantasia toma conta da sua mente: ---

vejo aqui seis obsessores.

58.- As pessoas me contam: --- Sr. Divaldo, eu fui em um lugar e me disseram que eu tenho seis

obsessores. Eu digo: --- Meus parabéns!! Porquê? Eu digo: --- Porque eu tenho trinta e oito!

Tudo isto?! eu digo: --- agora, porque já tive cento e cinquenta e quatro. Já doutrinei uma parte!

58.1.- Como é que nós podemos admitir um ridículo deste? Como se os obsessores ficassem

parados e o vidente contando: um, dois, três, quatro,... Não tem nada disto, é fantasia.

58.2.- Na aura, que é uma emanação do perispírito, aparecem rostos anciosos, mas não

necessariamente de obsessores.

58.3- Aqui, neste momento, que eu estou com uma indução espiritual, eu estou com o psiquismo

que, várias entidades interessadas no processo da nossa evolução, estão canalizando meu

pensamento.

59.- O médium verá, de quando em quando, alguém aparecer e diluir-se; outro formalizar-se,

permanecer e apagar, mas não houve aquela auréola de rostos para ficar contando quantos são

os guias, quantos são os obsessores.

60.- Falta de estudo da Doutrina Espírita.

61.- Por isso Kardec disse: --- Há fenômenos que são do próprio médium, do seu nervosismo. A

pessoa especular, se bater, bater os pés, bater na mesa, empurrar a mesa, quebrar cadeira...,

não tem nada a ver com a mediunidade!!

61.2.- A mediunidade não é um estupor. Isto é um desequilíbrio nervoso, de uma pessoa mal

educada.

62.- Se a mediunidade para funcionar exigisse esse pugilado, o que seria dos médiuns fracos que não

agüentam essa luta corporal?

63.- Eu conheci, numa cidade, do interior de Minas chamada Cidade das Águas, um Centro Espírita,

no qual, os espíritos obsessores vinham e arrebentavam as cadeiras, arrebentavam a mesa. Foi

tanto prejuízo que, o Presidente, que era mais ou menos do mesmo nível, me disse: --- Divaldo,

eu tomei uma solução.

63.1.- Eu suspendi as reuniões, por quinze dias, e quando voltaram, os médiuns quebradores, eu

coloquei uma linda toalha com uma tapeçaria sobre a mesa e, abri a reunião.

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PALESTRA: Divaldo Pereira Franco: --- “QUALIDADE NA PRÁTICA MEDIÚNICA” 10

63.2.- Então, vieram aqueles, acostumados a quebrar a mesa, dar chutes na mesa, dar socos e, o

primeiro fechou a mão e quando ele deu um soco, ele deu um grito!! Porque eu fiz a mesa de

concreto armado. O outro repetiu também, gritou... o terceiro ... No fim da reunião, já se

manifestavam assim: --- Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo! e, quando terminou ele tirou a

toalha e disse: --- Esta mesa eu duvido que quebre. Ele prendeu-a no solo, construída em

concreto e ferro.

63.3.- Nunca mais ninguém recebeu dando soco na mesa, porque quebrava a mão. A “Irmã Mesa”,

continuava ali, heróica, genial!!

64.- Então são distúrbios nervosos. Se eu estiver em um lugar e, alguém receber espírito se jogar

no chão, eu não me abalo para levantar. Já que ele caiu, levante!, porque são cenas, nós vamos

levantar então, tem chute, tem isso, ... tem aquela cena, no máximo digo assim: --- faz favor de

levantar-se; às vezes eu sei que é um médium, mas para ser gentil eu digo assim: --- meu irmão,

levante-se, porque o médium também é meu irmão, ... faça um esforço, levante-se. Não levanto!!

então, ok!!, vamos conversar aí mesmo! Ele é que está no chão, não sou eu.

65.- Então falam assim: --- Falta de caridade!! Falta de caridade é desrespeitar uma Doutrina tão

nobre!, com seus distúrbios nervosos, com seus escândalos pessoais.

65.1.- Acompanhe essa pessoa à casa e vai saber que é desequilibrada dentro de casa.

65.2.- Que é agressiva, que tem o humor muito susceptível, de crises nervosas, então primeiro

vamos tratar o nervoso, para poder cuidar da mediunidade, caso a pessoa tenha.

65.3.- O que nós temos feito? Vemos uma pessoa que perde o emprego, -- neste País perder o

emprego é a coisa mais natural do mundo, o grande problema é não perder o emprego --, logo

dizem assim; Ah!! é obsessão! --- Tem que desenvolver a mediunidade! A pessoa é muito

doente: --- Tem que desenvolver a mediunidade!! Aonde leram isto, pelo Amor de Deus!!?

66.- A pessoa tem as suas provas, tem as suas dores. A mediunidade não tem nada a ver, se ela

estiver, é um resgate para a pessoa, é um convite, é uma mediunidade de prova, como Allan

Kardec estabeleceu, mas não é a mediunidade que está proporcionando os desequilíbrios; os

desequilíbrios é que estão gerando uma mediunidade atormentada.

66.1.- Se o paciente melhorar, a mediunidade se equilibra. É exatamente o oposto. Então dizem,

tem que desenvolver, mas desenvolver o quê, pelo Amor de Deus!!?

66.2.- Outras vezes, pessoas, na rua, no trabalho, alguém tem um problema, eles dizem: --- Você é

médium!.. e, a pessoa fica com aquela indução.

67.- Também eu não sei como é que descobre quem é médium, quem não é médium! Porque

ninguém tem uma estrela, a estrela mediúnica na testa.

67.1.- Como é que sabe que é médium? Eu não sei. Kardec nunca soube. Primeiro temos que

experimentar.

68.- As pessoas vem e me dizem: --- Sr, Divaldo, disseram que sou médium, o que o Sr. acha?, eu

pergunto: --- Você sente alguma coisa? Não senhor. Então não é! Ah!! mas eu sinto isto, sinto

aquilo,... então é. Só a pessoa é que sabe, nós não podemos adivinhar o quê que ela sente.

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PALESTRA: Divaldo Pereira Franco: --- “QUALIDADE NA PRÁTICA MEDIÚNICA” 11

68.1.- Eu tenho episódios de insônia, eu tenho sensações perturbadoras, eu tenho determinados

tipos de angústia, às vezes percebo vultos, tenho insegurança emocional, ... são sintomas de

possível mediunidade, mas são também sintomas de possível depressão; entre uma coisa e outra,

temos que aguardar a maneira de definir as chamadas síndromes da doença ou as características

da mediunidade. Que fazer? Logo se diz, levar à sessão mediúnica, ... em absoluto!

69.- Não podemos levar pessoas desajustadas a um Laboratório, porque ela não tem condições. Está

no I Capítulo do Livro dos Médiuns, o I.

70.- Para entrarmos no Gabinete de Química, necessitamos entender as fórmulas. Se nós vemos

fórmula H2O e uma garrafinha com um líquido dentro, é água; mas se nós vemos H2SO4, já não

é água, é ácido sulfúrico, embora a aparência seja de água, se nós ingerirmos morremos na hora.

70.1.- Para entramos num Gabinete de Química necessitamos entender as fórmulas. Como trabalhar?

71.- Para entramos na sessão Mediúnica, temos que conhecer o laboratório do mundo espiritual que

Kardec chama o Laboratório do Mundo Invisível, aos nossos olhos.

72.- Daí se torna necessário o estudo primeiro.

73.- Não levar pessoas perturbadas, à sessão mediúnica. Porque tem que levar? Os guias

atendem-nos em qualquer lugar.

73.1.- Você vai ficar em uma sala contígua, lendo, enquanto realizamos a sessão, e vamos esperar

se por acaso vem algumas informações... aplicamos o passe, orientamos, mandamos ler o

Evangelho para iluminar-se, depois orientamos nas obras básicas e mandamos a pessoa fazer a

sua auto terapia.

73.2.- Vem às sessões doutrinárias, às de estudo para você compreender e, oportunamente, às

mediúnicas, passando pelos critérios do entendimento: O que é a mediunidade.

73.3.- Como acontece o fenômeno mediúnico?

73.4.- Será que o espírito entra no médium e expulsa o espírito encarnado?

73.5.- Como é que se dá o fenômeno mediúnico?

73.6.- Como é que ocorre?

73.7.- Qual é a fisiologia da incorporação?

73.7.1.- Palavra equivocada. Porque o espírito não incorpora no médium, é psicofonia: o fenômeno

através do qual ele fala por outra boca.

74.- Então, é necessário conhecermos o perispírito; as funções do perispírito, porque toda

comunicação mediúnica é perispírito de desencarnado imantando-se ao perispírito do encarnado

e, exercendo sobre o encarnado predominância da sua vontade. Na obsessão, mas também na

iluminação.

75.- O espírito Mentor, quando vem falar por nós ele sobrepõe a sua sobre a nossa vontade, em

nosso campo perispiritual.

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PALESTRA: Divaldo Pereira Franco: --- “QUALIDADE NA PRÁTICA MEDIÚNICA” 12

76.- Kardec dizia: --- Há fenômenos que são do próprio médium.

77.- Não havia a palavra subconsciente, repito. Nem consciente. Hoje diríamos: do inconsciente do

médium.

77.1.- São aquelas comunicações, que não vão e não voltam. O médium sempre geme, é aquela

coisa a vida inteira, porque eu sou muito sofredor. É o inconsciente, que está jogando para fora

os seus conflitos. Nós deveremos atender uma duas vezes, na terceira, devemos dizemos: ---

Fulano, reaja, é você mesmo, reaja!! Com todo o carinho.

77.2.- O médium não vai ficar agora sensibilizado, ... me desmoralizou... Como?, a verdade não

desmoraliza ninguém, moraliza.

78.- Por isso que as reuniões não podem ser públicas. Devem ser feitas com um grupo de pessoas

que se estimem, que objetivem metas fundamentais, que se respeitem, que tenham ideais

elevados.

79.- Kardec define, como iremos estudar na qualidade da prática da sessão mediúnica. São

qualidades fundamentais.

80.- Então, o Doutrinador, terá um trabalho de muita relevância: que é orientar. ah! mas não vou

dizer nada, a pessoa vai ficar com raiva.

80.1.- Vai ficar com raiva, sai, melhor! Não devemos lamentar ao que saem. Devemos lamentar se

eles ficam complicando. Se ele saiu é porque não tem estrutura. Ele quer impor os seus

desequilíbrios.

80.2.- Não é justo, que uma pessoa desequilibrada perturbe o trabalho sério de pessoas honestas.

80.3.- Então, cabe ao Doutrinador dizer: olhe, este fenômeno, note, é repetitivo.

80.4.- É como o fenômeno da depressão. O depressivo queixa-se sempre. Se ele começar a falar,

não termina nunca, porque ele vai e repete, ele vai e repete.

81.- O fenômeno do nosso inconsciente é repetitivo. O espírito está sempre chorando, está sempre

com dores, está sempre com mágoas, está sempre lamentando-se. São clichês do nosso

inconsciente.

82.- Porque cada um de nós é diferente. Se dois de nós aqui, incorporarmos no mesmo médium,

cada um de nós vai dizer coisa diferente.

82.1.- Porque, apesar de sermos gêmeos fisiológicos, não somos gêmeos psicológicos. Os nossos

interesses são diferentes.

82.2.- Então nós iremos abordar uma linguagem diversa, características da personalidade que variam

entre gêmeos univitelinos.

83.- Então Kardec, foi ao ponto crucial. E, existem os fenômenos que ele chama de espíritas. São

aqueles, que têm a interferência dos espíritos.

84.- Como nos lembramos, ele dividiu a mediunidade em duas áreas: A mediunidade de efeitos

intelectuais e a mediunidade de efeitos físicos.

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PALESTRA: Divaldo Pereira Franco: --- “QUALIDADE NA PRÁTICA MEDIÚNICA” 13

85.- A mediunidade de efeitos intelectuais, é aquela que usa mais as nossas potencialidades

psíquicas: A psicofonia, a psicografia, pictografia, a pintura, a música, o desenho.

86.- Aquelas de efeitos físicos, são que exigem o nosso ectoplasmas para fenômenos externos à

nossa aura, à nossa realidade.

87.- Com esse equipamento, o espiritismo criou raízes, para poder educar todos aqueles que se

lhe acerquem, sendo portadores da mediunidade.

88.- Com o tempo, vulgarizou-se muito uma palavra, que se tornou fundamental em nosso

movimento: a palavra animismo.

88.1.- Então, nós ficamos muito conflitiados. Muitos médiuns, será que é um fenômeno anímico?,

será que é um fenômeno do meu inconsciente?

89.- Todos nós podemos avaliar a qualidade das comunicações, se formos honestos conosco

mesmos.

89.1.- Se nós repetirmos apenas o que sabemos, apenas aquilo que pensamos, é uma coisa intra

mediúnica, está dentro de nós.

89.2.- Mas se nós, por exemplo, exteriorizamos coisas que não sabemos, ocorrências que não

fomos sabendo, notícias que não estão gravadas, páginas de uma beleza que ultrapassa a nossa

capacidade medial, o fenômeno é mediúnico.

90.- Então, ninguém pode dizer: este fenômeno é anímico, este fenômeno é mediúnico. O médium,

terá que fazer uma auto-análise para poder elaborar e, se tornou muito popular a palavra

animismo.

91.- Hoje, eu gostaria de fazer uma abordagem um pouco mais profunda sobre isto.

91.1.- No ano de 1889, foi publicado na Europa, um livro terrível, contra o espiritismo: O livro

chama-se O Espiritismo e, era firmado pelo alemão Barão Fonharthman.

91.2.- Ele acusando os fenômenos espíritas, de fenômenos do inconsciente, de estados de delírios, de

alucinações, de transtornos epilépticos, de fenômenos estéricos e, tinha bastante razão em

uma grande parte.

92.- No ano seguinte, o eminente médico, do Czar da Rússia, Alexandre II, o eminente Professor

Alexander Akzakov, que havia estudado os maiores médiuns da Europa e da América.

92.1.- Ele, inclusive, estudou profundamente a mediunidade de Daniel Danglasgowm, o mais

extraordinário médium do século XIX.

92.2.- Daniel Danglashom, era um médium tão incomum, que ele flutuava no ar, ele conseguia sair

por uma janela de um terceiro piso, planar no ar e entrar pelo outro lado.

92.3.- Ele possuía fenômenos parapsicológicos incomuns.

92.4.- Da lareira da sala a pólo do Palácio do Louvre, em Paris, diante da Imperatriz Eugênia, do

Imperador Napoleão III e de testemunhas, ele atiçou a lareira, colocou o rosto e tomava das

chamas, como se estivesse lavando o rosto com labaredas e, conseguia transmitir esta pára-

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PALESTRA: Divaldo Pereira Franco: --- “QUALIDADE NA PRÁTICA MEDIÚNICA” 14

normalidade para a outras pessoas: Ele pegava as brasas acesas, passava a mão na mão de

outrem e colocava ali a brasa e a pessoa saia com ela sem sentir nada; tomava um papel,

imantava, jogava na lareira e o papel não ardia, depois ele dizia: --- pode queimar, e o papel

incendiava-se.

93.- Foi um médium de peregrinas faculdades mas, não era espírita e, por incrível que pareça

combateu Allan Kardec.

93.1.- Como era natural, porque Allan Kardec, propunha a mediunidade moralizada.

93.2.- E, Daniel Danglashome era um ocioso, explorador, ele nunca aceitava dinheiro. Só aceitava

jóias, casacos de pele, hospedagem em hotéis de luxo e convívio com a nobreza. Era assim que

ele dizia: --- dinheiro nunca!!, nem me fale nisto!! Mas, era tratado igual.

93.3.- Foi o médium dos Reis. O próprio Czar Nicolau II, quando ele, Daniel, se casou com uma

afilhada do Czar de todas as Rússias, mandou-lhe um anel de brilhantes fabuloso. Esta jovem

morreu, Sacha, e, ele se apaixonou por uma outra jovem, também russa, que era prima de

Alexander Aksakov, e casou-se com toda a pompa.

93.4.- Os reis em geral, recebiam-no com uma grande igualdade em palácio.

94.- Então, Daniel se achava no direito de censurar Allan Kardec, ao pregar a mediunidade gratuita:

“dar de graça o que de graça se recebe”. Até hoje isto é um cravo no sapato de muita gente,

porque há muito médium que não recebe dinheiro, recebe só presente.

95.- Então, nós criamos uma palavra: “a indústria do presente” e, deveremos ter muito cuidado.

96.- Eu criei como ética, quando a pessoa me dá uma coisa, além do normal eu recuso, eu digo:

muito obrigada, eu não vou usar nunca. Não, mas faço questão. Não aceito. Os guias não ficam

contentes comigo. Porque a pessoa está comprando o médium, indiretamente.

96.1.- A alma humana é muito sutil. Dá hoje um presente caro, amanhã proporciona outra coisa cara,

um dia faz um pedido absurdo e, como é? Ele vai atender e, se os espíritos não vierem? Ele vai

mistificar. Esses perigos são tantos que, numa longa existência como a minha sempre sucederam.

97.- Certa feita, no Rio de Janeiro, nos anos 80, um senhor rico, um homem muito nobre, árabe, que

residia numa das ruas mais caras da América Latina, que é no Bairro do Ipanema, éramos muito

amigos, isto é, ele se tornou espírita, a sua família e, a sua senhora desencarnou.

97.1.- Ele, então, fez um depósito bancário muito alto em meu nome e, amigos nossos, comuns, dele

e meus, telefonaram-me eufóricos: --- Divaldo, a partir de agora você não vai ter dificuldade.

Porque nas minhas viagens eu passo alguns apuros muitas vezes, principalmente no exterior, tudo

é muito caro para os meus padrões.

98.- Então, eu procuro ter muita austeridade, muita disciplina e, ele sabia disso e perguntava: ---

Divaldo como você lancha?, muitas vezes não lancho, não vejo necessidade, eu sou gordo por

formação, agora, vou dizer como todo gordo: --- não é de comer muito não, é de comer a hora!

98.1.- Então, muitas disciplinas, viagens muito sob controle, porque como nós não temos no

movimento espírita pessoas que possam convidar-nos e arcar com as despesas, nós vamos pelo

ideal pessoal, por conta própria muitas vezes e, como é natural, tudo muito caro, nós não temos

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PALESTRA: Divaldo Pereira Franco: --- “QUALIDADE NA PRÁTICA MEDIÚNICA” 15

disciplina muito rígida. Então, eu vou muito a Paris, desde 1937, ele perguntava, você vai àqueles

restaurantes? E, eu digo, aháháá..., restaurante-pizzaria.

98.2.- Então, Pizzaria veio para salvar a humanidade, a gente passa, come uma bagatela daquela,

bota água, quando aumenta a gente tem três dias garantidos.

98.3.- E, ele tinha essa preocupação, a esposa desencarnou, e ele então, me colocou uma

importância no banco para facilitar a minha vida, com a melhor das intenções.

98.4.- E, os meus amigos eufóricos, agora você não vai mais ter problemas, porque eu também

nunca me queixei também a ninguém, jamais!! Eu disse: --- Mas, como? É, ele fez um depósito

em seu nome, na importância y, no Banco tal, quando você quiser pode sacar.

98.5.- Eu disse: --- digam para ele que imediatamente retire. Não há entre nós um amor que possa

permitir dar um dinheiro desse com tanta gente passando fome, eu ter um valor bancário tal alto

em meu nome, em absoluto!!

98.6.- Aí, meus amigos ficaram muito decepcionados e começaram a me doutrinar.

98.7.- Então eu digo: --- Olhe lá, o doutrinador sou eu, não são vocês que vão mudar minha forma

de ser. Eu prego contra a mediunidade paga.

98.8.- Mas não foi pela sua mediunidade!! e, então porque ele não deu ao João da Silva?, ele deu a

mim?, ele deveria ter dado varredor da rua, ao assessoria do prédio, deveria ter reunido os

jardineiros da rua e distribuído, existe algo, ... eu sei que é um ato de estima, fico muito

agradecido mas, não posso aceitar.

98.9.- Reuni a Diretoria do Centro na mesma hora. Fizemos uma ata de recusa, para ficar

perpetrado para sempre, está lá!

98.10.- Depois, fui a ele, expliquei que não que ele desse outro jeito, ele que distribuísse como

caridade. Ah!, mas agora não pode, está em seu nome. Eu digo, não tenho nada com isto, como

o Sr. colocou então o Sr. tira; o Sr. entende, eu não entendo. E, ademais, imagine, como vou

declarar no Imposto de renda, de repente, ou não declarar?? Como é que pode, pregando uma

doutrina com tanta clareza e ter uma lacuna moral dessa natureza. Se o Sr. me estima, poupe-me

problemas. A gente só gera problemas para pessoas de que não gosta. Ah!! eu quero muito bem

a você. Então, resolva. Ele resolveu, encaminhou para obras sociais.

99.- Ótimo, eu confio em Deus, aquele que se lhe entrega, nada lhe faltará!!, desde que não

ambiciona aquilo que pode abraçar.

99.1.- Para que eu quero um tesouro se eu não posso abarcar?, então, nós na mediunidade temos

muitos perigos.

100.- Mas, o Barão Fonhartman escreveu esta obra fulminante e, Alexander Aksakof, amigo dos

maiores médiuns da Europa e alguns americanos, depois de pesquisar, respondeu com uma obra

clássica que os espíritas na maioria não conhecem, que se chama “Animismo e Espiritismo” de

Alexander Aksakof.

101.- A palavra animismo não é da doutrina espírita.

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PALESTRA: Divaldo Pereira Franco: --- “QUALIDADE NA PRÁTICA MEDIÚNICA” 16

101.1.- Nós dizemos toda hora: é animismo, é animismo!!, não é uma palavra espírita. Ela foi criada

em 1891 e, consta da sua obra.

102.- Se não é animismo este fenômeno, como é que se chama? Eu vou ler textualmente o que ele

escreveu, para ser fiel, porque é uma página de ciência e a partir de hoje nós mudarmos a

denominação.

103.- Na obra Animismo e Espiritismo, publicada pela Federação Espírita Brasileira, ele diz o

seguinte, na página número 23:

103.1. --- “... Podemos observar que existem três fenômenos: fenômenos do personismo, fenômenos

do animismo e fenômenos do espiritismo. O personismo, abrange fenômenos psíquicos

inconscientes, produzindo-se nos limites da esfera corpórea do médium, ou intra mediúnicos, cujo

caráter distintivo é principalmente, a personificação, isto é, a apropriação ou adoção do nome

e, muitas vezes do caráter de uma personalidade estranha à do médium.

103.2. Tais são os fenômenos elementares do mediunismo: a mesa falante, a escrita, as

manifestações de desdobramento da consciência -- , fenômeno fundamental do mediunismo.

103.3.- Os fatos dessa categoria nos revelam o grande fenômeno da atualidade do ser psíquico, da

não identidade do eu individual interior e inconsciente com o eu pessoal exterior e consciente.

103.4.- Eles nos provam, que a totalidade do ser psíquico, seu centro de gravidade, não está no eu

pessoal, que esse último não é mais do que a manifestação fenomenal do eu individual, que por

conseguinte, os elementos dessa fenomenalidade, necessariamente pessoais, podem ter um

caráter múltiplo, normal, anormal ou fictício, segundo as condições do organismo: sono natural,

sonambulismo, mediunismo.

103.5.- Essa rubrica, dá razão às teorias da celebração inconsciente de Carpinte; do sonambulismo

inconsciente ou latente do Dr. Hartman; do automatismo psíquico dos srs. Ismailer, Janet e

outros..

--- Então, aqueles fenômenos que nós chamamos de animismo, são fenômenos do personismo, de persona, eles estão dentro de nós, e podem ser mediúnicos, como nas mesas girantes, ou do nosso inconsciente.

103.6. “Animismo, fenômenos psíquicos inconscientes se produzido fora dos limites da esfera corpórea do médium, ou extra mediúnicos: transmissão do pensamento, telepatia, telecinesia, movimentos de objetos em contatos, materialização, são fenômenos anímicos.

103.7.- Temos aqui a manifestação culminante do desdobramento psíquico, os elementos da personalidade transpõem os limites do corpo e manifestam-se a distância, por efeitos não somente psíquicos porém, ainda físicos e mesmos plásticos e indo até a plena exteriorização ou objetivação, provando por esse meio que o elemento psíquico pode ser, não somente, um simples fenômeno de consciência, mais ainda, um centro de força substancial, pensante, organizadora, podendo também por conseguinte organizar, temporariamente, um simulacro de órgão, visível ou invisível e produzindo efeitos físicos: são as materializações de mãos, de rostos, são fenômenos do animismo, porque vem,-- como ele vai explicar --, de ânima, da alma do médium que empresta energia, o ectoplasma.

103.8.- A palavra alma, ânima, com o sentido que tem geralmente, no espiritismo e no espiritualismo, justifica plenamente o emprego da palavra animismo.

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PALESTRA: Divaldo Pereira Franco: --- “QUALIDADE NA PRÁTICA MEDIÚNICA” 17

103.9.- Segundo a noção espirítica, a alma não é o eu individual, que pertence ao espírito, porém o envoltório – ele faz aqui um pouquinho de confusão.

Allan Kardec demonstrou que espírito expande-se através de um envoltório semi material que é o perispírito. Os esoteristas, chamam isso alma, a esse envoltório, o corpo astral”, ... mas é secundário.

103.10.- A alma, não é o eu individual, que pertence ao espírito porém, o envoltório o corpo fluídico espiritual desse eu.

103.11.- Por conseguinte, nós teríamos os fenômemos anímicos, manifestações da alma -- perispírito – como entidade substancial, o que explicaria o fato de essas manifestações poderem revestir também o caráter físico-plástico segundo o grau de desagregação do corpo físico ou do perispírito ou ainda da meta-organização, segundo a expressão de Hallemberg.

103.12.- E, como a personalidade é o resultado direto do nosso organismo terrestre, segue-se daí, naturalmente, que os elementos anímicos, pertencentes ao organismo espiritual são também, os portadores da personalidade.

104.- Então, nós vemos que o fenômeno do personismo é intra, do animismo é extra.

104.1.- No personismo, a persona, exterioriza; no animismo, as comunicações dão-se fora, tanto elas podem ser da nossa vontade: a telepatia, mover objetos com o pensamento, alguns podem ser movidos com espírito, as materializações, é uma diferença, portanto, muito básica.

104.2.- Quando nós da sessão, queremos dizer que o fenômeno é anímico, poderemos dizer que é um fenômeno personista, da persona, porque a alma, aqui no caso, é o perispírito.

105.- Agora vejamos fenômenos espíritas.

105.1.- Terceiro -- Espiritismo: Fenômenos de personismo e de animismo na aparência, porém, que reconhece uma causa extra mediúnica, supra terrestre, isto é, fora da esfera da nossa existência. Temos aqui, a manifestação terrestre do eu individual por meio daqueles elementos da personalidade que tiveram a força de manterem-se em roda do centro individual, depois de sua separação do corpo e que se pode manifestar pela mediunidade ou pela associação com os elementos psíquicos homogêneos, referentes ao ser vivo”.

106.- E, ele prossegue. Então ele teve esse cuidado de fazer essa divisão dos fenômenos do personismo, dos fenômenos animismo e dos fenômenos do espiritismo.

107.- O médium, pode produzir os três fenômenos, porque como criatura humana, ele tem os seus arquivos, no seu inconsciente estão as suas aspirações, o depósito das suas necessidades, ele pode através desse anseio, produzir um fenômeno do personismo, aparentar qualquer uma coisa que ele desejou e não logrou, por exemplo.

107.1.- Se eu acalentei ser sacerdote da Igreja Católica e não pude eu guardei um clichê e em determinado momento eu posso recuperar esse clichê, tomando a postura de um padre, falando até um pouco de latim, fazendo até um culto com certa respeitabilidade.

107.2.- É um fenômeno do personismo, porque essa personalidade está guardada no meu inconsciente.

108.- Na Bahia, por exemplo, é muito comum a manifestação de Cosme, Cosme e Damião, Cosminho, porque é um atavismo, estamos até perto, no dia 27 de setembro, é dado para Os meninos, como dizem lá.

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PALESTRA: Divaldo Pereira Franco: --- “QUALIDADE NA PRÁTICA MEDIÚNICA” 18

108.1.- É uma época ótima, comida boooa: vatapá, carurú e xixim de galinha, eles são muito caprichosos, gostam de comida africana, deliciosa e cara, camarão seco, que é muito caro, então me mandam, muitas baianas que trabalham com Umbanda, com a Quimbanda, somos muito amigos, elas me mandam: --- olha, os nossos Orixás estão mandando para os seus Orixás, e como os meus Orixás não comem, eu mando brasa, e como,.. rsrs.

108.2.- Elas põem para os Orixás comerem, eu não, eu aproveito graças a Deus, e agradeço! é o atavismo.

109.- E, os espíritos manifestam, mas não são espíritos, ou são brincalhões ou são estados do personismo, essa cultura, o índio, é muito comum, o Preto Velho, no nosso país a quem devemos muito, aos Pretos Velhos, à Mãe Negra, maravilhoooosa, em Santa Catarina, que teve uma grande colaboração de africanos, então, nós temos uma gratidão imensa, estamos com um arquivo, então, de repente vem , na sessão um Preto Velho.

110.- Meus irmãos, no Além não existem nem pretos nem velhos; no Além todos, temos a nossa realidade espiritual.

110.1.- É tão bom ter um Preto Velho que continua empregado nosso, não podemos ter na terra temos no Além.

110.2.- Pessoas nos dizem, eu quando quero fazer uma coisa, invoco meu Preto Velho e ele vem!

111.- Eu tenho uma amiga, que tem muita implicância ou muito carinho, por São Benedito, o pobre Sr. era negro, então, trabalhou muito na escravidão, toda vez que ela precisava de uma coisa botava São Benedito lá fora, só tirava da chuva, quando ele resolvesse. Então, me dizia: --- Divaldo, é tiro e queda, ele resolve!!

112.- No Nordeste, não sei cá, o hábito, é com Santo Antonio, o Menino Jesus de Santo Antonio, sofre horrores, tira o menino dele, bota de cabeça para baixo, dentro de um copo com água, até casar..., ele só volta para os braços de Santo Antonio, depois de casar.

112.1.- São atavismos lindos! regionais, culturais, não tem nada a ver com espiritismo.

113.- Pois, eu já vi, comunicações de Jesus Menino, falando, Jesus falando tabi-tati: --- filhinhos, como é que vão... ,e, alguém falando: --- Divaldo é Jesus Menino!!, então eu digo: --- Meu Deus, Ele não cresceu até hoje, dois mil anos, que provação dolorosa, não é?! ... mas, acho até bonito, mas não é um fenômeno mediúnico, convenhamos!! Também tem o Preto Velho ...

114.- Certa feita, eu estava em um lugar e me disseram que eu deveria falar com a Médium Principal, depois da palestra. Eu fui falar com a Médium Principal, ela estava realmente incorporada, e ela me disse: --- Olha, meu filho, tem gente fazendo trabalho contra você , eu digo.. mas que desperdício, néE?!... gastar dinheiro para fazer trabalho contra mim.

114.1.- Mas porquê? I Ah!! inveja,... mas inveja de quê?! Ahh! meu filho, tem aqui muita inveja neste mundo, você vai, eu vou preparar aqui um água, você vai colocar a folha tal, a folha qual, e você vai tomar 7 banhos, sete sexta-feiras.

114.2.- Vocês imaginam, eu viajando com sete garrafadas, por todo lugar.., chegava nos hotéis.

114.3.- Eu digo: --- Olha meu irmão, eu lhe agradeço muito a bondade, mas eu não acredito. Mas como? Aí, apelou: --- tá dizendo que eu estou mentindo? --- Não senhor, eu estou dizendo que não acredito no efeito de uma „ mézinha´ dessa.

114.4.- Não posso conceber, que um espírito que me odeia, eu derramo uma água com as beberagens, ele se afasta de mim se eu não mudar de caráter; o que atrai o espírito mal não é o exterior, sou eu.

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PALESTRA: Divaldo Pereira Franco: --- “QUALIDADE NA PRÁTICA MEDIÚNICA” 19

114.5.- Se alguém está fazendo o mal em mim e pega, é porque eu estou no mesmo nível.

114.6.- Primeiro, que não vai pegar coisa nenhuma, só me acontece o que eu devo. É uma questão kármica.

114.7.- Deus não me vai cobrar uma dívida que eu não tenho. Só porque alguém não gosta de mim, agora faz um trabalho eu dou sete anos prá trás, quinze anos prá frente, começam que são fantasias, o senhor me desculpe, mas não acredito mesmo!

114.8.- Mas, então, não vai tomar os banhos por garantia? Não senhor, eu tenho a prece, tenho minha conduta, se elas não me resguardarem e deixei a garrafada lá, imagine, eu posso até me cortar, deixei a garrafada lá.

115.- Temos que ter uma convicção espírita.

116.- E, este Preto Velho, não era Preto Velho nada, nem branco, era espírito zombeteiro, que estava se aproveitando daquela gente, zombando.

117.- Como disse Kardec, se invocardes uma pedra, a pedra vem e fala. Se dissermos assim: --- Palco, fala comigo, eu te invoco! E, aí o palco: --- eu sou paaalco!!... espíritos zombeteiros.

118.- Chico Xavier, me contou-me uma fenomenal. Ele morava na cidade de Pedro Leopoldo, que naquela época era um lugarejo, hoje é uma cidade muito expressiva; e então, publicou o Livro Nosso Lar, foi um impacto, a revelação de André Luiz.

119.- E, quando foi certo dia, foram pessoas lá, buscarem-no, pessoas amigas, porque em um lugar ainda menor chamado a Lapinha, havia um grupinho mediúnico, e esse grupinho mediúnico, era um grupinho de pessoas modestas, mas eram muito honestas e, havia naquele lugar uma vaquinha que era praticamente o arrimo daquela gente.

119.1.- A vaca chamava-se Branquinha, e eles iam comemorar o primeiro mês da desencarnação da Vaca Branquinha, que deixou muita saudade.

119.2.- O Chico, muito amável, percebeu, escusou-se e disse: --- Não, não poderei ir, tenho outros compromissos, que realmente tinha --, depois vocês me contam...

119.2.- E, as pessoas voltaram e contaram para ele. Olha irmão Chico, o senhor não sabe o que perdeu.

119.3.- Foi uma sessão monumental. Nós evocamos a Irmã Vaca Branquinha, pedimos à Divindade, e ela veio. Chico disse: --- como é que ela falava? --- Ela mugia.

119.4.- Quem está no aparelho? então aquele: múúuuuu, múúuuuu, ... --- É a Irmã Vaga Branquinha? --- múúuuuu, múúuuuu, ... e então tiveram um diálogo muito bonito.

119.5.- O que o Chico gostou foi da etapa final, quando o Presidente disse: --- E, agora minha irmã volte para os currais da espiritualidade... rsrsrs

119.6.- Levou muito a sério André Luiz, construiu currais na espiritualidade, para a irmã Vaca Branquinha.

119.7.- Mas, eles não eram mal intencionados, eram ingênuos e o fenômeno pode ser autêntico, e o espírito zombeteiro, aproveitou-se da ignorância, da ingenuidade, para essa farsa.

120.- Então, nós temos que conhecer para não sermos instrumentos de zombaria de entidades perversas, que se comprazem em perturbarmos e em gerar-nos dificuldades.

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121.- Então, Allan Kardec e aqui está Alexander Akzakof, um cientista de renome mundial, estabelecendo que o fenômeno podem ter três procedências, diz Akzakof.

122.- Kardec fala dos fenômenos que estão em nós e dos fenômenos que estão através de seres de outra dimensão para poder entrar em contato conosco.

SEGUNDA FASE: PERGUNTAS.

1.- Na sua opinião, quem é portador de distúrbio depressivo e utiliza medicamentos de uso controlado, pode participar de atividades mediúnicas? Aplicar passes e outras atividades quaisquer, mediúnicas?

R.- Pode, mas não deve. Porque é uma pessoa que se encontra em tratamento. Os neurolépticos, também chamados barbitúricos, são portadores de substâncias químicas para restabelecer o fluxo dos neurotransmissores e, esse reequilíbrio, produz vários estados de perturbação emocional, a lucidez fica comprometida, o indivíduo está sujeito a alucinações visuais, a alucinações auditivas. É um paciente. Então, ele deve ser poupado de atividades mediúnicas, ele pode ir para receber a terapia dos passes, acompanhar como colaborar, mas não para exercer a mediunidade, porque ele não está em condições psíquicas, nem em condições neurológicas.

2.- A mediunidade pode ser praticada com segurança por epilépticos?

R.- A epilepsia, como nos referimos, é um distúrbio das comunicações cerebrais. O epiléptico, pode participar das reuniões. Poderá ocorrer uma ou outra vez que ele tenha um surto convulsivo e, nesse momento, se procura apoiá-lo, socorrê-lo, porque pode ser que ele freqüente por um largo período, e não tenha qualquer convulsão. Não poderíamos chegar ao excesso de cuidado para privá-lo, inclusivo de exercer a mediunidade. Porque o fato de ele ser epiléptico não implica que ele não seja possuidor de mediunidade, porque as áreas são diferentes.

2.2.- A mediunidade, encontra-se centrada, principalmente, no centro coronário, na região da glândula epífise ou pineal e, a epilepsia, apresenta distúrbios em determinadas áreas outras do cérebro. Lesões decorrentes de pancadas, de infecções e de outros problemas neurológicos.

2.3.- Então, ele deve estar conscientizado, de quando sentir as primeiras manifestações que são chamadas aura epiléptica, o paciente começa, por exemplo, a ter contrações do dedo mínimo, automaticamente, é um gênero de epilepsia, ele vai ter a convulsão e, se ele observar a sua sintomatologia, ele pode inclusive, interromper, através de exercício mental, que aquela convulsão se torne uma realidade.

2.4.- Então, ele pode, mas, se estiver tomando altas medicações inibitórias ele deve evitar o fenômeno mediúnico, pela mesma razão, porque as neuro transmissões estarão interrompidas, estarão sob altas cargas clínicas e, nessas cargas há muita química de laboratório, gerando perturbações nos centros mentais.

3.- Durante o atendimento diálogo-fraterno, o atendente-médium, pode doutrinar obsessores do assistido?

R.- Não deve, porque o atendimento fraterno é uma atividade para encaminhamento, não é uma atividade mediúnica. Seria a mesma coisa de um psicoterapeuta, entrar em um transtorno de um paciente, no seu consultório.

3.2.- Nós deveremos fazer o atendimento fraterno, de uma maneira muito saudável, evitando, inclusive, que o paciente dê campo a comunicações mediúnicas e, quando ocorrer, nós diremos você reaja, este não é o lugar, procure controlar-se, tudo o que poderemos fazer é pedir que você evite a comunicação. Não iremos atender a entidade comunicante, porque o paciente não tem

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condições de controlar-se e, assim, nós vamos educando este médium, portador da faculdade de prova, para seus futuros comportamentos.

4.- Existe determinados Grupos espíritas que, em plena sessões doutrinárias, as pessoas que assistem entram em crise nervosa, mediúnica, interrompendo a atividade.

R.- Não é correto. Jesus, quando entrou na Sinagoga, num sábado, um possesso, levantou-se e gritou para Ele: --- Jesus de Nazaré, eu sei Quem Tu És. A atitude de Jesus foi muito enérgica: --- Cala-te!! ainda não é chegada a minha hora. Sai dele e, o espírito saiu.

4.2.- Então, nós temos momentos para tudo, e lugares próprios para nossas atividades, que devem ser preservadas. Se o atendente fraterno passa a doutrinar entidades sofredoras em pacientes desavisados, em breve, o atendimento é uma mini sessão mediúnica, portando, ela perde em qualidade e ganha o que ganha em exibicionismo.

5.- Como diferenciar pára normalidade de mediunidade?

R.- A palavra paranormal, vem significar aquele que está além de, um estado que nós convencionamos chamar, normalidade.

5.2.- Não existe o indivíduo linha reta, que seria o indivíduo normal.

5.3.- Nós transitamos no eletro encefalógrafo, em uma curva ascendente-descendente, que caracteriza nosso humor , nossa normalidade, momentos de pique para cima, quando estamos eufóricos, momentos de pique para baixo, quando estamos tensos, que são perfeitamente normais.

5.4.- Então, isto é chamado estado de consciência lúcida.

5.5.- Existem, os estados alterados de consciência, quando o indivíduo consegue ir além desta linha divisória.

5.6.- Então, chamamos de pára normal àquele que entra nesta área além da consciência convencional, então, trata-se de pára normalidade

5.7.- E, existem aqueles que chegam ao estado de consciência alterada.

5.8.- O indivíduo que que faz a alteração de consciência, ele vai para cima; o de consciência alterada é para baixo: é um psicopata.

5.9.- Um autista, um depressivo, um esquizofrênico, encontram-se num estado de consciência alterada, há uma patologia.

5.10.- O médium, o sensitivo, o sujeito, estão em estado alterados de consciência, em níveis mais altos.

5.11.- Então, a psicologia, dividiu esses níveis de consciências através dos chamados biorítimos. São quatro biorítimos, quatro níveis de consciências: a consciência de sono, a consciência desperta, a consciência de si mesmo e a consciência objetiva.

5.12.- A consciência de sono, é medida através é um biorítimo de 13 ciclos por segundo até 27, então é um estado de consciência beta; é a pessoa acelerada, é a pessoa que não presta atenção, que está sempre ansiosa, então ele tem um gráfico com os riscos muito próximos.

5.13.- Quando o indivíduo consegue, o estado de consciência desperta, o seu eletroencefalograma dá uma imagem de um biorítmo mais separado de 7,1 até 12 aproximadamente, então é um ciclo denominado de estado de consciência lúcida ou estado alpha.

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5.14.- Quando o indivíduo, entra num transe, ele vai do do ciclo 3,1 até aproximadamente 7 e, quando ele entra num transe profundo, ele vai de 0,1 até aproximadamente 3. Então, seus ciclos mentais são muito lentos, porque a consciência alterada está em profundo estado de percepção.

5.15.- Daí, se pode medir através do eletro encefalograma, os fenômenos mediúnicos, os fenômenos patológicos, os vários biorítimos e os diferentes níveis de estado de consciência.

5.16.- Então, o paranormal é aquele indivíduo que está acima do normal, aquele que é portador de intuição um clarividente, o clariaudiente, são indivíduos de um personismo com estados alterados de consciência, é um pára normal.

5.17.- Então, todo médium é um paranormal, mas nem todo pára normal é médium..

5.18.- Os médiuns, somos paranormais, portadores de mediunidade, então todo médium é um pára normal, mas nem todo pára normal é médium.

5.19.- Porque se eu recebo transmissão do pensamento, eu sou um pára normal, mas não sou médium.

5.20.- Se eu produzo fenômeno de telesinesia – movimento de objeto sem contato humano pelo pensamento, eu sou um pára normal, mas não sou médium, porque este fenômeno sou eu quem produz, seria um animismo, é um fenômeno fora de mim.

5.21.- Se eu produzo materializações de espíritos, eu sou um pára normal, porque sou médium, alguém interfere na minha conduta, para produzir os fenômenos.

5.22.- Todo médium, portanto, é um pára normal, mas nem todo pára normal é necessariamente um médium.

6.- A dificuldade de concentração é fator de preocupação para a grande maioria dos médiuns. Qual a orientação que poderia dar-nos nesse sentido?

R.- Concentração é um tema muito delicado, porque é um tema de hábito.

6.2.- Nós, ocidentais, temos uma poli valência de idéias simultâneas, nós estamos ouvindo, estamos acompanhando, mas o nosso pensamento divaga. É o nosso hábito dessas curvas ascendentes-descendentes, conseguir controlar o pensamento, é um grande esforço.

6.3.- Buda, oitocentos anos antes de Jesus, já dizia: --- Tente. Se você não conseguir numa semana, consegue em quatro, se não conseguir em quatro semanas, consegue em quatro anos, se não conseguir em quatro anos, conseguirá em quatro encarnações, mas é necessário tentar.

6.4.- Nós temos que criar o hábito de sair da poli idéias para a mono idéia. Existem muitas técnicas.

6.5.- Certa feita, eu li um livro muito interessante de Sai Baba ---, nenhuma conotação com a doutrina de Sai Baba, mas com a experiência dele como pára normal. Ele produz fenômenos e não é médium. Ele materializa metais, materializa cinza, materializa perfumes e, não é médium; ele mesmo faz isto com a sua ação psíquica.

6.6.- E, ele tem uma técnica, que a gente pode treinar.

6.7.- Ele sugere que coloquemos, a uma regular distância, uma vela acesa, -- não tem nada a ver com o culto da vela. Eu vou explicar porque a vela acesa. Porque nós olhando para a chama da vela, ela se movimenta; poderíamos colocar uma lâmpada, mas a lâmpada é fixa, é parada, então, nós perdemos um pouco o equilíbrio visual, porque termina por “cegar-nos”.

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6.8.- Colocar uma vela acesa e concentrarmos na seguinte frase: --- Eu estou vendo a chama da vela... (bem suavemente)... eu estou vendo a chama da vela,... eu estou vendo a chama da vela ..., até a mente somente ver a chama da vela, porque nós estamos saindo da quantidade para a unidade, então nós vamos treinando, daí a pouco só vemos a chama da vela, e não pensa em mais nada. É o primeiro passo.

6.9.- Depois, desse primeiro passo, nós agora passamos a uma segunda experiência, não será na primeira semana, não adianta apressar. Tem que treinar.

6.10.- Agora, nós olhamos e dizemos: --- A chama da vela me ilumina e, com o tempo, nós olhando para a chama da vela, vemos que estamos iluminados pela chama da vela. A chama da vela me ilumina, e olhamos porque ela movimenta, a gente acompanha e fixa, quando a gente sentir que olhando para a chama da vela não vem pensamento nenhum, nós passamos para a terceira fase:

6.11..- Eu sou a chama da vela, então, nós olhamos e vemos mais a chama lá, nós olhamos e vemos que estamos sendo iluminados; é uma técnica.

6.12.- Quando nós formos à reunião mediúnica, nós diremos: --- “Pai nosso, ... Oh!! Deus... Vois sóis o Nosso Pai..., muita gente diz que O Pai Nosso é uma prece mística, mas é só o hábito de falar mal; é o conjunto mais perfeito de síntese que até hoje alguém elaborou. Não tem nada a ver com mística.

6.13.- Jesus nos ensinou, como excelente Filho de Deus!!, e o Ser mais perfeito que Deus nos ofereceu, para servir de modelo e Guia, resposta à questão 625, de O Livro dos Espíritos, mas sem nenhum sentido de religião, mas no sentido de Adoração a Deus, -- terceira parte de O Livro dos Espíritos, A Lei de Adoração. Adorar não é ter um culto, é um estado interior.

6.14.- Então nós dizemos: --- Pai Nosso, ... e, começamos a pensar: o que Ele quis dizer? .. que Deus é meu Pai do meu amigo mas é Pai também do meu inimigo,que o meu inimigo é meu irmão, porque não há dois Deuses,e, se ele é meu Pai, é Pai do outro, notem como veio uma conotação admirável!... então ele não pode ser meu inimigo, nós somos irmão, eu devo ter para com ele o respeito que ele merece... Que estais nos céus... Deus Meu como é grande o Universo, Eu não tenho capacidade sequer para dimensionar..., enquanto eu estou reflexionando nisto eu estou concentrando; é uma técnica de concentração.

6.15.- E, vou repetindo cada frase, e vou detendo minha mente em cada frase; não é rezar como nós aprendemos em outras religiões: “ Pai nosso que está no céu, lá vai fulana com o vestido vermelho, vem a nós o Vosso Reino...”, não! é sentir o conteúdo, introjetar, ou simplesmente ficar pensando: Deus meu, o que é que vou fazer aqui na reunião, em que eu poderei ser útil? pensar uma coisa, concentrar, colocar o centro com atenção, pôr o centro e com atenção focalizar o centro.

6.16.- Quando eu comecei, os espíritos me ensinaram uma técnica, -- eu sou ex-católico, fui sacristão na minha infância-- e, havia na minha cidade, uma oleogravura com Jesus orando no Horto das Oliveiras; a cidade Jerusalém adormecida e, ele sentado ali olhando a cidade. É uma oleogravura azul, muito antiga, à época muito conhecida; e, então, eu tinha dificuldade de me concentrar.

6.17.- Joana de Angelis me disse: --- Pense, naquela figura que é muito conhecida, pense somente nela, e comece a perguntar: --- O que é que Ele estaria pensando? Você tem aquela imagem na sua cabeça, conteúdo, agora, pense na dor moral, o que Ele estava pensando? e, eu comecei.

6.18.- Eu ia para a reunião e, depois que relaxava um pouco, eu dizia assim: --- que coisa,... Ele estava olhando e se lembrava, Jerusalém, Jerusalém, cidade que mata os Profetas ia agora matar um outro Profeta; aonde estarão meus amigos? Devem estar cochilando, aonde estão aqueles a

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quem beneficiei?, ... então eu ficava pensando, no que Ele, por certo, estaria pensando, e graças a isto a minha mente concentrava só naquilo ficava pensando só naquilo, com o tempo eu fiz tantas reflexões que, dia chegou que eu não tinha mais o que pensar. Eu me lembrava da figura e minha mente entrava em transe

6.19.- Então, concentrar, é exatamente fixar o pensamento em uma idéia predominante, mas, não deixar que o irmão-sono tome conta de nós.

6.20.- O irmão-sono é um ladrão que calça sandálias de veludo e devagarzinho entra na nossa casa mental e fecha a porta.

6.21.- Quando a pessoa dorme na sessão mediúnica diz: --- Mas eu tive um desprendimento... rsrs. Deixe para ter o desprendimento deitado na caminha, que vai ter oito horas.

6.22.- A hora da reunião, é para nós estarmos, psíquicamente ativos no bem e orgânicamente relaxados, de perturbações.

6.23.- Daí, o sono é o terrível adversário.

6.24.- As pessoas hiper ativas, as pessoas que têm normalmente, uma vida de muita preocupação, na hora que param, dorme. Não tem nada a ver com mediunidade.

6.25.- Eu tenho vários amigos, que eu não deixo sentar à mesa, porque eles sentam à mesa e dormem e, fica feio para mim, porque o povo vai dizem: --- vejam, o próprio amigo do Divaldo já não agüenta ele... tá dormindo!! Né não, é que ele é assim mesmo, e, como eu não posso explicar, então eu não deixo; quando ele vem eu digo, você vai ficar perto da porta, porque se eu lhe olhar muito é porque você está cochilando e, como você está de olho fechado não vê, seu espírito vê que eu estou reclamando mentalmente, você saia. Levante-se, movimente-se, porque há pessoas que ficam teimando e vão cochilando de cair de cadeira.

6.26.- Mas é só comigo não, com o Apóstolo Paulo!! um homem estava numa varanda alta, com platibanda, e Paulo falando, ele caiu de lá, bateu a cabeça e quase morreu; Paulo, então reclamou com o espírito: --- tome o corpo de volta!! porque, senão a ser um problema.

6.27.- Mas, eu já tive uma dessas. Uma conferência numa cidade de um estado próximo daqui. Era naquele tempo em que as pessoas entusiasmavam muito, a palestra foi num teatro, e as pessoas tiveram a infeliz idéia de suspender as aulas noturnas. E, fazer palestra com estudante, só Jesus Cristo e eu não sei se ele conseguiria, por que os estudantes vêm para namorar, para um olhar para a cara do outro e, fica aquele movimentação entra e sai, entra e sai, passam e associam.

6.28.- Quando eu vi aquela meninada, eu digo: --- Meu Deus, não sei como vai ser, porque se eu fizer um tema com um toque de humor eu dão gargalhadas, se eu fizer muito séria eles vão embora e saem aos bandos, fazendo suada. É que professora de Língua Portuguesa, havia sugerido que todos fossem, porque no dia seguinte iriam fazer uma prova de Língua Portuguesa,com o tema que e eu abordasse na palestra, então, todo mundo foi, ... quando eu soube eu disse, bem isto vai coibir um pouco. Olhei para eles e, eu tenho aquele olhar, assim de quebrar geladeira, quando ficam muito quietos, eu olho, então todos sentem-se repreendidos e ficam quietos.

6.29.- Então, eu comecei a falar e, contei uma história muito bela, eles foram acompanhando, subitamente, meus amigos, eu ouvi um ressonar altíssimo, então eu corri assim até a última, não era ninguém à minha frente estavam todo mundo aceso; e, subitamente ... outro ressonar, eu me voltei para o Presidente, para reclamar, quando me voltei, era ele!! rrsrs...eu tirei a vista, mas os estudantes perceberam e, como estudante é muito jovial, riram altíssimo. Ele acordou e disse: --- O que foi?? rsrs ... coitado!! ele chegou agora!! rsrs

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6.30.- Daí, o “irmão-sono” é terrível e, na sessão mediúnica há pessoas que ainda se dobram-se sobre a mesa, além de ser falta de educação doméstica, não podemos fazer isso, é uma falta de hábito, de cortezia, menos numa sessão mediúnica!! Imagine na presença de uma autoridade se nós vamos ficar à vontade, se nós vamos falar com o Sr. Governador, nós nos ajeitamos para dar uma boa impressão, por um sentido de ética.

6.31.- Então, para falar com Jesus, nós vamos bem anarquizados, bem desrespeitosos para falar com nossos Benfeitores? Eles estão invisíveis mas, não ausentes. Então, nós temos que manter uma postura.

6.32.- Eu criei o hábito de tal forma, ... Salvador é uma cidade bastante quente, menos Tubarão, porque lá nós temos a briiiiisa melhor do muuuundo!!, depois da brisa de Santa Catarina, naturalmente, rsrsr.

6.33.- E, às vezes, eu estou somente com a calça do pijama, e Joana de Angelis me aparece, automaticamente eu visto o paletó, automaticamente eu visto, para compor-me, porque é uma Senhora que está falando comigo, desencarnada, minha Mãe Espiritual, mas há um certo pudor; e, é isto que nós deveremos preservar em nossas reuniões, o pudor, o bom hábito, porque faz parte da nossa vida espiritual. Então, nós deveremos concentrar-nos criando hábitos.

6.34.- Se a pessoa não consegue ficar sentada sem cochilar, fique de pé, encoste-se à parede, e quando vier o irmão sono, a pessoa muda, muda de perna e vai, para puder manter a vigília, porque muitas vezes, são pessoas bloqueadas, psiquicamente tele mentalizadas por seus inimigos.

6.35.- Toda vez que tem uma coisa muito importante, eles dirigem o pensamento e a pessoa bloqueia.

6.36.- Muitos me dizem: --- eu não consigo ler, quando eu começo a ler, vem o sono, eu digo: --- Leia andando, quebre a rotina, porque aí todo o organismo entra em excitação nervosa e o sono não vem. Crie o hábito, porque senão vai continuar analfabeto, sabe ler e escrever , mas não pode usar. Então, a concentração é essencial para a boa harmonia do grupo.

7.- Que fatores ou circunstâncias poderão ser considerados motivo de afastamento temporário, do médium ou dirigente de ação mediúnica?

R.- Conduta moral. Nós não podemos vigiar, a conduta moral de ninguém. Mas, a pessoa sabe. Se a pessoa está numa fase de dificuldade se, se comprometeu desta ou daquela forma, se está com ressentimentos e, é o Doutrinador, cabe à pessoa dizer: --- Olha, por algum tempo eu vou passar a ser Assistente, eu não ando bem. Devemos ter honestidade, eu não ando vem; todos nós temos fase boa e fases muito ruins, quem não nas tem? Por uma temporada eu não vou poder.

7.2.- E, evitar muitos conflitos morais. O cultivo de idéias perturbadoras, que podem ser inspiradas por espíritos ociosos para nos perturbarem.

7.3.- Como nós não somos vigias da conduta alheia, mesmo nós sabendo, a não ser quando extrapola. Se a conduta da pessoa é anti doutrinária, no Centro, nós temos que chamar a atenção.

7.4.- E, o Evangelho diz como. Primeiro chama teu irmão em segredo e, adverte-o. Se ele não atender, reúne o grupo e fala. Se ele não atender, dize à comunidade.

7.5.- Nós devemos ter a nobreza moral de não falar por detrás, falar à pessoa.

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7.6.- Se a pessoa está tendo uma conduta reproxável: começou o namorio no Centro, e, nós deveremos evitar, o namorio entre o médium e o doutrinador, masculino ou feminino, o namorio entre médiuns, o Centro espírita não é lugar para isto.

7.7.- Às vezes eu vejo no Centro Espírita, às vezes eu vejo pessoas em atitudes que eu considero, desrespeitosa no Centro. Beijinhos, abraços demasiados, ... Meu Deus, será que não tem aonde?, não pode ficar uma hora sem essa caricia mentirosa?

7.8.- Do ponto de vista psicológica, todo exibicionismo, é conflito. Toda pessoa que exibe muita coisa para os outros verem é porque é incapaz de fazê-lo particularmente, está jogando para fora o conflito. Então, se nós amamos e vamos ao Centro, seguremos na mão, e, até não, não precisa. Será que aquela mão que vai ficar "dessegurada", vai correr pergco de quê? Deixe o obsessor pegar na mãozinha. Então, nós vamos ao centro para cuidar de coisas relevantes.

7.9.- O amor é relevante, mas há muitos momentos. O próprio respeito ao outro é um ato de amor.

7.10.- Então nós devemos evitar determinadas condutas.

7.11.- Principalmente o cupim, o cupim moral, que está acabando com a sociedade, que é a maledicência.

7.12.- Todo cupim come a madeira por dentro, fora a casca fica muito boa, quando a gente bate o dedo entra, porque está minado.

7.12.-A maledicência é assim, ela vai minando por dentro, a pessoa chega: nem te conto. É uma pessoa perigosa, não acredite nela porque ela vai falar de você. Tenha muito cuidado.

7.13.- Quando a pessoa diz, Divaldo, nem te conto. Eu digo: não conte mesmo, porque eu vou contar a todo mundo!! e, vou dizer que foi você que me contou. ah!! eu vou te contar mas não fale a ninguém. Como que eu vou ser sepultura de segredo dos outros? Não sei, então não me conte!! Ah!! mas o assunto é muito grave, melhor razão para eu não saber. É que a pessoa é atormentada e, sente prazer com a desgraça alheia.

7.14.- É um desvio de conduta muito sério. Tem terapia. Como a mentira, a mendacidade é uma doença, a pessoa tem que mentir para sentir-se bem. Procure um psiquiatra, por que já tem remédio, remédio para acabar com tanta mentira.

7.15.- Então, nós teremos que manter uma conduta muito boa. Se alguém vez falar do nosso próximo, Ah!! não faça isto comigo, se alguém vem falar do nosso próximo, eu chamo a pessoa e falo: --- Fulano, vem cá, olha Beltrano tá me contando,... tem fundamento? Ah! não faz isto comigo! Ué?! como você faz? Porque aí acaba. Fica chocante no primeiro caso, depois a pessoa toma uma receita..., nunca mais.

7.16.- É uma questão de disciplina, para que a nossa sessão, como disse Allan Kardec, seja uma reunião séria. Se é uma reunião de fofoquinhas, se uma reunião onde nós enxovalhamos o nome do nosso próximo e depois, vamos receber nosso próximo para poder orientá-lo, com que caráter?!!

7.17.- Eu já ouvi muitas vezes, em sessão mediúnicas, espíritos dizerem aos Doutrinadores: --- quem é você para me dar conselhos?? eu o conheço, eu acompanho você, que eu eu diga? . A pessoa, --- Louvado Seja Nosso senhor Jesus Cristo, vai em paz!! rsrsr... Não vai correr esse risco, porque eles dizem mesmo!!.

7.18.- O espírito é o ser destituído de matéria. É só o indivíduo sem o escafandro, o caráter é o mesmo, os hábitos são os mesmo.

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PALESTRA: Divaldo Pereira Franco: --- “QUALIDADE NA PRÁTICA MEDIÚNICA” 27

8.- Um membro do grupo mediúnico que também é Expositor Doutrinário, poderá eventualmente ausentar-se, programando com antecedência com o dirigente, para proferir palestras doutrinárias?

R.- Sim, ele tem esse direito. Mas ele terá que optar, no futuro, entre ser um Expositor e ser Doutrinador da casa.

8.2.- Se ele tem um compromisso de doutrinação e as reuniões são programadas com muitas antecedência e ele tem uma agenda muito grande de palestras, ele evite, colocar as palestras no dia em que ele já tem esse compromisso. E, se por ventura, for um ou outro compromisso inadiável, uma exceção, muito bem, mas não toda semana, senão vai quebrar a harmonia do grupo de ordem mediúnica.

9.- Qual é a finalidade da mediunidade de ordem sonambúlica?

R.- Não é uma mediunidade. É um estado de transe personista, porque é o espírito que se bloqueia embora a consciência alterada, comande-o. Nesse estado também ocorre fenômenos mediúnicos, que são chamados de fenômenos somanbúlicos.

9.2.- O sonambulismo pode ser provocado ou pode ser natural. O indivíduo deita-se então, ele entra em torpor e levanta-se. Realiza muitas experiências, sem que a consciência objetiva tome conhecimento.

9.3.- Pode ser provocado, como no tempo de Kardec, pelo magnetizador. Ou pode ser provocado por ele mesmo, fazer um transe com a perda da consciência, um transe sonambúlico, no qual o espírito encarnado desdobra-se da personalidade parcialmente e, abre campo para as comunicações mediúnicas.

10.- A vidência, é uma faculdade segura e permanente? Como identificá-la?

R.- É uma faculdade segura. Toda mediunidade, tem o risco de passar pelo que Kardec chama, suspensão ou perda da mediunidade. Como a mediunidade tem células que se encarregam delas, portanto não se pode bloquear acabando com estas células, ela fica interrompida, mas não desaparece, muda de mãos.

10.2.- Vamos imaginar, numa proposta muito simples: --- aqui, neste Salão, recebe a energia elétrica de um Agente distribuidor, mas, o dono da Universidade, a pessoa não paga a conta, a Empresa manda informar que, dentro de x dias, se a conta não for paga, interrompe o fornecimento. Então, ele não paga a conta, então é interrompido o fornecimento. Todo o equipamento permanece: as lâmpadas permanecem, a fiação elétrica. Que pode acontecer? , ele pegar aqui, do vizinho e fazer uma ligação clandestina. Ele colocar um encaixe e desvio.

10.3.- O indivíduo não perde a mediunidade. Ele deixa de ter estar sob a ação dos espíritos nobres, que são os fornecedores da energia. Se a sua vida moral é reproxável, os espíritos afastam-se, momentaneamente. Eu procuro dizer, é o indivíduo que se afasta do bem, o bem, não se afastam de ninguém. Ele se afasta e deixa de receber o fornecimento, é uma advertência. Ele se regenera e volve. E, novamente se descaminha. Que, ocorre? Os fornecedores interrompem.

10.4.- Mas, sempre há gatos, fornecedores paralelos, de que qualidade? --- Inferior. Porque são desonestos, são pessoas que burlam, que furtam a sociedade. Então ele muda de mãos das entidades nobres, para as entidades infelizes, perturbadas. E, entra num processo de turbação espiritual.

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10.5.- Então, convém considerar-se a vidência, como um fenômeno personista, é o espírito encarnado que vê, não é uma mediunidade. Nós aqui estamos vendo-nos. A visão objetiva, somos nós que estamos vendo.

10.6.- Agora, se nós vemos um espírito e ele se comunica conosco, já temos aí o fenômeno mediúnico. Temos aí, o fenômeno mediúnico. Mas, se ele vê, apenas desencarnados, é o espírito que vê, portanto é uma faculdade de sua alma.

11.- Se ela merece confiança por ser permanente?

R.- Toda mediunidade está na razão direta da moral do médium. Se, como cidadão, o médium é moralizado, as suas informações são honestas, são exatas, são corretas.

11.2.- Se ele não tem uma boa conduta, ele está sempre susceptível de cair em mãos de entidades vulgares, a ele semelhantes.

12.- Como identificar?

R.- Porque, nós veremos que não é uma visão introjetada. É uma visão psíquica fora e, poderemos identificar exatamente pelos fatos. Vamos descrever um espírito, vamos descrever um acontecimento que está ocorrendo, a clarividência, como a capacidade de expansão. E, esses fatos, demonstram que é algo pára normal, não está dentro da nossa normalidade.

13.- É indispensável a existência de intercâmbio mediúnico em uma Instituição Espírita?

R.- É indispensável, porque seria o mesmo que nós estarmos nos alimentando de coisa nenhuma. Se a Instituição é espírita, e o espiritismo é a ciência que estuda a origem, a natureza, o destino e, as relações entre o mundo espiritual e o mundo corporal, tem que haver essas atividades em nossas casas.

13.2.- Para que nossas casas Espíritas não se transformem em Grupos sociais, nos quais nós vamos para divertirmos, para uma boa conversa, para uma boa leitura, para intelectualizarmo-nos.

13.3.- Vamos também para entrarmos em comunhão com o Mundo espiritual, para recebermos diretrizes, para darmos orientação. É fundamental.

13.4.- Considerem os senhores, espiritismo sem espíritos, é uma metapsíquica. Não é espiritismo propriamente espiritismo.

14.- Quais deveriam ser os objetivos específicos das reuniões mediúnicas?

R.- Principalmente, educar-nos psiquicamente, oferecermos subsídios aos que necessitam de apoio do mundo espiritual, para aprendermos com eles informações.

14.2. Eu confesso aos senhores que nas reuniões mediúnicas de desobsessões eu tenho recebido as mais belas páginas do meu parco conhecimento. e recebe uma palavra amiga e vai orientar. Então eu ponho em seu lugar momentos de grande aflição eu encontrasse alguém que dissese tenha paciência, às vezes até um sorriso. estamos tão amargurados e alguém olha parece uma coisa difícil que creia que ninguém lhes dá eu aprendi elas fazem um conflito muito grande. às vezes num ambiente desse a alma é muito atormentada. então, sempre que eu tenho oportunidade eu me acerco Eu tenho um amigo que ele é louro e quando alguém lhe faz uma proposta que ele não entende Imagine os louros não, as louras Então, um amigo me contou que uma jovem muito bonito veio o comissário de bordo e falou Ela disse, eu sou loura, sou muito bonit O Comissário de bordo ficou preocupado. chamou o Chefe de Cabine eu sou loura, estou indo para Nova York, Chegou o Capitão e falou, sou casado com uma loura então ele disse: --- Comovocê é linda todos ficaram espantados e Comandante, diga-nos o que o Sr. falou, porque quando tivermos

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um problema semelhante nós saberemos o que fazer.Então, vejam como as pessoas morenas têm dificuldades para entender as coisas.

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