palestra 05 - fernando stucchi palestraenece-2015r2
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CONTROLE DA RESISTÊNCIA DO
CONCRETO, ESTRUTURAS
EXISTENTES E A TEORIA DA
CONFIABILIDADE
Fernando Rebouças Stucchi
São Paulo, Out.-2015
Resumo
1. Segurança estrutural
2. Teoria da Confiabilidade e as variabilidades
3. Método semi probabilístico e as normas
4. Teoria da Confiabilidade aplicada a pilares
5. Estruturas Existentes ou em Construção
considerando a NBR12655
6. Nota sobre o efeito tempo nas deformações
e nas resistências
1. A Segurança Estrutural
1.1 Essa segurança exige:
–Confiabilidade
Probabilidade de ruína bastante pequena
–Dutilidade
Capacidade de adaptação e aviso
–Fidelidade
Ausência de alarme falso
–Durabilidade
Manutenção dessas 3 qualidades ao longo da vida útil com custo limitado
–Robustez
Eventual Ruptura ou mesmo colapso não são
desproporcionais às causas
1.2 Os fatores definidores da segurança
Concepção da solução
Modelo de cálculo
Ações consideradas
Dimensionamento
Detalhamento
Execução
Operação
Manutenção
Segurança
analítica
Seg. empírica
Segurança
empírica
Segurança
especificada
2. A Teoria da Confiabilidade e as variabilidades.
Métodos probabilísticos podem hoje ser usados
para analisar a coerência e homogeneidade, isto é,
calibrar as normas estruturais.
Para essa análise tem sido usado em geral o
método probabilístico condicionado, onde as seções
críticas estão previamente definidas, seja nas
estruturas isostáticas, seja nas hiperestáticas.
Para efetuar essa análise é preciso conhecer as
variáveis aleatórias a considerar e seus parâmetros
estatísticos: tipo de distribuição, média e desvio
padrão, bem como o quantil do valor nominal.
2.1. Resistência do concreto à compressão
O material recebido do fornecedor deve respeitar
a resistência característica:
fck = fcm(1-1,64cv) onde o cv é variável, mas é da
ordem de 10% entre 25 e 35MPa
Como o concreto na estrutura é diferente e mais
difícil de homogeneizar que no corpo de prova, temos
pelo menos 15% de variabilidade total (difícil de avaliar)
a considerar.
Define-se esse material pelo fck , viés fcm/fck=1.2 e
distribuição normal com coeficiente de variação 15%
f(fc)
fc
45%
1-F(fc) = 95%
fcm=1.2* fck
fck=(1-1.64*0,1) fcm=0,836fcm
fck,ef=(1-1,64*0,15)fcm=0,754fcm
fck fck,ef
50%
2.2. Resistência do concreto à tração
O material recebido do fornecedor deve respeitar
a resistência característica:
fctk = fctm(1-1,64cv) onde o cv é variável, mas é da
ordem de 12.5% entre 25 e 35 MPa
Como o concreto na estrutura é diferente e mais
difícil de realizar que no corpo de prova, devemos
considerar pelo menos 20% de coeficiente de
variação total
Define-se esse material pelo fctk , viés fctm/fctk=1.26 e
distribuição normal com coeficiente de variação 20%
2.3. Cargas Permanentes e Variáveis:
a. Para cargas permanentes, a NBR 8681 estabelece que
devem ser considerados os valores médios das respectivas
distribuições, a menos de casos especiais como empuxos de
terra. DNormal, CV 10%.
b. Para cargas variáveis em geral, ela estabelece que se tomem
os valores com período médio de retorno de 140 anos.
DGumbel, CV 20%
(o vento é um caso especial onde se aceita PMR de 50
anos, cf NBR6123)
c. Na NBR 6120, a maioria dos valores são nominais. Faltam
muitos estudos estatísticos para uma melhor definição deles
2.4. As incertezas ligadas aos modelos da cálculo
também devem ser consideradas e certamente
variam com o problema em estudo. Modelos
racionais bem estabelecidos como o de flexão
são muito diferentes de modelos empíricos como
o de punção.
Incertezas ligadas aos modelos de cálculo
englobando solicitações e resistências têm
distribuição normal e parâmetros:
Tipo deEsforço
ViésVnom/Vm
Coef. Variação
Flexão 1,02 0,06
F. Cortante*C/ armadura
1,08 0,10
F. Cortante*S/ armadura
1,16 0,11
Pilares 1.00 0,08
* F. Cortante-tração Cf. A. Nowak
VARIÁVEL Distribu. Média CV (%)
Compressão Concreto
Normal 1.196fck 15%
Tração Concreto
Normal 1.258fctk 20%
Tração/Comp Armadura
Normal 1.089fyk 5%
Geometria - h Concreto
Normal 1.0V.Proj. 5%<3cm
Geometria - d Conc-Aço
Normal 1.0V.Proj. 8%<4cm
Geometria - As Armadura
Normal 1.0V.Proj. 1.5%
Ações Permanentes
Normal 1.05V.Proj. 10%
Ações Variáveis
Gumbel Tipo I
0.934V.Proj.
20%
Modelos de Cálculo
Normal Variável -
2.5 Resumo das variáveis aleatórias e seus parâmetros
Valores adotados pelo Nowak-ACI
Média 1,22 0,144 Controle em todos os EUA
Muito diferente do Brasil
Ok, bate com nossos
Conforme proposta de Vrouwenvelder-Holanda-JCSS
Valor médio fcm = nom + 2S = fck + 2S
V = 0,1 a 0,18 – pode ser maior que 15%
fcm = 1,2 fck a 1,36 fck – pode ser maior que 1,2 fck
3. Método Semi-probabilístico
3.1 - Resistência de cálculo do concreto.
c
ckcd
γ
ff
3.2 - Resistência de cálculo do aço.
s
yk
ydγ
ff
3.3 - Solicitação de cálculo.
fRkRd γSS .
Coeficiente de Ponderação das resistências
As resistências deverão ser minoradas pelo coeficiente
m = m1 x m2 x m3 , onde:
m1 : considera a variabilidade da resistência dos materiais
envolvidos
m2 : considera a diferença entre a resistência do material
no corpo de prova e na estrutura
m3 : considera os desvios gerados na construção e as
aproximações feitas em projeto do ponto de vista das
resistências.
As ações deverão ser majoradas pelo coeficiente
f = f1 x f2 x f3 onde:
f1 : considera a variabilidade das ações
f2 : considera a simultaneidade de atuação das ações
( f2 = o, 1 ou 2)
f3 : considera os desvios gerados nas construções e as aproximações feitas em projeto do ponto de vista das solicitações
Coeficientes de Ponderação das ações
Conforme a NBR12655
Amostragem parcial Das amassadas (betonadas) escolhidas se tiram 2 CP. Das
resistências medidas f1>f2 se toma a maior f1
• 6n<20 16m
1m1ckest ff
1m
f...f2f
m = parte inteira de n/2
f1< f2<....fn
6 estimador
n 6 8 10 12 14 16
6 ,92 ,95 ,97 ,99 1,00 1,02
Para controle A (rigoroso) de concretos com fck entre 20 e 80 MPa
• n20 ncmckest S65,1ff
fcm = média
Sn = desvio padrão
2. Amostragem total
0
5
10
15
20
25
30
35
14,0 16,0 18,0 20,0 22,0 24,0 26,0 28,0 30,0
Fre
qü
ên
cia
Fck
fck=20MPa fcm=24,2MPa
S =2,5MPa
UNIVERSO
BETONADAS
Conforme a NBR12655
Amostragem total São retirados 2 CP de todas as amassadas. Das resistencias
fi>fii se toma sempre a maior fi.
• 1< n<20
• n20
1ckest ff
ickest ff
i = parte inteira de 1+0,05n
Não existe o limite inferior
n pode ser 1! Houve um
limite anterior 6 retificado
Retirado na
última revisão
Na verdade, o processo de produção gera uma série de
sub-universos, cada um correspondente a uma betonada.
Assim, não se tem um universo contínuo, representado por
média e desvio padrão (cv~10%), como sempre se considerou
para amostragem parcial, mas um conjunto de tantos
sub-universos quantas forem as betonadas.
Cada uma delas tem uma média e um desvio padrão, difícil
de medir por se pequeno, por conta da influencia da
precisão dos ensaios. Esse cv conjunto, juntando erro de
medida e variabilidade é da ordem de 4,5% (Ver ABESC)
Não sabendo como dividi-lo, deveríamos adotar o cv da
betonada como sendo 4,5%
É possivel mostrar que o cv da distribuição por amostragem da
média é 9% de modo que o cv dos CPs seja o usuail 10%.
Dentro dessas circunstâncias, uma avaliação mais realista
do fck da betonada seria;
fck = fcm (1-1,645*0,045) ~ 0,93*fcm
E não f1 como manda a norma NBR 12655
A ideia de adotar fck = 0,93*f1 pode parecer boa, mas
veremos pelas simulações que o resultado ainda não é bom.
Isso decorre do fato que f1 pode ser maior que fcm, gerando
uma estimativa insegura de fck.
Simulações numéricas da aplicação de NBR12655
Varias simulações foram feitas usando uma betoneira
virtual que produz aleatoriamente o concreto dadas suas
variabilidades
Para amostragem parcial o antigo amostrador espanhol
dá bom resultado, com risco do consumidor de ~ 5%
A dificuldade aparece com a amostragem total.
Nela o amostrador proposto na NBR12655 leva a um
risco do consumidor da ordem de 12%.
Vale observar que se o fck de projeto for 30MPa e f1 tenha
dado 28 MPa, o risco sobe para 27%.
Se em lugar de adotar como permite a NBR 12655
fck = f1, adotarmos fck = 0,93*f1, o risco do consumidor
cai para os desejáveis 5%.
Essa ideia é razoável já que o 0,93 saiu da definição
do fck = fcm (1-1,65*4,5%) = 0,93*fcm
O resultado, embora bom em média, é bastante ruim nos
casos possíveis em que f1 resultou suficientemente maior
que fcm. De fato f1 é usualmente maior que fcm e às
vezes relativamente muito!
Como veremos, será proposto usar a média dos CPs
nesse caso, certamente não na amostragem parcial!
4. Teoria da Confiabilidade aplicada a pilares
4.1. Introdução da Segurança
A. Normas – Nível 1
Rd (xi, extremos) Sd (yi, extremos)
B. Teoria Geral – Nível 3
G = (R (xi) – S (yi))extremos 0
4.2. Formulação de Basler/Cornell G = R - S
G
g
G G
G
G
2; RR
2; SS
SRG
2
S
2
RG G
G
Resistência
Solicitação
Se G tiver distribuição
normal a probabilidade de
ruína é dada por P(-)
Independentes
Basler definiu dois parâmetros muito úteis:
R = R / (R2 + S2)1/2
S = S / (R2 + S2)1/2
Sendo o um valor particular de , (pouco menor que ):
R - S > o . G > o . R . R + o . S . S
R - o . R . R > S + o . S . S
Isto é, Rd > Sd, ou seja,
o define os valores de cálculo Rd e Sd a partir da média
e do desvio padrão de R e S
4.3 O Método de Monte-Carlo
Obtida a equação de controle, G, para o estado limite
de interesse, é possível determinar as correspondentes
probabilidades de ruína, ou coef. , por simulação de
Monte-Carlo, onde se constrói a distribuição de
probabilidade de G, a partir da aleatoriedade das variáveis.
Para isso é necessário dispor de um gerador de números
aleatórios, gerando em cada passo um valor para cada
variável aleatória e calculando G. O número de iterações
necessárias é tanto maior quanto menor essa probabilidade.
É possível considerar a interdependência entre variáveis
Esse procedimento, repetido ao longo de todo o domínio de
solicitações e proporções, permite verificar os coef. de
ponderação e de combinação .
Uma abordagem mais completa
dentro do método probabilístico condicionado:
Caso geral:
-Flexão composta
oblíqua, com forma,
posição da armadura e
excentricidades ey e ez
aleatórias
-Seção de controle é a
seção central
A. Caso de Pilares sob flexão obliqua
4.4 Exemplos de análise pela Teoria da Confiabilidade
Uma simplificação:
Flexão composta normal
-Flexão composta normal,
com as seguintes variáveis
aleatórias:
Ac, ec , eS1 , eS2 , AS1 , AS2
Além das outras como
resistências e ações…
B. Caso de Pilares sob flexão composta
/.[ ] . . 0,85. . . ( ). 1
'(0,39 0,01. ) 0,8.
M M s y c G LZ R S A f b h f N Nd
h
cc fhb
M
fhb
N
.... 2
Caso 1
D
Caso 2
10.050.1
20.000.1
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
β
ξ
Case 1 - fck = 25MPa
Column 20 x 60 Column 15 x 60
Column 12 x 60 Column 15 x 60 - γn=1,2
Column 12 x 60 - γn=1,35 β=3,8
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
β
ξ
Case 3 - fck = 25MPa
Column 20 x 60 Column 15 x 60
Column 12 x 60 Column 15 x 60 - γn=1,2
Column 12 x 60 - γn=1,35 β=3,8
2
C. Caso de Pilares com perda de segurança por
deficiencia do concreto
Exemplo – 60x60 fck 30MPa, 18cm2 CA50
Efeito de perda de resistência p/ 25MPa
Concreto D.Padrão %fcm D.Padrão Constante
PrRuina Beta PrRuina Beta
fck 30 1,3E-5 4,2 1,3E-5 4,2
fck 25 4,3E-5 3,9 5E-4 3.3
Qual é mais realista ???
Analises das perdas de resistência ao longo da peça
mostram que elas decorrem de falhas de adensamento,
como “bicheiras” por exemplo, em que a perda é
proporcional à resistência do concreto.
De fato, imagine uma bicheira de 20% da seção.
Se o concreto especificado fosse 30MPa, a perda seria
de Ac*6MPa.
Se o concreto efetivamente executado resultou em
20MPa, a perda seria de Ac*4MPa.
Assim o desvio padrão da resistência gerado pela
concretagem pode ser medido por percentagem da
media da resistência do efetivamente aplicado concreto.
5. Analise de Estruturas em Construção ou
Existentes considerando a NBR12655
- Estruturas Existentes – são assim chamadas
aquelas que tem muitos anos de bons serviços e
se deseja modificar seu uso com o mínimo de
reforços. Em determinadas circunstancias é
possível reduzir os gama!!!
- Estruturas em construção com problemas de
resistencia do concreto é outra coisa. Na verdade
já nasceu com defeito!!! Esse defeito, negativo,
pode sim ser compensado por alguma qualidade
bem identificada, positiva, mas é essencial
identificá-la!!!
5. Analise de Estruturas em Construção ou
Existentes considerando a NBR12655
Como vamos discutir amostragem total, precisamos
avaliar o CV desse concreto.
No caso do concreto controlado por A. Parcial temos:
CV material ~ 10% - medida + facil
CV do adensamento ~ 11% - medida muito difícil !!
CV conc na estrutura = Raiz [(10%)2 + (11%)2] = 15%
No caso do concreto controlado por A. Total temos:
CV material (1 betonada) ~ 4,5%
CV do adensamento ~ 11%
CV conc na estrutura = Raiz [(4,5%)2 + (11%)2] = 12%
5. Analise de Estruturas em Construção ou Existentes
5.1 Exemplo A. Pilar de 20x20cm, fck 25MPa, A. Parcial
CA50, 2cm2 (0.5%)
g = 70% da Carga Total
Projeto
As
16cm2
Projeto
As
2cm2
O.Exist.
1,5 x q
Idem
com
fck=30
Idem
com
21x21...
E.Cons *
fck=20
CV - 0,15
Beta
Basler
4,59
3,66 3,30 3,68 3,70 3,16
Beta
MCarlo
4,94 3,80 3,28 3,85 3,6 3,09
Pr
MCarlo
4xE-7 7,8xE-5
5,3xE-4 5,5xE-5 1,7xE-4 1,1xE-3
* DP Adens = 0,11x20 = 2,2MPa e não 0,11x25 !!! - CV=0,15
5. Analise de Estruturas em Construção
5.2 Exemplo B. Pilar de 20x20cm, fck 25MPa, A. Total
CA50, 2cm2 (0.5%)
g = 70% da Carga Total
Projeto
E.Cons *
Cp 25e21
fcm =23
fck,pr=25
E.Cons *
Cp 25e19
fcm =22
fck,pr=25
E.Cons *
Cp 22e18
fcm =20
fck,pr=25
E.Cons *
Cp 23e17
fcm =20
fck,pr=25
Beta
Basler
3,66
3,49 3,35 3,06 3,03
Beta
MCar
3,80 3,42 3,24 2,80 2,80
Pr
MCar
8xE-5 3,7xE-4 6,5xE-4 2,9xE-3 2,9xE-3
* DP Adens = 11% – CV=0,12
**
** 90% do risco está na resistência
do concreto!!!
5. Analise de Estruturas em Construção
5.2 Exemplo B. Pilar de 20x20cm, fck 25MPa, A. Total
CA50, 2cm2 (0.5%)
g = 70% da Carga Total
Projeto
E.Cons *
Cp 25e21
fcm =23
fck,pr=25
E.Cons **
Cp 25e21
fcm =23
fck,pr=23,3
E.Cons ***
Cp 25e21
fcm =23
fck,pr=21,4
E.Cons *
Cp 25e19
fcm =22
fck,pr=25
E.Cons **
Cps 25e19
fcm =22
fck,pr=23,3
E.Cons ***
Cps 25e19
fcm =22
fck,pr=20,5
Beta
Basler
3,66
3,49 3,76 4,0 3,35 3,63 4,0
Beta
MCar
3,80 3,42 3,74 4,12 3,24 3,56 3.96
Pr
MCar
8xE-5 3,7xE-4
1.0xE-4 2,0xE-5 6,5xE-4 2,1xE-4 5xE-5
* DP Adens = 11% – CV=0,12 ** fck,est=0,93fc1 ***0,93fcm,bet
f(fc)
fc
45%
1-F(fc) = 95%
fcm=1.2 * fck
fck=(1-1.64*0,1) fcm=0,836fcm
fck,ef=(1-1,64*0,15)fcm=0,754fcm
fck fck,ef
50%
Amostragem Parcial
fck,ef ~0,90fck
f(fc)
fc
45%
1-F(fc) = 95%
fcm=1.08 * fck
Fck,bet=(1-1.64*0,045) fcm=0,926fcm
fck,ef=(1-1,64*0,12)fcm=0,803fcm
Fck,bet fck,ef
50%
Amostragem Total
fck,ef ~ 0,75f1
f1>fcm
Conclusões
1. Revisar a NBR12655
2. Para Estrutura Existente, antiga ou nova com
problema de aceitação:
- Só dá para usar gamas menores se houver
compensação, com exceção do 1,1 da NBR6118.
- Numa estrutura antiga, aumento de carga pode ser
compensado por ganho de resistência (acima do CP2)
ou por melhoria executiva que pode ser justificada por
bons serviços ou por medições efetivas.
- Numa estruturas nova (com problemas) a perda de
resistência pode ser compensada por redução de
variabilidades ou por redução das cargas permanentes,
ou ainda por aumento efetivo das dimensões de
concreto ou aço! Mas isso deve ser comprovado!!
Proposta de modificação da NBR12655:
Amostragem total - Coeficiente redutor a aplicar na
média menor conforme o número N de betonadas
N – número de
betonadas
Fator redutor
1 0,93
2 0,94
3 0,95
4 0,96
5 0,97
6 0,98
7 a 20 1,0
Maior que 20 Eq. versão anterior
O fenômeno de fluência é aquele em que se
observam deformações crescentes
assintoticamente com o tempo em blocos de
concreto, sob tensão uniforme e permanente.
1. Fluência
11E
0
0
t0 t
0
(t)= (t)h
h
(t) =cte
O fenômeno de relaxação é aquele em que se
observam tensões decrescentes
assintoticamente com o tempo em blocos de
concreto, sob deformações impostas uniformes
e permanentes.
'1'1
1 00
EE
h
2. Relaxação
t0 t
h
t0 t
0
=cte
h
(t)
(t)
3. Efeito Rusch
O efeito Rusch corresponde à perda de resistência
à compressão do concreto quando sob carga mantida.
Na verdade esse fenômeno decorre essencialmente
do fato da resistência do concreto depender da
velocidade do ensaio. A ruptura sobrevem quando a
microfissuração avança o suficiente.
Ocorre que essa microfissuração avança lentamente,
de modo que compromete tanto mais a resistência
quanto mais lento for o ensaio.
Observação: cf Fusco
O coeficiente de modificação, Kmod, 0,85 aplicado no diagrama tensão-
deformação de calculo leva em conta a superposição de 3 fatores:
-Kmod1 perda de resistência sob carga mantida (efeito Rüsch) = 0,72;
-Kmod2 ganho de resistência com o tempo entre 28 dias e o final de vida da
estrutura (cobre cimento tipo CPI e II) = 1,23;
-Kmod3 coeficiente que corrige a influência da forma do corpo de prova
padrão (15 x 30) = 0,96
Esse coeficiente, que está explícito no diagrama tensão-deformação de
cálculo, está implícito em todos os outros valores de sRcd ou tRd da norma
NBR-6118.
Valor de cálculo da resistência do concreto com efeito Rusch
Na verdade, em muitas estruturas, como as pontes em processos
construtivos mais modernos , o concreto é bastante carregado muito
jovem! É o caso por exemplo de consolos sucessivos moldados in loco,
de grandes vigas pré-moldadas e protendidas em 24hs, mas também de
estruturas moldadas in loco e descimbradas em 2 semanas ou menos.
Mesmo edifícios, sejam baixos ou os últimos andares dos altos, são
carregados rapidamente.
Cuidado especial no Brasil
- Nossas estruturas são muito esbeltas
- E. Média Edifícios 15pav ~ 22cm x 34 EUA e 40 Chile
- Laje Pontes Vigas Pré-moldadas – 20cm sem estribos
Europa – 25cm com estribos
- Como não verificamos tensões em serviço elas
são muito altas, se aproximando do fck
Nós temos que tomar muito mais cuidado ao eliminar
o 0,85 que outros países como EUA e Europeus!!