painel - edição 253 - abr.2016

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painel Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto

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Veículo de divulgação oficial da Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto (AEAARP).

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Page 1: Painel - edição 253 - abr.2016

painel

A E A A R P

UM RAIO X DAS PROFISSÕES

HISTÓRIA10 de abril, dia da Engenharia

TECNOLOGIAAutomação residencial gera economia

HOBBYUm aquário de predadores no centro das atenções

O cenário político e econômico do Brasil impõe desafios aos profissionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia

Ano IX nº 253 abril/ 2016Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão PretoAssociação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão PretoAssociação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto

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Page 3: Painel - edição 253 - abr.2016

Há uma ponte que separa o mundo acadêmico do

mercado de trabalho. Na faculdade, os candidatos a

profissionais vivem uma espécie de sonho. Nascem

projetos e é onde amaioria dos profissionais conhece apldões

que vão definir os rumos das carreiras. Omercado de trabalho,

ou a vida real, pode se revelar umpoucomais digcil, ou ingrato.

Omomento atual da economia deseslmula o ingresso de can-

didatos às carreiras de engenharia, arquitetura e agronomia,

propulsores do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.

Na história do Brasil existe um hiato de formação de profis-

sionais da área tecnológica que provocou análises precipitadas

nos anos recentes. Falou-se muito sobre falta de engenheiros

nomercado e depois, com certa euforia, houve comemoração

no aumento da adesão de jovens a estas carreiras.

A reflexão necessária é o que nós queremos do próximo

período.

É notório que os anos que virão serão de dificuldade. Voltar

a alcançar índices posilvos na economia exigirá inveslmento

– de recursos e conhecimento.

Neste períodode euforia, a AEAARP fez o caminho comospés

no chão. Inveslu na ampliação da sede e no aprimoramento da

agenda de eventos técnicos, atraindo cada vezmais estudantes

para as semanas técnicas e palestras.

Hoje, a Associação está preparada para abrigar os anseios

dos jovens profissionais e as necessidades daqueles que já

têm a carreira consolidada. Somos nós que construímos este

país e, apesar do ambiente econômico e polílco nos afetar,

não poderá nos abater.Eng. civil Carlos Alencastre

palavrado

presidente

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ESPECIAL 05Na alegria e na tristeza, os desafios das profissõesO desafio da Arquitetura

PRÊMIO 11Fundação premia projetos de jovens profissionais

HISTÓRIA 1210 de abril: Dia da Engenharia e da Engenharia Militar

HOBBY 14Dos barrigudinhos aos predadores

GESTÃO 16Organize-se e seja produlvo

DIRETORIA OPERACIONALDiretor Administrafvo: eng. agr. Callil João FilhoDiretor Financeiro: eng. agr. Benedito Gléria FilhoDiretor Financeiro Adjunto: eng. civil e seg. do trab. Luis AntonioBaga�nDiretor de Promoção da Éfca de Exercício Profissional: eng. civilHirilandes AlvesDiretor Ouvidoria: eng. civil Milton Vieira de Souza Leite

DIRETORIA FUNCIONALDiretor de Esportes e Lazer: eng. civil Rodrigo Fernandes AraújoDiretor de Comunicação e Cultura: eng. agr. Paulo PurrenesPeixotoDiretor Social: arq. e urb. Marta Benedini VecchiDiretor Universitário: arq. e urb. Ruth Cris�na MontanheiroPaolino

DIRETORIA TÉCNICAAgronomia, Agrimensura, Alimentos e afins: eng. agr. Jorge LuizPereira RosaArquitetura, Urbanismo e afins: arq. Ercília Pamplona FernandesSantosEngenharia e afins: eng. Naval José Eduardo Ribeiro

Rua João Penteado, 2237 - Ribeirão Preto-SP - Tel.: (16) 2102.1700 - Fax: (16) 2102.1717 - www.aeaarp.org.br / [email protected]

Eng. civil Carlos Eduardo Nascimento AlencastrePresidente

Eng. eletr. Tapyr Sandroni Jorge Eng. civil Arlindo Antonio Sicchieri Filho1º Vice-presidente 2º Vice-presidente

CONSELHO DELIBERATIVOPresidente: eng.º civil Wilson Luiz Laguna

Conselheiros TitularesEng.º agr.º Dilson Rodrigues CáceresEng.º civil Edgard CuryEng.º civil Elpidio Faria JuniorArquiteta e eng.ª seg.ª do trab.º Fabiana Freire GrelletEng.º agr.º Geraldo Geraldi JrEng.º agr.º Gilberto Marques SoaresEng.º mec.º Giulio Roberto Azevedo PradoEng.º elet.ª Hideo KumasakaEng.º civil João Paulo de Souza Campos FigueiredoEng.º civil Jose Aníbal LagunaArquiteto Luiz Eduardo Siena MedeirosArq.ª e urb.ª Maria Teresa Pereira LimaEng.º civil Ricardo Aparecido Debiagi

Conselheiros SuplentesEng.º agr.º Alexandre Garcia TazinaffoArq.º e urb.ª Celso Oliveira dos SantosEng.º agr.º Denizart BolonheziEng.º civil Fernando Brant da Silva CarvalhoEng.º agr.º José Roberto ScarpelliniEng.º agr.º Ronaldo Posella Zaccaro

REVISTA PAINELConselho Editorial: eng. civil Arlindo Sicchieri, arq. urb. CelsoOliveira dos Santos, eng. mec. Giulio Roberto Azevedo Prado eeng. agr. Paulo Purrenes Peixoto - [email protected]

Conselheiros Titulares do CREA-SP indicados pela AEAARP:eng. civil e seg. do trab. Hirilandes Alves eeng. mecânico Fernando Antonio Cauchick Carlucci

Coordenação Editorial: Texto & Cia ComunicaçãoRua Galileu Galilei 1800/4, Jd. Canadá,Ribeirão Preto SP, CEP 14020-620www.textocomunicacao.com.brFones: 16 3916.2840 | [email protected]

Editora: Daniela Antunes – MTb 25679

Colaboração: Bruna Zanuto – MTb 73044

Publicidade: Departamento de eventos da AEAARP - 16 2102.1719Angela Soares - [email protected]

Tiragem: 3.000 exemplaresLocação e Eventos: Solange Fecuri - 16 2102.1718Editoração eletrônica: Mariana Mendonça NaderImpressão e Fotolito: São Francisco Gráfica e Editora Ltda.Horário de funcionamento

AEAARP - das 8h às 12h e das 13h às 17hCREA - das 8h30 às 16h30Fora deste período, o atendimento é restrito à portaria.

painel

índice

A S S O C I A Ç Ã ODE ENGENHARIAARQUITETURA EAGRONOMIA DERIBEIRÃO PRETO

OPORTUNIDADE 18Habitat de inovação em Ribeirão Preto

TECNOLOGIA 20Tecnologias da automação

CREAbSP 23O mau uso da ART

PAINEL ELEIÇÕES 24As funções execulva e legislalva

NOTAS E CURSOS 26

Painel não se responsabiliza pelo conteúdo dos arfgos assinados. Os mesmos também não expressam, necessariamente, a opinião da revista.

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AEAARP

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OS DESAFIOS DAS PROFISSÕESNA ALEGRIA E NA TRISTEZA,

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engenharia

O acesso facilitado à formação de engenheiros,arquitetos e agrônomos impõe desafios às instituições de

ensino, aos egressos e aos conselhos de classe

Levantamento da consultoria WealthInsight mostra que, dentre as pessoas maisbem sucedidas do mundo, aqueles quetêm formação em Engenharia se desta-cam. É o diploma que mais forma milioná-rios no mundo. Um dos exemplos citadospelo portal Exame, da editora Abril, éCarlos Slim, engenheiro mexicano donode uma das maiores fortunas do planeta.

O êxito depende, é claro, do desem-penho da economia, da qualidade daformação e de boa dose de empreende-dorismo. No México, por exemplo, Slimé considerado um Midas, referência aopersonagem grego a quem é atribuídoo mito de transformar em ouro tudo oque toca. No caso dele, a cultura populartambém atribui à sorte, pauta que passalonge do pensamento cartesiano exigidoàs carreiras tecnológicas.

O economista Bruno César Araújo estu-dou as trajetórias ocupacionais de 9.041jovens engenheiros do mercado de tra-balho formal no Brasil entre 2003 e 2012para sua tese de doutorado defendida naPoli/USP. Ele comparou essas escolhascom as feitas por 5.045 engenheiros for-mados na geração anterior, entre 1995e 2002. Uma das conclusões é a de quedificilmente o engenheiro muda depoisde escolher sua área de atuação, o queacontece nos três primeiros anos depoisdo primeiro emprego.

“Em 2010, havia certo temor de quepoderia faltar mão de obra qualificada noBrasil para sustentar o crescimento econô-mico. Exis�a essa discussão no governo e

Na l i s ta da consu l to r iaWealthInsight, divulgada peloportal Exame, da editora Abril,na segunda posição estãoaqueles que têm MBA, nasequência estão os diplomadosem economia e direito.

na sociedade, principalmente sobre pro-fissionais na área de engenharia”, contaBruno que é pesquisador do Ins�tuto dePesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

Ele observou que existe um hiato deformação de engenheiros, provocado porcenários econômicos desfavoráveis. Issoaconteceu, por exemplo, com os profis-sionais que poderiam ter sido graduadosentre os anos de 1980 e 1990 e que naúl�ma década assumiriam responsabili-dades na categoria sênior, com capacida-de de liderar e gerenciar projetos.

“Em 2011, o Brasil vivia um momentomais favorável na economia e muitosestudantes optaram pela engenharia.Agora eles estão se formando e estamosinundando o mercado com engenheirosem uma situação na qual o Brasil não estácrescendo”, afirma Araújo. Ele avalia que,para que não faltem engenheiros no mer-cado, nas áreas �picas – civil, elétrica,mecânica, aeronáu�ca, por exemplo – énecessário que a carreira seja atra�vadepois da formação.

Isso garan�ria que os recém-formadosnão migrassem para outras áreas, comoaconteceu nos anos de 1990, quandomuitos assumiram posições de gestão eem ins�tuições financeiras. A pesquisa

ENGE

NHA

RIA

No Centro Universitário MouraLacerda e UNIP. Já graduarammais de três mil engenheiros(2.138 do Lacerda e 900 na UNIP).

ESPECIAL arquiteturaagronomia mercado

Revista Painel

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mostra que aqueles que se formaram em1995 e seguiram a engenharia �nham omesmo padrão de rendimentos de car-reiras técnicas. “Em qualquer períodoanalisado, o profissional que atua nocargo de gestão tende a ganhar mais pelaprópria natureza do cargo. No entanto,nos anos 2000, seguir como engenheiro�pico era a terceira trajetória que paga-va os melhores salários. Eles recebiamapenas 26% a menos do que a primeiracarreira que é de gestão”, destaca Araújo.

Formação“A Engenharia indiscu�velmente é um

dos pilares que alavancam o desenvol-vimento e a soberania dos países quenela investem. Isso torna-se muito claronos países desenvolvidos e deve ser um

Simoni Gheno, FernandoBrant e Marcelo GouvêaDuarte, coordenadoresde cursos de engenhariana UNIP

dos obje�vos de inves�mento maciçonos países em desenvolvimento, pois oretorno caracterizar-se-á em forte cres-cimento social, tecnológico e respeitointernacional à sua soberania”, avaliao engenheiro Vladimir Chvojka Junior,membro da Câmara Especializada de En-genharia Elétrica e coordenador Adjuntoda Comissão de Educação e AtribuiçãoProfissional (CEAP) do CREA-SP.

ENGE

NHA

RIA DESAFIOS

Para Marcelo Villela, coordenadordo Lacerda, a informa�zação dasa�vidades do engenheiro foram asmudanças mais marcantes desde aimplantação do curso, em 1968. Ta-refas que demandavam muitas ho-ras de trabalho intelectual hoje sãofeitas de forma automa�zada. Cabeao profissional interpretar a questãoe operar corretamente os progra-mas. Fernando Brant, coordenadorna UNIP, fala que procura a�ngir altonível tecnológico com a finalidadede promover o desenvolvimento eestabelecer condições que possibili-tem inserção no mercado de traba-lho, solucionando, com cria�vidade,os problemas da sociedade.

ENGE

NHA

RIA FUTURO

“O futuro da Engenharia civil estarána integração das a�vidades decampo com as a�vidades de projetovia soyware 3D, criando o que sechama de realidade aumentada,onde, no campo, se observa oprojeto em execução, por meio desoyware de realidade virtual. Para-lelo a isso, todo projeto considera omeio ambiente para a perfeita inte-gração da obra com seu entorno”,engenheiro Marcelo Villela, coor-denador do curso de Engenhariacivil no Centro Universitário MouraLacerda.“A Engenharia sempre será neces-sária para qualquer país que queiracrescer e ser desenvolvido. Obje�-vamos formar profissionais capazesde não só atender às demandas domercado de trabalho, mas tambémcom condições de criar seu próprioespaço de atuação profissional,contribuindo para o desenvolvi-mento da região e o bem estar deseus cidadãos, com visão é�ca ehumanís�ca, em atendimento àsdemandas da sociedade”, engenhei-ro Fernando Brant, coordenador docurso de Engenharia civil na UNIP.“A ins�tuição tem como principalpapel o ensino, a transferência deconteúdo. Contudo, por ser um cen-tro de excelência na área educacio-nal, pode ser o elo entre as pessoasque buscam se capacitar e o merca-do de trabalho”, José Aurélio MouraResende, coordenador do curso deEngenharia de Produção no CentroUniversitário Moura Lacerda.

O cenário, para ele, é associado àqualidade da formação acadêmica. “Oestudante deve sair da escola preparadode conhecimento e de forte percepçãodo que será encontrado e enfrentado nomercado de trabalho, através do conhe-cimento e experiência profissional trans-mi�dos por seus professores”, con�nua.

ENGENHARIAespecial arquiteturaagronomia mercado

Jose Aurelio Resende

AEAARP

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André Avezum,coordenador do curso de Arquitetura

Marta Maria Rossi,coordenadora do curso de Agronomia

Existem alguns problemas nesta ques-tão: faltam às universidades docentesque tenham contato com o mercado detrabalho e possam transmi�r aos alunoso conhecimento que a experiência nocampo proporciona.

“Embora seja óbvio que para a forma-ção de futuros engenheiros o ensino deEngenharia deva ser feito por engenheiroscom histórico profissional no mundo real,vê-se a perda de importantes quadrosnas universidades, em razão da poucaou nenhuma contribuição na pontuaçãoda �tulação, mesmo sendo especialistasreconhecidamente qualificados”, observa.

Ele diz que, por outro lado, há docentes�tulados que nunca saíram do ambienteacadêmico. “Mas, ministram disciplinasprofissionalizantes mesmo sem a expe-riência prá�ca profissional exigida nomercado de trabalho”, completa.

Chvojka Junior afirma que o aumentono número de cursos de Engenhariaoficialmente reconhecidos de ins�tui-ções de ensino que ofertam cursos deengenharia é mo�vo de preocupaçãopara o Conselho. “Tal fato ocorre muitas

clusive na distribuição das necessidadesgeográficas do Brasil”, observa.

O fato provoca também sombreamen-to de áreas de a�vidades entre as diver-sas modalidades de Engenharia, gerandoproblemas de definição de atribuiçõesaos egressos. É reservado ao sistemaCONFEA/CREA a análise do conteúdoprogramá�co oferecido pela ins�tuiçãode ensino e a definição da atribuiçãoprofissional do egresso.

A análise curricular transforma-se emuma espécie de controle de qualidade doscursos, uma vez que é feita por engenhei-ros sob a ó�ca da realidade do mercado.“Em face das deficiências apresentadasnos cursos, mesmo tendo sido reconhe-cido oficialmente pela ó�ca acadêmica,obriga a determinar restrições de a�vi-dades profissionais aos egressos”, conta.

Ele reconhece, porém, que a baixaqualidade na formação básica do estu-dante que ingressa nas faculdades deengenharia, em razão da facilitação doacesso aos cursos superiores, impõedesafios que são superadas por muitasinstituições. “Deveriam ser dignas deprêmios”, atesta. Os cursos dedicam-seinicialmente a nivelar o conhecimentodos calouros, classificado por Chvojkacomo “espantoso e até heroico”.

O perfil do recém-formado é de grandeexpecta�va em relação às possibilidadesda carreira. “Porém, observa-se maior su-

AGRO

NO

MIA O curso de agronomia do Centro

Universitário Moura Lacerda foiimplantado em 1972. Os gestoresda ins�tuição estavam atentos àvocação agroindustrial da região.

AGRO

NO

MIA FUTURO

“Os egressos têm de ser prepara-dos não somente com os conheci-mentos técnicos necessários, mascapacitados ao trabalho em grupoe mul�disciplinar solicitados e tãonecessários ao mercado de trabalhoglobalizado e exigente”, engenheiraagrônomaMarta Rossi, coorde-nadora do curso de Agronomiano Centro Universitário MouraLacerda.

AGRO

NO

MIA DESAFIOS

A necessidade de aumentar aoferta de alimentos em razão docrescimento populacional exigea presença do engenheiro agrô-nomo no processo. Para MartaRossi, coordenadora do curso noLacerda, cabe aos profissionaisda agronomia contribuir comsoluções em outros setores, comoa produção de energia renovávele de matéria-prima sustentável,como madeira e fibra.

engenhariaespecial arquiteturaAGRONOMIA mercado

vezes aquém dos anseios e convicçõesda entidade que legalmente regula aa�vidade dos profissionais de Engenha-ria, o sistema CONFEA/CREA, gerandoresultados deficitários na formação dosprofissionais em diversos aspectos, in-

Revista Painel

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Mario Pascarelli Filho

Carolina Moreira,coordenadora do curso de Arquitetura da UNIP

perficialidade em iden�ficar a aplicaçãocorreta das teorias aprendidas na pra�caprofissional. Sonham, como não pode serdiferente, com uma carreira promissorae de sucesso. Embora muito se fale deempreendedorismo, caracterís�ca �picados engenheiros e desperta nos recém--formados, a inexperiência, a carga tri-butaria e os encargos envolvidos acabampor frustrar a maioria das inicia�vas”.

Cria�vidadeA Alemanha e a Suíça não têm lavouras

de café. Mas, ganham muito dinheiro como comércio deste produto, que importamde países da América La�na. Isto é, osla�nos plantam e eles agregam valor naindustrialização do produto. Este é umexemplo de economia cria�va do enge-nheiro Mario Pascarelli Filho, coordenadordo curso de Gerente de Cidades da FAAP.Na palestra sobre o tema que ministrouna AEAARP, Pascarelli falou que, segundoa Organização das Nações Unidas (ONU),a economia cria�va é responsável por 10%de toda a riqueza produzida no mundo.

“Economia cria�va é a a�vidade quetem a cultura e a criatividade comomatéria-prima”, explica. Dentre as van-tagens listadas por ele, está o fato de aa�vidade não ter origem na natureza,não depender do extra�vismo, não ser

poluente e, ao mesmo tempo, movimen-tar vários setores da sociedade.

Exemplos regionais não faltam. A Festado Peão de Barretos é um deles. Nasceu

ARQ

UIT

ETU

RA DESAFIOSSão feitas constantes revisões nasgrades curriculares para atender às ne-cessidades do mercado. Na UNIP, porexemplo, foi inserida a disciplina de In-formá�ca aplicada à conceituação datecnologia Revit Architecture, um pro-grama de computador voltado paraa arquitetura que foi criado a par�rdo conceito do sistema BIM (BuildingInforma�on Modeling – Modelagemde Informações da Construção). Oobje�vo é preparar o aluno para a u�li-zação de ferramentas computacionaisno co�diano de seu trabalho.

ARQ

UIT

ETU

RA A primeira grade do curso de Arqui-tetura do Centro Universitário MouraLacerda foi elaborado pela equipedo arquiteto Oscar Niemeyer. O ar-quiteto André Avezum, coordenadordo curso no Lacerda, afirma que sãoatendidas todas as exigências do MECe do CAU na grade curricular. Na UNIP,a arquitetura começou a ser ensinadapelo arquiteto ribeirão-pretano LuizCésar Barillari, falecido recentemen-te. A coordenadora Carolina Moreirafala que a principal caracterís�ca docurso é a interdisciplinaridade.

em 1956 com arena modesta, montadasob a lona de um circo. Foi o primeiroevento do gênero na América Latina,realizado por um grupo de 20 jovens, fun-dadores do clube Os Independentes. Maisde 60 anos depois, a festa é referência nomundo inteiro, ocupa uma arena proje-tada por Oscar Niemeyer e movimentaa economia da região em vários setores.

Pascarelli afirma que o gerenciamentodas carreiras deve mudar, assim comoo acesso à informação e tantas outrascaracterís�cas da sociedade foram modi-ficadas. “Não dá para gerir cidades comofaziam an�gamente. Nas vacas gordasas coisas aparecem. Nas vacas magras acria�vidade aparece”, ensina.

ARQ

UIT

ETU

RA FUTURO“A formação do arquiteto e urbanis-ta do século XXI deve estar voltadapara a compreensão dos processosde transformação e participaçãoda sociedade e da técnica ao longode sua história, para poder abrigar,com suas proposições espaciais, asdinâmicas sociais presentes e futu-ras, que garantam patamares ele-vados de qualidade de vida atravésdas caracterís�cas eficientes dosespaços projetados e construídos”,arquiteta Carolina Moreira, coor-denadora do curso de Arquiteturae Urbanismo da UNIP.

engenhariaespecial agronomia mercadoARQUITETURA

AEAARP

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Fonte: Censo dos arquitetos e urbanistas do Brasil registrados no CAU-BR

Todas as insctuições de ensino superior de Ribeirão Preto que oferecem cursos nas áreasda Engenharia, Arquitetura e Agronomia foram consultadas para esta reportagem.

O CAU-BR está mapeando o des�nodos egressos das 420 escolas de arquite-tura brasileiras. O arquiteto José RobertoGeraldine Júnior, coordenador da Câma-ra de Ensino e Formação do CAU-BR, falaque 80% das faculdades de arquiteturabrasileiras são privadas e que o obje�vodesse projeto é propor polí�cas públicasque atendam às necessidades dessesprofissionais.

As faculdades, segundo ele, “traba-

engenhariaespecial arquiteturaagronomia

O DESAFIO DA

Censo do CAU-BR aponta que a maioria dosarquitetos está na região Sudeste do país

ARQUITETURA

Onde estão os arquitetos brasileiros

lham no [requisito] mínimo para man-terem a licença de funcionamento”. OConselho está criando um modelo deacreditação dos cursos com o obje�vode combater esses problemas.

O presidente do CAU-SP, GilbertoBelleza, conta que no estado existem122 cursos de arquitetura. “Houve umcrescimento bastante acentuado nonúmero de ins�tuições que ministramcursos de arquitetura e urbanismo. Isso

fez com que esse crescimento �vessegrande desvirtuamento no sen�do daqualidade dos cursos”, constata.

Belleza ressalta que o conselho nãoflagrou qualquer problema nas ins�tui-ções de ensino paulistas e trabalha paraaprimorar o relacionamento com essasescolas. Desta forma, pretende contri-buir com os ingressantes dos cursos,auxiliando na formação e nas questõesrela�vas à prá�ca profissional.

MERCADO

SP 29,82%

RJ 14,30%

RS 11,17%

MG 8,17%

PR 6,67%

SC 4,77%

BA 3,08%

DF 2,87%

PE 2,69%

GO 2,05%

MS 1,71%

PA 1,55%

ES 1,50%

Revista Painel

10

MT 1,25%

RN 1,17%

AL 1,12%

PB 1,11%

AM 0,89%

SE 0,60%

MA 0,56%

PI 0,51%

TO 0,41%

RO 0,26%

AP 0,22%

AC 0,16%

RR 0,06%

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AEAARP

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prêmio

JOVENS PROFISSIONAISContemplados serão anunciados no

dia 22 de julho, em São Paulo

FUNDAÇÃO PREMIA PROJETOS DE

Estão abertas, até 30 demaio, inscrições para a 61ªedição do Prêmio FundaçãoBunge, que tem foco nas áreasde Ciências Agrárias e de CiênciasExatas e Tecnológicas. Em 2016,serão contemplados profissionais comtrabalhos relacionados aos temas “Nutrição eAlimentação Animal” e “Infraestrutura de transportes”.

Universidades e en�dades cien�ficas brasileiras receberamda Fundação Bunge instruções de procedimento. A par�r dasindicações, Comissões Técnicas, formadas por especialistasnacionais e internacionais em cada área de premiação, esco-lhem os homenageados na categoria Juventude e selecionamaqueles cujos trabalhos devem ser observados na categoria Vidae Obra. A decisão cabe ao Grande Júri, formado por reitores,representantes de en�dades cien�ficas e culturais, além deministros de Estado.

O resultado será divulgado em 22 de julho, após a reunião doGrande Júri, realizada no Tribunal de Jus�ça de São Paulo. Serãoquatro contemplados no total: dois profissionais na categoriaVida e Obra e dois em Juventude (até 35 anos). Os contempladosde cada área recebem R$ 150 mil e R$ 60 mil, respec�vamente,

além de medalhas e diplo-mas em cerimônia realizadano Palácio dos Bandeirantes,

em São Paulo.Também como a�vidade do

prêmio, a Fundação Bunge, emparceria com a FAPESP, promove semi-

nários abertos ao público e à comunidadecien�fica para discu�r os temas de premiação do ano.

Criado em 1955, o prêmio busca incen�var a inovação e a dis-seminação do conhecimento e reconhecer os profissionais quecontribuem para o desenvolvimento da cultura e das ciências noBrasil, além de es�mular novos talentos. Desde a sua criação,mais de 180 personalidades já foram premiadas.

A Fundação existe desde 1955. Tendo como foco principal aárea de educação, iniciou suas a�vidades buscando incen�varas Ciências, Letras e Artes no país. Ampliou seu escopo deatuação, desenvolvendo ações de formação de educadores,voluntariado corporativo em escolas da rede pública epreservação de memória empresarial. Desde o início dos anos2000, o foco da en�dade é a sustentabilidade. Veja na páginawww.fundacaobunge.org.br mais informações sobre o Prêmioe a Galeria de Premiados em anos anteriores.

ssionais comtemas “Nutrição e

almano

emTaio

parceria comnários abertos

deª

çãoeaênmss

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easênciasm 2016,ssionais com

al

emTa

prêmioparceria com

Medalha Fundação MoinhoSancsta, onde iniciou o prêmiio

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Revista Painel

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história

ENGENHARIA E DA ENGENHARIA MILITAREm 10 de abril de 1866, o engenheiro militar João Carlos de Villagran Cabrita,tenente coronel à frente do 1º Batalhão de Engenharia na Guerra da TrípliceAliança, morreu em combate próximo ao rio Paraná e ganhou o título de

patrono da engenharia. Foi então que nesta data passou a ser lembrada como oDia da Engenharia e também da Engenharia Militar.

10 DE ABRIL: DIA DA

O surgimento da engenharia talvezseja um dos grandes mistérios da huma-nidade. Desde que passou-se a buscarsoluções para diversas questões, comofoi a invenção da roda, por exemplo,pode-se dizer que havia engenharia ali.O termo em si deriva da palavra enge-nheiro, que surgiu na língua portuguesano século XVI como referência àqueleque construía ou operava um engenho,que era uma máquina de guerra. Foia partir dessas funções, com origemmilitar e depois para obras civis – daí aengenharia civil – que surgiram todas asoutras vertentes.

De acordo com Luiz Castelliano deLucena, coronel engenheiro militar e pro-fessor-conferencista do Ins�tuto Militarde Engenharia (IME), a primeira intençãode criar uma escola de Engenharia Militarno Brasil foi em 1699, quando Dom PedroII, rei de Portugal, decidiu criar um cursode formação de soldados técnicos paraatuarem na construção de for�ficações.O obje�vo era o de defender a Colôniado possível ataque de exércitos de outrospaíses. A primeira aula de for�ficaçãofoi ministrada pelo capitão engenheiro

Gregório Gomes Rodrigues no Rio deJaneiro (RJ).

Em 1710, o sargento-mor engenheiroJosé Antônio Caldas ministrou a pri-meira aula de for�ficação e ar�lhariaem Salvador (BA). A aula aconteceuaté 1829, no Forte de São Pedro. Essesforam os primeiros cursos relacionadosà Engenharia Militar no Brasil. Em 1738,foi criada a aula de Ar�lharia, no Riode Janeiro, responsável pela criação daReal Academia de Ar�lharia, For�fica-ção e Desenho, precursora do IME que

PRIMÓRDIOS DAENGENHARIA MILITAREm um ar�go publicado no portal Ins-�tuto de Engenharia, o administradore consultor Miracyr Assis Marcatoexplica que a Grande Muralha daChina é uma importante estrutura dearquitetura militar construída duran-te a China Imperial, por volta de 200a.C. Segundo Marcato, Roma podeter sido o primeiro país a dedicar-se àEngenharia Militar, pois venceu váriasguerras e suas lições estratégicas sãoadotadas até hoje por vários exérci-tos do mundo.

Page 13: Painel - edição 253 - abr.2016

AEAARP

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João Carlos de Villagran Cabrita

hoje oferece cursos de graduação, pós--graduação e extensão universitária paramilitares e civis.

A regulamentação do curso de En-genharia Militar para formação deengenheiros civis e militares aconteceuem 1890, após a publicação do Decreto330. Em 1969, o IME criou os primeiroscursos de pós-graduação stricto sensudo país, seguindo a tendência mundial.As atribuições de um engenheiro militarcompreendem a ro�na de um oficial aosprojetos de engenharia, responsabilizar--se pelo sistema conhecido como MCP– Mobilidade, Contramobilidade e Pro-teção, dentre outros.

De acordo com o portal do ExércitoBrasileiro, a Engenharia Militar divide--se em duas vertentes: de combate ede construção. Em tempo de paz, a en-genharia de construção colabora com odesenvolvimento nacional, construindoestradas de rodagem, ferrovias, pontes,açudes, barragens, poços artesianos etc.Em período de guerra, o engenheiromilitar atua na destruição dos sistemasde mobilidade com o obje�vo de defen-der um país do inimigo. A remuneração

O portal Téchne da Pinientrevistou dois engenheirosmilitares que falam sobre o

mercado de trabalho, a ro�na eos desafios da profissão. Veja na

área de No�cias, no endereçoeletrônico da AEAARP.

www.aeaarp.org.br

inicial média gira em torno de R$ 6 mil,além de outros bene~cios.

Além do IME, outras ins�tuições deensino oferecem o curso de EngenhariaMilitar como, por exemplo, a AcademiaMilitar, que tem o curso de mestrado, eo Bircham Interna�onal University, que

oferece curso online para várias modali-dades de ensino: especialista, bacharel,mestrado ou Ph.D.

A Engenharia tem outras 93 especiali-dades, de acordo com o CONFEA. Até oséculo XIX, esta ciência era dividida emmilitar e civil, segundo o engenheiro por-tuguês Norberto Pires. Para atender àsnecessidades do mercado e o dinamismoda indústria começaram a surgir novasespecialidades. O auge foi em meados dadécada de 1980 e prosseguiu até o anode 2003. O ar�go “Os cursos de enge-nharia no Brasil e as transformações nosprocessos produ�vos: do século XIX aosprimórdios do século XXI” – disponível noendereço eletrônico da AEAARP – relataque durante a década de 1980 foramcriados 22 novos cursos de engenhariae até 2003, surgiram outros 77 cursos.

.br

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hobby

AOS PREDADORESEngenheiro físico-químico instalou um lago de 350 metros quadradosnos fundos de sua casa, para onde convergem todos os cômodos e

também as atenções da família e dos visitantes

DOS BARRIGUDINHOS

Há 34 anos, para comemorar uma dataespecial, Ingeborg Buosi presenteou oentão namorado, o engenheiro AiresBuosi, com um aquário. Um casamentoe dois filhos depois, o pequeno aquáriotornou-se um grande projeto. A casadeles, construída há cinco anos, tem umlago de 500 mil litros de água onde vivemseis espécies de peixes.

São 50 matrinchãs, sete pacus, trêspintados, dois tucunarés, um surubim etrês mil lambaris. Os pacus, por exemplo,chegam a pesar 30 quilos. “É um lagode predadores”, descreve, orgulhoso, oengenheiro que desenvolveu a paixãopor peixes a par�r do singelo aquáriode lebistes, um peixe pequeno, colorido,com função ornamental popularmenteconhecido como barrigudinho. Os lam-baris se reproduzem no lago e estão nabase da cadeia alimentar dos moradoresdali, que também recebem ração.

Um deck de madeira é a varandainterna da casa. Sob ele, no lago, Buosiinstalou manilhas que servem de tocapara as espécies que têm como hábitose esconder por alguns períodos. “Asvezes, depois de comer, ficam lá dois outrês dias”, explica.

Buosi afirma que gosta de comer peixee a esposa, Ingeborg, de pescar. Ela faz

isso ali mesmo, por diversão, obje�vandopegar os lambaris. Vivem com eles doiscachorros e um gato. O�o, o pitbull, eGary, o gato, a acompanham a pescaria,ansiosos por se alimentar do peixe que éfisgado. Pit, o yorkshire, só observa.

Buosi não tem piscina em casa. Os doisfilhos queriam que o lago fosse conver�-do em uma piscina natural. O engenheiroresis�u, preservou a criação e vez ou ou-tra mergulha, sem grandes movimentos,para observar e filmar os seus peixes.

ConstruçãoO limite do lago é a própria casa. Buosi

explica que não usou impermeabilizantepara evitar contaminação da água. Fezuma cor�na de 42 cen�metros de con-creto FCK 250, que, segundo ele, garantea impermeabilização sem a adição deprodutos químicos. O fundo foi montadocom placa de radier. Todo o lago é umasó peça de concreto.

A água, garante, é esterilizada. O sis-tema inclui duas caixas d’água instaladasoito cen�metros abaixo do nível do lago.A água chega até elas por gravidade, pas-sa por uma manta e outros três elemen-tos de filtragem: pedra, areia e carvãoa�vado. Dali, segue por cano para umacaixa onde lâmpadas ultravioleta de 97

Peixes chegam a pesar 30 quilos

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wa�s esterilizam a água. Para comprovara qualidade, ele pega um copo, toma umgole e oferece para as visitas.

O sistema processa 60 mil litros deágua por hora. No retorno para o lago, aágua produz uma corredeira. O obje�vo érecriar uma corredeira para proporcionaraos lambaris condição para se reproduzi-rem, como se es�vessem vivenciando aPiracema em seu habitat natural.

Parte do espaço será ocupado, embreve, por um projeto piloto de criaçãode camarões da espécie Macrobrachiumrosenbergii, conhecido como camarão damalásia. A brincadeira que começou como presente da namorada poderá, no fu-turo próximo, migrar para o agronegócio.

Aires e Ingeborg Buosi com o pitbull O\o no lagoque fica no centro da casa do casal

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Organize-see seja produtivo

GESTÃO

el ter um número impressionante de coisas para fazer e ainda ser produ�vo,É possível ter um número impressionante de coisas para fazer e ainda ser produ� vo, pensamento claro e sensação posi�va de sereno controle? Quatro ações proporcio-ter o pensamento claro e sensação posi� va de sereno controle? Quatro ações proporcio-

nam uma mente livre e mais produ�va, incrementando a qualidade do que você produz:

1. COLETAR - Ideias surgem, correspondências e e-mails chegam. O problema nãoé a velocidade ou o fluxo de informações, mas não termos um sistema para coletar o quesurge. Reduza as caixas de entrada. Liste as formas que recebe informação e encontremaneiras de combinar ou eliminar caixas de entrada. Se tem quatro endereços de e-mail,direcione-os para um. Tenha consciência de suas caixas de entrada ~sicas e mantenhatodos os papéis chegando ao mesmo lugar. Faça anotações sempre no mesmo local, quepode ser um bloco de papel ou smartphone. As coisas que deve anotar são ideias, com-promissos, contatos, informações, tarefas, itens de reuniões e lembretes. Tire as coisasda mente e coloque-as de forma escrita. Com o hábito de coletar toda informação quechega, você irá esquecer menos, parar de perder informações e saber onde as coisas estão.

2. PROCESSAR - Processe o que foi coletado tomando decisões rápidas paracada item até que suas caixas de entrada estejam limpas e tudo o que coletou tenha odes�no certo. Para cada item coletado, faça as perguntas: o que é? o que fazer? quandofazer? Você terá as seguintes opções: deletar, delegar, arquivar ou programar. Depoisde limpar suas caixas de entrada, o que restará é uma lista de tarefas.

3. PLANEJAR - Divida as tarefas em três grupos. Grandes Rochas (GR) - tarefas quetêm relação com grandes obje�vos, que movem sua vida adiante. Cascalho (CA) - tarefasimportantes relacionadas a a�vidades gerais. Areia (AR) - pequenas tarefas do dia a dia. Acada semana, liste de quarto a seis GRs e coloque-as em horários que são de alto rendi-mento. Definidas as tarefas GRs, a cada dia programe-se para realizar de duas a quatro CAs.O tempo que sobra entre as GRs e os CAs, preencha com ARs, que devem ocupar horáriosde baixo valor, principalmente as janelas. O hábito de planejar é simples e traz propósitoao dia e à semana.

4. FAZER - Fazer dá sen�do ao que foi elaborado anteriormente. Tudo é perdidose você não faz as coisas que coloca em suas listas. Faça uma tarefa de cada vez e nomomento da ação esqueça todo o resto. Foque, não seja mul�tarefa e não se deixeser interrompido. Elimine as distrações –no�ficações de e-mails, celular, internet eredes sociais. Feche as abas desnecessárias do navegador e �re da mesa aquilo que odistraia ou possa interrompê-lo. Se es�ver disposto a colocar em prá�ca esses passos,verá que é possível ter clareza de pensamento, sua mesa e caixas de entrada limpas,o dia de trabalho estruturado e foco para fazer o que importa.

Bruno Andradeé professor e consultorem produtividade eorganização pessoal

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No segundo semestre deste ano oSupera Parque de Inovação e Tecnologiade Ribeirão Preto deverá lançar mais umedital de chamamento de empresas quedesenvolvam soluções com base tecnoló-gica. O Supera Parque apoia projetos deempreendedorismo, inovação e tecnolo-gia por meio da parceria entre o poderpúblico municipal, estadual e a Univer-sidade de São Paulo. Há dois anos trilhaeste caminho e tem revelado projetosinovadores, desenvolvendo a região comoimportante polo empreendedor do Brasil.O Supera Parque abriga hoje 51 empresas.

O Parque é formado por uma incuba-dora, um centro tecnológico e um denegócios. A incubadora de empresas foicriada em 2003 e ocupava espaços disper-sos no Campus da Usp. Realiza dois pro-cessos sele�vos por ano para a escolhade projetos ou empresas que receberãoapoio e capacitação para o desenvolvi-mento de seu negócio em três diferentescategorias: pré-residência, residência eassociação. Para todas elas, a Incubadorapresta assessoria técnica, incen�va a par-�cipação nos principais eventos nacionaise internacionais de empreendedorismo,saúde, inovação e tecnologia, além deconsultorias e mentorias.

Em 2015, mais de 40 projetos seinscreveram no processo sele�vo e 19foram selecionadas. Atualmente, são 39as empresas assis�das pela incubadora.O primeiro edital de 2016 foi lançado

oportunidade

EM RIBEIRÃO PRETOSupera Parque é resultado da parceria entre os poderes públicosmunicipal, estadual e Universidade de São Paulo, e abriga mais

de 50 empresas de base tecnológica

HABITAT DE INOVAÇÃO

em janeiro deste ano. Em 2015, a Superafoi eleita a melhor incubadora do Brasil,segundo a Associação Nacional de En�-dades Promotoras de EmpreendimentosInovadores (ANPROTEC).

Hoje, o Parque conta com dois prédiosque, juntos, somam 9.200 metros e abri-gam a incubadora de empresas, o centrode negócios e o centro de tecnologia,com laboratórios para ensaios em equi-pamentos, além de sediar a associaçãode empresas do Arranjo Produ�vo Local(APL) da Saúde e o Polo Industrial deSoyware (PISO). No Parque também estáinstalado o SEVNA Seed – aceleradorade empresas.

InfraestruturaO Parque é gerido pela Fipase (Funda-

ção Ins�tuto Polo Avançado da Saúde)e tem área aproximada de 380 mil me-tros quadrados, sendo 150 mil metrosquadrados des�nados à instalação deempresas. O projeto de instalação doSupera prevê a completa implantaçãoem três fases, das quais a primeira foientregue em março de 2014.

“O Supera é um ambiente de inovaçãoque promove a transferência de conheci-mento em diversos �pos de a�vidades.O obje�vo é desenvolver, atrair e reterempresas tecnológicas, com destaquepara as atuantes em setores da saúde,biotecnologia, tecnologia da informaçãoe bioenergia”, explica Eduardo Cicconi,

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Veja na página superaparque.com.br as oportunidades que podem seradequadas para você, sua ideia ou sua empresa.

Como se instalar: A instalação de empresas ocorre por processos sele�vos,divulgados em editais. Startups, empresas consolidadas ou empresasinternacionais têm seu potencial inova�vo avaliado. Serviços de apoiotambém podem fazer parte do complexo do Parque.

Quem pode se instalar: empresas originárias de pesquisa universitária;centros de pesquisas, desenvolvimento e inovação; empresas facilitadoraspara as a�vidades do Parque Tecnológico; organizações ofertantes deserviços tecnológicos e de capacitação; grandes empresas inovadoras debase tecnológica.

superaparque.com.brr

gerente do Parque.Para a segunda fase, já em desenvol-

vimento, está prevista a urbanizaçãode toda a infraestrutura dos 150 milmetros quadrados que serão divididosem 126 lotes destinados a empresasconsolidadas que desejam instalar suaplanta produ�va ou o centro de pesquisae desenvolvimento no Parque. Por fim, aterceira fase prevê a construção e opera-ção de mais dois prédios que abrigarãoa Aceleradora de Empresas e o NúcleoAdministra�vo do Parque.

Incen�vo ereconhecimento

Es�ma-se que, por ano, mais de 1.600pessoas passem pelo Supera Parquecom objetivo de se capacitar, trocarexperiências, criar ou fortalecer seusnegócios. “A missão é apoiar negóciosde base tecnológica e, para isso, reali-zada parcerias com outros habitats deinovação nacionais e internacionais pararepe�r aqui as boas prá�cas realizadas láfora”, explica Cicconi. No ano passado, oParque realizou 62 eventos ligados a em-

O Supera Centro de Tecnologia prestaserviços tecnológicos orientadospara aumentar a competitividadeda indústria, com laboratórios deultrassom, eletrônica, mecânica,ó�ca e química para ensaios de equi-pamentos. É estrutura de apoio àsempresas do Arranjo Produ�vo Local(APL) da Saúde de Ribeirão Preto. Re-centemente, o Centro de Tecnologiainiciou as a�vidades do Laboratóriode Compa�bilidade Eletromagné�ca,implantado com recursos do BancoInteramericano de Desenvolvimento(BID) e da Secretaria Estadual deDesenvolvimento, que permitirá arealização de ensaios de compa�bi-lidade eletromagné�ca conduzida,de acordo com as principais normasnacionais e internacionais.“As empresas da região se benefi-ciarão por ter um laboratório de altatecnologia de fácil acesso, diminuin-do custos de cer�ficação e inovação.O laboratório também reúne técnicoscom conhecimentos altamente espe-cializados em áreas crí�cas para o de-senvolvimento de novos produtos”,enfa�za Erico Moreli, coordenadordo Centro de Tecnologia. Além disso,está em implantação um laboratóriopara ensaio de equipamentos deraio-x, a partir de parceria com oMinistério da Saúde.

preendedorismo e inovação tecnológica.Recentemente a Kidopi, empresa que

nasceu no Parque, foi reconhecida peloprograma Clever Clare, considerado pelaOrganização das Nações Unidas (ONU)como o melhor soyware de saúde doBrasil e do mundo. É a segunda vez quea empresa é premiada no World SummitAward (WSA), premiação global queacontece nos anos ímpares, desde 2003,com obje�vo de premiar o melhor emconteúdo e aplica�vos para celulares edisposi�vos móveis.

Supera Parque

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tecnologia

AUTOMAÇÃOCrise energética e aumento por comodidade e

segurança impulsionam o setor

TECNOLOGIAS DA

O mercado de automação cresceu nosúl�mos anos em decorrência do aumentoda tarifa de energia elétrica e da deman-da por conforto e segurança. Apesar dea Associação Brasileira de AutomaçãoResidencial e Predial (Aureside) não terperspec�va de crescimento do setor para2016, devido à crise econômica que o paísenfrenta, é notório o interesse dos con-sumidores por soluções de automação.

Para o ano de 2015, a Aureside es�moucrescimento de 30% do mercado de au-

tomação residencial, porém a previsãonão se consolidou e o mercado ficouestagnado. “A projeção de crescimentopara 2016 é uma incógnita e mesmo que�véssemos uma es�ma�va, não saberí-amos garan�r a sua validade nos diasde hoje”, diz George Woo�on, diretortécnico da associação.

O mercado mundial de automaçãofoi de US$ 20,38 bilhões, em 2014, comexpectativa de US$ 58,68 bilhões até2020, segundo o boletim do SEBRAE

Inteligência Setorial. De acordo comMatheus Mello, consultor e represen-tante de tecnologias para automação,“mesmo com o mercado da construçãocivil em retração, a aceitação dos clientesmantém o crescimento do setor”. Para oconsultor, o boom aconteceu a par�r de2012. “Mesmo que o cliente não invistaem automação, ele quer saber o que é,como funciona e quanto custa”. Antes, osclientes �nham receio do preço da tecno-logia e do manuseio dos equipamentos.

Fonte dessa imagem: Autor Felipe C., com informações de: MURATORI, J. R., DAL BÓ, P. H., Automação residencial: histórico,definições e conceitos, Revista O Setor Elétrico (2011); e Integrador de Sistemas Residenciais: Introdução, Aureside (2015)

EXEMPLOS DE TENDÊNCIAS EM DESTAQUE PARA A CONSTRUÇÃO CIVILSustentabilidade: soluções sustentáveis que promovam o consumo consciente e a redução de desperdícios, comdestaque para as soluções em energia.

Integração de sistemas: integrar e permi�r a conversação entre os sistemas desenvolvidos por diferentes empresas,a exemplo do protocolo KNX (protocolo standard aberto para a gestão de edi~cios residenciais e de escritórios).

Internet das coisas: soluções que permitam a integração com demais objetos inteligentes, como os smartphones.

Ambientes compactos: soluções que permitam integração de sistemas em ambientes compactos e funcionais.

Segurança: demanda por soluções inovadoras em segurança residencial.

Fonte: Bolecm de Tendência – Construção Civil do SEBRAE Inteligência Setorial | agosto 2015

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Para o engenheiro eletricista Hideo Ku-masaka, a implantação da automação emuma residência depende do profissionalresponsável pelo projeto. “Esse profis-sional tem mais tempo e contato com ocliente e quando ele explica os bene~ciose a possibilidade de reduzir o consumode energia elétrica, por exemplo, acabaconvencendo da necessidade de implan-tar a tecnologia”. Mello explica que como aumento da tarifa de energia elétricaos consumidores têm mais interesse emconhecer as soluções da automação parareduzir o consumo.

Usuário x tecnologiaMello explica que o lançamento dos

produtos da Apple – como o Iphone,Ipad e Apple Watch – contribuiu para aevolução da automação em residências.“O que mudou não foram os produtosde automação, mas sim a interaçãodo morador com essas tecnologias”.A automação possibilita o controle deiluminação, ar-condicionado, persiana,portão e outros itens há muito tempo.Agora, porém, essas funcionalidades sãocolocadas em prá�ca pelo fato de os mo-radores terem assimilado o conceito deuso de aplica�vos para comandar a casa.Hoje, os sistemas mais procurados sãode iluminação, câmeras, alarmes, hometheaters e sonorização de ambientes,segundo o consultor.

Custos e soluçõesA implantação da automação em

uma residência fica mais barata quandoprojetada previamente. A infraestruturada obra determina se os produtos deautomação serão cabeados ou sem fio.Mello explica que o projeto usando cabosé indicado para obras com infraestruturapara receber a automação. Já o sistemasem fio não exige um projeto ou uma

estrutura para recebê-lo, porém, acabasaindo mais caro que o cabeado e émenos resistente às interferências. “Emconstruções finalizadas, sai mais baratoo sistema sem fio do que os custos parareadequar a infraestrutura”, esclarece.

O custo da automação nas residênciasé de 3% a 5% do valor total do imóvel, dizMello. O percentual varia de acordo coma empresa contratada. “Com a adição daautomação, outros itens são economiza-dos, por exemplo, gasta-se menos fiação

e interruptores. Existe uma estrutura elé-trica única e o que muda são os códigosda programação dos sistemas de auto-mação”. O consultor complementa quea economia é di~cil de ser mensurada,mas es�ma que pode ser de 20% e 30%do valor da sua implantação. Ou seja, sea implantação da automação em umacasa de 200 m² custar R$ 25 mil, o menoruso de fios, condutores, disjuntores etc.poderá amor�zar entre R$ 5 mil e R$7,5 mil do valor gasto com a tecnologia.

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tecnologia

A implantação da automação emprojetos residenciais enfrenta barreiras:ser uma das últimas fases da obra econvencer o eletricista a seguir o projetoà risca. “A automação vem no final daobra que é quando o cliente começa areduzir custos. Eles gastam muito emdecoração e paisagismo, por exemplo,e quando chega a automação achamcaro e não pensam no custo-bene~cioe na economia”, explica Kumasaka. Oengenheiro eletricista conta que grandeparte dos eletricistas não entende oprojeto de automação e acredita quevai encarecer o trabalho deles. “Depoisde convencer o cliente, vem a segundabatalha: convencer o eletricista de queaquele projeto vai facilitar o trabalho

dele e não piorar”.Outro grande desafio do setor é formar

mão de obra especializada. “Nos úl�mosdois anos houve uma evolução sensíveltanto na oferta de novos produtos e so-luções através dos fabricantes, como napercepção pelos clientes dos possíveisbenefícios da automação residencial.Mas ainda precisamos capacitar umnúmero adequado de profissionais paraatender o mercado de maneira eficien-te”, disse José Roberto Muratori, diretorexecutivo da Aureside, em entrevistaao SEBRAE Inteligência Setorial. Paraampliar a capacitação de profissionais aassociação criou o Projeto Conectar, queoferece cursos presenciais e à distânciaem automação residencial.

Fonte dessa imagem: Autor Felipe C., com informações de: MURATORI, J. R., DAL BÓ, P. H., Automação residencial: histórico,Fonte dessa imagem: Autor Felipe C., com informações de: MURATORI, J. R., DAL BÓ, P. H., Automação residencial: histórico, definições e conceitos, Revista O Setor Elétrico (2011); e Integrador de Sistemas Residenciais: Introdução, Aureside (2015)

Para conhecer os fabricantes e as inovaçõesdo setor de automação são realizadas váriasfeiras no país, como a Infocomm – que serárealizada de 10 a 12 de maio em São Paulo(SP) – e Expo PredialTec – que acontecerá de12 a 14 de julho também na capital paulista.

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DA ARTO MAU USO

A Anotação de ResponsabilidadeTécnica (ART) é regida pela Lei Federal6.496/77. Antes disso, todo trabalhoexecutado pelos profissionais da áreatecnológica não �nha registro. Uma dasquestões solucionadas com a adoçãodesse documento foi a garan�a da pre-servação da autoria do trabalho.

A ART deve ser emitida para todosos serviços prestados por engenheiros,agrônomos, técnicos e tecnólogos.Inclui laudos, projetos, pareceres, exe-cução, consultas, dentre outros. A faltado documento é passível de autuaçãodo Conselho, segundo Araken Mutran,gerente regional do CREA-SP.

Em Ribeirão Preto são feitas em médiaduas autuações por semana. Mutranesclarece que o volume é proporcionalao número de agentes fiscais na unidade– são quatro pessoas que trabalham nafiscalização na cidade.

Araken explica que para cada contratode trabalho firmado por engenheiros,agrônomos, técnicos e tecnólogos deveser emi�da uma ART. Além de resguar-dar direitos em relação ao trabalho, odocumento também atribui responsa-bilidades civis, trabalhistas e criminais.

A ART é emi�da na página do CREA-SPna internet: www.creasp.org.br.

crea-sp

Art. 1º- Todo contrato, escrito ouverbal, para a execução de obras

ou prestação de quaisquer serviçosprofissionais referentes à Engenha-

ria, à Arquitetura e à Agronomiafica sujeito à “Anotação de Respon-

sabilidade Técnica” (ART).

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Paineleleições

A carta constitucional, de 1988,determina as atribuições dos poderes

AS FUNÇÕESEXECUTIVA ELEGISLATIVA

Soraia Cochoni Achicar, professoramestre em Direito Público e coordena-dora do Núcleo de Prá�ca Jurídica (NPJ)do Centro Universitário Moura Lacerda,explica que a referência de harmonia eindependência é “de grande relevânciapara o Estado Democrá�co de Direito”.

“No que se refere ao execu�vo e legis-la�vo, quanto à legalidade de atuaçãodos eleitos, há de se considerar que oseleitos pelo voto popular e que ocupamuma cadeira no execu�vo ou legisla�vosão denominados agentes polí�cos, ouseja, desempenham uma função públicae estão inves�dos naquele poder - o que

significa que estão presidente, governa-dores, prefeitos e vereadores”, explica.

Achicar ressalta que a u�lização ade-quada dos verbos estar e ser é relevantepara o entendimento do princípio da“indisponibilidade do interesse público”,implícito no ordenamento jurídico daadministração pública. “Significa que nãose pode dispor do interesse público comose privado fosse. O papel desses agentespolí�cos, ou seja, a sua atuação, deve serpautada em uma finalidade pública, alheiaa interesses polí�cos ou pessoais”, explica.

Àqueles que “estão” no poder execu�-vo, cabe elaborar as leis e executá-las, a

depender de autorização do legisla�vo,no que couber. Aos que ocupam o poderlegisla�vo, a Cons�tuição Federal deter-mina uma função fiscalizadora quantoaos atos do poder execu�vo, emboratambém haja a função de legislar dentroda sua competência.

Nos dois casos, Achicar ressalta queo interesse público é supremo e deveser sempre preservado. “A competênciacons�tucional para a elaboração de leispor cada um dos membros desses doispoderes também deve ser observadapara que evitemos leis incons�tucionais”,explica.

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ANUNCIENA

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16 | [email protected]

DA REMUNERAÇÃODE POLÍTICOSPara a advogada Soraia Cochoni Achi-

car, a questão da remuneração da-

queles que ocupam cargos execufvo

ou legislafvo, não é um problema. A

questão, para ela, é a “inobservância

ao ordenamento jurídico e aos prin-

cípios da administração pública, em

especial ao princípio da moralidade

quando da atuação desses agentes”.

“Não acredito nessa ideologia do

exercício voluntário da função pú-

blica, até porque a manutenção dos

direitos e interesses públicos requer

muita dedicação”, opina. Ela alerta

quea remuneração, emsuavisão, não

deve significar a profissionalização da

função pública, para a qual deve valer

a regra da alternância de poder.

Em março deste ano, o ConsultorJurídico (Conjur), revista eletrônica es-pecializada em direito e jus�ça, divulgoulevantamento revelando que a CâmaraMunicipal de Ribeirão Preto é a terceirado estado de São Paulo que mais aprovaprojetos incons�tucionais. Já foi pior:em 2006, segundo ar�go publicado peloportal da revista Época (Editora Globo),Ribeirão Preto foi a cidade com mais leisjulgadas como incons�tucionais pelo Tri-bunal de Jus�ça do Estado de São Paulo(TJSP). O texto, assinado por Andréa Leal,revela que de 1999 até aquele ano, osquatro prefeitos que exerceram manda-tos baixaram 731 decretos para invalidarleis aprovadas pela Câmara.

ATRIBUIÇÕESOs eleitores, de forma geral, cobram

ações de detentores de cargos legis-lativos que nem sempre podem seratendidas diretamente. “A cobrança dapopulação ao parlamentar é normal ecompreensível, tendo em vista o fatode ele estar mais acessível à populaçãoe esta, por sua vez, não ter informaçãosobre quais são as limitações em relaçãoao que ele pode ou não fazer diretamen-te para resolver aquele problema”, avaliaa advogada.

Ela esclarece que cabe ao parlamentarindicar ao chefe do execu�vo quais sãoas necessidades e apontar possíveissoluções. Há conflito de interesse casoo cidadão aponte um problema queé de ordem estritamente pessoal. Aoparlamentar cabe atender à necessidadecole�va. “Claro que existem necessida-des pontuais e individuais que requerematenção do poder público, mas essasquestões devem ser avaliadas sobre oponto de vista do bem comum”, explica.

“Se um indivíduo reclama que não estáconseguindo agendar um exame na redepública, é necessário verificar e iden�fi-car o problema para evitar que gere umdesatendimento generalizado ao longodo tempo”, exemplifica. O parlamentardeve fiscalizar para garan�r que as condi-ções da execução ou prestação do serviçopúblico sejam eficientes.

“Nunca é demais lembrar que a funçãodo detentor do poder jamais pode estarvinculada à vontade do administrador,mas tão somente à finalidade pública e,portanto, impessoal da qual deve estarreves�da a administração pública quan-do atua”, ressalta.

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I N S T A

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O PAPEL DA OUVIDORIA

O engenheiro Milton Vieira de Souza Leite compõe a diretoria da AEAARP na função deouvidor há dois mandatos. É sua função receber reclamações e sugestões, que devem serencaminhadas à diretoria.Em uma empresa, a ouvidoria é instrumento de relacionamento que tem por obje�vo defen-der os interesses do consumidor com autonomia. É como faz, por exemplo, o ombudsmande um jornal, que analisa o no�ciário sob o ponto de vista do leitor.Para Leite, na en�dade de classe, a ouvidoria é o instrumento que abre canais de comunica-ção e proporciona acesso democrá�co às instancias de decisão. “O associado muitas vezestem alguma ideia, sugestão a fazer, e não sabe exatamente a quem recorrer. Ao ouvidorcabe receber esta demanda, encaminhá-la e acompanha-la”, ensina.

Envie para [email protected] foto feita por você e ela poderá

ser publicada nesta coluna

O engenheiro agrônomo JoséWalter Figueiredo flagrou o

desjejum do periquito Pau Terra nacachoeira Casca D’anta, uma dasnascentes do Rio São Francisco,

no município São José do Barreiro,em Minas Gerais. Ele passeava

pela Serra da Canastra em buscade espécies de árvores que se

adaptem à arborização urbana.

Os engenheiros Fernando Antônio Cauchick Carlucci e Hirilandes Alvesforam empossados como conselheiros do CREA-SP, indicados pelaAEAARP, pelo presidente do conselho, engenheiro Francisco Kurimori.

novos associados

Alexandre Lemos MullerEngenheiro civil

Eleuza ZampieriEngenheira civil

Luiz Fernando Mendes RibeiroEngenheiro civil

Marly Carvalho GarciaEngenheira civil

Fernanda Silva MoraisEstudante eng. civil

Jose Orlando Busnardo NetoEstudante eng. civil

Ma�heus Bavaresco Lopes DiasEstudante eng. civil

Emanoel Eldne SouzaEstudante agronomia

Guilherme Lourenço LopesEstudante agronomia

Israel Xavier SoaresEstudante eletricidade

Roberto Aparecido BressaniTécnico em eletrônica

Vicente de Paulo FariaTécnico em eletrônica

notas e cursos

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