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CORPORATIVO Associação renova a arquitetura interna CONSTRUÇÃO Sustentabilidade exige redução da toxidade DEFENSIVOS Norma de manuseio de produtos é mais usada na indústria do que no campo Três gerações encontram-se no prêmio da AEAARP PROFISSIONAIS DO ANO 2017 Ano X nº 272 novembro/ 2017 AEAARP Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto painel

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Corporativoassociação renova a arquitetura interna

Construçãosustentabilidade exige redução da toxidade

Defensivosnorma de manuseio de produtos é mais usada na indústria do que no campo

três gerações encontram-se no prêmio da aeaarp

Profissionais do ano 2017

Ano X nº 272 novembro/ 2017

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de olho no futuroCerto dia, alguém questionou a respeito de um projeto que havia terminado com êxito: você está satisfeito? Não, nunca podemos estar. A maturidade proporciona serenidade e capa-cidade analítica, tudo alicerçado nos anos vividos. Cada ano significa o acúmulo de experiências e vivências. Mas, nunca é definitivo ou suficiente. Como um vinho: é bom apreciar, mas nunca é o único.

Chegando ao final desde intenso ano de 2017, já podemos propor algumas reflexões: você está satisfeito? Eu não. Acho que temos muito a dar ainda.

Em 2017, a AEAARP foi gigante na proposição de temas nas palestras técnicas, que atraíram centenas de pessoas muito interessadas em se inspirar naquelas experiências. Foi tam-bém criativa ao inserir novos eventos sociais, como o Almoço Beneficente e o AEAARP Cultural. Foi também parceira da comunidade, abriu as portas para as importantes discussões do município, promoveu ou apoiou eventos importantes e que nos conectam com os profissionais de engenharia, arquitetura e agronomia e com a cidade.

Foi um ano muito bom, por isso queremos mais.

O ano nem acabou e já anunciamos os destinos que são fruto da parceria com a Friendship Force, que promoverá duas jor-nadas em 2018 – para Belo Horizonte e Inhotim (MG) e para Dallas e Memphis (EUA). Será uma oportunidade única de co-nhecer, experimentar e viver como um cidadão desses lugares.

Em 2018, a AEAARP completará 70 anos, Bodas de Vinho. É uma data para a gente inovar, pensar o futuro e valorizar tudo o que cada um de nós fez pela Associação e pela valorização profissional. Valorizar sim, parar jamais.Eng. civil Carlos Alencastre

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ESPECIAL 05Profissionais do Ano 2017

MEIO AMBIENtE 09As árvores além da madeira

MAtERIAIS 13Compostos Orgânicos Voláteis na construção civil: estamos seguros?

INAUGURAçãO 16Uma grande AEAARP

INDúStRIA 19Cana para salvar o mundo

ENGENHARIA 20Cidades inteligentes, pessoas interessadas

LEGISLAçãO 22Segurança falha para pequenos agricultores

CREA-SP 24Código de Ética completa 15 anos

PRODUtIVIDADE 25Administração do tempo - Bom Uso do Outlook

NOtAS E CURSOS 26

ConselhoPresidente: Eng. civil João Paulo de Souza Campos Figueiredo

Conselheiros Titulares Arq. e urb. e Eng. seg. do trab. Fabiana Freire Grellet Arq. e urb. Luiz Eduardo Siena MedeirosEng. agr. Dilson Rodrigues CáceresEng. agr. Geraldo Geraldi Jr Eng. agr. Gilberto Marques SoaresEng. civil Edgard CuryEng. civil Elpidio Faria JuniorEng. civil Jose Aníbal Laguna Eng. civil e seg. do trab. Luis Antonio Bagatin Eng. civil Roberto MaestrelloEng. civil Ricardo Aparecido Debiagi Eng. civil Wilson Luiz LagunaEng. elet. Hideo KumasakaEng. mec. Giulio Roberto Azevedo Prado

Conselheiros suplentesArq. e urb. Celso Oliveira dos Santos Eng. agr. Denizart BolonheziEng. agr. Jorge Luiz Pereira RosaEng. agr. José Roberto ScarpelliniEng. agr. Ronaldo Posella ZaccaroEng. civil Fernando Brant da Silva Carvalho

REVISTA PAINELConselho Editorial: eng. civil Arlindo Antonio Sicchieri Filho, arq. urb. Celso Oliveira dos Santos, eng. mec. Giulio Roberto Azevedo Prado e eng. agr. Paulo Purrenes Peixoto - [email protected]

Conselheiros Titulares do CREA-SP indicados pela AEAARP: eng. civil e seg. do trab. Hirilandes Alves e eng. mecânico Fernando Antonio Cauchick Carlucci

Coordenação Editorial: Texto & Cia Comunicação Rua Galileu Galilei 1800/4, Jd. CanadáRibeirão Preto SP, CEP 14020-620 www.textocomunicacao.com.brFones: 16 3916.2840 | 3234.1110 [email protected]

Editora: Daniela Antunes – MTb 25679 Colaboração: Bruna Zanuto – MTb 73044

Publicidade: 16 2102.1719

Tiragem: 3.000 exemplaresLocação: Solange Fecuri - 16 2102.1718Editoração eletrônica: Mariana Mendonça NaderImpressão e Fotolito: São Francisco Gráfica e Editora Ltda.

Rua João Penteado, 2237 - Ribeirão Preto-SP - Tel.: (16) 2102.1700 - Fax: (16) 2102.1717 - www.aeaarp.org.br / [email protected]

Eng. civil Carlos Eduardo Nascimento AlencastrePresidente

Eng. eletr. Tapyr Sandroni Jorge Eng. civil Fernando Junqueira 1º Vice-presidente 2º Vice-presidente

Horário de funcionamento AEAARP - das 8h às 12h e das 13h às 17hCREA - das 8h30 às 16h30Fora deste período, o atendimento é restrito à portaria.

painel A s s o c i A ç ã ode engenhAriA ArquiteturA e AgronomiA de ribeirão Preto

Painel não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Os mesmos também não expressam, necessariamente, a opinião da revista.

Diretoria OperacionalDiretor administrativo - eng. agr. Callil João FilhoDiretor financeiro - eng. civil Arlindo Antonio Sicchieri FilhoDiretor financeiro adjunto - eng. agr. Benedito Gléria FilhoDiretor de promoção e ética - eng. civil e seg do trab. Hirilandes AlvesDiretor de ouvidoria - arq. urb. Ercília Pamplona Fernandes Santos

Diretoria FuncionalDiretor de esporte e lazer - eng. civil Milton Vieira de Souza LeiteDiretor de comunicação e cultura - eng. agr. Paulo Purrenes PeixotoDiretor social - eng. civil Rodrigo AraújoDiretora universitária - arq. urb. Ruth Cristina Montanheiro Paolino

Diretoria TécnicaAgronomia - eng. agr. Alexandre Garcia TazinaffoArquitetura - arq.urb. Marta Benedini VechiEngenharia - eng. civil Paulo Henrique Sinelli

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especial

Profissionais do ano 2017

Diferentes gerações unidas pela realização profissional da geologia, arquitetura e agronomia

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Osmar queria estudar no Instituto de Tecnologia Aeronáutica (ITA), ainda nos primeiros anos depois de sua fundação, em 1950. Marina sempre gostou de dese-nhar, como grande parte de seus colegas de profissão. José Mário seguiu o caminho natural daqueles que nasceram e viveram na zona rural. Três gerações distintas encontram-se no prêmio Profissionais do Ano AEAARP 2017 com algo em comum: a capacidade de adaptar-se, de mudar e de buscar algo novo cotidianamente.

O geólogo Osmar Sinelli não foi aceito no ITA, não alcançou nota suficiente. Interessou-se pela Geologia por influên-cia de um colega de trabalho. A ideia era a de seguir carreira na Petrobrás. Mas, a morosidade do processo de prospecção de petróleo o fez desistir – da carreira na estatal, não da profissão. Graduou-se na segunda turma da Universidade de São Paulo (USP). Inicialmente pensava em fa-zer outras coisas, mas as oportunidades o levaram a seguir carreira acadêmica.

Foi a Geologia que o trouxe para Ri-beirão Preto, onde começou a ministrar aulas na USP, de cujo campus foi prefeito.

A sua maior obra acadêmica, resultado de defesa de doutorado nos anos de 1970, revelou a todos que a captação da água subterrânea, identificado naquela época como o Aquífero Guarani, deveria ser con-trolada, uma vez que a reposição da água demora centenas de milhares de anos.

É a obra de sua vida? Ele responde que sim. Mas, não exatamente as descober-tas que fez a respeito do manancial. A grande obra foi a dedicação ao estudo, à investigação científica e à academia. Osmar começou sua carreira fora de Ribeirão Preto e fixou-se na cidade, onde vive até hoje.

Marina de Paula Figueiredo fez o ca-minho inverso. Cursou arquitetura no Centro Universitário Moura Lacerda, em

Osmar Sinelli Marina de Paula Figueiredo

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Ribeirão Preto. De início, quebrou para-digmas ao insistir em fazer seu trabalho final sobre cenografia, área da arquitetu-ra pouco explorada no interior. Apoiada por professores, ela conseguiu. Queria unir a arte da dança que praticava com a organização espacial e a concepção do projeto proporcionados pela arquitetura.

Assim como Osmar, Marina procura resultados rápidos. No seu caso, em pro-jetos que chama de efêmeros: uma vez concebido, o cenário passa a pertencer à direção do espetáculo e seus artistas, e tem um tempo de uso. Especializou--se no curso de J.C. Serroni, arquiteto graduado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, e mais tarde cursou Direção de Arte, em Campinas (SP).

Para ela, a arquitetura é uma forma de expressão através da ocupação de espaços; uma forma de comunicação através da imagem, dos sentidos e da imaginação. Marina faz parte da gera-ção que procura desatar nós, combinar vivências e experiências para construir possibilidades de atuação profissional.

No seu caso, une técnica, inspiração e vivência. Fez também arquitetura para o varejo, avaliações de imóveis e design de interiores. Hoje, dedica-se também às mandalas, atividade na qual une a geometria, o estudo de cores e as artes plásticas. Será a atividade definitiva de sua carreira? Ela não sabe, tem 36 anos, e muita história ainda para construir.

Osmar, Marina e José Mário Jorge, o agrônomo no trio de homenageados de 2017, declaram-se felizes com as esco-lhas profissionais que fizeram. Dentre eles, é José Mário que se emociona com a afirmação.

Vivia na zona rural com a família quan-do foi levado a conhecer a escola técnica agrícola em Jaboticabal (SP). Terminado o curso, graduou-se lá mesmo, na UNESP.

Começou a trabalhar em uma coope-rativa leiteira e, depois da mudança de foco do negócio, passou a atuar como autônomo, prestando consultoria. É o homem do café, conforme o identificam.

Presta consultoria para diversas pro-priedades agrícolas, praticamente as mesmas com as quais trabalhou desde o início da carreira. Recorda-se que, no início, participou de um evento no qual debatiam a agricultura na região do cerrado. Na época, a propaganda oficial dizia que o país seria o celeiro do mun-do. Bobagem, na visão dele, já era esta a posição do Brasil. Tinha muita terra ali para plantar, explorar e produzir. Foi o que fez José Mário.

Ele defende a agricultura conserva-cionista. Fala que as empresas estão migrando do uso de defensivos para o manejo sustentável de pragas nas lavouras. Lembra que em cada região do país a agronomia é feita de forma diferente. Exemplifica que a técnica de plantio direto já era usada em algumas regiões quando começaram a falar sobre a prática no sudeste. Ele começou prati-camente junto com importantes centros de desenvolvimento de tecnologias agrí-colas, como a Embrapa, e quer continuar fazendo agronomia ainda por muitos anos. Porque da sua profissão, lembra, nasce a vida.

Na AEAARPA proximidade com os colegas de

profissão, a oportunidade de trocar experiências e o acesso a benefícios exclusivos levaram os três profissionais a associarem-se à AEAARP. Osmar Sinelli é associado desde os anos de 1970, quando chegou na cidade. Marina de Paula Figueiredo associou-se quando era estudante. José Mário Jorge também pro-curou pela AEAARP no início da carreira.

José Mário Jorge

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Profs do Ano - anúncio Painel

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as árvores além da madeira

As 109 espécies nativas do Cerrado e Mata Atlântica que são matérias-primas para diversos setores reunidas em um guia

meio ambiente

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Profs do Ano - anúncio Painel

quarta-feira, 11 de outubro de 2017 21:27:19

Não é só o meio ambiente que ganha com a preservação dos ecossistemas. Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reservas Legais (RL) podem prover recursos econômicos adotando boas práticas agronômicas e manejo sustentável. As árvores plantadas em APPs, por exemplo, podem gerar pro-dutos florestais não madeireiros como frutas, óleos, resinas e sementes, que

são matérias-primas para os setores farmacêutico, cosmético e alimentício.

O Jatobá, por exemplo, se destaca no mercado pela madeira, que é valiosa e tem mercado pujante no Brasil. “Po-rém, ele também tem uma fruta com mercado em potencial. Existem muitas comunidades no país que consomem a farinha do Jatobá no leite, na água. É um produto nutritivo, rico em potássio,

mas o mercado ainda é restrito”, diz o biólogo Eduardo Malta Campos Filho. Segundo ele, é preciso construir o mer-cado para esse produto e toda a cadeia de produção para que a farinha de Ja-tobá se transforme em um alimento de valor no futuro.

Eduardo e o engenheiro florestal Paolo Alessandro Rodrigues Sartorelli escreve-ram o Guia de Árvores com Valor Econô-

Angico

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estudos que mostram aquelas que têm boa aceitação mercadológica.

O Angico é outra árvore que faz suces-so no setor madeireiro. “A madeira cres-ce reta e rapidamente, muito usada na construção civil. O produto também tem grande poder calorífico e suas sementes servem de alimentos para vários animais. Além disso, sua florada é muito boa para as abelhas”, destaca o biólogo.

GUIA DE ÁRVORES COM VALOR ECONôMICOA publicação tem linguagem simples e é direcionada para todos os públicos

envolvidos na cadeia produtiva. “Ela serve para o grande fazendeiro, para o sitiante, para o funcionário de banco que vai liberar o financiamento para as atividades

florestais, para o técnico que vai emitir licença ambiental etc.”, ressalta o biólogo Eduardo Malta Campos Filho. O material é didático, traz fotos das 109 espécies, seu nome científico e popular, além do bioma adequado para seu plantio, porte, valor da madeira em pé, tolerância a períodos de secas ou geadas, velocidade do crescimento, tempo para colheita, indicação de plantio, uso econômico e algumas curiosidades. Acesse o guia no endereço eletrônico da AEAARP, na área Notícias.

www.aeaarp.org.br

mico, lançado pela Agroicone, através do projeto INPUT – Iniciativa para o Uso da Terra. A publicação mostra o valor de mercado de 109 árvores nativas do Cer-rado e Mata Atlântica (regiões que têm as maiores demandas de restauração no Brasil, segundo o biólogo). A publicação detalha os índices de crescimento, perí-odos de corte, características da madeira para lenha, carvão, cercas, serraria, car-pintaria, marcenaria, tempo de colheita dos frutos e usos econômicos.

São descritos também os locais onde as espécies crescem naturalmente, con-dições de umidade, temperatura, clima, altitude, solo, mercado regional e perfil do investidor. Muitas dessas espécies têm grande interação com a fauna na-tiva, atraindo, alimentando e abrigando animais silvestres. O levantamento durou cerca de um ano. Para selecionar as 109, os pesquisadores consultaram listas de espécies nativas da Mata Atlântico e do Cerrado e cruzaram as informações com

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Aproveitamento comercialO plantio de árvores é obrigação legal

de muitos proprietários rurais. O Código Florestal (Lei 12.651/2012) define a por-ção de florestas que cada propriedade rural deve conter, segundo o tamanho da área e bioma onde está localizada. Segundo a engenheira agrônoma Lau-ra Antoniazzi, pesquisadora sênior da Agroicone, aproveitamento comercial é o termo legal para as atividades agros-silvipastoris, de baixo impacto ambien-tal, que podem ser mantidas em APPs. Nessa categoria, se enquadram culturas perenes como café, banana, laranja, maçã, seringueira, dentre outras, ou ati-vidades de baixo manejo que colaborem para a preservação do solo e da água. “Possivelmente, essas atividades serão regulamentadas de forma mais precisa no futuro”, diz Laura.

O cumprimento integral do Novo Có-digo Florestal é a forma mais abrangente de conciliar produção com conservação, na visão de Laura. Além do Código, ela destaca práticas agrícolas que ajudam na conciliação, tais como plantio direto, fixa-ção biológica de nitrogênio e adubação orgânica, manejo integrado de pragas, práticas de conservação de solos e Inte-gração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF).

Sementes de Angico

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CóDIGO FLORESTALO Código Florestal define a porção de florestas que cada propriedade rural deve conter, em duas categorias: a APP, onde não é permitido o corte de madeira; e a RL, onde é permitido o manejo sustentado da madeira. Em 2012, foi instituído o Cadastro Ambiental Rural (CAR) em nível nacional. O CAR tem um sistema on-line interativo, de fácil acesso, que auxilia o proprietário rural a planejar onde e quanto de sua propriedade deve ser coberta por florestas ou outro tipo de vegetação nativa.

Fonte: Guia de Árvores com Valor Econômico

A Integração Lavoura Pecuária Flo-resta (ILPF) é usada no Brasil há pelo menos 15 anos, de acordo com o guia,

e já demonstrou poder de incrementar a produtividade e rentabilidade geral na agropecuária, além de propiciar sus-

tentabilidade econômica, ao adicionar outras fontes de renda na propriedade agrícola. Existem linhas de financia-mento para atividades florestais com juros subsidiados pelo governo federal e vários estados e municípios já instituíram programas de pagamentos por serviços ambientais. Dessa forma, produtores rurais vêm sendo remunerados para manter ou recuperar as matas nativas.

Para Laura, o Novo Código Florestal con-tribuiu muito para permitir o uso econômi-co das APPs e Reservas Legais. “Ele permitiu atividades agrícolas de baixo impacto nas APPs, a recuperação dessas áreas com o consórcio de espécies nativas e exóticas e o seu aproveitamento econômico”. Segundo ela, isso garantiu a viabilidade econômica de pequenas propriedades que tinham par-te significativa de sua extensão como APPs.

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A edição 255 da PAINEL (de junho de 2016) publicou reportagem sobre os Green Buildings na qual mostrou o Edifício Vera Cruz II, projeto assinado pelo arquiteto Roberto Collaço, que recebeu o prêmio máximo da U.S. Green Building Council (USGBC), o LEED Platinum. Veja no portal www.aeaarp.org.br.

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ComPostos orgâniCos voláteis na Construção Civil: estamos seguros?

Considerados poluentes perigosos, os COVs estão presentes em vários materiais utilizados nas edificações

O investimento e o interesse em cons-truções sustentáveis aumentaram e, para reduzir os impactos socioambientais e garantir a sustentabilidade do empre-endimento, os Green Buildings (prédios verdes) têm buscado materiais com baixa emissão de Compostos Orgânicos Voláteis (COVs). Especialistas estão pre-ocupados com a saúde das pessoas que ficam expostas aos produtos, durante a construção ou no uso das edificações.

Amostrador automático com amostras preparadas que serão introduzidas no cromatógrafo

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Revista Painel14

A reportagem da revista PAINEL en-trevistou o engenheiro civil português Fernando Pacheco Torgal, membro conselheiro da Ordem dos Engenheiros Portuguesa e doutor em materiais de construção. Segundo ele, não existe es-tudo que compare ou organize de forma hierárquica os materiais da construção civil em termos de toxicidade. “Isso não seria possível, já que a toxicidade não é um parâmetro universal e tem diferentes facetas”. Ele explica que um determinado produto pode apresentar algum nível de toxicidade por liberar CVOs, mas não se pode dizer que ele é mais tóxico do que outro que não libera esses compostos e que, por exemplo, é extremamente tóxico em casos de incêndio.

Na opinião de Fernando, as canaliza-ções de chumbo usadas no abastecimen-to de água são os materiais com maior potencial de periculosidade para o ser

humano. O programa Fantástico, da TV Globo, apresentou em junho de 2017, re-portagem sobre grave contaminação que ameaça a cidade de Flint, nos Estados Unidos. Entre 2014 e 2016, a população bebeu água contaminada por chumbo. O rio que abastece a cidade tem muito sal na água e isso liberou o chumbo da canalização, que tem cerca de 100 anos.

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Assista a reportagem do Fantástico, na área Notícias, no endereço eletrônico da AEAARP. Veja também a tese

Sustentabilidade na arquitetura e o estudo dos Compostos Orgânicos Voláteis emitidos por componentes vinílicos em habitações, do arquiteto André Luiz de Oliveira Chaves, e o artigo Toxicidade de materiais de construção: uma questão

incontornável na construção sustentável, escrito pelos engenheiros Fernando Pacheco Torgal e Said Jalali.

www.aeaarp.org.br

Segundo a toxicologista entrevistada pela equipe do Fantástico, em adultos, o chumbo pode provocar problemas nos rins, aumento da pressão e doenças cardiovasculares, porém, o efeito é mais grave nas crianças de até seis anos. O me-tal se instala no cérebro, pode provocar problemas de audição, comprometer o crescimento e a aprendizagem.

Cromatógrafo gasoso acoplado ao espectrômetro de massas.

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Fernando acredita que a Europa é o continente com normas ambientais mais rígidas e os países de lá foram os primeiros no mundo a proibir a utilização de asbesto (também conhecido como amianto), que é ainda usado em muitos países, apesar do seu potencial cancerí-geno – inclusive no Brasil. O produto foi condenado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) há 35 anos e proibido em mais de 60 países e em cinco estados brasileiros. No Brasil, o amianto está presente em vários produtos como te-lhas, caixas d’água, materiais plásticos e tintas. Além disso, o país figura entre os cinco maiores consumidores, produtores e exportadores da fibra. “Ainda não há consenso sobre a proibição do produto por causa dos impactos econômicos que poderá provocar”, comenta o engenheiro.

Ensaios do IPTO Instituto de Pesquisas Tecnológicas

(IPT) analisa a quantidade de COVs em vários tipos de materiais da construção civil, de acordo com normas internacionais. Em um dos ensaios fo-ram analisadas 33 amostras de diferentes tipos de tintas arquitetônicas comerciais: a base de água, acrílica, epóxi e látex. O estudo avaliou a emis-são de COVs desses produtos e concluiu que a maioria atende regulamentações internacionais e são classificadas como adequadas para a construção.

Veja o estudo Determinação de Compostos Orgânicos Voláteis em Materiais da Construção Civil, publicado pelo Instituto

de Pesquisas Tecnológicas (IPT), na área Notícias, no endereço

eletrônico da AEAARP.

www.aeaarp.org.br

Durante os ensaios, os pesquisadores do IPT utilizam cromatógrafos em fase gasosa (equipamento que separa com-postos que podem ser vaporizados sem decomposição) e espectrômetros de massas (técnica que detecta e identifica moléculas através da medição de sua massa e estrutura química). Essas ferra-mentas fornecem dados qualitativos e quantitativos que possibilitam o cálculo dos COVs presentes nos materiais. O tra-balho é realizado por químicos, engenhei-ros químicos e técnicos químicos. A en-genheira química Sandra Souza, chefe do Laboratório de Análises Químicas do IPT

PROIBIÇÃO DO AMIANTO

Em fevereiro de 2017, o senador Paulo Paim, do Rio Grande do Sul, apresentou o Projeto de Lei do Senado 30/2017, que

defende a proibição da extração, industrialização, importação,

transporte e armazenamento do amianto, assim como a importação e comercialização de produtos que

o utilizam como matéria-prima, exceto em casos de pesquisas

científicas. Trabalhadores, médicos e políticos não entraram

em acordo sobre o banimento do produto no Brasil durante as audiências públicas. No dia 4 de outubro de 2017, o projeto foi

retirado pelo senador e seguiu para arquivamento. Veja detalhes deste projeto no endereço eletrônico da

AEAARP, na área Notícias.

www.aeaarp.org.br

explica que o instituto, normalmente, é procurado por fabricantes, importadores, exportadores, representantes e empresas certificadoras de produtos e, até mesmo, por usuários para fazerem ensaios dos mais variados tipos de materiais.

Para a realização dos ensaios são uti-lizadas normas da ASTM (organização americana de normalização, semelhan-te à ABNT-Associação Brasileira de Nor-mas Técnicas) e da SCAQMD (agência americana de controle de poluição), conforme solicitação do cliente. Essas normas não são aplicáveis a todos os tipos de tinta, selante, vedante e adesi-vo, por exemplo, pois cada material tem características que podem inviabilizar os ensaios (que costumam demorar entre 15 e 30 dias, dependendo do material). O IPT é uma instituição sem fins lucrativos, subsidiada em parte pelo governo do estado de São Paulo, mantendo-se também com a receita obtida com os trabalhos executados. “Um ensaio deste tipo no IPT custa em média R$ 2.040”, esclarece Sandra.

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uma grande aeaarP

A associação cresce, valoriza o patrimônio e cria oportunidades

A sede da AEAARP é o mais novo local de eventos sociais e corporativos de Ribeirão Preto. Acaba de receber nova roupagem, que incluem importantes mudanças de acesso e mobilidade.

Somando todas as áreas, a AEAARP tem capacidade para atender um público de 800 pessoas de uma só vez. As salas de reunião, o salão nobre e o salão social são conectados por meio de sistema de imagem e som. Isto é: o evento que está acontecendo em um desses locais pode ser transmitido para todos os outros, ampliando a participação do público.

Arlindo Sicchieri, Milton Vieira Lieite, Welson Gasparini, Tapyr Sandroni Jorge, Callil João Filho, Carlos Alberto Gabarra, Antônio Duarte Nogueira Júnior, Denize Camara, Carlos Alencastre e Ercília Pamplona

Benedito Gléria, Arlindo Clemente, Noboro Saiki, Marcos Canini e Alexandre Tazinaffo

Recepção do salão nobre

Revista Painel16

inauguração

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SALA CALIL JOÃO FILHOA sala de convivência que surgiu nesta última intervenção, recebeu o nome Callil João Filho. A homenagem ao engenheiro agrônomo, diretor administrativo da AEAARP, foi proposta por Arlindo Sicchieri Filho. Callil tem 85 anos – e todos os dentes originais, como gosta de enfatizar – é associado à AEAARP desde 1975. Já foi conselheiro, diretor, vice-presidente e defensor incansável da renovação da associação.

Foi instalado elevador ligando a área administrativa ao térreo e ao salão no-bre. A escada que dava acesso a esses espaços foi refeita, eliminando o desenho em caracol. O vão livre, apelidado pelos associados como “abacaxi”, foi repagi-nado. Esse espaço agora é ocupado por uma sala de convivência e por uma área livre onde podem ser servidos os lanches nos intervalos dos eventos.

Na solenidade de entrega desta obra, o presidente da AEAARP, engenheiro Carlos Alencastre, lembrou que recentemente foram acrescidos 700 metros quadrados com a ampliação da área de eventos. “A AEAARP ficou mais moderna e autôno-ma”, enfatizou.

Hideo Kumasaka, Paulinho Pereira, José Aníbal Laguna, Antônio Duarte Nogueira Júnior, Milton Vieira Leite, Carlos Alencastre, Tapyr Sandroni Jorge, João Paulo Figueiredo e Benedito Gléria

Inaguração da sala Callil João Filho

Callil João Filho

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A E A A R P

“A obra tem um simbolismo muito importante. Investimos bastante nos últimos meses, mas não somente em intervenções estéticas. A AEAARP está mais ágil, conec-tada, moderna e atualizada. A associação está também mais atenta às necessidades dos profissionais. Estamos mudando por dentro e por fora sem perdermos jamais a essência”, finalizou.

O projeto de reforma é do arquiteto Carlos Alberto Gabarra.

Paulo Araújo, Gislaine Araújo e Reginaldo Sabia Darini

Elpidio Faria Junior, Luiz Antonio Bagatin, Hideo Kumasaka, Maria e José Batista Ferreira

Revista Painel18

Bruno Matteuzzo, Ricardo Luis do Val, Ademilson Bergamasco, Rafaela Bergamasco, Susi do Val e Linda Helena Rugiero

Mauricio Pupo, Rodrigo Gomes Carvalho, Iroá Arantes, Ana Cláudia Marincek e Giulio Azevedo Prado

Lairce Antoniazi Costa, Gustavo Henrique Rissato, Wilson Emílio Costa e Roberto da Silva Vomero

Tapyr Sandroni Jorge, Carlos Alencastre, Thiago Cesar Marchetti Vieira e Gumercindo Ferreira da Silva

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AEAARP19

indústria

Cana Para salvar o mundoPesquisadores brasileiros, americanos e europeus

demonstram que em três cenários de mudanças climáticas, o etanol é eficiente como fonte de energia sustentável

A revista Nature Climate Change publi-cou artigo no qual os autores estimam que a expansão do cultivo de cana-de--açúcar no Brasil para produção de etanol tem o potencial de substituir até 13,7% do petróleo consumido mundialmente e reduzir as emissões globais de dióxido de carbono (CO2) em até 5,6% em 2045. O estudo refere-se à expansão em áreas que não são de preservação ambiental ou destinadas à produção de alimentos.

O trabalho avaliou como a expansão da produção de etanol obtido da cana poderia contribuir para limitar o aumento médio da temperatura global a menos de 2o C por meio da redução das emissões de CO2 pela queima de combustíveis fósseis, como a gasolina, conforme acordado pe-las 196 nações que assinaram o Acordo Climático de Paris em dezembro de 2015.

O trabalho foi feito por pesquisadores da Faculdade de Engenharia Agrícola da Universidade Estadual de Campinas (Feagri-Unicamp), do Instituto de Biociências (IB-USP) e da Escola de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq) da Universidade de São Paulo, em colaboração com colegas da University of Illinois Urbana-Champaign e da Iowa State University, dos Estados Unidos, além da University of Copenhagen, da Danish Energy Association e do National Center for Supercomputing Applications, da Dinamarca, e da Lancaster University, do Reino Unido.

Os pesquisadores utilizaram um software desenvolvido na University of Illinois Urbana-Champaign que simula o crescimento de plantas por hora e com base em parâmetros como composição do solo, temperatura, incidência de chuva e de seca. Foi simulado o crescimento da cana no contexto das mudanças climáticas projetadas para 2040 e 2050 pelos cinco principais modelos de circulação global em três diferentes cenários.

No primeiro cenário, a expansão do cultivo da cana seria limitada às atuais áreas de pastagem que poderiam ser substituídas por lavouras de cana, apon-tadas pelo Zoneamento Agroecológico da Cana-de-Açúcar (ZAE Cana), lançado em 2009 pela Empresa Brasileira de Pes-quisa Agropecuária (Embrapa).

No segundo cenário, a produção da cana seria expandida não somente para as áreas disponíveis para cultivo identi-ficadas pelo ZAE Cana, como também para aquelas que não serão necessárias para plantio de culturas alimentares e ali-mentos para animais e que poderiam ser disponibilizadas para lavouras de cana, considerando o aumento na demanda de alimento nas próximas décadas devido ao aumento populacional. O terceiro ce-nário é igual ao segundo, com a diferença de que inclui áreas de vegetação natural e seminatural que poderiam ser conver-tidas legalmente em lavouras de cana.

Todos os cenários excluíram áreas am-bientalmente sensíveis, que não podem ser usadas para atividades agropecuárias ou industriais, como a Amazônia e o Pantanal.

O artigo Brazilian sugarcane ethanol as an expandable green alternative to crude oil use, de Deepak Jaiswal, Amanda P. De Souza, Søren Larsen, David S. LeBauer, Fernando E. Miguez, Gerd Sparovek, Germán Bollero, Marcos S. Buckeridge e Stephen P. Long, pode ser lido em www.nature.com/articles/nclimate3410.

As análises indicaram que o cultivo de cana para produção de etanol poderia ser expandido para até 116 milhões de hectares nos três cenários. Dessa forma, o etanol obtido da cana poderia forne-cer o equivalente a até 12,77 milhões de barris de petróleo bruto por dia em 2045 no cenário estimado de mudanças climáticas, ao mesmo tempo em que se asseguraria a preservação de áreas de florestas e as destinadas para produção de alimentos.

Com isso, seria possível reduzir entre 3,8% e 13,7% o consumo de petróleo bruto e entre 1,5% e 5,6% as emissões líquidas globais de CO2 em 2045 em relação aos dados de 2014.

“Nossos resultados mostram que é possível conciliar as duas metas prin-cipais assumidas pelo Brasil no acordo de Paris: a preservação de ambientes naturais, notadamente a Amazônia, e o aumento na produção de energia renová-vel”, disse Marcos Buckeridge, professor do IB-USP e um dos autores do artigo.

Fonte: Agência Fapesp

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Revista Painel20

engenharia

Cidades inteligentes, Pessoas interessadas

O engenheiro Anderson Manzoli, coor-denador dos cursos de engenharia civil e de produção na Faculdade Estácio disse: “toda vez que trazem palestrantes que estão na área acadêmica, incentivam as pessoas a colocar a pesquisa em prática e a conectar a universidade com os proble-mas reais”. Ele se referia à necessidade de estudantes e profissionais de enge-nharia participarem de eventos técnicos como a 10ª Semana de Engenharia da AEAARP, que aconteceu de 23 a 25 de outubro e atraiu público de cerca de 350 pessoas nas palestras sobre o tema Cidades Inteligentes.

Foi a oportunidade para estudantes como Eduardo Kasuo Sibata conhecerem a arquiteta Susanna Marchionni, que o surpreendeu ao relatar seu histórico pro-fissional e os projetos que desenvolveu na Itália, seu país de origem, e aqueles que

A 10ª Semana de Engenharia da AEAARP pautou novas oportunidades na engenharia com foco em tecnologia, sustentabilidade e qualidade de vida

desenvolve no Brasil. “Conhecer esse tipo de pessoa é sempre muito legal”, disse.

Jaqueline Cristina Rios é estudante de engenharia de produção e as abordagens

As palestras atraíram 350 pessoas, entre profissionais e estudantes

de tecnologia e sustentabilidade das palestras devem inspirar seu projeto de conclusão de curso. “Quero seguir a área de sustentabilidade”, declarou.

Araken Mutran falou sobre o Código de Ética do CREA-SP

André Gomyde Rochele Amorim Ribeiro falou sobre os modelos de cidades

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AEAARP21

SUSANNA É POPNos três dias de palestras, a sala permaneceu cheia até o encerramento da última fala. A qualidade técnica e a oratória dos palestrantes chamou a atenção do público. No primeiro dia, entretanto, as ideias inovadoras apresentadas por Susanna Marchionni fizeram dela praticamente uma superstar. #TodosFotografamComSusanna seria a hashtag perfeita para o dia. Todas as fotos estão na página da AEAARP no Facebook, para compartilhar à vontade.

Todas as palestras foram transmitidas ao vivo na página da AEAARP no Facebook. Os vídeos permanecem on-line e podem ser acessados a qualquer momento.

#TodosFotografamComSusanna

Luís Oliveira Ramos falou sobre políticas públicas do Ministério das Ciências, Tecnologia, Inovações e Comunicações

Marcelo Mancini

Marcelo Mancini, mestre em Engenha-ria de Transportes e graduado em Arqui-tetura e Urbanismo, professor do IPOG, falou sobre a experiência de organizar o sistema de transporte público no Rio de Janeiro (RJ), especialmente para grandes eventos, como o Rock in Rio e as Olimpía-das. Ele foi além e demonstrou como as cidades do futuro devem ser planejadas – para pessoas, não para as máquinas que as transportam, em sua visão – tendo em vista a mobilidade, a ocupação de espaço e a qualidade de vida.

Neste sentido, o palestrante André

Gomyde demonstrou que há paradigmas a serem quebrados. Ele exemplificou: quando alguém pede para uma criança desenhar uma casa, ela colocará cha-miné no seu rabisco. Deveria, na visão dele, colocar painéis fotovoltaicos, o que denotaria que as gerações do futu-ro estão conectadas com as alterações econômicas, sociais e comportamentais que estão por vir. “Para as engenharias, o lado bom é que há um grande caminho a ser explorado, e isso significa oportu-nidade para os profissionais”, avalia o coordenador técnico do evento.

O engenheiro Paulo Sinelli, coordena-dor técnico do evento, avalia que inspirar e conectar são dois verbos que sinteti-zam o evento. “Nessas oportunidades, o público tem a oportunidade de entrar em contato com experiências reais de planejamento e execução de um projeto. Desta vez, optamos por ofertar um con-teúdo que seja convertido também em inspiração para a carreira”, disse.

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Revista Painel22

segurança falha Para Pequenos agriCultores

A quantidade de defensivos agrícolas utilizada no país, apesar das exigências legais de registro, é controversa. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) já divulgou que o Brasil é o maior consumidor do mundo, e seus números foram contestados. Indepen-dentemente da quantidade, há na zona rural um público que pode ser direta e negativamente afetado: a pessoa que manuseia o produto.

De acordo com o Tribunal Superior do Trabalho (TST), os processos trabalhis-tas resultantes de acidentes chegaram a indenizações de R$ 200 milhões em processos por danos morais coletivos em 2011. No Anuário Estatístico da Previdên-cia Social, em 2013, foram registrados 23.550 acidentes no setor agropecuário. Em 2015, último levantamento disponí-vel, foram 19.636. Os dados são gerais, isto é, não revelam a causa do acidente. Mas a redução pode significar que nor-mas regulamentadoras e a fiscalização podem estar surtindo efeito.

Em 2005, a Norma Regulamentadora 31 (NR31) definiu regras para a segurança e saúde no trabalho na agricultura, pe-cuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura, com norma específica para a segurança do trabalho no manuseio de agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins,

legislação

Desde 2005, norma regulamenta medidas de segurança para aplicadores de defensivos agrícolas, que é mais usada na indústria do que no campo

a NR31.8. “A norma visa garantir a segu-rança do trabalhador sob aspectos físicos, químicos e ergonômicos”, diz o engenheiro agrônomo Hamilton Ramos, pesquisador do Centro de Engenharia e Automação do Instituto Agronômico (IAC).

A maioria dos agricultores usa máqui-

nas na aplicação de defensivos agrícolas, mas ainda muitos trabalhadores usam os pulverizadores costais, que exigem mo-vimentos repetitivos e podem ocasionar dores nas articulações e musculares ou, até mesmo, lesões. Em relação à toxici-dade, porém, os dois métodos de pul-

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) lançou o manual Trabalhador na Aplicação de Agrotóxicos, que está disponível no endereço eletrônico da AEAARP, na área de Notícias. A publicação tem informações de caráter preventivo, utilizando princípios da ergonomia, para diminuir posturas incorretas e que podem ocasionar lesões.

www.aeaarp.org.br

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em: w

ikim

edia

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AEAARP23

Pesquisadores têm buscado tecidos especiais para reduzir o grau de exposição de lavradores

aos agrotóxicos. Porém, cientistas ainda estão céticos sobre alguns produtos. Veja

a matéria que o portal Globo Rural fez sobre o tema, na

área de Notícias, no endereço eletrônico da AEAARP.

www.aeaarp.org.br

A conservação, manutenção, limpeza e utilização dos equipamentos de aplica-ção de agrotóxicos só podem ser realiza-das por pessoas previamente treinadas e devidamente protegidas. A limpeza dos equipamentos deve ser executada de forma a não contaminar poços, rios ou córregos. Os produtos devem ser manti-dos em suas embalagens originais junto aos seus rótulos e bulas e o recipiente vazio não deve ser utilizado para nenhum outro fim. O transporte simultâneo de trabalhadores e agrotóxicos é proibido em veículos que não tenham comparti-mentos separados.

Veja a matéria Toxidez dos agrotóxicos diminuiu nos últimos anos, publicada na edição 266 da revista PAINEL.

As edificações destinadas ao arma-zenamento de agrotóxicos devem ter ventilação natural, placas com símbolos de perigo, acesso restrito aos aplicado-res, impossibilitar o acesso de animais, estar a mais de 30 metros das habitações e locais onde são conservados ou consu-midos alimentos, medicamentos ou que sejam fontes de água.

O armazenamento de agrotóxicos deve obedecer a legislação vigente, as especi-ficações do fabricante e recomendações básicas como: as embalagens devem ser colocadas sobre estrados, evitando contato com o piso, as pilhas do produto devem ser afastadas da parede e do teto e as substâncias inflamáveis devem ser mantidas em local ventilado e protegido contra fontes de combustão.

De acordo com o engenheiro civil e de segurança no trabalho Luis Antonio Bagatin, falta fiscalização para ver se a norma vem sendo implantada na área rural. A fiscalização deve ser feita por auditores do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), porém, segundo ele, isso só acontece quando existe denúncia do Ministério Público ou pressão popular, através de notícias veiculadas na impren-sa. Segundo Hamilton, a implantação da NR31.8 acontece principalmente nas agroindústrias, que tem produção certificada ou fiscalização mais rigorosa do MTE, e reforça que nos pequenos agricultores realmente é difícil encontrar o cumprimento da norma.

verização oferecem riscos, que podem ser evitados com treinamentos e o uso adequado dos equipamentos.

A capacitação dos trabalhadores ex-postos diretamente ao produto deve ter carga horária mínima de 20 horas, distri-buídas em no máximo oito horas diárias, durante o expediente de trabalho. “Por ser uma norma do MTE [Ministério do Trabalho e Emprego], é válida para si-tuações onde haja relação trabalhista. Portanto, não é aplicada à agricultura familiar”, explica Hamilton.

A norma considera como trabalhador direto aquele que está em contato com o produto em qualquer etapa do processo: armazenamento, transporte, preparo, aplicação, descarte e descontaminação de equipamentos e vestimentas. E o trabalhador com exposição indireta é aquele que circula ou desempenha atividades em áreas próximas aos locais pulverizados. Gestantes, menores de 18 anos e maiores de 60 anos não podem manipular qualquer tipo de agrotóxico.

O programa de capacitação do aplica-dor de agrotóxico deve abordar: as for-mas de exposição ao defensivo agrícola, sinais e sintomas de intoxicação, primei-ros socorros, rotulagem e sinalização de segurança, medidas higiênicas durante e após o trabalho, uso de vestimentas e equipamentos de proteção pessoal e limpeza e manutenção das roupas e equipamentos. O treinamento pode ser em material escrito ou audiovisual, o mais importante é que seja apresentado em linguagem adequada ao público e assegurar a capacitação de todos.

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) é um dos órgãos oficiais que atua na formação do profissional rural. Criado pela Lei 8.315/91, o SENAR é uma entidade de direito privado, paraes-tatal, mantida pela classe patronal rural,

vinculada à Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Anualmente, o órgão atende gratuitamente mais de três milhões de brasileiros do meio rural. Desde que sigam o conteúdo pro-gramático da NR31.8, outras entidades também podem treinar aplicadores de agrotóxicos como, por exemplo, institui-ções de ensino de nível médio e superior em ciências agrárias, entidades sindicais, associações de produtores rurais, coo-perativas de produção agropecuária e associações profissionais.

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Revista Painel24

crea-sp

CóDIGO DE ÉTICA

Art. 11. São reconhecidos os direitos coletivos universais inerentes às profissões, suas modalidades e especializações, destacadamente:I - ante o ser humano e seus valores:a) à livre associação e organização em corporações profissionais;b) ao gozo da exclusividade do exercício profissional;c) ao reconhecimento legal;d) à representação institucional.

II - ante à profissão:a) identificar-se e dedicar-se com zelo à profissão;b) conservar e desenvolver a cultura da profissão;c) preservar o bom conceito e o apreço social da profissão;d) desempenhar sua profissão ou função nos limites de suas atribuições e de sua capacidade pessoal de realização;e) empenhar-se junto aos organismos profissionais no sentido da consolidação da cidadania e da solidariedade profissional e da coibição das transgressões éticas.

Código de étiCa ComPleta 15 anos

Resolução foi adotada em novembro de 2002; Conselho abre Consulta Pública para mudar a condução de processos éticos

Nos últimos 15 anos, o mercado, a tec-nologia e até mesmo o modo de ensinar as engenharias e a agronomia mudaram. O Código de Ética do CREA-SP continua o mesmo: “Art. 1º O Código de Ética Profis-sional enuncia os fundamentos éticos e as condutas necessárias à boa e honesta prática das profissões da Engenharia, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia e relaciona direitos e deveres correlatos de seus profissionais”.

A Resolução 1.002 foi publicada no

dia 26 de novembro de 2002 e define a identidade das profissões e os princípios éticos que as regem, como o objetivo, a natureza, honradez, eficácia, o relaciona-mento entre os profissionais, a liberdade e a segurança, dentre outras coisas.

De forma geral, a resolução explicita os deveres dos profissionais de engenharia e agronomia, em relação à conduta técnica e o relacionamento com clientes, presta-dores de serviços e colegas de profissão.

“É um documento necessário para

nivelar por cima a forma como todos nos relacionamos no mercado”, afirma Thiago Cesar Marchetti, chefe da unidade do CREA-SP em Ribeirão Preto.

ConsultaAté 19 de dezembro, está aberta a con-

sulta pública do Anteprojeto de Resolu-ção 007/2017 que substituirá a Resolução 1.004/2003, que trata do Regulamento para Condução de Processo Ético Disci-plinar. A proposta prevê a revogação total da resolução de 2003.

De acordo com a exposição de moti-vos disponível na página do CONFEA, a formulação do Anteprojeto incorpora contribuições de fóruns consultivos rea-lizados em todo o país. Após a consulta, deliberação e votação, a medida deverá ser adotada em todo o território nacional.

CONSULTA PúBLICA: A íntegra do Anteprojeto e o espaço para participação na consulta estão disponíveis na internet na página Consultapublica.confea.org.br.

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AEAARP25

Fábio Gatti, especialista em Pacote Office

administração do temPo - Bom uso

do outlook

Você gosta de tirar férias? Um mês inteiro de descanso, um mês para pensar somente em suas atividades pessoais, fazer aquilo que gosta, sem prazos e sem metas. Vamos entender onde queremos chegar com essa pergunta, seja você autônomo, gestor, empresário ou colaborador, que não consegue estabele-cer o mesmo foco e organização aos seus e-mails como aplica a seu trabalho.

Primeiramente, imagine-se em seu local de trabalho, em sua rotina comum: você está preenchendo informações no sistema, ou analisando dados no Excel, realizando apresentações. Enfim, cumprindo com suas atividades rotineiras.

Eis que aparece a famosa janela de Pop-Up do e-mail, no canto inferior da tela, informando que recebeu uma nova mensagem.

O que você faz? Interrompe o que está fazendo para ver se é algo importante? Ou simplesmente ignora, pois você está em um processo, que precisa ser finalizado, para então iniciar uma nova atividade?

Se você se identificou com a primeira, possivelmente faz parte da maioria dos usuários, que constantemente reclamam do excesso de e-mails que recebem e da falta de tempo para executar as obrigações.

Há uma série de dicas e boas práticas no uso da ferramenta de e-mails mais utilizada do mundo, o MS-Outlook, que podem lhe ajudar a melhorar sua produtividade.

Nesta edição, ensinaremos uma prática de como se organi-zar com a leitura de novos e-mails, aplicando a regra dos 4D: Delete; Delegate; Do; Defer (delete, delegue, faça e agende, respectivamente).

• Leitura de novo e-mail.• É irrelevante?• Se sim: Delete• Se não, questione: é para mim?• Se não: Delegate (delegue) o e-mail ao responsável• Se sim, questione: cumpro em menos de 3 minutos?• Se sim, Do (Faça)• Se não, Defer (agende) Realizando essa prática, além de outras tantas, é possível

economizar até 50 minutos/dia.Fazendo os devidos cálculos: 250 min/semana -> 16h/mês

-> 192h/ano, ou seja: 1 mês de economia com e-mails no ano.E aí? Você gosta de tirar férias?

produtividade

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Revista Painel26

O AEAARP Cultural so-bre Monteiro Lobato foi comandado pela escritora Áurea Laguna. Ela falou sobre escritores infanto--juvenis e a influência social da literatura até chegar no Século XX, quando Lobato inseriu suas histórias nesse universo ocupado até então por Charles Perrault (século XVII), Irmãos Grimm (século XVIII) e Christian Andersen (século XIX). O evento contou com a partici-pação do coral da Escola Waldorf.

O evento acontece todos os meses na sede da Associação e é organizado pela arquiteta Ercília Pamplona. O próximo será no dia 23

notas e cursos

46Escolha sempre a AEAARP na sua Anotação de Responsabilidade Técnica (ART).Alínea 46 fortalece a atuação da sua entidade de classe.

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Cultura

PróXimos eventos aeaarP

23 de novembroAEAARP CULTURAL (Consciência Negra)

8 de dezembroCERIMÔNIA DO PRÊMIO PROFISSIONAIS DO ANO

AEAARP 2017

8 de dezembroFESTA DOS ENGENHEIROS,

ARQUITETOS E AGRÔNOMOS

Thiago Marchetti Vieira é o novo gestor do CREA-SP em Ribeirão Preto e Barretos (SP). É engenheiro ambiental e antes de assumir o desafio nesta região, foi inspetor na região de Araçatuba (SP). Ele pretende melhorar as condições de trabalho nos escritórios do Conselho para atender melhor também aos profissionais. Thiago chega à Ribeirão animado.

mais raios

Nos próximos anos, o estado de São Paulo enfrentará maior

incidência de relâmpagos e trovoadas. Foi o que constataram pesquisadores do Instituto Nacio-nal de Pesquisas Espaciais (Inpe) em projeção que identificou uma

mudança no padrão climático que influencia a incidência de raios. Independentemente do

cenário estudado – um mais oti-mista que o outro – espera-se um

aumento considerável de pelo menos 80% na ocorrência acima

da média de relâmpagos. Ge-ralmente, o fenômeno acontece

quando há a formação de nuvens de grande desenvolvimento

vertical, as do tipo cumulonim-bus. O aumento da emissão de gases poluentes na atmosfera,

por exemplo, influencia o maior desenvolvimento dessas nuvens verticais. Com mais nuvens do

tipo cumulonimbus, maiores são as chances de raios se formarem.

Thiago elogia a autonomia da AEAARP e diz: “É espelho para

outras entidades de São Paulo”.

Entrada pela Rua Almirante Cunha Gago, 333.

Áurea Laguna e Ercília Pamplona

de novembro com o tema Consciência Negra. Os participantes devem levar um quilo de alimento não perecível, que é encaminhado para instituições beneficentes.

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O melhor lugar para sua festa é aqui

Condições especiais para associadosReservas: 16 2102.1700 A E A A R P