pai, sempre presente

PEDRO VILELA/AGÊNCIA I7

JOSÉ LUIZ PEDERNEIRAS

AJU

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PLA

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ICLE

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Página 8

Página 7

Oásis Clube se destaca no Santa Tereza

Mitologia para falar de saúde no trabalho

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Coluna doPCOPÁGINA 2

ANO 4 / NÚMERO 174 / 2 A 8 DE AGOSTO DE 2014 / www.jornaltudobh.com.br

Caldos e sopas são a pedida para se

aquecer e espantar o frio

Pág. 10

U ArtigoBernadette Mendes, vice-presidente do Corpo de Voluntários da AMR: “Toda ajuda é bem-vinda”PÁGINA 4

Pai, sempre presente

U Filhos de pais participativos, que dão atenção e dispensam tempo de qualidade

para conviver, apresentam menos problemas de comportamento. Página 6

J Elton Araújo com

Nicolas: “Me preocupo em

ser sempre um bom

exemplo”

O Grupo Corpo volta a BH com os espetáculos “Triz” e “Onqotô”. Pág. 9

Exposição “(Entre)Linhas”, na Casa do Baile, celebra 50 anos do UniBH. Pág. 9

O nova-iorquino Marcus Miller faz show na capital mineira. Pág. 9

Em movimento Comemorativa

Jazz

U

aquecer e espantar o frio

Pág. 10

DIVULGAÇÃO

PAGINA 001_CAPA.indd 1 01/08/14 18:18

TUDO - BELO HORIZONTE, 2 A 8 DE AGOSTO DE 2014 2 PAULO CESAR DE OLIVEIRA

PCOReação desproporcional

A propósitoMichel Temer declarou

ao TSE possuir R$ 2,6 mi-lhões no Santander, entre investimentos e conta-cor-rente. O dinheiro correspon-de a 35% do patrimônio de R$ 7,5 milhões declarado por Temer à Justiça Eleitoral.

Museu septuagenário

No dia 11 de agosto, o Museu da Inconfidência, em Ouro Preto, antiga sede da Câmara Municipal e da cadeia pública da cidade, celebra seus 70 anos, com exibição da tela “Nossa Senhora da Soledade”, de Manuel da Costa Athaide. A obra é proveniente da antiga fazenda do Gualaxo, que pertenceu ao historiador Salomão de Vasconcelos.

O trem tá feioDo mesmo jeito que a

presidente Dilma usou a mí-dia para queimar os homens de Lula – Gilberto Carvalho e Franklin Martins –, o ex--presidente fez. Partiu dele a iniciativa de criticar a atitude de Aloizio Mercadante (Casa Civil) com o secretário-geral Gilberto Carvalho, seu olhei-ro no Planalto. E Lula já avi-sou: se a fritura de Gilberto e Franklin não parar, ele dará

Essa reação do governo Dilma diante do Santander é tão “des-proporcional” quanto a que ela imputa a Israel no confl ito milenar com a Palestina, hoje ferido, desferido e conferido lá na conturba-da Faixa de Gaza: espera que o Santander ajoelhe e reze para ser perdoado. Esse governo se revela, cada vez mais, sem ideologia e fi siológico por vocação e profi ssão. Esse assédio desproporcional, a três meses de uma eleição, com sérias difi culdades de arrecadação para campanha, tem preço, e não fi cará impune.

DIVULGAÇÃOROBERTO STUCKERT FILHO/PR

A Cenibra, presidida por Paulo Brant, recebe, na quinta-feira (7), no Rio, o Prêmio Destaque de Comércio Exterior – 2014, na categoria Destaque Expor-tador – Gestão de Comércio Exterior. O prêmio é conferido pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) e pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Prêmio Destaque para a Cenibra

João Doria Jr., franco e direto no Roda Viva

Importante que se faça o registro de uma das mais lúcidas entrevistas que o programa Roda Viva, na Rede Cultura, comanda-do pelo jornalista Augusto Nunes, apresentou nos últimos tempos. Foi com o jornalista e empresário João Doria Jr., presidente do Lide – Grupo de Líderes Empre-sariais, do qual faz parte a nata do empresariado nacional dos principais estados. Doria não deixou pergunta sem resposta e foi de uma sinceridade ímpar, como é em sua vida pessoal e empresarial. Perguntado sobre sua preferência política, JDJ não titubeou: “Sou filiado ao PSDB desde 2010, e isso não é segredo para ninguém. Essa condição de fi liado não interfere nos projetos do Lide, pois sou um republica-no”, disse João Doria. “Sempre pautei-me pela ética, assim é na minha empresa e é como gostaria que fosse na política”, completou. Sobre o momento econômico atual, fez críticas severas ao go-verno Dilma e falou do desânimo vem tomando conta do país há um ano. Ressaltou que Dilma se encastelou no Palácio da Al-vorada e não tem mais diálogo com ninguém, ao contrário do ex-presidente Lula, “que sempre cultivou o diálogo, tanto é que, até hoje, o empresariado o procura para fazer a interlocução com a criatura”. Perguntado sobre a sua preferência na sucessão pre-sidencial, JDJ foi claríssimo: “Sou Aécio Neves, a esperança para dias melhores”. Na entrevista, Dória ressaltou, ainda, o traba-lho desenvolvido pelo mineiro Robson Andrade na presidência da CNI, defi nindo-o como um dos melhores da história da entidade. Sobre a política, JDJ disse que, num futuro próximo, “quem sabe possa participar dela mais dire-tamente”. A política, na verdade, está em suas veias. Seu pai, João Doria, foi deputado federal pelo PDC, cassado pelo regime mili-tar. Não tenham dúvidas de que, se João Doria Jr. fosse para a ad-ministração pública, seria uma magnífi ca aquisição para o país.

Com a colaboração de Ana Lúcia Cortez, Eliane Hardy, Flávio Penna e Jaqueline da Mata

entrevista que criará problemas à reeleição de Dilma.

Dilma não perdoou

A presidente Dilma não engole Gilberto Car-valho, que declarou que as vaias dirigidas a ela, na abertura da Copa, não partiram só da elite.

Cursos da Escola Móvel

A Escola Móvel Sesi/Senai completou três anos de atuação. O programa do Sistema Fiemg – que disponibi-liza cursos gratuitos de formação e capacitação profissionais – come-

mora a data com mais de 100 mil quilômetros percorridos e 18 mil pro-fissionais capacitados. Ao todo, 157 municípios mineiros receberam os cursos, oferecidos gra-tuitamente.

É grave a crise

Acreditem: tá faltan-do dinheiro no comitê de reeleição da Dilma. Já há queixa de atraso de salário.

Dia dos PaisEstudo que a CNC

divulga hoje estima que o Dia dos Pais deve movimentar cerca de R$ 4,4 bilhões no varejo. O número aponta aumento de 4,3% em relação a 2013. Um segmento se

destaca na estimativa de crescimento: perfuma-rias e cosméticos, cujo avanço deverá ser de 10,4%.

Viagens perdidas

O serviço de emis-são de vistos america-nos, em todo o mundo, está suspenso por tem-po indeterminado, e a Embaixada dos Estados Unidos recomenda aos brasileiros que, se pos-sível, adiem sua viagem para o país caso ainda não tenham obtido o vis-to de entrada. Segundo a nota, o Departamento de Estado não vai reem-bolsar possíveis despe-sas de quem dependia do visto para viajar e, por não tê-lo, tiver perdido voos.

EDITORA-ADJUNTACláudia Rezende

[email protected]ário: Patrícia CarvalhoAssistente de Fotografi a:

Tamara JesusRevisão: Maria Lúcia de Sousa Pires

DIRETORA DE ARTE Oriádina Panicali

[email protected] de arte: Renato Luiz

Equipe de arte: Adroaldo Leal, Gilberto Silva, Luciano Cabral

EDITORA DE WEB Denise MottaAssistente de web: Marcela Soares

Supervisora de distribuição: Kelly Maia

Departamento Comercial (31) 3503-8888

DIRETOR-GERALPaulo Cesar de Oliveira

[email protected]

DIRETOR DE REDAÇÃOHomero Dolabella

[email protected]

DIRETORA-EXECUTIVA Eliana Paula

[email protected]

EDITORA-GERALMaria Eugênia Lages

[email protected]

DIRETORESGustavo Cesar de Oliveira (licenciado)Paulo Cesar Alkimim de Oliveira

DIRETORESJosé Chebly FilhoLeonardo Chebly

TUDO é uma publicação da VB Editora e Comunicação Ltda. em conjunto

com a J.Chebly Comunicação Ltda.Rodovia MG-030, 8.625, Torre 2, Nível 4 – Serena Mall – Vale do

Sereno – CEP 34000-000 – Nova Lima – MG - Redação: [email protected]

Impressão: Rede Editora Gráfi caTiragem semanal: 38 mil exemplares

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TUDO - BELO HORIZONTE, 2 A 8 DE AGOSTO DE 20144 OPINIÃO

É comum encontrar pessoas que fa-zem trabalhos voluntários na Europa e nos Estados Unidos. Muitas empresas, inclusive, valorizam currículos de can-didatos que fazem ou já fi zeram parte de algum programa de voluntariado. Porém, no Brasil, essa tendência ainda engatinha. Não porque somos menos solidários, já que sempre nos prontificamos a ajudar vítimas de catástrofes que atingem popu-lações carentes, mas porque ainda não temos essa tradição.

No meu caso, a paixão pelo voluntaria-do surgiu com exemplos muito próximos. O doutor José Mendes Junior, avô do meu marido, foi o responsável por fundar, em 1964, a Associação Mineira de Reabilita-ção (AMR). E minha sogra, Ed Mendes, foi a idealizadora do Corpo de Voluntários da instituição, que atualmente está comemorando 50 anos e se tornou referência pelo cuidado gratuito a crianças e adolescentes carentes com defi ciências físicas.

Tive o privilégio de acom-panhar o trabalho que ela fazia para melhorar as con-dições de atendimento na instituição e arrecadar fundos para a realização do seu sonho de atender a todos que procuravam a en-tidade. Vi a alegria que ela irradiava cada vez que conseguia superar uma dificul-dade, a determinação ao deparar-se com barreiras que pareciam intransponíveis e, sobretudo, seu sentimento de realização em ajudar tanta gente. Ela vibrava, e isso me contagiou. Eu colaborava como podia na época, vendendo convites para a famo-sa Noite dos Alpes.

Um dia, falei com ela que gostaria de poder ajudar mais, e ela me disse que essa hora chegaria. Há 15 anos, esse momento chegou. Não porque eu tivesse tempo so-brando, afi nal, hoje em dia ninguém tem tempo sobrando, mas porque resolvi fazer meu tempo. Comecei brincando com as crianças na sala de espera, no intervalo entre um atendimento e outro. Depois, ensinei as mães a bordar ponto de cruz.

Foi uma época de amadurecimento para mim, pois tive um relacionamento mais próximo com essas mulheres guerreiras e escutava suas histórias de vida. Ficava impressionada com a garra e a alegria delas e de suas crianças, apesar de todas as difi culdades que enfrentavam. Isso me fez mudar a maneira como encarava meus problemas, que se tornaram pequenos perto de tantas histórias tão tristes.

Em seguida, me tornei coordenadora dos eventos que realizamos com o objetivo de arrecadar fundos para a instituição. Já são tradicionais o Chá Beneficente, a Tarde de Prêmios e o jantar no restaurante Kei. Quando a Adriana Belisário assumiu a diretoria do Corpo de Voluntários, me

convidou para ser sua vice, c a r g o q u e o c u p o a t u a l -mente. Muitas de minhas amigas voluntárias costu-mam dizer que o trabalho realizado na AMR faz mais bem a elas mesmas do que às crianças atendidas. É verdade. Ajudar a melhorar a vida de tantas crianças e famílias é extremamente gratifi cante.

Vejo que há muita gente que gostaria de ajudar a AMR, mas não sabe como.

Para se tornar um voluntário da institui-ção, é preciso dedicar apenas duas horas por semana ao trabalho na entidade. Pode ser no bazar em que vendemos artigos doados, na produção de fraldas ou de artesanato, na organização de eventos para arrecadar fundos, no acolhimento de crianças e mães, entre outras áreas.

Atualmente, temos cerca de 200 volun-tários trabalhando na AMR e muito espaço para novos interessados. Aos poucos, vejo a mudança na cultura do voluntariado do nosso país e torço para que o Brasil esteja, em breve, em condições de igualdade com os países do primeiro mundo nesse aspec-to. Nosso povo agradece!

Bernadette Mendes é vice-presidente do Corpo de Voluntários da Associação

Mineira de Reabilitação (AMR)

Toda ajuda é bem-vinda

Muitas de minhas amigas voluntárias costumam dizer que o trabalho realizado na AMR faz mais bem a elas mesmas do que às crianças atendidas. É verdade. Ajudar a melhorar a vida de tantas crianças e famílias é extremamente gratificante”

Bernadette Mendes

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FRASES

Eu tenho sangue de guerreiro e vivo por um código ao qual eu convivo com minha dor e minha glória dentro de uma cai-xa e as tranco muito bem. @SpiderAnderson, lutador.

lll

Podia-se aproveitar o Caso Santander e lançar uma campanha anti-terrorista. O PT e o Governo pecam pela falta de comunicação. @zehdeabreu, ator

Tudo isso vou levar comigo pro resto da vida com orgulho e privilégio de ter usado esta camisa! Obrigado galo! Obrigado, papai Kalil! Obrigado, minha galoucura! Obrigado a todos os atleticanos, obrigado à minha família!”

Ronaldinho Gaúcho, ex-jogador do Atlético Mineiro se despede do time em rede social

O Rafa que eu conheço não iria atravessar uma fronteira carregando armas”

Sônia Abrão, apresentadora, sobre a prisão do ex-Polegar Rafa-el Ilha, preso na fronteira com o Paraguai, com uma arma calibre 12

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TUDO - BELO HORIZONTE, 2 A 8 DE AGOSTO DE 2014 5GERAL

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Vistos suspensosFoi suspensa a emissão de vistos norte--americanos em todo o mundo devido a problemas na rede de dados, informou a Embaixada dos Estados Unidos, na quarta--feira (30). O órgão pediu aos brasileiros que não têm visto e planejam viagem para as duas próximas semanas para adiarem a visita. Apesar da suspensão, a primeira etapa na solicitação do visto, nos Centros de Atendimento ao Solicitante de Visto (Casv), não foi afetada.

Capital tem dia mais frio Belo Horizonte registrou a menor tempera-tura do ano na manhã da quarta-feira (30). Termômetros no Mangabeiras, Centro-Sul da cidade, marcaram 9,8º C. No local, a sensação térmica foi de 6º C. MG também teve a manhã mais fria de 2014, com 2,4º C em Monte Verde, Sul de Minas. A queda nas temperaturas está relacionada à chegada de uma frente fria, no dia 25 de julho. A previsão é de que continue frio o fi nal de semana de 2 e 3 de agosto.

Mais 10,8 km de cicloviaFoi aberto, na quinta (31), o pro-cesso licitatório para construção de 10,85 km de ciclovias em Belo Horizonte. Os trechos fi cam nas regiões do Barreiro e de Venda Nova, conforme publicação no Diário Oficial do Município. Os projetos incluem implantação de pavimentação, calçadas laterais, sinalizações horizontal e vertical e delimitadores físicos. Edital pode ser solicitados pelo e-mail [email protected] e também está disponível no site www.antp.org.br.

Aconteceu na semanaAconteceu na semana

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IGOR COELHO/AGÊNCIA i7

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Não basta ser pai: tem que participar. O “man-damento” pode parecer b a t i d o , m a s c o n t i n u a atual – principalmente às vésperas do Dia dos Pais. Segundo a professora Ângela Pinheiro, do De-partamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG, pesquisas apon-tam que fi lhos de pessoas participativas apresentam menor frequência de pro-blemas comportamentais, menor nível de estresse e depressão, melhor ren-dimento escolar e mais otimismo, habilidades sociais e autoconfiança. “Se sentem mais amados e gostam mais da vida”.

A terapeuta comporta-mental e mestranda Isa-dora Adjuto Teixeira, tam-bém da UFMG, lembra que a participação paterna ativa é fundamental em todas as áreas da vida da criança e do adolescente. Para isso, o pai deve se em-penhar em estar aberto para trocas e diálogo, con-siderando sentimentos e opiniões do fi lho, fazendo--o participar de decisões e escolhas. “Mostrar que está disponível e, no tem-po em que está com ele, demonstrar interesse e envolvimento no brincar, em tarefas diárias etc.”.

Na opinião das psi-cólogas, o pai presente é aquele que estabelece interação e comunicação frequente e positiva com o fi lho, que é atento às opor-tunidades de elogiá-lo e valorizá-lo, e não apenas de corrigi-lo. “O desen-volvimento da confi ança e da autoestima está ligado a esse tipo de interação. O fator mais importante é

que o elogio deve ser dado à pessoa e ao seu esforço, e não ao seu comportamen-to ou ao que conquistou. Assim, a criança aprende a amar a si mesma, se di-ferenciando dos outros, se tornando capaz, indepen-dente”, garante Ângela.

“O pai presente é aque-le que partilha o desen-volvimento do filho, que cuida. O cuidado é de-monstração de amor”, destaca a psicoterapeuta Telma Fulgêncio, da Fa-culdade Fead. Ela lembra que o mais importante é a qualidade do tempo dispensado ao fi lho, e não a quantidade. Na hora em que o adulto ficar com a criança, estar de fato com ela e para ela. “É mostrar interesse, guardar tempo para fazer atividades do fi -

lho, acompanhá-lo, aten-der às suas necessidades. E não fazê-lo acompanhar as atividades do pai”.

“Faço questão de con-seguir horário para estar mais com eles, além das obrigações. Brincamos e tomamos café da manhã e lanchamos juntos, sem TV ligada, para conversar. Na hora de dormir, conto historinhas e dou beijo e abraço”, destaca o cor-retor de seguros Márcio Horta Furtado, 42 anos, pai dos gêmeos Rafael e Manuela, de 3. Quando tem festinha de aniver-sário, acompanha a du-plinha. “Sou um homem mais feliz, mais realizado. Nunca levei jeito com criança, mas é diferente quando se é pai. Tenho mais interesse, mais paci-

ência. É uma bênção”. O chef de cozinha El-

ton Rocha Araújo, 39, pai de Nicolas, 1 ano, não se cansa de paparicar o bebê, que quase nasceu dentro do carro. “É uma expe-riência bem diferente, muito bacana”, resume. Ele garante que nunca se importou de levantar à noite para olhar o peque-no e faz questão de cantar para Nicolas dormir. A maior insegurança é com relação à forma de educar o fi lho. “A criação de hoje é totalmente diferente. Tinha dúvidas se saberia educá-lo e ainda acho isso complicado. O diálogo é a melhor forma, é o mais importante dentro de uma casa. Eu me preocupo em ser sempre um bom exem-plo, como meu pai foi para

mim”, afi rma. Telma Fulgêncio diz

que um paizão compa-nheiro torna a criança mais confi ante. E lembra: s e r p a r t i c i p a t i v o n ã o significa sempre dizer sim. “Falar não é sinal de amor, mas deve ser dito de forma compreensiva, com explicação, sem ser autoritário.” Esse é o não saudável, que vai ensinar ao filho que ele não pode fazer ou ter tudo o que quer naquele momento.

“ S o u c o n t r a o n ã o pelo não e o sim pelo sim. Procuro sempre explicar e justifi car o porquê de um e de outro”, afi rma o pro-dutor multimídia Cláudio Moreira da Rocha Gomes, 47, pai de Lucca, 11 anos, e Pedro, 6. Ele se considera um pai superpresente na vida dos garotos. Além de levar e buscar os meninos aonde precisam ir, ajuda nos deveres de casa e conversa muito com os 2. “Principalmente com o Lucca, que está na pré--adolescência e mudou de escola este ano. Procuro saber com quem ele anda e prefiro que as reuniões de grupo sejam na minha casa, para saber quem são as companhias. Inclusive, procuro conhecer os pais dos colegas”, diz. Nos fi ns de semana, Cláudio tam-bém faz questão de curtir a família. “Gosto de ter os meninos por perto, ou em casa ou em programas fora. Quando vamos ao clube, até entro na água, mesmo sem gostar, para brincar com eles”, acres-centa. Lucca vê o pai como um exemplo de pessoa, de homem, de familiar. “É nele que eu e meu ir-mão nos espelhamos. Ele conversa muito comigo, fazemos programas jun-tos, gosto bastante. É um amigo”, derrete-se.

U Dar atenção e dispensar tempo de qualidade ao filho, ser aberto ao diálogo, cuidar e saber dizer ‘não’ de forma saudável

fazem parte da rotina dos pais participativos

Com ‘P’ maiúsculo

PEDRO VILELA/AGÊNCIA i7

TUDO - BELO HORIZONTE, 2 A 8 DE AGOSTO DE 20146 ESPECIAL

“O pai presente é aquele que partilha o desenvolvimento

do filho, que cuida. O cuidado é demonstração de

amor”Telma Fulgêncio

J Márcio, com os gêmeos Rafael e Manuela: “faço questão de conseguir horário para estar mais com eles”

J Pai de Pedro e Lucca, Cláudio se considera superpresente na vida dos garotos

PAGINA 006_Dia dos pais.indd 1 01/08/14 17:36

Ensinar os pais por meio dos fi lhos. Esse é um dos objetivos do projeto Sesi Circo, que iniciou a temporada 2014 na sexta--feira, 1º de agosto na praça Duque de Caxias, no bair-ro Santa Tereza,em Belo Horizonte. O espetáculo “Ai, meu Zeus! Os deuses na indústria” é uma via-gem que provoca refl exão sobre a importância deste segmento econômico e de seus profissionais na sociedade. O tema esco-lhido este ano foi saúde e segurança no trabalho. O espetáculo une a mitologia grega e o universo indus-trial, buscando os titãs, deuses e semideuses das histórias do Olimpo para os dias atuais. Os deuses têm de combater algumas feras e precisam traçar estratégias, para atingir seus objetivos com muita segurança, sem provocar acidentes. A linguagem do espetáculo é voltada para crianças e adolescentes. Serão 20 apresentações

em todas as regiões do es-tado, até o mês de novem-bro, com entrada franca.

O problema da saúde e segurança no trabalho, segundo o gerente de Cul-

tura do Sesi em Minas Ge-rais, Thiago Maia, apesar de ser de suma importân-cia para o país, não é tão explorado quanto deveria e quando é abordado, é

tratado com naturalidade. “Esta é uma discussão que deve ser feita com toda a sociedade, pois está diretamente ligada à pro-dutividade no Brasil, que é

menor do que nos Estados Unidos e na Europa”. Se-gundo Maia, um prédio no Brasil tem construção 10 vezes mais lenta do que um nos mesmos padrões, nos Estados Unidos. Apesar de os brasileiros trabalharem mais horas do que os es-tadunidenses e europeus, produzem menos.

Para Thiago Maia, a questão está diretamente ligada à qualidade de vida. “O Sesi Minas trabalha justamente para aumentar isso. Os trabalhadores que têm mais acesso à cultura, lazer e aos esportes produ-zem mais. A saúde e segu-rança no trabalho também fazem parte desses pilares e, por isso, devem ser le-vadas para toda a socieda-de”, salienta. O Circo Sesi foi idealizado pelo sistema Sesi/Fiemg em março do ano passado. O projeto cul-tural de cunho socioedu-cativo já percorreu praças, teatros, escolas, indústrias de todo o estado, com atra-ções circenses e teatrais.

J Cenas do espetáculo “Ai, meu Zeus!”: mitologia para falar de segurança no trabalho

U Sesi Circo utiliza deuses gregos para falar sobre segurança e saúde no trabalho

Mitologia no picadeiro

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Localizado no tradi-cional bairro de Santa Tereza, na região leste de B e lo Horizon t e , o Oásis Clube é destaque dentro e fora das qua-dras. Desde a fundação, em 1962, o clube vem revelando nomes de su-cessos no futsal mascu-lino e feminino. A última pupila do Oásis que ga-nhou destaque nacional e internacional foi Ga-briela Vila Real Macedo, tricampeã mundial, pela Seleção Brasileira Femi-nina de Futsal. Gaby atu-almente mora na Rússia e atua no Aurora, de São Petersburgo.

A l é m d e m a n t e r o futsal como um dos seus principais esportes, com aulas para crianças de 6 a 14 anos, o clube também tem escolinha de nata-ção. Na estrutura com cerca de seis mil metros quadrados, os sócios podem desfrutar de três piscinas, um ginásio, uma quadra externa de futsal, duas quadras de futevôlei, três quadras de peteca, playground, salão de festas e de uma academia, que pode ser utilizada por moradores da região. Além de se divertirem com torneios internos de sinuca e ba-ralho.

F u n d a d o p o r u m grupo, o Oásis tem um

U Oásis Clube, no tradicional bairro de Santa Tereza, revela talentos no futsal e se destaca com boas festas

Sócio em primeiro lugar

J O clube tem 6 mil m2, com três piscinas, quadras, playground, salão de festas e academia

único sócio-fundador ainda vivo, Vicente Cruz. Ao todo, são cerca de três mil associados. “Mais de 50% pagam o condomí-nio em dia, mas não fre-quentam o clube,” afir-ma Valdemar Gonzatto, presidente do Oásis. “O v a l o r d o c o n d o m í n i o é bem acessível. Des-sa forma, os sócios se mantêm adimplentes”, analisa.

M a s q u a n d o o a s -sunto é festa, os sócios comparecem em peso. As comemorações mais tradicionais são as dos dias dos Pais, das Mães, das Crianças, aniversá-rio do clube e festas de fi nal do ano. Os eventos são realizados com bebi-das e comidas liberadas para os sócios. “Todas as comemorações são bem fartas, com entrada gratuita e sem ônus al-gum,” ressalta Gonzatto. O dinheiro para a rea-lização das festividades é arrecadado por meio dos aluguéis das quadras poliesportivas, das aulas de futsal e de natação e das mensalidades da academia.

EspecialClubes de BH

TUDO - BELO HORIZONTE, 2 A 8 DE AGOSTO DE 20148 LAZER

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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TUDO - BELO HORIZONTE, 2 A 8 DE AGOSTO DE 2014 9CULTURA

E m s e g u n d a t u r n ê pelo Brasil, o espetáculo “Triz”, do Grupo Corpo, abre temporada em Belo Horizonte, no Palácio das Artes, de 7 a 10 de agosto. Recebida com entusiasmo pela crítica, T r i z é a m a i s r e c e n t e criação do grupo e a se-gunda com trilha assina-da por Lenine.

D i f e r e n t e m e n t e d e 2013, quando o balé foi apresentado em progra-ma duplo com Parabelo, de 1997, o espetáculo terá como companhia desta v e z O n q o t ô , d e 2 0 0 5 , com trilha de Caetano Ve l o s o e J o s é M i g u e l Wisnik, que desde o ano seguinte à sua criação não sobe aos palcos bra-sileiros.

C o m c o r e o g r a f i a s assinadas Rodrigo Peder-neiras, Triz, constrói uma partitura de movimentos marcada pela presença recorrente de trios, inco-muns em sua caligrafia

coreográfica, em uma série de duos femininos que, nas formações do grupo, atuam em estado de tensão permanente, onde qualquer átimo, um triz que seja de impreci-são, pode ser fatal.

Já em Onqotô, a ver-ticalidade e horizontali-dade, caos e ordenação, brusquidez e brandura, v o l u m e e e s c a s s e z s e contrapõem e se super-

põem, em consonância c o m a t r i l h a m u s i c a l , desvelando significados, melodias e ritmos que subjazem ao estímulo sonoro.

As apresentações são n o G r a n d e Te a t r o d o Palácio, quinta, sexta e sábado, às 20h30, e do-mingo, às 19h. Ingressos: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia). Informações: (31) 3236-7400.

U Corpo volta com ‘Triz’ e ‘Onqotô’ a BH

A arte de encantarJOSÉ LUIZ PERDERNEIRAS

GEAN FRANCO BRISENHÃ

Dicas...para você se divertir em BH

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Marcando os 50 anos do UniBH, a institui-ção apresenta de 6 a 31 de agosto, na Casa do Baile, a mostra “(Entre)Linhas”, com obras de artistas, estilistas e designers como Lorena Leão, Rodrigo Mogiz, Júlia Valle, Esdras Au-rélio, Bruna Roque, Lorena Costa, Tiago Car-valho, Helen Rödel e Carla Paoliello. Entrada franca. Informações: (31) 3277-7443

No sábado, 2, o Centro Cultural Banco do Brasil, na praça da Liberdade, recebe o lançamento e a sessão de autógrafos do livro “Ruas e redes: dinâ-micas dos protestosBR”. A obra, organizada pela professora Regina Helena Alves da Silva, da UFMG, analisa diferentes nuances dos protestos que acon-teceram por todo o Brasil, a partir de junho de 2013. Entrada franca. Informações: (31) 3431-9400.

P a l c o d e grandes even-tos, a praça do Papa se prepa-r a p a r a r e c e -b e r m a i s u m a edição do Festival I Love Jazz e importantes nomes do Brasil, Estados Unidos, Argentina e Uruguai, nos dias 8, 9 e 10 de agosto. Com entrada gratuita, o evento proporcionará ao público o clima das primeiras décadas de sur-gimento do jazz. Programação completa no www.ilovejazz.com.br.

As ‘(Entre)Linhas’ do UniBH

Ruas e Redes no CCBB

I love Jazz

Conhecido por seu estilo soul, o nova-iorquino Marcus Miller, um dos mais renomados baixis-tas e compositores de jazz se apresenta, no dia 5 de agosto, às 20h, durante a 7ª edição do Circuito ViJazz & Blues Festival, no Sesc Palladium. Natural do Brooklyn, Marcus tem extensa discografi a, sendo compositor e pro-dutor de dez álbuns, entre eles “Renaissance”. Ingressos: R$ 50 (Setor 3), R$ 70 (Setor 2) e R$ 80 (Setor 1). Informações (31) 3270 8100.

CurtaU Marcus Miller em BH

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ANDRÉ FOSSATI

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INGREDIENTES l 1 kg de batata-baroa l 1 pimentão vermelho l 1 pimentão amarelo l 500 g de camarão limpo l 2 dentes de alhos l 1 tomate vermelho l Suco de 1 limão l Pimenta-preta a gosto l 1 cebola média l Sal a gosto l Azeite a gosto

MODO DE PREPARO Tempere os camarões com sal, suco de limão, pimenta e azeite. Reserve-os. Cozinhe a baroa, em 1 litro de água, com pouco sal. Refogue os ou-tros ingredientes, acrescente o camarão

a eles e deixe dourar. Adicione a baroa já batida com água. Deixe o caldo engros-sar, acrescente o tomate, o cheiro-verde. Confi ra o tempero.

U Com as baixas temperaturas do inverno, os caldos e sopas são ótimas opções para se aquecer e espantar o frio. Confira as três receitas que o jornal TUDO selecionou

Frio pede caldo

FOTOS: PEDRO VILELA/AGÊNCIA i7

SHUTTERSTOCK

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CALDO DE BAROA COM CAMARÃO Chef Rubio Junio – Restaurante Minas com Bahia

Entrada pelo hall do Clube Minas IIABERTO AO PÚBLICO

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DIA DOS PAIS

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OLHA O QUE PREPARAMOS PARA COMEMORAR ESTA DATA TÃO ESPECIAL

SOPA MINESTRONE Chef Jonas Garcia - Restaurante DrummondINGREDIENTESl 200 g de alcatra l 100 g de cenoura em cubosl 100 g de salsãol 100 g de abobrinha em cubosl 100 g de alho-poról 100 g de feijão-brancol Manjericão a gosto l 1 colher de sopa de alhol 2 colheres de sopa de azeitel ½ cebola média em cubosl 100 g de macarrão espaguete

MODO DE PREPAROEm uma panela, coloque o salsão, alho-poró, alcatra, água e prepare um brodo de carne. Quando a carne estiver cozida, retire-a do caldo e corte-a em cubos. Em seguida, cozinhe os legumes e o espaguete no brodo e acrescente a carne. Tempere tudo com sal e pimenta. Acrescente o feijão-branco já cozido. Sirva a sopa com pães e torradas.

INGREDIENTESl 1 kg de abóbora-moranga l 1 cebola média picada em cubos l 2 dentes de alho triturados l 400 g de carne de sol dessalgada e desfi ada l 250 g de catupiry em barra l Cebolinha a gosto sal l Pimenta a gosto

MODO DE PREPAROCozinhe a abóbora com casca

em água e sal. Depois retire a casca e bata no liquidifi cador com um pouco da água do cozimento. Reserve. Em uma panela, se possível mais grossa, refogue o alho e a cebola. Acrescente a carne de sol, depois o caldo de abóbora. Deixe ferver por 10 minutos, em fogo brando. Acrescente o catupiry ralado grosseiramente e coloque a cebolinha sobre o caldo no momento de servir.

CALDO DE ABÓBORA COM CARNE SECA E CATUPIRY Chef Ana Tavares - Restaurante Tavares

TUDO - BELO HORIZONTE, 2 A 8 DE AGOSTO DE 201410 GASTRONOMIA

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TUDO - BELO HORIZONTE, 2 A 8 AGOSTO DE 2014 11MAIS

FOTOS: DIVULGAÇÃOSala de embarque

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pai, sempre presente

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