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Pai Nosso: A Oração Modelo

William R. Downing .

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Traduzido do original em Inglês

A Catechism on Bible Doctrine (Version 1.7)

An Introductory study of Bible Doctrine in the Form of a Catechism with Commentary

By W. R. Downing • Copyright © 2008

O presente volume consiste somente em um excerto da obra supracitada

Publicado por P.I.R.S. PUBLICATIONS

Um Ministério da Sovereign Grace Baptist Church (www.sgbcsv.org)

Publicações Impressas nos Estados Unidos da América

ISBN 978-1-60725-963-3

Todos os direitos reservados somente ao autor. Nenhuma parte deste livro deve ser reproduzida

em qualquer forma que seja sem a permissão prévia do autor.

Tradução por Hiriate Luiz Fontouro

Revisão por Paul Cahoon, Benjamin Gardner, Albano Dalla Pria e Erci Nascimento

Edição Inicial por Calvin G. Gardner

Revisão Final por William Teixeira e Camila Rebeca Almeida

Edição Final e Capa por William Teixeira

Imagem da Capa: São Paulo perante o Areópago, por Rafael (Domínio Público)

1ª Edição: Fevereiro de 2016

As citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida Corrigida Fiel | ACF

Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

Publicado em Português como fruto de uma parceria entre os websites oEstandarteDeCristo.com e

PalavraPrudente.com.br, com a graciosa permissão do amado autor W. R. Downing (Copyright ©

2008) e do amado, saudoso e agora glorificado, Calvin G. Gardner.

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Pai Nosso: A Oração Modelo Por William R. Downing

[Excerto de Um Catecismo de Doutrina Bíblica, por William R. Downing • Parte VII]

Pergunta 99: Qual foi a regra que Deus deu para a nossa direção na oração?

Resposta: Toda a Palavra de Deus é útil para nos dirigir em oração, mas a direção espe-

cífica é dada pelo Senhor na Oração Modelo.

Mateus 6:9-13: “Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado

seja o teu nome; 10 venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, assim na terra como no

céu; 11 o pão nosso de cada dia nos dá hoje; 12 e perdoa-nos as nossas dívidas, assim co-

mo nós perdoamos aos nossos devedores; 13 e não nos conduzas à tentação; mas livra-

nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém”.

Veja também: Lucas 11:1-4; Romanos 8:26-27; 12:12; Efésios 6:17-18; 1 Tessalonicenses

5:17; Tiago 1:5-8; 4:2-3; 5:16-18.

Comentário

Precisamos de direção na oração (Lucas 11:1-13; Romanos 8:26-27). Nós muitas vezes

oramos errado por várias razões, e podemos encontrar algumas das nossas orações mais

sinceras e ardentes sem resposta ou respondidas de uma forma bastante diferente de como

oramos ou esperamos (2 Coríntios 12:8-9; Tiago 4:2-3; 1 João 5:14-15). É digno de nota

que nosso Senhor deu essa diretriz para a oração em duas ocasiões diferentes (Mateus

6:5-15; Lucas 11:1-13).

Esta oração é comumente chamada “A Oração do Senhor”, mas esta Ele não a fez e não

podia orar como o Filho impecável e eterno de Deus, pois ela contém uma confissão de

pecado e também pede a libertação tanto da tentação quanto do mal. Esta é ao contrário a

Oração Modelo que nosso Senhor ensinou aos Seus discípulos como um modelo para a

oração pessoal, privada e pública: “Portanto, vós orareis assim” (Mateus 6:5-8). Esta oração

tem um prefácio, seis petições e uma conclusão ou doxologia.

Esta Oração Modelo não deve ser relegada a uma época passada, como se ela pertences-

se mais ao Antigo Testamento e à Lei do que ao Novo Testamento e à Graça, ou, contudo,

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a algum tempo futuro. De fato, a graça caracteriza ambos os Testamentos. Ela é em

princípio e em substância o modelo ensinado por nosso Senhor e é inteiramente adequada

para cada crente. Duas outras objeções têm sido levantadas contra ela:

Primeira, esta oração não termina em nome de Jesus. O ensinamento de Nosso

Senhor sobre a oração em Seu nome foi dado mais tarde para os mesmos discípulos

que Ele preparou para a Sua paixão (João 14:13-14; 15:16; 16:23-24, 26). Ela foi a

lição final de nosso Senhor em oração antes de Sua paixão.

Segunda, o nosso próprio perdão é baseado em nosso perdão aos outros, em vez da

justiça de Cristo e confissão do pecado. A verdade que permanece é que ninguém

pode simplesmente orar estaticamente com uma atitude arrogante e ter qualquer

expectativa que o Senhor responderá tal oração. A presunção é o oposto da atitude

humilde necessária para a oração (Isaías 57:15; Mateus 6:14-15). Os presunçosos

têm uma atitude imperdoável porque eles não sentiram a desesperada necessidade

ou a alegria de serem perdoados. Uma atitude imperdoável estaria completamente

fora de funcionamento com todo o teor não só desta oração, mas da oração em si.

Orações sem graça não são de autoria do Espírito, nem respondidas por um Deus

gracioso (Lucas 18:9-14).

O contexto desta Oração Modelo (Mateus 6:5-8) deve ser considerado, pois ele contém

algumas advertências necessárias e orientações valiosas:

Primeiro, as instruções para esta Oração Modelo preocupam-se com a oração pes-

soal, assim o que o nosso Senhor aqui nos ensina é principalmente para a oração

pessoal; não está diretamente relacionada com a oração pública. A repetição mecâni-

ca desta oração no culto público, em vista do ensino de nosso Senhor, é no mínimo

questionável. NÃO devemos orar a fim de fazer uma cena ou buscar produzir um

efeito.

Segundo, a oração é um assunto privado entre o indivíduo e Deus. Tal oração, se

possível, deve ser a mais privada possível para que não haja distrações ou ouvintes

humanos. Isto pode implicar que alguém pode dar lugar a toda variedade de palavras

e emoções sem qualquer audiência humana. Quando alguém está a sós com Deus

em comunhão com Ele, não deve haver quaisquer restrições ou inibições.

Terceiro, nosso Senhor proíbe rigorosamente frases sem sentido e expressões vazias

que não denotam o verdadeiro espírito de oração, e refletem negativamente sobre a

concepção de alguém acerca de Deus. Nós devemos orar como Cristãos, não como

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pagãos! O crente deve orar com um conhecimento bíblico de Deus e não com equívo-

cos e mal-entendidos.

Quarto, nossa oração deve refletir o caráter de Deus. Ele sabe as coisas das quais

temos necessidade, antes que as peçamos a Ele. Isto implica que o nosso conheci-

mento de Deus, Sua natureza e caráter, devem ser refletidos em nossas orações. É

um verdadeiro teólogo aquele que pode orar corretamente!

Finalmente, nosso Senhor promete abertamente uma recompensa em resposta à

oração privada.

Nós somos um povo verdadeiramente de oração? Você é uma pessoa que ora (Atos 9:11)?

Pergunta 100: O que o prefácio da Oração Modelo nos ensina?

Resposta: O prefácio ensina que Deus é nosso Pai, que está exaltado em soberano poder

e glória, e que a nossa aproximação deve ser sempre com a devida reverência e humildade.

Mateus 6:9: “Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus...”.

Veja também: Lucas 11:13; Romanos 8:15; Efésios 2:18; 1 João 3:1-2, 10.

Comentário

Esta Oração Modelo é um modelo para as nossas orações pessoais, privadas e públicas

quanto ao seu conteúdo e características (Mateus 6:5-15; Lucas 11:1-4). Ela não é uma

oração para ser repetida de forma mecânica ou de forma ritualística, pouco inteligente,

embora ela possa servir para dar ao coração e à mente uma estrutura adequada.

Embora o contexto marque claramente esta como oração privada (v. 5-9), contudo Deus

deve ser tratado como “Pai Nosso”. Como nosso Senhor estava ensinando os Seus discí-

pulos, o uso do plural seria de se esperar, mas não existe um senso de comunidade, uma

consciência de outros, especialmente outros crentes, mesmo na oração particular? Esta

pluralidade caracteriza toda a oração em ambos os exemplos. O crente não é considerado

nas Escrituras, nem deve considerar-se, como uma entidade isolada. Não há lugar para o

egoísmo no crente, nem mesmo na oração privada.

Somente aqueles que podem reivindicar corretamente Deus como Seu Pai, de acordo com

o testemunho das Escrituras, podem orar verdadeiramente. A oração verdadeira e bíblica

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pressupõe um relacionamento correto com Deus, uma base correta de abordagem por meio

do Senhor Jesus Cristo tanto como Mediador quanto como Sumo Sacerdote (Romanos 5:1-

2; 1 Timóteo 2:5; Hebreus 4:14-16; 7:25; 9:11-14; 1 João 2:1), com o auxílio do Espírito

Santo (Romanos 8:14-17, 26-27; Gálatas 4:6-7), e uma atitude correta de abordagem

(Filipenses 4:6; Lucas 24:42). As orações de Cornélio foram notadas por Deus, que o estava

preparando para a conversão (Atos 10:1-6, 22, 34-35; 11:13-14).

O prefácio ensina que embora Deus seja nosso Pai (Romanos 8:14-15), Ele não deve ser

abordado com familiaridade indevida, mas com reverência, humildade e uma consciência

de Seu poder, glória e majestade. Esta consciência de Deus e o progresso de humildade

continuam ao longo desta oração.

Nós vivemos com uma verdadeira consciência de Deus?

Pergunta 101: O que a primeira petição da Oração Modelo nos ensina?

Resposta: A primeira petição nos ensina que o nome de Deus deve ser magnificado e que

nós devemos glorificá-lO em todas as coisas.

Mateus 6:9: “...Santificado seja o teu nome”.

Veja também: Salmos 5:11; 86:11; 111:9; 145:1; Isaías 42:12; Mateus 5:16; 1 Coríntios

10:31; 1 Pedro 4:11.

Comentário

Esta petição nasce tanto de um desejo quanto de um senso de dever. Esta oração começa

com uma verdadeira consciência de Deus que permeia a sua totalidade. Nós devemos de-

sejar que o Nome de Deus seja tratado e considerado como sagrado em todas as coisas.

Isto pressupõe uma aversão ao pecado em nós mesmos, uma submissão voluntária à

providência Divina e um esforço para trazer os nossos poderes de suportar dentro de nossa

esfera de influência para a glória e honra de Deus. Isto deve ser primário e estar em primeiro

lugar em nossas vidas e pensamentos. Isto deve cancelar imediatamente qualquer egocen-

trismo, presunção ou agenda pessoal. Nós também precisamos da Palavra de Deus para

direção, e Sua graça e Espírito para a capacitação de glorificá-lO corretamente.

Esta primeira petição deve ser uma que transforma a vida, uma vez que afeta toda a vida

e a realidade. Orar para que o nome de Deus seja santificado significa literalmente que to-

das as coisas na esfera da realidade devem ser trazidas em subserviência para esta grande

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e gloriosa verdade: nosso trabalho, energias, prazeres, relacionamentos, propósitos, servi-

ço, desejos e esperanças. Quão rapidamente nós esquecemos isto a menos que sejamos

constantemente impressionados em nossas mentes e corações!

Pergunta 102: O que a segunda petição da Oração Modelo nos ensina?

Resposta: A segunda petição nos ensina que o reino de Satanás será destruído e o Reino

da graça de Cristo será aumentado e o Reino da glória será acelerado.

Mateus 6:10: “Venha o teu Reino...”.

Veja também: Daniel 7:27; Mateus 3:2; 6:33; 7:21; 11:12; Marcos 10:15; Lucas 1:33; 17:21;

Romanos 8:28; 14:17; 16:20; 1 Coríntios 4:20; 15:24-28; Efésios 2:2-3; Colossenses 1:12-

13; 1 Tessalonicenses 2:12; 2 Timóteo 4:1, 18; 2 Pedro 1:11; 3:13; 1 João 3:8; Apocalipse

12:12; 20:1-10; 22:20.

Comentário

Como a primeira petição está relacionada com a santidade ou a glória e honra do Nome de

Deus, a segunda está relacionada com o crescimento do Seu Reino. Não é significativo que

o aumento do Reino de Deus deve ser um dos principais interesses de todos os crentes?

Deve ser um interesse primário mais do que as nossas próprias necessidades diárias.

Nosso Senhor veio para desfazer as obras, ou o reino, de Satanás (1 João 3:8). Isto come-

çou com Sua tentação no deserto (Mateus 4:1-11) e terminou com Sua paixão, ressurreição

e ascensão ao Céu (Hebreus 1:1-3; 2:9-15). O reino de Satanás é mantido pelo Seu poder

(2 Coríntios 4:3-6; Efésios 2:2-3; Apocalipse 12:12), mas Deus está destruindo-o e acabará

por destruí-lo para sempre (1 Coríntios 15:24 -25; Efésios 2:4-10; Colossenses 1:12-13;

Apocalipse 20:1-6, 10).

Nesta petição, nós oramos para que o reino de Satanás seja destruído e que o Reino de

Cristo aumente. Isto implica:

Primeiro, a vitória final do Evangelho por todo o mundo, ou seja, que o Evangelho será

pregado a todas as nações; a conversão dos judeus (Romanos 11); e que nossa fé

deve elevar-se acima e além das presentes provações, da guerra e da oposição espi-

ritual, para que ela mesma descanse no propósito final e infalível de Deus.

Segundo, esta petição implica que os crentes devem ser evangelísticos, domestica-

mente e em missões estrangeiras. O Reino de Deus é o domínio espiritual dEle, e isto

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começa sobre uma base individual na regeneração e na conversão. A proclamação

do Evangelho foi concedida aos crentes individualmente e às igrejas corporativamente

(Mateus 28:18-20; Marcos 16:15; Lucas 24:46-47; Atos 1:8).

Terceiro, esta petição implica que nós devemos orar por tempos de avivamento e

despertamento espiritual, os prometidos “tempos de refrigério [que devem vir] pela

presença do Senhor” (Atos 3:19). Orar verdadeiramente esta oração é estar disposto

a fazer o que pudermos para avançar o Reino de Deus entre os homens.

O aumento do Reino de Deus é uma prioridade em nosso pensar e em nosso agir?

Pergunta 103: O que a terceira petição da Oração Modelo nos ensina?

Resposta: A terceira petição nos ensina que devemos orar para que Deus em Sua graça

nos torne capazes e dispostos a conhecer, obedecer e submeter-nos à Sua vontade em

todas as coisas, sem dúvida ou reclamação, assim como é feito no Céu.

Mateus 6:10: “...Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu”.

Veja também: Salmos 119:4-5; Daniel 4:35; Atos 21:14; Romanos 8:7-9; 12:1-2; 1 Coríntios

2:14; Colossenses 1:11; Hebreus 12:5; Tiago 1:2-4; 4:1-3, 13-15.

Comentário

As três primeiras petições estão todas ocupadas com os pensamentos de Deus, Sua santi-

dade, glória, Reino, vontade e propósito. Estas são as grandes prioridades para nossas

mentes, corações e vontades. Estas devem ser mantidas como as maiores prioridades,

antes mesmo de nossas próprias necessidades pessoais e diárias.

Esta petição refere-se tanto à vontade secreta de Deus (Deuteronômio 29:29) quanto à Sua

vontade revelada, ou seja, a Sua verdade escrita. Enquanto devemos nos submeter a esta

última em obediência, podemos ser provados intensamente pela primeira quando ela ocor-

rer sob a forma de providências sombrias, provação inesperada ou tragédia, tudo muito

contrário à nossa vontade ou expectativa. Murmurar ou afligir-se contra a vontade secreta

de Deus quando ela é feita conhecida de forma contrária, deriva tanto de uma falta de santi-

ficação quanto de um elemento inerente da incredulidade. Tal fato, por vezes, pode impor-

tunar até mesmo os mais piedosos entre os crentes até que o coração e a mente sejam

subjugados (2 Coríntios 12:7-10).

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Por natureza, esta petição vai contra as nossas mentes, corações e vontades. Nós quere-

mos naturalmente nosso próprio conforto e caminho como uma grande prioridade. Na esfe-

ra da graça, no entanto, nós seremos chamados a sofrer adversidades e injustamente sofrer

perseguição por causa do Reino de Deus (Atos 14:22; Romanos 8:35-37; 2 Timóteo 3:12;

1 Pedro 4:1-2). É somente pela fé que podemos verdadeiramente submeter-nos à vontade

de Deus, sem dúvida e reclamação, e sem ansiedade ou receio (Romanos 8:28-31;

Filipenses 4:6-7; 1 Pedro 2:19-23; 5:6-7).

Ao considerar a questão da vontade de Deus, e a humilde submissão do crente a ela, o

assunto da oração sem resposta deve ser discutido. Poucas coisas são mais difíceis, mes-

mo agonizantes para o crente do que as suas orações permanecerem sem resposta. Se

tais fervorosas orações são manifestamente pela causa de Cristo e para a glória de Deus,

e NÃO a partir de próprio interesse ou conforto, por que tais pedidos fervorosos não são

sempre respondidos? Não é verdade que “a oração feita por um justo pode muito”? Que

“os homens devem orar sempre e nunca desfalecer”? Que nós devemos “chegar com

confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim

de sermos ajudados em tempo oportuno”? Que nós devemos persistir sem inibições até

que tenhamos uma resposta (Lucas 11:5-8; 18:1-8; Tiago 5:16-18; Hebreus 4:16)?

As razões para orações não respondidas são variadas:

Primeira, simplesmente pode não ser a vontade de Deus responder a uma determi-

nada oração. A vontade de Deus é o último fator decisivo não nossa urgência, fervor

ou importunação. Ele glorifica-Se a Si mesmo no bem maior, e isso muitas vezes é

uma questão de Sua vontade secreta, que permanece desconhecida para nós (1 João

5:14-15). Podemos ser muito fervorosos ou emocionais, e não termos a liderança do

Espírito para tais petições (Romanos 8:26-27). Esta é uma palavra pesada, mas está

de acordo com o ensinamento das Escrituras. Confiamos que tais encargos na oração

derivam do Espírito, portanto, as emoções e anseios do coração podem facilmente se

tornarem substitutos para o impulso do Espírito. Muitas vezes, o tempo deve revelar

por que Deus não respondeu a algumas das nossas orações. Poderíamos ter decidido

por algo muito abaixo daquilo que nosso Senhor mais tarde concederia. Teríamos

cometido grandes erros aos quais nós estávamos cegos no momento. Deus nunca é

cruel quando Ele não responde às nossas orações como queremos (Romanos 8:28).

Não há dureza em Sua atitude em relação a nós (Efésios 2:7). Um grande Cristão

disse uma vez que ele tinha vivido o suficiente para agradecer a Deus porque Ele não

tinha respondido muitas das suas orações! Outro escreveu: “Tenho certeza de que

receberei o que eu peço ou o que eu deveria pedir”.

Segundo, nós devemos ter a certeza de que nossas orações estão de acordo com a

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vontade revelada de Deus, ou seja, sua Palavra escrita. As orações que vão contra a

vontade revelada de Deus são solicitações erradas, assim como as orações que são

simplesmente egoístas (Tiago 4:1-4). A pessoa que ora melhor deve ser a que está

saturada com um entendimento correto das Escrituras.

Terceiro, o pecado não confessado impede nossa comunhão com Deus e impede a

verdadeira oração (Salmos 66:18). Pensar que podemos orar com um conhecimento

consciente de pecado não confessado é uma afronta à santidade e à autoconsistência

moral de Deus.

Quarto, a oração é um ato de fé. Na verdade, ela é o supremo ato de fé para o crente

nesta vida. Todas as pressuposições da oração necessitam de fé. Veja a Pergunta

97. Se nós orarmos em incredulidade, não podemos esperar que nossas orações

sejam respondidas. Devemos lembrar, no entanto, os grandes exemplos de oração

descrente que Deus, contudo, respondeu: o murmúrio do povo de Israel em Cades-

Barnéia (Números 14:1-30), e a oração pela libertação de Pedro da prisão (Atos 12:1-

17). No primeiro exemplo, Deus ouviu as murmurações e queixas deles, e deu-lhes a

sua resposta horrível, que eles nunca esperavam. No segundo, a igreja manteve-se

em oração, embora eles equivocadamente pensassem que se Deus tivesse respon-

dido a oração deles, Ele teria feito isso antes. Ele literalmente esperou até o último

momento. Assim, nós aprendemos que deveríamos levar nossas orações e queixas

diante de Deus seriamente e deveríamos perseverar na oração com fé apesar de

quaisquer dúvidas, medos ou incredulidade que possam surgir.

Quinto, poderia não ser o tempo de Deus; ou nós não poderíamos estar preparados

para receber tais respostas como tão ardentemente desejávamos, ou as variadas

circunstâncias não poderiam, contudo, estar alinhadas no propósito Divino. Os atrasos

de Deus não são necessariamente Suas negações. Se nossa causa é justa, devemos

perseverar até que haja provas claras de que não é a vontade de Deus (2 Coríntios

12:7-9).

Finalmente, Deus pode não responder por um tempo prolongado até que sejamos

trazidos ao fim de nós mesmos e totalmente quebrantados. Essa agonia da oração

sem resposta torna-se então uma grande provação para fortalecer a nossa fé, para

nos conduzir à confissão de pecados que não podíamos usualmente tratar ou querer

tratar, e para nos ensinar a paciência (Lucas 11:5-8; 18:1-18; Tiago 1:2-8). As maiores

bênçãos de Deus nunca são obtidas facilmente. Se todas as nossas orações fossem

respondidas de imediato, onde estaria a nossa fé, paciência e perseverança? Isso não

causaria uma certa quantidade de presunção e impaciência?

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Nós devemos, portanto, procurar ser tão corretos o quanto pudermos de tal modo que

nossas orações procedam de motivos puros, que honrem e glorifiquem a Deus, que elas

sejam bíblicas em princípio, que nosso fardo seja do Senhor e não meramente de fervor

emocional ou idealismo religioso, que nós peçamos em fé e não em incredulidade, e que

nós oremos com resignação à vontade de Deus.

Nós podemos e nos submeteremos à vontade do Pai sem objeção ou reclamação?

Pergunta 104: O que a quarta petição da Oração Modelo no ensina?

Resposta: A quarta petição nos ensina que nossas necessidades diárias para com os

cuidados desta vida são da preocupação de Deus e são legítimos para serem assuntos

para a oração.

Mateus 6:11: “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje”.

Veja também: Gênesis 2:17; 3:17-19; Deuteronômio 8:7-18; 28:15-18; Salmos 103:1-5;

128:2; Provérbios 6:6-8; 30:8-9; Mateus 4:4; 6:25-34; Marcos 7:18-23; Lucas 24:30; Roma-

nos 8:35-37; Efésios 4:28; Filipenses 4:6-7, 19; 1 Timóteo 4:1-5; 6:17; Tiago 4:2-3; 1 Pedro

5:6-7.

Comentário

Quando o homem caiu em Adão e apostatou de Deus, ele perdeu o direito à abundância

da terra e tornou-se sujeito a várias privações, trabalho exaustivo e resultados diminuídos

(Gênesis 2:16-17; 3:17-19). Contudo, Deus cuida de todas as Suas criaturas, mesmo os

pecadores, e especialmente de Seus próprios filhos espirituais. O essencial da vida e até

mesmo seus prazeres terrenais são assuntos de interesse para Ele (Atos 14:15-17; Filipen-

ses 4:6-7, 19; 1 Timóteo 4:1-5; 6:17; 1 Pedro 5:6-7).

Nesta petição somos lembrados de nossa fragilidade e limitações como criaturas e da

nossa dependência total de Deus como nosso amoroso e carinhoso Pai celestial. Para os

crentes, todos os dias de nossa existência terrena com suas necessidades e cuidados, isso

é um teste de fé.

Somos ensinados nesta petição que devemos confiar em Deus em uma base diária para

as necessidades e legítimas alegrias da vida. Como o homem não deve viver só de pão,

esta petição pode ser considerada como se estendendo também às nossas necessidades

espirituais diárias (Mateus 4:4). Também estamos proibidos de nos preocupar com o futuro,

como se o nosso Deus ignorasse nossas necessidades ou falhasse em sustentar-nos

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(Mateus 6:24-34). Ainda somos ensinados que devemos aprender a contentar-nos com o

que Deus providencialmente tem fornecido (Filipenses 4:11-13, 19). Finalmente, somos

ensinados que nosso Pai Celestial é um Deus que está próximo e não distante de nós

(Salmos 103:1-6, 13-14; 139:1-18; Mateus 10:29-31; Atos 17:25-28; Hebreus 4:13).

Nós levamos todas as coisas a Deus em oração?

Pergunta 105: O que a quinta petição da Oração Modelo nos ensina?

Resposta: A quinta petição nos ensina que todos nós somos culpados do pecado, e que

esta consciência deve proibir um espírito implacável e nos levar a perdoar os outros.

Mateus 6:12: “E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos

devedores”.

Lucas 11:4: “E perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a qualquer

que nos deve”.

Veja também: Salmos 68:11; Mateus 5:43-44; 6:14-15; Lucas 18:9-14; Romanos 12:14;

Tiago 4:2-3.

Comentário

O pecado, aqui denominado de dívida, possui cinco terríveis realidades: é real ou verdadei-

ro, e não meramente a invenção da imaginação de alguém; ele carrega tanto a culpa quanto

a penalidade; também contamina e existe como um poder usurpador que pretende dominar

a vida. Veja a Pergunta 36. Todo ser humano é um pecador por imputação, por natureza e

por pensamentos, palavras e ações pessoais. Cada e todo pecado é contra Deus (Salmos

51:4). Uma consciência de Deus e uma consciência do pecado devem ser inseparáveis

para criaturas pecadoras (Gênesis 18:27; Jó 40:4; 42:5-6). Isto significa que quando alguém

busca verdadeiramente a face de Deus em oração, ele é necessariamente assediado por

sua própria pecaminosidade inerente. Sua única base de aceitação e abordagem é a justiça

imputada de Jesus Cristo e Sua obra de intercessão (Romanos 5:1-2; Hebreus 7:25; 9:11-

14; 1 João 2:1). Veja a Pergunta 74. Esta petição contradiz toda pretensão de superioridade

e presunção por parte de qualquer crente. Tanto a glória da cruz quanto a realidade da

oração são destinadas a humilhar e a endireitar cada um de nós. Deve ser notado que esta

petição é a única para a qual nosso Senhor acrescenta mais um comentário após o Seu

ensinamento sobre a oração (Mateus 6:14-15).

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Esta petição nos ensina que não podemos nos aproximar de Deus em oração com uma

atitude implacável. Isso seria totalmente estranho e impediria qualquer possibilidade de

verdadeira oração. Tal atitude implacável deriva de uma presunção e egocentrismo pecami-

nosos e uma falta de compreensão adequada de nosso próprio estado perdoado diante de

Deus. Quando nos aproximamos de nosso Pai Celestial, que está entronizado em glória,

com uma verdadeira consciência de Deus e uma consciência própria, aproximamo-nos dEle

como um verdadeiro ato de adoração, somos grandemente humilhados, e preenchidos com

um senso de nosso próprio perdão, aceitação e reconciliação por meio de Jesus Cristo.

Uma consciência da própria pecaminosidade pode produzir grande humildade, mas a

consciência da graça Divina traz tanto grande humildade quanto grande alegria.

Nós temos uma atitude de perdão (Marcos 11:25-26; Lucas 11:4; 17:3-4; Efésios 4:32)?

Pergunta 106: O que a sexta petição da Oração Modelo nos ensina?

Resposta: A sexta petição nos ensina que, mesmo como crentes, somos suscetíveis à

tentação e ao mal, e necessitados de constante apoio Divino e libertação.

Mateus 6:13: “E não nos conduzas à tentação; mas livra-nos do mal...”.

Veja também: Gênesis 3:1-7; 22:1; 39:7-9; Deuteronômio 13:3; Juízes 2:21-22; 1 Reis

22:19-23; 2 Crônicas 32:31; Jó 1:12; 2:6; Salmos 119:113; 141:4; Mateus 16:21-23; 26:41;

Lucas 9:53-56; 22:31-32; João 13:2; 1 Coríntios 10:13; 2 Coríntios 2:11; 11:3; Efésios 6:10-

17; 1 Timóteo 2:12-14; Hebreus 11:37; Tiago 1:2-4; 13-16; 1 Pedro 5:8-9.

Comentário

Neste ponto, podemos notar a escala descendente nesta Oração Modelo. Tem sido dito

que nós começamos como uma criança ao seu Pai; depois, como uma criatura ao seu

Deus; como um súdito ao seu Rei; como um servo ao seu Mestre; como um mendigo ao

seu Benfeitor; como um devedor ao seu Credor; como um escravo ao seu Libertador; e

finalmente, subimos como um cidadão ao seu Soberano.

Esta petição introduz o chamado “Problema do Mal” no pensamento de alguns que são

desprovidos de uma fé bíblica. Isto é discutido na pergunta 27.

A linguagem desta petição pode ser entendida em um sentido diferente do grego: “Não

comece a conduzir-nos em tentação”, ou seja, mantenha-nos longe da tentação ou prova-

ção, como a mesma palavra pode ser “tentação” ou “teste”. Torna-se então o clamor de

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coração do crente, consciente de sua suscetibilidade à tentação e ao pecado, para ser man-

tido longe de qualquer um destes. A segunda parte pode ser traduzida: “mas livrai-nos do

maligno”, referindo-se ao Diabo pessoalmente, em vez de apenas do mal em geral. Cons-

tantemente necessitamos de libertação de ambos.

Devido ao pecado interior e à corrupção remanescente (Romanos 7:13-8:4), às astutas

ciladas do Diabo e aos seus ataques ferozes (Efésios 6:11; 1 Pedro 5:8-9), e à sedução do

mundo (1 João 2:15-17) os crentes ainda estão muito suscetíveis à tentação e ao pecado

nesta vida (Eclesiastes 7:20; Tiago 1:13-16; 1 João 1:8-10; 2:1). Isto revela a necessidade

de vigilância, de mortificação e do ministério constante da graça Divina em nossas vidas

(João 1:16). A graça nos santifica, sustenta-nos e mantém-nos (Efésios 2:8), nos encoraja

a orar (Romanos 5:1-2; Hebreus 4:14-16), nos capacita a servir na causa de Cristo fielmente

(1 Coríntios 15:8-10), nos capacita a perseverar fielmente e a sofrer adversidade (2 Corín-

tios 12:7-10; Filipenses 1:29).

Quantos Cristãos diária e seriamente oram por livramento do maligno? Satanás pode ter

um tremendo poder sob a permissão soberana de Deus (2 Tessalonicenses 2:8-9). Ele po-

de influenciar as decisões (1 Crônicas 21:1ss), influenciar saqueadores e exércitos (2 Reis

6:15-17; Jó 1:6-17), enviar catástrofes naturais (Jó 1:18-19), ferir com a doença (Jó 2:4-7;

Lucas 13:16; 2 Coríntios 12:7) e foi descaradamente ousado o suficiente para tentar o

próprio Filho de Deus (Mateus 4:1-11)! O Diabo está ativamente empenhado em enganar

os crentes (Mateus 16:21-23; Lucas 22:31; 2 Coríntios 2:10-11; Efésios 6:10-18), interrom-

per os seus trabalhos evangelísticos e ministeriais (Mateus 13:19; Marcos 4:15; Atos 26:18;

2 Coríntios 4:3-6; 1 Tessalonicenses 2:18) e torná-los ineficazes nas vidas deles (1 Pedro

5:8-9). Ele é o nosso arqui-inimigo e nós necessitamos de libertação constante e diaria-

mente, de acordo com os ensinamentos de nosso Senhor sobre oração. A terrível referência

a Ananias e Safira serve como uma severa advertência quanto ao poder e influência do

Diabo nos crentes professos (Atos 5:1-10). A família e a igreja fornecem solo fértil para as

obras do Diabo (1 Coríntios 5:1-5; 7:5; 2 Coríntios 11:13-15; 1 Timóteo 5:14-15).

Nós levamos esta petição a sério?

Pergunta 107: O que a conclusão e a doxologia da Oração Modelo nos ensinam?

Resposta: A conclusão e a doxologia nos ensinam a aplicar nossos argumentos na oração

com um apelo a Deus em Sua soberania, poder e glória. O testemunho de nosso desejo e

segurança é afirmado no “Amém”.

Mateus 6:13: “...Porque Teu é o Reino, e o Poder, e a Glória, para sempre. Amém!”.

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Veja também: 1 Crônicas 29:11-13; 2 Crônicas 20:6; Salmos 21:9; 96:10; Isaías 6:1-3;

Daniel 4:35; 7:27; 9:18; Romanos 15:30; 2 Coríntios 10:17; Efésios 3:21; Filipenses 4:6-7.

Comentário

Embora alguns textos antigos e o outro registro do Evangelho (Lucas 11:2-4) não conte-

nham a conclusão e a doxologia, os elementos são ensinados em outros lugares nas

Escrituras e estão de pleno acordo com a analogia da fé ou o ensino geral e coerente da

Escritura (1 Crônicas 29:11). A conclusão e a doxologia são apropriadas para a verdadeira

oração. A afirmação é uma conclusão condizente com toda a oração e também tem uma

estreita ligação com a petição imediata. Nós oramos para sermos libertos do maligno, pois

o Reino e o poder e a glória pertencem a Deus, não ao maligno! Em tempos de grande pro-

vação, tentação e oposição espiritual, e no contexto deste mundo mal, este é um lembrete

abençoado.

A Escritura nos ensina a usar argumentações ou razões quando submetemos nossas

súplicas a Deus em oração (Isaías 41:21). Nossa própria fidelidade ou obras não devem

servir de argumentação e/ou barganha, mas a nossa argumentação deve ser baseada na

regra, fidelidade, promessas, propósito e glória de Deus. Como acontece aqui, devemos

unir nossas petições com louvores (Salmos 103:1-5; Filipenses 4:6). Esta conclusão nos

ensina ainda, que toda nossa força, poder e a esperança estão no Senhor Jesus Cristo,

separado de Quem NADA podemos fazer (João 15:5).

A palavra “Amém” deriva do verbo hebraico “crer, confirmar”. “Abraão creu no Senhor”, isto

é, literalmente, disse: “Amém” à promessa de Deus ou confirmou-a em e para si mesmo

(Gênesis 15:6). Quando nós oramos no nome de Jesus, buscamos orar apropriadamente

sob Sua autoridade, confiando única e corajosamente em Sua justiça e em submissão à

Sua vontade. Quando terminamos nossa oração com um “Amém”, estamos dizendo pela

fé, “Que assim seja”, ou “eu creio” (Números 5:22; Deuteronômio 27:15-26; 1 Reis 1:36; 1

Crônicas 16:36; Neemias 5:13; 8:6; Salmos 41:13; Romanos 1:25; 11:36; 1 Coríntios 14:16).

Nossas orações são verdadeiros atos de adoração?

Sola Scriptura! • Sola Gratia! • Sola Fide! • Solus Christus! • Soli Deo Gloria!

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10 Sermões — R. M. M’Cheyne

Adoração — A. W. Pink

Agonia de Cristo — J. Edwards

Batismo, O — John Gill

Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo

Neotestamentário e Batista — William R. Downing

Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon

Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse

Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

Doutrina da Eleição

Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos

Cessaram — Peter Masters

Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da

Eleição — A. W. Pink

Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer

Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida

pelos Arminianos — J. Owen

Confissão de Fé Batista de 1689

Conversão — John Gill

Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs

Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel

Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon

Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards

Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins

Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink

Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne

Eleição Particular — C. H. Spurgeon

Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —

J. Owen

Evangelismo Moderno — A. W. Pink

Excelência de Cristo, A — J. Edwards

Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon

Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink

Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink

In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah

Spurgeon

Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —

Jeremiah Burroughs

Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação

dos Pecadores, A — A. W. Pink

Jesus! – C. H. Spurgeon

Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon

Livre Graça, A — C. H. Spurgeon

Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield

Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry

Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill

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Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston

Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.

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Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.

Pink

Oração — Thomas Watson

Pacto da Graça, O — Mike Renihan

Paixão de Cristo, A — Thomas Adams

Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards

Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —

Thomas Boston

Plenitude do Mediador, A — John Gill

Porção do Ímpios, A — J. Edwards

Pregação Chocante — Paul Washer

Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon

Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado

Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200

Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon

Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon

Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.

M'Cheyne

Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer

Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon

Sangue, O — C. H. Spurgeon

Semper Idem — Thomas Adams

Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill,

Owen e Charnock

Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de

Deus) — C. H. Spurgeon

Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.

Edwards

Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina

é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen

Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos

Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J.

Owen

Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink

Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.

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Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan

Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de

Claraval

Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica

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2 Coríntios 4

1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;

2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem

falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,

na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está

encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os

entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória

de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo

Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,

que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,

para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,

este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.

9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;

10 Trazendo sempre

por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

se manifeste também nos nossos corpos; 11

E assim nós, que vivemos, estamos sempre

entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na

nossa carne mortal. 12

De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13

E temos

portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,

por isso também falamos. 14

Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará

também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15

Porque tudo isto é por amor de vós, para

que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de

Deus. 16

Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o

interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

Porque a nossa leve e momentânea tribulação

produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18

Não atentando nós nas coisas

que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se

não veem são eternas.