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ESPIRITUALIDADE Patrono da Província de Goiás PÁGINA 4 São Clemente, o homem da fé PADRES NOVOS: ESTUDO E CONVIVÊNCIA Juventude redentorista no anúncio da Copiosa Redenção para um mundo ferido. PÁGINA 6 REUNIDOS PARA ESTUDAR E ASSIM ANUNCIAR O EVANGELHO LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO AS URGÊNCIAS DO MUNDO DE HOJE. PÁGINA 5 Missão Interprovincial da JUMIRE em Belém-PA NOTÍCIAS DOS MISSIONÁRIOS REDENTORISTAS DE GOIÁS, MATO GROSSO, TOCANTINS E DISTRITO FEDERAL Reprodução Arquivo REDENTORISTAS Junioristas se preparam para votos perpétuos PÁGINA 8 Arquivo MARÇO 2018 ANO XXXIV Nº 03 www.redentorista.com.br Pe. Fábio a caminho da Missão Self do Pe. Fábio Fráter Jefferson

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ESPIRITUALIDADEPatrono da Província de GoiásPÁGINA 4

São Clemente,o homem da fé

PADRES NOVOS: ESTUDO E CONVIVÊNCIA

Juventude redentorista no anúncio da Copiosa Redenção para um mundo ferido. PÁGINA 6

REUNIDOS PARA ESTUDAR E ASSIM ANUNCIAR O EVANGELHO LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO AS URGÊNCIAS DO MUNDO DE HOJE. PÁGINA 5

Missão Interprovincial da JUMIRE em Belém-PA

NOTÍCIAS DOS MISSIONÁRIOS REDENTORISTAS DE GOIÁS, MATO GROSSO, TOCANTINS E DISTRITO FEDERAL

Reprodução

Arquivo

REDENTORISTASJunioristas se preparam paravotos perpétuosPÁGINA 8

Arquivo

MARÇO 2018ANO XXXIV Nº 03

www.redentorista.com.br

Pe. Fábio a caminho da Missão

Self do Pe. Fábio

NOTÍCIAS DOS MISSIONÁRIOS REDENTORISTAS DE GOIÁS, MATO GROSSO, TOCANTINS E DISTRITO FEDERAL

REDENTORISTASJunioristas se preparam paravotos perpétuosPÁGINA 8

Fráter Jeff erson

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PROVINCIAL: Pe. Robson de Oliveira, C.Ss.R. CONSELHO PROVINCIAL: Pe. Paulo C. Nunes, Pe. Elismar, Pe. Domingos e Pe. João OtávioJORNALISTA RESPONSÁVEL: Pe. Rafael Vieira da Silva, C.Ss.R. / GO 01078JPREDATOR: Pe. Maurício Brandolize, C.Ss.R.E-MAIL: [email protected]ÇÃO: Marcia Lezita Silveira – REVISÃO: Divina Mª de Queiroz e Eurípedes A. dos Santos

Publicação do Centro de Pastoral PopularImpressão: Scala EditoraRua Itororó, 144Bairro São Francisco74455-015 – Goiânia-GOFone: (62) 4008-2350

2 GOIÂNIA | MARÇO 2018

NO REDENTOR SOMOS TODOS IRMÃOS!

Nossa vida

Com o tema “Fraternidade e Superação da Violência”

e o lema “Em Cristo somos todos irmãos” (Mateus 23,8) estamos celebrando a Cam-panha da Fraternidade – 2018. Vivemos em um mundo ferido. Independente de quem causou a lesão, precisamos reconhecer que ferimento se cura com o remédio da fraternidade. A dimensão fraterna da vida não se faz apenas com ajudas ocasio-nais aos mais próximos, com laços isolados de amizade ou, ainda, com simples partilhas de ideias.

Isso pode soar como su-perficial. Fraternidade tem a ver com um movimento de encontro consigo e com os outros, sem esquecer de que o fundamento desse encontro está no amor de Deus Pai.

CSSR-GO 4300 | Cx. Postal 12.081 CEP 74641-970 | Vila Monticelli, Goiânia-GO | (62) 4009-1266

Final dos anos 90! Assembleia da Província Redentorista de Goiás no Convento Mãe Dolorosa, em Goiânia.

Acervo da C

SSR-GO

IN ILLO TEMPORE

PALAVRA DO PROVINCIAL

Caminho penitencial que não passe antes pelo atalho necessário da dor alheia não existe. É preciso ver Cristo nos que sofrem violência

Vinculados a Ele aprendemos a nos vincular aos outros, sem maiores reservas e sem requisitos prévios. Não há imposição de condições para o bom exercício da fraterni-dade. “Quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus permanece nele” (I Jo 4,16b). Sem sombra de dúvidas, tanto Aquele que nos redime quanto aqueles outros que são redimidos conosco, possuem a mesma origem divina: somos todos filhos amados que permane-cem irmanados no Divino Pai Eterno (Cf. Gl 4,6; Hb 2,10-13).

Logo de início não deixa de chamar a atenção o posi-cionamento de uma peque-níssima parcela de católicos, equivocadamente críticos ao fato da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)

trazer reflexões sociais nestes quarenta dias tão propícios da graça divina, compreen-didos entre a Quarta-feira de Cinzas e o Domingo da Páscoa.

Pensa essa minoria que se-ria mais interessante colocar eixos temáticos relacionados aos sentimentos da alma. Po-rém, não pode haver caminho penitencial que não passe antes pelo atalho necessário da dor alheia. É preciso olhos bem abertos para enxergar aqueles que têm tido os seus direitos fundamentais re-petidamente negados, tal qual ocorre com incontáveis vítimas da violência, na so-ciedade brasileira. Estejamos, portanto, com os olhos bem abertos para enxergar a Cris-to que ainda sofre a violência na pessoa dos mais pobres.

Eu me lembro...Era o dia 16 de março de 1996. Num sábado à tarde. Não foi um belo dia. Estava numa reunião de catequese, quando chega o Pe. Éverson com a notícia que, mesmo sabendo do estado delicado de saúde em que se encontrava, eu não queria ouvir: “Pe. Marcelo Zewe acaba de falecer”! Era da comunidade paroquial da Matriz de Campinas. Pe. Marcelo era muito apreciado como pregador e devoto de Nossa Senhora. Com ele e o Pe. Alcides principiava um novo impulso da devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro com uma festa anual. Tinha 42 anos e foi sepultado no Jardim das Palmeiras.

Pe. Marcelo Zewe *1953 ?1996

Acervo da CSSR-GO

RECORDAÇÕES... BELOS DIAS com Pe. MAURÍCIO BRANDOLIZE

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ACONTECIMENTOS DAQUI E DALI

3GOIÂNIA | MARÇO 2018Nossa vida

Fotos: Arquivo

ANIVERSARIANTES

14/03 Dom Carlinhos (87) Potim-SP

02/03 Ir. Marcos Vinícius (37)Roma

02/03 Pe. Paulo Junior (37)Campinas

Ir. Marcos Vinícius

Em Roma desde 2012, trabalhando como secretário do Geral, Pe.

Michael Brehl, Ir. Marcos Vinícius aproveitou as horas vagas para fazer Mestrado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Lateranense. E publicou recentemente sua

dissertação num livro com o título: O “esse” intensivo

na metafísica tomásica. Conserva o verbo “ser” (em latim, “esse”), para explicar a compreensão de Santo Tomás, por isso se usa o adjectivo

“tomásica” para não se confundir com tomista, que se aplica aos seus seguidores.

Foi publicado pela Novas Edições Académicas,

editora portuguesa.

25/03 Ir. Isael Rodrigues (26)Nova Vila

11/03 Pe. Jesus (85) Trindade/Santuário

13/03 Pe. Oliveira (62) Trindade/Santuário

Bran

doliz

e

Arquivo

Na Via Merulana em RomaO Irmão Michael Goulart enviou a lista dos moradores do Colégio Maior

em Roma, com suas respectivas idades. Lá estão aqueles que formam a Comunidade Santíssimo Redentor (Governo Geral) e o grande número que constituem a Comunidade Santo Afonso (Padres estudantes, padres professores, responsáveis pela Academia Alfonsiana, pela Biblioteca, Instituto Histórico, Pastoral da Igreja Santo Afonso, etc.).

Na lista constam 72 moradores na Via Merulana, em Roma. Acima de 80 anos (4); entre 70 a 79 (11); entre 60 a 69 (08); entre 50 a 59 (21); entre 40 a 49 (13); e entre 29 a 39 anos (15). O mais idoso é o Pe. José de Sousa (Lisboa) que completou 88 anos neste mês de fevereiro. Em seguida vem o Ir. Plácido (Vietnan) com 85 anos. O mais jovem é o goiano Ir. Michael Goulart com seus 29 anos completados em janeiro último.

21/03 Pe. José Bento (51) Trindade/Paróquia

27/03 Pe. Augusto (36)Rio Verde/GO

Datas02/03 Reunião do Conselho Provincial15/03 Festa de São Clemente (Patrono da Província de Goiás)15/03 Reunião dos Superiores 16/03 Encontro Vocacional (até 18)21/03 Reunião da URB (até 22, em Porto Alegre/RS)25/03 Domingo de Ramos31/03 Vigília Pascal! Aleluia!

Pe. BarianiDia 22 de fevereiro, Pe. Bariani foi

submetido a uma cirurgia para trocar a bateria do marca-passo e tudo

correu bem. Com seus 101 anos, ele ocupa o segundo lugar entre os mais idosos da Congregação no mundo. Na lista oficial de Roma ele é o terceiro

(a certidão de nascimento de Antônio Ricieri Bariani consta a data de 24 de dezembro de 1917), mas foi registrado

um ano depois. Na verdade ele nasceu no ano de 1916. O mais idoso

é do Canadá, Pe. Zénon Lévesque, com seus 103 anos. O terceiro é o

Pe. Charles Feuerstein, França, que completará 101 anos julho.

AssembleiasEntre os dias 19 e 23 de fevereiro o Governo Geral e a Conferência

dos Redentoristas da América Latina e Caribe realizaram a

Visita Extraordinária e Assem-bleia na Região Norte (em Belém/

PA) incluindo os redentoristas que atuam na Vice-Província

de Manaus e os redentoristas de Porto Alegre que atuam no Pará e no Amapá, contando também

com a presença dos redentoristas que atuam no Suriname.

De 26 de fevereiro a 02 de março, em Lagoa Seca (PB), aconteceu a Visita com a Assembleia para

os redentoristas do Nordeste, envolvendo as Vice-Províncias de Salvador (BA), Recife (PE) e

Fortaleza (CE). E em abril, de 16 a 20 acontece aqui em Goiânia.

Igreja Santo Afonso/Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e Colégio Maior dos Redentoristas

Ir. Marcos Vinícius

Em Roma desde 2012, trabalhando como secretário do Geral, Pe.

Michael Brehl, Ir. Marcos Vinícius aproveitou as horas vagas para fazer Mestrado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Lateranense. E publicou recentemente sua

dissertação num livro com o título:

na metafísica tomásicaverbo “ser” (em latim,“esse”a compreensão de

Novas Edições Académicas, editora portuguesa.

Missão no ParáEm fevereiro aconteceu a primeira Missão Inter-

provincial da Juventude Missionária Redentoris-ta em Belém do Pará, na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Presença de 120 jovens da maio-ria das Unidades brasileiras. Da Província de Goiás participaram 30 jovens do Projeto Compromisso das nossas paróquias. Ainda: Pe. Fábio Pascoal, Pe. Paulo Júnior, Ir. Danilo, Fr. Jildemar, Fr. Káliton e os postulantes Matheus Ferreira, Eduardo e Eu-rípedes, totalizando 38 participantes da Província de Goiás. Era o grupo missionário maior do Brasil. Uma menção honrosa aos 15 jovens de Paraíso do Tocantins que viajaram numa Van.

JMA-JMJ/2019 no Panamá

A Jornada Mundial Afonsiana (JMA) que acontece dias antes da Jornada Mundial da Juventude (JMJ/2019 será

no Panamá, no final de janeiro) já começou a ser prepara-da. Uma comissão (da qual faz parte o Pe. Fábio Pascoal) se reuniu para discutir desde a programação do evento e a acolhida dos jovens, como também as modalidades de inscrição e o concurso para escolha da oração, logotipo e hino do evento. O evento que congrega jovens das diversas unidades redentoristas espalhadas pelo mundo, é uma opor-tunidade para a vivência do carisma e da espiritualidade da Congregação, como também para apresentar aos jovens a cultura local e os costumes.

Pe. Fábio Pascoal no centro

Arquivo

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Fundamentalismo é um tema muito amplo e não pouco espinhoso, por isso, aqui queremos

apenas sublinhar alguns aspectos sobre a Escri-tura Sagrada diante do seu leitor. É justamente sobre este aspecto, Escritura Sagrada, que se baseia a nossa reflexão. A Bíblia possui, para muitos, este valor irrevogável de Escritura Sagra-da. Este dado é, ao mesmo tempo, precioso, diria até indispensável na perspectiva teológica da fé, e também delicado, a causa dos pressupostos interpretativos.

Um estudioso da Bíblia chamado Johan Konings faz uma provocação interessante em relação ao fundamentalismo bíblico: “As causas do fundamentalismo não estão na Bíblia, mas na

área da psicologia e da sociologia”, ironicamente, não é um problema propriamente de quem trabalha com a interpreta-ção dos textos, afi-nal, o fundamen-talismo, como tal, é não-interpreta-ção.

Um e lemen-to importante a ser considerado é o fato da Bíblia, como conjunto de livros que temos em mãos hoje, é um texto assinala-

do ao longo da história, nascido em ambientes diferentes e, sobretudo, bem diferentes do nosso hoje, tornado escritura em uma língua que não é a nossa. No mínimo, isso demandaria um esforço para poder entendê-lo melhor. De fato, o que temos é, de um lado, uma riqueza cultural e histórica incontável e, de outro lado, uma ca-rência de critério de discernimento.

A leitura fundamentalista se atém somente à letra (literal): “está escrito assim” portan-to, “deve, por força, ser assim”. Ao lado da abordagem fundamentalista está uma outra abordagem tão arriscada quanto o fundamen-talismo, chamada espiritualismo. Se na leitura fundamentalista prevalece só a letra, na leitura espiritualista prevalece o leitor, isto é, a Bíblia interessa somente enquanto diz algo a “mim” leitor. Portanto, a Bíblia é instrumentalizada e se torna uma ocasião para repetir a nós mesmos entre suas páginas, de modo que pareça uma leitura do espírito, mas não o espírito de Deus, mas o “meu”. Por isso, a leitura correta é aquela que busca pelo exercício de interpretação e discer-nimento para “conduzir para fora” a mensagem divina. O fundamentalista não tira nada para fora, ele leva tudo. O espiritualista, além de não tirar nada, coloca dentro um pouco de si.

4 GOIÂNIA | MARÇO 2018Ponto de vista

O PREÇO DA FÉ

A Espiritualidade Redentorista tem diversos caminhos. Um

deles é conhecer nossos confrades santos que viveram a espirituali-dade dando seu contributo para seu desenvolvimento.

O livro do Eclesiástico (Eclo 44-50), ensina a ter lembrança dos grandes homens. Lemos na carta aos Hebreus (Hb 11,1-39) como homens e mulheres foram guiados pela fé. E nos estimula: “Corramos com os olhos fixos na-quele que é autor e o realizador da fé, Jesus” (Hb 12,2).

No dia 15 de março celebra-mos a festa de S. Clemente Maria Hoffbauer. É um santo redento-rista. Não fez milagres em vida. Seu milagre foi viver a fé e por ela cumprir sua missão de sacer-dote e implantar a Congregação Redentorista na Europa Norte.

Tem origem humilde e teve que trabalhar muito. Junto a seu trabalho havia uma luta para ser sacerdote. Como era pobre as portas estavam fechadas. Tentou tudo: foi eremita, viveu num mosteiro, procurou o clero secular e, pelas dificuldades do império austríaco, foi para Roma e ali encontrou os redentoristas. Nessa carreira manteve firme sua fé e lutava pela fidelidade à Igreja. Entre os redentoristas italianos encontrou o que bus-cava: ser apóstolo. E foi. Viveu onze meses entre eles, absorveu o carisma de Santo Afonso e foi fiel.

Indo para a Áustria viu que não era possível estabelecer a Congregação. Era proibido. Vai

Um dos caminhos da Espiritualidade Redentorista é conhecer a vida dos confrades santos. Entre eles destaca-se São Clemente, o homem da fé

mais longe: Polônia. Fez um imenso trabalho junto à juven-tude e ao povo simples. Durante 20 anos fixou ali sua comuni-dade que cresceu. Houve muita perseguição. Ele tentou de 1787 até 1808 fundar casas na região. Tudo que fazia era destruído pela inveja, pela perseguição de livres pensadores, maçons e invejosos (do clero). Não desanimou. Ex-pulso de Varsóvia foi parar em Viena, sozinho. Tudo que fizera fora destruído. Não desanimou. Ele tinha fé em Deus e na missão.

Exerceu seu ministério para o bem do povo e da Igreja. Era fiel. Não admitia a falta de fé e abuso na Igreja. Pregava muito e com

conteúdo evangélico. Sua escola em Varsóvia para órfãos foi mo-delo. 11.000 jovens passaram por ela. Queria salvar essa juventude. Usava as belas liturgias para a oração e a formação do povo. Atendia e orientava o povo no confessionário. Atingia todas as classes. Daí a inveja.

Depois de muita perseguição, sua comunidade de Varsóvia foi fechada e os padres dispersos. Foi para Viena onde, na humildade atingiu tanta gente. Tanto que é patrono de Viena junto com S. Estê-vão. Quando estava para morrer o imperador aprovou a Congregação na Áustria. Sua fé não o deixou desanimar. Por isso venceu.

RISCOS DO FUNDAMENTALISMO EDO ESPIRITUALISMO

ESPIRITUALIDADE ALFONSIANA BÍBLIA

Pe. João PauloMissionário RedentoristaMestre em Exegese Bíblica

Clemente Maria Hoff bauer é um santo redentorista. Não fez milagres em vida. Seu milagre foi viver a fé e por ela cumprir sua missão de sacerdote e implantar a Congregação Redentorista na Europa Norte”.

Pe. Luiz CarlosMissionário Redentorista

QUANDO O “EU” É O CENTRO Uma religiosidade voltada para o Eu está condenada ao desespero

EXPERIÊNCIA RELIGIOSA

Nas últimas décadas a religiosidade cristã sofreu uma mudan-ça significativa no que se refere ao modo de se relacionar

com o Sagrado. Com o advento das comunidades pentecostais e neopentecostais, marcadas por uma visão subjetivista da expe-riência cristã, o cenário tradicional do cristianismo vem sendo tomado por práticas que têm o ser humano como centro. O an-tropocentrismo declarado no período moderno chegou também ao campo religioso, o que pode ser observado desde o início da Reforma Protestante com Martinho Lutero (1483 – 1546).

É bastante comum escutar nos discursos religiosos expres-sões como “eu posso”, “minha bênção” ou “eu vou vencer”. Os meios de comunicação estão cheios delas. Sendo assim, é possível dizer que o que move grande parte dos cristãos no exercício de se relacionar com Deus é a busca por interesses

individuais e por uma autorrealização que enaltece o sujeito de fé em detrimento de uma perspectiva comunitária da vivência cristã. Deste modo, o humano assume o centro de sua relação com o Divino. Quando lembrado, Deus é apenas um meio para que os fiéis alcancem seus objetivos pessoais.

Uma religiosidade voltada para o Eu está condenada ao desespero. Sendo o centro de sua relação com o Eterno, o ser humano cairá no vazio de si mesmo, tão profundo quanto aque-la experiência do Éden. Nem mesmo as realidades imanentes que assumem uma dimensão escatológica serão capazes de reorientar o ser adâmico em sua intimidade com o transcen-dente. Em contrapartida, quando Deus assume a centralidade de uma experiência religiosa, seja ela qual for, o crente poderá encontrar nele a plenitude de sua existência.

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REDENTORISTAS NOSSOS CONFRADES

Encontro dos padres novosPe. Rafael Vieira assessorou as reflexões que giraram em torno do tema escolhido “A ética nas redes sociais com o intuito de melhor anunciar o reino de Deus”

Foi num lugarejo muito propício, de tranquilidade e de contato

com a natureza, distante alguns quilômetros de Anápolis/GO, que os padres, da Província de Goiás, de até dez anos de sacerdócio realizaram seu encontro anual entre os dias 19 a 23 de fevereiro. Pe. Rafael Vieira assessorou as reflexões que giraram, como previsto, sobre “Ética nas Redes Sociais e Evangelização”.

“Quando nós somos ordenados, somos enviados em missão, nos distanciamos uns dos outros e não temos mais essa formação inicial e to-dos nós precisamos ser reabastecidos. Portanto, o encontro dos novos padres se enquadra dentro deste objetivo de formação permanente. Não temos mais aquilo que tínhamos no semi-nário e na formação inicial. Mais ou menos uma vez por ano, precisamos encontrar, nos reunir, estudar algum tema emergente para que possamos anunciar o Evangelho sempre levan-do em consideração as urgências do

mundo de hoje”, afirmou Pe. João Paulo Santos.

Com as novas tecnologias, a for-ma de se comunicar mudou. Segundo Pe. Aragonês de Jesus Parreira, o tema refletido no encontro foi a ética nas redes sociais com o intuito de melhor anunciar o reino de Deus. “Falamos sobre qual o melhor modo de usar essas novas mídias para alcançar o povo de Deus, que é um novo ambiente para a evangelização no mundo de hoje. Para nós, que somos cristãos, o segredo está em utilizar a partir dos critérios da nossa fé e com o objetivo de atingir o maior número de pessoas e usar esse meio para levar as pessoas a Deus”.

Pe. Frederico Augusto de Oliveira participou pela última vez, já que este ano completa o décimo de sacerdócio. “É o momento de encontrarmos os nossos colegas, conversarmos, com-partilharmos as nossas atividades, projetos. É o momento de nos colocar-mos diante dos nossos colegas aquilo que desejamos. Para mim, a maior

importância deste encontro desses padres novos é essa preocupação e cuidado para com o desenvolvimento do sacerdote ao longo dos dez anos da sua vida sacerdotal. É o modo de conversar, atualizar diante de tantos temas, questões que são colocadas na vida do sacerdote”, afirmou.

Momentos preciosos para refletir a vocação. Estar atento às mudanças na sociedade, para que a mensagem de Deus continue chegando com a cla-reza para todos os fiéis. “A história é dinâmica e se a Igreja deseja alcançar algo com o seu objetivo de anunciar o Evangelho, ela também precisa ser dinâmica. Para isso, precisa estar atenta a tudo que surge nas realida-des como novidade para que a gente possa anunciar o Evangelho de modo novo, mas sempre comprometido com aquela essência do Evangelho. Chamamos isso de criatividade ou fidelidade criativa”, completou Pe. João Paulo.

(fonte: site www.paieterno.com.br)

Brandolize

NOSSA FAMÍLIA

5GOIÂNIA | MARÇO 2018Testemunhas do Redentor

Parentes, colaboradores e benfeitores fazem parte da família redentorista

Fábio Falcão, locutor e apresentador, é um dos desta-ques da Rádio Difusora de Goiânia (FM 95,5 e AM 640) e Rede Pai Eterno que congrega emissoras em Goiás, Distrito Federal e São Paulo, além de via internet ganhando ouvintes de todo Brasil e do mundo. Seu ho-rário principal é o das 14 às 18 horas, com o Programa Festa Sertaneja. Nasceu em Trindade e viveu sempre no clima do Divino Pai Eterno e na familiaridade com os missionários redentoristas. Além de locutor, ele, tendo o Pe. Edinisio Pereira ao seu lado, apresenta o Romaria Sertaneja, no Cineteatro AFIPE, com grande audiência, todo segundo sábado do mês, às 21 horas. Sobre este programa de auditório, Fábio Falcão diz: “Eu sempre falo que o Romaria Sertaneja foi uma missão que o Pai Eterno mandou para que a gente seguisse nela. Além de levar muita música sertaneja, tem um momento de reflexão no palco e esse presente foi-nos dado com muita responsabilidade e amor. E o povo abraçou a causa, todo mundo gostando, casa lotada. É o Pai Eterno agindo”. Para ele, o trabalho que apresenta com o Pe. Edinisio no palco do Romaria Sertaneja traz um pouco da vida do campo para a cidade. “Além de levar muita música sertaneja, o nosso jeito caipira de falar, de ser, de levar a vida, é mostrado no Romaria Sertaneja. Fazemos dele um grande acontecimento em Trindade!”, ressaltou.

José Ronaldo Leite foi seminarista redentorista al-guns anos na Vila Aurora e depois em Trindade, vindo de Araguapaz em 1984. Posteriormente casou-se com Neide Alves de Oliveira Leite. Casal sempre atuante nos ministérios eclesiais, ele foi convidado para ser Diácono Permanente, e foi ordenado em 14 de setembro de 2015 e exerce seu ministério na Paróquia Divino Pai Eterno em Trindade. “Uma vez redentorista, sempre reden-torista”, Zé Ronaldo é sempre uma presença amiga e familiar nas nossas comunidades redentoristas.

ArquivoArquivo

Arquivo

Na TailândiaIr. Michael Goulart, C.Ss.R., informa: “Gostaria de partilhar com vocês uma rica experiência

que me foi oferecida, de conhecer a Tailândia e a Missão que a Congregação Redentorista desenvolve naquela realidade tão singular. O sistema de contabilidade da Congregação tem sua sede administrativa em Pattayá, local onde se realizou o 25º Capítulo Geral em 2016. Trata-se de um país cuja maioria da população, cerca de 80%, é budista. Os cristãos representam menos de 2% da população. Naquela realidade desafiadora na Ásia temos uma comunidade religiosa que realiza um bonito trabalho social junto às crianças e jovens com necessidades especiais.

Interessante perceber que o sonho de Santo Afonso criou raiz junto àquele povo e os nossos confrades desenvolvem um projeto com escolas, paróquias e obras sociais. Em nome do economato geral, P. Ronival dos Reis (SP-2300), ecônomo da Comunidade Santo Afonso (Via Merulana/Roma) e eu, tivemos a oportunidade de visitar este projeto para uma reunião administrativa com nosso confrade: Ir. Denis Gervais, C.Ss.R. Foi uma rico momento de aprendizado, experiência cultural e também de conhecimento dos desafios da Missão da Congregação naquela realidade. Foram dias de crescimento humano e espiritual”. Pe. Roni, Ir. Denis e Ir. Michael

Arquivo

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Nossa juventude com muito dinamismo semeou a esperança e a paz, remédios necessários para os corações feridos

Missão Interprovincial da Juventude Missionária Redentorista

6 GOIÂNIA | MARÇO 2018Solidariedade na Missão

Um sonho tornou-se realidade nas terras paraenses. Após

diversas vezes a Comissão Nacional da Juventude Redentorista ter cogi-tado a necessidade de realizar uma missão envolvendo a Juventude Redentorista de nossas Unidades do Brasil, na reunião em julho de 2017, aos pés de Nossa Senhora Aparecida, definimos que aconteceria em feve-reiro de 2018 na cidade de Belém/PA.

Com o tema “Juventude em missão, no anúncio da Copiosa Redenção para um mundo ferido”,

a 1ª Missão Interprovincial da Ju-ventude Missionária Redentorista (JUMIRE) foi realizada de 12 a 18 de fevereiro, na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Belém (PA). O evento reuniu cerca de 120 jovens de diferentes regiões do país. Juntos acreditamos e rea-lizamos! Espalhados pelas comuni-dades da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, anunciando o Redentor em meio a realidades desafiadoras de tráfico de drogas, tráfico humano, questões sociais,

OS TEOMÉTRICOS 85OS TEOMÉTRICOS 83

a nossa juventude com muito di-namismo semeou a esperança e a paz, remédios necessários para os corações feridos.

A missa de encerramento, no pátio do Santuário, foi realizada de forma dinamizada, presidida pelo Pe. Fábio Pascoal, C.Ss.R., da Província de Goiás, que refletiu os “desafios de viver os sinais do Reino de Deus num mundo ferido. Feridas que a JUMIRE pôde perceber na convivência com as comunidades e algumas que os jovens trouxeram

de suas realidades, possíveis de serem curadas, redimidas”.

O Pe. Rogério Gomes, C.Ss.R. (Con-selheiro Latino-Americano do Gover-no Geral) e o Pe. Edezio Borges, C.Ss.R. (presidente da União dos Redentoris-tas do Brasil), teceram palavras de incentivo. Um agradecimento especial foi feito ao Pe. Márcio Halmenschlager, reitor e pároco, pela articulação e pelo espaço dado à juventude. “Um precedente muito importante para nossas paróquias poder contar com a força dos jovens, que podem ajudar

a reavivar as comunidades por meio de seu engajamento e compromisso”, disse o pároco.

A Comissão Nacional da Ju-ventude Redentorista aproveitou a ocasião para reunir-se e tratar de diversos assuntos, entre eles a Jornada Mundial da Juventude e a Jornada Afonsiana em 2019 no Panamá. Seguiremos acreditando na JUMIRE e motivando esses jovens na missão de levar adiante o nosso carisma Redentorista de uma forma dinâmica, alegre e atraente.

Arquivo

OS TEOMÉTRICOS 84

Cerca de 120 jovens de várias regiões do Brasil participaram da missão. O grupo maior era da Província de Goiás: 38

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O Centro de Convivência Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, loca-lizado em Goiânia, contou com a participação do grupo de idosos que frequentam a instituição, cerca de 91 pessoas elevaram os seus corações ao Deus altíssimo agradecendo por mais um ano e pedindo graças a Nossa Mãezinha do Céu. A Santa Missa foi celebrada no dia 08 de fevereiro.

Este ano a Associação Poliva-lente São José - APSJ, instituição parceira das Obras Sociais Reden-toristas foi convidada a celebrar a Santa Missa juntamente com os cinco Centro Sociais. A Associação acolheu mais de 100 pessoas en-tre assistidos e convidados para a celebração que aconteceu no dia 28 de fevereiro. Em todos os Centros Sociais foi servido lanche após a celebração e a comunidade pôde tirar dúvidas sobre como se inscrever nas atividades e ofici-nas oferecidas. (informou Jefferson

Carvalhaes)

Nas Obras Sociais Redentoris-tas, o ano já se inicia sob as

bênçãos do Pai Eterno. Os mais de 1.800 assistidos pelos Centros Sociais foram convidados a par-ticipar de uma Santa Missa, que marca o ponto inicial das ativida-des em cada unidade.

De acordo com o diretor das Obras Sociais Redentoristas, padre Reinaldo Martins, CSsR, “essas celebrações que marcam o início dos trabalhos são o momento de assistidos, famílias e comunidades poderem fazer a oferta do próprio coração, rogando ao Pai Eterno bênçãos sobre seus lares e também sob o trabalho que desenvolvemos com tantas pessoas que precisam da nossa ajuda”.

Cada Centro Social conta com uma agenda de atividades que são realizadas ao longo do ano, por

isso, cada celebração aconteceu em uma determinada data e horário. No Centro Social Redentorista, no Setor Pontakayana, a celebração aconteceu no dia 06 de fevereiro e reuniu aproximadamente 240 participantes, entre a comunida-de, os assistidos e missionários convidados.

No Centro Social Redentorista São Clemente, no Setor Mariápolis, a Santa Missa contou com a presen-ça da comunidade, convidados e os assistidos mais novos acolhidos pe-las Obras Sociais, ao todo 70 pessoas participaram da celebração reali-zada no dia 07 de fevereiro. Já no CESPE/CECAM, no Setor Samarah, a celebração contou com a presença dos coroinhas da Região São João Batista, missionários redentoristas e mais de 200 participantes entre assistidos e a comunidade.

7GOIÂNIA | MARÇO 2018Num mundo ferido

Nossa missão

Vila Brasília visita Talitha Kum

A Juventude Missionária Redento-rista da Paróquia Nossa Senhora

da Guia, Vila Brasília, realizou uma visita à casa Talitha Kum, que acolhe meninas em situação de

vulnerabilidade social. A instituição é dirigida pelas Irmãs Passionistas e conta com o apoio da nossa Con-gregação Redentorista. A iniciativa de realizar projetos sociais surgiu

após a primeira experiência dos jovens com o ‘Alpha’, novo método de evangelização para a juventude implantado na paróquia cujo pároco atual é o Pe. Edson Costa.

Arquivo

Arquivo

Casas de membros da Comunidade Jesus Libertador visitadas pela Juventude Missionária Redentorista

Pai Eterno abençoa as Obras Sociais!

Danilo Eduardo

As celebrações realizadas em todos os Centros Sociais reuniram assistidos e seus familiares

“A Santa Missão Popular é um modo eficaz e eficiente de anun-ciar a Boa Notícia. Participar com a JUMIRE (Juventude Missio-

nária Redentorista) da Missão Interprovincial em Belém do Pará foi muito significativo. Olhando para aqueles jovens contagiados pelo carisma de nossa Congregação revitalizou em mim a vontade de continuar gastando a vida pela Copiosa Redenção de um modo novo. Ouvir da boca deles que se sentiram missionários redento-ristas, isso me fez acreditar que a Missão Popular tem futuro. O Redentor continua chamando pelo nome, é preciso ajudar nossos jovens escutá-lo”. (Pe. Paulo Júnior)

Arquivo

Pe. Paulo Júnior e Maria Eduarda da Paróquia Nossa Senhora da Conceição (Matriz de Campinas)

Postulante redentorista Eduardo (Goiás), moradora do local, Camila (Porto Alegre), Eri (Minas Gerais), Natália (Rio Verde/GO), Carleane (Paraíso do Tocantins)

Arquivo

Santa Missa marcando o início das atividades de 2018

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Preparando para a Missão8 GOIÂNIA | MARÇO 2018

Preparação dos Votos PerpétuosFORMAÇÃO INTERPROVINCIAL

Fráter Jefferson Nunes (quarto, da esquerda para direita, sentado) entre os junioristas de diversas Unidades Redentoristas da Conferência da América Latina e Caribe reunidos em Lima, no Peru.

Noviços fizeram retiro em Anápolis

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Vivenciar uma cultura diferente abre o nosso coração e nos anima para a missão, afirma Fráter Jefferson

Aconteceu recentemente um curso de preparação para os

votos perpétuos, reunindo junio-ristas das Unidades Redentoristas da América Latina e Caribe, dentro do novo processo de Reestrutura-ção da Congregação do Santíssimo Redentor. O curso foi realizado no início de 2018, no Peru. Da Pro-víncia de Goiás estava presente o Fr. Jefferson Nunes, que conta a seguir um pouco de sua história vocacional e de sua experiência neste curso.

Agora, neste início do ano de 2018, tive a alegria de fazer a pre-paração para os votos perpétuos no Peru, na cidade de Cieneguilla. Éramos 13 junioristas de toda a Conferência Redentorista da América Latina e Caribe, sob a orientação do missionário Re-dentorista Pe. Henry Soto, da Pro-víncia da América Central. Essa etapa formativa começou em 06 de janeiro e terminou em 18 de fevereiro, na casa de Retiros El Milagro, pertencente à Vice-Pro-víncia de Peru Norte. Foram cinco semanas de curso e oito dias de retiro. As aulas foram ministradas por Missionários Redentoristas e abordaram temas próprios de

nossa Congregação, como por exemplo: Espiritualidade de nossas origens, Teologia dos votos, Missão Redentorista entre outros.

Para cada um de nós foi uma experiência fantástica! O nosso dia

começava cedo com a oração matu-tina, seguido de diversas atividades comunitárias, como limpeza da casa, formação, colóquios semanais com nosso mestre, esportes, etc. Disso tudo destaco dois momentos

importantes, que são a pastoral na região periférica de Rio Seco, às sex-tas-feiras, e os passeios dominicais ao centro de Lima.

Por fim, acredito que viven-ciar uma cultura diferente abre o

nosso coração e nos anima para a missão. Que o Pai Eterno, por inter-cessão de Nossa Mãe do Perpétuo Socorro, abençoe a cada um de nós, seus filhos amados. (Fonte: site www.

redentorista.com.br)

Antoniel, Messias, Douglas, Camilo, Júlio, Pe. Cornélio, José, Wellington, Jhon, Adriano, Alan

A Congregação Redentorista mantém dois Noviciados no

Brasil onde são acolhidos os jovens das nove Unidades e também de outras nações da América do Sul e do Caribe. Em Tietê/SP estão 19

noviços. E em Goiânia são 10, vin-dos de diversas Unidades do Brasil: Goiás (Alan e Antoniel), São Paulo (Camilo e José Aparecido), Campo Grande (Douglas, Jhon Kennedy, Wellington e Júlio), Recife (Manoel

Messias e Adriano). Estes membros do Noviciado Interprovincial Mãe do Perpétuo Socorro, de Goiânia/GO, de 30 de janeiro a 07 de feverei-ro, fizeram um Retiro no Mosteiro Santa Cruz em Anápolis/GO com

o pregador Pe. Cornélio da Ordem dos Cônegos Regulares da Santa Cruz.

Foram dias de oração e refle-xão, com missas diárias, adora-ção ao Santíssimo Sacramento,

palestras e filmes pedagógicos. Temas enfocados: Santo Silêncio, a porta do céu na terra; Sacra-mento da Penitência, 4 passos da conversão; Estudo sobre os Anjos, (Angeologia); Conheça-se, Aceite-se e Supere-se (Vícios e Virtudes); Modos de Oração; Votos Religio-sos; Vida Religiosa e Consagrada; Espiritualidade da Cruz e outros.

Neste início do Noviciado já passamos por várias experiências. Mais distante do barulho e da agi-tação do mundo, este retiro inicial foi uma ótima oportunidade para pôr as coisas em ordem.

Estamos vivendo um tempo importante na vida, pois o Novi-ciado é este período de um ano onde fazemos a experiência da Vida Religiosa, para, no final, após ter rezado, refletido, meditado, experenciado, estar pronto para os Votos Religiosos da Congregação do Santíssimo Redentor e assumir a próxima etapa da formação que é a Teologia. (Com informações do José Aparecido da Silva, noviço da Província

de São Paulo)

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No dia 17 de fevereiro, o Papa Fran-cisco recebeu no Vaticano os alunos

e mestres do Pontifício Seminário da Sardenha, que se encontra na capital da ilha, Cagliari.

A instituição dedicada ao Sagrado Coração de Jesus completa 90 anos, du-rante os quais formou muitos sacerdotes engajados nas Igrejas locais, na missão ‘ad gentes’ e em outros serviços.  

Para o Pontífi ce, as atuais pobrezas materiais e espirituais requerem pasto-res atentos aos pobres, capazes de estar com eles com um estilo de vida simples: “Encorajo-os a preparar-se desde já a serem padres do povo e pelo povo e não dominadores do rebanho que lhes é con-fi ado, mas sim servidores”. E continuou: “Há muita necessidade de homens de Deus que mirem ao essencial, conduzam uma vida sóbria e transparente, sem nostalgias do passado, mas capazes de olhar avante, segundo a salutar tradição da Igreja”.

A atitude de Jesus em relação ao mundo é de “estar no mundo, mas não ser do mundo”, que em si mesmo, apesar de tudo, é uma realidade boa e criada por Deus

9GOIÂNIA | MARÇO 2018Igreja em saída

Fone: (62) 3295-1497

Av. Castelo Branco, 5.478Bairro Ipiranga – Goiânia-GO

• Adriana Variedade Rua Mandaguari - Qd. 37 - Lt. 16 Jd. Marista | Tel.: 3294-0120• Drogaria Popular Disk Remédios 3577-3077 | 3294-5752• Agro-Maciel Av. Pres. Vargas Qd. 30 - Lt. 04 Tel.: 3577-3025

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A Congregação do Santíssimo Redentor, através da Scala Editora, lhe oferece mensalmente o Rapidinho relatando a Ação Pastoral dos Re-dentoristas de Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Distrito Federal. Agradecemos os colabora-dores, abaixo relacionados, que ajudam no custeio das edições.

Maria Bárbara Duarte (in memoriam), Dr. Hélio Seixo de Britto (in memoriam), Helinho de Brito e Myrian - Setor Sul, Flávio Ivo Bezerra e Maria Alice - St. Marista,Ronaldo de Brito e Mª das Dores - St. Bueno, Família Nunes - Jardim América, Francimar Maia - Setor Bueno,Dediher e Irene - Campinas,Eurico Almeida de Britto - Setor Central,Maria Clemente de Oliveira - Setor Bueno, Geraldo Magela e Eunice - Setor São José, Kalil - Setor Campinas, Pe. Guilherme Contart - Palmelo-GO,Maria José e Hermando Lisier - Sorocaba-SP, Pedro Evangelista de Lima - St. Maysa I, Antônio João Thozzi - São Paulo, Antônia R. de Oliveira - St. Castelo Branco, Divino Felício - Jd. Marista, Demerval Cândido - Res. Araguaia, Geraldo Clarindo Caldas - Setor Oeste, Joventina Alkmim - Aparecida de Goiânia, Tereza Gonçalves - Piracanjuba-GO, Anna Mancila Madeira - Caldas Novas-GO,Maria Luiza Costa - Goiânia-GO,Celsa / Cláudia Sipaúba - Setor Oeste,Vilma Trevisan Ricardo - Tietê-SP,Maria do Carmo - Tietê-SP, Clara Melo Vaz - Tietê-SP,Darcy G. Paschoal - Tietê-SP, Maria José F. Lopes - Tietê-SP, Família Brandolise - Tietê-SP.

Banco do Brasil nos dois últimos meses até o fechamento desta edição.Agência: 4864-X Conta Corrente: 21.081-1(Antônio M. Brandolize)

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DEUS LHES PAGUE

Divulgação

Na manhã da sexta-feira, 23 de fevereiro, Frei Raniero Cantalamessa, pregador da Casa Pon-

tifícia, realizou a primeira reflexão da Quaresma na Capela Redemptoris Mater no Vaticano, como é costume fazer todos os anos. Na sua meditação o franciscano enfatizou que, para transformar o mundo, devemos nos transformar. A sua pregação teve como centro as palavras de São Paulo na Carta aos Romanos: “Não vos conformeis com este mundo”. Não diz, “transformem-no”, mas sim “transformem-se”.

A palavra “mundo” no cristianismo

O Frei capuchinho recorda que a atitude de Jesus em relação ao mundo é de “estar no mundo, mas não ser do mundo”, que em si mesmo, apesar de tudo, é uma realidade boa criada por Deus.

Assim, o Frei Cantalamessa analisa a relação entre o pensamento cristão e o “mundo” ao lon-go dos séculos: com Paulo e com João, a palavra “mundo” se carrega com um valor moral que se refere principalmente a como se tornou depois do pecado, o ideal da fuga do mundo dos primeiros séculos até a chamada “teologia da secularização” que acaba no ideal de uma fuga “em direção” do mundo, isto é, uma mundanização.

Ir em direção dos pobres é separar-se do mundo

O Frei Cantalamessa explica então o que é o “mundo” ao qual não devemos nos conformar: “Nós já sabemos qual é, para o Novo Testamento, o mundo ao qual não devemos conformar-nos. Não é

CANTINHOMIRIM

Depósitos

Carlos Alexandre Júnior - St. Oeste;Isabele Pereira Ferreira - St. Oeste; Matheus Pereira do Prado - St. Oeste; Guilherme Salera Bezerra - St. Marista; Artur S. Brito Bezerra Oliveira - Brasília-DF; Luiza Seixo de B. B. Oliveira - Brasília-DF; Felipe Quieregati - St. Marista;Flávio Q. S. Britto Bezerra - St. Marista;Stéphanie Q. S. B. Bezerra - St. Marista; Laís Salera S. de Britto Bezerra - St. MaristaAmanda Olinto O. Guimarães - St. Campinas;Renato Xavier de C. Nunes - St. Campinas

COLABORADORES

o mundo criado e amado por Deus. Não é mundo dos homens aos quais sempre devemos ir ao encontro, especialmente os pobres, os últimos, os sofredores”.

O “misturar-se” com este mundo do sofri-mento e da marginalização é, paradoxalmente, o melhor modo de “separar-se” do mundo.

O cristão, segundo Frei Cantalamessa, não deve se conformar ao mundo, não porque a matéria seja má ou inimiga do espírito, como pensaram os platônicos, mas porque este mundo é provisório. Basta pensar nos mitos de 40 anos atrás ou ao que permanecerá dos mitos e cele-bridades de hoje. “Nu, saí do ventre da minha mãe, e nu vou voltar”, diz Jó (Jó 1,21). O mesmo acontecerá com os bilionários de hoje com seu dinheiro e com os poderosos de hoje que fazem o mundo tremer com o seu poder”.

Jejum de imagensEnfim, uma advertência do Frei Cantala-

messa de não se conformar com este mundo: as imagens. “Os antigos tinham inventado o lema: “Jejuar do mundo”; hoje isso deve ser entendido no sentido de jejuar das imagens do mundo, das postagens em redes sociais que induzem à maldade. Uma vez era considerado mais eficaz o jejum dos alimentos e das bebidas. Não é mais assim. Hoje se jejua por muitas outras razões: especialmente para manter a linha. Nenhum alimento, diz a Escritura, é impuro, enquanto muitas imagens são. Elas se tornaram um dos veículos privilegiados com o qual o mundo di-funde o seu antievangelho”. (com informações do

Silvoney José do site da Rádio Vaticano)

Transformar-se para transformar o “mundo”

Frei Cantalamessa durante pregação no Vaticano

QUE OS POBRES SE SINTAM EM CASA NAS IGREJASFrancisco lembrou aos seminaris-

tas que neles estão depositadas as esperanças da Igreja, que os Bispos os acompanham com carinho e que o Seminário é uma comunidade de discípulos missionários chamados a viver com o Senhor dia e noite, expondo-se à Palavra e ao Espírito. “Preparem-se adequadamente para assumir uma escolha livre e irrevocável de fi delidade total a Cristo, à sua Igreja e à sua vocação e missão ”

E disse ainda: “No caminho do Seminário o papel dos formadores é decisivo; eles devem agir com retidão e sabedoria para desenvolver perso-nalidades coerentes e equilibradas”. É também um tempo, completou Fran-cisco, em que se cultiva a amizade com Cristo. “Não se pode exercer bem o ministério se não se viver em união com Cristo. Sem Ele nada podemos” – afi rmou.

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10 GOIÂNIA | MARÇO 2018Mídia Redentora

Paróquias e escolas renovam catequese

Lívia

ORAÇÃO PARA O TEMPO PASCAL

Nossa Páscoa na Páscoa de Jesus 2018

Em preparação para a

Solenidade de Pentecostes, a Scala Editora oferece uma novena em que clamamos que o Espírito Santo de Deus renove a face da terra. Com uma

linguagem simples e acessível, para que as famílias e comunidades façam um caminho de oração que leve à ação de superar a cultura de violência.Formato: 13,5 x 20,5 cmPáginas: 40 | R$ 2,00(Acima de 100 unidades: R$ 1,50 cada. Acima de 1.000 unidades: R$ 1,20 cada)

Lívia

Lívi

a

Paróquias e escolas renovam catequese

Scala Editora em oraçãoPara marcar a celebração dos 50 anos da

publicação da novena “Natal em Famí-lia”, a Scala Editora publicou um roteiro de orações, a partir de textos de Santo Afonso Maria de Ligório. O livro Orações para o dia 25 de cada mês faz uma meditação sobre o mistério da encarnação, para ser celebrada a cada mês. O objetivo do autor é de que a contemplação do presépio ajude os cristãos a crescer nas virtudes da fé cristã.

E os próprios colaboradores da Scala Editora decidiram fazer este itinerário, com um momento de oração comunitário com o texto de Santo Afonso. O texto pode ser adquirido por apenas R$ 2,50, no tele-vendas da Editora.

Lívia

ORAÇÃO PARA O TEMPO PASCAL

Nossa Páscoa na Páscoa de Jesus 2018

“Em Cristo somos todos irmãos” é

o tema da reflexão que vai inspirar as comunidades após a celebração da Páscoa, como uma continuidade da celebração da Campanha da

Fraternidade. São sete encontros (um para cada semana do Tempo pascal), preparados à luz da Palavra de Deus, para fomentar em nós as ações necessárias pela superação da violência.Formato: 13,5 x 20,5 cmPáginas: 24 | R$ 2,00(Acima de 100 unidades: R$ 1,50 cada. Acima de 1.000 unidades: R$ 1,20 cada)

Novena de Pentecostes 2018

Vinde, Espírito Santo! Dai-nos os vossos Sete Dons

Texto preparado pelo missionário

redentorista Pe. Vicente André, com uma reflexão sobre os dons do Espírito Santo, que recebemos e devemos colocar

a serviço da comunidade. São sete encontros de oração, sobre cada um dos sete dons do Espírito Santo: Sabedoria, Inteligência, Conselho, Fortaleza, Ciência, Piedade, Temor de Deus. Formato: 10,5 x 14,5 cmPáginas: 40 | R$ 3,50

A coleção “Itinerário Catequético”, produzida pela Scala Edi-tora em parceria com o Centro de Formação Permanente

(CEFOPE), está se tornando cada vez mais conhecida pelos cate-quistas de todo país. No dia 25 de fevereiro, a Paróquia Santo Eugênio Mazenod, em Aparecida de Goiânia, realizou o seu trei-namento para a adoção do material. A formação foi coordenada pela equipe local, com o pároco, Pe. Carlos Francisco Lucena, e pelo catequista Leonardo Félix.

Também diversas unidades da Rede Marista de Educação em todo país iniciam, este ano, o uso da coleção de catequese da Scala Editora. Os encontros deverão iniciar-se após a celebração da Páscoa. O interesse das paróquias e escolas católicas pela coleção se deve à harmonia do material com a proposta de um itinerário de iniciação à vida cristã. A coleção “Itinerário Catequé-tico” foi produzida para promover a vivência dos quatro tempos catecumenais: Querigma, Catequese, Purificação e Iluminação, e Mistagogia.

Lívia

Colaboradores da Scala Editora

Lívi

a

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11GOIÂNIA | MARÇO 2018Atualidades

Arquivo

CatolibanA expressão “catoliban” não é minha. Quem me falou dela foi

meu amigo, padre Delton Filho, da diocese de Uruaçu. Ela define alguns irmãos que, apesar de professarem ser católicos, estão com o coração fechado para compreender o que é ser Igreja no mundo de hoje. Parecem terroristas: preocupados com uma in-terferência marxista na ação evangelizadora da Igreja, condenam publicamente o posicionamento de leigos, padres e bispos, numa suposta defesa da fé e em um profundo desrespeito à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

Esses “catolibans” têm conseguido muita repercussão por conta de um pecado grave de nós, católicos: nossa pobre formação em assuntos de nossa fé e de eclesiologia. Assim, não conseguimos entender o que se passa, e acabamos sendo facilmente derrotados em debates com irmãos de outras denominações, e agora até por essa gente que se acha mais católica que qualquer papa.

Uma pena que há muitos católicos que não usam o seu dom de comunicação para anunciar a boa-nova de Jesus. Preferem procurar chifre em cabeça de égua. Usam as redes sociais para o debate, e não a participação ativa nas instâncias eclesiásticas. Produzem e compartilham vídeos e opiniões nas redes sociais, criando confusão, desinformação, divisão. Assim, estão a serviço do diabo, e não de Jesus Cristo.

Vou citar aqui novamente o padre Delton. “Todos aqueles que alardeiam a verdade sob o pretexto de divisão, julgamento e ofensa, não estão sendo guiados pelo Espírito que fundou a Igreja. Sou contra toda infiltração marxista na Igreja. Mas discordo de fazer esse tipo de incursão nas redes sociais. O povo não sabe onde conferir a veracidade das informações e pode ser facilmente manipulado, e isso gera divisão”.

Para quem recebe esse tipo de contestação da Igreja em seu whatsApp, sugiro que não compartilhe, e nem se assuste. Vamos trabalhar pela unidade, que vem do Espírito, e não com o diabo, que espalha e divide.

A abordagem do tema pedofilia na novena das 9 da TV Globo. Foi uma forma de ajudar as pessoas mais simples a refletirem sobre a questão. Apesar de alguns estereótipos e exageros, o assunto está na pauta.

O ridículo programa “Os Donos da Bola”, que já saiu do ar na TV Goiânia/BAND. Boa ocasião para refletirmos sobre o que vemos e como TV, muitas vezes sem um olhar atento e crítico.

Redentoristas da Amazônia participam de Assembleia do Governo Geral no Brasil FR. GENILDO JÚNIOR, C.SS.R. Secretariado de Comunicação Provincial Província de Porto Alegre

Encerrou-se no dia 23 de fevereiro em Ananindeua (PA) a 1ª Assembleia

Extraordinária do Governo Geral da Con-gregação do Santíssimo Redentor (CSsR) no Brasil, tendo como proposta ref letir sobre as decisões aprovadas no 25º Capí-tulo Geral, com maior aprofundamento da reestruturação e reconfiguração das províncias e vice-províncias. Esta foi a primeira de seis que devem ocorrer até o mês de maio de 2018 no Brasil.

Durante uma semana, 70 membros professos da congregação das províncias de Porto Alegre, São Paulo e Campo Grande, e das vice-províncias de Manaus, Fortaleza e Bahia, debateram as propostas para responder as decisões finais que devem ser executadas no atual sexênio, com ênfase para a diversidade da Região Amazônica. A assembleia também contou com a par-ticipação de 6 Leigos Redentoristas, vindos de Belém e Manaus.

Com trabalhos em grupos, os partici-pantes apresentaram suas realidades em municípios do Amazonas, Acre, Pará, Ama-pá, Maranhão e na missão brasileira do Suriname. O coordenador da Rede Eclesial Pan-Amazônica, organismo instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Irmão Guttemberg (Marista), falou da necessidade de integração dos organis-mos católicos com atuação nos países da Pan-Amazônia para a defesa e valorização dos recursos naturais.

A coordenação dos trabalhos foi do conselheiro geral, padre Rogério Gomes, e do presidente da Conferência da América Latina e Caribe, padre Marcelo Araújo. Também presentes o Superior Provincial de Porto Alegre e presidente da União dos Redentoristas do Brasil (URB), padre Edézio Borges, e o Vice-Provincial de Manaus, padre Ronaldo Mendonça. “É importante compreender que a reestruturação é uma decisão tomada e que será executada, mas que não reduz tudo a questões geográficas. O processo todo começa pela compreensão dos sinais dos tempos e a necessidade de atualizar nossas frentes de trabalho a par-tir da missão, voltar ao amor fundante da congregação”, disse padre Rogério.

O presidente da Conferência abordou o tema da formação neste processo de rees-truturação, a construção do Plano Apos-tólico e a Reconfiguração da Congregação

Redentorista no Brasil. “Precisamos nos abrir para este passo olhando para além da nossa comunidade, da nossa província e do Brasil. É construir um olhar para o mundo e enxergar onde precisamos nos reorganizar”, disse padre Marcelo.

O trabalho nos grupos levou ao surgi-mento de propostas da Assembleia Norte para juntar as demais assembleias que serão apreciadas em agosto, na Assembleia Geral da Conferência da América Latina e Caribe, que será realizada em Trindade (GO), quan-do serão definidos prazos e processos para execução das propostas. O destaque foi para a proposta unânime de criação da Província da Amazônia, configurando-se com estados brasileiros e países da Pan-Amazônia.

A segunda assembleia extraordinária, em Lagoa Seca (PB), para membros das Unidades do Nordeste, começou em 26 de fevereiro.

Arquivo

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EELEGÂNCIA. Um amigo padre que sabe, como poucos, dominar a

linguagem figurada, me disse um dia: “Quando a gente chegar no

céu, Deus vai perguntar apenas três coisas. Vai perguntar se ama-

mos, se fomos felizes e se fomos elegantes”. Achei intrigante, mas

guardei comigo aquela explicação incomum. Depois, em situações

mais sérias, alcancei o sentido da brincadeira daquele meu amigo.

Ser elegante, no sentido que ele dava, tem a ver com espiritualida-

de. Envolve o pensar e o agir. Elegante é alguém que assume aquilo

que temos de mais sagrado: a nossa singularidade. Ser elegante é

o mesmo que ser simples, natural e espontâneo. É vestir as roupas

da sinceridade que caem bem num corpo honesto. É agir com hu-

manidade e carinho mesmo quando tudo parece chamar à feiura,

à guerra e ao combate incessante.

EMPATIA. Na primeira metade do século passado, o escritor ar-

gelino Alberto Camus chegou à capital da França onde todas as

pessoas que eram intelectualmente consideradas faziam roda em

torno do existencialista Jean Paul Sartre. Camus sentiu, inicial-

mente, grande empatia por aquele pessoal. Muito rapidamente, no

entanto, ele entendeu que tinha amarrado o jumento no pau erra-

do e se sentiu como um cachorro perseguido por outros cachorros.

Houve desavenças. Pululavam as críticas. Apareceram as graves

incompreensões. A hora da traição chegou e as acusações mútuas

ganharam espaço. O caldo entornou. Empatia, na verdade, expres-

sa as condições de chegada. Um sacerdote idoso que conheci na

América do Norte, depois de ouvir uma senhora me elogiar, dentro

da sacristia, após uma celebração da eucaristia, saiu-se com essa

“no começo, todos são bons!”. Ele não se “empatizou” comigo.

EMPODERAMENTO. Está na moda falar desse tema. Todos os esfor-

ços políticos de grupos considerados oprimidos históricos são in-

terpretados como empoderamento. Mulheres, negros, gays estão se

empoderando. Na verdade, estão tomando na mão o que lhes foram

tomados, o direito de serem quem são. E de serem respeitados e

valorizados. O poder, nesse sentido, está ligado à dignidade úni-

ca de cada pessoa. Se esse poder é diminuído, subtraído, sufocado,

o restabelecimento dele se torna motivo de luta. Gosto de regis-

trar a lembrança da obra do educador brasileiro Paulo Freire. Ele e

sua obra empoderaram pessoas. E ele entendia esse milagre tanto

como um processo quanto como um resultado. Para ele, o empode-

ramento de alguém está presente quando a educação aumenta a

sua capacidade de pensar criticamente e de agir com autonomia.

FFÉ. Um professor protestante de Crítica Bíblica que viveu na Escó-

cia e é bem visto pelos bispos da Conferência Episcopal dos Esta-

dos Unidos, William Barclay, dizia algo muito interessante sobre

o que significa ter e vivenciar a fé, sem a qual não pode acontecer

nada. Ele lembra a passagem na qual Jesus diz que quem tem

fé seria capaz de “transportar montanhas”: “Jesus jamais teve a

intenção de que se tomassem suas palavras em sentido literal. De-

pois de tudo, o homem comum quase nunca sente a necessidade

de arrancar uma montanha física. O que quis dizer foi o seguinte:

‘Se tiverem a suficiente medida de fé, podem resolver todas as

dificuldades, e se pode cumprir até a tarefa mais árdua’”. Uso a

literatura bíblica de Barclay nos meus estudos atualmente, em

Brasília. Os comentários dele feitos a respeito dos quatro evange-

lhos encontram-se disponíveis na internet, em português.

FIDELIDADE. Fico triste quando vejo que a fidelidade, no âmbito

das relações, tem sido vista com desconfiança por muitas pes-

soas. Parece que ser fiel é o mesmo que estar amarrado, cativo,

escravizado a alguém ou alguma coisa. Há quem prefira até

dizer que é leal a dizer que é fiel por causa dessa desconfiança.

Penso que esse mal-estar pode ter a ver com a ideia de que so-

mos obrigados a ser fiéis. Uma fidelidade por obrigação precisa

mudar de nome. A fidelidade verdadeira brota da alegria de ter

abraçado a melhor coisa da vida e, por isso, é sempre prazerosa

e realizadora. Tomo uma situação bem banal, para não compli-

car. Sou flamenguista fiel. Não me incomoda que alguém venha

me dizer que o time é isso ou aquilo do rubro-negro: “Uma vez

Flamengo, Flamengo até morrer”.

FUTURO. O futuro que eu aprendi a esperar, já chegou. Vivo no

futuro. Me pego todos os dias tentando compará-lo com o pas-

sado. Passo por uma crise, uma angústia imensa com certas

realidades desse tempo futurista. As redes sociais, por exemplo.

Achava que no futuro, iríamos ter ferramentas poderosas que

me dariam a possibilidade de conversar, sem gastar muito, com

meus amigos que moram no Canadá sem ter que escrever car-

tas que levariam semanas para subir e descer a América. As

redes sociais me deixam falar com o pessoal lá de Vancouver, de

Baldwin, de Sherbrooke com muita facilidade, várias vezes ao

dia, se tivéssemos tempo para isso. Mas, quando abro a minha

timeline, ao invés dessa linda possibilidade que o futuro me re-

servou de me mostrar o jardim da Nancy, o trabalho do Daniel

ou o gato da Mônica, me mostra gente que chama a CNBB de

comunista, os bispos de petistas e eu fico triste. Triste porque a

beleza foi engolida pela mentira e pelo ódio.

12 GOIÂNIA | MARÇO 2018Rafapédia

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