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outubro/2008 1 CREMERS Cremers decide aceitar para registro apenas diploma com a denominação de MÉDICO Mobilização contra título de Bacharel Estudantes de Medicina da Capital (foto) e do Interior realizaram manifestações em repúdio à decisão do Ministério da Educação Páginas 4 a 7 Novo Corpo de Conselheiros toma posse para a gestão 2008-2013, com Cláudio Balduíno Souto Franzen assumindo a presidência no lugar de Marco Antônio Becker Página 16-23 (Contracapa) 9912202042-DR/RS CREMERS Avenida Princesa Isabel, 921 Porto Alegre/RS 90620-001 Publicação do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul | ano VI | n o 53 | out 2008 CREMERS

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outubro/2008 1CREMERS

• Cremers decide aceitar para registro apenas diploma com a denominação de MÉDICO

--

Mobilização contra título de BacharelEstudantes de Medicina da Capital (foto) e do Interior realizarammanifestações em repúdio à decisão do Ministério da Educação Páginas 4 a 7

Novo Corpo de Conselheiros toma posse para a gestão 2008-2013, com Cláudio Balduíno Souto Franzen assumindo a presidência no lugar de Marco Antônio Becker

Página 16-23

(Contracapa)

9912202042-DR/RSCREMERS

Avenida Princesa Isabel, 921Porto Alegre/RS

90620-001

Publicação do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul | ano VI | no 53 | out 2008CREMERS

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outubro/20082 CREMERS

é uma publicação do Conselho Regional de Me-dicina do Rio Grande do Sul – Avenida Princesa Isabel, 921 – Fone (51) 3219.7544 – Fax (51) 3217.1968 – [email protected] – www.cremers.com.br – CEP 90620-001 – Porto Alegre/RS – Conselho Editorial: Cláudio Balduíno Souto Franzen, Marco Antônio Becker, Fernando Weber da Silva Matos, Ismael Maguilnik e Isaias Levy – Redação: W/COMM Comunicação – Jornalista Responsável: Ilgo Wink – Mat. 2556 – Revisão: Raul Rubenich – Fotografias: W/COMM Comuni-cação, Raphael Felicio (Posse Cremers) e Lucas Casali – Projeto e Design Gráfico: Stampa Design – (51) 3023.4866 – [email protected] – www.stampadesign.com.br – Tiragem: 31.000 exemplares.

CREMERS

Notas

Presidente: Cláudio Balduíno Souto Franzen

Vice-presidente: Marco Antônio Becker

1º Secretário: Fernando Weber da Silva Matos

2º Secretário: Ismael Maguilnik

Tesoureiro: Isaias Levy

Corregedores: Régis de Freitas Porto e Joaquim José Xavier

Diretor do Departamento de Fiscalização: Antônio Celso Ayub

Coordenador da Ouvidoria: Ércio Amaro de Oliveira Filho

Coordenador das Câmaras Técnicas: Rogério Wolf de Aguiar

Coodenador de Patrimônio: Iseu Milman

Conselheiros

Alberi Nascimento Grando, Antônio Celso Koehler Ayub, Céo

Paranhos de Lima, Cláudio Balduíno Souto Franzen, Dirceu Francisco

de Araújo Rodrigues, Enio Rotta, Ércio Amaro de Oliveira Filho,

Euclides Viríssimo Santos Pires, Fernando Weber Matos, Isaías Levy,

Iseu Milman, Ismael Maguilnik, Jefferson Pedro Piva, Joaquim José

Xavier, Magno José Spadari, Marco Antônio Becker, Mário Antonio

Fedrizzi, Mauro Antônio Czepielewski, Newton Monteiro de Barros,

Régis de Freitas Porto, Rogério Wolf de Aguiar, Arthur da Motta Lima

Netto, Cláudio André Klein, Clotilde Druck Garcia, Douglas Pedroso,

Isabel Helena F. Halmenschlager, Izaias Ortiz Pinto, João Alberto

Larangeira, Jorge Luiz Fregapani, Léris Salete Bonfanti Haeffner,

Luciano Bauer Grohs, Luiz Carlos Bodanese, Luiz Carlos Correa

da Silva, Luiz Alexandre Alegretti Borges, Maria Lucia da Rocha

Oppermann, Paulo Amaral, Paulo Henrique Poti Homrich, Philadelpho

M. Gouveia Filho, Raul Pruinelli, Ricardo Oliva Wilhelm, Sílvio Pereira

Coelho, Tomaz Barbosa Isolan

59a Assembléia Geral daAssociação Médica Mundial

Entre os dias 15 e 18 de outubro foi realizada a 59ª Assembléia Geral da Associação Médica Mundial (WMA) na cidade de Seul, Coréia do Sul. O presidente da Confederação Médica Latino-Americana e do Caribe (Confemel) e vice-presidente do Cremers, Marco Antônio Becker, participou dos debates que giraram em torno de temas importantes da medicina atual.

O dirigente relata que, em discussão sobre o uso de placebo em pesquisa com seres humanos, a delegação sul-americana e alguns países africanos votaram contra a decisão que mantém sua aplicação mesmo nos casos em que já exista tratamento. “Os países desenvolvidos votaram a favor, claro, porque as experiências são feitas nos subde-senvolvidos. É a força das multinacionais de medicamentos." Apesar das manifestações em contrário, a decisão foi manti-da. “Prevaleceu o interesse dos países desenvolvidos e dos grandes laboratórios internacionais. Essa decisão foi uma agressão aos princípios éticos."

Durante as discussões, uma nova política sobre antibióti-cos foi aprovada, determinando que o acesso a tais medica-mentos precisa ser feito apenas através de prescrição dada por médico ou veterinário qualificado. Tal medida decorre da preocupação com o aumento global da resistência a drogas antimicrobianas, que cria problemas de saúde pública e tam-bém econômicos.

O direito das mulheres e das crianças à saúde também foi abordado em função das proibições de trabalho impostas a médicas e enfermeiras em países com restrições religiosas e culturais.

O uso do mercúrio nos cuidados com a saúde foi outro dos assuntos em pauta. Os delegados defenderam sua dimi-nuição progressiva, de modo que hospitais e clínicas médicas optem por produtos equivalentes a fim de reduzir os índices de contaminação.

Foram aceitas as inscrições para novos membros das associações médicas nacionais da Albânia, Angola, Costa do Marfim, Chipre, Mali, Senegal, Polônia e Ucrânia. Agora, o número total de associações médicas nacionais membros da WMA é de 94.

Cremers, informativo do Conselho Regional de Medicina do RS, está aberto à participação de toda a classe médica gaúcha, para

críticas, sugestões de pauta, artigos, divulgação de eventos e notícias de interesse da categoria. As correspondências serão

encaminhadas ao Conselho Editorial. Contatos com Assessoria de Imprensa pelo e-mail: [email protected]

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outubro/2008 3CREMERS

Em 1988, quando deixei a presidência do Cremers, posto que volto a ocupar com muito orgulho 20 anos depois, havia no Brasil 80 faculdades de medicina. Hoje, são 175 cursos (quase cinco abertos por ano desde então), a maior parte deles criado com objetivo mercantilista e com pouca ou nenhuma preocupação social, tudo sob respaldo das autoridades federais, num misto de ganância de empresários e descaso com a qualidade da formação médica.

Está em andamento a banalização do ensino médico, justamente aquele que lida com o que há de mais caro: a vida humana.

E o que faz o Ministério da Educação para regularizar essa situação? Realiza a cada ano avaliações, que levam a rankings, que, por sua vez, apontam cursos de excelência na formação médica e outros que funcionam precariamente. Até agora, nenhum destes foi fechado para estancar a formação de médicos sem o preparo adequado.

Como forma de controle do profissional que ingressa no mercado, o MEC busca o caminho menos penoso, compatível com a política de saúde deste país, que é de nivelar por baixo o atendimento à população: a instituição do exame de proficiência. Inclusive, tramita no Senado um projeto de lei nesse sentido, de autoria do senador Tião Viana, do PT.

Na largada do processo, o MEC decidiu, sem qualquer debate com as entida-des médicas ou as próprias instituições de ensino, instituir o grau de Bacharel em Medicina, o que está fazendo com portarias específicas na renovação do reco-nhecimento das faculdades.

Por que mudar o que já está consagrado tanto no aspecto legal, conforme comprovado no parecer número 28/2008 da Assessoria Jurídica do Cremers, e consolidado na sociedade desde o Império?

A decisão do governo é uma afronta à verdade histórica. Por isso, os acadê-micos de Medicina do Rio Grande do Sul decidiram manifestar seu repúdio, sua revolta, exigindo a manutenção do título de Médico.

Nós do Cremers, ao lado do Simers e da Amrigs, estamos nesta luta. Participa-mos da passeata que reuniu centenas de estudantes no dia 17 em Porto Alegre, e constatamos com entusiasmo que o movimento ganhou corpo também no Interior.

Nossos futuros colegas deram uma demonstração de mobilização que deve-mos seguir em outras demandas de interesse da medicina e da saúde pública.

Considerando que nada justifica a alteração promovida pelo MEC, e com amparo na legislação, decidimos, então, que o Cremers só irá registrar diplomas emitidos com o título reconhecido por todos: Médico.

Cláudio Balduíno Souto FranzenPresidente do Cremers

Editorial

O diploma de Médico

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outubro/20084 CREMERS

Mobilização

Com uma grande manifestação nas ruas centrais de Porto Alegre, no dia 17 de outubro, os estudantes de Medicina do Rio Grande do Sul rejeitaram publi-camente o diploma de Bacharel em Medicina que o Ministério da Educação (MEC) está impondo às faculdades médicas em substituição ao histórico e consagrado título de Médico.

Mais de 800 acadêmicos reuniram-se em passeata na véspera do Dia do Médico para protestar contra a decisão do MEC, já aplicada na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), além de outras instituições do País.

Os alunos dessas duas faculdades e também da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) e da Pontifícia Universidade Católica do RS (PUCRS) percorreram o trecho entre o Hospital de Clínicas de Porto Alegre e o Museu de História da Medicina, na Avenida Independência,

onde realizaram um breve ato público.Muitos professores aderiram à mani-

festação, afirmando total apoio à reivin-dicação pelo título de Médico aos for-mandos em Medicina. Simpatia à causa foi demonstrada por populares que saíam à rua para observar, aplaudindo a iniciativa dos estudantes. Até mesmo os motoristas, apesar do tráfego interrom-pido por alguns momentos, demonstra-ram concordância com o movimento.

O presidente do Cremers, Cláudio Franzen, representou a entidade ao lado do segundo-secretário Ismael Maguilnik, que também é professor na UFRGS. Franzen reafirmou o apoio integral do Cremers à reivindicação, visto que “a lei garante o título de Médico a quem se forma no curso de medicina. Não é uma portaria ministerial que mudará a verdade histórica e o direito legal do médico a seu título e a sua profissão”. Maguilnik comen-tou: “Essa mobilização dos estudantes gaúchos é um exemplo que deveria ser

seguido pelos acadêmicos de outros Estados”.

Também participaram da manifestação a vice-presidente do Simers, Maria Rita de Assis Brasil, e o pre-sidente da Amrigs, Dirceu Rodrigues, mostrando que as entidades médicas estão unidas nessa luta pela revo-gação da portaria do MEC.

O evento foi organiza-do pelo Centro Acadêmico Sarmento Leite (UFRGS), Centro Acadêmico de Medicina (Ulbra), Diretório Acadêmico Garcia do Prado (PUCRS) e Centro Acadêmico XXII de Março (UFCSPA).

“A lei garante o

título de Médico a

quem se forma no

curso de medicina.

Não é uma

portaria ministerial

que mudará a

verdade histórica e

o direito legal do

médico a seu título e

a sua profissão.”Dr. Cláudio Franzen

Acadêmicos de Medicina protestam contra o novo diploma

Estudantes fizeram a manifestação gritando palavras de ordem contra o título de bacharel

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outubro/2008 5CREMERS

Mobilização também no interiordo Estado

Além de Porto Alegre, também ocorre-ram protestos em Pelotas, Rio Grande e Passo Fundo. Em Pelotas, acadêmicos da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) e da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) fizeram uma passeata usando jaleco, nariz de palhaço e uma faixa preta no braço para protestar contra a denomi-nação de bacharel em medicina.

Estudantes da Universidade Federal de Rio Grande (FURG) protestaram e distribuíram panfletos contra a mudança. A faculdade ainda não formou nenhum Bacharel em Medicina, entretanto, os formandos de 2008 temem a mudança, que impossibilita o mestrado, o dou-torado e a pós-graduação em alguns países, já que o título de bacharel não é

reconhecido como o de médico.Em Passo Fundo, o ato reuniu alunos

e professores da Faculdade de Medicina da Universidade de Passo Fundo (UPF). Para protestar, vestiram roupas pretas com jaleco branco e distribuíram pan-fletos para a população, que manifestou

simpatia em relação ao movimento.Os estudantes do curso de Medicina

da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) optaram por participar da passe-ata realizada em Porto Alegre. Mais de 80 alunos se integraram à manifestação ocorrida nas ruas centrais da Capital.

Em Pelotas, estudantes da UCPel e UFPel fizeram passeata pelas ruas centrais

Rio Grande:diploma só de Médico

A Pró-Reitoria de Graduação da Universidade Federal de Rio Grande (FURG) comunicou à dire-toria do Cremers, através do ofício 032/08, que continuará fornecen-do o título de médico aos alunos formados em Medicina. A deci-são partiu da Comissão de Curso, apoiada no Parecer CJ 28/2008, elaborado pela assessoria jurídica do Conselho, que ressalta a legali-dade da titulação do médico.

A Comissão entendeu que a conferência do grau de bacharel vai contra as normas legais de ensino vigentes, adotando a posi-ção defendida pelo Cremers. De acordo com a coordenadora do curso, Dra. Lulie Susin, os partici-pantes ponderaram que, confor-me a lei, o formado em Medicina dispõe de titulação específica referente à profissão – a titulação de médico.

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IndignaçãoFormado no primeiro semestre

deste ano pela Faculdade de Medicina da UFRGS, Diego Menegotto, 24 anos, passou por dois sentimentos distintos ao ser graduado médico: orgulho e indignação. Orgulho pela conclusão do curso e indignação por não ter recebido o sonhado diploma de Médico, mas outro, imposto pelo Ministério da Educação e Cultura, o de Bacharel em Medicina.

“Eu já sabia que havia mudado o título, porque duas turmas anterio-res passaram pela mesma situação na Famed. O diretor da faculdade, prof. Mauro Czepielewski, não que-ria assinar os diplomas, mas acabou cedendo para não prejudicar os for-mandos. Foi uma decepção, mas era algo já previsto”, relata Menegotto.

A maior preocupação do caxien-se récem-formado, ex-presidente do Centro Acadêmico Sarmento Leite, da

Famed, é sobre as possíveis conse-qüências da mudança. “O problema maior é com o que pode estar por trás disso. Por exemplo, se fala no exame de profi-ciência em Medicina, nos moldes do que é feito na Ordem dos Advogados, desprezando o fato de que no Direito a forma-ção é eminentemente teórica e permite diversas atividades após a conclusão do curso, enquanto na Medicina a formação é prática, habi-litando o formado a exercê-la. Tem ainda a questão de no futuro poder ser criado o título de Bacharel em Saúde unindo todos os cursos num só, para depois fazer um específico para cada área, bem como de outros bacharelados, a exemplo do recém-criado Bacharelado em Obstetrícia”.

De acordo com Menegotto, o pro-

grama de residência multiprofissio-nal é um exemplo desse nivelamento dos cursos da área da saúde. “Uma coisa é trabalhar em um grupo inter-disciplinar, o que é muito bom e é o ideal, outra é ter a formação conjun-ta, nos moldes em que vem sendo feita. Sou contra esse nivelamento, porque cada profissão tem a sua especificidade”, sustenta.

Projeto de Lei institui exame obrigatório para médicos

O senador Tião Viana (PT-AC) apresentou o pro-jeto de lei (PLS 217/04) para exigir que o indivíduo formado em Medicina só obtenha sua inscrição em Conselho Regional de Medicina e seja autorizado a exercer a profissão depois de ser aprovado no Exame Nacional de Proficiência em Medicina. O exame se-ria organizado pelo Conselho Federal de Medicina e oferecido, pelo menos, uma vez ao ano, a todos os portadores de diploma de graduação em Medicina. Pelo projeto, os serviços públicos que integram o SUS constituem campo de prática para a realização das provas do Exame de Proficiência em Medicina,

mediante normas específicas elaboradas, conjunta-mente, pelos Ministérios da Saúde e da Educação.

Este projeto encontra-se na Comissão de Educação do Senado Federal. A senadora Serys Slhessarenko tam-bém apresentou projeto de lei (PLS 102/06) para exigir que, para a obtenção de registro profissional junto aos Conselhos Regionais de Medicina, os médicos sejam aprovados em exame de proficiência destinado a com-provar nível de conhecimento indispensável para o exercício da profissão. Pelo projeto de Serys, também os cirurgiões-dentistas deverão ser aprovados em exame de proficiência.

Dr. Diego Menegotto

Mobilização

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Resumo do parecer 28/2008sobre diploma médico

A íntegra do parecer 28/2008 elaborado pela assessoria jurídica do Cremers está no site www.cremers.org.br

Os cursos de graduação podem conferir ao respectivo profissional os graus de Bacharel, Licenciado, Tecnólogo ou Título Específico refe-rente à profissão, conforme consta no Glossário de Termos e Expressões de Educação e Cultura, do Departamento de Ensino e Pesquisa do Ministério da Defesa, o Curso de Graduação.

Os cursos de Bacharelado ou Título Específico habilitam o portador a exer-cer uma profissão de nível superior. O Ministério da Educação e Cultura aborda-os genericamente como “curso de graduação”. Entretanto, é possível uma diferenciação, já que os cursos de bacharelado têm duração normal de quatro anos (à exceção do curso de Direito) e oferecem uma base teórica generalista, ao passo que os cursos ditos profissionais (títulos específicos) são mais longos (duração normal de cinco anos, ou, no caso de Medicina, seis anos) e oferecem uma formação direcionada.

Os cursos de “título específico” levam a graus acadêmicos designados diretamente pela profissão estudada, ao passo que os bacharelados confe-rem o título genérico de bacharel.

A Resolução CNE/CES nº 4, de 7 de novembro de 2001, que instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina, dis-

pôs, no seu art. 1º, sobre “Graduação em Medicina”, e, no seu art. 4º, sobre a “formação do médico”. No art. 1º, não há menção alguma ao vocábu-lo “bacharelado”, enquanto o art. 4º destaca claramente que a titulação conferida é “MÉDICO”.

Ao regular o Curso de Odontologia, o CNE fala na “formação do Cirurgião Dentista”, tampouco referindo-se a “bacharel”.

Já quando normatiza o curso de graduação em Direito, o CNE refe-re “Curso de Graduação em Direito, Bacharelado”, e “curso de gradua-ção em Direito”, respectivamen-te. Há expressa referência ao termo “Bacharelado”, não havendo, de outra sorte, a titulação de “advogado”. Da mesma forma, refere “Ciências Contábeis, bacharelado” e “curso de graduação em Ciências Contábeis”, para este curso.

Há uma distinção muito clara entre os cursos de bacharelado e os cursos de “títu-los específicos”. E, no caso da Medicina, a titulação do formado é de MÉDICO, e não de bacharel em Medicina.

Há um descompasso entre a expe-dição de diplomas com a titulação “Bacharel em Medicina”, e a Resolução CNE/CES nº 4, de 07/11/01, quando o chamado “bacharel”, na verdade, é MÉDICO, que após sua regular inscri-

ção no respectivo Conselho de Medicina de sua jurisdição, está plenamente apto ao exercício profissional.

A mudança para “Bacharel em Medicina” nos diplomas, quando não há previsão legal desta alteração, viola o Princípio da Igualdade, previsto no art. 5º da Constituição Federal de 1988. O conceito de justiça exige que se trate desigualmente os desiguais, na medida de sua desigualdade, vedando-se, entretanto, as discrimina-ções arbitrárias, as absurdas. Os crité-rios de diferenciação devem ser alber-gados pelo ordenamento jurídico.

E os critérios no que tange aos for-mados em medicina são os previstos na Lei 3.268/57, que criou os Conselhos de Medicina, e nas Resoluções do CNE. Não houve alteração nas exigên-cias para o exercício da medicina após 1957, quando da edição da referida lei. O médico formado no Brasil precisa ter sido diplomado em Graduação de Medicina reconhecida pelo Ministério da Educação e apresentar a documen-tação elencada a fim de inscrever-se nos Conselhos Regionais – não há qualquer exigência de provas.

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outubro/20088 CREMERS

Encontro dos Conselhos em Brasília

Participação

O II Encontro Nacional dos Conselhos Regionais de Medicina 2008 chegou ao fim no dia 10 de outubro, na sede do CFM em Brasília, com a discussão da Troca de Informações em Saúde Suplementar (TISS). A adesão obrigatória ao sistema, que entrará em funcionamento em 1º de dezembro, determina-da pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), é contrariada pelo CFM, que defende a liberdade de opção do médico. Além disso, a necessidade de informatiza-ção e implantação do sistema nos consultórios oneraria o médico em despesas admi-

nistrativas e operacionais.No dia anterior, o tema foi a

revalidação do diploma expe-dido no exterior. Foi defendida uma prova unificada de reva-lidação como comprovação de que o médico está apto a responder às necessidades do sistema de saúde brasi-leiro. Atualmente, os alunos brasileiros formados em cur-sos de graduação no exte-rior precisam validar o diplo-ma em universidade pública do Brasil para que possam exercer a profissão. Esse pro-cesso de avaliação varia de acordo com a instituição. Na ocasião, o deputado federal Lelo Coimbra (PMDB-ES) foi

homenageado numa cerimô-nia de agradecimento por seu projeto contrário à revalida-ção automática de diplomas estrangeiros.

A pauta incluiu, também, a política de recursos humanos do governo. Os conselheiros alertaram que no Brasil ainda não estabeleceu uma política

de estímulo à interiorização do médico, de desconcentração do profissional especializado, do profissional que atenda, de fato, às necessidades maiores da população, que envolve, inclusive, o médico da família, forçando a uma superconcentração e uma distribuição inadequada.

Presidente do CFM, Edson Andrade, presidiu o encontro

No dia 12 de setembro, o Conselho Federal de Medicina (CFM)publicou Nota de Desagravo aoDr. Marco Antônio Becker, alvo deacusações infundadase levianas duranteo processo eleitoralno Cremers.

O Conselho Federal de Medicina (CFM), diante das acusações veiculadas durante o período eleitoral do CREMERS nos jornais de grande circulação do Estado do Rio Grande do Sul contra o Dr. Marco Antônio Becker, Presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado e Conselheiro deste CFM, vem a público:• DesagravaroDr.MarcoAntônioBecker,considerandoquejamaisfoicondenadona

Justiça Federal ou Estadual e que as acusações carecem de fundamento, uma vez que todas as prestações de contas do CREMERS foram aprovadas pelo CFM e julgadas regulares pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O Tribunal Regional Eleitoral, à época, também decidiu por unanimidade em seu favor.• Portanto,oDr.MarcoAntônioBeckerémerecedordomaiselevadoapreçoeconsi-

deração pela sua ilibada conduta e pelos relevantes serviços prestados à classe médica e às sociedades gaúcha e brasileira.

Brasília, 12 de setembro de 2008

NOTA DE DESAGRAVO AO DR. MARCO ANTÔNIO BECKERA PEDIDO

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outubro/2008 9CREMERS

Homanagem

Cremers saúda médicos gaúchos

Cremers informa: 18 de outubro, Dia do Médico. Proliferação de escolas médicas, falta de condi-ções de trabalho, baixa valorização profissional e ausência de um plano de carreira no Sistema Público de Saúde. São problemas que os médi-cos enfrentam há muito tempo. Nada disso, po-rém, impede que o médico continue exercendo a Medicina com ética e responsabilidade em be-nefício de sua razão de ser: o paciente.

O Dia do Médico foi destacado pelo Cremers, que não deixou o dia 18 de outubro passar sem homenagear a classe médica gaúcha, reco-nhecida no país e no exterior. Nos principais jornais foram publicados um anúncio elabora-do pela agência Plenna e uma mensagem insti-tucional de saudação aos médicos, que apesar de todas as dificuldades seguem mantendo elevado nível de credibilidade e de respeito na sociedade. Também foram divulgados textos alusivos à data em emissoras de rádio.

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outubro/200810 CREMERS

Integração

Equivalência de formação deespecialidades médicas no Mercosul

O Cremers sediou, em 16 de setem-bro, uma reunião com representan-tes da Comissão de Integração dos Médicos do Mercosul (CIMS). A ocasião tratou da proposta que pretende tornar equivalente a formação de especialida-des médicas nos países do Mercosul, começando com Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Clínica Médica, Cirurgia e Medicina de Família.

O atual vice-presidente do Cremers e presidente da Confederação Médica Latino-Americana e do Caribe (Confemel), Marco Antônio Becker, diz que “ficou decidido que o modus operandi de cada país para a inscrição de médicos será respeitado”. Afirmou, ainda, que a matriz mínima seria coordenada pelos respecti-vos Ministérios da Saúde.

A reunião contou também com as presenças de Nestor Belzarena, coor-denador da CIMS; Dianela Parra e Olga Machado, da Federação Médica da Venezuela; Carlos Mosteje, do

Sindicato Médico do Uruguai; José Roberto Murisset, da Fenam; e dos diretores do Cremers Ismael Maguilnik, Antônio Celso Ayub e Joaquim José Xavier.

Reunião no Cremers contou com representantes da Venezuela e Uruguai

Parecer sobre Exame PericialA Câmara Técnica de Cirurgia Plástica

do Cremers, no intuito de esclarecer os médicos e a população sobre o correto andamento das perícias médicas, soli-citou à direção do Conselho, através da Coordenação Geral de CTs, ampla divulgação sobre as normas que delimi-tam a permanência de profissionais não-médicos (advogados) no ambiente da perícia médica. De acordo com parecer 97, emitido em dezembro de 2006 pela Câmara Técnica de Perícias Médicas, o exame pericial é um ato exclusivamente

médico, implicando no sigilo, que é um dos pilares da profissão.

Diante disso, o parecer afirma que advogados não podem acompanhar o momento da perícia por se tratar de ocasião em que a coleta de dados do periciando pode revelar informações de foro íntimo, comprometendo a integridade do sigilo médico.

Somente em situações em que o auxílio de um acompa-nhante seja imprescindível, a critério do médico para a ela-

boração do laudo, é permitida a presen-ça de terceiros no momento da perícia médica.

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outubro/2008 11CREMERS

Ajuris debate Sigilo profissional

A Associação dos Juízes do RS (Ajuris) realizou, no dia 17 de setem-bro, um fórum multiprofissional sobre a importância do sigilo em diversas áreas de atuação – advocacia, jornalis-mo, sacerdócio e medicina. O evento aconteceu no auditório da Ajuris e foi assistido por profissionais das diferentes áreas e outros interessados.

Com enfoques próprios a cada car-reira, os participantes concordaram que o sigilo é necessário para proteger a intimidade e a integridade do indivíduo. O presidente da Ajuris, Carlos Marchionatti, citou o caso dos grampos telefônicos no Supremo Tribunal Federal. "Justifica-se que façamos os esclarecimentos pos-síveis à população, chamando atenção para a importância do sigilo e do exercí-cio profissional-ético". O desembargador refletiu, ainda, que "se o juiz pudesse dei-tar falação sobre o conteúdo do processo ou sobre as partes envolvidas, o processo deixaria de ser um instrumento de paci-ficação dos conflitos para se transformar num falatório, corrompendo a imparciali-dade e a independência judiciais".

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional RS (OAB/RS), Cláudio Lamachia, falou sobre a lei que garante a inviolabilidade do escritó-rio de advocacia. “A invasão de um escri-tório de advocacia representa o Estado policial em busca de provas contra o cidadão. Quando um segredo advoca-tício é violado, não é o advogado que está sendo prejudicado, mas a parte que ele representa e, possivelmente, seus familiares e conhecidos."

Representando o Cremers, o ex-pre-sidente Marco Antônio Becker alertou: “A partir do momento em que não existe privacidade, acaba o indivíduo”. Becker informou que o sigilo médico não é absoluto, pois pode ser quebrado por justa causa ou dever legal, mas somente no que toca aos fatos da investigação: “O prontuário médico do paciente não pode ser divulgado sob nenhuma cir-cunstância, pois pode conter informa-ções sobre outras pessoas, como em casos de histórico de doença familiar. Não se pode, na tentativa de esclarecer um crime, cometer outro”.

“O prontuário médico

do paciente não pode ser

divulgado sob

nenhuma circunstância,

pois pode conter

informações sobre outras

pessoas, como em casos

de histórico de doença

familiar. Não se pode, na

tentativa de esclarecer um

crime, cometer outro.”Dr. Marco Antônio Becker

A Ajuris promoveu fórum multiprofissional sobre a importância do sigilo na atividade profissional

Atualização

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outubro/200812 CREMERS

Exercício Profissional

Regulamentação do trabalho médico em cooperativas

Está em tramitação na Câmara o Projeto de Lei 3711/08, do deputado Rafael Guerra (PSDB-MG), que regulamenta o exercício da atividade das cooperativas de profissionais de saúde de nível superior (médicos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólo-gos e odontólogos).

Segundo o projeto, não haverá vínculo empregatício entre o profissional de saúde

cooperado e o

estabelecimento contratante (hospital ou clínica), desde que o profissional tenha liberdade de se fazer substi-tuir na escala de atendimen-tos por outros cooperados. A substituição do coopera-do em determinada esca-la deverá ser precedida de comunicação formal ao esta-belecimento, em prazo pre-viamente estabelecido pelo

contratante.O deputado ressalta

que o pres-

tador do serviço é sócio da cooperativa, sem nenhum vínculo empregatício – seja com a cooperativa ou com o tomador do serviço – e, portanto, não tem qualquer direito trabalhista. "Cada pro-fissional é um associado, e não um empregado", diz o parlamentar.

Guerra afirma que o pro-jeto é necessário porque o tema é controverso no âmbi-to do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) quan-to ao vínculo entre médicos e entidades, para efeito de incidência da contribuição previdenciária.

De acordo com o projeto, também não será reconhe-

cido o vínculo trabalhista nos seguintes casos:

- do profissional médico que utiliza

um estabelecimen-to de saúde aberto para a internação ou atendimen-

to de seus pacientes, remunerando esse esta-belecimento pelo uso direto da estrutura pelo paciente ou por seu con-

vênio ou seguro saúde;- do profissional médico

integrante de corpo clínico fechado de estabelecimento de saúde que não recebe

remuneração proveniente desse estabelecimento, mas sim diretamente do paciente, dos convênios, dos segu-ros de saúde ou do Sistema Único de Saúde (SUS).

A proposta estabelece que o SUS terá de adotar as providências necessá-rias para que o valor dos honorários seja previamente discriminado nas tabelas de procedimentos. O SUS tam-bém deverá adotar as provi-dências para que esse valor seja creditado diretamente na conta do profissional que assim o solicitar.

Proposta do

deputado

Rafael Guerra

(PSDB-MG) prevê

medidas que

regulamentam

o trabalho das

cooperativas dos

profissionais

de saúde.

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outubro/2008 13CREMERS

Proposta a criação do Fórum Permanente Interinstitucional das Entidades Médicas

Em uma reunião realizada no dia 8 de setembro no Cremers, foi proposta a cria-ção do Fórum Permanente Interinstitucional das Entidades Médicas. A idéia de criação do grupo, que será um novo canal de lutas em defesa do trabalho médico, foi elabora-da pela diretoria do Cremers em conjunto com o presidente do Simers e da Fenam, Paulo de Argollo Mendes, e com o presi-dente eleito da Amrigs, Dirceu Rodrigues. A reunião que decidiu pela criação do Fórum teve também as presenças do atual presidente, Cláudio Franzen, e dos dire-tores da entidade, Marco Antônio Becker, Fernando Matos, Ismael Maguilnik, Régis Porto, Joaquim José Xavier, Antônio Celso Ayub, Rogério Aguiar e Iseu Milman.

Principais metas do Fórum Permanente

Melhores honorários para os médicos, com mobi lização por reajuste na tabela do SUS e também lnos planos privados de saúde. Implantação de plano de carreira para os médicos do SUS. Mais investimento na área da saúde. Regulamentação da Emenda 29. Combate à abertura de novas faculdades de medicina. Aprovação da Lei do Ato Médico. Intensificação do combate ao exercício ilegal da medicina.

União

Cremers, Amrigs e Simers irão estreitar ainda mais as relações

As entidades médicas já estiveram juntasem diversas ações, como na manifestação contra o diploma de bacharel. Na foto, o

presidente do Cremers, Cláudio Franzen (D), Maria Rita de Assis Brasil, na condição de

presidente em exercício do Simers; eDirceu Rodrigues, presidente da Amrigs.

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outubro/200814 CREMERS

O subcorregedor do Cremers, Joaquim José Xavier, parti-cipou como testemunha de defesa da Prefeitura Municipal de Porto Alegre em ação judicial (processo 01/1.07.0268730-1) envolvendo a atividade de optometria na Capital.

Um optometrista teve negado o pedido de alvará para exercer sua atividade em Porto Alegre e entrou com recur-so contra o Município. A Procuradora Cláudia Padaratz, que atua no caso, solicitou a manifestação do Cremers sobre o assunto.

Ao participar da audiência na 3ª Vara da Fazenda Pública do Foro Central, perante o Juiz Martim Scholze, Xavier utili-zou todo seu conhecimento sobre oftalmologia para mostrar a importância de um exame acurado dos olhos para a saúde como um todo e os requisitos necessários para isso, desde a formação profissional, que requer nove anos de estudo.

- Enfatizei que é fundamental um exame total, que só o oftalmologista está habilitado a fazer, não se limitando ao

exame de refração. Este serve basicamente para verifi-car o grau. Com o exame de fundo de olho, com equi-

pamentos de uso privativo do oftalmologista, é possível cons-tatar doenças como glaucoma, diabete, hipertensão arterial, degeneração da retina e catara-ta. Problemas que o exame de refração não detecta.

O advogado Flávio Winckler, do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e da Sociedade Oftalmológica do RS, acompa-nhou o depoimento do repre-sentante do Cremers.

Justiça

Optometria: Cremersparticipa de ação judicial

Dr. Joaquim José Xavier

Já está disponível a todos os médi-cos e operadoras de planos de saúde a 5a edição da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Mé-dicos (CBHPM), publicada pela Associa-ção Médica Brasileira (AMB), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam).

O novo volume, que entrou em vigên-

cia no dia 18 de outubro de 2008, possui 4.150 procedimentos médicos, dos quais 3.625 estão contidos também no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da ANS (Resolução Normativa ANS 167/2008). Além disso, todas as alterações e exclusões aprovadas pela Câmara Técnica da CBHPM e editadas por meio de resoluções norma-tivas estão agora listadas.

Lançada 5a edição da CBHPM

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outubro/2008 15CREMERS

Fiscalização

Hospital de Taquara permaneceinterditado até assinatura de TAC

Em reunião realizada com represen-tantes da administração do Hospital de Caridade de Taquara no dia 22 de outubro no Cremers, foi decidido que a interdição ética será parcialmente levantada quan-do for assinado umTermo de Ajuste de Conduta (TAC). De acordo com o primei-ro-secretário do Cremers, Dr. Fernando Matos, o Termo deve levar cerca de 30 dias para ser elaborado, e será assinado também pela Promotoria de Justiça de Taquara, pela Prefeitura de Taquara e pela Vigilância Sanitária. “É preciso também recolher toda a documentação dos médi-cos que trabalharão no local, além de veri-ficar a adequação de pessoal e estrutura que será liberada em primeiro lugar."

O diretor técnico do hospital, Renato Fagondes, afirma que a ação do Conselho foi decisiva para precipitar a solução do impasse. “A partir dessa atu-ação houve um envolvimento do gover-no do Estado através do convênio firma-do com o Grupo Mãe de Deus, criando

novas expectativas para que o hospital passe a atender como um estabeleci-mento regional de média complexidade, suprindo a carência da região."

O administrador Sérgio Machado, representante do Grupo Mãe de Deus, concorda ao afirmar que “o papel do Cremers foi preponderante nesta nego-

ciação para que pudéssemos atingir o objetivo de transformar o hospital em refe-rência nas clínicas básicas e, futuramen-te, em outras especialidades. A abertura só depende agora de cumprir algumas determinações do Conselho e de nos reu-nirmos com os médicos e a diretoria do hospital para elaborar esse TAC”.

Termo de Ajuste de Conduta deve ser concluído em cerca de 30 dias

• Ausência de Alvará de Saúde.• Sinais de deterioração na área físicado Bloco Cirúrgico.• Carência de profissionais de enfermagem.• Sobrecarga de trabalho para osmédicos plantonistas.• Na escala da obstetrícia do mês de maio de 2008, havia um único médico plantonistadesignado para 29.

• Plantões de 24 horas acumulando plantões noturnos da urgência e emergência.• Não havia escalas de plantonistas nas especiali-dades de anestesiologia, traumatologia e pediatria.• Atuação irregular de empresas na instituição sem o respectivo registro no Cremers.• Os prontuários dos casos obstétricos analisados não apresentavam descrição cirúrgica dosprocedimentos.

Principais irregularidades constatadas pelo Cremers no hospital

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outubro/200816 CREMERS

Cremers renovado para seguir na defesa ética do trabalho médico

O Corpo de Conselheiros, eleito em 16 de setembro, a nova diretoria e os novos dirigentes das Delegacias Seccionais do Cremers tomaram posse em cerimônia solene no dia 1º de outubro, na sede do Conselho. O evento foi prestigiado por autoridades dos setores público e enti-dades representativas da sociedade. O fisiatra Cláudio Balduíno Souto Franzen assumiu como presidente, em eleição realizada pelo novo quadro de conselhei-ros durante reunião plenária extraordiná-ria. Também assumiram seus cargos os novos diretores da entidade para os pri-meiros 20 meses da gestão 2008/2013.

O presidente Cláudio Franzen iniciou seu discurso lembrando que ingressou no Cremers em 1973, observando que desde então trabalha pelo “fortalecimento da ins-tituição, pelo exercício ético da Medicina, mas, fundamentalmente, pela valorização do médico”. Salientou que o Cremers faz parte de sua “trajetória de cidadão e pro-fissional” e que os desafios hoje são ainda maiores do que em outros tempos.

“O médico hoje, mais do que nunca, sofre com as mazelas do sistema, não raras vezes se sujeitando a uma remune-

ração indigna e péssimas condições de trabalho. Por vezes, é vítima de agressões morais e até mesmo físicas. No entanto, não descura do seu dever de prestar assis-tência ao paciente e de exercer seu ofício com zelo e dignidade”, frisou Franzen.

O presidente do Cremers passou, então, a desfiar uma série de problemas que atingem o trabalho médico e pre-judicam a assistência de saúde, como “as péssimas condições que apresen-tam os hospitais públicos e filantrópicos e a baixíssima remuneração repassada pelo poder público para as despesas médicas no âmbito do SUS”.

Mercantilização da medicinaFranzen destacou a tentativa de

mercantilização da Medicina com o surgimento de empresas que oferecem financiamento para atos médicos na área da cirurgia plástica, “numa brutal ameaça ao mais sagrado na nossa atividade profissional, que é a relação médico-paciente”.

A proliferação de cursos de medi-cina, que hoje chegam a 175 no país e onze no Estado, também foi alvo de

pesada crítica: “Como se não fosse de conhecimento público que o problema da saúde pública no Brasil não estabe-lece nenhuma relação com o número de médicos”. Informou que o país é o segundo no mundo em número de escolas médicas, superado apenas pela Índia. Franzen acentuou: “É imperioso persistirmos no combate ao surgimen-to de novas faculdades de Medicina, mesmo que para tanto seja indispensá-vel recorrer ao poder Judiciário”.

Da mesma forma, criticou os artifícios usados por médicos formados no exte-rior, que se apóiam em liminares para não revalidar o diploma, contrariando a legislação, e, assim, “colocando em claro risco a saúde públi-ca”. Atacou, ainda, o “privilégio que se pre-tende conceder aos médicos formados em Cuba, desobrigan-do-os do exame de revalidação de diploma exigido de

Precisamos nos fortalecer como instituição, sempre tendo a valorização do prof issional da medicina como nosso objetivo primeiro.

Cláudio Balduino Souto FranzenPresidente do Cremers

O novo presidente, Cláudio Franzen, e Conselheiros, eleitos em setembro,tomaram posse em cerimônia realizada dia 1º de outubro na sede do Cremers

GESTÃO 2008-2013GESTÃO 2008-2013

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outubro/2008 17CREMERS

Cremers renovado para seguir na defesa ética do trabalho médico

todos os médicos formados no exterior, brasileiros ou não”.

“Precisamos nos fortalecer como insti-tuição para administrar com competência esta e outras questões de igual relevo. Sempre tendo a valorização do profis-sional da medicina como nosso objetivo primeiro”, comentou, ressaltando que a união das entidades médicas será cada vez mais decisiva e fundamental.

Valorização do trabalho médicoNesse sentido, Franzen afirmou que é

preciso “continuar a luta política para cria-ção de um plano de carreira para os médi-cos do SUS, para que esses profissionais possam exercer a Medicina de forma digna. Para tanto, justamente remunera-dos pelos relevantes serviços que prestam

no âmbito da saúde pública”.Enfatizou que o SUS está sempre no

foco do Cremers: “É nosso dever manter uma posição firme e intransigente em prol da reformulação da tabela SUS e do resgate das estruturas físicas e de pessoal dos hospitais públicos e filan-trópicos, para que a Medicina possa ser exercida com qualidade e eficiência, beneficiando a todos, pacientes e médi-cos. Lutemos, também, por uma verda-deira reformulação do SUS, para que o médico seja o sujeito principal, e não um mero coadjuvante que acaba sofren-do de forma solitária as conseqüências negativas da crise do sistema de saúde”. Outro ataque à Medicina será enfrentado com disposição pelo Cremers, conforme deixou evidente o presidente Franzen:

“Não podemos tolerar essa afronta à verdade histórica e legal que é a portaria do Ministério da Educação instituindo a titulação de Bacharel em Medicina. Essa decisão nada acrescenta à formação médica e desperta dúvidas sobre o que há por trás de tão inoportuna e arbitrária medida. Exigimos a volta do título de médico aos acadêmicos formados nas escolas de Medicina do País”.

A valorização do exercício qualificado da Medicina será uma das metas prin-cipais. Franzen defendeu a “residência médica como única forma de prepara-ção de especialistas”. E manifestou que o Cremers fará todo o empenho para apoiar os jovens médicos e os residen-tes, “que sabidamente passam por difi-culdades naturais no início de carreira”.

Novo Corpo de Conselheiros conta com 15 novos integrantes em relação ao da gestão anterior

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outubro/200818 CREMERS

Convidados manifestaram apoio às lutas da classe médica

O evento de posse do novo Corpo de Conselheiros e de dirigentes das Delegacias Seccionais contou com a participa-ção de representantes de importantes entidades e instituições da sociedade gaúcha, todos manifestando apoio à nova dire-toria e suas lutas em defesa do exercício ético da medicina.

A vice-presidente do Simers, Maria Rita de Assis Brasil, representando o presidente Paulo de Argollo Mendes, enfa-tizou a importância da união das entidades médicas. “O Fórum Permanente das Entidades Médicas vai formalizar essa união em busca de ideais comuns."

Representando a Amrigs, o ex-presidente Newton Barros falou no mesmo tom. "A integração cada vez maior entre a Amrigs e o Cremers será sempre nosso objetivo. Vamos tra-balhar em benefício da saúde da população e da medicina do nosso Estado."

O juiz de direito Renez Trindade, representando o Tribunal de Justiça do Estado, salientou: “O Tribunal tem ciência das dificuldades do médico hoje no trabalho pela saúde, bem maior de qualquer cidadão. Esperamos que a classe política possa dar melhores condições de trabalho ao médico e de assistência à população".

O deputado federal Germano Bonow desejou sucesso aos novos dirigentes e afirmou que o Cremers é mesmo a casa dos médicos gaúchos. E voltou a defender mudança na política de saúde mental no País: “Urge uma revisão dessa política. Essa é uma luta que venho mantendo há muito tempo em Brasília".

O presidente do Sindicato Médico de Caxias do Sul, Marlonei Silveira dos Santos, focou as lutas da classe médica. “Devemos questionar a política de saúde como um todo e lutar por melhorias no sistema, a começar pela criação de um plano de cargos e salários, como piso salarial digno aos médicos."

O desembargador Carlos Cini Marchionatti, presidente da Ajuris, fez questão de dizer que sentia em casa. “Minha família é formada por médicos. Portanto, é uma imensa honra estar aqui representando os juízes, que têm enorme admiração pelos médicos. Nas pessoas do Dr. Becker e do Dr. Franzen, pelo trabalho que vêm fazendo, a todos os médicos, os cum-primentos dos juízes de Direito do Rio Grande do Sul."

GESTÃO 2008-2013GESTÃO 2008-2013

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outubro/2008 19CREMERS

Presidente: Cláudio Balduíno Souto FranzenVice-presidente: Marco Antônio BeckerPrimeiro secretário: Fernando Weber MatosSegundo-secretário: Ismael MaguilnikTesoureiro: Isaias LevyCorregedor: Régis de Freitas PortoSubcorregedor : Joaquim José XavierDiretor do Departamento de Fiscalização:Antônio Celso AyubCoordenador da Ouvidoria:Ércio Amaro de Oliveira FilhoCoordenador das Câmaras Técnicas:Rogério Wolf de AguiarCoordenador de Patrimônio: Iseu Milman

A cerimônia foi conduzida pelo vice-presidente eleito, o ex-presidente Marco Antônio Becker. A mesa foi compos-ta ainda pela conselheira decana Céo Paranhos de Lima, presidente Cláudio Franzen, Newton Barros (presidente da Amrigs), Maria Rita de Assis Brasil (vice-presidente do Simers), Marlonei Silveira dos Santos (presidente do

Sindicato Médico de Caxias do Sul), deputado federal Germano Bonow, pelo juiz Rinez Trindade (representando o presidente do Tribunal de Justiça do RS, Desembargador Armínio Abreu Lima da Rosa), desembargador Carlos Cini Marchionatti, presidente da Ajuris, Dr. Paulo Roberto Azambuja (diretor do Hospital de Pronto Socorro, represen-

tando o Prefeito de Porto Alegre), e João Pedro Marques Pereira (Academia Sul-Rio-Grandense de Medicina).

Foram homenageados os conselhei-ros que encerraram sua contribuição para o Cremers e também os integran-tes da Comissão Eleitoral, Drs. La Hore Correa Rodrigues, Airton Malinksy e Dirceu Rodrigues.

Autoridades prestigiaram o evento

A nova Diretoria do Cremers

Solenidade contou com representantes de entidades municipais, estaduais e federais

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outubro/200820 CREMERS

Becker destaca união dasentidades médicas

"É com alegria que vejo, ao final da gestão, que conseguimos a união pétrea das entidades médicas. E é importante essa união, porque tem gente sempre determinada a explorar e a manchar a classe médica. O resultado dessa união foi o Movimento mais Saúde para o SUS, que reuniu milhares de pessoas no centro de Porto Alegre.

Devemos continuar lutando contra a abertura de novas faculdades de Medicina. Hoje, temos 370 mil médicos no País. Muitos saem despreparados. Existem cursos que nem possuem hos-pital. Essa é uma luta que sei que o Franzen vai seguir e até reforçar. Sou contra o exame no final do curso de Medicina. Mas a favor de uma ava-

liação externa durante o curso, tanto de alunos como de professores. Se a faculdade não tiver índices satisfatórios, deve fechar. É preciso lutar também contra a intromissão de não-médicos na Medicina e buscar a aprovação da lei do médico, algo que outras profis-sões já conquistaram. Precisamos de um plano de carreira para os médicos, a exemplo do que existe para os juízes, como forma de interiorizar o médico.

Para concluir, quero perdoar aque-les que, de forma vil, tentaram me atingir durante o processo eleitoral. Em boa hora, o CFM publicou nos jornais um desagravo contra as acusações, as calúnias e infâmias proferidas contra mim. A classe médica felizmente enten-deu e acreditou em nosso trabalho nes-ses anos todos, nos reconduzindo para mais uma gestão”.

Evento lotou o anfiteatro do Cremers

GESTÃO 2008-2013GESTÃO 2008-2013

A Dra. Céo Paranhos de Lima, decana do Cremers, conduziu a reunião de posse administrativa do Corpo de Conselheiros para o período 2008-2013, que tem entre seus novos integrantes Paulo Amaral, coordenador do Núcleo do Jovem Médico da entidade.

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outubro/2008 21CREMERS

Alberi Nascimento Grando Especialista em Homeopatia Pediátrica.

Foi por duas vezes secretário de Saúde de Passo Fundo. É conselheiro do Cremers

desde 1998. Formado pela UCPEL em 1974

Antonio Celso Koehler Ayub Prof. adjunto do depto. de Ginecologia e Obstetrícia da UFCSPA. Coordenador e

preceptor da RM em gineco-obstetrícia da universidade. Formado na UFRGS em 1962

Arthur da Motta Lima NettoPsiquiatra e Médico do Trabalho.

Coordenador do Grupo de Saúde Mental e Trabalho da Sociedade de Psiquiatria do RS;

Estágio na Universidade de Milão (Itália).

Céo Paranhos de Lima Fundadora da FUC (Fundação Universitária de Cardiologia) - Instituto de Cardiologia do RS e do depto. de Cardiologia Pediátrica da

SBC. Formada pela UFRGS em 1959

Claudio André Klein Secretário da Unimed Vales do Taquari e Rio Pardo - VTRP (1988). Diretor técnico

do Hospital Bruno Born de Lajeado. Formado pela UFRGS em 1983

Gestão 2008-2013novo Corpo de Conselheiros

Clotilde Druck GarciaMestre em Nefrologia e doutoranda em

Clínica Médica. Professora de Nefrologia da Universidade Federal de Ciências da Saúde

de P.A. Formada pela UFRGS em 1977

Dirceu de Araújo RodriguesEspecialista em Medicina do Trabalho.Residência em Urologia. Pós-Graduado

em Medicina do Esporte. Ex-Presidente da Sociedade Gaúcha de Medicina do Trabalho.

Douglas Pedroso Ex-diretor e atual professor de Urologia, Bioética e Responsabilidade profissional do médico na Faculdade de Medicina da

UPF. Formado pela UPF em 1976

Enio Rotta Professor adjunto do depto. de Pediatria da UFRGS. Ex-presidente da Sociedade

de Pediatria/RS. Pós-Graduado em Adm. Hospitalar. Formado pela UFRGS em 1963

Ércio Amaro de Oliveira Filho Diretor de exercício profissional da Amrigs. Médico Neonatologista do Fêmina e chefe do serviço de Pediatria do Mãe de Deus.

Formado pela PUCRS em 1986

Euclides Virissimo Santos Pires Atual auditor da Unimed Erechim e diretor da Unicred Erechim. Atuação em hospitais

de Erechim, além da Perícia Médica do INSS. Formado na UFSM em 1974

Cláudio Balduino Souto FranzenPresidente do Cremers de 1980 a 1988. Atual conselheiro suplente do CFM. Vice-

presidente da AMB na gestão Mauro Cardoso. Formado pela UFRGS em 1965

outubro/2008 21CREMERS

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outubro/200822 CREMERS

Isaias LevyTitular da Soc. Brasileira de Ortopedia e

Traumatologia. Foi secretário e fundador da Sociedade Gaúcha da Especialidade. Formado

na Fac. Católica de Medicina em 1968

Iseu Milman Pós-graduado em administração hospitalar pelo IAHCS. Foi presidente e membro do

Conselho Consultivo da Sogamt. Formado pela UFRGS em 1974

Ismael Maguiilnik Chefe da unidade de Endoscopia Digestiva do HCPA. Foi presidente da Soc. Bras. e da Sociedade Interamericana de Endoscopia Digestiva. Formado pela UFRGS em 1973

Izaias Ortiz Pinto Professor titular de Patologia da UFPEL.

Médico legista concursado e aposentado. Foi presidente da Soc. de Medicina de Pelotas. Formado na UFRGS em 1965

Jefferson Pedro Piva Chefe Associado da UTI pediátrica do H. São Lucas e da Emergência Pediátrica

do HCPA. Professor adj. da PUCRS e da UFRGS. Formado pela FFFCMPA em 1978

João Alberto Larangeira Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Trabalha no

Hospital da BM de Santa Maria e no Hospital da UFSM. Formado na UFSM em 1976

Joaquim José Xavier Membro titular do Conselho Brasileiro

de Oftalmologia. Atual subcorregedor do Cremers. Pertence ao corpo clínico da

Santa Casa. Formado pela UFRGS em 1971

Jorge Luiz Fregapani Foi presidente da Sociedade Brasileira de

Clinica Médica/RS. Diretor do Departamento de Perícias Médicas do Rio Grande do Sul.

Formado pela FFFCMPA em 1980

Magno José Spadari Especialista em Cirurgia Geral e

Pediátrica. Mestre em Ciências da Saúde. Professor de Medicina Legal (Direito e Medicina) da FURG. Formado pela

FFFCMPA em 1974

Léris Salete Bonfanti Haeffner Coordenadora do curso de Medicina da

UFSM. Doutorado na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Atuação no Hospital da

UFSM. Formada pela UFSM em 1982

Luciano Bauer Gröhs Presidente da AMR do RS em 2003 e 2004. Sócio-fundador do Grupo de Estudos e Atualização em Medicina

Hospitalar. Formado pela UFPEL em 2000

Luiz Alexandre Alegretti Borges Presidente da Associação Brasileira Medicina

de Emergência. Coord. técnico das UTIs Adulto do Hospital Conceição (HNSC - GHC).

Formado pela UFPEL em 1979

Luiz Carlos Bodanese Especialista em cardiologia pela SBC. Professor regente de Cardiologia da

Faculdade de Medicina da PUCRS, da qual foi diretor. Formado pela PUCRS em 1975

Luiz Carlos Correa da Silva Mestre e doutor em Pneumologia pela

UFRGS. Professor da UFRGS, UFCSPA e UPF. Chefe do serviço de Pneumologia da

Santa Casa. Formado pela UFRGS em 1969

outubro/200822 CREMERS

Isabel Helena Halmenschlager Integrante do corpo clínico dos Hospitais Santa Cruz e Ana Nery de Santa Cruz do

Sul. Mestre em Desenvolvimento Regional pela Unisc. Formada na UPF em 1984

Fernando Weber Matos Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões.

Prof. adjunto de Cirurgia da Ulbra. Foi superintendente do Grupo Hospitalar

Conceição. Formado pela UFRGS em 1971

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outubro/2008 23CREMERS

Mário Antonio Fedrizzi Membro do CBC. Coordenador do programa de Residência Médica em Cirurgia Geral do Hospital Nossa Senhora da Pompéia, Caxias

do Sul. Formado pela UCS em 1976

Mauro Antonio Czepielewski Mestre e doutor em Endocrinologia e Clínica Médica pela Escola Paulista

de Medicina. Diretor da Faculdade de Medicina da UFRGS. Formado pela

FFFCMPA em 1978

Newton Monteiro de Barros Presidente da Amrigs de 2002 a 2008. Mestre em Clínica Médica pela UFRGS. Presidente da Sociedade Brasileira para

Estudo da Dor. Formado na FURG em 1974

Paulo Amaral Residência médica em Cirurgia Geral

e Urologia no Hospital Conceição. Presidente da Associação Nacional

dos Médicos Residentes. Formado pela FFFCMPA em 2002

Paulo Henrique Poti Homrich Médico contratado do HCPA desde janeiro

de 1991, trabalha com a preceptoria de médicos residentes em Anestesiologia.

Formado pela UFRGS em 1987

Philadelpho Gouveia Filho Membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia. Primeiro delegado da Delegacia do Cremers Cruz Alta. Formado pela FEM

São José do Rio Preto/SP em 1974

Raul Pruinelli Especialista em Cirurgia Geral

Coordenador da Residência em Cirurgia Geral e Oncologia Cirúrgica do HNSC. Presidente da Socigers. Formado pela

UFRGS em 1975

Régis de Freitas Porto Residência no Instituto de Puericultura e Pediatria da UFRJ e diversos títulos de atualização em Pediatria. Atua em São

Leopoldo. Formado pela UFRGS em 1959

Ricardo Oliva Willhelm Atua nos hospitais Moinhos de Vento,

Femina, HPS e Mãe de Deus Center. Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Formado pela UFRGS em 1977

Rogério Wolf de Aguiar Prof. adjunto do depto. de Psiquiatria e Medicina Legal da UFRGS. Membro

internacional da Associação Psiquiátrica Americana. Formado pela UFRGS em 1964

Silvio Pereira Coelho Chefe do serviço de RM em Ortopedia e Traumatologia do H. Independência (Ulbra). Professor do curso de Medicina da Ulbra. Formado pela FFFCMPA em 1974

Tomaz Barbosa Isolan Mestre em Urologia, prof. adjunto da UFPEL. Atuação em Pelotas na Santa Casa de Misericórdia. Assessor em DST do Min. da Saúde. Formado pela UFPEL em 1974

outubro/2008 23CREMERS

Marco Antônio Becker Formado pela UFRGS em 1973.

Oftalmologista. Presidente-fundador da Sociedade de Oftalmologia do RS. Foi presidente da Amrigs. Conselheiro do

CFM. Presidente da Confemel

Maria Lucia da Rocha Oppermann Mestre em Clínica Médica e doutora

em Epidemiologia pela Famed/UFRGS. Professora adj. e regente de internato na Famed. Formada pela UFRGS em 1980

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outubro/200824 CREMERS

Academia Sul-Rio-Grandense de Medicina elege novos integrantes

Novos acadêmicos

Em sessão realizada no dia 27 de setembro, a Academia Sul-Rio-Grandense de Medicina elegeuseus quatro novos acadêmicos: Dr. Paulo Dornelles Picon, Dr. Luiz Carlos Correa da Silva,

Dr. Cláudio Augusto Marroni e Dr. Waldir Veiga Pereira. O ato foi realizado no salão do Cremerscom a presença da maioria absoluta de acadêmicos. A posse dos novos Acadêmicosestá marcada para o dia 28 de novembro (sexta-feira), em cerimônia no Plaza Hotel.

Dr. Waldir Veiga Pereira é hematologista e oncolo-gista; assumiu a cadeira número 12 que tem como patrono Carlos Walau, e como primeiro titular Carlos Humberto Wallau.

Dr. Paulo Dornelles Picon, cardiologista, assumiu a núme-ro 31- patrono Hildebrando Westphalen, 1º titular Jorge Molz Westphalen e 2º titular Aloysio Cechella Achutti.

Dr. Luiz Carlos Corrêa da Silva, pneumologista, assumiu a cadeira de núme-ro 33, cujo patrono é Ivo Correa Meyer e o 1º titular José Carlos Costa Gama.

Dr. Cláudio Augusto Marroni, gastroenterologista, assumiu a cadeira número 57 que tem como patrono Protásio Alves e como 1º titular Edson Luzardo de Almeida.

"Para concorrer a uma das 60 cadeiras da Academia de Medicina, o candidato deve ter mais de 15 anos de formado, estar livre de processos ético-profissionais e ter prática comprovada no Estado. O médico pre-cisa também submeter seu currículo à aprovação do

plenário, quando serão avaliadas sua contribuição social e sua atividade assistencial e/ou de ensino. O título de acadêmico é vitalício e concedido mediante eleição secreta pelos membros da instituição, realizada sempre quando da vacância de uma das cadeiras."

Critérios para ingressar na Academia

Painel

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outubro/2008 25CREMERS

Posse da nova Diretoria da Amrigs

A nova Diretoria da Associação Médica do Rio Grande do Sul tomou posse no dia 11 de outubro. O médico do Trabalho Dirceu Rodrigues assumiu a presidência, com mandato até 2011, substituindo o Dr. Newton Barros.

A chapa Participação, única inscrita, obteve 642 votos válidos nas eleições do dia 28 de agosto. Além da nova dire-toria, foram empossados cinco delegados efetivos da Amrigs na AMB, cinco suplentes e 12 médicos para o Conselho de Representantes da Amrigs.

O novo grupo diretivo da Amrigs é composto por inte-grantes da antiga diretoria e também por outros médicos convidados: Renato Lajús Breda (diretor administrativo); Alfredo Floro Cantalice Neto (diretor de Finanças); Jorge Alberto Bianchi Telles (diretor do Exercício Profissional); Antonio Carlos Weston (diretor científico); Marcelo Scarpellini Silveira (diretor de Assistência e Previdência); Jair Rodrigues Escobar (diretor de Normas); Jorge Utaliz Guimarães Silveira (diretor de Relações Associativas e Culturais) e Bernardo Avelino Aguiar (diretor de Assuntos do Interior do Estado).

A relação dos delegados da Amrigs na AMB e dos conse-lheiros eleitos pode ser conferida no site:www.amrigs.org.br

Dr. Iseu Milman participou do evento

XV Jornada de Medicina do TrabalhoA XV Jornada da Sociedade Gaúcha de Medicina do

Trabalho (Sogamt) iniciou-se em 11 de setembro com uma cerimônia, no auditório da Amrigs, que reuniu profissionais e lideranças da área, entre eles, o presidente da Associação Nacional de Medicina do Trabalho, Carlos Campos, o presi-dente da Sogamt, João Cavalieri, e, representando o Cremers, o diretor de Patrimônio Iseu Milman.

As manifestações dos integrantes da mesa giraram em torno da importância da união entre os médicos da especia-lidade e da importância de eventos científicos para a atua-lização profissional. A iniciativa da jornada foi grandemente elogiada por todos.

O evento, que se estendeu por três dias, foi palco da discussão de importantes temas para a medicina do traba-lho, tais como lesões por esforço repetitivo, saúde mental, estresse, perda auditiva causada por ruído e a ética médica na especialidade.

Secretário Osmar Terra prestigiou a solenidade realizada

no dia 11 de outubro

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Legislação

I - Substâncias e MedicamentosAs substâncias incluídas nesta Portaria estão enquadradas nas Convenções Internacionais de 1961, 1971 e 1988. As substâncias e medicamentos que as contenham possuem ação sobre oSistema Nervoso Central (SNC).Sujeitos à Notificação de Receita "A" Listas A1, A2 – EntorpecentesAnestésicos gerais (injetáveis), analgésicosopióides, não opióides

Lista A3 - PsicotrópicosEstimulantes do SNC

Sujeitos à Notificação de Receita "B" Listas B1, B2 - Psicotrópicos Anorexígenos.Ansiolíticos, tranqüilizantes, anorexígenos,antidepressivos, antipsicóticos, psicostimulantes,sedativos e hipnóticos

Sujeitos à Notificação de Receita Especial Lista C2 – RetinóidesRetinóides de uso sistêmico

Sujeitos à Notificação de Receita Talidomida Lista C3 - Imunossupressores (Talidomida)Dispensação somente em estabelecimentospúblicos, atendimento ao programa de saúde

Sujeito à Receita de Controle Especial Lista C1 – Outras substâncias de controle especialAntidepressivos, antiparkinsonianos,anticonvulsivantes e antiepilépticos,antipsicóticos e ansiolíticos, neurolépticos,anestésicos gerais, antitussígenosLista C2 - Retinóides de uso tópicoLista C4 – Anti-retrovirais Lista C5 - Anabolizantes

O preenchimento inadequado de receituário tem ocasio-nado transtornos aos pacientes, que acabam por recorrer ao Conselho Estadual de Saúde (CES) para registrar o problema. O CES tem recebido denúncias de pacientes que se sentem pre-judicados em relação a receituário preenchido sem atender às

determinações da Secretária de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde. Pelo preenchimento incorreto da receita, o farmacêu-tico não pode entregar o medicamento ao paciente.

Confira o que diz o artigo primeiro da portaria SVS/MS 344/98, que possui força normativa em todo território nacional:

Portaria da Anvisa sobre preenchimento de receituário

A Portaria na íntegra está disponível no seguinte endereço:www.anvisa.gov.br/legis/portarias/344_98.htm

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outubro/2008 27CREMERS

Dr. Jorge Perrone de Oliveira, consultor jurídico do Cremers, e Dr. Magno Spadari, conselheiro da entidade

Atestado de Óbito é tema de fórum no Cremers

Um grande número de pessoas acom-panhou o Fórum sobre Atestado de Óbito, promovido pelo Cremers em 23 de setem-bro abordando os aspectos legais, éticos e formais do preenchimento do atesta-do de óbito. O evento foi aberto pelo atual vice-presidente do Cremers, Marco Antônio Becker, e pelo primeiro-secretário Fernando Weber Matos. Os dirigentes explicaram a estrutura e as funções do Conselho, citando suas bandeiras de luta e seu papel na sociedade, como a cam-panha contra a abertura indiscriminada de faculdades de medicina e a reserva de mercado. Antes de passar a palavra ao primeiro palestrante, Becker ressaltou que “não é crime não saber preencher um atestado de óbito”, em alusão à dificulda-de que a maioria dos profissionais tem com esse documento.

O primeiro palestrante foi o consul-tor jurídico do Cremers, Jorge Perrone de Oliveira, que falou sobre as impli-cações legais do mau preenchimento do atestado de óbito. Perrone citou a legislação que regula este tipo de docu-mento, como a Lei 6.015/73, que prevê a necessidade do certificado para qual-

quer sepultamento. “O médico pode ser legalmente responsabilizado por dolo ou culpa quando do preenchimento inadequado do atestado, ensejando a possibilidade de indenização por danos morais e/ou materiais. Também pode haver a acusação de crime de falsida-de, sempre doloso, que pode ser agra-vado no caso da obtenção de lucro”, frisou. O jurista lembrou, ainda, que a responsabilidade ética corre à parte das searas civil e penal, cabendo este julgamento ao Conselho profissional.

Orientações sobre preenchimentoDando seguimento ao evento, o con-

selheiro Magno Spadari esclareceu algu-mas questões sobre o preenchimento da declaração de óbito. “Os deveres do médico, nestes casos, são constatar e preencher. O médico não deve preen-cher ou assinar o atestado sem verificar pessoalmente o óbito, tomando cuida-do com a constatação dos fenômenos cadavéricos. Também recomendo que o documento seja fornecido gratuitamen-te”, disse. Segundo o conselheiro, é importantíssimo lembrar que o médico

deve afastar sinais externos de violência em caso de morte natural, anotando o fato no campo correspondente do docu-mento, e em hipótese alguma deve assi-nar a certidão em branco ou em caso de morte violenta – crimes, acidentes, etc.

Spadari ressaltou que a correta iden-tificação da causa de morte resume-se à doença ou lesão que levou ao óbito – termos como parada cardíaca, choque, asfixia não são suficientemente claros. “É preciso ter cuidados redobrados nos casos em que não há informações sufi-cientes sobre a causa da morte, em caso de morte mal explicada (morte súbita de jovem, por exemplo) e se houver suspei-ta de erro médico”. O médico abordou também os casos de morte fetal, óbito com e sem assistência clínica, morte em ambulância e o papel do médico de cidades pequenas.

Concluindo os debates, o conselheiro Antônio Celso Ayub fez uma rápida inter-venção sobre a morte de mulheres em idade fértil. “É muito importante identificar se a mulher morreu durante a gravidez, aborto ou no puerpério, especialmente para fins de saúde pública”, orientou.

Atualização

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outubro/200828 CREMERS

Agenda

XI Congresso Brasileiro de Oncologia PediátricaDe 09 a 12 de novembroOnde: Hotel Serrano/Gramado/RSInformações: www.sobope2008.com.br

Congresso da Sociedade Brasileira de Neurorradiologia Diagnóstica e Terapêutica, Congresso da Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia

Endovascular e Congresso da Sociedade Iberoamericana de IntervencionismoDe 19 a 22 de novembro

Onde: Hotel Costa do Sauípe Conventions/Mata de São João/BAInscrições: www.congressosauipe2008.com.br

III Congresso Sul-Brasileiro de Videocirurgia – SOBRACILDe 13 a 15 de novembroOnde: Curitiba/PRInformações: www.videocirurgia2008.com.br

Congresso da Associação Psicanalítica de Porto Alegre: AngústiaDe 14 a 16 de novembro

Onde: Hotel Plaza São Rafael/Porto Alegre/RSInscrições: www.appoa.com.br/evento_congresso_appoa.php

XVII Congresso Brasileiro de Perícia MédicaDe 26 a 29 de novembroOnde: Bourbon Convention Ibirapuera/São Paulo/SPInformações: www.apm.org.br/periciamedica ou (11) 3188.4252

XIV Congresso Brasileiro de Medicina e Cirurgia do Tornozeloe Pé e I Congresso Brasileiro de Fisioterapia em Patologia do Tornozelo e PéDe 30 de abril a 02 de maio/2009Onde: Costão do Santinho Resort/Florianópolis/SCInformações: www.congpe2009.com.br

40º CBOTchê - Congresso Brasileiro de Ortopedia e TraumatologiaDe 13 a 15 de novembro

Onde: Centro de Eventos FIERGS/Porto Alegre/RSInformações: www.cbot2008.com.br

XLV Congresso Brasileiro da Sociedade Brasileira de Medicina TropicalDe 8 a 12 de março de 2009

Onde: Centro de Convenções de Pernambuco/Olinda-PEInformações: www.medtrop2009.com.br

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outubro/2008 29CREMERS

“Pilares da Medicina:A construção da Medicina

por seus pioneiros”

O prof. Carlos A. M. Gottschall vive Medicina em tempo integral. Fora da sala de aula ou do laboratório de trabalho, seu hobby é escrever sobre ciência e história da Medicina. Assim é que agora publica seu sexto livro uniautoral, denominado "Pilares da Medicina: A construção da Medicina por

seus pioneiros" (Editora Atheneu, 398 páginas). Com esta obra, Gottschall informa que pretende contar aspectos decisivos da história da Medicina que nem sempre são assim considerados e mostrar como a ciência é caudatária da cultura dominante em cada época, e a clínica é caudatária da tecnologia correspondente, mas sempre vem atrás dela. Mostra a Medicina que sur-giu dos pilares eternos que a iniciaram e que a vêm sustentando ao longo dos tempos: Clínica, Cirurgia, Anatomia, Fisiologia, Método, Semiologia, Instrumentos, Microscopia, Terapêutica, Anestesia, Anti-sepsia, Microbiologia, Raios X, Psiquiatria, Saúde Pública, Parasitologia, Quimioterapia, Hormônios, Antibióticos, Epidemiologia, Histologia, Laboratório, Transplantes, DNA-genoma. Estudo do desenvolvimento das especialidades não é o objetivo deste trabalho - porque o tornaria infindável -só dos pilares que lhes permiti-ram surgir, os suportes que a todas sustentam e as fazem crescer.

Considerando a construção cartesiana do conhecimento, baseado em propostas julgadas verdadeiras, aponta a construção do saber médico como aperfeiçoamento de conhecimentos julgados válidos pela experiência e por resultados. Mostra a prática médica como expressão de um contexto social, no início mágico, depois teístico, racionalista, regrista, absolutista e, finalmente, empírico. Quando o rompe, modifica crenças e costumes. Mais do que qualquer outro, o conhecimento médico é o maior bem do homem, o grande triunfo na sua luta pela existência, por alimentos, pela saúde e pela felicidade. Confirma que Medicina é muito mais que apenas ciência, tem ele-mentos mágicos de persuasão, transmite-se por códigos, espalha exemplos de conduta, considera criticamente os limites de suas atitudes e, finalmente, relaciona causas com efeitos, medindo suas conseqüências.

O que é esse saber e como a Medicina tem evoluído para superar a doença é o que expõe neste novo e original livro, não sem o aviso prévio de que grandes e nobres desfechos também são precedidos por componentes tão próprios da conduta humana, como vaidade, inveja, injúria, mentira e enganação.

Ildo Meyer lança o livro “Parabéns a você –

um ensaio sobre éticae felicidade”

O médico anestesista e palestrante motivacional Ildo Meyer está lançando o livro “Parabéns a você – um ensaio sobre ética e felicidade”. O livro, publi-cação da editora AGE, aborda o tema da ética e como ela é um dos alicerces da paz interior. O nome do livro remete à canção entoada em aniversários. O autor busca, assim, questionar os votos de muitas felicidades e muitos anos de vida, colocando em xeque a busca pela felicidade.

Ildo Meyer é pós-graduado em Filosofia Clínica e atua, há mais de vinte anos, na área da saúde. Esse é o seu segundo livro. Em 2005, lançou, em co-autoria com três colegas, a obra “Marketing para Médicos – Um Caminho Ético”. Também foi presiden-te da Sociedade de Anestesiologia do Rio Grande do Sul em 2001.

Biblioteca

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outubro/200830 CREMERS

Orientação

Processo Ético-profissional:análise de casos julgadosNeste espaço, são relatados casos de PEPs que foram instaurados – e concluídos – no Cremers e no CFM para informar e dar subsídios aos médicos sobre situações que podem levar o profissional a incorrer em infração ética.

Denúncia de ‘erro médico’Em setembro de 2004, a

paciente X informou que, por sentir dor no pé direito (des-creveu como “pé quente e a planta do pé queimando, ardendo”) procurou vários médicos, que lhe prescreve-ram AINH e fisioterapia, até que o Dr. A (angiologista) a encaminhou ao Dr. B, neuro-logista, especialista em ner-vos periféricos. Após exame, foi estabelecido diagnóstico de lipoma, operados no final daquele ano. O resultado não agradou nem ao Dr. A nem à paciente X, que denunciou o Dr. B, ao CRM de seu Estado, por ‘erro médico’.

A paciente X destacou que passou a sentir “dores alucinantes” no pé operado. Após a cirurgia, havia sido medicada com antiinflama-tório. Ao consultar de novo com o Dr. B, a paciente disse que o médico não foi aten-cioso, limitando-se a indicar outro exame de Ressonância Magnética, aconselhando-a a procurar outro colega, que solicitou “cintilografia” do

esqueleto. A paciente alega-va que não conseguia colo-car o pé no chão.

Em seus esclarecimen-tos ao sindicante, o Dr. B enumerou todos os procedi-mentos adotados, inclusive com a avaliação feita por um ortopedista, e que o exame de cintilografia óssea confir-mou o diagnóstico de distro-fia simpático-reflexa. Disse ainda que explicou à pacien-te sobre a complicação ines-perada e imprevisível, e que a encaminhou para tratamen-to no Instituto de Medicina Nuclear e Endocrinologia de Brasília. A paciente, então, não mais o procurou.

Dr. B concorda que o resultado do procedimento cirúrgico foi inferior às expec-tativas tanto da denunciante quanto do cirurgião, mas que as complicações resultantes não poderiam ser previstas (especialmente pela baixíssi-ma freqüência), e que o risco destas ocorrerem está embu-tido em qualquer procedi-mento das extremidades.

Anexado ao processo o parecer de um neurologista, que constatou, após anali-sar a documentação: “Não existe, no processo, evidên-cia de qualquer ato compro-vadamente praticado pelo Dr. B que configure trans-gressão do Código de Ética Médica”. O neurologista disse ainda que o proble-ma ocorrido “...independe de qualquer erro de técni-ca cirúrgica, pois o evento precipitante é simplesmente trauma tecidual, inevitável em qualquer cirurgia”.

O conselheiro sindican-te concluiu que “acusar o médico de culpa pela insta-lação de um quadro clínico não desejado e não previsí-vel supera a razoabilidade”. Destacou que os exames confirmaram o diagnóstico do Dr. B e que o quadro de Distrofia Simpático-Reflexa independe da ação do médi-co e é de difícil solução, concluindo, então, que o Dr. B não infringiu a ética no atendimento à paciente X.

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outubro/2008 31CREMERS

R. Vasco Alves, 431/402

R. General Neto, 161/204

R. Pinheiro Machado, 1020/104 | [email protected]

R. Júlio de Castilhos, 235

Av. Pátria, 823/202

R. Bento Gonçalves, 1759/702 | [email protected]

R. Venâncio Aires, 614 salas 45 e 46 | CEP 98005-020 | [email protected]

Av. 15 de Novembro, 78/305 | [email protected]

R. Siqueira Couto, 93/406 | [email protected]

R. Fialho de Vargas, 323/304 | [email protected]

R. Joaquim Pedro Soares, 500/sl. 55/56 | [email protected]

R. Barão do Rio Branco, 261/08-9

R. César Westphalen, 195

R. Bento Gonçalves, 190/207 | [email protected]

R. General Osório, 754/602 | [email protected]

R. Zalony, 160/403 | [email protected]

R. Tamandaré, 110/103 - Centro |CEP 96825-140

Av. Pres. Vargas, 2135/503 | [email protected]

R. Fernando Ferrari, 281/803 | CEP 98900-000 | [email protected]

R. 13 de Maio, 410/501 | [email protected]

R. Três de Outubro, 256/202 | [email protected]

Av. Presidente Vargas, 1440, São Borja | CEP 97670-000

R. Jonathas Abbot, 636

R. Salgado Filho, 435

R. São Pedro, 1050 | CEP 93010-260

R. Bento Gonçalves, 222 | CEP 98600-000

R. Dr. Domingos de Almeida, 3.801 | [email protected]

(55) 3422.4179

(53) 3242.8060

(51) 3723.3233

(51) 3671.3191

(54) 3330.1049

(54) 3221.4072

(55) 3324.2800

(54) 3321.0568

(55) 3332.6130

(51) 3714.1148

(51) 3581.1924

(51) 3663.2755

(55) 3742.1503

(54) 3311.8799

(53) 3227.1363

(53) 3232.9855

(51) 3715.3810

(55) 3221.5284

(55) 3512.8297

(55) 3242.2434

(55) 3313.4303

(55) 3431.3185

(55) 3232.2713

(51) 3651.1361

(51) 3572.0399

(55) 3522.2324

(55) 3411.2161

Dr. Cláudio Luiz Morsch

Dr. Airton Torres de Lacerda

Dr. Osmar Fernando Tesch

Dr. Vitor Hugo da Silveira Ferrão

Dr. Airton Luis Fiebig

Dr. Alexandre Ernesto Gobbato

Dr. Eduardo Pinto de Campos

Dr. Paulo César Rodrigues Martins

Dra. Miréia Simões Pires Wayhs

Dr. Fernando José Sartori Bertoglio

Dr. Gilberto Luiz de Mesquita

Dr. Ângelo Mazon Netto

Dr. Áttila Sarlo Maia Júnior

Dr. Alberto Villarroel Torrico

Dr. Victor Hugo Pereira Coelho

Dr. Job José Teixeira Gomes

Dr. Gilberto Neumann Cano

Dr. Floriano Soeiro de Souza Neto

Dr. Carlos Alberto Benedetti

Dr. Tânia Regina da Fontoura Mota

Dr. Edson Luiz Maluta

Dr. Luiz Roque Lucho Ferrão

Dr. Clóvis Renato Friedrich

Dra. Lori Nídia Schmitt

Dr. Ricardo Lopes

Dr. Dary Pretto Filho

Dr. Glênio Dressler Boelter

Alegrete

Bagé

Cachoeira do Sul

Camaquã

Carazinho

Caxias do Sul

Cruz Alta

Erechim

Ijuí

Lajeado

Novo Hamburgo

Osório

Palmeira das Missões

Passo Fundo

Pelotas

Rio Grande

Santa Cruz do Sul

Santa Maria

Santa Rosa

Santana do Livramento

Santo Ângelo

São Borja

São Gabriel

São Jerônimo

São Leopoldo

Três Passos

Uruguaiana

Veja a relação completa dos novos integrantes das Delegacias Seccionais do Cremers no site:

www.cremers.com.br

Novos integrantes das Delegacias

Delegacias Seccionais

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outubro/200832 CREMERS

Cremers não registrará diploma de Bacharel em Medicina

O Conselho Regional de Medicina do RS (Cremers) não mais registrará diplomas com a denominação de Bacharel em Medicina, somente os que contiverem o título de Médico. O Cremers expe-diu ofício a todas as faculdades do Estado, aos formandos e aos demais CRMs informando da decisão, que foi fundamentada no Parecer 28/2008, elaborado pela Assessoria Jurídica do Cremers. O documento ressalta a legalidade e a verdade histórica da titula-ção de Médico para os estudantes formados em Medicina.

O presidente Dr. Cláudio Franzen comenta que “além de afrontar a lei, a portaria cria uma pessoa jurídica que não está prevista em lugar nenhum. Por exemplo, o Cremers tem ingerência sobre a atividade do médico, não do bacharel; a residência médica é aberta somente ao médico, não ao bacharel”.

O Parecer 28/2008 pode ser consultado nosite www.cremers.org.br

Ensino

O presidente Cláudio Franzen (D) e o segundo-secretário Ismael Maguilnik (E) representaram o Cremers na manifestação