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11 16 de Junho de 2015 Pág. 6 Página 2 Página 7 Os Bombeiros comemoraram o 80º aniversário, com Sessão Solene e desfile motorizado. Novo Comandante e Adjuntos de Comando foram empossados, na presença do Secretário de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza, Miguel de Castro Neto. Houve bombeiros condecorados e sócios distinguidos. Protocolo do Projeto ALJIA vai ser assinado no dia 26 de Junho. A Ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas assiste à cerimónia. Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares inaugura Parque Empresarial no dia 24 de Junho, Dia do Concelho.

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1116 de Junho de 2015

Pág. 6

Página 2Página 7

Os Bombeiros comemoraram o 80ºaniversário, com SessãoSolene e desfile motorizado. Novo Comandante e Adjuntos de Comandoforam empossados, napresença do Secretário deEstado do Ordenamentodo Território e da Conservação da Natureza,Miguel de Castro Neto.Houve bombeiros condecorados e sóciosdistinguidos.

Protocolo do Projeto ALJIA vaiser assinado nodia 26 de Junho. A Ministra da Agricultura e doMar, AssunçãoCristas assiste àcerimónia.

Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares inaugura Parque Empresarial no dia 24 de Junho, Dia do Concelho.

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16 de Junho de 20152 .

Breves do Município

Parceria com a ZooSaúdeA Pegadas e Bigodes criou uma parceria com aZooSaúde - Serviços Veterinários, com clínica emPenela e consultórios em Figueiró dos Vinhos,Castanheira de Pêra, Ansião e Cabaços.Os sócios da Pegadas e Bigodes vão passar a ter10% de desconto em produtos (exceto despara-sitantes internos e externos) e 15% de descontoem serviços, cirurgias e testes de diagnóstico.Torne-se sócio da Pegadas e Bigodes, com umaquota anual de 12€ e usufrua destes descontos.Caso esteja interessado em associar-se a estacausa envie email [email protected] ou telefone para926464799.

Brownie, um final felizA cadela Brownie tem uma história de vida fan-

tástica. Nasceu no meio selvagem e foi resgatadajuntamente com os seus irmãos, com cerca de 3meses de vida, por uma das nossas voluntárias,Elisabete. Ela conseguiu arranjar um lugar seguropara a Brownie e para os irmãos, tendo-os alimen-tado e cuidado deles até serem adotados. Os ir-mãos de Brownie rapidamente se habituaram aela e ficaram aptos a serem adotados. A Brownie,por sua vez, foi um caso muito mais difícil e apesardos esforços, a nossa voluntária não conseguiuobter quaisquer progressos sozinha. Assim, aca-bou por pedir ajuda e conseguiu ter o apoio deoutra voluntária.Com muito amor e paciência, a voluntária Sílviaconseguiu gradualmente, que Brownie se habi-

tuasse à coleira, levando-a a passear regular-mente. Mais tarde Sílvia acabou por levar a Brow-nie para a sua própria casa e apresentou-a aosoutros cães, gatos e à vida doméstica. Entretantoa Brownie foi esterilizada, vacinada e chipada eem março, viajou para a Alemanha com a Sílvia.A Brownie foi finalmente adotada por uma famíliacom crianças, gatos, ovelhas e galinhas. Quemdiria que isso um dia fosse possível para uma ca-dela que tinha tanto medo do contato humano?Brownie é um exemplo perfeito da diferençaenorme que um lar pode fazer a um animal. O fu-turo de Brownie como um cão vadio seria muitoincerto, pois os riscos são muitos, doenças, aci-dentes, fome. Agora, o seu futuro é promissor eela tem uma família para amar e cuidar dela.

Para adoçãoA Lolly e as suas duas manas nasceram na rua.São filhas de uma cadela abandonada que foi en-contrada morta, ficando as três filhas sozinhas echeias de fome no meio do mato.Foram acolhidas pela associação Pegadas e Bi-godes com 1 mês e meio. A Lolly é fêmea, tem 3 meses e será de portemédio. Não tem raça definida, é muito meiguinhae brincalhona. Será entregue vacinada, despara-sitada interna e externamente e com microchip.Procura uma casa para toda a vida ondeseja amada, respeitada e considerada parte da fa-mília.Se pretender adotar a Lolly ou uma das suasmanas envie email [email protected] ou telefone para926464799.

Tralhas SolidáriasTem tralhas em sua casa que já não utiliza e sóestão a ocupar espaço? Quer ajudar animaisabandonados?Nós aproveitamos tudo para feiras, quermesses,etc. Recolha em: Coimbra, Leiria, Santarém, Lis-boa e Porto.Envie mensagem privada ou email para:[email protected] para combinar a

entrega.Os nossos animais agradecem!

Pegadas e Bigodes

“O Xadrez na Arte” - Comemoração do Dia Internacional dos MuseusNo âmbito da Comemoração do Dia Internacionaldos Museus, realizou-se no dia 16 de Maio em Fi-gueiró dos Vinhos a iniciativa “O Xadrez na Arte”. Houve pintura ao vivo nos Jardins do Casulo deMalhoa, com a participação de 11 artistas da As-sociação de Amizade e Arte Galego e Portuguesae Associação Fórum Artes Plásticas, convidadospelo artista Victor Costa.

Figueiró dos Vinhos valoriza Património Cul-turalO Património Cultural de Figueiró dos Vinhos foiobjeto de uma intervenção de valorização, tor-nando-o mais atrativo numa perspetiva de aliar oturismo à cultura, reforçando a identidade asso-ciada a monumentos e lugares de interesse cul-tural.Neste âmbito, foram instalados 12 leitores de pa-trimónio em locais do núcleo central da vila, queno seu conjunto formam um roteiro turístico peloslocais mais atrativos (Casulo, Casa da Cultura,Jardim Municipal, Igreja Matriz, Convento, Torreda Cadeia, Centro Histórico e Cruz de Ferro) per-

mitindo uma visita orientada, complementada comum roteiro turístico em formato de papel.Cada painel de informação contém uma brevedescrição do local, em português e inglês, ummapa com a localização de todos os pontos nu-merados sequencialmente e um pictograma,tendo associado um QRCode que permite obterinformação online.Esta intervenção foi comparticipada pelo PRO-DER/LEADER através de uma candidatura apro-vada pela DUECEIRA, que englobou um conjuntode ações direcionadas para a valorização do pa-trimónio cultural.

Os Caminhos do Naturalismo em Figueiró dosVinhos. Casos e Mistérios

“Os Cami-nhos do Natu-ralismo emFigueiró dosV i n h o s .Casos e Mis-térios” é o tí-tulo dae x p o s i ç ã oque vai serinauguradano dia 20 dejunho, pelas16:00 horas,

no Museu e Centro de Artes de Figueiró dos Vi-nhos.Esta exposição que dará mais ênfase ao retrato,procura “traçar o ambiente de Figueiró dos Vinhosem finais do séc. XIX e inícios do séc.. XX, ondese encontram ecos do naturalismo português nes-tas serranias com a presença dos naturalistasJosé Malhoa e Henrique Pinto.” Procura também,através do retrato, desvendar um segredo e mis-tério por detrás do retrato de Beatriz Costa e Adal-berto...A exposição estará patente de 20 de junho até 30de outubro de 2015. O horário regular de visita é10h00 - 12h30 /14h00 -18h00 (encerra à segunda-feira).

No próximo dia 24 de Junho pelas 12 horas, terálugar a inauguração do Parque Empresarial doCarameleiro - Figueiró dos Vinhos, cerimónia quemarca de forma indelével o Dia do Concelho quese celebra nesta data.Este ato solene contará com a presença do Minis-tro da Solidariedade, Emprego e Segurança So-cial, Pedro Mota Soares, para além derepresentantes de diversas entidades locais, re-

gionais e nacionais, empresários e público emgeral.O Parque Empresarial do Carameleiro é uma obrade reconversão da antiga Zona Industrial, queconduz a uma capacidade atual de 35 lotes, des-tinados a indústria, comércio e serviços. Tambémneste âmbito, foi possível concretizar uma reorien-tação do Parque melhorando as condições ante-riores que se pretendem agora mais atrativas paraa captação de investimento, processo no âmbitodo qual o Município cede apoio e benefícios muitorelevantes, através do recém-aprovado “Programade Apoio ao Investimento”.O Parque Empresarial do Carameleiro representaum investimento global de cerca de 720 mil eurostendo sido apoiado pelo Maiscentro, foi comparti-cipado em cerca de 607 mil euros, representadoum apoio de 85%.

No dia 15 de Junho assinalou-se o Dia Mundial daConsciencialização da Violência contra a PessoaIdosa. Sob o lema, Lutar pelos Seus Direitos Nãotem Idade, realizou-se uma Sessão de Esclareci-mento sobre a Prevenção da Violência Contra oIdoso, dinamizada pela técnica da APAV de Coim-bra, Dra. Goreti Cardoso, tendo como público alvoos séniores e todos os interessados nesta temá-

tica.Presentes também as enfermeiras Cristina e Eli-sabete da UCCI do Centro de Saúde de Figueiródos Vinhos, que também prestaram esclarecimen-tos ligados a este assunto. A sessão decorreu a partir das 15h00, no CentroComunitário da Santa Casa da Misericórdia de Fi-gueiró dos Vinhos.

Ministro Pedro Mota Soares inaugura

Parque Empresarial no dia 24 de Junho

Prevenção da Violência Contra o Idoso

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O São João de Figueiró

São João vem cantar e vem dançar, As raparigas querem dar um pé de dança, A dançar em Figueiró ninguém se cansa, Magia e animação, cá pelo ar

São João lá no alto do altar, Vê quem na missa faz sua festança. Trazendo sempre na sua lembrança, Quem o preceito de Deus vai celebrar

Terminada a celebração religiosa, São João vai de forma esplendorosa, Cantar dançar e fazer toda a folia.

Vem comer uma sardinha ao ramal, Vem ao fogo de artifício que é bestial, Passa em Figueiró momentos de alegria!

Propriedade: FERCORBER – Madeiras e Materiais de Cons-trução, Lda. NIF 501 611 673Editor: FERCORBER – Madeiras e Materiais de Construção,Lda. NIF 501 611 673 - Sede: Av. de São Domingos, nº 51, 3280-013 Castanheira de Pera

Registo na ERC Entidade Reguladora para a Comunicação So-cial nº 126547Director: Fernando Correia BernardoDirector adjunto: António Manuel Bebiano CarreiraSubdirector: Francisca Maria Correia de CarvalhoPaginação: António Bebiano CarreiraImpressão: Coraze – Oliveira de Azeméis Tel. 256 040 526 / 910 253 116 / 914 602 969E-Mail: [email protected] desta edição: 5.000 exemplares

Contactos:E-Mail Geral:[email protected]ção: [email protected]. 236 432 243 - 236 438 799 Fax 236 432 302Sede e redacção: Av. São Domingos, nº 51 – 2º3280-013 Castanheira de PeraInternet:http://www.oribeiradepera.com/category/o-figueiroense/Todos os artigos são da responsabilidade de quem os escreve

Ficha Técnica

16 de Junho de 2015 3 .

Por: Fernando Correia Bernardo

EditorialUm PSP Cobarde

Cada jogo de futebol em que o título, entenda-se campeonato se possa definir, é de altorisco.Foi o caso da partida Guimarães - Benfica, emque o título ficou entregue.Porém e infelizmente vai sendo normal, a PSPe ainda bem que há imagens filmadas, apa-rece, não para manter a ordem pública, massim, para agredir cidadãos que não estão acausar distúrbios, a fugirem deles, como asimagens o demonstram. Elas chocaram oPaís, porque a agressão se dirigiu a três gera-ções, avó, pai e neto.A PSP ainda tem disto em pleno sec. XXI ?Tentaram invadir a Assembleia da República efoi o que se viu!Agora, um individuo fardado, que se esqueceudo que é uma ordem de detenção, depois deagredir fisicamente um cidadão, agrediu outroa murro, na presença de mais pelo menos 4polícias e quando o primeiro se encontravaimobilizado com aquilo que se apelida de gra-vata (braço a agarrá-lo pelo pescoço) come-

çou a desferir bastonadas.A PSP é paga com o dinheiro dos impostos eé da sua competência manter a ordem e nãoagredir os cidadãos que pagam impostos.Tal acção policial com imagens já difundidaspelo mundo, envergonha as forças policiaisportuguesas.Estamos perante uma criança que viu espan-car o pai e o avô.Estamos perante alguém da PSP que nãosabe o que faz e cuja reacção é espancar oscidadãos.Estamos perante alguém da PSP que destacorporação, pelo que se viu, deve imediata-mente deixar por acção disciplinar, a PSP.Tudo o que se viu é a barbárie na e da PSP.Tudo o que se possa referenciar não tem des-culpa.Vamos aguardar pela decisão da hierarquia eda Sra. Ministra que por certo foi informada detal.Aqueles da PSP que tem comportamentosdestes, rua, sendo isso o mínimo.

Aí de nós cidadãos que pela repulsa, não te-nhamos reacção a tal acto bárbaro e selva-gem.É infelizmente algo da PSP. que temos. Senão se punirem e afastarem da corporação,quem agride desta forma cidadãos, corre-se osério risco de haver reacção contra a PSP.Esta criança, não temos dúvidas ficará trau-matizada para toda a vida ao deparar-se como espancamento do pai e do avô.A PSP. só deve usar a força, como último enecessário recurso. Ninguém nas imagens vêa PSP. a ser agredida.O que se vê é a PSP a espancar cidadãos,sem que tivesse naquele local existido qual-quer tumulto.Desgraçado do País que tem na PSP espan-cadores.O mundo ficou chocado com estas imagens.Se isto tivesse ocorrido nos Estados Unidos,por certo, não ficava assim.Por isso, a esse policia só lhe resta ser orde-nado - rua. Alcides Martins

Por Aires B. HenriquesMajor Neutel de Abreu Continuação do número anterior

O mágico “Ma-hon”Por último, não resistimos a transcrever uma re-portagem do ilustre jornalista republicano e maçonHermano Neves, aquando da sua viagem porÁfrica e pelo norte de Moçambique, onte teve oprivilégio de contactar com o então capitão Neutelde Abreu, ou “Ma-hon”, como os negros deslum-brados o apelidavam. A mesma está datada origi-nalmente de Setembro de 1913, tal comopublicada pelo jornal “A Capital” e transcrita no nº841, de 6 de Dezembro de 1913, do semanário“Figueiroense”. Segue o texto sobre “Ma-hon”:“Quelimane, Setembro 1913” – “Se alguém deentre vós um dia vier à Macuana, daqui a vinteanos que seja, pergunte por Ma-hon. Eu tenho acerteza absoluta que não podem ter desaparecidoainda os vestígios do supersticioso respeito quea simples enunciação do vocábulo desperta emtoda a região”.“Para os negros, Ma-hon é alguma coisa mais queum homem, porque nunca conceberam que nofrágil barro de que nós somos formados possamco-existir todas as faculdades que lhe atribuem.Para eles é uma curiosa criatura que com a sim-ples inspecção de um olhar lhes descobre, nofundo da alma, todas as torpezas e todas as trai-

ções; tem o inexplicável condão de adivinhar ascoisas, sabe castigar com justiça, premiar com lar-gueza e castigar com piedade. Ma-hon possui acólera dos deuses e o enternecimento das pom-pas; ruge, como um temporal, em frente dos so-berbos, mas comove-se como uma criança emfrente dos miseráveis. Por vezes, veste os queandam nús, e nos anos escassos é para ele queapelam os famintos”.“Foi ele quem, percorrendo a região de lés a lés,em toda ela primeiro afirmou o prestígio da nossaPátria. Preferia sempre a penetração pacífica, apolítica conciliadora, a coberto da qual a nossabandeira ia flutuando pelo sertão dentro, sobre osfrágeis postes militares que contruía”.“Era, então, como o oceano em calmia; mas se al-guém ousava desrespeitar essa bandeira, ooceano revolvia-se em fúria e a sua missão cum-pria-se, se necessário fosse, a ferro e fogo”.“Muito tempo andou errante pelos matos à frentede um punhado de indígenas fiéis. Marchavacomo eles, a pé, sobre a areia esbrazeada; sorvia,como eles, a água sórdida dos charcos, comiacomo eles as raízes da terra. Dormindo sob o céuconstelado, ao acaso das étapes, o traiçoeiro ca-cimbo das noites tropicais, penetrava-lhe nosossos, e muitas vezes os membros tremiam-lhe,convulsivos, sob a violência da febre. Um dia le-varam-no quase morto para o hospital. Diziam aospretos que era gravíssimo. Quase desesperado oestado de Ma-hon. E os pretos, por única res-posta, sorriam incrédulos, porque sabiam perfei-tamente que Ma-hon não pode morrer nunca”.“Quando ainda simples comandante do posto deMongiqual, o actual capitão-mor da Macuana,

Neutel de Abreu – que outro não é Ma-hon – ardiade impaciência para que o deixassem ocupar o in-terior do distrito. Os indígenas conheciam-nonesse tempo pelo pitoresco epíteto de Monoma-caia, ciclone, porque mandava derrubar as árvo-res das matas para sulcar de estradas a região.Ao cabo de longa insistência permitiram-lhe quefosse. Hoje, a Macuana, esse misterioso hinter-land de que só muito vagas noções chegavam aténós, está finalmente aberto à civilização e ao do-mínio português. Amanhã, os ecos das colinas edas serras, que tantas lendas povoaram, vão serdespertados pelo silvo estrídulo das locomotivas;nas vertentes férteis elevar-se-ão habitações eu-ropeias, dominando as culturas; o indígena, civili-zado pelo trabalho, prestará de boa vontade oconcurso dos seus braços para desenvolver as ri-quezas da terra. Foi Neutel de Abreu quem rasgouo caminho. E, perante essa obra imensa que euantevejo, e em presença do esforço sobre-hu-mano de Ma-hon, que neste momento evoco, ficoa cismar na ingénua condescendência do bompovo português que consagrou tantos heróis deÁfrica, sem que lhe fizessem afinal conhecer osverdadeiros heróis”.“Esse homem simples, eminentemente modesto -tão modesto que receio, se estas linhas caíremsob os seus olhos, que vá mogoar-se por ter fa-lado dele -, trabalha há mais de vinte anos nas co-lónias portuguesas de África, e trabalha com umamor, uma patriótica dedicação, absolutamenteinexcedíveis. Raras vezes tem ido à Europa, por-que o facto de ter empregado aqui o melhor dasua actividade prendeu-o definitivamente ao paísque pacificou. Terminou a época das guerras; a

sua obra, agora, é uma obra de paz. Em Nampula,sede da capitania-mor que administra, elevam-sejá construções hospitaleiras, casinhas muito bran-cas e confortáveis, e o raro viajante que passa porali já deixa a terra com saudade. É o esboço deuma cidadezinha que ainda não vem nos mapas,mas nem por isso é menos encantadora e alegre.Água magnífica, solo esplêndido, culturas e po-mares onde Neutel capricha cultivar todos os fru-tos da Europa…”.“Ma-hon vive hoje ali permanentemente; o guer-reiro transformou-se em colono. Lá vão procurá-lo, de muito longe, os pretos para pedir justiça,para pedir sol, para pedir chuva, para pedir tudo.Com eles dissipa quanto ganha. E o facto de serpobre - quando ao cabo de muito menos cansei-ras tantos encontram uma opulência certa -, maisrealça, a meu ver, a beleza moral deste homemsingular. Hei-de contar, um dia, aos leitores de ACapital dezenas de episódios que tenho recolhidoacerca dele; e melhor poderão apreciar então asua curiosa figura de português de outros tempos,cuja existência, hoje em dia, quase parece umanacronismo”.“Está ligado à região por um grande afecto. Comose lá tivesse nascido. Quando estive em Nampulalembro-me de ter ouvido dizer, magoadamente, àvista do panorama imortal que se desfruta: - Pen-sar que tantos portugueses, a fugir da miséria,partem para o Brasil e para o Pacífico, ondequanta vez os espreita miséria bem maior!... E istoquando esta terra, nossa e bem nossa, só esperaque a fecundem com um pouco de trabalho, paragenerosamente produzir a felicidade e a abundân-cia!”.

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4 . 16 de Junho de 2015

240x6=24 Um conto original de Sérgio Filipe Godinho

Umas luzes brancas insistem em brilhar. Ilumi-nam, por vezes, e para castigo dos presentes, in-termitentemente um corredor. Um longo eprofundo corredor, onde as paredes fazem os pos-síveis para esconder as inúmeras portas que alialguém decidiu colocar. O cheiro, esse, não en-gana nenhum dos presentes quanto ao local ondeestão – tivessem eles entrado vendados e sabe-riam perfeitamente que tipo de comportamento te-riam que adotar para se sentirem integrados. Neste mundo específico há maioritariamente trêstipos de pessoas – os que desesperam por al-guém, os que desesperam por poder ajudar al-guém e os que desesperam por serem ajudados. Estamos num típico hospital. Um homem entrou no quarto 543, onde estaria al-guém em pós-operatório. Esse alguém não semovia. Como quem não move parece que nãosente – mais ainda sentia ele. Profundamenteabalado, reação natural devido ao desequilíbriodo seu mundo, não parava de repetir uma opera-ção matemática, enquanto, estaria praticamenteimóvel: apenas se abanando na cadeira para afrente e para trás, parecendo estar a autoinfligir,intelectualmente, golpes agonizantemente fatais. 240x6=24, 240x6=24, 240x6=24, 240x6=24,240x6=24, 240x6=24… Alguns chamar-lhe-iam de ato curioso, muitos deuma heresia matemática e a grande maioria diriaque seria um tipo qualquer de loucura. Contudo,não sejamos rápidos a rotular os outros - todo ocomportamento tem uma explicação, uma baseque o suporta, e para o entender basta que veja-mos a situação de um outro ângulo. Faremos o seguinte então – mudaremos de

prisma. Seremos agora esse homem. Era um dia normal para mim. Fiz tudo o que decostume fazia – acordei com o mau feitio do cos-tume, acabei o banho com o sorriso do costumee saí para o trabalho com a expectativa do cos-tume. Eis que acontece algo que de costume nãotem nada. Recebo uma chamada do hospital, queprontamente atendi. Isto é o que ouviria quem es-tivesse a meu lado. Estou?, Sim, é o próprio., Diga…, Desculpe nãoestou a entender., Como?, Não., Não pode!, Nãopode estar a acontecer, Não, Não!, Vou já para aí!. As mãos começaram asuar incessantemente,formando um rio de emo-ção que corria pelo meufrágil, agitado e tiritantecorpo. Corri para o meu carro, oque não era costume, in-seri tremulamente achave, o que não eracostume, e arranquei aomáximo que a estrutura do carro permitia, o quenão era costume. Cheguei às urgências do hospital com uma velo-cidade adequada a uma ambulância do INEM.Com um movimento brusco estacionei o veículonum parque que parecia ter sido deixado paramim. Desliguei-o rapidamente e ao sair fechei aporta do carro com a força que o meu corpo nãomedia. Desfiz-me numa corrida que parecia nãoter fim até à receção: que por sorte encontrei semfila. Ofegante, como era de esperar, e como eles de-veriam estar habituados a ver, perguntei pela si-tuação que me havia sido comunicada aotelemóvel. A senhora, camuflada pelo embacia-

mento do vidro que nos separava, disse-me,apontando para uma porta, para falar com alguémque estivesse de serviço, e passo a citar - “dooutro lado”. Assim o fiz – passei a porta e falei com a primeirapessoa que vi oficialmente fardada para o serviço.Obtive a resposta que queria. Venha comigo. A passo incomodativamente lento a meu ver, se-guimos caminho pelos labirínticos corredores dohospital. Sentia a tensão, o coração que batia semregra e o desfoque que o meu olhar tinha adqui-

rido. Tudo me parecia de-sorganizado –principalmente eu. A pessoa fardada parou,escreveu alguma coisanum bloco de notas quetrazia e disse. Vá ao fundo à direita.Tem dez minutos, depoisteremos que prosseguir. Agradeci, enchi o peito

de ar e mais não fiz que o que o meu instinto memandou – segui caminho até ao fundo e virei à di-reita. Eu sabia o que esperar. Sabia-o, porque mo ti-nham dito na chamada mas… uma coisa é saber,outra coisa é ver. Ver é saber duas vezes. Aninhei-me junto da cama e rapidamente soube:a luz, as vibrações, o toque – tudo isso estava aprojetar representações para o meu cérebro, oqual teria o maior prazer em criar memórias, comoque fotografias ou peliculas de filme, que iam ficarregistadas na minha mente. Cada detalhe destemomento – a imagem, o cheiro, o corpo – comigopara sempre. Estava na tentativa empenhada de tirar o máximo

proveito dos dez minutos que me foram prometi-dos quando uma voz masculina de um médico deserviço deixa o aviso. Despeça-se que vamos ter que prosseguir com oprocedimento. Uma rigidez saía da voz que me roubava seis mi-nutos dos dez que tinha! Eram seis minutos quepodia nunca mais vir a ter – não assim. Protesteimas de pouco valeu. Cheguei-me para o lado por-que nada podia fazer - restava-me esperar que osseis minutos que me tinham sido roubados vales-sem uma vida. Esperei inquietantemente na sala de espera, quemais se devia chamar sala de desespera, durantehoras. Não sei ao certo quantas, perdi conta dotempo - sabia que me custava a passar e isso erasuficiente. Firme, esperei e em boa hora ouvi o chamamentoda minha pessoa. Guiaram-me até ao quarto onde encontraria a estaaltura pouco mais que um corpo – a anestesia nãopermitiria mais do que isso. Antes de entrar, o mé-dico informou-me que a recuperação ia ser difícil,se possível. Dito isto, entrei no quarto em lágri-mas. Uma vez lá dentro, só pensava nos seis minutosque me tinham roubado e de que nada, afinal, pa-reciam ter valido. A dor era tão intensa, tão pro-funda, tão forte. Não sabia lidar com tudo isto –não tinha como. Só uma certeza tinha: o meu diairia deixar de ter vinte e quatro horas – iria passara ter duzentas e quarenta porções de seis minu-tos. Então comecei a reviver o que ainda não tinhavivido: um perpétuo 240x6=24 Um mês após o dia dos acontecimentos foi bompoder dizer, com o maior sorriso que os meusolhos permitiam, o que tanto queria. Que bom é ver-te sorrir novamente mãe.

CERTIFICO para efeitos de publicação que por escritura de hojeexarada a fls, 19 e seguintes do livro nº 136 deste Cartório, osoutorgantes:JORGE ALVES ABREU e mulher, ISILDA DA CONCEIÇÃONEVES ABREU, contribuintes com os NIF 158.301.994 e158.301.986, casados sob o regime de bens da comunhão deadquiridos, naturais ela da freguesia de Sé Nova, concelho deCoimbra, ele da freguesia e concelho de Figueiró dos Vinhos,onde residem na Aldeia Ana de Aviz, na Rua da Barroca, decla-raram que, com exclusão de outrem, são donos e legítimospossuidores dos seguintes bens:

Todos situados na União de Freguesias de Figueiró dosVinhos e Bairradas, concelho de Figueiró dos Vinhos

UM: Dois terços do prédio rústico composto de terra de culturacom oliveiras e videiras, com a área de mil cento e sessentametros quadrados, sito em Cepa, a confrontar do norte comestrada, do sul com Américo Mendes e outros, do nascente comManuel Lopes Atalaia e do poente com Osvaldo Godinho, ins-crito na respectiva matriz sob o artigo 18.516,que provem do ar-tigo rústico 18.803 da extinta freguesia de Figueiró dos Vinhos,com o valor patrimonial para efeitos de IMT e Imposto de Selocorrespondente à fracção de 311,31 €, e omisso no registo pre-dial.DOIS: Três quartos do prédio rústico composto de terra decultura com oliveiras, com a área de duzentos e noventa e oitometros quadrados, sito em Cepa, a confrontar do norte comherdeiros de António Pais, do sul com Augusto Conceição Ba-tista, do nascente com António Almeida e do poente com Joãodos Santos Vaz, inscrito na respectiva matriz sob o artigo18.518, que provem do artigo rústico 18.805 da extinta freguesiade Figueiró dos Vinhos, com o valor patrimonial para efeitos deIMT e Imposto de Selo correspondente à fracção de 97,07 €, eomisso no registo predial.Que eles outorgantes entraram na composse dos identificadosbens da seguintes forma:O bem identificado como verba número um, que na matriz seencontra inscrito em nome dele justificante marido, por voltade mil novecentos e oitenta por compra meramente verbal aAmérico de Jesus Mendes e mulher Maria Augusta da ConceiçãoAlmeida, casados sob o regime da comunhão geral, já falecidos,residentes que foram em Aldeia de Ana de Aviz, da freguesia e

concelho de Figueiró dos Vinhos.O bem identificado como verba número dois que na matriz seencontra inscrito em nome da herança de Fernando Joséramos Coelho e da herança de Américo de Jesus Mendes,por volta de mil novecentos e oitenta, por compras meramenteverbais aos mencionados titulares inscritos, Fernando JoséRamos Coelho, viúvo, residente que foi em Aldeia Ana de Aviz,e a Américo de Jesus Mendes e mulher Maria Augusta da Con-ceição Almeida, residentes que foram no lugar de Aldeia de Anade Aviz.Que não foi, nem lhes é possível agora legalizar as referidascompras por títulos válidos, mas o certo é que desde a referidaentrada na sua composse, portanto há mais de vinte anos, têmeles justificantes vindo a possuir os identificados bens, junta-mente com os restantes comproprietários, em relação ao prédioidentificado como verba número um, Ana Rosa, viúva, residenteem Aldeia de Ana de Aviz, freguesia e concelho de Figueiró dosVinhos e José Manuel da Silva Alves, casado com Alice Alves,residentes na vila de Figueiró dos Vinhos e Ana Paula da SilvaAlves Branquinho, e marido Hermínio Branquinho, residentes emCoimbra, o prédio identificado como verba número dois, MariaLeonarda Coelho Mendes Lourenço, casada com Júlio da SilvaLourenço, Aldegundes Coelho Mendes da Conceição, casadocom Manuel Henriques da Conceição, Guilhermina GodinhoMendes, casada com Álvaro Mendes, Maria Manuel Mendes Go-dinho Tomás, casada com Avelino Tomás, António Coelho Men-des, solteiro, maior e Olívia Coelho Mendes, solteira, maior,todos residentes em Aldeia de Ana de Aviz, já referida, culti-vando-os, colhendo deles os frutos e produtos, procedendo àsua limpeza, e avivando extremas, pagando contribuições e im-postos, praticando todos os actos materiais correspondentes aoexercício do direito de compropriedade, sempre com o conheci-mento da generalidade das pessoas, sem oposição ou intromis-são de quem quer que seja, e sem interrupção, portanto sob umaforma pública, pacífica e contínua, pelo que adquiriram o res-pectivo direito de compropriedade por usucapião causa estade adquirir que, como é óbvio, não podem comprovar pelosmeios extra judiciais normais. ESTÁ CONFORME Soure, 04 de Junho de 2015

A Notária

Publicado no jornal O Figueiroense, numº 11, de 16 de Junho de 2015

CARTÓRIO NOTARIALCeleste Maria Rainho de Jesus Pita

Edifício Altamira, loja 5, r/c dto, Santo António - SoureTelef. 239507246/239507317 - Fax 239507318 - e-mail: [email protected]

Desejo assinar o jornal O Figueiroense, pelo período de um ano cominício no mês de de 20

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. 516 de Junho de 2015

No passado dia 26 de Abril, realizou-se no MuseuJosé Malhoa, nas Caldas da Rainha, um colóquioevocativo de duas efemérides: 75 anos da insta-lação definitiva do Museu José Malhoa e 160 anosdo nascimento do seu Patrono, que se completa-ram no dia 28 do mesmo mês.O programa, que contou com um apontamentomusical, teve lugar numa das salas do museu, querecentemente beneficiou de obras de restauro econservação. O imponente quadro, O Último in-terrogatório doMarquês de Pombal, bem como umantigo tecto da casa Lambertini, entre outrasobras, preenchem a presença do pintor nessasala, conferindo-lhe a luminosidade e alma artís-tica de José Malhoa.A apresentação do evento esteve a cargo do Di-rector daquele museu, Dr. Carlos Coutinho e entreos conferencistas, a Dr.ª Conceição Colaço, queanalisou a obra pictórica, A Rainha D. Leonor(1926), uma oferta do pintor José Malhoa ao Povo

das Caldas; O Engº Miguel Portela apresentou otema: José Malhoa e Cruz Magalhães em Outubrode 1913 na Vila de Figueiró dos Vinhos e a Dr.ªMargarida Herdade Lucas, Um Jovem pintor Mo-derno: José Malhoa. O painel encerrou com a co-municação do Dr. Rui Calisto: Malhoa Inédito:Genealogia. Centro de Documentação e Docu-mentação inédita e esparsa.

O pintor José Malhoa (1855 – 1933) continua aser um nome incontornável da pintura portuguesa,da viragem do séc. XIX para o séc. XX. Naturaldas caldas da Rainha, viria a adoptar a vila de Fi-gueiró dos Vinhos, e a sua região envolvente,como a sua residência de eleição, onde se demo-rava muitos meses por ano e onde colhia temas,modelos e as várias nuances do espaço e da na-tureza para produzir a grande maioria dos seusquadros. Aí construiu uma casa, a que chamava“O Casulo”, devidamente orientada para uma linhade paisagem de características singulares e muito

inspiradoras de uma obra artística luminosa.Na comunicação do Eng.º Miguel Portela ressal-tou a importância que o pintor dava aos amigosque o estimavam deveras, como neste caso, emque o então poeta republicano Artur Cruz Maga-lhães o visitou em Figueiró dos Vinhos e onde per-

maneceu alguns dias, também com objectivo delhe colocar à consideração a prova tipográfica deuma brochura da sua autoria e dedicada ao pintorem 1913, intitulada Pro Arte. Neste caso particular, e possuindo o conferencistatrês exemplares da referida obra, - a prova tipo-grafia autografada pelo referido poeta e doisexemplares autografados pelo pintor José Malhoacom dedicatórias ao Dr. Manuel de Vasconcelose a seu irmão António de Vasconcelos -, doou-osnessa data ao Povo das Caldas, por protocolo, fi-cando em depósito no Museu José Malhoa, onde

poderão, no futuro,ser consultados.Para que se com-preenda a perso-nalidade artísticado pintor José Ma-lhoa e se conheçao seu espírito arro-jado, necessário éque se constate oseu percurso.Tendo decididomuito cedo, queseguiria um estilopróprio, dele nuncase desviou, contraventos e marés.Está representadoem muitos museus

nacionais e estrangeiros, onde a grande maioriados seus quadros fixou o povo, a terra, as cores ea geografia da região de Figueiró dos Vinhos.

Margarida Herdade Lucas

Malhoa Nasceu Há 160 AnosColóquio evocativo dos 75 anos do Museu José Malhoa e 160 anos do nascimento do seu Patrono

No dia 6 de Junho os alunos do 10º C da EscolaSecundária de Figueiró dos Vinhos apresentarama simbiose das peças de teatro “A Ceia dos Car-deais” de Júlio Dantas e “Tojos e Rosmaninho” deAlfredo Keil na Casa da Cultura, pelas 21h00.A encenação foi de Margarida Herdade Lucas, dosJograis e Trovadores de Figueiró dos Vinhos.

Teatro “A Ceia dos Car-deais e Tojos e

Rosmaninho”

Decorreu no feriado do 10 de Junho o XIII Pas-seio de Automóveis Clássicos e Antigos, organi-zado pelo Clube Automóvel Clássicos deFigueiró, e que juntos mais de duas dezenas deveículos.As “velhas máquinas” ficaram parqueadas naPraça do Município e no jardim municipal, tendo

sido feita a recepção aos participantes pelas09h30 da manhã. Seguiu-se uma visita guiadaao Museu do Xadrez e Casulo de Malhoa, apóso que foi servido um beberete.Um passeio pelas ruas da Vila serviu de aperi-tivo para o almoço de confraternização.Da parte da tarde a caravana rumou a Almofala,

para uma visita guiada ao Museu da Casa Regode Vasconcelos, última etapa desta jornada detroca de ideias e convívio dos apaixonadospelas belas viaturas de outros tempos.

António B. Carreira

XIII Passeio de Automóveis Clássicos e Antigos

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16 de Junho de 20156 .

A Associação Humanitária dos Bombeiros Volun-tários de Figueiró dos Vinhos comemorou no pas-sado dia 24 de Maio o seu 80º aniversário comuma sessão solene presidida pelo Secretário deEstado do Ordenamento do Território e da Con-servação da Natureza, Miguel de Castro Neto.No decorrer da sessão solene foi empossado onovo Comandante, Paulo Renato Nogueira e osAdjuntos de Comando Jorge Martins e Daniel Ba-tata. Na oportunidade, foram também agraciados comMedalhas de Assiduidade e Dedicação algunsBombeiros do Corpo Activo, assim como foramatribuídos crachás de ouro da Liga dos BombeirosPortugueses. A Sessão Solene prosseguiu com a atribuição deMedalhas de Quadro de Honra ao ComandanteJoaquim Pinto e ao Adjunto de Comando AntónioTeixeira, que cessaram funções e passaram parao quadro e honra a 31 de Janeiro de 2015. A Assembleia Geral da Associação Humanitáriados Bombeiros Voluntários de Figueiró dos Vi-nhos, ainda distinguiu com o Titulo de Sócio Ho-norário o Comandante Joaquim Pinto AscensãoMartins, e como Sócios Beneméritos o Dr. LuísManuel Rafael Silveirinha e o Comendador Jorgeda Conceição Lopes.Lucien Nicholas, adjunto do presidente da cidadefrancesa de Saint Maximin, geminada com Fi-gueiró dos Vinhos, que se deslocou propositada-mente para acompanhar as comemorações,saudou os Bombeiros de Figueiró dos Vinhos,destacando a diferença, quer organizativa, queroperacional do serviço de bombeiros em França,onde a profissionalização é a regra, em contra-ponto com o voluntariado em Portugal, bem comodo tipo de auxílio prestado, mais fogos florestaisem Portugal, e incêndios urbanos em França. Ofe-receu à associação uma escultura em pedra desua autoria.Seguiu o período de intervenções com a interven-ção do novo Comandante, Paulo Renato, quenum discurso pleno e emoção, endereçou os pa-rabéns aos bombeiros condecorados, e agrade-ceu a confiança que nele depositaram, e muitoespecialmente aos elementos do comando quecessaram funções, Adjunto Teixeira e Coman-dante Pinto, que considerou como “o pai quenunca tive”.Usou da palavra seguidamente o presidente daAssociação, Luís Filipe Silva, que lembrou queneste dia se celebrava também em Bragança oDia Nacional do Bombeiro. Cumprimentou a dele-gação da cidade francesa de Saint Maximin, tendode seguida lembrado a história dos Bombeiros Vo-luntários, narrada no livro de Tó Zé Silva.Seguiram-se intervenções de entidades represen-tadas: Rui Vargas, da Federação dos Bombeirosdo Distrito de Leiria, Sérgio Gomes, ComandanteOperacional Distrital de Leiria, e Mário Serol, da

Liga dos Bombeiros Portugueses, que durante aintervenção entregou os crachás de ouro atrás re-feridos.Jorge Abreu, presidente da Câmara Municipal, re-cordou que estes 80 anos de história foram 80anos de luta, e reconheceu a Associação Huma-nitária dos Bombeiros Voluntários de Figueiró dosVinhos como uma das mais respeitadas do con-celho. Reiterou o seu apoio e total confiança nonovo Comandante, e disponibilizou-se para conti-nuar a sempre presente colaboração entre a au-tarquia e a associação.Encerrou a sessão o Secretário de Estado do Or-denamento do Território e da Conservação da Na-tureza, Miguel de Castro Neto, que endereçou osparabéns à Associação Humanitária dos Bombei-ros Voluntários de Figueiró dos Vinhos, a quemagradeceu pelos 80 anos de serviços prestadosem benefício da população, lembrando a “gran-deza do coração dos bombeiros”.À saída foi descerrada uma lápide evocativa deste80º Aniversário.As Cerimónias encerraram com um desfiloapeado e motorizado pelas ruas da vila de Fi-gueiró dos Vinhos, seguido de um almoço deplena confraternização e aniversário entre bom-beiros e convidados.

Atribuição de Medalhas de Assiduidade e De-dicação. Grau Cobre, 5 anos de Assiduidade e de bons eefetivos serviços prestados à causa dos Bombei-ros Portugueses: Bombeiro de 3ª Classe Ana Cris-tina Silva Dias Grau Prata, 10 anos de Assiduidade e de bons eefetivos serviços prestados à causa dos Bombei-ros Portugueses: Bombeiro de 2ª Classe PauloJorge Tavares Reis Grau Ouro, 15 anos de Assiduidade e de bons eefetivos serviços prestados à causa dos Bombei-ros Portugueses: Adjunto de Comando Daniel Fi-lipe de Jesus Batata Grau Ouro, 20 anos de Assiduidade e de bons eefetivos serviços prestados à causa dos Bombei-ros Portugueses: Categoria Bombeiro de 2ªClasse Maria Olívia Santos David Nogueira eBombeiro de 3ª Classe Nuno Miguel Nunes Lopes

Medalhas de Quadro de HonraComandante QH Joaquim Pinto Ascensão Mar-tinsAdjunto de Comandante QH António Boaventurada Conceição Teixeira

Diplomas de Sócio Benemérito e Sócio Hono-rárioTítulo de Sócio Benemérito ao Senhor Comen-dador Jorge da Conceição Lopes.Título de Sócio Benemérito ao Dr. Luís Manuel

Rafael Silveirinha.Título de Sócio Honorário ao Comandante Joa-quim Pinto Ascensão Martins.

Crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Por-tuguesesBombeiro de 3ª Classe António Leal Sub-Chefe Carlos Vieira.

Resumo Curricular dos

Elementos de Comando

Comandante Paulo RenatoPaulo Renato Conceição Nogueira, ingressa noCorpo de Bombeiros Voluntários de Figueiró dosVinhos, a 06-03-1992, na Categoria de Aspirante,Ingressando na Carreira de Bombeiro a 20-05-1994. Em 10-12-2001, é promovido ao posto deBombeiro de 2ª e em 04-09-2004, chega ao postode Bombeiro de 1ª. Continua a sua progressão naCarreira de Bombeiro chegando a Sub-Chefe em18-06-2007. É desde 2010, Encarregado Opera-cional na Câmara Municipal de Figueiró dos Vi-nhos.É detentor, entre outros, dos Curso de: Tripulantede Ambulâncias de Transporte, Salvamento e de-sencarceramento, Condutor de Embarcações deSocorro, Chefe de Equipa e chefe de Grupo deCombate a Incêndios Florestais, Organização dePostos de Comando, Gestão Operacional de In-cêndios Urbanos e Industriais, Gestão Operacio-nal de Incêndios Florestais, Organização Jurídica,administrativa e Operacional, Segurança e Com-portamento de Incêndio Florestal.É proposto ao cargo de Adjunto de Comando,onde ingressa em 26-05-2013, passando a 18-05-2014 a 2º Comandante. Assume o comando Inte-rino deste corpo de Bombeiros a 01-02-2015,tendo sido proposto a Comandante em reunião deDirecção datada de 24-01-2015.A 27-02-2015, por Despacho de Sua Exª o Direc-tor Nacional de Bombeiros. Assume o Comandodos Bombeiros Voluntários de Figueiró dos Vi-nhos.

Adjunto Jorge MartinsJorge Alexandre Antunes Martins, ingressa noCorpo de Bombeiros Voluntários de Figueiró dosVinhos, a 01-09-1997, na Categoria de Cadete,Ingressando na Carreira de Bombeiro a 15-05-2000. Em 20-07-2002, é promovido ao posto deBombeiro de 2ª e em 04-09-2004, chega ao postode Bombeiro de 1ª. Continua a sua progressão naCarreira de Bombeiro chegando a Sub-Chefe em18-06-2007. É desde 15-05-2009 Chefe da EIP

dos Bombeiros Voluntários de Figueiró dos Vi-nhos.É detentor, entre outros, dos Curso de: Tripulantede Ambulâncias de Socorro, Formador de Salva-mento e desencarceramento, Formador de Com-bate a Incêndios Urbanos e Industriais, Chefe deEquipa de Combate a Incêndios Florestais, Con-trolo de Acidentes com Matérias Perigosas, Con-dução Defensiva em Marcha de Emergência,Curso de Sobrevivência e Equipa de IntervençãoRápida – NFPA.É proposto ao cargo de Adjunto de Comando,deste corpo de Bombeiros pelo comandante, emreunião de Direcção datada de 24-01-2015, tendosido aprovado na mesma Reunião.Após conclusão com sucesso das Provas de Ava-liação de Competências para Quadros de Co-mando é Homologado ao Cargo, a 30-03-2015,por Despacho Sua Exª o Director Nacional deBombeiros.

Adjunto Daniel BatataDaniel Filipe de Jesus Batata, ingressa no Corpode Bombeiros Voluntários de Cantanhede, a 04-05-1999, na Categoria de Cadete, Ingressando naCarreira de Bombeiro a 23-05-2003. Em 26-11-2005, é promovido ao posto de Bombeiro de 2ª eem 04-11-2009, chega ao posto de Bombeiro de1ª.Em 02-03-2010, a seu pedido, é transferido paraeste Corpo de Bombeiros. A 02-10-2012, é requa-lificado na Carreira de Oficial Bombeiro, no postode Oficial Bombeiro de 2ª. É desde 15 de Dezem-bro de 2005, Fisioterapeuta na Santa Casa da Mi-sericórdia de Figueiró dos Vinhos.É detentor, entre outros, dos Curso de:T ripulantede Ambulâncias de Transporte, Salvamento e de-sencarceramento, Formador de Matérias Perigo-sas, Organização de Postos de Comando, GestãoOperacional de Incêndios Urbanos e Industriais,Gestão Operacional de Incêndios Florestais, Or-ganização Jurídica, administrativa e Operacional,Formador Internacional de Curso de Matérias Pe-rigosas - Reconhecimento e Operações, pelaNFPA.É proposto ao cargo de Adjunto de Comando,deste corpo de Bombeiros pelo comandante, emreunião de Direcção datada de 24-01-2015, tendosido aprovado na mesma Reunião.Após conclusão com sucesso das Provas de Ava-liação de Competências para Quadros de Co-mando é Homologado ao Cargo, a 30-03-2015,por Despacho de Sua Exª o Director Nacional deBombeiros.

António B. Carreira

80º Aniversário da Associação Humanitárias dos Bombeiros Voluntários de Figueiró dos Vinhos

Escola de Condução Figueiroense

Revalidação de Carta de Condução

Esta escola de condução, informa os seusclientes que para revalidação, troca ou mu-dança de residência da carta de condução, apartir da próxima segunda-feira dia 22, esteserviço passa provisoriamente a ser feito em“Anexo 1”, Rua Major Neutel de Abreu nº 13,(ao lado da Retrosaria Martins, frente à

CCAM), de 2ª a 6ª-feira nos horários normais, aos Sábado das 09.00às 12.00 horas.

Também em “parceria” e com marcação prévia pelo telefone nº 961

533 240 (José Domingues) ou 961 533 248, tratamos da emissão de

Atestado Médico e Certificado de Avaliação Psicológica.

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16 de Junho de 2015 7 .

O Município de Figueiró dos Vinhos, numa parce-ria com a Universidade de Aveiro, a Universidadede Évora, a Escola Superior Agrária de Coimbrae o Instituto da Conservação da Natureza e dasFlorestas, está a promover o ALJIA - Plano deGestão Integrada da Ribeira de Alge, com vistaao Desenvolvimento Territorial Sustentável de Fi-gueiró dos Vinhos.O ALJIA - Plano de Gestão Integrada da Ribeirade Alge assentará na recolha de dados de basecom vista à caracterização e diagnóstico do es-tado de conservação da bacia hidrográfica da Ri-beira de Alge, na avaliação das valênciasecológicas e económicas da Ribeira de Alge eárea envolvente e na potenciação e promoção davalorização ecológica, cultural, social e económica(agrícola, florestal e turística) desta linha de águaque constitui a “coluna vertebral” do concelho deFigueiró dos Vinhos. O ALJIA - Plano de Gestão Integrada da Ribeirade Alge prevê ainda um Centro de Recuperaçãode Ecossistemas Ribeirinhos (CRER), Projeto-Pi-

loto com efeito replicador de técnicas e metodo-logias de gestão e conservação de recursos na-turais ribeirinhos, a implementação de boaspráticas de gestão e manutenção de galerias ripí-colas e dos recursos piscícolas em toda a regiãoda Serra da Lousã, e tem a duração de três anos,automaticamente renováveis por iguais períodos,salvo denúncia por qualquer das Partes,com a antecedência mínima de trêsmeses, e sem prejuízo da conclusão de quaisqueratívidades em curso. Por este protocolo a Câmara Municipal de Fi-gueiró dos Vinhos obriga-se a ceder as instala-ções do Posto Aquícola de Campelo, com asalvaguarda do desenvolvimento do Projeto “Eco-tone - Gestão de Habitats Ripícolas para a Con-servação de Invertebrados Ameaçados“, bemcomo a fazer a ligação entre as Partes, liderar os processos de candidatura aos fundoscomunitários e assegurar as condições logísticaspara a implementação. Por sua vez, o ICNF contribui com know-how para

a implementação do objeto do Protocolo e na for-mação de quadros especializados em gestão derecursos naturais, nomeadamente piscícolas. Quanto à Universidade de Aveiro tem a seu cargoa coordenação científica geral, dando o seu con-tributo e suporte científico para a gestão dos ecos-sistemas ribeirinhos, nomeadamente das galeriasripícolas e áreas envolventes, na área da fauna eflora. A Universidade de Évora vai fazer a coordenaçãocientífica de todos os projetos e subprojectos queenvolvam a conservação e gestão dos recursospiscícolas, dando também o seu contributo e su-porte científico para a gestão dos recursos piscí-colas da Ribeira de Alge e do futuro CRER. Já o Instituto Politécnico de Coimbra - Escola Su-perior Agrária de Coimbra (IPC-ESAC) fica com acoordenação científica de todos os projetos e sub-projetos que envolvam o controlo de espéciesexóticas invasoras na Ribeira de Alge e área en-volvente e projetos e subprojetos que envolvam aárea agrícola e Florestal, dando o seu contributo e suporte cientí-fico para a gestão das áreas afetadas por Acaciasp. e outras espécies invasoras. A coordenação científica geral será asseguradapelo Professor Doutor Carlos Manuel Martins San-tos Fonseca, da Universidade de Aveiro, sendo acoordenação operacional assegurada pelo EngºGonçalo André Dinis Brás, da Câmara Municipalde Figueiró dos Vinhos.A Apresentação Pública do ALJIA - Plano de Ges-tão Integrada da Ribeira de Alge e Celebração doProtocolo de Colaboração Institucional entre asentidades parceiras irá decorrer no dia 26 deJunho de 2015, às 14h30, na Casa da Cultura -Clube Figueiroense, e contará com a presença daMinistra da Agricultura e do Mar, Assunção Cris-tas.

António B. Carreira

ALJIA - Plano de Gestão Integrada da Ribeira de Alge Apresentação Pública e Celebração de Protocolo no dia 26

Decorreu na Biblioteca Municipal de Figueiródos Vinhos, no dia 5 de Junho, o lançamento donovo livro de poesia de Alcides Martins, A Som-bra da Alma.A obra foi apresentada por Marta Brás, vice-pre-sidente da autarquia figueiroense, que destacouno livro a percepção do autor daquilo que é acontradição da vida, com um lado obscuro, e emparalelo, um lado mais risonho e optimista,tendo lido alguns poemas demonstrativos destapercepção.Alcides Martins agradeceu a todos os presentesque quiseram testemunhar este lançamento,abordando de seguida alguns aspectos técni-cos.Seguiu-se um período de diálogo com assistên-cia, tendo a professora Celeste Dias lido, a pe-dido dos presentes, alguns poemas deste livro,de que gostou particularmente.

António B. Carreira

Sombra da AlmaO novo livro de poesia de

Alcides Martins foi apresentado

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8 . 16 de Junho de 2015

Promovida pela direcção da associação local,O Penico, realizou-se no sábado, dia 13 deJunho, dia de Santo António, nas instalaçõesda popular casa de convívio de Alge, a já tradi-cional sardinhada, que costuma ser levada acabo por altura dos Santos Populares.Como habitual para além da população e fami-liares residentes em Lisboa, teve a participaçãomuita significativa de amigos do lugar de Alge. A acompanhar as sardinhas, uma apetitosa ba-

tata nova cozida com pele, salada mista de al-face, pepino, tomate pimentos e cebola, e emcomplemento um bom vinho fornecido pela or-ganização e por vários convivas, sobremesacafé e bagaço da região e grande confraterni-zação durante a tarde.As fotos documentam bem o são convívio vividodurante o almoço.Para o ano há mais!

Sardinhada em Alge

Vão decorrer entre 17 de 20 de Julho as tradi-cionais festas em honra de Nossa Senhora daSaúde.Os festejos iniciam-se na sexta-feira, dia 17 deJulho, com a aparelhagem do Som Estrela. Às21h00 abre a quermesse, e às 21h30 será a ac-tuação do Duo Musical R. M., que terá a seucargo a animação pela noite dentro.No sábado, dia 18, o arraial abre às 11h00 e obar ao meio-dia. Às 14h30 inicia-se o Torneiode Sueca, e às 17h00 será realizada uma va-cada, a cargo da Ganadaria XICOZÉ. Pela noite actuará a Orquestra Zona Norte, noseu magnífico camião / palco, seguindo-se asactuações de Ana Malhoa e de sua filha ÍndiaMalhoa, que serão acompanhadas por bandaprópria. A Orquestra Zona Norte continuará de-pois a animação pela noite dentro.No domingo, dia 19, pela manhã chegará aBanda Filarmónica Figueiroense, que partici-pará na recolha das fogaças, e pelas 14h00dará um concerto. Às 15h00 será celebradaMissa com Sermão, pelo Revº Pároco JoséRosa Gomes, seguida de Procissão com a ima-gem de Nossa Senhora da Saúde, que percor-rerá as ruas principais da aldeia. Depoisrealiza-se o leilão de fogaças e outras oferen-das, seguido de um momento musical, pelas17h30, com a actuação da Bandinha da Alegria.

A animação musical à noite estará a cargo doConjunto Musical Jovisom, até altas horas damadrugada.As festas encerram na segunda-feira, dia 20,com a Missa às 11h00, seguida do tradicionalalmoço de confraternização para conterrâneose amigos da terra.

Fontão Fundeiro: Festas de Nossa Senhora da Saúde

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A 4 de setembro de 1616, na vila de Figueiró dosVinhos, contratualizou-se o arrendamento da Co-menda de Santa Maria de Bragança e Baçal, comsuas anexas, entre Sebastião Coelho, «fidallguoda casa de Sua Maguestade e contador do mes-trado do abito de Nosso Senhor Jhesus Christoda villa de Thomar e provedor das comendas va-guas da dita ordem» e Francisco Alves de Men-donça, morador na cidade de Bragança, comoprocurador de Luís Sanches, morador na dita ci-dade. Esta escritura foi lavrada na vila de Figueiró dosVinhos, nas casas do aludido contador, onde es-tiveram também presentes como testemunhas:Francisco de Morais, tabelião, criado do dito con-tador, João Lopes da Silva, caminheiro da conta-doria, e Simão Torresão, sacerdote de missa, filhodo mencionado contador. Neste documento colhe-mos a informação de que Luís Sanches havia ar-rematado a referida Comenda, iniciando-se oarrendamento no dia de São João Batista de1616, e prolongando-se até ao dia do mesmosanto de 1617, cujo preço ascendia a 50.000 réis.Esta Comenda de Santa Maria de Bragança eBaçal, com suas anexas, havia ficado vaga por fa-lecimento de Diogo Sales Soeiro, último comen-dador.O arrendamento desta Comenda encaixa-se nodeterminado pelos estatutos da Ordem de Cristoem vigor nessa época. Enunciavam esses estatu-tos, em relação ao arrendamento das comendasvagas: «Diffinimos, & ordenámos, que tanto quevagarem as cõmendas, tem o Contador obrigaçãode as arrendar, mandando fazer as diligencias, &pondoas em pregaõ, nos lugares & comarcas,onde as comendas estiuerem (…). O contador,aceitando o lanço mayor, fará o arrendamento portempo de dous annos somente, com as solénida-des que se requerem, & estão em custume; & to-maraõ as fianças seguras, & abonadas, pellascamaras onde se nomearem os bẽns, que a ellasobrigarem; & não as tomando seguras, & abona-das, pagará todo o dano que ouuver por respeitode a fiança não ser segura, & abonada: & todosos annos mandarà á Mesa de ordens hũa lista dosarrendamentos que fizer, & de quando se cum-prem os pagamentos; & mandará outro si no fimdo anno outra certidão do escriuão de seu cargodo que recadou dos dittos arrendamentos» (Defi-nicoes e Estatvtos dos Cavalleiros & Freires daOrdem de N. S. Iefu Chrifto, com a hìftoria da ori-gem, & principio della, Com licença da Santa In-quisição, Ordinario, & Paço, Por PedroCraesbeeck, Impreffor delRey, Lisboa, 1628, p.170-173).O valor do arrendamento estipulado neste con-trato, cuja soma importava em 50.000 réis, deveriaser executado em três pagamentos, a saber: o pri-meiro no Natal, o segundo na Páscoa, e o terceirono dia de S. João, sendo que o «dinheyro dasditas paguas trara ou mandara tanto que elasforem cheguadas pera se meter no cofre do com-vemto da villa de Tomar a sua custa e risquo delleremdeiro», conforme estipulava a Ordem de Cristonos seus estatutos. Eles determinavam ainda que«O dinheiro dos arrendamentos das Cõmendasvagas, estará em hum cofre de tres chaues no Co-nuento de Thomar, onde de ordinario reside o con-tador: hũa das chaues terá o dom Prior: ou supriorem sua ausencia, a segunda o contador: a terceirao escriuão de seu cargo.».Desses estatutos, e no que se relata sobre o Bis-pado de Miranda, alcançámos o esclarecimentode que a Comenda de Santa Maria de Bragança

e Baçal rendia, no ano de 1615, 60.000 réis. Con-tudo, nesse Bispado, afirmava-se que «naõ háCommenda algũa velha, nem do Padroado, & havinte e hũa nouas das dos vinte mil cruzados quepagaõ meyas annatas; & valem tres contos, oito-centos sincoenta & noue mil reis» (Definicoes eEstatvtos…, op. cit, p. 253).Cremos, também, que a família Torresão Coelhoa que nos referimos tinha, no século XVI, as suasraízes nesta vila de Figueiró dos Vinhos. SimãoTorresão, pai de Sebastião Coelho, Contador doMestrado de Cristo, residiu nesta vila, havendonela falecido a 10 de agosto de 1580 (Arquivo daSanta Casa da Misericórdia de Figueiró dos Vi-nhos, Livro de Receitas e Despesas de 1580-1581, item 2, fl. 17v., «Em dez d’Agosto falesceoSimão Torrosão deu d’esmola ha Misericórdiaquatrocentos reis»). Reconhecemos SebastiãoCoelho, e de acordo com esta escritura de arren-damento, como Fidalgo da Casa de Sua Majes-tade, Contador do Mestrado de Cristo da entãovila de Tomar e Provedor das Comendas vagasda dita Ordem. Julgamos importante referir a evidência de, nestaescritura, surgir como testemunha o filho de Se-bastião Coelho, chamado Simão Torrezão (Coe-lho), sendo nesse ano sacerdote de missa(Arquivo Distrital de Leiria, Livro Notarial de Fi-gueiró dos Vinhos, Dep. V-54-C-6, Arrendamentoda Comenda de Santa Maria de Bragança, datadode 4 de setembro de 1616, fls. 102-104v.). Nas palavras de Fr. António Brandão, Simão Tor-resão Coelho nasceu em Figueiró dos Vinhos,«filho de Sabastião Coelho, Corregedor de Tho-mar, e Contador do Mestrado da Ordem deChristo, Colegial, e Lente Canonista, eleito aos 30de Outubro de 1617. Foy Prior de S. Martinho deLisboa, Ouvidor da Capella Real, Deputado doSanto Officio, da Mesa da Consciencia, e da Bullada Cruzada, e nomeado Inquisidor tambem emLisboa, que não aceitou» (BRANDÃO, Fr. António,Terceira Parte da Monarchia Lusitana, in Collec-ção dos Principaes Auctores da Historia Portu-gueza, publicada com notas pelo Director daClasse da Litteratura da Academia Real dasSciencias, e por ella oferecida a S. Alteza Real oPrincepe Regente Nosso Senhor, Na Typographiada mesma Academia, com licença de S. AltezaReal, Lisboa, 1806, tom. I, Prólogo).Simão Torresão Coelho foi um dos amigos deJoão Pinto Ribeiro, conforme se atesta no elogioalusivo a D. João de Castro (RIBEIRO, JoãoPinto, Elogio do mvy valeroso, e de raras virtvdesDom Ioão de Castro Illustrissimo Governador & Vi-sorrey da Índia, na Officina de Domingos LopesRosa: a custa de Lourenço de Queiròs livreiro doEstado de Bragança, Lisboa, 1642, fl. 3-5). Simão Torresão Coelho faleceu a 10 de setembrode 1642 e jaz sepultado na sacristia da igreja deS. Martinho em Lisboa.Concluímos, com base nesta escritura, que amesma se reveste de importância manifesta paraa compreensão do estudo das Comendas daOrdem de Cristo em Portugal, não só pela riquezado seu conteúdo, mas também pelo contributo quecom ela se pode fomentar para a amplitude dosestudos desta Ordem.

Apêndice documental 1616, setembro, 4, Figueiró dos Vinhos - Arrenda-mento da Comenda de Santa Maria de Bragançaa Luís Sanches morador na dita cidade.

Arquivo Distrital de Leiria, Livro Notariais de Fi-gueiró dos Vinhos, Dep. V-54-C-6, fls. 102-104v.

[fl. 102]Arremdamento da Comenda de Santa Maria deBarguansa

Saybam quantos este pubriquo estromento de ar-remdamento de hum anno he huã novidade deque feito e aquabado virem que no anno do nasi-mento de nosso Senhor Jhesus Christo de mill eseissentos he dosaseis annos em os quatro diasdo mes de Setembro do dito anno nesta villa deFigueyro dos Vinhos terra e jurdisão de Pero d’All-quasouva de Vascomsellos Senhor da quasa deFigueiro nas quasas da morada de SebastiãoCoelho fidallguo da casa de Sua Maguestade econtador do mestrado do abito de Nosso SenhorJhesus Christo da villa de Thomar e provedor dascomendas vaguas da dita ordem perante elle pa-reseu Francisquo Allves de Mendonsa morador nasidade de Barguansa procurador abastante deLuis Sanches morador na dita sidade de Bar-guansa por vertude de huã procurasão que loguomostrou da quall comstava ser feito por Jorgue deMadureira Ferreira tabalião de notas na dita si-dade em suas pousadas das aos vinte he seisdias do mes de agosto próximo pasado desta erade seissentos he dosaseis annos e nella forão tes-temunhas Manoell de Santiaguo e Jasinto Ferreiraseu filho e nella fasia elle comstetuinte seu bas-tante procurador com todos os poderes em direitoconsedidos e nesesario // [fl.102v.]e com libera eguerall ademinestrasão ao dito Francisco Allvesde Mendonsa pera que elle podese em seu nomearrendar a comenda de Santa Maria de Bar-guansa e do Basall com suas anexas e dellasfazem em seu nome arrendamento em preso desincoenta mill reis foros pera Sua Maguestade oucomendador dos encareguos costumados na ditacomenda e asinar os ditos arrendamentos comtodas as clausas he condisonis nesesarias e ob-riguar seus bens ao cumprimento de todo a quallprocurasão fiqua em meu poder e loguo polo ditoFrancisco Allves de Mendonsa que presente es-tava foi dito a elle contador perante mim tabaliãohe testemunhas ao diante nomeadas que ele lhetinha arrematado ha dita comenda por este pre-sente anno que comesou de dia de São João Bau-tista pasado desta presente era e avia de aquabarpor outro tall dia da era de seissentos he dosaseteannos que he huã novidade de somente compridae aquabada em preso de sincoenta mill reis forospera Sua Maguestade ou comendador que vierforos dos encareguos costumados da dita co-menda que pedia a elle contador lhe mandasefazer seu aremdamento a que nisso por elle con-tador dese que arematava com o defeito aremdama dita comenda de Santa Maria de Barguansacom suas anexas sita na mesma sidade e bispadode Miranda que vagou por // [fl. 103] falesimentode Dioguo Sales Soeiro ulltimo comendador quedella foy polo dito preso de simcoenta mill reisforos de todos os encareguos costumados na ditacomenda polo dito anno que comesou por dia deSão João Bautista pasado desta era de seisentoshe dosaseis anos he aquaba por outro tall dia daera de seissentos he dosasete annos com suasanexas e todo o mais pertensemte a dita comendaasi he da maneira que costumava andar por arem-damento com as condisonis seguintes: primeira-mente que o dito rendeiro Luis Sanches paguaraos ditos sincoenta mill reis em tres paguas higuaisconvem a saber netall pascoa São João do annoque vem de seisentos he dosasete annos e comas ditas pagas não hacodira se não ha quem SuaMaguestade mandar por suas provisonis ou ellecontador por seus mandados e que o dinheyro

das ditas paguas trara ou mandara tanto que elasforem cheguadas pera se meter no cofre do com-vemto da villa de Tomar a sua custa e risquo delleremdeiro e que não trazendo as ditas paguas notempo de sua obriguasão podera ser sitado emseu nome o porteiro das contas do mestrado deCristo que ora he e ao diente for pera contas hepolo que por ellas se achar que esta hade vir seráemxuquatado he ira hahi so hum caminheiro a suacusta a dusen // [fl. 103v.]tos reis por dia e queposto que as novidades do dito anno sobrevenhãoesterlidades ou allgum lanso for feito cada cudadoou não cudado ou taixa gueral ou espesiall postoque sesa como lei não em camara esta dita co-menda e confrira emteiramente com as paguasdeclaradas neste arrendamento e que sibretudo ocontendo nelle respondera no juizo delle contadorsem poder aleguar privileguio que ora tenha e aodiente posa aver pera declinar ho dito juizo e quese prosedera comtra elle na arequadasão destaremda via emxuquasiva como fazemdo de SuaMaguestade que he e que não poderá aleguar ne-nhum sembarguos pera desxar de fazer o pagua-mento do que estiver devendo nem sera ouvidocom elles sem primeiro depositar na mão dellecontador ou da pesoa que elle nomear a contiaque estiver devendo sem pera iso ser nesesariodarem fiansa por que daguora pera emtão he deantam pera aguora as ha por abonadas e que nãopoderá guosar de ferias guerais nem espisiais epelo dito Francisco Alves de Mendonsa foi dito queelle em nome de seu constetuinte Luis Sanchespor vertude da dita procurasão haseitava estearemdamento com todas as clausullas he condi-sonis penas he obrigasones nelle conteudas e sedesa forava // [fl. 104] em nome de seu conste-tuinte de juiz de seu foro e se obriguava a elle res-ponder no juizo delle contador e comfraria todosos privileguios he liberdades que o dito seu coms-tituinte tenha au adiente posa ter pera não respon-der no dito juizo e se sometia como disso ter atodoas as mais clausulas he condisonis e penasconteudas neste arendamento e a tudo cumprirobriguava os beins do dito constetuinte avidos epor aver e que dentro de hum mes da feitura destearendamento não daria fiansa ao juízo delle con-tador seguro e abonado de que elle contador sejacontente e não ha não vão dando esta rendas eabrira e a vendo cresimento sera pera Sua Ma-guestade e avendo perda a paguara elle rendeiroseu constetuinte de hua quasa e por elles por seserem contentes de tudo ho conteudo neste aren-damento vai elle contador fazer este arendamentoque se obriguou a fazer dar pelo dito anno emnome de Sua Maguestade pera o que obriguou osfruitos da dita comenda e não pagou o dito Fran-cisco Alves de Mendonsa os ordenados do ditocontador he seus hofisiais por não trazer dinheiroe serão briguado seu constetuinte a se não darcom a fiansas o penna de ser emxuquatado porelles e por de fato serem contemtes mãodarãonesta nota fazer esta escretura pera della se daros trelados que forem nesesarios que asina // [fl.104v.] narão com estemunhas que a tudo forãopresentes e aqui com eles hasinarão Francisco deMorais criado do dito contador he João Lopes daSilva caminheyro da contadoria e Simão Torosãofilho delle contador saserdote de misa e com Fran-cisquo de Morais tabalião que a escrevi.

(a) Sebastião Coelho(a) Francisco Alves de Mendonsa(a) Simão Torressão Coelho(a) Francisco de Morais(a) João Lopes da Silva

Luís Sanches, rendeiro da Comenda de Santa Mariade Bragança e BaçalMiguel Portela

Investigador

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10 . 16 de Junho de 2015

NECROLOGIA

Agências Funerárias José Carlos Coelho e Castanheirense

Nuno Santos Fernandes

Advogado

Fonte do Casulo3260-021 Figueiró dos Vinhos

Tel./Fax: 236 552 172 Tlm. 919 171 456

Maria Coelho MendesNasceu a 23/04/1924Faleceu a 14/05/2015

Natural de Agria Grand, Figueiródos Vinhos, residente em Bar-raca da Boa Vista, Vila Facaia

Agência Funerária Alfredo Martins

Agências Funerárias José Carlos Coelho e Castanheirense

Ermelinda da Conceição Rodrigues Nasceu a 26/02/1917Faleceu a 02/05/2015

Natural de Arega, residente em Casais Fundeiros - Arega

Agências Funerárias José Carlos Coelho e Castanheirense

Fernando Tomás dos SantosNasceu a 24/12/1935Faleceu a 03/05/2015

Natural de Agria Grande,Figueiró dos Vinhos, resi-dente em Figueiró dos Vinhos

Agências Funerárias José Carlos Coelho e Castanheirense

José Rosa FranciscoNasceu a 08/09/1945Faleceu a 05/05/2015

Natural de Figueiró dos Vi-nhos, residente em Casal deSantarem, Figº dos Vinhos

Laura Rodrigues SimõesNasceu a 01/03/1914Faleceu a 11/05/2015

Natural de Bairradas, Figuei-ró dos Vinhos, residente emAldeia Fundeira das Bairradas

Emilia MariaNasceu a 20/04/1930Faleceu a 13/05/2015

Natural de Vila Facaia,residente em Várzeas, Vila Facaia

Adelina Vaz FerreiraNasceu a 20/05/1930Faleceu a 21/05/2015

Natural de Figueiró dos Vin-hos, residente em Ponte deArega - Figº dos Vinhos

Maria do RosarioNasceu a 20/03/1925Faleceu a 15/05/2015

Natural de Cernache do Bon-jardim, residente em Brejo-Arega

Virgínia do CarmoNasceu a 15/06/1920Faleceu a 27/05/2015

Natural de Pedrógão Pe-queno, residente emBravo, Pedrógão Pequeno

Amália Nunes AntunesNasceu a 27/02/1944Faleceu a 26/05/2015

Natural de Pedrógão Pe-queno, residente em CasalNovo, Pedrógão Pequeno

Américo Almeida CortezNasceu a 02/09/1947Faleceu a 01/06/2015

Residente em Bairradas,Figueiró dos Vinhos

Agências Funerárias José Carlos Coelho e Castanheirense Agências Funerárias José Carlos Coelho e Castanheirense

Agências Funerárias José Carlos Coelho e Castanheirense Agências Funerárias José Carlos Coelho e Castanheirense

Ribeira de S. Pedro3260-345 Figueiró dos Vinhos

912 101 099236 552 475

[email protected]

Casal Novo Pedrógão Pequeno

Amália Nunes Antunes27/02/1944 - 26/05/2015

Eterna Saudade de seu Marido, Filhos, Genro e Noraque agradecem a todas as pessoas que a acompanharam

Agência Funerária Alfredo Martins Agência Funerária Alfredo Martins

Agência Funerária Alfredo Martins

Agência Funerária Alfredo Martins

BravoPedrógão Pequeno

Virgínia do Carmo15/06/1920 - 27/05/2015

Eterna Saudade de seu Filho, Nora e Neto e toda a Família

Agência Funerária Alfredo Martins

BairradasFigueiró dos VinhosAmérico Almeida Cortez

02/09/1947 - 01/06/2015

Eterna Saudade de sua Esposa, Filhoas, Genros e Netas

Agência Funerária Alfredo Martins

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Desporto - Futebol: Associação Desportiva de Figueiró dos VinhosDesporto - Futebol: Associação Desportiva de Figueiró dos Vinhos

Futebol – Juniores

Futebol – Iniciados

A equipa de juniores da Associação Desportiva deFigueiró dos Vinhos encerrou a sua participaçãono Campeonato Distrital de Leiria da 1ª Divisãode Futebol Júnior, com uma vitória na Ranha por2-5, numa partida que contou para a 10ª e últimajornada da fase de subida e apuramento de cam-peão.Nas jornadas anteriores a Desportiva tinha-sedeslocado a Leiria para defrontar o Boavista, nodia 16 de Maio, tendo perdido por 2-0. No dia 23de Maio nova deslocação a Leiria, desta vez aoCasal do Claros para jogar com o GDR CulturalUnidos, saldando-se o resultado em nova derrotapor 5-0. No dia 30 de Maio nova derrota, destavez em casa frente ao líder A.E. Óbidos por 0-2.A Desportiva terminou em 5º lugar desta série,com 9 pontos provenientes de 3 vitórias e 7 der-rotas, com 14 golos marcados e 26 sofridos.

Entretanto já foi conhecido castigo aplicado a Ar-mando, na sequência dos acontecimentos do jogodisputado em Figueiró dos Vinhos com a Ranha:6 meses de suspensão, o que atira para Novem-bro o final da punição. À Desportiva foi aplicada apena de derrota por 0-3, e uma sanção pecuniáriano valor de 76,50€.Classificação final: 1º AE Óbidos 28 pontos, 2ºsGDR Cultural Unidos 16, 3º Avelarense 16, 4ºBoavista 16, 5º Desportiva 9, 6º Ranha 3.AE Óbidos é Campeão Distrital da 1ª Divisão esobe à Divisão de Honra juntamente com o 2ºclassificado, o GDR Cultural Unidos. O AtléticoAvelarense falha a subida de divisão por estar emdesvantagem com o GDR Cultural Unidos noconfronto entre as três equipas classificadas com16 pontos.

António B. Carreira

A equipa de Iniciados da Associação Desportivade Figueiró dos Vinhos encerrou a sua participa-ção no Campeonato Distrital da 1ª Divisão de Lei-ria com um empate por 2-2 na Pelariga,conseguindo assim conservar o terceiro lugar naSérie A do Grupo B, com 15 pontos, referentes a4 vitórias, 3 empates e 3 derrotas, com 14 golosmarcados e 10 sofridos.A equipa deu excelentes indicações esta época,sendo notória a evolução positiva dos jogadorestreinados por Eurico, do princípio para o final docampeonato.

Classificação Final: 1º GD Ilha 27 pontos, 2ºSporting de Pombal B 22, 3º A. Desportiva 15, 4ºPelariga 12, 5º Almagreira 6, 6º Lusitano Chão deCouce 3.Correcção: O resultado do jogo Desportiva –Sporting de Pombal respeitante à 9ª jornada dis-putada em 10 de Maio foi de 0-1, favorável àequipa de Pombal, e não 2-0 conforme divulgá-mos no número anterior. Pelo sucedido apresen-tamos as nossas desculpas.

António B. Carreira

Jogo disputado no Estádio Municipal Afonso La-cerda, em Figueiró dos Vinhos, no domingo, dia24 de Maio, a contar para a 12ª jornada da 2ª fasedo Campeonato Distrital de Leiria de Futebol Sé-nior, com sol e muito calor.Com as duas equipas já praticamente arredadasda disputa dos lugares cimeiros da tabela classi-ficativa, nem por isso este jogo despertava menosinteresse, ou não se tratasse de um derbie regio-nal.A Desportiva vinha de uma moralizadora vitória najornada anterior, na casa de outro eterno rival, oAvelarense, por 1-2, enquanto o Recreio tinha sido

goleado em casa pelo candidato Boavista.Com arbitragem de Jorge Gomes, as equipas ali-nharam da seguinte forma:Associação Desportiva de Figueiró dos Vi-nhos: Didi (GR), Flechas, Fred, Ricardo, Hingá,Beto, Matine, Graça (Gui aos 86 min.), Gouveia,Russo (João Esteves aos 79 min.) e Jeta (Diogoaos 70 min.). Suplentes: Micael, Batista, Tiago eRafa. Treinador: João Almeida.Recreio Pedroguense: Tibúrcio (GR), Tiago, Pi-nilha, Caroço (Marcelo aos 45 min.), Shé, MiguelRoldão, César Palheira, João Reis, António Ale-xandre, Vítor Hugo (Cap.) (Tiago Ferreira aos 82min.) e Massaroco (Diogo aos 79 min.). Suplentes:João Crisóstomo (GR), Saviola, Renato e Deco.Treinador / Jogador: Shé.Os números não deixam grandes dúvidas quantoao cariz deste jogo, que atingiu o intervalo com aDesportiva a vencer por 2-0, com golos de Jeta,aos 17 minutos, e de Beto, aos 42. Pelo meio oRecreio Pedroguense ameaçou a baliza de Didi

aos 28 minutos com um remate de Vítor Hugo.No segundo tempo, Diogo que entrara aos 70 mi-nutos para o lugar de Jeta elevou a contagempara 3-0 à passagem do minuto 76. Na sequênciade um canto e de alguma confusão na área pe-droguense, Tiago fez auto golo e fechou a conta-gem do marcador., que ainda podia ter chegadoaos cinco, não fosse a excelente intervenção deTibúrcio aos 89 minutos, a negar mais um golopara a Desportiva.No domingo seguinte a veia goleadora da Despor-tiva prosseguiu no jogo em Pombal, com os Ca-seirinhos, goleados em casa por 1-6, e que seviram assim ultrapassados na tabela classificativapela equipa de Figueiró dos Vinhos. O último jogoda época aconteceu no domingo dia 6 de Junho,com a equipa já vencedora da Zona Norte e assimpromovida à Divisão de Honra, Matamouris-quense, cujo resultado final foi uma vitória por 1-0.A primeira volta desta fase foi fatal para as aspi-rações da Desportiva, que em 7 jogos fez apenas

2 pontos em 21 possíveis. Já na segunda volta aequipa parece ter regressado do outro mundo,tendo conseguido 5 vitórias, 3 das quais fora, eum empate, ou seja 16 pontos. A ter conseguidoesta performance na primeira volta, estaria isoladana frente da tabela com a vitória na zona e a pro-moção à Honra garantida.Classificação Final: 1º Matamourisquense, 28pontos, 2º GDR Boavista 27, 3º GD Ilha 23, 4ºDesportiva Figº Vinhos 21, 5ºs Caseirinhos e ACAvelarense 15, 7º GAU Grupo Alegres e Unidos13, 8º Recreio Pedroguense 12. Matamourisquense e AE Óbidos disputaram afinal no Estádio Municipal de Leiria no dia 14 deJunho, num jogo que foi o último da carreira do ár-bitro internacional da Associação de Futebol deLeiria, Olegário Benquerença, com o resultadofinal de 2-0, favorável à equipa de Óbidos, que éassim a nova campeã distrital da 1ª Divisão.

António B. Carreira

Futebol: Seniores A. Desportiva de Figº Vinhos 4 – Recreio Pedroguense 0

Quando ontem, já ao fim da tarde, me desloqueiao “nosso” Gimnodesportivo, não imaginava assurpresas que me esperavam. A primeira foi a pontualidade - coisa que, tam-bém os Figueiroenses há anos lançaram parao esquecimento - depois foi o desenrolar doevento no qual e à medida que o tempo ia avan-çando as provas de ginástica aumentavam deemoção. Pode dizer-se que várias dezenas de alunos,de ambos os sexos, das Escolas desta vila,desde o 1º ao 12ºAno se entregaram de “corpoe alma” com um único objectivo: um espectá-culo digno de ser visto e apreciado. Desneces-sário seria acrescentar que parte do êxitoalcançado se deve ao grupo de professores di-rectamente ligado. Apenas 2 notas menos positivas: - A primeira refere-se às pessoas que saíram

antes da sessão terminar. Certamente que,para algumas, motivos pessoais, a tal obriga-ram; para outras terá sido o não saberem apre-ciar a beleza do evento. Seja como for deixaramde aplaudir os alunos que tão bem desempe-nharam sua missão. - A segunda é que me pareceu estar o som de-masiado “alto”;Mas isso é da competência dos respectivos téc-nicos. Escrevo à vontade tanto mais que não tinhaqualquer familiar entre os intervenientes. Seja como for uma coisa é certa: participantes,professores e público estamos todos de para-béns.Pela minha parte fico à espera de mais…

Artur R. MateusFigueiró dos Vinhos, 10 de Junho de 2015

A minha opinião

O Agrupamento de Escolas, em conjunto coma Santa Casa da Misericórdia de Figueiró dosVinhos e com o apoio do Município de Figueiródos Vinhos, apresentou no dia 9 de Junho, às20h30, o IV Sarau Desportivo.

Nesta iniciativa que decorreu no Pavilhão Gim-nodesportivo, os alunos do Agrupamento de Es-colas fizeram uma demonstração dasactividades desportivas desenvolvidas ao longodo ano lectivo.

IV Sarau Desportivo

A Associação Desportiva de Figueiró dos Vinhosencerrou a época com uma sardinhada, que serealizou no Estádio Municipal Afonso Lacerda, nodia de Santo António, para dirigentes, atletas, téc-

nicos e convidados.Boa sardinha e boas companhias, a que se juntouum tempo agradável, proporcionaram um convívioao melhor nível.

Sardinhada

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12 . 16 de Junho de 2015

Decorreu em Figueiró dos Vinhos, no dia 31 deMaio, o Encontro Nacional de Mestres Alfaiates,que vai já na 26ª edição.Participarem no encontro cerca de 70 pessoas,entre alfaiates e familiares, que foi organizadoem Figueiró dos Vinhos por Joaquim Dias (Qui-neta), da empresa Dias & Conceição, armaze-nista de tecidos com estabelecimento na Vila.De todo o país vieram mestres alfaiates, desdeLisboa e Porto, Bragança, Oliveira de Azeméis,Paião, Águeda e Aveiro, Ponte da Barca ePonte de Lima, Penalva do Castelo, Grijó, e ou-tras localidades.Os participantes desta 26ª edição do EncontroNacional de Mestres Alfaiates foram recebidosno salão nobre dos Paços do Concelho pelopresidente da Câmara Municipal, após o que foiservido o pequeno-almoço no jardim municipal.Seguiu-se uma visita à Igreja Matriz e ao Con-vento do Carmo, para depois a comitiva rumaràs Sarzedas de São Pedro, em Castanheira dePera, para uma visita à fábrica de lanifícios Al-bano Morgado SA, onde foram recebidos pelaadministração da empresa, sendo no final da vi-sita servidos alguns aperitivos para o almoçoque viria de seguida.O almoço decorreu no Restaurante Paris, emFigueiró dos Vinhos, e na ocasião foram distri-buídos a cada um dos Mestres presentes umcorte de tecido para fato, oferta das empresasAlbano Morgado SA, de Castanheira de Pera,A. Saraiva Ldª. da Covilhã, Dormeuil, e Dias &Conceição, de Figueiró dos Vinhos.

Nascido em 1988, o Encontro de Mestres Al-faiates foi uma ideia de um vendedor de figuri-nos, o Sr. Damião, de Guimarães, que tinhacomo seus clientes os alfaiates do norte dopaís.

Em conversa com o Sr. Néu, da Alfaiataria Mo-derna de Ponte da Barca, e nosso interlocutora par de Joaquim Dias neste artigo, confiden-ciou-lhe o desejo de realizar um encontro de al-faiates, pedindo-lhe ajuda para o concretizar.Tal veio a acontecer, realizando-se o I Encontrode Mestres Alfaiates do Norte do País em Ponte

de Lima, no dia 24 de Abril de 1988. No ano se-guinte o evento já foi organizado a nível nacio-nal, e houve mesmo uma experiênciainternacional nos anos 90, com o CongressoMundial dos Mestres Alfaiates, realizado em

Lisboa, com os trabalhos a decorrerem no HotelRitz, e desfile de moda no Casino Estoril.Segundo o Mestre Néu, alfaiate de quarta ge-ração familiar nesta arte em Ponte da Barca, ecomo vimos, impulsionador destes encontros,a finalidade que preside à iniciativa é a neces-sidade da troca de informação entre os profis-

sionais, em assuntos tão diversos como aaprendizagem, vencimentos, corte, novas téc-nicas, moda e estética, psicologia aplicada oumeio ambiente.Ainda segundo o nosso interlocutor, o futuro daprofissão, que em sua opinião nunca acabará,está dificultado pelas novas realidades. A idadedos alfaiates é na generalidade avançada, eapenas alguns “miúdos”, filhos de alfaiates,continuam hoje em dia a profissão.Isto porque longe vão os tempos em que osaprendizes, na prática, pagavam para aprendera profissão. Crianças de 11 anos ou menos ini-ciavam a carreira como aprendizes sem rece-ber salário, e quando começavam a conseguirproduzir com alguma qualidade, parte dos pri-meiros salários revertiam para o Mestre, a títulode pagamento da aprendizagem e dos even-tuais prejuízos causados.Hoje em dia, segundo o alfaiate Néu, com oalargamento da escolaridade obrigatória, ascrianças que eventualmente chegassem à al-faiataria para aprenderem o ofício, chegavamcom uma idade em que já não têm paciênciapara passarem o dia fechados a cortar e cozerpanos.Não de menor importância são as exigênciaslaborais de hoje em dia: “se meter um miúdocomo aprendiz de manhã, à tarde tenho que oinscrever na Segurança Social e pagar-lhe o or-denado mínimo” referiu, tornando financeira-mente inviável o negócio. Assim, os poucosjovens que seguem a profissão são filhos de al-faiates, ficando a aprendizagem, e os custos damesma, em família.Aprendizagem que está longe de ser fácil, aavaliar pelo país que tem um curso de alfaiata-ria em actividade, a Inglaterra, onde a conclu-são dos estudos até se conseguir o “canudo”demora no mínimo sete anos.Outra dificuldade que a profissão enfrenta, paraalém da indústria do pronto-a-vestir, são aquiloa que chama “os intrusos”. Trata-se de pessoasque aprenderam a tirar medidas, e depoisdizem ao cliente que fazem um fato por medida,quando se limitam a enviar depois as medidaspara a indústria fabricar o produto final.Mas, dificuldades à parte, a vontade de prosse-guir em frente esta arte / profissão de MestreAlfaiate é grande, e o encontro do próximo ano,embora sem data ainda marcada, vai realizar-se em Vila Cova à Coelheira, Seia, organizadopelo sr. Eduardo Saraiva Fernandes.

António B. Carreira

XXVI Encontro Nacional de Mestres Alfaiates