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Os Padrões de Desempenho são categorias definidas a partir de cortes numéricos que agrupam os níveis da Escala de Proficiência, com base nas metas educacionais estabelecidas pelo SAEGO. Esses cortes dão origem a quatro Padrões de Desempenho, os quais apresentam o perfil de desempenho dos estudantes: Abaixo do Básico Básico Proficiente Avançado Desta forma, estudantes que se encontram em um Padrão de Desempenho abaixo do esperado para sua etapa de escolaridade precisam ser foco de ações pedagógicas mais especializadas, de modo a garantir o desenvolvimento das habilidades necessárias ao sucesso escolar, evitando, assim, a repetência e a evasão. Por outro lado, estar no Padrão mais elevado indica o caminho para o êxito e a qualidade da aprendizagem dos estudantes. Contudo, é preciso salientar que mesmo os estudantes posicionados no Padrão mais elevado precisam de atenção, pois é necessário estimulá-los para que progridam cada vez mais. Além disso, as competências e habilidades agrupadas nos Padrões não esgotam tudo aquilo que os estudantes desenvolveram e são capazes de fazer, uma vez que as habilidades avaliadas são aquelas consideradas essenciais em cada etapa de escolarização e possíveis de serem avaliadas em um teste de múltipla escolha. Cabe aos docentes, através de instrumentos de observação e registros utilizados em sua prática cotidiana, identificarem outras características apresentadas por seus estudantes e que não são contempladas nos Padrões. Isso porque, a despeito dos traços comuns a estudantes que se encontram em um mesmo intervalo de proficiência, existem diferenças individuais que precisam ser consideradas para a reorientação da prática pedagógica. São apresentados, a seguir, exemplos de itens* característicos de cada Padrão. *O percentual de respostas em branco e nulas não foi contemplado na análise. Abaixo do Básico Básico Proficiente Avançado Padrões de Desempenho Estudantil

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Os Padrões de Desempenho são categorias definidas a partir de cortes numéricos que agrupam os níveis da Escala de Proficiência, com base nas metas educacionais estabelecidas pelo SAEGO. Esses cortes dão origem a quatro Padrões de Desempenho, os quais apresentam o perfil de desempenho dos estudantes:

 Abaixo do Básico

 Básico

 Proficiente

 Avançado

Desta forma, estudantes que se encontram em um Padrão de Desempenho abaixo do esperado para sua etapa de escolaridade precisam ser foco de ações pedagógicas mais especializadas, de modo a garantir o desenvolvimento das habilidades necessárias ao sucesso escolar, evitando, assim, a repetência e a evasão.

Por outro lado, estar no Padrão mais elevado indica o caminho para o êxito e a qualidade da aprendizagem dos estudantes. Contudo, é preciso salientar que mesmo os estudantes posicionados no Padrão mais elevado precisam de atenção, pois é necessário estimulá-los para que progridam cada vez mais.

Além disso, as competências e

habilidades agrupadas nos Padrões

não esgotam tudo aquilo que os

estudantes desenvolveram e são

capazes de fazer, uma vez que as

habilidades avaliadas são aquelas

consideradas essenciais em cada

etapa de escolarização e possíveis

de serem avaliadas em um teste

de múltipla escolha. Cabe aos

docentes, através de instrumentos

de observação e registros

utilizados em sua prática cotidiana,

identificarem outras características

apresentadas por seus estudantes

e que não são contempladas nos

Padrões. Isso porque, a despeito

dos traços comuns a estudantes

que se encontram em um mesmo

intervalo de proficiência, existem

diferenças individuais que

precisam ser consideradas para a

reorientação da prática pedagógica.

São apresentados, a seguir, exemplos de itens* característicos de cada Padrão.

*O percentual de respostas em branco e nulasnão foi contemplado na análise.

Abaixo do Básico Básico Proficiente Avançado

Padrões de Desempenho Estudantil

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Analisando-se as habilidades presentes neste Padrão de Desempenho, constata-se que os estudantes cuja média de proficiência os posiciona neste padrão ainda estão em processo de desenvolvimento de habilidades mais sofisticadas envolvidas na compreensão de textos.

Com relação às operações inferenciais, esses estudantes depreendem informações implícitas, o sentido de palavras ou expressões, o efeito do uso de pontuação e de situações de humor.

No que diz respeito ao tratamento das informações globais, eles identificam o assunto e interpretam textos que conjugam linguagem verbal e não verbal, cuja temática se relaciona ao seu cotidiano.

Neste padrão, os estudantes evidenciam indícios da apropriação de elementos que estruturam o texto, expressa pela retomada de informações por meio de pronomes pessoais retos, por substituição lexical. Além disso, reconhecem relações lógico-discursivas, indicadas por advérbios e locuções adverbiais e por marcadores de causa e consequência.

Constata-se, também, que, em relação às informações da base textual, eles identificam elementos da estrutura narrativa e distinguem fato de opinião.

No campo da variação linguística, identificam interlocutores por meio das marcas linguísticas.

Percebe-se, ainda, que esses estudantes estão em contato mais intenso com eventos de letramento, pois conseguem identificar a finalidade de alguns textos que circulam em uma sociedade letrada.

A habilidade mais complexa demonstrada pelos estudantes neste padrão é a capacidade de construir relações de intertextualidade, comparando textos que tratam do mesmo tema.

Após doze anos de escolaridade, os estudantes que apresentam este padrão de desenvolvimento de habilidades estão muito aquém da competência leitora esperada.

até 225 pontos

Abaixo do Básico

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

Língua Portuguesa - 3ª série do Ensino Médio | SAEGO 2013

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Leia o texto abaixo.

Ziraldo. Alô BCP. São Paulo, jul. 2001, ano 3. n. 34. (P120093A8_SUP)

(P120093A8) A leitura do último quadro permite afi rmar que o rapazA) está sem planos de casar.B) está bastante apaixonado.C) quer mudar o toque do celular.D) queria fi car mais um pouco.E) quer um compromisso sério.

Este item avalia a habilidade de interpretar textos que articulam elementos verbais e não verbais, o que deve ser realizado a partir da leitura global do suporte, buscando, por meio dessa análise, conjugar as imagens ao texto verbal. Além disso, os estudantes devem acompanhar a sequência narrativa da tirinha, observando as características que vão se alterando durante a apresentação dos fatos e que, encadeadas e atreladas às falas, são responsáveis pelos sentidos propostos pelo suporte.

A escolha da alternativa A, o gabarito, revela que os estudantes conseguem fazer as associações necessárias à compreensão de um texto que mescla texto verbal e não verbal, na busca de sua unidade semântica. Esses estudantes, além de compreenderem a proposta do comando e de fazerem uma leitura cuidadosa do suporte, conseguem, ainda, entender os sentidos textuais propostos pela sequência narrativa presente na tirinha, percebendo, portanto, que o rapaz está sem planos de se casar com a moça. É importante ressaltar que, para chegar à resposta, é necessário que os estudantes mobilizem seu conhecimento extratextual, alcançando a relação entre a marcha nupcial e o casamento.

Quanto aos distratores, nota-se que os estudantes não conseguiram associar o texto verbal ao não verbal, priorizando ora a informação presente neste, ora naquele. Assim, os respondentes que assinalaram a opção B, provavelmente, basearam-se no primeiro quadrinho do suporte, no qual a relação de carinho entre o casal está explícita.

73A B C D E

73,3% 3,2% 14% 3,3% 2,9%

73,3% de acerto

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Os educandos que marcaram a alternativa C fizeram uma inferência equivocada acerca dos sentidos propostos pela tirinha. Eles se prenderam às informações acerca dos toques dos aparelhos, fundamentais para a interpretação desse texto, mas não conseguiram associá-las ao desfecho da história.

Por fim, os respondentes que escolheram as opções D e E não conseguiram compreender a tarefa proposta no comando do item em questão, e por isso, fizeram inferências equivocadas a respeito dos sentidos globais do texto em abordagem.

Leia o texto abaixo.

O retrato

O homem, de barba grisalha mal-aparada, vestindo jeans azul, camisa xadrez e jaqueta de couro, sentou-se no banquinho alto do balcão do botequim e ficou esperando sem pressa que o rapaz viesse atendê-lo. O rapaz fazia um suco de laranjas para um mecânico que comia umacoxa de frango fria. O homem tirou uma caderneta do bolso, extraiu de dentro dela uma fotografia e pôs-se a olhá-la. Olhou-a tanto e tão fixamente que seus olhos ficaram vermelhos. Contraiu os lábios, segurando-se para não chorar; a cara contraiu-se como uma máscara de teatro mágico. O rapaz serviu o suco e perguntou ao homem o que ele queria. O homem disse “nada não, obrigado”, guardou a foto, saiu do botequim e desapareceu.

ÂNGELO, Ivan. O comprador de aventuras e outras crônicas. São Paulo: Ática, p. 13. (P120353B1_SUP)

(P120354B1) Infere-se desse texto que o homem de barba grisalha, depois de olhar a foto, ficouA) agitado.B) apressado.C) desconfiado.D) emocionado.E) nervoso.

Este item avalia a habilidade de os estudantes realizarem inferência de uma informação implícita em um texto. Essa habilidade exige que os estudantes extraiam informações que não são apresentadas explícita e diretamente no texto. Para tanto, o respondente precisa recorrer a noções que já possui, associando-as ao contexto apresentado.

O texto que dá suporte ao item é uma narrativa em terceira pessoa, na qual há vários trechos descritivos e, apesar de curta, apresenta estrutura e linguagem que exigem do leitor vários processos inferenciais para a compreensão de seu sentido global.

78A B C D E

3,3% 4,9% 4,8% 78,3%6,1%

78,3% de acerto

Língua Portuguesa - 3ª série do Ensino Médio | SAEGO 2013

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Para a resolução do item, é necessário que os estudantes, inicialmente, identifiquem o momento da narrativa em que se encontra a informação solicitada pelo comando, sem desconsiderar que o processo inferencial é construído no entendimento de todo o texto. Os estudantes que escolheram a alternativa D conseguiram perceber, por meio das pistas textuais, que o fato de olhar a foto deixou o homem extremamente comovido, conforme explicitado no texto em: “seus olhos ficaram vermelhos” e “segurando-se para não chorar”. Assim, esses estudantes inferiram corretamente que ele ficara emocionado.

Ao considerar os demais aspectos do texto, realizando associações equivocadas, os respondentes podem ter considerado que o homem ficou agitado e/ou apressado – alternativas A e B –, devido a sua saída repentina do bar. Além disso, poderiam ter entendido que o fato de o atendente demorar demais para atendê-lo deixou o homem nervoso – alternativa E –, poderiam, ainda, inferir que a recusa em ser atendidopelo rapaz no botequim – “nada não, obrigado” – demonstraria que o homem ficara desconfiado das intenções do atendente. Todas essas possibilidades demonstram que os estudantes não conseguiram extrair a informação solicitada pelo comando de forma adequada, atendo-se a aspectos do texto que não seriam os principais para atender à tarefa solicitada pelo item ou prendendo-se de forma prioritária ao conhecimento exterior ao texto em detrimento deste.

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Leia o texto abaixo.

5

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Altamente confidencial

Quem observa o trabalho de um hacker hoje pode ter a impressão de que a arte de inventar e quebrar códigos secretos é algo extremamente moderno... Ledo engano! O jogo das mensagens cifradas já desafiava a imaginação pelo menos desde a Idade Média.

Nessa época, a troca de mensagens era assunto delicado, como mostra o bispo Gregório de Tours, que no século VI escreveu uma história do reino dos francos. Segundo ele, em pleno alvorecer da Idade Média, dois mensageiros de um certo Godovaldo, que reivindicava o trono, foram presos e torturados por homens do rei Gontrão ao tentarem transmitir umamensagem secreta.

O caso mostra que nesse período a escrita era uma forma muito vulnerável de comunicação. Uma carta podia parar com facilidade em mãos inimigas e, por isso, os emissários não apenas levavam consigo documentos oficiais manuscritos, mas também decoravam mensagens que transmitiam oralmente aos destinatários. Os poucos registros deixados pela diplomacia medieval não facilitaram em nada o trabalho dos historiadores, e por isso é preciso ter cuidado quando se fala das técnicas de codificação utilizadas na Europa medieval.

No século XVI, o abade alemão Johannes Trithemius, autor de uma das primeiras grandes obras de criptografia do Ocidente, afirmou que reis francos como Faramundo e Carlos Magno já utilizavam alfabetos secretos em suas correspondências. Por mais fascinantes que sejam esses códigos, porém, eles parecem ter saído da imaginação do próprio Trithemius. Carlos Magno mal sabia ler e escrever, e é pouco provável que tenha inventado novos alfabetos. [...]

Disponível em: <http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/altamente_confidencial.html>. Acesso em: 15 jun. 2010. Fragmento. (P100140CE_SUP)

(P100141CE) No trecho “... esses códigos, porém, eles parecem...” (ℓ. 19), o termo “porém” pode ser substituído, sem alteração de sentido, porA) conquanto.B) mas também.C) no entanto.D) por conseguinte.E) porquanto.

72A B C D E

4,5% 11% 72,9% 4,3% 4,7%

72,9% de acertoVeja outro item representativo deste padrão. Esse item avalia a habilidade de os estudantes estabelecerem relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas pelo uso de elementos linguísticos.

Língua Portuguesa - 3ª série do Ensino Médio | SAEGO 2013

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Leia o texto abaixo.

SOUSA, Maurício de. Cascão. Rio de Janeiro: Panini Comics, nov. 2010, n. 47. (P120977ES_SUP)

(P121207ES) O efeito de humor nesse texto estáA) na aversão à água sentida pelo menino.B) na expressão do menino no primeiro quadrinho.C) na felicidade dos meninos nadando na piscina.D) no espanto do menino ao encontrar o outro agasalhado.E) no sofrimento do menino pela característica especial.

Este item também se encontra no padrão de desempenho abaixo do básico e avalia a habilidade de identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados. �

A B C D E5,3% 3,1% 4,5% 75,2%9,1%

75,2% de acerto

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Neste Padrão de Desempenho encontram-se habilidades mais complexas, que exigem dos estudantes uma maior autonomia de leitura em face das atividades cognitivas que lhes são exigidas e dos textos com os quais irão interagir. Esses estudantes já interagem com textos expositivos e argumentativos com temáticas conhecidas e são capazes de identificar informações parafraseadas e distinguir a informação principal das secundárias.

Eles demonstram conhecimento acerca das relações estabelecidas por conjunções, preposições, pronomes e advérbios, que constroem um texto coeso e coerente, e geram os efeitos de sentido pretendidos pelo autor. Além disso, esses estudantes recuperam informações em textos por meio de referência pronominal (além dos pronomes pessoais e dos indefinidos, acrescentem-se os pronomes demonstrativos e os possessivos). Recuperam, ainda, informações referenciais baseadas na omissão de uma palavra, de um sintagma ou de uma frase.

Quanto à variação linguística, esses estudantes identificam expressões próprias de linguagem técnica e científica.

No que se refere à intertextualidade, fazem a leitura comparativa de textos que tratam do mesmo tema, revelando um avanço no tratamento das informações apresentadas.

O processo inferencial, durante a leitura, é feito por esses estudantes pelo reconhecimento do tema do texto; do sentido de expressões complexas; do efeito de sentido decorrente do uso de notações em textos que conjugam mais de uma linguagem; do efeito de sentido decorrente do uso de recursos morfossintáticos. Observa-se, assim, uma ampliação das ações inferenciais realizadas pelos estudantes que apresentam um desempenho que os posiciona neste Padrão.

Com relação à leitura global de textos, os estudantes, conseguem identificar a tese e os argumentos que a sustentam; reconhecem a função social de textos fabulares e de outros com temática científica.

Percebe-se, portanto, que os estudantes localizados neste Padrão de Desempenho já desenvolveram habilidades próprias de uma leitura autônoma.

Básico

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

de 225 a 275 pontos

Língua Portuguesa - 3ª série do Ensino Médio | SAEGO 2013

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Leia o texto abaixo.

BROWNE, Dik. Hagar, o horrível. Porto Alegre: L&PM Pocket, 2005. p. 61. (P120413ES_SUP)

(P120413ES) O humor desse texto revela-seA) na associação feita pelo homem entre o crescimento das plantas e do menino.B) na quantidade excessiva de água que a mulher deposita nas plantas.C) na resposta equivocada da mulher ao ser questionada pelo homem.D) no fato de o menino permanecer sem reação ao ser molhado pelo homem.E) no olhar do menino ao observar a execução de uma tarefa doméstica.

Por meio deste item, pode-se avaliar a habilidade de os estudantes identificarem efeitos de ironia ou humor em textos variados. Essa habilidade requer que o estudante identifique a passagem que vai na contramão da perspectiva do leitor, do fluxo da leitura e que, por consequência, estabelece o humor da história. O texto que serve de suporte para esse item é uma tirinha, gênero bastante explorado no ambiente escolar e, portanto, possivelmente, familiar aos estudantes desse período de escolarização.

O item solicita aos estudantes a identificação do fato que provoca o humor na tirinha. Para isso, os estudantes deveriam fazer uma leitura conjugada de imagem e texto verbal, para, então, realizar a tarefa solicitada no comando.

Os estudantes que marcaram a opção A conseguiram perceber que o texto é engraçado porque o homem entende, equivocadamente,que, assim como as plantas crescem ao serem regadas, o menino – de estatura diminuta – também deveria crescer, por isso despejagrande quantidade de água na criança. Esse fato inesperado quebra a expectativa do leitor e confere humor ao texto, demonstrando, dessa forma, que os estudantes que fizeram essa escolha já desenvolveram a habilidade aferida.

Os estudantes que marcaram as outras opções fizeram uma interpretação limitada da tirinha, prendendo-se à imagem ou à linguagem verbal, não realizando a conjugação dos elementos do

� A B C D E

77,9% 3,9% 4,3% 8,5% 3%

77,9% de acerto

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texto, ou, ainda, apoiando-se em informações secundárias e/ou em seu conhecimento de mundo, e não no contexto como um todo.

Os que marcaram a opção B, provavelmente, prenderam-se à imagem da mulher que despeja água nas plantas no primeiro e no segundo quadrinho, acreditando que o excesso de água seria cômico.

Os que optaram pela alternativa C interpretaram apenas a fala da mulher no primeiro quadrinho, desconsiderando os demais elementos do texto,

já que não conseguiram estabelecer relação com a pergunta do homem.

Os estudantes que escolheram as alternativas D e E percorreram caminhos cognitivos semelhantes, uma vez que privilegiaram a imagem do menino para identificar o fato responsável por gerar o humor. Porém, esses estudantes, ao desconsiderarem os demais elementos da tirinha, demonstraram não ter conseguido interpretar todas as informações do texto para executar a tarefa solicitada.

Leia o texto abaixo.

BROWNE, Dik. Hagar, o horrível. Porto Alegre: L&PM Pocket, 2005. p. 61. (P120413ES_SUP)

(P121247ES) No último quadrinho desse texto, infere-se que a mulher estáA) aborrecida.B) constrangida.C) desconfiada.D) satisfeita.E) surpresa.

Este item avalia a habilidade de os estudantes interpretarem um texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.). Nesse caso, o texto utilizado como suporte para o item foi uma tirinha, gênero bastante comum no ambiente escolar e no cotidiano dos educandos. Na leitura desse gênero textual, é essencial atentar para os recursos visuais e gráficos, além de fazer uma leitura cuidadosa do texto verbal, porque somente na associação dessas duas linguagens é possível que o leitor consiga realizar uma leitura profícua e atender à tarefa solicitada pelo comando para, enfim, chegar à resposta.

� A B C D E

9,5% 11,4% 5,1% 3,8% 67,5%

67,5% de acerto

Língua Portuguesa - 3ª série do Ensino Médio | SAEGO 2013

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Para escolher a opção correta, os estudantes deveriam acompanhar a sequência dos quadrinhos, nos quais a mulher aparece jogando água nas plantas; associar a pergunta do homem à resposta dada pela mulher; perceber a presença do menino, que também observa a cena; e, finalmente, compreender a intenção do homem que, no último quadrinho, joga água no menino, concluindo, dessa forma, que a mulher surpreendeu-se com essa atitude do homem. Portanto, a opção pela alternativa E revela que os estudantes conseguiram perceber o encadeamento dos fatos na tirinha, associando os aspectos imagéticos e verbais do texto, inferindo adequadamente que a mulher ficara surpresa com o ato súbito do homem.

Os estudantes que escolheram a alternativa A podem ter se apoiado mais em aspectos extratextuais do que propriamente na tirinha, já que é possível, em outro contexto, que a mulher tenha ficado aborrecida pelo fato de o homem “regar” o menino.

De forma semelhante aos que escolheram a alternativa A, aqueles respondentes que marcaram a alternativa C consideraram a expressão da mulher na última cena, sem construir o sentido global para o texto.

A opção pela alternativa B parece apontar que os estudantes equivocaram-se ao assinalar um possível estado emocional do menino, que pode ter ficado constrangido por ter sido molhado, não respondendo de forma adequada ao comando.

Ao escolher a alternativa D, os estudantes inferiram equivocadamente que a mulher teria uma visão positiva sobre a atitude do homem de jogar água no menino, possivelmente pelo fato de acreditarem que a associação entre o crescimento da planta e do menino estaria correta.

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Leia o texto abaixo.

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Altamente confidencial

Quem observa o trabalho de um hacker hoje pode ter a impressão de que a arte de inventar e quebrar códigos secretos é algo extremamente moderno... Ledo engano! O jogo das mensagens cifradas já desafiava a imaginação pelo menos desde a Idade Média.

Nessa época, a troca de mensagens era assunto delicado, como mostra o bispo Gregório de Tours, que no século VI escreveu uma história do reino dos francos. Segundo ele, em pleno alvorecer da Idade Média, dois mensageiros de um certo Godovaldo, que reivindicava o trono, foram presos e torturados por homens do rei Gontrão ao tentarem transmitir umamensagem secreta.

O caso mostra que nesse período a escrita era uma forma muito vulnerável de comunicação. Uma carta podia parar com facilidade em mãos inimigas e, por isso, os emissários não apenas levavam consigo documentos oficiais manuscritos, mas também decoravam mensagens que transmitiam oralmente aos destinatários. Os poucos registros deixados pela diplomacia medieval não facilitaram em nada o trabalho dos historiadores, e por isso é preciso ter cuidado quando se fala das técnicas de codificação utilizadas na Europa medieval.

No século XVI, o abade alemão Johannes Trithemius, autor de uma das primeiras grandes obras de criptografia do Ocidente, afirmou que reis francos como Faramundo e Carlos Magno já utilizavam alfabetos secretos em suas correspondências. Por mais fascinantes que sejam esses códigos, porém, eles parecem ter saído da imaginação do próprio Trithemius. Carlos Magno mal sabia ler e escrever, e é pouco provável que tenha inventado novos alfabetos. [...]

Disponível em: <http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/altamente_confidencial.html>. Acesso em: 15 jun. 2010. Fragmento. (P100140CE_SUP)

(P100142CE) De acordo com esse texto, quem escreveu uma história do reino dos francos?A) Carlos Magno.B) Godovaldo.C) Gontrão.D) Gregório de Tours.E) Johannes Trithemius.

Este item avalia a habilidade de o estudante localizar uma informação explícita no corpo textual, habilidade que demanda a identificação de uma informação específica que se encontra expressa na superfície textual. O texto utilizado como suporte é um fragmento de reportagem que relata um breve histórico da arte de inventar e quebrar códigos secretos. Nem o vocabulário, nem a linguagem desse texto apresentam grandes dificuldades para os estudantes dessa etapa de escolarização, apesar da considerável extensão textual.

O comando do item direciona o estudante a localizar, no corpo do texto, a informação solicitada: “Quem escreveu uma história do reino dos francos?”. Portanto, cabe ao estudante voltar ao texto e localizar essa informação em particular, que se encontra no segundo parágrafo. Dessa forma, os estudantes que marcaram a alternativa D como resposta conseguiram localizar a informação solicitada pelo comando desse item.

Aqueles estudantes que selecionaram as demais alternativas, possivelmente, não compreenderam os dados expressos no texto

56A B C D E

12,2% 3,9% 3,7% 56,3%21,1%

56,3% de acerto

Língua Portuguesa - 3ª série do Ensino Médio | SAEGO 2013

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ou não compreenderam a solicitação do comando, revelando, dessa maneira, que não desenvolveram operações básicas de leitura.

Os estudantes que marcaram a alternativa A podem ter confundido uma informação presente no texto, pois Carlos Magno foi um rei franco, e não quem escreveu a história do reino dos francos.

O mesmo pode ter ocorrido com os estudantes que marcaram as alternativas B ou C. Esses estudantes conseguiram localizar o parágrafo em que está localizada a resposta correta; entretanto, não souberam relacionar as informações presentes no

corpo do texto, nem se ater ao que foi solicitado pelo comando.

Os que assinalaram a alternativa E, provavelmente, não compreenderam a solicitação feita pelo comando do item, pois marcaram uma alternativa que apresenta o nome de outro escritor (Johannes Trithemius), que foi o autor de uma das primeiras grandes obras de criptografia do Ocidente, e não aquele que escreveu a história do reino dos francos.

Leia o texto abaixo.

5

10

O Peixe

Tendo por berço o lago cristalinoFolga o peixe a nadar todo inocenteMedo ou receio do porvir não sentePois vive incauto do fatal destinoSe na ponta de um fio longo e fino

A isca avista, ferra-o, inconsciente Ficando o pobre peixe, de repentePreso ao anzol do pescador ladinoO camponês também do nosso estadoDaquele peixe tem a mesma sorteAntes do pleito festa, riso e gostoDepois do pleito, imposto e mais impostoPobre matuto do sertão do norte

Disponível em: <http://www.revista.agulha.nom.br/anton07.html>. Acesso em: 25 nov. 2009. (P110094CE_SUP)

(P110175CE) No verso “Se na ponta de um fio longo e fino” (v. 5), a expressão destacada refere-se à palavraA) lago.B) peixe.C) isca.D) anzol.E) pescador.

Observe um exemplo de item alocado no padrão de desempenho básico. Esse item avalia a habilidade de reconhecer relações entre partes de um texto, identificando os recursos coesivos que contribuem para sua continuidade (substituições e repetições). 58

A B C D E4,4% 10,5% 19,5% 58,9%4%

58,9% de acerto

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As habilidades características deste Padrão de Desempenho revelam um avanço no desenvolvimento da competência leitora, pois os estudantes demonstram ser capazes de realizar inferência de sentido de palavras ou expressões em textos literários, em prosa e verso; interpretar textos de linguagem mista; reconhecer o efeito de sentido do uso de recursos estilísticos e de ironia e identificar o valor semântico de expressões adverbiais pouco usuais.

No campo da variação linguística, reconhecem expressões de linguagem informal e marcas de regionalismo. Além de reconhecerem a gíria como traço de informalidade.

Quanto ao tratamento das informações globais do texto, distinguem a informação principal das secundárias e identificam gêneros textuais diversos.

No que concerne à construção do texto, reconhecem relações lógico-discursivas expressas por advérbios, locuções adverbiais e conjunções. Na realização de atividades de retomada por meio do uso de pronomes, esses estudantes conseguem recuperar informações por meio do uso de pronomes relativos.

Eles demonstram, ainda, a capacidade de localizar informações em textos expositivos e argumentativos, além de identificar a tese de um artigo de opinião e reconhecer a adequação vocabular como estratégia argumentativa.

Neste Padrão, os estudantes demonstram, portanto, uma maior familiaridade com textos de diferentes gêneros e tipologias.

Proficiente

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

de 275 a 325 pontos

Língua Portuguesa - 3ª série do Ensino Médio | SAEGO 2013

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5

10

Longe de pendurar a chuteira

Quem solta a voz para anunciar que “o Maraca é nosso” sabe o que está dizendo. Sentado do lado ofi cial do Vasco (esquerdo) ou do Flamengo (direito), o torcedor que aguarda uma semana ou mais para vibrar pelo time do coração se sente em casa no Estádio Jornalista Mário Filho, popularmente conhecido como Maracanã (nome de um pássaro). Essa íntima relação provocada pelos quase 200 mil metros quadrados de complexo de lazer começou há 59 anos, quando o jornalista Mário Filho iniciou sua batalha em prol da construção de um mega estádio para a Copa do Mundo de 1.950. Assim como a linha da história, que, por vezes, parece repetir, o Maracanã, inaugurado em estado inacabado para a partida entre jogadores de São Paulo e do Rio (3 a 1 para os paulistas), está prestes a respirar novos ares e entrar, novamente, para a história em 2.014, quando o Brasil abrigará a Copa do Mundo. [...]

CALIXTO, Bruno. Caderno 2. Tribuna de Minas. Quarta-feira, 22 jul. 2009. p. 6. (P100184A9_SUP)

(P100186A9) No trecho “‘O Maraca é nosso’”, o uso da palavra destacada sugereA) aceitação.B) intimidade.C) obstinação.D) propriedade.E) respeito.

Observe um exemplo de item alocado no padrão de desempenho adequado. Esse item avalia a habilidade de os estudantes reconhecerem o efeito de sentido decorrente da escolha de palavras, frases ouexpressões. 44

A B C D E% 44,2% 5,6% 30,7%10,7%

44,2% de acerto

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5

10

Sobre o milho

No Brasil, a venda do vegetal tem força principalmente no caso dos enlatados, que são utilizados, sobretudo, em saladas ou pizzas (cuidado com o sódio, inimigo do coração). Além disso, no entanto, as grandes empresas de distribuição oferecem o alimento na espiga, que é destinado à produção de curau ou pamonha, segundo o Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo da Embrapa, órgão ligado ao Governo Federal.

Do ponto de vista nutricional, o milho é riquíssimo em cálcio, entre outros minerais. No contato com o fogo (pipoca), parte dos nutrientes são perdidos.

Outra função importante do milho à alimentação diária: dele, os produtores conseguem extrair a farinha de milho e fubá, utilizados para o preparo de pratos típicos brasileiros. Ambos são ricos em amido e polissacarídeo que ajuda a fortalecer o sistema imunológico.

O ideal é que as substâncias encontradas no milho façam parte do cardápio, mesmo que seja de forma indireta, como na polenta ou na pamonha caseira.

Vida Natural e equilíbrio. Escala, n. 19. p. 25. (P120064A9_SUP)

(P120065A9) Uma opinião do autor quanto ao consumo de milho está presente em: A) “... a venda do vegetal tem força principalmente no caso dos enlatados,...”. ( . 1)B) “Do ponto de vista nutricional, o milho é riquíssimo em cálcio,...”. ( . 6)C) “No contato com o fogo (pipoca), parte dos nutrientes são perdidos.”. ( . 6-7)D) “... polissacarídeo que ajuda a fortalecer o sistema imunológico.”. ( . 10)E) “O ideal é que as substâncias encontradas no milho façam parte do cardápio,...”. ( . 11)

O item acima avalia a habilidade de os estudantes distinguirem um fato da opinião relativa a esse fato. Em outras palavras, a estratégia para a resolução desse item é organizar, em torno de um fato levantado, a possível opinião colocada pelo autor do texto a respeito da constatação referida. Para a elaboração do item, como suporte, tem-se uma curta reportagem discorrendo a respeito das propriedades nutritivas e da comercialização do milho no Brasil, além de falar sobre a necessidade de o milho participar das refeições dos brasileiros.

Os estudantes que escolheram as alternativas A, C e D demonstraram ter lido de forma superficial o texto e, provavelmente, não ter compreendido aproposta avaliativa do item, porque as alternativas escolhidas podem ser consideradas fatos, visto que são escritas a partir de dados e pesquisas. Acrescenta-se ainda a possibilidade de o estudante não conseguir identificar marcas que indicam subjetividade, que refletem um posicionamento do autor.

No caso dos estudantes que julgaram a alternativa B como correta, é possível supor que eles tenham se deixado levar pelo uso do superlativo “riquíssimo” ao refletir sobre as pesquisas a respeito

das qualidades nutricionais do milho, o que, de algum modo, pode ter soado para esses estudantes como um discurso pessoalizado.

Finalmente, os estudantes que assinalaram a alternativa E (o gabarito) evidenciaram ter desenvolvido a habilidade em questão, além de terem feito uma leitura eficiente do texto. Isso se deve ao fato de eles terem apreendido o posicionamento do autor dessa reportagem,ao organizar os dados levantados referentes às propriedades nutritivas do milho e ao seu mercado consumidor no Brasil, no sentido de concluir e posicionar-se em relação à necessidade de o milho fazer parte da alimentação cotidiana, o que, na escrita disposta na alternativa “E”, soa como um conselho, demonstrando uma opinião dele sobre como a alimentação deve ser processada.

54A B C D E

12,1% 17,1% 7,4% 6,8% 54,1%

54,1% de acerto

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5

10

Sobre o milho

No Brasil, a venda do vegetal tem força principalmente no caso dos enlatados, que são utilizados, sobretudo, em saladas ou pizzas (cuidado com o sódio, inimigo do coração). Além disso, no entanto, as grandes empresas de distribuição oferecem o alimento na espiga, que é destinado à produção de curau ou pamonha, segundo o Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo da Embrapa, órgão ligado ao Governo Federal.

Do ponto de vista nutricional, o milho é riquíssimo em cálcio, entre outros minerais. No contato com o fogo (pipoca), parte dos nutrientes são perdidos.

Outra função importante do milho à alimentação diária: dele, os produtores conseguem extrair a farinha de milho e fubá, utilizados para o preparo de pratos típicos brasileiros. Ambos são ricos em amido e polissacarídeo que ajuda a fortalecer o sistema imunológico.

O ideal é que as substâncias encontradas no milho façam parte do cardápio, mesmo que seja de forma indireta, como na polenta ou na pamonha caseira.

Vida Natural e equilíbrio. Escala, n. 19. p. 25. (P120064A9_SUP)

(P120066A9) No fragmento “Do ponto de vista nutricional, o milho é riquíssimo em cálcio, entre outros minerais.” ( . 6), o uso da palavra destacadaA) acrescenta dados sobre o real valor nutricional do milho.B) enfatiza a opinião do autor em relação à ingestão do milho.C) evidencia exagero quanto ao valor nutricional do milho.D) reforça a ideia do elevado valor nutricional do milho.E) sugere a indispensabilidade do milho nas refeições diárias.

O item acima, referente ao padrão de desempenho proficiente, avalia a habilidade de os estudantes reconhecerem o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos. 9

A B C D E21,1% 8,4% 10,5% 48% 9,6%

9,6% de acerto

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Texto 1 Texto 2

Graduação

Para ingressar no mercado, o perito forense computacional (não se assuste, é assim que um caçador de hackers é chamado ofi cialmente) precisa ter algum curso superior completo. Mas, como a profi ssão é nova, ainda não existem faculdades específi cas. Ou seja, vale formação superior em qualquer curso. Mas, claro, algumas formações podem lhe dar conhecimentos mais adequados. Engenharia eletrônica e ciências da computação garantem boas ferramentas técnicas e direito ajuda muito na hora de produzir laudos que, em seguida, são analisados por juízes e advogados.

Onde trabalhar

O perito tem quatro possibilidades de emprego:• ser contratado por uma empresa de consultoria, que é chamada quando pinta um problema em outra empresa;• ser perito da Polícia Federal ou Estadual, quemantém seu próprio corpo de especialistas;• ser autônomo e ser convocado pelo juiz deum tribunal ou por alguma pessoa ou empresa para trabalhar num caso específi co;• trabalhar em uma empresa para fazersegurança virtual preventiva. Ou seja, proteger os sistemas antes de serem atacados por hackers.

Mundo Estranho. São Paulo: Abril, 48. ed., fev. 2006, p. 22. (P120101A9_SUP)

(P120101A9) Comparando-se esses textos, pode-se afirmar que os doisA) divulgam as possibilidades de uma nova profi ssão.B) fazem referência à garantia de emprego no mercado.C) foram escritos com fi nalidades bem diferenciadas.D) mostram que a Polícia Federal precisa dos peritos.E) usam linguagem predominante computacional.

Observe um exemplo de item alocado no padrão de desempenho proficiente. Esse item avalia a habilidade de os estudantes reconhecerem diferentes formas de tratar uma informação, na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido. 50

A B C D E50,6% 23,4% 9,2% 5,1% 9%

50,6% de acerto

Língua Portuguesa - 3ª série do Ensino Médio | SAEGO 2013

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Analisando as habilidades posicionadas neste Padrão, pode-se concluir que os estudantes que nele se encontram conseguem interagir com textos de alta complexidade estrutural, temática e lexical.

No campo dos efeitos de sentidos, eles demonstram ser capazes de reconhecer os efeitos do uso de recursos morfossintáticos diversos, de notações, de repetições e de escolha lexical, em gêneros de várias naturezas e temáticas, revelando maior conhecimento linguístico associado aos aspectos discursivos dos textos.

Eles realizam operações de retomada com alta complexidade, como as realizadas por meio de pronomes demonstrativos e indefinidos, retos, incluindo também elipses.

São capazes de analisar, com maior profundidade, uma maior gama de textos argumentativos, narrativos, expositivos, instrucionais e de relato, observando diversas categorias ainda não atingidas anteriormente, tanto no interior do texto quanto na comparação entre eles. Na intertextualidade, inferem diferentes posicionamentos em relação ao mesmo assunto em textos de tipologias diferentes.

Analisam gêneros textuais híbridos, considerando as condições de produção e os efeitos de sentido pretendidos.

Em textos literários complexos, inferem o significado da metáfora e o efeito de sentido pretendido com seu uso.

Portanto, os estudantes que se posicionam acima desse ponto na Escala de Proficiência podem ser considerados leitores proficientes, ou seja, leitores capazes de selecionar informações, levantar hipóteses, realizar inferências e autorregular sua leitura, corrigindo sua trajetória interpretativa quando suas hipóteses não são confirmadas pelo texto.

Avançado

acima de 325 pontos

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

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Jogging descalço é mais saudável Quem corre descalço, corre mais saudavelmente. É o que afirmam pesquisadores americanos

da Universidade da Virginia. Eles descobriram que os calçados desportivos podem ser mais prejudiciais para as articulações do que o jogging sem calçados.

Os cientistas testaram 68 atletas em uma esteira: com e sem calçados. E constataram um esforço maior nas articulações dos quadris, joelhos, e pés nos voluntários que fizeram o exercício calçados. De acordo com os dados, a sobrecarga às articulações foi inclusive maior do que o estresse provocado por sapatos de salto alto. Em média, o quadril dos desportistas calçados foi 54% mais sobrecarregado que o dos descalços, enquanto a pressão sobre o joelho ficou entre 36% e 38%.

Geo. n. 15, p. 19. (P120349ES_SUP)

(P120350ES) Um argumento em defesa da tese de que correr descalço é mais saudável encontra-se em:A) “É o que afirmam pesquisadores americanos da Universidade da Virginia.”.B) “Os cientistas testaram 68 atletas em uma esteira: com e sem calçados.”.C) “... um esforço maior nas articulações dos quadris, joelhos, e pés nos voluntários...”.D) “... a sobrecarga às articulações foi inclusive maior do que o estresse provocado por sapatos de salto alto.”.E) “Em média, o quadril dos desportistas calçados foi 54% mais sobrecarregado que o dos descalços,...”.

Este item avalia a habilidade de estabelecer a relação entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la. O suporte usado apresenta uma linguagem de fácil entendimento, o que facilita a compreensão do texto. No entanto, a habilidade aferida é complexa, exigindo um maior amadurecimento e proficiência da capacidade de leitura.

A tarefa solicitada no comando requer que os estudantes reconheçam que o texto em questão pertence ao tipo argumentativo, ou seja, nele, defende-se uma opinião (tese) a partir da exposição de argumentos. No comando do item, é apresentada aos estudantes a tese sustentada no texto e lhes é solicitado que identifiquem, dentre as alternativas apresentadas, um dos argumentos usados para a defesa do ponto de vista defendido.

Para resolver o item, o estudante deve ser capaz de, após localizar a tese, reconhecer os argumentos que a corroboram, distinguindo-os de outros fatos apresentados no texto que se apresentam como informações pontuais no texto.

Dessa forma, aqueles que assinalaram a alternativa E, o gabarito demonstra ter desenvolvido a habilidade avaliada, reconhecendo que o dado estatístico apresentado comprova a tese de que praticar jogging descalço é mais saudável.

Os estudantes que escolheram a alternativa A, possivelmente, entenderam que o fato de os pesquisadores americanos terem feito as afirmações é uma comprovação da tese defendida. No entanto,

30A B C D E

25,4% 16,5% 14,1% 10,5%30,9%

30,9% de acerto

Língua Portuguesa - 3ª série do Ensino Médio | SAEGO 2013

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retomando o texto, torna-se claro que a asserção está relacionada à tese anunciada previamente, complementando-a.

A opção pelas alternativas B, C e D também revela um desconhecimento relativo às noções de tese e argumento. Os estudantes que assinalaram esses distratores não compreenderam que esses fragmentos apenas fornecem informações sobre a pesquisa realizada, não se configurando como fundamentos que sustentam a opinião defendida.

A habilidade de argumentar é essencial à formação de cidadãos conscientes, reflexivos e atuantes na sociedade, visto que a todo o momento necessitamos defender, rebater e sustentar ideias.Portanto, torna-se fundamental que, ao final do terceiro ano do Ensino Médio, os estudantes já estejam familiarizados com textos argumentativos, sendo capazes de identificar opiniões e argumentos.

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O mestre da faxinaSubitamente, minha faxineira desapareceu. Deixou chinelos, um avental [...]. Três

semanas depois, resolvi:– Eu mesmo vou limpar o apartamento!Peguei um saco de lixo grande, botei dois coadores de café usados, a casca de uma

mexerica e algumas torradas secas. No processo, um pedaço de torrada caiu no chão. Esmigalhei-o com o pé, sem querer. Observei horrorizado os pedacinhos se espalharem pelo piso.

– Não tem importância, depois vou lavar o chão.Joguei o lixo. Voltei. Abri a geladeira. Duas cenouras mumificadas me observavam. Retornei ao

lixo. Foram dez idas e vindas. Sempre esquecia alguma coisinha! Finalmente, encarei a cerâmica da cozinha. Originalmente, é branca. A alvura ocultava-se sob manchas marrons, vermelhas e cinzentas. Passei a vassoura. As manchas continuavam lá. Tocou o telefone.

– Estou às voltas com a vassoura – expliquei, sorridente.– Vai voar? – perguntou meu interlocutor.Desliguei e voltei à cozinha. Tinha espalhado as migalhas de torrada por todo o trajeto. Achei

melhor me concentrar e pensar na sala mais tarde. Cautelosamente, espalhei o líquido limpador multiuso no chão. Puxei a sujeira com o rodinho. As manchas desapareciam magicamente!

– Venci as faxineiras – comemorei.Só então descobri estar do lado oposto à porta. Ao voltar sobre a área limpa e molhada,

na ponta dos pés, minhas botas espalharam marcas pretas, bem redondinhas. Dava a impressão de que uma cabra havia passado por lá. Suspirei. Tirei os sapatos, as meias e arregacei as calças. Joguei limpador de novo. Puxei o rodinho, dessa vez ao contrário. Trouxe uma horrível borra cinza até a porta da sala. Quando ia atingir meu tapete persa, corri até a pia, peguei um pano e ajoelhei-me para eliminar a borra. O pano estava imundo, emporcalhei tudo mais ainda. Pior: meus joelhos também se sujaram e minhas próprias calças passaram a criar manchas. Não tive dúvida: tirei a roupa toda. [...]

Retornei à pia, tentei lavar o pano. A pia entupiu. Corri ao banheiro, acrescentando mais marcas no chão. Molhei e torci o trapo. Mais limpador. Notei que as casquinhas da torrada, apesar de todo o meu empenho, pareciam ter colado na cerâmica. Agachei-me e, com a ponta das unhas, fui tirando uma por uma. Até quase enlouquecer. Quis chorar. Pus a mão nos cabelos, e o líquido de limpeza começou a escorrer pelo meu rosto. Espirrei. Joguei água por tudo, espalhei sapólio e passei o rodinho. Meus pés arderam. Ao puxar os detritos, eles voaram no tapete persa. Deitei-me sobre o tapete para caçar os pontinhos de sujeira. Nesse instante, o rodinho escorregou e caiu em direção ao ralo. Na batida, uma poça d’água explodiu. Com fúria, agarrei o pano e passei em cada milímetro do piso. Desmaiei no tapete, exausto. Olhei a cozinha.

Surpresa! O piso estava limpo! Suspirei, quis tomar um café. Duas gotas negras caíram da xícara. Desesperado, quase lambi o chão. Limpei com meu próprio lenço. Respirei profundamente, senti minha franja grudada nos cílios. Uma mancha de sapólio se instalara na minha barriga! Corri para a ducha. Adormeci pensando como seria fascinante limpar a sala, no dia seguinte.

De manhã bem cedo, a faxineira reapareceu, com uma história complicadíssíma. Quase beijei seus pés. Sempre desdenhei os trabalhos domésticos. Quando ouvia alguém falar em dona de casa, torcia o nariz. Já me arrependi. Francamente! Que vida!

CARRASCO, Walcyr. Pequenos delitos e outras crônicas. Rio de Janeiro: Best Seller, 2006. p. 64-65. (P120074B1_SUP)

(P120074B1) Um dos trechos que identifi ca o personagem como um homem é:A) “– Eu mesmo vou limpar o apartamento!”. (ℓ. 3)B) “– Não tem importância, depois vou lavar o chão.”. (ℓ. 8)C) “– Estou às voltas com a vassoura...”. (ℓ. 13)D) “– Venci as faxineiras...”. (ℓ. 18)E) “Quis chorar.”. (ℓ. 30)

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Este item exemplifica a habilidade de identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto. Para isso, foi utilizada como suporte uma crônica, que por apresentar uma linguagem simples e ser um gênero muito comum à realidade escolar, pode contribuir para a resolução do item. A dificuldade em proceder à leitura desse texto, no entanto, deve-se à sua extensão, que exige atenção dos leitores para os detalhes apresentados pelo autor e para as inferências necessárias ao seu completo entendimento.

O comando exige que os estudantes identifiquem nos fragmentos apresentados pistas textuais que caracterizem o narrador-personagem da história como um homem. Assim, aqueles que optaram pela alternativa A, o gabarito, desenvolveram a habilidade aferida, reconhecendo a desinência de gênero masculino (-o) em “mesmo”.

As outras alternativas, embora expressem o discurso do narrador-personagem, que é um homem, não apresentam pistas que permitam essa identificação. Portanto, os estudantes que escolheram esses distratores, possivelmente, basearam-se na leitura do texto como um todo e não se concentraram nos fragmentos apresentados, levando-os ao equívoco.

Os estudantes que marcaram as alternativas B, C e D relacionaram os termos flexionados no fragmento presente nessas alternativas com o trecho “olhei horrorizado”, identificando corretamente tratar-se deum narrador masculino; porém, não associaram corretamente os marcadores presentes nas alternativas.

Já aqueles que escolheram a alternativa E podem ter relacionado a falta de destreza do narrador com a limpeza da cozinha ao universo masculino, considerando, principalmente, o último parágrafo do texto, em que o narrador assume desprezar as tarefas domésticas.

41A B C D E

41,6% 9,2% 6,5% 34,8%4,9%

41,6% de acerto

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5

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De onde vieram os tomates?

A história do tomate é cheia de rumores, boatos e especulações, mas uma coisa é certa: essa fruta vermelha favorita de muita gente (sim, o tomate é uma fruta) não tem sua origem na Itália. Apesar do fato de ser um ingrediente essencial para massas, pizzas e saladas, o tomate é originário do México e da América Central.

O tomate em sua forma original, no entanto, não tinha nada a ver com esse globo vermelho que nós conhecemos e adoramos hoje em dia. Tratava-se de uma pequena fruta perfumada (imagine algo como o tomate cereja) que os grupos nativos americanos combinavam com “ahi”, um tipo de pimenta para fazer um molho bem temperado. Embora os nativos americanos o tenham consumido por séculos, os tomates rapidamente ganharam uma má reputação nas Américas. Os colonizadores acreditavam que o tomate era venenoso e nenhum ascendente europeu se atreveu a comer a fruta até o início do século 19 – com medo de morrer.

Na verdade, credita-se à Fundação Americana Padre Thomas Jefferson o início do cultivo de tomate para consumo nos Estados Unidos. Os registros de Jefferson contam que ele plantava a fruta todos os anos em seu “Garden Kalendar” que manteve de 1.809 a 1.824. Talvez essa seja a primeira referência escrita do cultivo de tomate pelos colonizadores do Novo Mundo e que foi publicada nas “Notas sobre o Estado da Virgínia”, em 1.787. Seus registros meticulosos indicavam que ele frequentemente vendia seus tomates em mercados de Washington, além de apresentar diferentes usos para o mesmo em sua coleção pessoal de receitas.

Disponível em: <http://lazer.hsw.uol.com.br/origem-tomates.htm>. Acesso em: 13 jan. 2011. Fragmento. (P120603ES_SUP)

(P120603ES) No trecho “(sim, o tomate é uma fruta)” (ℓ. 2), os parênteses indicamA) explicação de um termo.B) especificação de um fato.C) conceito de um especialista.D) comentário irônico.E) comentário do autor.

Este item, pertencente ao padrão de desempenho avançado, avalia a habilidade de reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso de pontuação e de outras notações, nesse caso, dos parênteses. 17

A B C D E35% 27,1% 6% 12% 17,6%

17,6% de acerto

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Saltos, piruetas e palavras revelam histórias de balés clássicos em livro

Por que será que os balés clássicos encantam crianças e adultos há centenas de anos? Uma das possíveis respostas está no livro “Outros Contos do Balé”, de Inês Bogéa. [...]

Este é o terceiro livro que ela escreve para crianças e jovens – os outros são “Contos do Balé” (2.007) e “O Livro da Dança” (2.002).

Desta vez, Bogéa conta a história de cinco balés clássicos: “A Sílfide”, “O Corsário”, “La Bayadère”, “O Quebra-Nozes” e “O Pássaro de Fogo”.

São contos que reúnem magia, romance e aventura, ao lado de figurinos, músicas e cenários deslumbrantes. Isso tudo ajuda a explicar o fato de a dança clássica encantar as pessoas ao longo dos tempos.

No livro, a autora também reúne um pequeno glossário com alguns passos e posições do balé, além de apresentar as profissões envolvidas na criação de um espetáculo e ainda um breve perfil das principais companhias de dança do mundo.

Entre saltos e piruetas, você passeia por mais de 70 imagens enquanto conhece histórias que se tornaram verdadeiras joias do mundo da dança.

Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folhinha/1116243-saltos-piruetas-e-palavras-revelam-historias-de-bales-classicos-em-livro.shtml>.

Acesso em: 11 jul. 2012. Fragmento. (P090017E4_SUP)

(P090018E4) Qual é o assunto desse texto?A) A influência do balé clássico entre crianças e adultos.B) As profissões envolvidas nos espetáculos de balé.C) O lançamento do livro sobre balé clássico.D) Os diversos passos e posições do balé.

Observe outro exemplo de item do padrão de desempenho avançado. Nele, avalia-se a habilidade de identificar o tema de um texto. 46

A B C D38,1% 6% 46,7% 6,2%

46,7% de acerto