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1 O UTUBRO M ISSIONÁRIO 2012 Pedidos a: OBRAS MISSIONÁRIAS PONTIFÍCIAS Pe. António Manuel Ba�sta Lopes Rua Ilha do Príncipe, 19 1170-182 Lisboa Telef. 218 148 428 – Fax 218 139 611 E.mail: [email protected] Homepage:www.opf.pt

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OUTUBRO MISSIONÁRIO

2012

Pedidos a:

OBRAS MISSIONÁRIAS PONTIFÍCIASPe. António Manuel Ba�sta LopesRua Ilha do Príncipe, 191170-182 LisboaTelef. 218 148 428 – Fax 218 139 611E.mail: [email protected] Homepage:www.opf.pt

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Executado em Escola Tipográfica das Missões - Cucujães

Depósito Legal: 198176/03

Í N D I C E

Apresentação .............................................................................. 3

Finalidade deste Guião ................................................................ 4

Mensagem do Santo Padre“Fazer brilhar a Palavra da Verdade” ........................................... 6

Voltar ao ímpeto missionário das primeiras Comunidades Cristãs 11

Três olhares e um coração centrado na missão ............................ 13

Oração ........................................................................................ 17

Sacri�cio ..................................................................................... 21

Par�lha ....................................................................................... 25

Vocação Missionária .................................................................... 29

Oração Universal ........................................................................ 32

Leituras dominicais ..................................................................... 34

Exposição Missionária no Santuário de Fá�ma ............................ 40

Ler a crise à luz da esperança ....................................................... 42

Vigília Missionária ....................................................................... 45

Rosário Missionário ..................................................................... 51

Adoração ao San�ssimo Sacramento ........................................... 67

Preces Diárias .............................................................................. 74

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Colaboraram neste Guião:

Apresentação

Bento XVI, D. António Couto, Alberto Silva, António Lopes, An-tónio Farias, Ana Patrícia Fonseca, Daniel Batalha, J. Antunes Silva, Tony Neves, Zacarias Pinho, Carmelitas, Fundação João XXIII – Casa do Oeste, Salesianos, Jovens Sem Fronteiras, Orbis – Aveiro, José Frazão, Seminário S. José – Caparide (Lisboa), Sopro, Diálogos, Irene Guia.

O Concílio Va�cano II abriu as portas há 50 anos. João XXIII queria que entrasse uma lufada de ar fresco na Igreja, com o sopro do Espírito Santo. É tempo de celebrar, com a vivência do Ano da Fé que agora começa.

A crise que se abateu sobre nós, está a fazer mais ví�mas entre os pobres mais pobres. Há que dar uma resposta cristã a esta crise que não é apenas económica e financeira, mas de valores e humanidade. Queremos, neste Outubro Missio-nário, dar lugar à esperança.

O cardeal Ravasi, que veio dizer a Fá�ma no 13 de Maio que é importante sujar as mãos na construção de um mundo mais justo.

A Exposição Missionária que estará até 31 de Outubro. Mostra a Missão sempre a acontecer nos quatro cantos do mundo. A visita é obrigatória.

Este Guião não quis mexer na estrutura de base. Tem qua-tro semanas com Reflexões, a Vigília Missionária, a celebração de Adoração ao San�ssimo, as Meditações das Leituras Do-minicais, o Rosário, a Oração Universal e as Preces Diárias.

Desejamos que sejam subsídios úteis para a vivência do mês de Outubro com um redobrado compromisso missio-nário.

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1. Dinamizar o mês de Outubro através de reflexões, momentos de oração e celebrações de modo a torná-lo um mês especialmente dedicado à Missão.

2. Oferecer material de reflexão, oração e acção para o encontro semanal do grupo, movimento ou comunidade – escolher o dia e hora mais conveniente. É de toda a vantagem que a reflexão realizada e o compromisso assumido pelo grupo sejam par�lhados com a comunidade paroquial no âmbito da Eucaris�a dominical.

3. Orientar as comunidades para a par�cipação ac�va na Vigília Missionária e na celebração do Dia Missionário Mundial.

4. Aprofundar o espírito e a prá�ca da oração paroquial, comunitária, familiar e pessoal – com preocupações universais – nomeadamen-te através das «preces diárias».

5. Sensibilizar as comunidades eclesiais, no sen�do de desperta-rem vocações consagradas e laicais para o serviço missionário universal.

6. Criar uma consciência viva de solidariedade, comunhão e co-operação entre as Igrejas, através de propostas de es�los de vida simples, seguindo critérios de sobriedade alegre e fraterna par�lha de bens.

7. Mo�var o conhecimento da realidade missionária de modo a descobrir o entusiasmo e vitalidade das jovens Igrejas assim como os valores das outras culturas.

8. Propor a�tudes e gestos que levem a um maior espírito de abertura, diálogo, colaboração e compreensão entre as pessoas, grupos e comunidades.

9. Favorecer um maior conhecimento, colaboração, entreajuda e par�lha entre os cristãos, comunidades, associações missio-nárias laicais, ins�tuições missionárias diocesanas e ins�tutos missionários.

10. Promover, na Igreja e na sociedade em geral, a par�cipação ac�va em acções e campanhas que visem a dignidade de todas as pessoas, a solidariedade para com os mais pobres, excluídos e injus�çados, e a proposta de causas a favor da jus�ça e da paz entre pessoas, grupos e nações.

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Queridos irmãos e irmãs,

A celebração do Dia Mundial das Missões reveste-se este ano de um significado especial. A celebração do 50° aniversário do decreto conci-liar ‘Ad Gentes’, a abertura do Ano da Fé e o Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização convergem em reafirmar a vontade da Igreja de se empenhar com mais coragem e ardor na ‘missio ad gentes’ para que o Evangelho chegue até os extremos confins da terra.

O Concílio Ecuménico Va�cano II, com a par�cipação dos Bispos católicos provenientes dos quatro cantos da terra, foi um sinal luminoso da universalidade da Igreja, acolhendo pela primeira vez um número tão elevado de Padres Conciliares provenientes da Ásia, da África, da América La�na e da Oceania. Bispos missionários e Bispos autóctones, Pastores de comunidades espalhadas entre populações não-cristãs trouxeram para a Reunião conciliar a imagem de uma Igreja presente em todos os Con�nentes e se fizeram intérpretes das complexas realidades do então chamado ‘Terceiro Mundo’.

Enriquecidos com a experiência derivada de ser pastores de Igrejas jovens e em via de formação, animados pela paixão pela difusão do Reino de Deus, eles contribuíram de maneira relevante para reafirmar a necessidade e a urgência da evangelização ad gentes, e, portanto, para trazer ao centro da eclesiologia a natureza missionária da Igreja.

Eclesiologia missionária

Esta visão hoje não está em segundo plano; pelo contrário, conheceu uma fecunda reflexão teológica e pastoral, e, ao mesmo tempo, se re-propõe com renovada urgência porque cresceu o número daqueles que ainda não conhecem Cristo: “Os homens à espera de Cristo, cons�tuem ainda um número imenso”, afirmava o Beato João Paulo II na sua encíclica Redemptoris Missio acerca da permanente validade do mandato mis-

Mensagem do Santo Padre para Dia Mundial das Missões

FAZER BRILHAR A PALAVRA DA VERDADE

“Chamados a fazer brilhar a Palavra da verdade” (Porta Fidei n. 6)

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sionário; e acrescentava: “Não podemos ficar tranquilos, ao pensar nos milhões de irmãos e irmãs nossas, também eles redimidos pelo sangue de Cristo, que ignoram ainda o amor de Deus” (n. 86). Também eu, ao convocar o Ano da Fé, escrevi que Cristo “hoje, como outrora, envia-nos pelas estradas do mundo para proclamar o seu Evangelho a todos os povos da terra” (Carta Apostólica Porta fidei, 7). Proclamação que, como se expressava também o Servo de Deus Paulo VI na Exortação apostólica Evangelii Nun�andi, “não é faculta�vo para a Igreja: é um dever que lhe incumbe, por mandato do Senhor Jesus, a fim de que as pessoas possam acreditar e ser salvas. Sim, esta mensagem é necessária. É única. É insubs�tuível.” (n. 5). Portanto, necessitamos de retomar o mesmo vigor apostólico das primeiras comunidades cristãs, que, pequenas e indefesas, foram capazes, com o anúncio e o testemunho, de difundir o Evangelho em todo o mundo até então conhecido.

Por isso, não surpreende que o Concílio Va�cano II e o sucessivo Ma-gistério da Igreja insistam de modo especial sobre o mandato missionário que Cristo confiou aos seus discípulos e que deve ser compromisso de todo o Povo de Deus, bispos, sacerdotes, diáconos, religiosos, religiosas e leigos. O cuidado em anunciar o Evangelho em toda a terra pertence primeiramente aos bispos, responsáveis diretos pela evangelização do mundo, quer como membros do colégio episcopal, quer como pastores das Igrejas par�culares. Eles, de facto, “foram consagrados não apenas para uma diocese, mas para a salvação de todo o mundo” (JOÃO PAULO II, Carta Encíclica Redemptoris Missio, 63), “pregadores da fé, que con-duzam a Cristo novos discípulos” (Ad gentes, 20) e tornam “presentes e como que palpáveis o espírito e o ardor missionário do Povo de Deus, de maneira que toda a diocese se torna missionária” (ibid., 38).

A prioridade de evangelizar

O mandato de pregar o Evangelho não se esgota, portanto, para um Pastor, na atenção por aquela porção do Povo de Deus confiada aos seus cuidados pastorais, nem no envio de sacerdotes, leigos ou leigas fidei donum. Ele deve envolver toda a a�vidade da Igreja par�cular, todos os seus setores, em suma, todo o seu ser e agir. O Concílio Va�cano II o indicou com clareza e o Magistério sucessivo o reiterou com força. Isso requer a adequação constante dos es�los de vida, planos pastorais e organização diocesana a esta dimensão fundamental do ser Igreja,

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especialmente no nosso mundo em con�nua transformação. E isso vale também para os Ins�tutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, como também para os Movimentos eclesiais: todos os componentes do grande mosaico da Igreja devem sen�r-se fortemente interpelados pelo mandato do Senhor de pregar o Evangelho, para que Cristo seja anunciado em todos os lugares. Nós, Pastores, os religiosos, as religiosas e todos os fiéis em Cristo, devemos colocarmo-nos nas pe-gadas do apóstolo Paulo, o qual, “prisioneiro de Cristo para os gen�os” (Ef 3, 1), trabalhou, sofreu e lutou para levar o Evangelho aos pagãos (cfr. Ef. 1, 24-29), sem poupar energias, tempo e meios para divulgar a Mensagem de Cristo.

Também hoje a missão ad gentes deve ser o horizonte permanente e o paradigma por excelência de toda a a�vidade eclesial, porque a própria iden�dade da Igreja é cons�tuída pela fé no mistério de Deus, que se revelou em Cristo para nos trazer a salvação, e pela missão de testemunhá-lo e anunciá-lo ao mundo, até que Ele venha. Como S. Paulo, devemos estar atentos aos que estão distantes, àqueles que ainda não conhecem Cristo e ainda não experimentaram a paternidade de Deus, conscientes de que “a cooperação missionária alarga-se hoje para novas formas, não só no âmbito da ajuda económica, mas também da par�cipa-ção direta na evangelização” (JOÃO PAULO II, Carta Encíclica Redemptoris Missio, 82). A celebração do Ano da Fé e do Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização serão ocasiões propícias para um relançamento da cooperação missionária, sobretudo nesta segunda dimensão.

Fé e anúncio

O anseio de anunciar Cristo impele-nos a ler a história para analisar os problemas, aspirações e esperanças da humanidade, que Cristo deve curar, purificar e preencher com a sua presença. A sua mensagem, de facto, é sempre atual, penetra no coração da história e pode dar resposta às inquietações mais profundas de todas as pessoas. Por isso, a Igreja, em nome de todos os seus componentes, deve estar consciente de que “os horizontes imensos da missão eclesial e a complexidade da situação presente requerem hoje modalidades renovadas para se poder comu-nicar eficazmente a Palavra de Deus.” (Bento XVI, Exortação Apostólica pós-sinodal Verbum Domini, 97). Isto exige, antes de tudo, uma renovada adesão de fé pessoal e comunitária ao Evangelho de Jesus Cristo, “num

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momento de profunda mudança como este que a humanidade está a viver” (Carta Apostólica Porta Fidei, 8).

Efe�vamente, um dos obstáculos ao impulso evangelizador é a crise de fé, não apenas no mundo ocidental, mas em grande parte da huma-nidade, que, faminta e sedenta de Deus, também deve ser convidada e conduzida ao pão de vida e à água viva, como a Samaritana que vai ao poço de Jacob e dialoga com Cristo. Como narra o Evangelista João, a vicissitude desta mulher é par�cularmente significa�va (cfr Jo 4, 1-30): encontra Jesus, que lhe pede de beber, mas que depois lhe fala de uma água nova, capaz de saciar a sede para sempre. No início, a mulher não entende, permanece no nível material, mas lentamente é conduzida pelo Senhor a realizar um caminho de fé que a leva a reconhecê-lo como o Messias. A esse propósito, Santo Agos�nho afirma: “depois de acolher Cristo Senhor no coração, que mais poderia ter feito (aquela mulher) senão abandonar a ânfora e correr para anunciar a boa nova?” (Homilia 15, 30). O encontro com Cristo como pessoa viva que sacia a sede do co-ração só pode levar ao desejo de par�lhar com os outros a alegria desta presença e fazê-Lo conhecer para que todos a possam experimentar. É preciso renovar o entusiasmo de comunicar a fé para promover uma nova evangelização das comunidades e dos países de an�ga tradição cristã que estão a perder Deus como referência, a fim de redescobrir a alegria de crer. A preocupação de evangelizar nunca deve permanecer à margem da a�vidade eclesial e da vida pessoal do cristão, mas sim caracterizá-la profundamente, conscientes de ser des�natários e, ao mesmo tempo, missionários do Evangelho. O ponto central do anúncio permanece sempre o mesmo: o Kerigma do Cristo morto e ressuscitado pela salvação do mundo, o Kerigma do amor de Deus absoluto e total por todo homem e por toda mulher, cujo ápice está no envio do Filho eterno e unigénito, o Senhor Jesus, que não se eximiu de assumir a po-breza de nossa natureza humana, amando-a e resgatando-a, por meio da oferta de si na cruz, do pecado e da morte.

A fé em Deus, neste desígnio de amor realizado em Cristo, é antes de tudo um dom e um mistério a receber no coração e na vida e pelo qual devemos agradecer sempre ao Senhor. Mas a fé é um dom que nos é dado para ser par�lhado; é um talento recebido para que produza frutos; é uma luz que não deve ficar escondida, mas iluminar toda a casa. É o dom mais importante que nos foi feito na nossa existência e que não podemos guardar para nós mesmos.

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O anúncio se faz caridade

“Ai de mim, se não anunciar o Evangelho”, dizia o Apóstolo Paulo (1 Cor. 9,16). Esta palavra ressoa com força para todo cristão e para toda comunidade cristã em todos os Con�nentes. Também para as Igrejas em territórios de missão, Igrejas em grande parte jovens, em sua maioria de recente fundação, a missionariedade se tornou uma dimensão essencial, mesmo que elas ainda precisem de missionários. Muitos sacerdotes, religiosos e religiosas, de todas as partes do mundo, inúmeros leigos e até mesmo inteiras famílias deixam seus países, suas comunidades locais, rumo a outras Igrejas para testemunhar e anunciar o Nome de Cristo, no qual a humanidade encontra a salvação. Trata-se de uma expressão de profunda comunhão, par�lha e caridade entre as Igrejas, para que cada homem possa ouvir ou re-ouvir o anúncio que cura e aproximar-se dos Sacramentos, fonte da verdadeira vida.

Juntamente a este elevado sinal da fé que se transforma em carida-de, recordo e agradeço às Obras Missionárias Pon��cias, instrumento para a cooperação com a missão universal da Igreja no mundo. Através da sua ação, o anúncio do Evangelho transforma-se em ação de ajuda ao próximo, jus�ça com os mais pobres, possibilidade de instrução nas aldeias mais distantes, assistência médica em lugares remotos, emancipação da miséria, reabilitação dos marginalizados, apoio ao desenvolvimento dos povos, superação das divisões étnicas, respeito pela vida em todas as suas fases.

Queridos irmãos e irmãs, invoco sobre a obra de evangelização ad gentes, e de modo especial, sobre seus operários, a efusão do Espírito Santo, para que a Graça de Deus a faça caminhar com mais decisão na história do mundo. Com o Beato John Henry Newman, gostaria de rezar: “Acompanha, ó Senhor, os Teus missionários às terras a evangelizar, co-loca as palavras certas em seus lábios, torna fru�fera a sua fadiga”. Que a Virgem Maria, Mãe da Igreja e estrela da Evangelização, acompanhe os missionários do Evangelho.

Va�cano, 6 de janeiro de 2012, Solenidade da Epifania do Senhor

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VOLTAR AO ÍMPETO MISSIONÁRIO DAS PRIMEIRAS COMUNIDADES CRISTÃS

1. Na sua mensagem para o 86.o Dia Missionário Mundial, a celebrar no próximo dia 21 de Outubro, o Papa Bento XVI recor-da os 50 anos do início do Concílio Va�cano II (11 de Outubro de 1962), a abertura do Ano da Fé, que se estende de 11 de Outu-bro próximo a 24 de Novembro de 2013, o Sínodo sobre a Nova Evangelização para a transmissão da Fé Cristã, a decorrer em Roma de 7 a 28 de Outubro próximo, e desafia a Igreja a calcor-rear as estradas do mundo com o mesmo ímpeto missionário das primeiras comunidades cristãs, lembrando-nos que «a pre-gação do Evangelho não é para a Igreja um contributo faculta�-vo, mas um dever que lhe incumbe» (Evangelii Nun�andi, n.o 5).

2. Neste sen�do, o Papa Bento XVI exorta-nos a refazer as pegadas de São Paulo e o i�nerário espiritual da mulher da Sa-maria (João 4) que, pedagogicamente conduzida por Jesus, abandona o cântaro an�go, que só servia para transportar água an�ga, e corre à cidade, não para fazer afirmações paralisantes, mas para deixar no ar um convite e uma fina interrogação que põe a cidade a caminho de Jesus: «Vinde ver um homem que me disse tudo o que eu fiz. Não será ele o Cristo?» (João 4,29).

3. É ainda muito significa�vo que Bento XVI ponha diante de nós o ímpeto missionário das primeiras comunidades cristãs que, sendo embora pequenas e indefesas, souberam, pelo anúncio e pelo teste-munho, difundir o Evangelho em todo o mundo conhecido de então.

4. Passemos então os olhos, com par�cular atenção e cari-nho, pelo retrato da Igreja-mãe de Jerusalém, tal como nos chega pela paleta de �ntas do Autor do Livro dos Actos dos Apóstolos:

«2,42Eram perseverantes no ensino dos Apóstolos e na comu-nhão, na fracção do pão e na oração. [...] 44Todos os que acreditavam estavam no mesmo lugar e �nham tudo em comum. [...] 46Todos os dias frequentavam juntos o Templo, e par�am o pão em cada casa, tomando o alimento com alegria e simplicidade de coração, 47louvando a Deus e tendo graça junto de todo o povo. E o Senhor acrescentava em cada dia o número dos que estavam a ser salvos» (Act 2,42.44.46-47).

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Trata-se de uma visita guiada à primeira Catedral da Igreja nas-cente – mas com ramificações em todas as casas, em todos os co-rações –, bem assente em quatro colunas: o ensino dos Apóstolos (1), a comunhão fraterna (2), a fracção do pão (3) e a oração (4). Com a boca cheia de louvor, os olhos de graça, as mãos de paz e de pão, as entranhas de misericórdia, a comunidade bela crescia, cres-cia, crescia. Não admira. Era uma comunidade jovem, leve e bela, tão jovem, leve e bela, que as pessoas lutavam para entrar nela!

5. É uma comunidade bela, fecunda e feliz, que cuida de si, da sua imagem, mas que não está voltada sobre si, mas para fora, luz que alumia quer os que estão na casa (toîs en tê oikía) (Mt 5,15) quer os que entram na casa (hoi eisporeuómenoi) (Lc 8,16; 11,33), dando testemunho da sua bela iden�dade, sem peias nem vergo-nha, no meio de um mundo hos�l e agressivo. Testemunho diz-se em alemão Zeugnis, e testemunhar diz-se zeugnen. Mas zeugnen significa também gerar, sendo mesmo o seu primeiro significado. Então, testemunhar é gerar novos filhos e filhas (Porta Fidei, n.o

7), fazer nascer com o nosso testemunho e a dádiva da nossa vida novas vidas cheias de Cristo, novas teias de esperança e de sen�do.

6. O Papa faz-nos olhar depois para a Igreja missionariamen-te renovada do Concílio, para nela vermos um sinal luminoso de Cristo para todos os con�nentes. Mas apela logo à Igreja de hoje para que não esmoreça no seu dinamismo missionário, mas o re-nove, pois está a aumentar o número daqueles que não conhe-cem Cristo. De facto, em 1965, o Concílio fala em 2.000.000.000 de não cristãos (Ad Gentes, n.o 10). Vinte e cinco anos depois, em 1990, o Papa João Paulo II refere que esse número quase duplicou (Redemptoris Missio, n.o 3), número que a missiografia precisa em 3.449.084.000. Em 2000, esse número subia para 4.069.672.000. Em 2006, o número de não cristãos sobe para 4.373.076.000. Para 2025, prevê-se que esse número a�nja os 5.220.896.000.

Decididamente, não podemos con�nuar a olhar para este mun-do de braços cruzados. Temos de o amar e evangelizar. À maneira de Cristo.

+ António CoutoPresidente da Comissão da Missão e Nova Evangelização

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Cada ano, o mês de Outubro oferece-nos um tempo especial para vivermos com entusiasmo a nossa fé e nos empenharmos com coragem e ardor na missão da Igreja. Este ano, temos razões acrescidas para vivermos este mês centrados na missão, es�mulados por três eventos missionários: o Aniversário dos cinquenta anos do Concílio Va�cano II, o Sínodo sobre o tema da Nova Evangelização e a Abertura do Ano da Fé.

Tomando estes três eventos, proponho que este mês missionário seja vivido sob o tríplice olhar missionário:

Um olhar agradecido. Fazemos memória dos cinquenta anos do Concílio Va�cano II que nos deixou um legado ines�mável e que con�nua hoje a ter o seu impacto na vida e missão da Igreja. Daquele sonho do papa João XXIII que esperava que o Concílio fosse “uma lufada de ar fresco” para a Igreja, permanece a visão de comunhão, de diálogo aberto e confiante com o mundo.

Na dimensão missionária recordamos a experiência enriquecedo-ra da universalidade da Igreja manifestada pela presença mul�color de raças e culturas jamais vista no Va�cano. Foi esta presença nova e cheia de paixão pela difusão do Reino que fez entender à Igreja a sua natureza missionária. O Decreto Ad Gentes, torna-se, assim, o porta-voz desta sua consciência missionária (Ad Gentes, 2), que ao longo destas décadas foi desenvolvida por uma reflexão teológica fecunda, renovando sempre a validade da missão e o apelo ao compromisso de todos, como “um dever que incumbe a toda a igreja” e, não só…mas “também hoje a missão ad gentes deve ser o constante horizonte e o paradigma por excelência de toda a ac�vidade eclesial”. Assim, a par�r da sua consciência missionária, a Igreja sente-se sempre em estado de missão, “enviada por Cristo pelas estradas do mundo para proclamar o seu evangelho a todos os povos” (Porta fidei 7).

Um olhar confiante no futuro. O próximo Sínodo – de 7-28 de Outubro –, sobre “a nova evangelização para a transmissão da fé cristã”põe-nos perante a urgência do anúncio de Jesus Cristo e do

TRÊS OLHARES E UM CORAÇÃO CENTRADO NA MISSÃO

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Seu Reino no presente contexto – em acelerada transformação – em que vivemos hoje a nossa fé. Nestes úl�mos anos, o nosso contexto sócio-cultural tem sido subme�do a mudanças significa�vas e im-previstas cujos efeitos – veja-se a crise económico-financeira – são bem visíveis e ac�vos nas nossas respec�vas realidades locais. E a Igreja tem sido directamente afectada por essas mudanças.

Assim, se, por um lado, evangelizar faz parte da razão de ser da Igreja, e a Igreja jamais interrompeu o caminho da evangelização porque vive sempre em estado de missão, também é verdade, por outro, que ela deve responder com cria�vidade posi�va a este novo contexto sócio-cultural que, neste nosso mundo ocidental, manifesta um processo progressivo e preocupante de descris�anização e de perda de valores humanos essenciais.

Confiantes no protagonista da missão, o Espírito Santo, querem assumir uma a�tude de discernimento para transformar os mais variados contextos de evangelização (secularização, fenómeno migratório, mistura de culturas, dimensão polí�ca e económica, in-ves�gação cien�fica …) em lugares de testemunho e de anúncio do Evangelho. Onde es�ver um cristão, aí está um evangelizador!

Um olhar amoroso. A abertura do Ano da Fé, neste mesmo mês missionário, oferece-nos a referência fundamental para viver o mês (e o ano) em chave missionária. Efec�vamente, neste ano da fé, vamos ser lembrados de que a missão é uma questão de fé, de confiança, “no mistério de Deus, que se revelou em Cristo para nos trazer a salvação”; é também uma questão de anúncio e testemunho do seu amor ao mundo e pelo mundo. Bento XVI exprime-o bem com estas palavras da sua mensagem: “A fé em Deus, neste desígnio de amor realizado em Cristo, é antes de tudo um dom e um mistério a receber no coração e na vida e pelo qual agradecer sempre ao Senhor. Mas a fé é um dom que nos é dado para ser compar�lha-do; é um talento recebido para que produza frutos; é uma luz que não deve ficar escondida, mas iluminar toda a casa. É o dom mais importante que nos foi feito em nossa existência e que não podemos guardar para nós mesmo”. Efec�vamente, Fé e Missão cons�tuem a iden�dade da Igreja.

Neste ano, e par�cularmente neste mês missionário, somos con-

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vidados a “renovar o entusiasmo de comunicar a fé para promover uma nova evangelização das comunidades e dos países de an�ga tradição cristã que estão a perder Deus como referência, a fim de redescobrir a alegria de crer”.

Com um coração centrado na missão. Neste contexto histórico em que vivemos não podemos desperdiçar energias. Enraizados na fé, ousamos sair de nós mesmos, da nossa zona de conforto, queremos atravessar o outro lado da rua ou par�r para terras distantes, para ir ao encontro do “outro” com a paixão da missão no coração.

Se o nosso coração es�ver centrado na missão, não nos faltarão, certamente, oportunidades de evangelização e de anúncio através de uma “caridade opera�va” feita de gestos credíveis de proximidade e solidariedade. «Não devemos ter medo de sujar as mãos, ajudando os miseráveis da terra: para que servirá ter as mãos limpas, se as temos no bolso?» (Cardeal Ravasi, Maio, Fá�ma)

Que Nossa Senhora, estrela da missão, nos ajude a abrir o nosso coração às riquezas insondáveis da nossa fé, percorra connosco as estradas da missão e torne a Igreja toda missionária. A todos, um mês missionário fecundo.

P. Alberto Silva, MCCJPresidente dos ins�tutos Missionários Ad gentes (IMAG)

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PRIMEIRA SEMANA

1 a 7 de Outubro

ORAÇÃO

INTRODUÇÃO

O Catecismo da Igreja Católica, abre a quarta parte com o pará-grafo §2558, no qual cita S. Teresa do Menino Jesus: “oração é um impulso do coração, é um simples olhar lançado para o Céus, é um grito de gra�dão e de amor, tanto no meio da tribulação como no meio da alegria; em fim é algo grande, sobrenatural que me dilata a alma e me une a Jesus”.... Convidamos-te a olhar para Teresa do Menino Jesus, que se deixou interpelar por Deus e Lhe abriu total-mente a sua vida. Com, ela, deixemo-nos interpelar também nós por Deus três vezes Santo. Para captarmos tudo isso, precisamos apenas de três coisas: silenciar, escutar e reflec�r.

Cân�co Inicial

Saudação do Presidente

Sendo a liturgia um mistério da vida que brota da Trindade Santa, então a liturgia celebrada não deveria ser dis�nta da liturgia vivida no dia-a-dia, porque devemos celebrar e anunciar Aquele que vivemos. Por isso, ser oração, é ser missão. E todos somos chamados à missão, dando testemunho da nossa fé, da nossa esperança e mostrando, com a nossa vida, que somos um verdadeiro hino de louvor, tanto no meio da tribulação como no meio da alegria.

ESCUTAR A PALAVRA – I Tes, 1, 2-8

Acabamos de escutar a Palavra do Senhor. Será que o que escu-tamos tem poder sobre cada um de nós? Imitamos o Senhor e os seus mais fiéis discípulos, os santos? O amor incondicional é uma caracterís�ca da nossa vida? Temos interpelado alguém com o nosso testemunho de vida? Gozamos de boa fama entre os demais? Somos coerentes e consequentes com o ser cristão?

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Façamos uns momentos de silêncio meditando e interiorizan-do o que ouvimos. Passemo-los da mente ao coração.

Silêncio e meditação

A PALAVRA GERA ORAÇÃO

1. Cristo, Bom Pastor, san�ficai todos os sacerdotes e consagra-dos, e todos os que vivem a vocação comum à san�dade, e dai os pastores necessários à vossa Igreja.

2. Senhor, abençoai as famílias cristãs, e fazei que sejam viveiros de vocações missionárias, religiosas e sacerdotais.

3. Por todos os missionários nos cinco cantos do mundo, para que permaneçam semeando amor e paz, e levando o seu testemunho da bem-aventurança que vem de Deus Pai.

4. Pastor eterno, que escolhestes a Virgem Maria para ser a vossa Mãe, dai aos jovens a disponibilidade de Maria para responderem ao vosso chamamento.

5. Senhor, Vós que enriquecestes o Carmelo com modelos e mestres insignes da vida espiritual, aumentai o número dos que queiram seguir os seus exemplos e propagar a sua doutrina.

6. Senhor, fazei que todos nós nos dediquemos intensamente à contemplação e ao apostolado, e que muitos jovens descubram na missão de Jesus a vocação ao Amor.

A PALAVRA TORNA-SE ACÇÃO

‘Ah. Apesar da minha pequenez quereria esclarecer as almas como os Profetas e os Doutores. Tenho a vocação de ser apóstolo... Quereria percorrer a terra, pregar o teu nome ó Jesus, implantar no solo infiel a tua cruz gloriosa, mas ó meu bem-amado uma missão só não bastaria. Quereria ao mesmo tempo anunciar o evangelho nas cinco partes do mundo até nas ilhas longínquas... Quereria ser Missionária, não apenas durante alguns anos mas, quereria tê-lo sido desde a criação do mundo até a consumação dos séculos...’.

Sta. Teresinha do Menino Jesus, História de uma Alma

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Presidente

Terminamos a nossa oração dirigindo-nos ao Pai, recordando as necessidades da Igreja e do mundo. Relembremos todos os que mais precisam da nossa oração: os doentes, os presos, os que estão sós e abandonados. Rezemos também por todos os missionários e missionárias para que nunca se cansem de levar a boa nova do Evangelho a toda a criatura. E porque somos filhos de Deus e ir-mãos do Nosso Salvador, ousamos rezar como Ele mesmo nos en-cimou: Pai-nosso

Bênção e cân�co final

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SEGUNDA SEMANA

8 a 14 de Outubro

SACRIFÍCIO

INTRODUÇÃO

O sacri�cio foi desde sempre um desafio para todos os homens ao longo dos séculos e das várias gerações e culturas. Procuravam assim ver como poderiam evitá-lo, superá-lo, compreendê-lo, enca-minhá-lo. Vem Jesus Cristo e do seu exemplo já percebemos melhor o sen�do do sacri�cio que vem ao nosso encontro e como devemos aceitá-lo, ofertá-lo. Entretanto sabemos que o sacri�cio agradável a Deus é a conversão do coração ao Evangelho.

A par�r do Concílio Va�cano II devemos Ver, Julgar e Agir todas as coisas à luz da fé. Esta é a maneira nova conciliar do cristão viver.

Cân�co inicial

Saudação do Presidente

ESCUTAR A PALAVRA1 Cor 13, 1-13

Ver: «Conheço uma pessoa amiga que inesperadamente apa-nhou uma bactéria infecciosa, em que o marido e os seus dois filhos �veram de fazer uma desinfeção às suas roupas e a toda a casa e receberem umas vacinas especiais. Está no hospital com uma doença de alto risco. Esta sua doença está a consumi-la de tal maneira que já teve de ser amputada dos seus membros. É um sacri�cio progressivo que o coração está a aguentar. Traz todos os seus familiares e muitos, mas muitos, muitos amigos numa grande comunhão de oração. Sobretudo a sua família está num tremendo sofrimento obla�vo». Daniel B.

Julgar e agir: «O amor é paciente, ... tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba; agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor; mas, destes três, o maior é o amor.»

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A PALAVRA GERA ORAÇÃO

Abraão, o Pai dos crentes, à semelhança do justo Abel, dá-nos o exemplo, de como devemos dar o melhor que temos, e não as sobras. A oferta do melhor que temos, que é a nossa vida, é o sacri-�cio de louvor, espiritual e santo que ultrapassa todos os sacri�cios da An�ga Aliança.

O exemplo de Cristo impele-nos a ser interven�vos. Não nos acomodemos, nem fiquemos a aguardar que nos venham pedir, mas sim ofereçamos as nossas vidas para que outros tenham vida e vida em abundância.

Elevemos o nosso coração em prece e peçamos ao Senhor que nos conceda a graça de oferecer a nossa vida por amor, morrendo para nós próprios, seguindo os passos de Cristo.

– O Sacri�cio de Cristo, o amor que nos tem e ao Pai é tão grande que R: “Obedeceu até à morte, e morte de cruz” (Fl.2,8).

– O Sacri�cio é um acto de confiança naquele que tudo pode. R: “Nas Tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc.23,46).

– O Sacri�cio é VIVER. R: “Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á”

(Mt.16,25).

– O Sacri�cio é uma exortação permanente à Melhoria Con�nua. R: “sede perfeitos, como o vosso Pai do Céu é perfeito”

(Mt. 5,48)

Pai Nosso

Cân�co

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A PALAVRA TORNA-SE ACÇÃO

[ver] Perante a morte de Miguel Portas, a sua mãe Helena Saca-dura Cabral escreve:

[julgar] «Os filhos são um emprés�mo de Deus. Depois da missa de ontem o meu coração serenou. Fiz tudo quanto o Miguel pediu antes de morrer. Acabei como devia, entregando-o nas mãos de quem mo emprestou. Amanhã ele faria 54 anos. Hoje recomecei, mansinho, a trabalhar. Como ele desejaria. Mais uma vez em sua homenagem. Aquela que só uma mãe pode dar. Felizmente, ainda tenho vivos de quem me ocupar. [agir] Porque a vida con�nua».

Bênção e cân�co final

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15 a 21 de Outubro

PARTILHA

Dinâmica:• Iniciar com a distribuição de um pedaço de pão não muito grande, nem pequeno,

o suficiente para todos.

• Reforçar muito a ideia de que tem que chegar para todos os presentes.

• Quando chegar ao final constatar uma de duas opções: ou que sobra (quando par�lhamos, sobra sempre como na mul�plicação dos pães) ou que é suficiente (quando a distribuição é feita a pensar em todos, há sempre uma forma de verdadeiramente haver “pão” para todos).

“A fé sem a caridade não dá fruto, e a caridade sem a fé seria um sen�mento constantemente à mercê da dúvida. Fé e caridade reclamam-se mutuamente, de tal modo que uma consente à outra realizar o seu caminho. De facto, não poucos cristãos dedicam amorosamente a sua vida a quem vive sozinho, marginalizado ou excluído, considerando-o como o primeiro a quem atender e o mais importante a socorrer, porque é precisamente nele que se espelha o próprio rosto de Cristo. Em virtude da fé, podemos reconhecer naqueles que pedem o nosso amor o rosto do Senhor ressuscitado. «Sempre que fizestes isto a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes» (Mt 25, 40): estas palavras de Jesus são uma advertência que não se deve esquecer e um convite perene a devolvermos aquele amor com que Ele cuida de nós. É a fé que permite reconhecer Cristo, e é o seu próprio amor que impele a socorrê-Lo sempre que Se faz próximo nosso no caminho da vida. Sustentados pela fé, olhamos com esperança o nosso serviço no mundo, aguardando «novos céus e uma nova terra, onde habite a jus�ça» (2 Ped 3, 13; cf. Ap 21, 1).”

Bento XVI, Porta da Fé, §14

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INTRODUÇÃO

É Deus que nos impele à par�lha. Não à par�lha fácil do dar coisas, do dar o que nos sobra, mas à par�lha plena do darmo-nos todos. Inteiros às pessoas inteiras que encontramos no nosso caminho. E é este o convite do Papa, especialmente neste início do Ano da Fé que proclamou há um ano: que nós, pessoas de fé, não nos esqueçamos que esta mesma fé que nos move, nos “reclama” caridade. Reclama irmos ao encontro de “todo o homem e do homem todo”. Reclama assumirmos a missão de nos fazermos presentes na vida de quem mais precisa, do próprio Jesus. Reclama par�lhar esperança com um mundo “des-esperado”. Assim escutamos esta mesma Palavra, proposta também pelo Papa nesta Carta Apostólica.

ESCUTAR A PALAVRA Tiago 2, 15-26

A nossa fé precisa de obras de Amor, alimentadas no próprio Jesus. Ser missionário é ser dom, é ser par�lha em todas as cir-cunstâncias e lugares das nossas vidas. A nossa fé não pode ser inconsequente. Deve-nos levar ao encontro do Outro e dos outros, para nos dar Vida.

A PALAVRA GERA ORAÇÃO

Senhor, Ajuda-nos a testemunhar a nossa fé com obrase a transparecer nas nossas obras a coerência da nossa fé.Ajuda-nos a consolar as fomes de quem cruza os nossos caminhos.Ajuda-nos a levar abundância a toda a escassez.Ajuda-nos a colocar esperança em cada gesto.Ajuda-nos a ser “tudo para todos”.Pedimos-Te que nos ensines a saber par�lhar cada vez mais e me-lhor. Pedimos-Te que nos mostres como podemos ser missão para os outros – em cada situação concreta.Pedimos-te por todos os que pra�cam a arte de serem “cuidadores” e missionários do Amor.

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Pedimos-te por todos os que têm sede da nossa fé e das nossas obras.Que sejas Tu e não nós, a amar pelas nossas mãos, pelos nossos corações. De coração para coração.Ámen.

A PALAVRA TORNA-SE ACÇÃO

Escolher uma obra de misericórdia corporal para por em prá�ca este mês:

1. Dar de comer a quem tem fome

2. Dar de beber a quem tem sede

3. Ves�r os nus

4. Dar pousada aos peregrinos

5. Visitar os enfermos

6. Visitar os presos

7. Enterrar os mortos.

Par�lhar não é só fazer coisas. Par�lhar é também rezar com, rezar por. As obras também podem ser obras de oração.

Rezo pelas obras com quem colaboro/de que faço parte, por quem sou enviado?

Escolher uma missão/uma organização/um missionário em con-creto por quem rezar este mês.

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4ª SEMANA

22 a 28 de Outubro

VOCAÇÃO MISSIONÁRIA

(Preparar o espaço de um modo acolhedor e informal, com almofadas para as pessoas se poderem sentar no chão, com um ambiente de luminosidade médio, propício à oração, par�lha e reflexão. Colocar no centro do espaço de oração dois símbolos em destaque: pão e peixes).

Cân�co

Saudação do Presidente

INTRODUÇÃO

«É importante que se criem, na Igreja, as condições favoráveis para poderem desabrochar muitos ‘sins’, respostas generosas ao amoroso chamamento de Deus. É tarefa da pastoral vocacional oferecer os pontos de orientação para um percurso frutuoso. Ele-mento central há-de ser o amor à Palavra de Deus, cul�vando uma familiaridade crescente com a Sagrada Escritura e uma oração pes-soal e comunitária devota e constante, para ser capaz de escutar o chamamento divino no meio de tantas vozes que inundam a vida diária. Mas o ‘centro vital’ de todo o caminho vocacional seja sobre-tudo a Eucaris�a: é aqui no sacri�cio de Cristo, expressão perfeita de amor, que o amor de Deus nos toca; e é aqui que aprendemos incessantemente a viver a ‘medida alta’ do amor de Deus. Palavra, oração e Eucaris�a cons�tuem o tesouro precioso para se compre-ender a beleza duma vida totalmente gasta pelo Reino». Mensagem do papa Bento XVI para o Dia Mundial das Vocações 2012

ESCUTAR A PALAVRAMc 6,35-44

Tempo de silêncio e meditação, introduzido pelo presidente com uma reflexão sobre o texto, com os seguintes tópicos:

– A que me chama Deus nesta vida? Qual o meu papel em ali-mentar os meus irmãos �rando-lhes a fome de Deus, a fome

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de educação, a fome de Desenvolvimento, a fome de Direitos Humanos? Qual a minha vocação?

– Que postura tenho eu no meu trabalho missionário? Será a minha vocação forte quando tenho meios ou quero desis�r e “despedir as pessoas pois já é tarde e não temos que lhes dar”?

– Reflitamos neste milagre de Jesus que mais não foi do que fazer o possível com aquilo que temos, fazer o milagre de Deus acontecer, não por artes mágicas mas com aquilo que temos, com a par�lha, com a mobilização das pessoas nessa par�lha!

– O que temos? O que nos coloca Deus à disposição para fa-zermos os milagres da Missão acontecerem?

Neste momento pode-se colocar música ambiente

A PALAVRA GERA ORAÇÃO

Depois do tempo de silêncio e meditação, par�lhamos/rezamos o que o coração nos indicar, concluindo com uma prece, respondendo em coro:

Todos: “Ajuda-nos Pai a percebermos a Tua vontade e os meios, poucos ou muitos que colocas à nossa disposição. Para que com eles façamos a cada dia o milagre da mul�plicação do Teu Amor”.

A PALAVRA TORNA�SE ACÇÃO

A nível pessoal: tornar mais comum estes momentos de silêncio, contemplação e reflexão. Perguntar ao Pai: “Que queres da minha Vida? Que milagres teus queres que se operem em mim?”. Escutar e contemplar a realidade ao meu redor. Colocar-me na disposição de aprofundar a vontade de Deus, aquilo a que Ele me chama como missionário.

Em grupo, em comunidade, na organização: Procurar perceber no grupo, a sua Missão, a vontade de Deus

para o nosso trabalho e vocação missionaria.

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Procurar saber o que temos de fazer e o que temos de apoio para o fazer: pessoas, meios, recursos... planear projectos e ac�vidades pro�cuas em que se mobilizem pessoas, meios e vontades... em par�lha, para o milagre quo�diano da Missão que acontece.

Rezemos com Maria o cân�co do Magnificat. Depois de ouvir o anjo do Senhor, com a proposta vocacional para a Missão de Maria, ela disse prontamente o seu Sim. Que Maria nos ajude a ouvir e a dizer sim à nossa vocação, àquilo para que somos chamados:

A minha alma glorifica o Senhore o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.Porque pôs os olhos na humildade da sua serva.De hoje em diante, me chamarão bem-aventurada todas as gerações.O Todo-poderoso fez em mim maravilhas. Santo é o seu nome.A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem.Manifestou o poder do seu braçoe dispersou os soberbos.Derrubou os poderosos de seus tronose exaltou os humildes.Aos famintos encheu de bense aos ricos despediu de mãos vazias.Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia, como �nha prome�do a nossos pais,a Abraão e à sua descendência, para sempre. (Lc 1, 46-55)

Bênção e cân�co final

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ORAÇÃO UNIVERSAL

Irmãos e irmãs:

Ao Senhor da messe dirijamos as nossas orações de súplica pela Igreja, povo enviado, e pelo mundo, por amor do qual ofereceu a sua vida até à morte de Cruz, e digamos cheios de confiança:

- Atendei, Senhor, a oração da vossa Igreja.

1. Rezemos pela Igreja, povo escolhido e enviado a anunciar a boa nova da salvação a todos os povos, para que se abra à acção do Espírito Santo e testemunhe, pela palavra e pelas obras, o amor de Deus pela humanidade. Oremos, irmãos.

2. Rezemos pelo Santo Padre e pelos bispos do mundo inteiro a ele unidos, para que, com o mesmo zelo dos apóstolos, se empenhem pessoalmente em promover em toda a Igreja e nas comunidades locais de que são pastores da consciência e do empenho missionário. Oremos, irmãos.

3. Por todos nós, enxertados em Cristo pelo bap�smo, pelos leigos comprome�dos na ac�vidade missionária da Igreja e pelos ins�tutos e obras missionárias, para que não de-sanimemos diante da grandiosidade da missão, antes nos sintamos alentados pela presença de Jesus Ressuscitado. Oremos, irmãos

4. Pelos missionários que anunciam o Evangelho em situações par�cularmente di�ceis, arriscando até a própria vida, pe-los cristãos perseguidos em razão da sua fé, pelos �bios e vacilantes no seu testemunho, para que a todos o Senhor anime e conforte. Oremos irmãos.

5. Por todos os homens e mulheres de boa vontade que tra-balham por um mundo mais justo e fraterno, por quantos

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se empenham em estabelecer pontes entre as religiões e as culturas, em ordem à paz e harmonia entre todos os povos, para que Deus os recompense e possam ver o fruto dos seus esforços. Oremos irmãos.

6. Pelos missionários e missionárias que dedicaram toda a sua vida ao anúncio do Evangelho e que o Senhor já chamou à sua presença, para que saboreiem a alegria da comunhão dos santos e para que muitos jovens acolham o chamamen-to missionário e entreguem toda a sua vida pela causa do Evangelho. Oremos irmãos.

Senhor Jesus Cristo, Bom Pastor da humanidade, concedei-nos a graça de viver em tudo uma vida agradável a vossos olhos e dedicada ao anúncio do vosso Reino. Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo. Amén

PAI NOSSO

Bênção e cân�co final

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LEITURAS DOMINICAIS

XXVII DOMINGO COMUM – B

Gen 2, 18-14;Sal 127, 1-2. 3.4-6

Hebr 2, 9-11Mc 10, 2-12

Foi por causa da dureza do vosso coração que Ele vos deixou esta lei

A dureza do coração é a resistência maior ao desejo de Deus para a história dos nossos afectos mais ín�mos e das nossas relações mais vitais. Quando o coração endurece e se torna insensível, também os olhos, mesmo que olhando, deixam de ver. Os ouvidos, mesmo ouvindo, deixam de escutar e de pressen�r. O tacto retrai-se ou ex-pande-se, para se furtar ou para tomar posse, recusando-se, porém, a deixar-se tocar. A memória recorda, mas não reconhece nem se comove. A inteligência separa, disseca, julga, mas sem compreender. Assim a vontade, obedece, mas não consente. O afecto vibra, não pelo desejo responsável de reconhecimento e de reciprocidade, mas pelo ape�te egoísta de se bastar a si mesmo. O coração duro, tudo o que toca, empobrece. Não liga a nada, não se liga a ninguém. Na sua dureza, separa-se.

Sendo o coração capaz de tanto e de tão pouco, segundo o tesou-ro a que se fixar – «onde es�ver o teu tesouro, aí estará o teu cora-ção» –, deixa-nos apreensivos uma sensibilidade comum do nosso tempo que olha para aqueles laços que ganham forma na dedicação ao outro, na responsabilidade diante da sua fraqueza ou na fidelidade ao compromisso assumido, como um peso demasiado grande a pagar e que, facilmente, poderão ser quebrados. A dedicação incondicional a alguém, para sempre, apresenta-se como negação da felicidade imediata e da liberdade que se quer sem impedimentos. Empenho, responsabilidade, compromisso longo, fidelidade seriam formas de

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hipotecar o futuro, uma limitação intolerável das possibilidades que o imprevisto pode proporcionar. Vínculos, dedicação na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, todos os dias da vida, muitas vezes, parecem insuportáveis para o modo de vida que se ambiciona como desejável. Neste contexto, o sonho de Deus para o homem e para a mulher, reafirmado por Jesus no Evangelho deste Domingo, poderia parecer demasiado para as nossas possibilidades. Mas Jesus não deixa de no-lo apresentar como uma promessa.

No princípio, porém, não foi assim, porque, no princípio, era o laço de afecto e de reconhecimento. Deus criou o homem e a mulher com um coração como o Seu, capaz de reconhecer o outro no amor e de se reconhecer na relação que aí sempre re-nasce. Criou-os um para o outro – corpo e alma. Porque não é bom que, nem um nem outro, es�vessem sós (1ª leitura).

Jesus recorda que há afectos que valem uma vida. Geram laços que resistem à prova da morte. Tal como o amor de Deus por nós. São tanto grandes quanto frágeis. Vivem de dádiva generosa e de acolhimento livre. Por isso, precisam de cuidado. E de tenacidade. A vida e as nossas relações decidem-se neles. Por isso, a nossa fé fará que nos empenhemos por eles.

XXVIII DOMINGO COMUM – B

Sab 3, 7-14Sal 89, 12-13. 14-15.16-17

Hebr 4, 12-13Mt 10, 17-30

Todo aquele que �ver deixado... receberá cem vezes mais

«Que hei-de fazer para alcançar a vida eterna?» A pergunta do homem rico parecia prometer mui�ssimo. Que desejo grande. Que intenção boa. Fora generosamente agraciado pelos céus. Além disso, parecia religiosamente irrepreensível. E queria ir, ainda, mais longe. Porém, o encontro com Jesus não acontece como parecia prometer.

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No final, parte triste, de regresso ao muito que �nha e não quis perder. E nós ficamos tristes por ele, tocados e desconsertados pelo desencontro. O que teria havido de extraordinário, por exemplo, no encontro entre Jesus e Zaqueu, um pecador confesso, que não houve aqui? Ou entre Jesus e a mulher pecadora, em casa de Simão, ou a adúltera, na praça pública? Talvez o homem rico se movesse por uma obsessão pela vida eterna, mas não �vesse suficientemente claro que o único bem que não se pode perder é o próprio Deus. Deseja avançar, mas com a segurança de não ter que deixar nada – o que ainda lhe faltava deveria acrescentar-se ao que já �nha acumulado. Não aprendera que a estranha regra de jogo “quem quiser ganhar(- se) há-de perde(-se)” é aquela que afere se o bem maior que se procura é verdadeiramente Deus, o único que se pode amar com toda a alma, com todo a inteligência, com todas as forças, isto é, com a confiança de que, só n’Ele, se pode ter tudo. «Ensinai-nos», Senhor, reza o Salmo, «para chegarmos à sabedoria do coração».

Sabendo, então, que Deus é o único bem, o que fazer para ter uma vida boa, duradoura, que não se perderá? Inves�r a própria vida para que a vida mor�ficada de outros se possa reacender. Nesta missão, qualquer bap�zado é enviado. Dar a vida para que aqueles que, entretanto, a perderam a recuperem e voltem a acreditar que é um dom. Por amor destes, é preciso ir, vender o que se tem e dar-lho. Então, já nada meterá medo, nem a pobreza, nem a desconsideração, nem a incerteza do futuro, nem a própria morte.

Na verdade, o drama do homem rico não será tanto a riqueza que possui, mas a sua (falta de) fé. Alicerça-se na procura de si, cheia de boas intenções, mas auto-suficiente, mesmo que seja enquadrada por uma prá�ca religiosa sem mácula, disfarçada de procura de vida eterna. Nada mais se lhe poderá dar se já tem tudo. Porém, se acre-ditasse que poderia confiar absolutamente em Deus e na par�lha das próprias coisas com quem tem menos, a sua pergunta já teria ob�do resposta, a sua procura já teria alcançado o seu fim. Porque aí está a vida que jamais se perde. É nesta fé, feita de confiança e de firmeza no Senhor, que se enraíza a salvação que pedimos, a sabedoria que imploramos, a missão que assumimos. «Preferia-a aos ceptros e aos tronos e, em sua comparação, considerei a riqueza um nada» (1ª Leitura).

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XXIX DOMINGO COMUM – B

Is 53, 10-11Sal 32, 4-5. 18-19.20.22

Hebr 4, 14-16Mt 10, 35-45

Quem entre vós quiser tornar-se grande, será vosso servo

Quem é o maior? Que lugar posso assegurar na escala da impor-tância e do reconhecimento, diante dos outros e do próprio Deus? Tudo serve para hierarquizar as pessoas e os grupos, muitas vezes – teremos que o admi�r, com humildade –, também na Igreja. O nome, a riqueza, a educação, a notabilidade, os cargos, o vestuário, a casa. Tudo pode servir para recordar ao outro que estou à sua frente, que sou mais do que ele, que a razão e a força estão do meu lado. Até a caridade e a piedade podem servir para assegurar um bom lugar diante de Deus – “pago o dízimo de tudo”; “dou-te graças por não ser como aquele pecador”.

Desde que fomos dados à luz, há um medo que nos assalta, o de não sermos suficientemente reconhecidos e amados. Desde Adão e Eva, a voz da serpente insinua no coração humano a dúvida de que Deus não cuida suficientemente de nós. Então, quando a confiança dá o lugar ao medo, o outro torna-se rival, aquele que me pode roubar o lugar e limitar o espaço. Bastaria recordar a história dos irmãos Caim e Abel. Nasce o desejo de afirmação. Montam-se estratégias de protecção contra todos os que podem usurpar o que considero vital para mim, umas mais rudes, outras mais refinadas. Do medo de não ser (filho) único e de não ser reconhecido, nascem estratégias de defesa e de ataque, para ficar à frente, para não ficar para trás. Tantas vezes, à custa dos outros. Devo ser um herói, a qualquer preço. Por isso, incho-me quando me consigo afirmar e deprimo-me quando me sinto derrotado.

“Convosco, não deverá ser assim”. “Reparem no Filho do Ho-mem que não veio para ser servido, mas para dar a vida por todos”, inimigos incluídos. Para que cada um tenha vida, Ele oferece a sua. Ele é o Filho, aquele que conhece e se reconhece no afecto do Pai,

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de quem tudo recebe. Não tem que assegurar ou conquistar o que quer que seja, porque, como Filho, já tem tudo. Por isso, pode ofe-recer-se. Sendo o Unigénito, torna-se o Primogénito, o primeiro de muitos irmãos. Par�lha, com cada homem e cada mulher, a filiação divina, estando disposto a assumir a sua condição de carne e de sangue e a atravessar a prova derradeira da morte – o medo de não ser suficientemente amado. Obedecendo até à morte de cruz, pôs a sua confiança total no Pai e, assim, nos assegurou que, no afecto do Pai, há muitas moradas, uma morada única para cada filho. Foi glorificado porque se fez obediente. É o primeiro porque se faz o úl�mo, compadecido das fraquezas de todos.

Na Europa ou em África, na América ou na Ásia, não há outro caminho para estar à direita ou à esquerda no Reino dos Céus se não o da entrega de si. É este o cálice que celebra a comunhão com o Senhor. Não há atalho alterna�vo para vencer a morte e assegurar a vida. Da comparação mor�fera com o outro que leva a proteger o próprio lugar contra ele, só nasce ressen�mento e morte. Mas, pela entrega de si pela vida do outro, aí, já se saboreia a vida plena, aquela que se gera na confiança de que somos filhos em quem o Pai põe todo o seu afecto. No amor não há temor. Nem comparação ou desejo de ficar à direita ou à esquerda, porque o Pai garante a cada um o melhor lugar, aquele que se cede ao irmão. Nesta forma de vida estará a força do enviado.

XXX DOMINGO COMUM – B

Jer 31, 7-9Sal 125, 1-2ab. 2cd-3.4-5.6

Hebr 5, 1-6Mt 10, 46-52

Jesus, Filho de David, tem piedade de mim

Bar�meu jaz na berma da estrada e da vida. Como cego, é o retrato da pobreza e da indigência. Vive cada dia como uma noite,

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caído por terra, de mão estendida. Mas a falta de visão ainda não lhe roubou a audição. É o primeiro sen�do a despertar – e, talvez, o úl�mo –, a porta do reconhecimento afec�vo de um outro, apenas, pelo �mbre da voz. O cego pressente que é Jesus que está a passar e grita, grita, sem pudor e muito alto, o seu desejo: «Mestre, que eu veja». Tal como a pecadora que beija os pés de Jesus, em casa do fariseu Simão; tal como a mulher que sofria de hemorragias e desafia as regras da pureza religiosa, ousando tocar no manto de Jesus; tal como a mulher cananeia que contradiz Jesus, recordando-lhe que, também, os cachorros têm direito às migalhas que caiem da mesa dos donos, assim o cego Bar�meu se expõe diante de Jesus que passa. A sua indigência torna-se lugar da sua profissão de fé. Na presença de Jesus, do fundo da noite, uma esperança levanta-se em grito. – Se vens da parte de Deus, sei que terás compaixão de mim, porque Deus é compaixão, «um Pai para Israel» (1ª leitura). Creio que onde há libertação do mal, aí está Deus. Esta é a fé que salva Bar�meu. Esta é a fé que nos salva e a fé que nos envia. Resgatados às trevas, levantados do pó, o Senhor diz-nos: «Vai». É a fé firme na bondade do Senhor que te salva. «Vai».

O cuidado de Deus por cada homem e por cada mulher é a linha que dá unidade à vida e à morte de Jesus. Os seus gestos e as suas palavras testemunham a absoluta dedicação de Deus à existência de cada ser humano. Por isso, quando tocados por ele, os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os paralí�cos pegam nas suas enxergas e, de pé, regressam ao afecto dos seus. Quem está na margem é reintegrado. Os pecadores apren-dem que as torres não caem como cas�go pelos seus pecados ou pelos pecados dos seus pais, nem o fogo é lançado sobre quem não acredita. Os impuros podem reaproximar-se do sagrado sem pedir autorização. Em Jesus de Nazaré, o Filho muito amado (2ª leitura), «o senhor faz regressar os ca�vos de Sião». Tamanha bondade faz com que brotem, da nossa boca, «expressões de alegria e dos nossos lábios cân�cos de júbilo» (salmo). «O Senhor salvou o seu povo» (1ª leitura). Santo seja o seu nome. Por isso, todos os confins da terra hão-de contemplar a bondade do Senhor.

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No dia 12 de Maio foi inaugurada em Fá�ma a exposição missionária “Alarga o espaço de tua tenda”. Não é a primeira vez que se realiza uma exposição missionária em Fá�ma. Mas a exposição que se realiza em 2012, e que de-corre de Maio a 31 de Outubro, tem maior envergadura e importância, pois resulta da parceria do IMAG / ANIMAG, do Santuário de Fá�ma e das Obras Missionárias Pon��cias.

A exposição missionária de 2012: “alarga o espaço de tua tenda” (Is. 54, 2), funciona no Convívio de Sto. Agos�nho, situado na cripta da Igreja da SS. Trindade. Pelos Ins�tutos Missionários esta exposição é considerada como momento privilegiado de animação missionária. Normalmente as exposições organizadas pelo Santuário de Fá�ma são visitadas por centenas de milhares de pessoas. Esperamos que números semelhantes de visitantes sejam tocados e interpelados pela inquietação missionária.

Para que aconteça a animação missionária e o contacto directo com a missão e os missionários, durante a exposição alguns membros dos IMAG / ANIMAG estarão sempre presentes e servirão de recursos humanos para ajudar a percorrer a exposição.

Na visita à exposição missionária e ao percorrermos os diferentes blocos, sen�mos envolvidos e impelidos a tomar parte da grande missão de Deus e da Igreja. A exposição está organizada em 4 núcleos ou blocos:

EXPOSIÇÃO MISSIONÁRIA NO SANTUÁRIO DE FÁTIMA

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EXPOSIÇÃO MISSIONÁRIA NO SANTUÁRIO DE FÁTIMA

o Núcleo 1 - Deus missionário: A missão é comunicação, pois Deus é amor, e por amor se comunica aos homens. A fonte da missão é o coração da Trindade de Deus.

o Núcleo 2 - Discípulos de Jesus Cristo: missionários ontem, hoje e sempre. Ao longo da história, discípulos / missionários anunciaram e anunciam Cristo.

o Núcleo 3 - Missão: em todo o tempo e lugar acontece a missão, que não tem barreiras nem fronteiras. O amor de Deus a�nge todos os con�nentes.

o Núcleo 4 - “alarga o espaço da tua tenda”: da fonte bap�smal para a mis-são. A missão brota do encontro com Cristo, do compromisso do Ba�smo. Ba�zados, a missão convoca-nos e compromete-nos.

O ideário da exposição missionária enquadra-se nas celebrações do cen-tenário das aparições de Nossa Senhora em Fá�ma. O tema das celebrações para 2012 procura criar uma a�tude de compromisso e de oblação de nossa vida, deixando-nos a interpelação de Maria aos pastorinhos: “Quereis ofere-cer-vos a Deus?” O discípulo / missionário oferece a sua vida ao serviço do Reino de Deus.

Fá�ma é lugar de encontro com Deus. Fá�ma é lugar de fé, devoção e de crescer no sen�do de pertença à igreja. Ao passar por Fá�ma, de Maio a Ou-tubro, não deixemos de visitar a exposição missionária e que deixe em todos uma profunda inquietação missionária. António Farias

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LER A CRISE À LUZ DA ESPERANÇA

Quando Jesus Ressuscitado enviou em missão os primeiros discípulos, fê-lo como um mandato de novidade, de esperança, de tempos novos, de nova terra e novo céu. Deu-lhes este mandato numa altura em que o Povo de Israel sofria sob o jugo dum império estrangeiro e duma religiosidade que se �nha encarcerado em ritos e prá�cas que excluíam muitos, pesavam a outros e levavam mais a tremer diante Deus do que a amá-l’O! Deu-lhes um mandato que lhes alargava os corações e impelia a amar mais e melhor: “fazei discípulos, ensinando-os a cumprir quanto vos tenho mandado”… O mesmo é dizer: amai-vos uns aos outros como Eu vos amei; lavei-vos os pés, assim como eu vos fiz, fazei vós também… felizes sereis se fizerdes o mesmo; porque muito amaste muito te será perdoado…; vai, a tua fé te salvou…; nem um só cabelo cairá da vossa cabeça sem que o Pai o saiba… valeis muito mais que os passarinhos do ar…; quando rezais dizei: Abba…!; …

Não será que, aqueles que acreditamos neste Senhor Jesus, que nos conquistou o coração e nos fez querer entregar-lhe a vida, para que Ele a habite e possa dispor dela na construção da civilização do amor que tem a Deus como Pai-nosso, não deveríamos fazer uma leitura crente da realidade dos nossos dias e falar do Reino com mais certeza e alegria?

Não será que, aqueles que acreditamos neste Senhor Jesus, que nos disse: “E sabei, Eu estarei sempre convosco”, não deveríamos aproveitar estes tempos, que são os nossos, para viver, de uma vez por todas, enraizados no dom da fé que recebemos? Ou será que a fé que professamos é mais uma questão sociológica e de ritos que de amizade pessoal com Cristo, que me envia e que quer que todos tenham acesso à Boa No�cia que é tratá-l’O por “Tu, meu Deus e Amigo!”?

Não será que o Mundo e todos os que nos rodeiam, conhecidos e ainda por conhecer, esperam de nós, pelo facto de acreditarmos neste Senhor Jesus, a Fé, a Esperança e a Caridade tornadas reali-dade na nossa vida?

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Não será que o Mundo e todos os que nos rodeiam, conhecidos e ainda por conhecer, esperam de nós mais do que até agora fomos capazes de dar e de ser?

Não será esta a missão que recebemos neste mês de Outubro de 2012?

Irene Guia, aci

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VIGÍLIA MISSIONÁRIA

Acolhimento O espaço da celebração deve estar preparado com um mapa mundo em lugar de

destaque, as luzes devem estar semi-acesas, como música de fundo deverá haver o som do crepitar de uma fogueira a ambientar o lugar enquanto as pessoas vão entrando.

Cân�co Começa-se a cantar o cân�co de entrada e vão-se ligando as luzes. Inicia-se a celebra-

ção com uma procissão na qual devem ir 5 velas uma de cada cor lembrando os 5 con�-nentes (branco, azul, vermelho, amarelo, verde). As velas apagadas devem ficar durante a celebração em frente ao altar (as velas serão acesas durante o momento penitencial).

SAUDAÇÃO DO PRESIDENTE

Acendemos as velasAs velas que estão junto ao altar devem ser acesas, uma de cada vez à medida que

são lidas as frases que se seguem, no início e no fim cantamos o cân�co penitencial.

s Ilumina-nos Senhor com a tua luz e torna-nos atentos aos nossos irmãos, especialmente aqueles que vivem nas zonas mais desfavorecidas deste nosso mundo.

s Ilumina-nos Senhor com a tua luz e desperta os nossos ouvidos e o nosso coração para os gritos dos jovens sem esperança.

s Ilumina-nos Senhor com a tua luz e desafia-nos a colocarmos as nossas mãos ao serviço dos nossos irmãos para construirmos um mundo mais justo e mais fraterno.

s Ilumina-nos Senhor com a tua luz e ajuda-me a abrir-me aos dons do teu Espírito e coloca-los ao serviço dos meus irmãos.

s Ilumina-nos Senhor com a tua luz e constrói com as nossas mãos pequenas muitas coisas pequenas que possam mudar o mundo.

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Oração Deus-Pai de misericórdia, que enviastes o vosso Filho como ver-

dadeira luz do mundo, derramai o vosso Espírito Santo prome�do, para que faça nascer em nós uma resposta cada vez mais compro-me�da no serviço à humanidade e a cada pessoa que está em busca das razões profundas para viver em plenitude a própria existência. Por Nosso Senhor Jesus Cristo vosso Filho que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Ámen.

LITURGIA DA PALAVRA

Haverá uma procissão com a Bíblia a par�r da qual saem 5 fitas, com a cor dos 5 con�nentes . Acompanha-se com um cân�co apropriado.

Leituras1 Cor 12, 12-27Evangelho: Mt 28, 16-20

Homilia

ORAÇÃO UNIVERSAL

Dinâmica: Somos igreja, somos comunidade construímos correntes Neste momento, somos convidados a construir uma corrente com várias �ras de papel de cores. À medida que se for lendo a oração universal a corrente ficará maior.

PresidenteQueridos irmãos e irmãs, rezemos por nós e pelas necessidades do mundo, dizendo: ouvi-nos Senhor.

1 – Pelos pobres e marginalizados, para que se sintam acolhidos pelo amor do Pai através da nossa acção justa e solidária. Oremos.

2 – Por todas as crianças do mundo, para que tenham acesso a uma educação integral, que lhes permita responder aos desafios deste novo milénio. Oremos.

3 – Por todos os povos que acolhem os nossos missionários, para recebam Cristo ressuscitado e o acolham nas suas vidas. Oremos.

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4 – Por todos os doentes, para que se encham de esperança em Ti Senhor, sintam o consolo e o teu grande amor como bálsamo capaz de curar todas as feridas. Oremos.

5 – Por todos os jovens sem esperança, para que encontrem em Ti uma luz que os convida a sair de si e a encontrarem sen�do na sua vida na entrega e no serviço aos irmãos. Oremos.

PresidenteSenhor nosso Deus, Tu que envias o teu Espírito para que toque os corações sedentos da verdadeira vida. Que con�nuemos a nascer para entregas de amor neste nosso mundo cada vez mais enfra-quecido, para que o Evangelho se torne vivo e o mundo caminhe na paz e na unidade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo vosso Filho que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Ámen.

TESTEMUNHO MISSIONÁRIO

Cân�co e envioTrazem-se para junto do altar alguns símbolos missionários

Mapa-mundoO mundo é o local onde vivemos e onde podemos ser sinal de Ti,

Senhor. Queremos trazer até � este mundo cheio de imperfeições e fragilidades, mas também com muita vontade de con�go o tornarmos num lugar melhor.

CapulanaTrazemos esta capulana, tecido versá�l, símbolo do trabalho e da

cultura da mulher nos países africanos. Com ela queremos colorir e trazer até ao teu altar o rosto de todas as mulheres que diariamente são força e vida nas suas famílias e nas suas comunidades.

Cartaz com muitas mãosTrazemos, Senhor, este cartaz repleto de mãos, mãos cheias de

disponibilidade que queremos levar através de todos os voluntários que se colocam ao serviço dos mais necessitados.

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Cruz missionáriaA cruz é símbolo de sofrimento, mas também de esperança.

Queremos hoje trazer até Ti toda a esperança que os voluntários trazem dentro de si, sinal de fé e reflexo de Ti.

Distribuímos por cada par�cipante na celebração uma pequena vela. As velas que foram acesas no início da celebração vão agora passar por todas as pessoas e espalhar a sua luz, acendendo-se as velas pequenas. Cada pessoa será luz que deverá colocar ao serviço do próximo. Enquanto a luz vai chegando a todos, pode-se cantar um cân�co apropriado.

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PAI NOSSO Cantamos o Pai Nosso e damos as mãos a quem está ao nosso lado.

Oração Final

PresidenteSenhor nosso Deus, desça sobre nós a vossa bênção, para que a oração pela missão, a dedicação ao anúncio do Evangelho e o apoio à Igreja missionária con�nuem presentes hoje e sempre, na vida de cada bap�zado e de cada comunidade cristã, para, desta forma colocarmos em prá�ca o mandamento do amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo vosso Filho que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Ámen.

Bênção Solene

Olhai, Senhor, para o povo fielque implora a vossa misericórdia,para que todos aqueles que em Vós confiampossam levar a toda a parteo testemunho do vosso amor.

Abençoai, Senhor, este povoque espera confiadamente na vossa misericórdiae fazei que receba abundantementeo que por vossa inspiração deseja.

Favorecei sempre, Senhor, com o auxílio celesteo povo que Vos é consagrado,para que possa dilatar-se por todo o mundoe cumprir fielmente os vossos mandamentos.

Abençoe-vos Deus todo-poderoso,Pai, Filho e Espírito SantoR. Ámen

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MISTÉRIOS DA ALEGRIA (gozosos)(Segundas e Sábados)

1.º Mistério

A Anunciação do Anjo a Nossa Senhora

“Quanto a Jesus Cristo, a sua origem foi assim: Maria, Sua mãe, �nha o casamento tratado com José; mas antes de se casarem, achou-se grávida pelo poder do Espírito Santo. José, seu noivo, homem justo, não a queria acusar publicamente. Por isso pensou deixá-la sem dizer nada. Andava ele a pensar nisto, quando lhe apa-receu num sonho um Anjo do Deus e lhe disse: ’José, descendente de David, não tenhas medo de casar com Maria, pois o que nela se gerou foi pelo poder do Espírito Santo (…)’”. (Mt 1, 18-20)

“Na medida da sua livre disponibilidade, os pensamentos e os afetos, a mentalidade e o comportamento do homem vão sendo pouco a pouco purificados e transformados, ao longo de um i�ne-rário jamais completamente terminado nesta vida. A «fé, que atua pelo amor» (Gl 5, 6), torna-se um novo critério de entendimento e de ação, que muda toda a vida do homem”.

Bento XVI, Porta da Fé, nº 6.

A fé de José manifestou-se na sua disponibilidade em aceitar e acolher Maria. Rezemos para que em cada um de nós aumente a fé que nos leva ao abandono no Amor que transforma.

2.º Mistério

A visitação de Nossa Senhora à sua prima Santa Isabel

“Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se à pressa para a montanha, a uma cidade da Judeia. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou-lhe de alegria no seio e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Então, erguendo

ROSÁRIO MISSIONÁRIO

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a voz, exclamou: Bendita és Tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre”. (Lc 1, 39-42)

“Também hoje é necessário um empenho eclesial mais convicto a favor duma nova evangelização, para descobrir de novo a alegria de crer e reencontrar o entusiasmo de comunicar a fé. Na descoberta diária do seu amor, ganha força e vigor o compromisso missionário dos crentes, que jamais pode faltar. Com efeito, a fé cresce quando é vivida como experiência de um amor recebido e é comunicada como experiência de graça e de alegria. A fé torna-nos fecundos, porque alarga o coração com a esperança e permite oferecer um testemunho que é capaz de gerar: de facto, abre o coração e a mente dos ouvintes para acolherem o convite do Senhor a aderir à sua Palavra a fim de se tornarem seus discípulos”.

Bento XVI, Porta da Fé, nº 7

Rezemos para que, como Maria, con�nue a haver homens e mulheres que partam ao encontro dos outros. E que desse encontro brote a alegria e a esperança de quem se dá e de quem recebe a vida como dom de Deus.

3.º Mistério

O Nascimento de Jesus em Belém

“José, deixando a cidade de Nazaré, na Galileia, subiu até à Judeia, à cidade de David, chamada Belém, por ser da casa e da linhagem de David, a fim de se recensear com Maria, sua esposa, que se encon-trava grávida. E, quando eles ali se encontravam, completaram-se os dias de ela dar à luz e teve o seu filho primogénito, que envolveu em panos e recostou numa manjedoura, por não haver lugar para eles na hospedaria”. (Lc 2, 4-7)

“Porque é «à imagem de Deus», o indivíduo humano possui a dignidade de pessoa: ele não é somente alguma coisa, mas alguém. É capaz de se conhecer, de se possuir e de, livremente, se dar e entrar em comunhão com outras pessoas. E é chamado, pela graça, a uma Aliança com o seu Criador, a dar-Lhe uma resposta de fé e amor que mais ninguém pode dar em seu lugar.”

Catecismo da Igreja Católica

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Vivemos numa sociedade tão apressada e com interesses tão mesquinhos, que muitas vezes esquecemos a dignidade com que cada pessoa merece viver. Rezemos por cada homem e mulher para que em Cristo encontrem o alento para ultrapassarem os obstáculos do dia-a-dia.

4.º Mistério

A apresentação do Menino Jesus no Templo

“Quando se cumpriu o tempo da sua purificação, segundo a Lei de Moisés, levaram o Menino a Jerusalém para o apresentarem ao Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor: “Todo o primogénito varão será consagrado ao Senhor” e para oferecerem em sacri�cio, como está escrito na Lei do Senhor, duas rolas ou duas pombas”.

(Lc 2, 22-24)

“(…) O professar com a boca indica que a fé implica um testemu-nho e um compromisso públicos. O cristão não pode jamais pensar que o crer seja um facto privado. A fé é decidir estar com o Senhor, para viver com Ele. E este «estar com Ele» introduz na compreensão das razões pelas quais se acredita. A fé, precisamente porque é um ato da liberdade, exige também assumir a responsabilidade social daquilo que se acredita.”

Bento XVI, Porta da Fé, nº 10

Só quem tem um coração aberto para se encontrar com Deus é capaz de reconhecê-Lo no rosto de cada homem. Rezemos para que cada um seja Sua testemunha através dos seus atos.

5.º Mistério

A perda e o encontro de Jesus no Templo

“Encontraram-nO no Templo, sentado entre os doutores, a ouvi-los e a fazer-lhes perguntas. Todos quantos O ouviam, estavam estupefactos com a Sua inteligência e as Suas respostas.”

(Lc 2, 46-47)

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“A nova evangelização é, portanto, uma a�tude, um es�lo audaz. É a capacidade do cris�anismo de saber ler e decifrar os novos cená-rios que nestas úl�mas décadas se têm vindo a criar na história da humanidade, para os habitar e transformar em lugares de testemu-nho e de anúncio do Evangelho. Estes cenários foram iden�ficados, analisados e descritos diversas vezes; são cenários sociais, culturais, económicos, polí�cos, religiosos.”

Lineamenta do Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização, nº 6

É o Espírito Santo que nos impele a caminhar, abrindo novos horizontes. Depositemos a nossa confiança na Palavra de Jesus Cristo, pois só n´Ele encontraremos todas as respostas para a compreensão do mundo.

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MISTÉRIOS DA LUZ (luminosos)

(Quinta-feira)

1.º Mistério

O Bap�smo de Jesus no Rio Jordão.

“Uma vez bap�zado, Jesus saiu da água e eis que se rasgaram os céus, e viu o Espírito de Deus descer como uma pomba sobre Ele: ‘Este é o meu Filho muito amado, no qual pus todo o meu agrado.’”

(Mt 3, 16-17)

“É possível cruzar a vida de comunhão com Deus e permi�r a entrada na sua Igreja, quando a Palavra de Deus é anunciada e o coração se deixa plasmar pela graça que transforma. Atravessar esta porta implica embrenhar-se num caminho que dura a vida inteira, que tem início no Ba�smo, pelo qual podemos dirigir-nos a Deus com o nome de Pai e está concluído com a passagem através da morte para a vida eterna, fruto da ressurreição do Senhor Jesus, que, com o dom do Espírito Santo, quis fazer par�cipantes da sua própria glória quantos crêem n’Ele. Professar a fé na Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo – equivale a crer num só Deus que é Amor: o Pai, que na plenitude dos tempos enviou seu Filho para a nossa sal-vação; Jesus Cristo, que redimiu o mundo no mistério da sua morte e ressurreição; o Espírito Santo, que guia a Igreja através dos séculos enquanto aguarda o regresso glorioso do Senhor.”

Bento XVI, Porta da Fé, nº 1

Todos nós, ba�zados, devemos dar um sim consciente e coerente ao chamamento de Jesus, pois a par�r deste sacramento somos chamados à san�dade, à fé, ao verdadeiro caminho do Senhor e à graça.

2º MistérioA Revelação de Jesus nas bodas de Caná

“Ao terceiro dia, celebrava-se uma boda em Caná da Galileia e a mãe de Jesus estava lá. Jesus e os seus discípulos também foram

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convidados para a boda. Como viesse a faltar o vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: “Não têm vinho!” Jesus respondeu-lhe: “Mulher, que tem isso a ver con�go e comigo? Ainda não chegou a minha hora.” Sua mãe disse aos serventes: “Fazei o que Ele vos disser!” Ora, havia ali seis vasilhas de pedra preparadas para os ritos de purificação dos judeus, com capacidade de duas ou três medidas cada uma. Disse-lhes Jesus: “Enchei as vasilhas de água.” Eles encheram-nas até cima. Então ordenou-lhes: “Tirai agora e levai ao chefe de mesa.” E eles assim fizeram. O chefe de mesa provou a água transformada em vinho, sem saber de onde era se bem que o soubessem os serventes que �nham �rado a água; chamou o noivo e disse-lhe: “Toda a gente serve primeiro o vinho melhor e, depois de terem bebido bem, é que serve o pior. Tu, porém, guardaste o melhor vinho até agora!”

Assim, em Caná da Galileia, Jesus realizou o primeiro dos seus sinais miraculosos, com o qual manifestou a sua glória, e os discí-pulos creram nele”.

(Jo 2, 1-11)

“O Ano da Fé é convite para uma autên�ca e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo. No mistério da sua morte e ressurreição, Deus revelou plenamente o Amor que salva e chama os homens à conversão de vida por meio da remissão dos pecados (cf. Act 5, 31). (…) Em virtude da fé, esta vida nova plasma toda a existência humana segundo a novidade radical da ressurreição.”

Bento XVI, Porta da Fé, nº 6

Senhor, como missionários, no meio em que nos encontramos, dai-nos o espírito de disponibilidade para assumirmos a nossa missão de anunciadores da novidade radical da ressurreição do Senhor.

3º Mistério

O Anúncio do Reino de Deus. Um convite à conversão

“Depois de João ter sido preso, Jesus veio para a Galileia pregar a Boa Nova de Deus, dizendo: “Completou-se o tempo e o reino de Deus está perto: Arrependei-vos e acreditai na Boa Nova.”

(Mc 1, 14-15)

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“A renovação da Igreja realiza-se também através do testemunho prestado pela vida dos crentes, onde os cristãos são chamados a fazer brilhar, com a sua própria vida no mundo, a Palavra de verdade que o Senhor Jesus nos deixou.

O Ano da Fé é convite para uma autên�ca e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo. No mistério da sua morte e ressurreição, Deus revelou plenamente o Amor que salva e chama os homens à conversão de vida por meio da remissão dos pecados Em virtude da fé, esta vida nova plasma toda a existência humana segundo a novidade radical da ressurreição. A «fé, que atua pelo amor», torna-se um novo critério de entendimento e de ação, que muda toda a vida do homem.”

Bento XVI, Porta da Fé, nº 6

Só poderemos melhorar o mundo testemunhando a fé entre todos os povos. Fortalece-nos, Senhor, e torna-nos teus missioná-rios até aos confins da Terra.

4º Mistério

A Transfiguração de Jesus no Monte Tabor.

“Pedro disse-lhe: «Mestre, é bom estarmos aqui. Façamos três tendas: uma para �, uma para Moisés e outra para Elias.» Não sabia o que estava a dizer. Enquanto dizia isto, surgiu uma nuvem que os cobriu e, quando entraram na nuvem, ficaram atemorizados. E da nuvem veio uma voz que disse: «Este é o meu Filho predileto. Escutai-o.»

Quando a voz se fez ouvir, Jesus ficou só. Os discípulos guardaram silêncio e, naqueles dias, nada contaram a ninguém do que �nham visto.”

(Lc 9, 33-36)

“A fé cresce quando é vivida como experiência de um amor re-cebido e é comunicada como experiência de graça e de alegria. A fé abre o coração e a mente dos ouvintes para acolherem o convite do Senhor a aderir à sua Palavra a fim de se tornarem seus discípulos. Que “a Palavra do Senhor avance e seja glorificada”.

Bento XVI, Porta da Fé, nº 7

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Pela fé, Maria acolheu a palavra do Anjo e acreditou no anúncio de que seria Mãe de Deus. Senhor, aumenta a minha fé e torna-me mensageiro do Teu Amor.

5º Mistério

A Úl�ma Ceia de Jesus com os Apóstolos e aIns�tuição da Eucaris�a

“Enquanto comiam, tomou Jesus o pão e, depois de pronunciar a bênção, par�u-o e deu-o aos Seus discípulos, dizendo: “Tomai, comei: isto é o Meu corpo”. Tomou, em seguida, um cálice, deu graças e Entregou-lho dizendo: “Bebei dele, todos. Porque este é o Meu sangue, sangue da Aliança, que vai ser derramado por muitos para a remissão dos pecados”.

(Mt 26, 26 – 28)

“É o amor de Cristo que enche os nossos corações e nos impele a evangelizar. Ele envia-nos pelas estradas do mundo para proclamar o seu Evangelho a todos os povos da terra. O professar com a boca indica que a fé implica um testemunho e um compromisso público. Deverá intensificar-se a reflexão sobre a fé, para ajudar todos os crentes em Cristo a tornarem mais consciente e revigorarem a sua adesão ao Evangelho, sobretudo num momento de profunda mu-dança como este que a humanidade está a viver.”

Bento XVI, Porta da Fé, nº 7,8,10

Que a nossa vida seja um constante anúncio. Rezemos por todas as pessoas que anunciam o Evangelho, através das palavras e da sua própria vida, para que sejam testemunhas da alegria e sinais vivos do amor de Cristo.

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MISTÉRIOS DA DOR (dolorosos)(Terças e Sextas)

1.º Mistério

Agonia de Jesus no Jardim das Oliveiras.

“Pai, se quiseres, afasta de Mim este cálice, não se faça, contudo a Minha vontade, mas a Tua”. Então vindo do Céu, apareceu-Lhe um anjo que O confortava. Cheio de angús�a, pôs-Se a orar mais ins-tantemente e o suor tornou-se-Lhe como grossas gotas de sangue, que caíam na terra.”

(Lc 22, 42-44)

“Trata-se de aprender, como cristãos, um novo es�lo, de respon-der «com cortesia e respeito, com a consciência limpa» (1 Pd. 3, 16), com aquele vigor suave que vem da união com Cristo no Espírito e com aquela determinação de quem sabe ter como meta o encontro com Deus Pai, no seu Reino.”

Lineamenta do Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização

O amor pelo Pai leva-O à oração intensa. No seu coração amava-O acima de tudo. Soube confiar no Pai e repousar Nele. Ensina-nos Senhor a confiar e par�lhar com os outros a Tua misericórdia.

2º Mistério

A Flagelação de Nosso Senhor Jesus Cristo.

“Tomando novamente a palavra, Pilatos disse-lhes: “Que quereis que faça d’Aquele a Quem chamais rei dos judeus?”. Recomeçaram a gritar: “Crucifica-O” Pilatos insis�u: “Que fez Ele de mal?” Mas eles gritaram ainda mais: “Crucifica-O!” Pilatos desejoso de agradar à mul�dão, soltou-lhe Barrabás e, depois de mandar açoitar Jesus, entregou-O para ser crucificado.”

(Mc 15, 12-15)

“O mundo atormentado pela discórdia tem, acima de tudo, ne-cessidade da paz de Cristo. E ela é muito mais que a paz polí�ca. A

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paz de Cristo só pode afirmar-se onde os homens estejam dispostos a afastar-se do pecado. A causa mais profunda de todos os desacordos no mundo é o abandono de Deus, pelos homens.”

João Paulo II

“Nas tuas mãos Senhor entregamos todos aqueles que nós condenamos, por cobardia, por medo, por nos refugiarmos no silêncio para vivermos mais tranquilos. Ajuda-nos, Senhor, a viver e a agir a par�r da fé.”

S. Arnaldo Janssen SVD

3º Mistério

A Coroação de espinhos.

“Tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça, e uma cana na mão direita. Dobrando o joelho diante dele, escarneciam-no, dizendo: «Salve! Rei dos Judeus!»

(Mt 27, 29)

“Entre os obstáculos à nova evangelização está, sem dúvida, a falta de alegria e de esperança que tais situações criam e disseminam entre as pessoas do nosso tempo. Muitas vezes esta falta de alegria e de esperança são tão fortes que chegam a minar o próprio tecido das nossas comunidades cristãs. A nova evangelização propõe-se, nestes contextos, não como um dever, um peso adicional que se deve levar, mas como aquela medicina capaz de restaurar a alegria e vida àquelas realidades prisioneiras dos seus medos.”

Lineamenta do Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização

Senhor, ensina-me a desprender-me de mim mesmo e das mi-nhas coisas. Que a roupa com que me cubro não seja uma máscara a esconder a sujidade do meu coração, mas sim um espelho do Teu grande amor.

4º Mistério

Jesus a caminho do Calvário.

“Então entregou-Lho para ser crucificado. Levaram consigo Jesus. Jesus, levando a cruz às costas, saiu para o chamado Lugar da Caveira, que em hebraico se diz Gólgota.” (Jo 19, 16-17)

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“Este sacri�cio de Cristo é único, leva à perfeição e ultrapassa todos os sacri�cios. Antes de mais, é um dom do próprio Deus Pai: é o Pai que entrega seu Filho para nos reconciliar consigo. Ao mesmo tempo, é oblação do Filho de Deus feito homem, que livremente e por amor oferece a sua vida ao Pai pelo Espírito Santo para reparar a nossa desobediência..”

Catecismo da Igreja Católica

A nossa vida é como uma manta , uma encruzilhada de pequenos nadas que se conjugam entre si, e dão origem à vida das pessoas que somos. Por vezes, perdemos o fio condutor da nossa vida. Re-conduz-nos, Senhor, ao ser da nossa existência como cristãos.

5º Mistério

A Crucificação e Morte de Jesus

“Junto à cruz de Jesus estavam, de pé, sua mãe e a irmã da sua mãe, Maria, a mulher de Cleofas, e Maria Madalena. Então, Jesus, ao ver ali ao pé a sua mãe e o discípulo que Ele amava, disse à mãe: «Mulher, eis o teu filho!» Depois, disse ao discípulo: «Eis a tua mãe!» E, desde aquela hora, o discípulo acolheu-a como sua. Depois disso, Jesus, sabendo que tudo se consumara, para se cumprir totalmente a Escritura, disse: «Tenho sede!» Havia ali uma vasilha cheia de vi-nagre. Então, ensopando no vinagre uma esponja fixada num ramo de hissopo, chegaram-lha à boca. Quando tomou o vinagre, Jesus disse: «Tudo está consumado.» E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.” (Jo 19, 25-30)

“Porém, ao chamamento de Deus, o homem deve responder de forma tal que, sem se deixar guiar pela carne e sangue, todo ele se entregue à obra do Evangelho. Mas esta resposta não pode ser dada senão por impulso e virtude do Espírito Santo. O enviado entra, portanto, na vida e missão d’Aquele que «a si mesmo se aniquilou tomando a forma de servo» (Fil. 2, 7). Por conseguinte, deve estar pronto a perseverar toda a vida na vocação, a renunciar a si e a todas as suas coisas, e a fazer-se tudo para todos.”

Concílio Va�cano II, decreto Ad Gentes sobre Ac�vidade

Missionária da Igreja, nº 24

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Aceita, Senhor, nesta cruz, todo o sofrimento dos missionários e do povo com quem eles trabalham. Que o sofrimento se torne semente de vida nova.

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MISTÉRIOS DA GLÓRIA (gloriosos)

(Quartas e Domingos)

1.º Mistério

A Ressurreição de Jesus Cristo.

“Pela sua morte, Cristo liberta-nos do pecado; pela sua ressurrei-ção, abre-nos o acesso a uma nova vida, “para que assim como Cristo ressuscitou dos mortos… também nós vivamos uma vida nova”. (Rm 6, 4) Os homens tornam-se irmãos de Cristo “Ide anunciar aos meus irmãos” (Mt 28, 10)

“O Evangelho é uma palavra viva e eficaz que realiza o que afirma. Não é uma síntese de ar�gos de fé (…) mas uma pessoa: Jesus Cristo (…) Jesus é através do Espirito Santo, o promotor e o tema principal da sua mensagem, da sua transmissão”

Lineamenta do Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização

Senhor Jesus, fazei que aprendamos a beleza e a alegria de evangelizar neste mundo cheio de contradições. Fazei de nós evangelizadores alegres e fervorosos para que o Vosso Reino seja implantado.

2º Mistério

A Ascensão de Jesus ao Céu.

“E eu, uma vez elevado da terra, atrairei todos a mim.” (Jo 12, 32)

“Só acreditando é que a Fé cresce e se revigora; não há outra possibilidade de adquirir certeza sobre a própria vida, se não abando-nar-se progressivamente nas mãos de um amor que se experimenta cada vez maior… refle�r sobre o próprio ato com que se crê, é um compromisso que cada crente deve assumir.”

Bento XVI, Porta da Fé, nº 7

Senhor Jesus, porque acreditamos, queremos um dia viver junto de Vós. Fazei que sejamos dignos dessa recompensa, vivendo uma vida reta no amor pelos outros.

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3º Mistério

A descida do Espírito Santo sobre Nossa Senhora e os Apóstolos reunidos no Cenáculo

“Quando chegou o dia de Pentecostes, encontravam-se todos reu-nidos no mesmo lugar(…). Viram aparecer umas línguas de fogo(…). Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar outras línguas, conforme o Espírito lhes inspirava’.

(Act 2,3-4)

“O cristão e a igreja ou são missionários ou não são nada. Quem ama a sua Fé preocupa-se também em dar testemunho dela e levá-la aos outros permi�ndo que possam par�cipar dela.” A falta de zelo missionário é falta de zelo pela Fé. Pelo contrário, a Fé fortalece-se com a sua transmissão. “Estamos interessados em transmi�r a Fé e ganhar para ela os não cristãos? Levamos verdadeiramente a peito a missão”.

Lineamenta do Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização

Divino Espírito Santo, nos momentos de confusão, indecisão e receio, evidenciai o vosso amor para que, com cria�vidade e audácia, sejamos capazes de testemunhar a nossa Fé.

4º Mistério

A Assunção de Nossa Senhora ao Céu.

“Naquele tempo, enquanto Jesus falava, uma mulher levantou a voz no meio da mul�dão e disse: “Feliz a mulher que te deu à luz e te amamentou”. Mas Jesus respondeu: “Mais felizes são os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prá�ca”.

(Lc 11, 27-28)

“Finalmente, a Virgem Imaculada, preservada e imune de toda a mancha de culpa original, terminado o curso da vida terrena, foi elevada ao Céu em corpo e alma… A Assunção da San�ssima Virgem é uma singular par�cipação na Ressurreição do seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos outros Cristãos…”

Catecismo da Igreja Católica

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Que a Virgem Maria, modelo de fé, suscite em cada crente o an-seio de professar a fé com convicção, confiança e esperança, e que o seu testemunho de vida cresça com credibilidade e audácia.

5º Mistério

A Coroação de Nossa Senhora, como Rainha do Céu e da Terra.

“Depois, apareceu no Céu um grande sinal: uma Mulher ves�da de Sol, com a Lua debaixo dos pés e com uma coroa de estrelas na cabeça”.

(Ap 12,1)

“A Mãe de Jesus, glorificada já em corpo e alma, é imagem e início da Igreja que há-de consumar-se no século futuro, assim também na Terra brilhe como sinal de esperança e de consolação para o Povo de Deus ainda peregrino”.

Va�cano II, Lumen Gen�um, nº 68)

Procuremos nunca esquecer Maria, tendo-a sempre presente nas nossas orações pois ela é a nossa melhor intercessora, junto de seu Filho.

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ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO SACRAMENTO

ORAÇÃO MISSIONÁRIA

Acolhimento

Um leitor faz a seguinte introdução:

Excerto da mensagem do Papa para o Dia Mundial das Missões 2012

“Neste ano, a celebração do Dia Mundial das Missões reveste-se dum significado muito par�cular. A ocorrência do cinquentenário do início do Concílio Va�cano II, a abertura do Ano da Fé e o Sínodo dos Bispos cujo tema é a nova evangelização concorrem para reafirmar a vontade da Igreja se empenhar, com maior coragem e ardor, na missio ad gentes, para que o Evangelho chegue até aos úl�mos confins da terra.(…) Aumentou o número daqueles que ainda não conhecem Cristo. «Os homens, à espera de Cristo, cons�tuem ainda um número imenso», afirmava o Beato João Paulo II na Encíclica Redemptoris missio (…); e acrescentava: «Não podemos ficar tranquilos, ao pen-sar nos milhões de irmãos e irmãs nossas, também eles redimidos pelo sangue de Cristo, que ignoram ainda o amor de Deus» (n. 86). Por minha vez, ao proclamar o Ano da Fé, escrevi que Cristo «hoje, como outrora, envia-nos pelas estradas do mundo para proclamar o seu Evangelho a todos os povos da terra» (…), temos necessidade de reaver o mesmo ímpeto apostólico das primeiras comunidades cristãs, que, apesar de pequenas e indefesas, foram capazes, com o anúncio e o testemunho, de difundir o Evangelho por todo o mundo conhecido de então ( …). O encontro com Cristo como Pessoa viva que sacia a sede do coração só pode levar ao desejo de par�lhar com os outros a alegria desta presença e de a dar a conhecer para que todos a possam experimentar. É preciso reavivar o entusiasmo da comunicação da fé, para se promover uma nova evangelização das comunidades e dos países de an�ga tradição cristã que estão a perder a referência a Deus, e deste modo voltarem a descobrir a alegria de crer. (…) A fé é um dom que nos foi concedido para ser par�lhado; é um talento recebido para que dê fruto; é uma luz que não deve ficar escondida, mas iluminar toda a casa. É o dom mais

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importante que recebemos na nossa vida e que não podemos guar-dar para nós mesmos.”

Cân�co de entrada

Saudação Inicial

Renovação das Promessas Ba�smais

Celebrante: Irmãs e Irmãos: pelo Mistério Pascal, fomos sepulta-dos com Cristo no Ba�smo, para vivermos com Ele uma vida nova. Por isso, renovemos as promessas do Santo Ba�smo, pelas quais renunciámos outrora a Satanás e às suas obras e prometemos servir fielmente a Deus na Santa Igreja Católica.

Dizei-me, pois: Renunciais ao pecado, para viverdes na liberdade dos filhos de Deus?

Todos: Sim, renuncio.

Celebrante: Renunciais às seduções do mal, para que o pecado não vos escravize?

Todos: Sim, renuncio.

Celebrante: Renunciais a Satanás, que é o autor do mal e pai da men�ra?

Todos: Sim, renuncio.

Celebrante: Credes em Deus, Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra?

Todos: Sim, creio.

Celebrante: Credes em Jesus Cristo, seu único filho, Nosso Senhor, que nasceu da virgem Maria, padeceu e foi sepultado, ressuscitou dos mortos e está sentado à direita do Pai?

Todos: Sim, creio.

Celebrante: Credes no Espírito Santo, na santa Igreja católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne e na vida eterna?

Todos: Sim, creio.

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Celebrante: Deus todo-poderoso, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos fez renascer pela água e pelo Espírito Santo e nos perdoou todos os pecados, nos guarde com a Sua graça, em Jesus Cristo Nosso Senhor para a vida eterna.

Todos: Ámen.

Oração

Senhor meu Deus que enviaste o vosso Filho como verdadeira luz do mundo: derramai sobre os vossos filhos a luz do vosso Espírito Santo prome�do, para que lance as sementes do Evangelho nos corações de todos os ba�zados, e neles faça crescer a resposta ao dom da vocação e da missão. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Liturgia da Palavra

Uma Leitura, à escolha (Col 1, 24-29 ou 1 Jo 1, 1-4)

Salmo: Anunciai no meio de todos os povos as maravilhas do Senhor.

1. Cantai ao Senhor um cân�co novo, cantai ao Senhor, terra inteira, cantai ao Senhor, bendizei o seu nome,

2. Anunciai dia a dia a sua salvação, publicai entre as nações a sua glória, em todos os povos as suas maravilhas.

3. Dai ao Senhor, ó família dos povos, dai ao Senhor glória e poder, dai ao Senhor a glória do seu nome,

4. Adorai o Senhor com ornamentos sagrados, trema diante d’ Ele a terra inteira. Dizei entre as nações: o Senhor é rei, / governa os povos com equidade.

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Evangelho (Mc 16, 15-20 ou Mt 28, 16-20)

Homilia

Exposição do San�ssimo

Tempos de silêncio intercalado com textos relacionados com Santos dos 5

con�nentes

Rezemos com Santa Josefina Bakhita, escrava africana: “Estando ali, Bakhita recebeu de um amável senhor, que se interessara por ela, um belo crucifixo de prata. Dizia ela: “Explicou-me que Jesus Cristo, Filho de Deus, �nha morrido por nós. Eu não sabia quem fosse [...]. Recordo que às escondidas olhava-O e sen�a uma coisa em mim que não sei explicar”. Pouco a pouco, a graça foi trabalhando a alma sensível da ex-escrava africana, abrindo-a para as realidades sobre-naturais que ela desconhecia.

Na sua Encíclica Spe Salvi, o Santo Padre Bento XVI descreve assim o milagre que se operou no interior de Bakhita: “depois de “patrões” tão terríveis que a �veram como sua propriedade até agora, Bakhita acabou por conhecer um “patrão” totalmente dife-rente. (...) Agora ouvia dizer que existe um “patrão” acima de todos os patrões, o Senhor de todos os senhores, e que este Senhor é bom, a bondade em pessoa. Soube que este Senhor também a conhecia, �nha-a criado; mais ainda, amava-a.

E eu, abro o meu coração para contemplar a Cruz de Jesus? A minha vida fala do amor de Jesus pelos homens aos que se cruzam comigo?

Cân�co

Rezemos com o Beato João Paulo II, Papa polaco: “É necessária uma nova evangelização nos países da an�ga cristandade, onde grupos inteiros de ba�zados perderam o sen�do vivo da fé ou inclu-sivamente não se reconhecem já como membros da Igreja, levando uma existência afastada de Cristo e do Evangelho.”

E eu? Com que alegria testemunho a fé viva em Jesus Ressusci-tado e a pertença à Igreja?

Cân�co

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Rezemos com São Pedro Chanel, evangelizador da Oceânia: “Um religioso leigo que sempre o acompanhou assim descreve a sua vida missionária: Depois dos seus muitos trabalhos, voltava a casa abrasado pelo sol, muitas vezes enfraquecido pela fome, banhado em suor e morto de cansaço, mas sempre animado, ágil e sa�sfeito, como se regressasse dum lugar de delícias; isto não uma vez, mas quase todos os dias.” (…) Mas ele próprio dissera na véspera do seu mar�rio: “Nada importa de que eu morra; o cris�anismo está tão arraigado nesta ilha, que não será arrancado com a minha morte.”

E eu? Encontro em Jesus a alegria para ultrapassar as difi-culdades e provações da missão? Confio que para Jesus nada é impossível?

Cân�co

Rezemos com o Beato Miguel Pró, padre jesuíta e már�r do Mé-xico: “Creio que há um meio-termo entre a temeridade e o medo, assim como entre a prudência extrema e a coragem temerária. Já declarei isso ao meu Superior, mas ele receia pela minha vida. A minha vida?!... Que é que ela vale? Dá-la pelos meus irmãos não será ganhá-la? É certo que não a devo dar estultamente. Mas para que servirão os filhos de Santo Inácio, se ao primeiro rebentar de um �ro se põem logo em fuga?”

E eu? Arriscaria a vida pelo anúncio do Evangelho?

Cân�co

Rezemos com São Francisco Xavier, Missionário na Ásia: “Não deixaria eu de ir (…) pelo muito que tenho sen�do dentro de minha alma, ainda que possuísse a certeza de que haveria de passar pelos maiores perigos da minha vida, porque tenho grande esperança em Deus Nosso Senhor que nessas terras há-de crescer muito a nossa santa fé. Não poderia descrever quanta consolação interior sinto em fazer esta viagem (…)”.

E eu, até que ponto estou disposto a dar-me pelo Nome de Jesus?

Preces:Oremos a Deus Pai, que enviando o seu Filho ao mundo para

proclamar a Boa Nova aos povos, nos tornou capazes deste mesmo ardor de anúncio de salvação e digamos confiantes:

R. Por amor ao Vosso povo, ouvi-nos Senhor.

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1. Rezemos pelo con�nente africano, para que o Evangelho de Cristo possa levar os homens a serem construtores da paz, do amor, do perdão e da concórdia. Oremos irmãos

2. Rezemos pelo con�nente americano, para que na sociedade sejam promovidas inicia�vas que defendam e reforcem o papel da família, segundo os valores do Evangelho. Oremos irmãos

3. Rezemos pelo con�nente asiá�co, para que o Espírito conceda perseverança a quantos são discriminados, perseguidos e mortos por causa do nome de Cristo. Oremos irmãos

4. Rezemos pelo con�nente europeu, para que os cristãos re-descubram a sua própria iden�dade e par�cipem com maior entusiasmo no anúncio do Evangelho. Oremos Irmãos.

5. Rezemos pelo con�nente oceânico para que a palavra de Deus seja cada vez mais escutada, contemplada, amada e vivida. Oremos irmãos.

6. Rezemos também para que todos os voluntários cristãos, presentes nos territórios de missão, saibam dar testemunho da caridade de Cristo. Oremos irmãos.

Pai Nosso

Cân�co e bênção do San�ssimo

Oração Outubro Missionário 2012

Espírito Santo, que desceste sobre os Apóstolos e os fizeste anunciadores do Evangelho: derrama os teus dons sobre cada um de nós e torna-nos sensíveis aos apelos e às necessidades dos nossos irmãos; desperta em muitos corações (crianças, jovens e adultos…) o ideal missionário; dá força e coragem a todos quantos se entregam totalmente ao serviço da Missão. Amen.

Reposição

Cân�co final

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PRECES DIÁRIAS

1 Santa Teresinha do Menino Jesus

Senhor, que quiseste que Santa Teresinha do Menino Jesus fosse o Amor no coração da Igreja, ajuda-nos a ser anunciadores do Teu Evangelho, mesmo nos contextos onde a jus�ça e a paz não têm lugar. Faz de nós, cristãos, construtores de um mundo assente sobre o pilar do Amor.

2 Santos Anjos da Guarda

Senhor, Tu que nos proteges e nos guardas, aponta-nos sempre o caminho dos irmãos que mais precisam de escutar a Tua Palavra e de sen�r a ternura da Tua presença. Que os teus Anjos nos guardem e livrem de tudo quando estraga a nossa vida de pessoas marcadas com o selo do Evangelho.

3 S. Veríssimo, S. Máxima e S. Júlia, már�res de Lisboa

Senhor, a morte do Teu Filho, por Amor, abriu caminho a muitas vidas dedicadas ao anúncio do Evangelho, até ao fim, até ao mar�rio. Te pedimos que o sangue dos már�res seja semente de cristãos e nos leve a entregar a nossa a vida aos irmãos, ao longe ou ao perto.

4 S. Francisco de Assis

Senhor, com S. Francisco de Assis, mostras ao mundo o valor da fraternidade universal. Como ele, ajuda-nos a construir um mundo de Paz e Bem, com respeito por toda a Criação. Onde houver ódio, que nós levemos o Amor, onde houver dúvida, que levemos a Fé… pois é dando que se recebe.

5. S. Plácido

Senhor, a regra de S. Bento, propõe-nos uma sintonia entre a oração e o trabalho. Neste dia do benedi�no S. Plácido, concede-nos a graça de estarmos sempre em diálogo profundo com o Teu Filho para, por

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Ele, nos sen�rmos enviados ao mundo a anunciar o Evangelho e a construir Comunidades de Fé.

6. S. Bruno

Senhor, a vida contempla�va apela a uma missão interior, enraizada na oração e nos votos evangélicos da pobreza, da cas�dade e da obediência, pelo Reino de Deus. Faz-nos olhar para esta forma de vocação como um apelo a uma maior e mais profunda in�midade con�go.

7. XXVII DOMINGO DO TEMPO COMUM

Senhor, ajuda todas as famílias do mundo a cimentar-se no Teu amor. Apoia todas as crianças para que, como Tu, possam crescer em sa-bedoria e graça diante de Deus e das pessoas. Que não nos falte a proteção de Nossa Senhora do Rosário para fazermos do mundo a família dos filhos de Deus.

8

Senhor, ajuda-nos a escutar a Voz da Tua Palavra, a Revelação dos teus caminhos de Salvação. Que esta Voz, que lemos na Igreja e em casa, soprada pela Espírito Santo, nos abra a uma Missão sem fronteiras, levando-nos a par�r ao encontro dos povos e pessoas que mal Te conhecem.

9

Senhor, que abres para nós, de par em par, as portas da Fé, ajuda--nos a entrar com mais profundidade na Tua Igreja e na comunhão com a Trindade. Que todas as pessoas sintam a necessidade, como a samaritana, de ir ao poço onde o Teu Filho oferece a água pura que mata todas as sedes da humanidade.

10 S. Daniel Comboni

Senhor, neste dia em que a Igreja nas aponta o modelo de vida missionária de S. Daniel Comboni, ajuda-nos a par�r para anunciar o Evangelho, sobretudo para as situações mais dramá�cas onde as

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pessoas são ví�mas das violações dos direitos humanos e onde o Evangelho não é conhecido nem vivido.

11 Beato João XXIII

Senhor, obrigado pelo testemunho de fé, coragem e alegria do Beato João XXIII que abriu as portas da Igreja ao Espírito Santo quando, há 50 anos, convocou o grande Concílio Va�cano II. Faz de nós pessoas abertas ao sopro e à luz do Espírito para que aceitemos renovar a nossa vida e a nossa Igreja.

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Senhor, por ocasião do Sínodo sobre a Nova Evangelização, ajuda-nos a descobrir de novo a alegria de crer e reencontrar o entusiasmo de comunicar a Fé, pois esta cresce quando é vivida como experiência de um amor recebido e é comunicada como experiência de graça e de alegria.

13 Beata Alexandrina de Balazar

Senhor, faz-nos olhar para o testemunho de coragem e fé da Beata Alexandrina de Balazar que passou parte dos seus dias doente e re�-da na cama, dedicada à Oração e ao acolhimento a quem dela queria receber força e coragem para enfrentar os problemas da vida.

14 XXVIII DOMINGO DO TEMPO COMUM

Senhor, Tu que convidaste o jovem com uma rajada de verbos: ‘Vai, vende, dá, vem e segue-me’, ajuda-nos a ser pessoas intervenientes na transmissão dos valores evangélicos, conscientes de que a Tua recompensa é sempre muito vantajosa, pois inclui a nossa felicidade e salvação.

15 Santa Teresa de Ávila

Senhor, neste dia de S. Teresa de Ávila, Te agradecemos a convicção com que ela agarrou a missão de renovar a vida dos mosteiros da sua Ordem para que aumentasse a fidelidade à Vida Consagrada. Faz-nos atentos aos sinais do Espírito que nos abre os olhos e o coração às urgências de cada tempo e lugar.

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16 S. Margarida Maria Alacoque

Senhor, ajuda-nos a perceber o lugar central que a Eucaris�a tem na nossa vida de cristãos, pois a Igreja é dela que vive. Faz da Missa a nossa experiência de Páscoa, que nos leve ao encontro dos mais pobres, pois só podemos repar�r o Pão da Eucaris�a se repar�rmos também o pão de cada dia.

17 S. Inácio de An�oquia

Senhor, temos hoje diante dos olhos o testemunho de S. Inácio de An�oquia, que deu a vida pelo anúncio do Evangelho num tempo de grande perseguição. Dá-nos a coragem de seguirmos a sua inspiração e de captarmos o fogo do Espírito que o encorajava a falar de Cristo correndo riscos enormes, acabando por ser mar�rizado.

18 S. Lucas

Senhor, deste-nos S. Lucas para escrever o Evangelho onde a ternura, a compaixão, a misericórdia e a opção pelos mais pobres percorrem o livro da primeira à úl�ma página, con�nuando nos Actos dos Apóstolos. Faz-nos missionários, enviados pelo mundo a anunciar o Evangelho do Amor e da Paz.

19 S. Paulo da Cruz

Senhor, como S. Paulo da Cruz, faz-nos sensíveis aos sofrimentos de quantos perdem o sen�do da vida. Faz-nos testemunhas corajosas do Evangelho. Aponta-nos caminhos de Missão e garante-nos a força do Teu Espírito para termos luz, força e coragem para as horas marcadas pela morte e pela paixão.

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Senhor, que fizeste da Tua Mãe o modelo perfeito de Missão, dá-nos capacidade para dizermos sempre ‘sim’ aos teus convites e fazermos da nossa vida uma con�nua oferta aos nossos irmãos, sobretudo aos mais excluídos das nossas sociedades marcadas pelo consumo e pela lei dos mais fortes.

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21. XXIX DOMINGO DO TEMPO COMUM

Dia Missionário MundialSenhor, envia-nos pelas estradas do mundo para proclamar o Teu Evangelho a todos os povos da terra. Convence-nos de que a Fé, enquanto dom, tem de ser par�lhada. Dá-nos o Teu Espírito para que produza frutos e seja uma luz que ilumine toda a casa. Ajuda-nos, neste Ano da Fé, a anunciar-te com coragem e persistência.

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Senhor, faz-nos olhar para o testemunho de tantos homens e mulhe-res que, pela Fé, deixaram tudo para viver em simplicidade evangélica a obediência, a pobreza e a cas�dade, sinais concretos de quem aguarda o Senhor que não tarda a vir. Aponta aos nossos jovens o caminho da consagração religiosa, sacerdotal ou missionária.

23

Senhor ajuda-nos a perceber que a proclamação da Boa Nova é o melhor serviço que a Igreja pode prestar às pessoas. Converte a nossa vida ao Evangelho de Cristo e faz-nos sen�r a urgência de par�r em Missão, dando cumprimento ao teu mandato missionário de ir pelo mundo.

24. S. António Maria Claret

Senhor, Tu que dizes que a seara é grande e os trabalhadores são poucos, envia mais e melhores operários para o teu campo para o mundo ser marcado por mais fraternidade, mais jus�ça, mais paz e mais respeito pelos direitos humanos. Conduz-nos ao Teu coração de ternura e misericórdia.

25

Senhor, faz-nos olhar para a Casa da Palavra que é a Igreja, sustentada pelas colunas do ensinamento dos Apóstolos, da fracção do pão (a Eucaris�a), das Orações e da comunhão fraterna. Ajuda-nos a encon-trar também os irmãos de outras Igrejas que, ainda nas separações, vivem uma unidade real.

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Senhor, o Concílio Ecuménico Va�cano II, com a par�cipação dos Bispos Católicos provenientes dos quatro cantos da Terra, foi um sinal luminoso da universalidade da Igreja. Ajuda-nos a ter uma visão mais global do mundo em que vivemos, para que o testemunho da nossa Fé aumente a jus�ça, a paz e o amor.

27. Beato Gonçalo de Lagos

Senhor, manda o Teu Espírito sobre a Igreja em Portugal para que se sinta mais impelida a par�r em Missão. A mensagem do Evangelho é necessária, única e insubs�tuível. Por isso, ajuda-nos a retomar o impulso dos primeiras comunidades cristãs e dos santos que enchem de glória as páginas da história da Igreja.

28. XXX DOMINGO DO TEMPO COMUM

Senhor, Tu que deste a visão ao cego que ta pedia, abre-nos os olhos da Fé para sermos mais Igreja e melhores discípulos. Ajuda-nos a abrir caminhos de nova evangelização para que a Missão da Igreja se man-tenha uma prioridade pastoral, pois ela é um dever para que todas as pessoas possam acreditar e entrar no caminho da Salvação.

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Senhor, abre os nossos corações para que as reflexões do Sínodo sobre a Nova Evangelização, concluído ontem em Roma, nos ajudem a caminhar ao teu encontro. Assim podemos dar corpo ao sonho do Beato João XXIII que convocou o Concílio Va�cano II para abrir, de par em par, as portas da Igreja ao Espírito Santo.

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Senhor, ajuda-nos a ultrapassar a crise de Fé que é o maior obstáculo à Missão da Igreja. Abre os nossos olhos a fim de encontrarmos novas formas para convidar as pessoas à mesa onde está o pão da vida e a água viva. Assim seguimos o testemunho da samaritana que foi ao poço de Jacob para dialogar con�go.

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Senhor, ajuda-nos a olhar para a Tua Mãe. Que o seu compromisso missionário nos leve a decidir entregar a nossa vida ao anúncio do Evangelho, estando do lado dos mais pobres, dando testemunho de fé aos que não crêem, par�lhando o que temos e somos com os que mais precisam.