outubro de 2011 • nº 241 publicaÇÃo oficial do...

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JORNAL DO CREMERJ OUTUBRO DE 2011 • Nº 241 PUBLICAÇÃO OFICIAL DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ISSN 1980-394x Movimento reivindica chamada urgente de médicos concursados Zeca Pagodinho anima baile em comemoração ao Dia do Médico Páginas 18 e 19 O CREMERJ reuniu sociedades e entidades médicas em frente à Alerj para cobrar recursos humanos para os hospitais, concursos com salários dignos e mais verbas para a saúde Médicos que formaram novas gerações são homenageados pelo CREMERJ ao completarem 50 anos de profissão Páginas 14 e 15 SAÚDE SUPLEMENTAR Mais uma vitória do CREMERJ: Justiça extingue ação da Abramge Página 5

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Page 1: OUTUBRO DE 2011 • Nº 241 PUBLICAÇÃO OFICIAL DO ...old.cremerj.org.br/jornais/jornais_pdf/133.pdf · Rua Alencar Lima, 35, sls 1.208/1.210 e-mail: petropolis@crm-rj.gov.br •

JORNAL DO

CREMERJOUTUBRO DE 2011 • Nº 241

PUBLICAÇÃO OFICIAL DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

ISSN

198

0-39

4x

Movimento reivindica chamadaurgente de médicos concursados

Zeca Pagodinho anima baile emcomemoração ao Dia do Médico

Páginas 18 e 19

O CREMERJ reuniu sociedades e entidades médicas em frente à Alerj para cobrar recursos humanos para os hospitais, concursos com salários dignos e mais verbas para a saúde

Médicos que formaram novas gerações são homenageados pelo CREMERJ ao completarem 50 anos de profissãoPáginas 14 e 15

SAÚDE SUPLEMENTAR

Mais uma vitória do

CREMERJ: Justiça

extingue ação da AbramgePágina 5

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JORNAL DO CREMERJ Outubro de 20112

Praia de Botafogo, 228, loja 119BCentro Empresarial RioBotafogo - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 22250-145Telefone: (21) 3184-7050 - Fax: (21) 3184-7120www.cremerj.org.brHorário de funcionamento:de segunda a sexta, das 9 às 18 horas

SEDESEDESEDE

DIRETORIAMárcia Rosa de Araujo - PresidenteVera Lucia Mota da Fonseca - Primeira Vice-PresidenteErika Monteiro Reis - Segunda Vice-PresidentePablo Vazquez Queimadelos - Diretor Secretário GeralSergio Albieri - Diretor Primeiro SecretárioKássie Regina Cargnin - Diretora Segunda SecretáriaArmindo Fernando Costa - Diretor TesoureiroSerafim Ferreira Borges - Primeiro TesoureiroNelson Nahon - Diretor de Sede e RepresentaçõesMarília de Abreu Silva - CorregedoraRenato Graça - Vice-CorregedorCONSELHEIROSAbdu Kexfe, Alexandre Pinto Cardoso, Alkamir Issa, Aloísio Tibiriçá Miranda, ArmindoFernando Mendes Correia da Costa, Arnaldo Pineschi de Azeredo Coutinho, Carlindo deSouza Machado e Silva Filho, Carlos Américo Paiva Gonçalves, Celso Corrêa de Barros,Edgard Alves Costa, Erika Monteiro Reis, Felipe Carvalho Victer, Fernando Sergio de MeloPortinho, Francisco Manes Albanesi Filho (✝), Gilberto dos Passos, Guilherme Eurico Bastosda Cunha, Hildoberto Carneiro de Oliveira, Jano Alves de Souza, J. Samuel Kierszenbaum,Jorge Wanderley Gabrich, José Marcos Barroso Pillar, José Maria de Azevedo, José RamonVarela Blanco, Júlio Cesar Meyer, Kássie Regina Neves Cargnin, Luís Fernando SoaresMoraes, Makhoul Moussalem, Márcia Rosa de Araujo, Marcos Botelho da Fonseca Lima,Marília de Abreu Silva, Matilde Antunes da Costa e Silva, Nelson Nahon, Pablo VazquezQueimadelos, Paulo Cesar Geraldes, Renato Brito de Alencastro Graça, Ricardo José deOliveira e Silva, Rossi Murilo da Silva, Serafim Ferreira Borges, Sergio Albieri, Sérgio PinhoCosta Fernandes, Sidnei Ferreira e Vera Lucia Mota da Fonseca

• Angra dos Reis - Tel: (24) 3365-0330Coordenador: Ywalter da Silva Gusmão JuniorRua Professor Lima, 160 - sls 506/507e-mail: [email protected]

• Barra do Piraí - Tel: (24) 2442-7053Coordenador: Sebastião Carlos Lima BarbosaRua Tiradentes, 50/401 - Centroe-mail: [email protected]

• Barra Mansa - Tel: (24) 3322-3621Coordenador: Abel Carlos de BarrosRua Pinto Ribeiro, 103 - Centroe-mail: [email protected]

• Cabo Frio - Tel: (22) 2643-3594Coordenador: José Antonio da SilvaAvenida Júlia Kubtischeck,39/111e-mail: [email protected]

• Campos - Tel: (22) 2722-1593Coordenador: Makhoul MoussallemPraça Santíssimo Salvador, 41/1.405e-mail: [email protected]

• Itaperuna - Tel: (22) 3824-4565Coordenador: José Henrique Moreira PillarRua 10 de maio, 626 - sala 406e-mail: [email protected]

CREMERJ SECCIONAISCREMERJCREMERJ SECCIONAISSECCIONAIS

Exemplos de luta pela saúdehomenagem prestada peloCREMERJ, no dia 27 de ou-tubro, aos médicos com 50anos ou mais de exercício

profissional, a maioria formada em1960, pela Faculdade de Medicina daentão Universidade do Brasil, atualUniversidade Federal do Rio de Ja-neiro (UFRJ), tem uma relação muitoforte com o movimento atual da saú-de pública, que reivindica, principal-mente, concurso público para suprira falta de recursos humanos, efetiva-ção dos contratados temporários, sa-lários dignos e melhores condições detrabalho para os médicos.

Vários dos homenageados parti-ciparam ativamente de um movimen-to expressivo da categoria, realizadoem 1981, e que também, como o dehoje, reivindicava concurso público,a efetivação dos contratados, insalu-bridade para os médicos, que na épo-ca não era paga, salários dignos emelhores condições de trabalho narede pública.

Há, no entanto, uma diferença. Es-

* Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores, não representando, necessariamente, a opinião do CREMERJ.

• Macaé - Tel: (22) 2772-0535Coordenador: Gumercino Pinheiro Faria FilhoRua Dr. Luiz Belegard, 68/103 - Centroe-mail: [email protected]

• Niterói - Tel: (21) 2717-3177 e 2620-9952Coordenador: Glauco BarbieriRua Cel. Moreira Cesar, 160, sls 1209/1210e-mail: [email protected]

• Nova Friburgo - Tel: (22) 2522-1778Coordenador: Thiers Marques Monteiro FilhoRua Luiza Engert, 01, salas 202/203e-mail: [email protected]

• Nova Iguaçu - Tel: (21) 2667-4343Coordenador: José Estevan da Silva FilhoRua Dr. Paulo Fróes Machado, 88, sala 202e-mail: [email protected]

• Petrópolis - Tel: (24) 2243-4373Coordenador: Jorge Wanderley GabrichRua Alencar Lima, 35, sls 1.208/1.210e-mail: [email protected]

• Resende - Tel: (24) 3354-3932Coordenador: João Alberto da CruzRua Gulhot Rodrigues, 145/405e-mail: [email protected]

• São Gonçalo - Tel: (21) 2605-1220Coordenador: Amaro Alexandre NetoRua Coronel Serrado, 1000, sls. 907 e 908e-mail: [email protected]

• Teresópolis - Tel: (21) 2643-3626Coordenador: Paulo José Gama de BarrosAv. Lúcio Meira, 670/516 - Shopping Várzeae-mail: [email protected]

• Três Rios - Tel: (24) 2252-4665Coordenador: Ivson Ribas de OliveiraRua Manoel Duarte, 14, sala 207 - Centroe-mail: [email protected]

• Valença - Tel: (24) 2453-4189Coordenador: Fernando VidinhaRua Padre Luna, 99, sl 203 - Centroe-mail: [email protected]

• Vassouras - Tel: (24) 2471-3266Coordenadora: Leda CarneiroAv. Exp. Oswaldo de Almeida Ramos, 52/203e-mail: [email protected]

• Volta Redonda - Tel: (24) 3348-0577Coordenador: Olavo Guilherme Marassi FilhoRua Vinte, 13, sl 101e-mail: [email protected]

• Barra da TijucaTel: (21) 2432-8987Av. das Américas 3.555/Lj [email protected]• Campo GrandeTel: (21) 2413-8623Av. Cesário de Melo, 2623/s. [email protected]

SUBSEDESSUBSEDESSUBSEDES

• Ilha do GovernadorTel: (21) 2467-0930Estrada do Galeão, 826 - Lj [email protected]

• MadureiraTel: (21) 2452-4531Estrada do Portela, 29/[email protected]

• MéierTel: (21) 2596-0291Rua Dias da Cruz, 188/Lj [email protected]

• TijucaTel: (21) 2565-5517Praça Saens Pena, 45/[email protected]

Publicação Oficial do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de JaneiroConselho Editorial - Diretoria e Ângela De Marchi • Jornalista Responsável - Nicia Maria - MT 16.826/76/198Reportagem - Nicia Maria, Irma Lasmar e Luciana Santos • Fotografia - José Renato, Cláudio Pompeu e Henrique Huber • Projeto Gráfico - João FerreiraProdução - Foco Notícias • Impressão - Ediouro Gráfica e Editora S.A. • Tiragem - 60.000 exemplares • Periodicidade - Mensal

A

Editorial • Turma de médicos formados em 1960 também participou de movimentos em prol da rede pública

OuvidoriaTelefones: (21) 3184-7142,3184-7268 e 3184-7182Fax: (21) 3184-7267 (fax)[email protected]:na sede do Conselho, das 9h às 18h

ses colegas, assim como muitos ou-tros, não só lutaram no início dos anos80, como foram fundamentais para aformação de, pelo menos, quatro ge-rações de cirurgiões, clínicos, pedia-tras, pneumologistas, endocrinologis-tas e demais especialistas.

Quem não sente saudades de Ro-cha Passos na chefia e na coordena-ção dos residentes de cirurgia geralna emergênciado Souza Agui-ar, do pediatraMarcelo Gonza-ga, do cardiolo-gista pediátrico Antonio Américo La-banca, do clínico Hélio Ferrari do Pa-trocínio Nunes, do cirurgião plásticoJacy Conti Alvarenga, dos cirurgiõescardiovasculares Antonio Monteiro daSilva e Milton Ary Meier, do cardiolo-gista Raphael Salek Filho ou da gine-cologista Therezinha Sanfim Cardo-so, entre muitos outros grandes mes-tres que brilhavam nos quadros doshospitais da rede pública, ensinandopráticas nas emergências e nas roti-

nas a todos que frequentavam suasequipes. Cada um deles exerceu o seupapel hipocrático de ensinar os filhosdos seus mestres.

As equipes se conheciam e seintegravam, contribuindo para tor-nar o serviço cada vez mais produ-tivo e os plantões mais amenos,menos sofridos. Datas como Natale Ano Novo eram comemoradas co-

l e t i v amen t e .Trocava-se pre-sentes. Todosaqueles quepa r t i c i pa r am

dessas equipes até hoje se empol-gam ao relembrar esses anos vivi-dos com dificuldades, mas com ale-gria em exercer a arte da medicina.Nossos mestres nos faziam sentir,realmente, como “heróis de curar”.

Hoje vivemos uma realidade bemdiferente. Os médicos contratados dasmais diferentes formas e mal remu-nerados não se fixam na rede públi-ca, não formam equipes e nem sem-pre contam com recursos humanos

experientes, indispensáveis à sua for-mação. E são esses novos médicosque vão se confrontar com a já anun-ciada epidemia de dengue que seaproxima neste verão.

O CREMERJ está atento em de-fesa da nossa categoria. Já encami-nhamos ofícios a várias autoridades,inclusive à Presidente da República,Dilma Rousseff, conclamando sua fi-bra e sua sensibilidade para que olhepara a saúde do Rio de Janeiro, an-tes que mortes de inocentes possamser imputadas aos médicos que tra-balham hoje nos plantões das UPAs,das clínicas da família e dos hospi-tais do nosso estado.

Sabemos que é uma luta política.A palavra de uma presidente mulher,que passou por tantos percalços navida, tanto do ponto de vista pessoalquanto político, poderá evitar a ca-tástrofe no Rio de Janeiro.

Tudo faremos em defesa do mé-

dico e para sua valorização.

Afinal, “O médico vale muito!”

Cada um deles exerceu o seu

papel hipocrático de ensinar

os filhos dos seus mestres.

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JORNAL DO CREMERJOutubro de 2011 3

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JORNAL DO CREMERJ Outubro de 20114

ESTADO AFORA • Coordenadores de Seccionais mobilizados em defesa da classe

Movimento médico em ação

Os Coordenadores e representan-tes das Seccionais do CREMERJse reuniram, no dia 7 de outu-bro, com a Direção do Conselho,

para discutir as dificuldades que vêm en-frentando em suas jurisdições.

Na oportunidade, a Presidente, MárciaRosa de Araujo, falou sobre as mais re-centes mobilizações do CREMERJ: as ma-nifestações no hospital Orêncio de Frei-tas, no dia 30 de agosto; contra os planosde Saúde, em frente à ANS, no dia 21 desetembro, com intensa repercussão namídia; e a preparação para o ato na Alerjpela Saúde Pública no dia 25 de outubro.

– Os colegas das Seccionais devem con-tribuir para as mobilizações, tanto na saúdepública como na suplementar, organizandoos movimentos em suas regiões. Assim, nosfortalecemos em todo o Estado - ressaltou.

O Coordenador das Seccionais, Abdu Kexfe,o Diretor de Sede e Representações, NelsonNahon, e os Conselheiros Aloísio Tibiriçá, JoséRamon, Armindo Fernando da Costa e Maríliade Abreu também participaram do encontro.

O Coordenador da Seccional de TrêsRios, Ivson Oliveira, informou que, depoisde muita negociação, a Prefeitura aprovounova lei estabelecendo a cobrança do Im-posto Sobre Serviços (ISS) para a categoriacom base no piso salarial do médico, ou seja,três salários mínimos.

Ele explicou que, na gestão anterior,a Prefeitura havia aprovado uma lei esta-belecendo que o ISS para o médico deve-

Coordenadores de Seccionais do CREMERJ se reúnem periodicamente na sede para discutir problemas de suas regiões

ALOÍSIO TIBIRIÇÁ MIRANDAConselheiro do CREMERJ e do CFM

A SAÚDE QUE NÓS QUEREMOSeve ampla repercussão em todo o país o nosso protestonacional pela valorização do médico e da saúde pública.Realizado no dia 25 de outubro, reforçou na mídia e nasociedade a percepção da real situação do financiamento

do setor, da remuneração do médico e da assistência à população,alcançando, assim, a mobilização e o protesto seus objetivos. Asentidades médicas cumprem desta forma, uma de suas estratégi-as, delineadas desde o Enem (Encontro Nacional das EntidadesMédicas) realizado em julho de 2010. Mobilizar e lutar por umamedicina ética e de qualidade, o que tem como pressuposto con-dições adequadas de trabalho, de assistência e de remuneração,são temas históricos do movimento médico, devido à tambémhistórica falta de prioridade real dos governos em relação à saúde.

Após as jornadas de 7 de abril e 21 de setembro em relação aosplanos de saúde, os médicos marcaram presença nacional, no mês deoutubro, com as manifestações festivas do Dia do Médico e com osprotestos de 25 de outubro em relação ao SUS. Acumulamos energiae disposição para que, em 2012, continuemos na luta pela saúde.

As emergências têm sido a face mais exposta da desorganização, dafalta de regulação, da carência e da precarização de recursos humanos,com salários aviltantes, superlotação de pacientes e sobrecarga de tra-balho, problemas há muito tempo apontados, que formam um ambi-ente que fere os princípios mais elementares dos direitos humanos.

Em torno disso, foram realizados os fóruns do CREMERJ edo CFM, nos dias 14 e 20 de outubro, respectivamente. Foialvissareiro, na ocasião, o anúncio feito pelo Ministério da Saúdeda Portaria 2.395/2011 que pretende regulamentar, criandoestímulos financeiros, a qualificação da porta de entrada dasemergências, a implantação da classificação de risco, a reta-guarda de leitos clínicos, leitos de longa permanência e de UTI;além das linhas de cuidado de traumatologia, cardio e neuro-vascular. Definem também que as portas de entrada sejam re-guladas pelas Centrais Regionais de Urgência e monitoradaspelos Comitês Gestores Regionais de Urgência.

Perfeito. O diagnóstico acertado é um bom começo para umtratamento bem sucedido. Porém, além das medidas mais sim-ples, o tratamento, por ora, não está disponível. O Ministérioestá bem intencionado, mas também tem sido pródigo em exa-rar portarias e não acompanhar ou fiscalizar sua implantação.

As centrais e comitês já estão previstos há tempos e não foramimplementados de fato. A qualificação da porta de entrada e aclassificação de risco já tiveram o nome de Qualisus em portariasanteriores. A retaguarda de leitos clínicos será certamente preju-dicada pelo fechamento de 203.066 leitos hospitalares do SUS de1990 a 2011. Dados da AMIB mostram que, além de só haver UTIsem 403 dos 5.561 municípios, os leitos são insuficientes. E paraonde referenciar os pacientes das linhas de cuidado prioritárias?

Não se fala nas portarias do desafio dos recursos humanos.Sobram vagas nas residências de terapia intensiva. Faltam médi-cos nas emergências e isso é público e notório (faltam 560 mé-dicos nos seis hospitais federais do RJ). As equipes estão desfal-cadas, com médicos contratados como temporários, sem con-curso, sem possibilidade de qualificação, sem estímulo profissio-nal e submetidos à grande sobrecarga emocional e de trabalho.

Aprendemos, no exercício da medicina, a sempre ver o pa-ciente como um todo. No caso do Ministério da Saúde, é ne-cessário que haja um Projeto Nacional de Saúde no qual seestabeleçam as relações entre os vários programas setoriais eentre as Portarias propostas. Para tanto, sempre estaremos aber-tos ao diálogo na busca da saúde que todos nós queremos.

COLUNA DO

CONSELHEIRO FEDERAL

e-mail: [email protected]

ria ser cobrado sobre um salário de R$ 4mil, o que estava completamente fora darealidade, já que o próprio poder munici-pal pagava muito menos.

- Por orientação da nossa Seccional, osmédicos deixaram de recolher o ISS. Essa leifoi considerada inconstitucional pela novagestão. Quanto aos atrasados, combinamoso pagamento com base nos três salários mí-nimos e parcelado em 50 meses – observou.

Ainda durante a reunião, o Coordenador daSeccional de Nova Friburgo, Thiers Marques,disse que a Prefeitura já estava contratandomédicos concursados de 1998 e 2007 para oshospitais, ambulatórios e postos de saúde.

- Alguns desses médicos que já traba-lhavam com contratos provisórios estão sen-do efetivados – acrescentou.

Já o Coordenador da Seccional de Cam-pos, o Conselheiro Makhoul Moussallem, fri-sou que os médicos da região estavam or-ganizando a mobilização do dia 25 de ou-tubro, Dia Nacional de Protesto para a Va-lorização da Saúde Pública, mas que os aten-dimentos nos hospitais seriam mantidos.

- Vamos nos reunir com as sociedadesde especialidade e com representantes dossindicatos para decidir quais serão os rumosdo movimento. Já conversamos com os di-retores dos hospitais e ficou decidido colo-car uma faixa preta na porta das unidades,em luto pela saúde pública. Não queremosparar o atendimento em respeito à popula-ção, pois temos consciência da demora namarcação das consultas - enfatizou Makhoul.

A Presidente do CREMERJ, Márcia Rosa de Araujo, com médicos pós-graduandos de cirurgiaplástica, para os quais proferiu palestra na Universidade Gama Filho, e não estudantes demedicina, como foi publicado na página 4 da edição de setembro do Jornal do CREMERJ.

■ CORREÇÃO

T

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JORNAL DO CREMERJOutubro de 2011 5

ANALISE ATENTAMENTE OS VALORES DA TABELA E LIVRE-SE DO SEU PIOR CONVÊNIO�

SAÚDE SUPLEMENTAR • Mais uma vitória do CREMERJ

Justiça Federal extingueação das medicinas de grupo

A juíza da 3ª Vara Federaldo Rio de Janeiro, Hele-na Elias Pinto, julgou ex-tinto, sem resolução do

mérito, o processo da Associaçãode Medicina de Grupo do Estadodo Rio de Janeiro (Abramge), re-vogando também a liminar conce-dida inicialmente.

A Abramge havia impetrado qua-tro ações contra o Conselho, a So-merj e as sociedades de especiali-

dades, pretendendo impedi-los deorganizar o movimento por melho-res honorários médicos.

Em sua sentença, a juíza, deacordo com parecer do MinistérioPúblico Federal, considerou existir“litispendência” nas ações, ou seja,as mesmas partes e identidade dedemandas, o que, de acordo com oCódigo de Processo Civil, impõe aextinção, sem julgamento de méri-to, da ação mais recente..

Federação Nacional deSaúde Suplementar (Fena-Saúde) está apresentandoaos médicos e à ANS uma

proposta para hierarquização dos pro-cedimentos e das tabelas de honorá-rios médicos contidos no Rol de Pro-cedimentos e Eventos em Saúde, re-ferência para cobertura assistencial naTerminologia Unificada da Saúde Su-plementar (Tuss).

De acordo com a proposta, osajustes serão feitos em duas eta-pas: a primeira, com a hierarquia-zação dos procedimentos em 100portes, excluindo-se os classifica-dos como SADT, a partir dos rea-justes de 2011; e a segunda, com

hierarquização em 42 portes, ex-cluindo-se também os procedi-mentos de SADT, a partir de 2013.

Os valores dos procedimentos,ainda segundo a FenaSaúde, se-rão estabelecidos independente-mente pelas operadoras, confor-me negociações e acordos firma-dos com os médicos.

As empresas assumem o com-promisso de não reduzir o valor denenhum procedimento. Preocupa-do com a proposta da FenaSaúde, oCREMERJ está promovendo reuni-ões com as sociedades de especiali-dades para avaliá-la detalhadamen-te, visando evitar que tal compro-misso seja rompido.

A

CONSULTAS HONORÁRIOS

PLANO COLETIVO PLANO INDIVIDUAL MÉDICOS

2010 2011 2010 2011 2010 2011

PETROBRAS 80,00 80,00 80,00 80,00 CBHPM -15% 3ª Ed. CBHPM -12,50%01/09/10 01/09/11

UNIMED-RIO 57,00 62,00 57,00 62,00 CBHPM +10% 4ª Ed. CBHPM +15%01/08/10 01/09/11

AMIL 57,00 60,00 57,00 60,00 0,44 0,4601/08/10 01/09/11 (5,26%) (5,26%) (4,55%)

BRADESCO 52,60 56,00 49,50 56,00 Aumento de 5% valores anteriores Aumento de 5% valores anteriores01/09/10 01/09/11 (5,62%) (6,46%) (7,14%) (13,82%) HONORÁRIOS DIFERENTES

GOLDEN CROSS 52,50 55,70 52,50 55,70 0,44 0,4601/08/10 01/08/11 (5%) (6%) (5%) (6%) (4,55%)

SUL AMÉRICA 52,00 54,00 49,00 54,00 Aumento de 5% valores anteriores Aumento de 7% valores anteriores01/09/10 01/09/11 (5,69%) (3,70%) (6,52) (9,25%) HONORÁRIOS DIFERENTES

FURNAS 50,97 57,23 50,97 57,23 CH = 0,464ª Ed. CBHPM 4ª Ed. CBHPM01/09/10 01/10/11 (7,75%) (12,29%) (7,75%) (12,29%)

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL 47,00 52,00 47,00 52,00 CBHPM -15% 3ª Ed. CBHPM -12,50%01/09/10 01/08/11 (6,81%) (9,61%) (6,81%) (9,61%)

CORREIOS 47,00 52,00 47,00 52,00 CBHPM -15% 3ª Ed. CBHPM -12,50%01/09/10 01/09/11 (6,81%) (9,61%) (6,81%) (9,61%)

CASSI 47,00 52,00 47,00 52,00 CBHPM -15% 3ª Ed. CBHPM -12,50%01/09/10 01/08/11 (6,81%) (9,61%) (6,81%) (9,61%)

BNDES-FAPES 47,00 52,00 47,00 52,00 CBHPM -15% 3ª Ed. CBHPM -12,50%01/09/10 01/08/11 (6,81%) (9,61%) (6,81%) (9,61%)

GEAP 44,00 50,00 44,00 50,00 CBHPM -15% 3ª Ed. CBHPM -12,50%01/08/11

CABERJ 45,00 50,00 45,00 50,00 0,38 0,4201/11/11

ASSIM 43,00 50,00 40,00 50,00 0,40 0,4401/09/10 01/08/11 (7%) (14%) (7,25%) (20%) (11%)

MEDIAL 45,40 50,00 45,40 50,00 0,32 0,3601/09/10 01/09/11 (10,13%) (10,13%) (12,50%)

DIX 40,00 50,00 45,20 50,00 0,44 0,4601/09/10 01/09/11 (13,8%) (25%) (10,61%) (4,55%)

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JORNAL DO CREMERJ Outubro de 20116

EDUCAÇÃO MÉDICA CONTINUADA • Cursos, fóruns e jornadas gratuitos do CREMERJ continuam a atrair os médicos

Aids e DSTO CREMERJ promoveu, no dia 6

de outubro, o Fórum da Câmara Téc-nica de Aids e DST. Segundo a Con-selheira Marília Abreu, responsávelpela Câmara Técnica, o evento tevepor objetivo discutir a gravidade datuberculose e a diferença entre os sin-tomas dessa doença e aqueles mani-festados em pacientes soropositivos.

- Já está comprovado que os an-tirretrovirais previnem as complica-

As palestras dos cursos de Educação Médica Continuada do CREMERJ estão disponíveis para download no site www.cremerj.org.br

Gastroenterologia

ções provocadas pelo HIV, mas to-mar remédios não é algo fácil paraquem ainda não desenvolveu algu-ma das doenças oportunistas causa-das pelo vírus - disse Marcia Rachid,Coordenadora da Câmara Técnica.

Proferiram palestras as especialistasda Fiocruz Margareth Dalcolmo, Direto-ra do Centro de Referência Professor HelioFraga; e Brenda Hoagland, do Institutode Pesquisa Clínica Evandro Chagas.

A Câmara Técnica de Gastroen-terologia do CREMERJ e a Associa-ção de Gastroenterologia do Rio deJaneiro (AGRJ) promoveram, no dia15 de outubro, o Curso de EducaçãoMédica Continuada em Gastroente-rologia e o III Simpósio de Atualiza-ção na especialidade.

O evento, que teve como foco aobesidade relacionada a doenças doaparelho digestivo, foi aberto porErika Reis e por José Augusto Messi-as, respectivamente, a Conselheiraresponsável e o Coordenador da Câ-mara Técnica, e pelo Presidente daAGRJ, Edson Jurado.

- O crescimento do número decasos de sobrepeso e obesidade napopulação brasileira é preocupante enecessita maior atenção – observoua Conselheira Erika Reis.

Segundo cálculos do Ministérioda Saúde, aproximadamente 46,6%da população adulta brasileira temexcesso de peso e 14% estáobesa. Entretanto, para Edson Jura-do, esses dados ainda precisam sermelhor analisados para que políticaspúblicas de controle da doença pos-sam ser formuladas.

José Augusto Messias lembrou queo encontro é uma oportunidade parase ampliar o debate sobre o problema.

A programação incluiu mesas-re-dondas presididas por Luiz João AbrahãoJr., Eduardo Joaquim Castro e JorgeMotta, das quais participaram a Conse-lheira Kássie Cargnin e os especialistasEponina Lemme, Jorge Segadas, HeitorSiffert, Paulo Roberto Pinho, AfonsoParedes, Luiz Almeida, Marco AntonioLeite e Fernando Barroso.

AnestesiologiaEm comemoração ao Dia do

Anestesiologista, 16 de outubro, oCREMERJ, através da sua CâmaraTécnica de Anestesiologia e com oapoio da Sociedade de Anestesiolo-gia do Estado do Rio de Janeiro (Sa-erj), promoveu um fórum no dia 13de outubro.

O evento foi aberto por MarcosBotelho e Fernando Saubermann, res-pectivamente o Conselheiro Respon-sável e o Coordenador da CâmaraTécnica da especialidade. O Presiden-te da Saerj, Luiz Bomfim, tambémparticipou do encontro.

- É uma grande satisfação celebraro nosso dia com um evento de educa-ção médica – observou Saubermann.

Para Marcos Botelho, essa come-moração dignifica a especialidade,além de enaltecer a formação profis-sional e ética nos dias de hoje.

Luiz Bomfim lembrou a funda-ção da Sociedade Brasileira deAnestesiologia (SBA), em 1948, edo primeiro centro de treinamen-to em anestesiologia da SBA, emagosto de 1959.

- Poucos sabem, mas o Rio deJaneiro teve grande importância nahistória da anestesiologia no Bra-sil - frisou.

Com moderação do especialistaJosé da Costa, proferiram palestrasMarcos Botelho, Luiz Bomfim, Fernan-do Saubermann e Luiz Carlos Salles.

Medicina desportivaOs riscos e complicações possíveis

em atividades físicas permearam os te-mas apresentados no IX Fórum da Câ-mara Técnica de Medicina Desportivado CREMERJ, realizado no dia 8 deoutubro. O Conselheiro Serafim Borges,responsável pela Câmara Técnica, abriuo evento, ressaltando o comprometi-mento do Conselho em colocar o mé-dico em contato com os melhores es-pecialistas em medicina desportiva.

- O esporte contribui para o con-trole e a prevenção de doenças. Justa-mente por isso estamos ampliando oseventos voltados para a especialidadee trazendo o que há de mais atual e oscolegas de maior gabarito - destacou.

A Presidente do CREMERJ, MárciaRosa de Araujo, prestigiou o curso efrisou o valor da medicina desportiva.

- Acredito que a especialidade ga-nhe cada vez mais espaço, pois é no-

tória a conscientização da sociedadeem relação à importância de se pra-ticar exercícios físicos – observou.

O Coordenador da Câmara Téc-nica, Marcos Brazão, defendeu a des-mistificação de que medicina do es-porte só se aplica a atletas.

- O grande número de pacientes queatendemos é de não atletas, que pro-curam a prática de exercícios para amelhoria de sua saúde – acrescentou.

O curso foi dividido em dois módu-los, sendo o primeiro moderado peloConselheiro Serafim Borges e Paulo Afon-so de Menezes, que contou com pales-tras de Daniel Kopiler, Tomaz de Brito,Marcos Brazão e David Szpilman. Mo-derado pelos especialistas Ricardo Viva-cqua e José Teixeira, o segundo móduloincluiu as palestras do Conselheiro JanoAlves e dos médicos Robson de Bem, Ale-xandro Coimbra e Bruno Dias.

JORNAL DO CREMERJ Outubro de 20116

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JORNAL DO CREMERJOutubro de 2011 7JORNAL DO CREMERJOutubro de 2011 7

II Fórum de EmergênciaO “II Fórum de Emergência”, pro-

movido pelo Grupo de Trabalho deEmergência do CREMERJ, no dia 14de outubro, contou com a presençado Coordenador da Câmara Técnicade Urgência e Emergência do CFM,Mauro Luiz Ribeiro, e de representan-tes de órgãos de Saúde do Municípioe do Estado, além de cerca de 100 mé-dicos, a maioria do serviços de emer-gência da rede pública.

O evento foi aberto pelo Coordena-dor do Grupo de Trabalho sobre Emer-gência do CREMERJ, Aloísio Tibiriçá,também Conselheiro Federal, que con-duziu as apresentações e os debates.

A Conselheira Erika Reis apresen-tou, em sua palestra “Desafios dosRecursos Humanos”, dados sobre oshospitais de emergência, com a parti-cipação do Diretor do Departamentode Gestão Hospitalar do Ministério daSaúde no Estado do Rio de Janeiro,João Marcelo Alves, que destacou odéficit de recursos humanos nos hos-pitais federais.

O Presidente da Associação de Me-dicina de Família e Comunidade do Es-tado do Rio de Janeiro, Oscarino Barre-to, listou patologias sensíveis à atençãoprimária que, em Minas Gerais, causa-ram impacto nas emergências, com que-da progressiva nos atendimentos. Eledisse que, no Rio de Janeiro, no entan-to, embora existam 49 unidades aindanão se percebe essa queda.

A Coordenadora da Central de Re-gulação do Município do Rio de Janei-ro, Claudia Lunardi, ressaltou a impor-tância dos leitos de retaguarda paradiminuir o número de pacientes inter-nados nas emergências. O Comandan-te do 1º Grupamento de Socorro deEmergência do Corpo de Bombeiros doEstado do Rio de Janeiro, Gabriel Obeiddemonstrou a importante regulaçãorealizada pelo GSE.

As novas portarias do Ministério daSaúde para as emergências foram apre-sentadas pelo Coordenador de Urgên-cia e Emergência do Ministério da Saú-de, Paulo de Tarso Abrahão. Ele frisou aimportância da participação estadual emunicipal na implementação das ações.

O Administrador Especialista emInformação de Saúde, Franklin Mon-teiro Silva mostrou a relevância da qua-lidade da informação para que sejamefetivos os complexos reguladores.

O perfil dos médicos lotados noHospital Estadual Getúlio Vargas foianalisado por Ana Paula Fernandes daSilva e as atribuições do médico emer-gencista, por Mauro Ribeiro, Coorde-nador da Câmara Técnica de Urgên-cia e Emergência do CFM.

A Superintendente de Urgência eEmergência da Secretaria Municipal deSaúde, Lúcia Teresa da Silveira, apresen-tou os projetos e a integração entre es-tado e município na preparação para oseventos que o Rio de Janeiro vai sediar.

Realizada no dia 22 de outubro, a Jornada daCâmara Técnica de Neurofisiologia Clínica e Neuro-logia do CREMERJ, em parceria com a Liga Brasilei-ra de Epilepsia (LBE) – Rio, reuniu nove renomadosespecialistas para proferirem palestras sobre aspec-tos controversos e novas descobertas em relação àepilepsia. Marília de Abreu e Maria Alice Genofre,respectivamente a Conselheira Responsável e a Co-ordenadora da Câmara Técnica, e Eduardo Faveret,Presidente Regional da LBE-Rio, ressaltaram a im-portância do evento.

- Realizamos anualmente uma jornada para neu-rologistas e neurofisiologistas, também aberta a aca-dêmicos e residentes, voltada à atualização dos co-nhecimentos na área, sempre em conjunto com aLiga de Epilepsia – observou a Conselheira.

Maria Alice Genofre informou que os temassão escolhidos e organizados de acordo com asnovidades apresentadas em recentes eventos da es-

pecialidade, como o último Congresso Brasileiro.- A programação dessa jornada deu ênfase, entre

outros aspectos, à melhor compreensão do eletro-encefalograma pelos clínicos e à imunologia, comoas crises que disparam inflamações perpetuadoras daepilepsia - explicou Eduardo Faveret.

Além de Faveret e Maria Alice Genofre, proferi-ram palestras Lara Brandão, Rosiane Fontana, Glen-da Borges e André Giorelli.

O evento incluiu ainda uma mesa-redonda comos especialistas Roger Levy, Alexandre Fernandes eDafne Horovitz.

Neurofisiologia clínica e neurologia

A Seccional do CREMERJ em Niteróirealizou seu terceiro curso em EducaçãoMédica Continuada no dia 1º de outubro,sob o tema “Geriatria para Clínicos”. OConselheiro Jano Alves representou a Pre-sidente Márcia Rosa de Araujo e o Coor-denador da Seccional Niterói, Glauco Bar-bieri, na abertura do evento, realizado naAssociação Médica Fluminense (AMF).

- A faixa etária dos idosos e, parti-cularmente, dos muitos idosos, é a quemais cresce, na atualidade, em nossopaís, o que gera uma mudança na es-trutura social, exigindo um novo pla-nejamento de políticas públicas. Pre-

Geriatria para clínicos em Niteróicisamos melhorar nossa capacidade emlidar com essa fatia da população. Co-nhecimentos sobre a terceira idade nãofaltam. É sempre oportuno debater eaprofundar o assunto - afirmou Jano,justificando a escolha do tema e osaspectos abordados no curso.

A programação incluiu palestras doprofessores da Universidade FederalFluminense Norberto Boechat e Ma-ria Lúcia de Farias; do Vice-Presiden-te da Sociedade Brasileira de Geron-tologia e membro da Câmara Técnicade Geriatria do CREMERJ, Ivan dosFerraz; e do Conselheiro Jano Alves.

O CREMERJ promoveu o tercei-ro módulo do XI Curso de educa-ção Médica Continuada em Gine-cologia e Obstetrícia no dia 22 deoutubro. Proferiram palestras osespecialistas Renato Ferrari, Luiz

Ginecologia e obstetríciaAugusto Giordano e Isabel CristinaBouzas, sob a coordenação de AnnaLydia do Amaral; e José AugustoLima, Antônio Luiz de Araújo e Má-rio Vicente Giordano, coordenadospor Anderson Anísio.

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JORNAL DO CREMERJ Outubro de 20118 JORNAL DO CREMERJ Outubro de 20118

Fórum “Combater a Sífilis Congênita:

Um Dever de Todos”O Grupo de Trabalho Materno In-

fantil do CREMERJ realizou seu pri-meiro fórum, no dia 19 de outubro,sobre o tema “Combater a SífilisCongênita: um Dever de Todos”. Oevento fez parte das atividades doDia Nacional de Combate à Sífilis.

O encontro foi aberto pela Conse-lheira Vera Fonseca, Coordenadora dogrupo, que destacou a importância docombate à sífilis.

- Nosso objetivo é alertar para o cres-cimento alarmante da doença. A sífiliscongênita é totalmente passível de pre-venção durante o pré-natal. Contudo, aelevada prevalência da doença no paísnos leva a questionar a qualidade daatenção pré-natal disponível - frisou.

O especialista Mauro Passos fa-lou sobre a importância do diagnós-tico e do tratamento adequado.

- A sífilis é uma doença que precisa

de acompanhamento e tratamento cor-reto. O número de pessoas com sífilisaumentou no mundo todo, inclusive nosEstados Unidos. Aqui no Brasil, o gover-no havia se comprometido em erradicara doença até o ano 2000, uma promessaque não foi cumprida - ressaltou.

O Conselheiro Carlindo Machado sereferiu à manifestação da sífilis no recém-nascido. Já a infectologista Valéria Sara-ceni, que é da Coordenação de Análise deSituação de Saúde da Secretaria Munici-pal de Saúde, apresentou a importânciade uma vigilância epidemiológica.

No final do fórum foram apre-sentados os dados epidemiológicoscom a presença de Sofia Cerqueira,da Maternidade Escola da UFRJ; Sil-via Eurides Veiga, do Hospital Ma-ternidade Carmela Dutra; e MariaElizabeth Zurita, do Hospital Mater-nidade Fernando Magalhães.

Pediatria em PetrópolisO CREMERJ, através da sua secci-

onal de Petrópolis, promoveu, no dia22 de outubro, o Curso de EducaçãoMédica Continuada em Pediatria. Oevento, realizado no Salão Nobre doHospital Santa Teresa, foi coordenadopelos Conselheiros Nelson Nahon, Eri-ka Reis e Sidnei Ferreira.

O Coordenador da Seccional de Pe-trópolis, Jorge Gabrich, abriu o evento efalou sobre a importância da atualiza-ção para os médicos da região serrana.“O CREMERJ sempre procura atualizar

o médico com relação aos temas maisatuais, e aqui em Petrópolis, especial-mente, o interesse dos médicos pelo cur-so superou as expectativas”, ressaltou.

A programação incluiu três pales-tras que abordaram temas como emer-gências pediátricas, manejo de casosde dengue e desenvolvimento cogni-tivo na infância e na adolescência, alémde um debate com a plateia.

As palestras foram ministradaspor Jesuino Filho, Márcia Sampaioe Heloísa Pereira.

CardiopediatriaA cardiologia sob o enfoque pe-

diátrico foi o tema da jornada reali-zada pelo CREMERJ e pela Socieda-de de Pediatria do Estado do Rio deJaneiro (Soperj), no dia 7 de outu-bro. O Conselheiro Carlindo Macha-do e a Presidente do Comitê de Car-diologia da Soperj, Anna Esther Ara-ujo, abriram o evento.

- A prevenção das doenças cardi-ovasculares pelos pediatras é muitoimportante. Patologias como as dis-lipidemias e a hipertensão arterial,que normalmente se manifestam naidade adulta, muitas vezes começama se instalar nos primeiros anos devida – observou Carlindo Machado.

A programação incluiu palestrasdos especialistas Maria de FátimaLeite, Marilacc Roiseman, Áurea deSouza, Anna Esther Araujo, AlanEduardo da Silva, Márcia de Carva-lho, Marta Rodrigues, ChristianneDiniz e Eliane Lucas, coordenadaspor Monica Celente, Lílian Stewart,Eliane Lucas e Gesmar Volga.

O evento contou ainda com asconferências “Enfoque ético –Novo Código de Ética Médica” e“Avanços no tratamento das car-diopatias congênitas”, proferidas,respectivamente, pelo ConselheiroSidnei Ferreira e pelo pediatraFrancisco Chamié.

As palestras dos cursos de Educação Médica Continuada do CREMERJ estãodisponíveis para download no site www.cremerj.org.br

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SAÚDE PÚBLICA • Conselho solicita chamada de médicos à Presidenta e aos ministérios do Planejamento e da Saúde

Márcia Rosa e Conselheiros em reunião com Jorge Roberto da Silveira

Conselho se reúne com prefeito de NiteróiA presidente do CREMERJ, Már-

cia Rosa de Araujo, reuniu-se, nodia 11 de outubro, com o Prefeitode Niterói, Jorge Roberto Silveira,para propor uma ação conjunta naresolução dos problemas operacio-nais do Hospital Orêncio de Freitas.Foram discutidas possíveis soluçõescomo o retorno da unidade, que foimunicipalizada, à administração fe-deral e um consórcio ou uma cola-boração financeira das cidades cujapopulação utiliza os serviços.

- O Orêncio de Freitas é respon-sável por uma grande quantidade decirurgias de alta complexidade e pelaformação de especialistas em video-laparoscopia. Se ele fechar, acaba aresidência médica em Niterói. Unin-do e mobilizando classe médica e go-vernantes, a possibilidade de solu-ção desses problemas aumenta - disseMárcia Rosa, que demonstrou preo-cupação com o iminente crescimen-to populacional da região com as ati-vidades do Complexo Petroquímicodo Rio de Janeiro (Comperj).

Acompanharam-na os também

Conselheiros Pablo Vazquez e Gui-lherme Eurico Cunha; o Diretor doHospital Orêncio de Freitas e Coor-denador da Seccional do CREMERJem São Gonçalo, Amaro AlexandreNeto; médicos renomados da região,como Edgard Costa e Aloisio Dec-nop; o Presidente da Comissão deSaúde da Câmara Municipal de Ni-terói, vereador João Gustavo; e osdeputados estaduais Felipe Peixotoe Comte Bittencourt - que interme-diou o agendamento do encontro apedido de Pedro Angelo Bittencourt,um dos diretores da Unimed LesteFluminense, também presente.

Comte se comprometeu a pedir àPresidência da Assembleia Legislativado Rio de Janeiro (Alerj) e ao Presi-dente da Comissão de Saúde da as-sembleia, Bruno Correia, a realizaçãode uma audiência pública para discu-tir especificamente a crise da unidade.

O CREMERJ vai elaborar uma pro-posta escrita, com a assinatura de lide-ranças das principais entidades médi-cas, com foco em argumentos pela des-municipalização do Orêncio de Freitas.

CREMERJ impetra ação para convocar concursadosCREMERJ impetrou ação ci-vil pública, no dia 26 de ou-tubro, com pedido de limi-nar, na Justiça federal, soli-

citando a contratação dos médicosaprovados no concurso realizado peloMinistério da Saúde, em 2010, para oshospitais federais no Rio de Janeiro.

Na ação, o Conselho afirma que“a necessidade de recursos humanosna rede federal de saúde é premente,e como é de conhecimento geral, onúmero de médicos lotados nos hos-pitais federais é insuficiente para aten-der à grande demanda de pacientes”.

Ademais, acrescenta a ação que“diversos servidores públicos estão emvias de se aposentar, tendo sido de-terminado o sobrestamento dos pro-cessos de aposentadoria pelo respon-

sável no Nerj (Núcleo Estadual doMinistério da Saúde no Estado do Riode Janeiro), uma vez que, caso se-jam deferidos os pedidos de aposen-tadoria, a rede hospitalar federal en-trará em verdadeiro colapso, em ra-zão da falta de profissionais parasubstituir os aposentados”.

Como o decreto nº 5.392/2005,que declara o estado de calamidadepública na rede de saúde pública doRio de Janeiro, permanece em vigor,as contratações temporárias de pes-soal são permitidas. “Na prática, o quevemos é a terceirização dos serviçosde saúde, cada dia mais frequentes, ea constante diminuição do ofereci-mento de cargos públicos”, salienta oCREMERJ em sua ação.

No dia 26 de setembro, o CRE-

MERJ enviou carta à presidente daRepública, Dilma Rousseff; à Minis-tra do Planejamento, Miriam Belchi-or; e ao Ministro da Saúde (MS), Ale-xandre Padilha; expondo a situaçãoem que se encontra a saúde no Riode Janeiro. No documento, assinadopela Presidente do CREMERJ, MárciaRosa de Araujo, constam informaçõesdo Núcleo Estadual do MS (Nerj),como a falta de mais de 560 médicosnos seis hospitais federais.

“Trata-se de uma crise anunciadajá que, de acordo com informações dopróprio Ministério da Saúde, cerca de50% dos médicos com vínculo federalno Rio de Janeiro já estavam aptos aaposentadoria desde o início de 2010.Soma-se a isso o fim das contrataçõestemporárias, realizadas para cobrir

eventuais desfalques nas equipes, queforam questionadas pelo Tribunal deContas da União”, expõe a carta.

Em reuniões promovidas pelo Con-selho, o próprio Diretor de GestãoHospitalar do MS no Estado, JoãoMarcelo Ramalho, admitiu que a faltade recursos humanos nas unidades égrave e afirmou que o Ministério daSaúde está empenhado em resolver oproblema, mas esbarra no do Planeja-mento, que reluta em permitir a reali-zação de concursos e mesmo a con-tratação de médicos já concursados.

“Sabendo que o processo seleti-vo foi realizado dentro da legalida-de, é imprescindível que este impassechegue ao fim para que seja resta-belecido o atendimento a popula-ção”, frisa o documento.

Alexander Fleming: faltam obstetras e pediatras

Conselheiros Erika Reis e Armindo Fernando da Costa em reunião com médicos do hospital

Integrantes da Comissão de Saúde Pú-blica do CREMERJ, os ConselheirosArmindo Fernando da Costa e ErikaReis estiveram na Hospital Materni-dade Alexander Fleming, em Mare-chal Hermes, no dia 4 de outubro. Elesconstataram o cenário crítico de faltade recursos humanos em que se en-contra a unidade: plantões cobertospor de três a quatro obstetras, masàs vezes com apenas dois, quando oideal seria seis. Contudo, a porta daemergência continua aberta.

Municipalizado em 1995, o hospi-tal conta, atualmente, com o seguintequadro de médicos: 15 federais, 20 es-tatutários municipais, nove contrata-dos da Fiotec e um em dupla jornada.

- A rotatividade entre os médi-cos da Fiotec é alta e os colegas fe-derais estão se aposentando. Temosdois clínicos lotados na unidadequando precisaríamos de, no míni-mo, sete. Em razão dessa carênciade recursos humanos, não podemosabrir novas vagas para pré-natal -

explicou o Diretor Geral da mater-nidade, Renato Maciel.

Em janeiro, foram realizados2.400 atendimentos, já em agosto,foram 1.600. De acordo com os mé-dicos, a própria população percebeua dificuldade para o atendimento eestá procurando outros hospitais.

Apesar de ser referência para ges-tantes com hipertensão e para a Casade Parto David Capistrano Filho, a uni-dade não tem CTI para adultos, apenasneonatal, nem clínicos plantonistas.Também há necessidade de pediatras.

- É urgente a reposição de mé-dicos na Alexander Fleming, porqueos que trabalham na maternidadeestão sendo expostos. Se há somentedois obstetras e a porta de entradacontinua aberta, os colegas estãovivendo cotidianamente escolhas deSofia - disse a Conselheira Erika Reis.

O CREMERJ solicitou explicações eprovidências à Secretaria Municipal deSaúde e também enviou ofício relatan-do a situação ao Ministério Público.

O

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JORNAL DO CREMERJOutubro de 2011 11

Saracuruna: demanda sobrecarrega emergência

Os Conselheiros Vera Fonse-ca, Erika Reis, NelsonNahon e Sidnei Ferreira vi-sitaram, no dia 3 de outu-

bro, o Hospital Estadual Adão Perei-ra Nunes, em Saracuruna. O Conse-lho decidiu refazer a trajetória feitapor Gabriel Santos Sales, que, em suabusca por atendimento, passou pe-los hospitais estaduais Adão PereiraNunes, Getúlio Vargas e Carlos Cha-gas e municipais Souza Aguiar e Sal-gado Filho, onde foi internado e fa-leceu dez dias depois.

De acordo com o Diretor do hos-pital, Manoel Moreira Filho, a uni-dade, que atende casos de média ealta complexidade, teve um aumen-to de 20% na demanda da emer-gência nos últimos três meses emrazão do fechamento de unidadesnos municípios próximos.

- Como há falta de serviços de neu-rocirurgia em diversos hospitais, a nos-sa unidade acaba absorvendo grandecontingente, que vem de diversos mu-nicípios – lembrou Moreira Filho.

Somente em 2010, o hospital re-alizou 6.300 cirurgias, sendo 744neurocirurgias. Nos plantões, tem dedois a quatro neurocirurgiões e trêsanestesistas, mas precisaria de qua-tro neurocirurgiões e seis anestesis-tas fixos por plantão de emergência.O hospital tem apenas um tomógra-fo que realiza 2.500 exames por mês.

- Diante do perfil e do númerode atendimentos a pacientes poli-traumatizados, e levando-se em con-

Conselheiros em visita ao Hospital Adão Pereira Nunes acompanhados de diretores da unidade

sideração a área que a unidadeabrange – toda a baixada fluminen-se e até municípios do interior doEstado – há, de fato, necessidade ur-gente de se instalar um segundo to-mógrafo - frisou Erika Reis.

Os Conselheiros também puderamverificar que a emergência está lotada,funcionando com o triplo da capaci-dade de leitos: a unidade conta, ofici-almente, com 28 leitos, mas no dia davisita havia 58 pacientes internados.

- Temos recebido também paci-entes com perfil diferente do da uni-dade. Ou seja, ficamos com leitosocupados por pacientes com patolo-gias crônicas e que necessitam de tra-tamentos paliativos, já que não te-mos leitos de retaguarda para trans-ferência - acrescentou Moreira.

Além disso, o hospital tem 12 lei-tos de UTI e seis de unidade inter-mediária, mas tem apenas seis médi-cos plantonistas, que também sãoresponsáveis pela sala de parto. Nosfins de semana, somente três neona-tologistas atuam no plantão.

Apesar das dificuldades, muitoscasos de atendimentos bem sucedi-dos, como implante de membros,além de outras cirurgias de extremacomplexidade que o hospital realiza,foram apresentados aos Conselheiros.

- É indiscutível que o HospitalAdão Pereira Nunes está sobrecar-regado. Esperamos que as autori-dades reconheçam o problema eajam diante desse cenário – salien-tou Vera Fonseca.

Os médicos do Hospital Federal Car-doso Fontes fizeram no dia 24 deoutubro, uma paralisação em protestopela falta de recursos humanos, princi-palmente anestesistas, o que forçou asuspensão de cirurgias e de serviços,como a emergência pediátrica, os am-bulatórios de algumas especialidades pe-diátricas e a enfermaria de cardiologia.

Do lado de fora da unidade, os mé-dicos e demais profissionais de saúde pro-moveram um ato com cartazes e carrosde som, evidenciando sua insatisfaçãocom a falta de investimentos em pessoalpor parte do Governo Federal.O Conselheiro Nelson Nahon esteve pre-sente, manifestando o apoio do CRE-MERJ às reivindicações do corpo clínico.

- Esta é uma tragédia anunciada.Há mais de um ano, o hospital passapor esse processo de esvaziamento,

que compromete o andamento de to-dos os serviços. Além de médicos, fal-tam também enfermeiros e técnicos.

O Diretor de Gestão Hospitalar doMinistério da Saúde no Estado do Riode Janeiro, João Marcelo Ramalho,reconhece o déficit de cerca de cemmédicos na unidade, mas diz que háresistência no Ministério do Planeja-mento para liberação desses profissi-onais - afirmou Nahon.

O hospital é responsável por apro-ximadamente 10 mil atendimentos aomês e possui pouco mais de mil fun-cionários - o que para o Presidente doCorpo Clínico, Fernando Gjorup, nãoé suficiente. Ele conta que, por faltade médicos - a unidade tem 10 anes-tesistas, quando deveria ter 50, porexemplo - alguns serviços estão sen-do desativados.

Cardoso Fontes: paralisação de 24 horas

Conselheiro Nelson Nahon (de blusa amarela) com Paulo Fernandes em reunião na unidade

Os Conselheiros Pablo Vazquez eMatilde Antunes visitaram o HospitalEstadual Getúlio Vargas (HGV), no dia20 de outubro, um dos hospitais peloqual passou Gabriel Santos Sales.

Segundo Paulo Paiva, Diretor Téc-nico da unidade, Gabriel nem chegoua sair da ambulância.

- Às segundas-feiras de manhã e àtarde não há neurocirurgião no HGV.Como o paciente chegou por volta das17h de uma segunda-feira, ele nãopôde ser atendido – contou Paiva.

O Conselheiro Pablo Vazquez es-clareceu aos médicos que o CREMERJnão faz as visitas de fiscalização parapuni-los, mas para compreender asreais mazelas das unidades e, assim,

SAÚDE PÚBLICA • CREMERJ visita hospitais envolvidos no atendimento de Gabriel Santos Sales

Getúlio Vargas: faltam neurologistaspoder denunciar os problemas ao Mi-nistério Público.

- O Rio de Janeiro não vai só sediarjogos esportivos e outros eventos in-ternacionais. É preciso que as autori-dades acordem para as necessidades ur-gentes dos hospitais e isso inclui osubfinanciamento do SUS e o péssimosalário que o médico vem recebendo.O déficit de especialidades, como a neu-rocirurgia, não é só do Getúlio Vargas,mas também do Lourenço Jorge, doCardoso Fontes e de tantos outros.Como um médico que estuda quase 11anos da sua vida pode sobreviver como salário que o serviço público está ofe-recendo? Não há motivação para a for-mação - ressaltou o Conselheiro.

Conselheiros Pablo Vazquez e Matilde Antunes em reunião com o Diretor Técnico e médicos do HGV

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JORNAL DO CREMERJ Outubro de 201112

articipando do movimento nacional dosmédicos em defesa do SUS, o CREMERJpromoveu, no dia 25 de outubro, umamanifestação em frente à Assembleia Le-

gislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), noCentro, para protestar contra a falta de recursoshumanos, as más condições de trabalho e os bai-xos salários nos hospitais da rede pública de saú-de, e a defasafem da Tabela SUS paga aos hospi-tais conveniados. Participaram do ato público osPresidentes do CREMERJ, Márcia Rosa de Araujo;da Sociedade Médica do Estado do Rio de Janeiro(Somerj), José Ramon Blanco; e da Sociedade deMedicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, Marília deAbreu; o Vice-Presidente do CFM, Aloísio Tibiriçá;Conselheiros do CREMERJ; representantes de vá-rias sociedades de especialidade e muitos médi-cos, além do Presidente da Comissão de Saúde daAlerj, deputado Bruno Correia, e da deputada es-tadual Enfermeira Rejane.

- Este momento representa a indignação dosmédicos com o que vem acontecendo nas unida-des de saúde. O Brasil tem uma melhoria expressi-va na área econômica, mas isso não tem se refleti-do na saúde, que continua com um subfinancia-mento de 3,7% do PIB. Há médicos ganhando nocontracheque o salário aviltante de R$ 358,00.Estamos cobrando a justa valorização do médico,um profissional cuja responsabilidade é a saúdeda população - ressaltou a Márcia Rosa.

Aloísio Tibiriçá, também Coordenador da Comis-são Nacional Pró-SUS e Conselheiro do CREMERJ,falou sobre as paralisações em vários Estados do país.

- A mobilização atingiu plenamente seus obje-tivos em todo o país. Os problemas dos médicos eda Saúde Pública foram amplamente divulgadospela mídia e tiveram grande repercussão entre oscolegas e suas entidades representativas. Essamanifestação não é apenas dos médicos. Ela re-presenta o sentimento da população na busca deuma assistência de qualidade a que todo cidadãotem direito - observou.

Logo após o ato, os médicos se reuniram emaudiência pública com os deputados Bruno Cor-reia, Enfermeira Rejane, Janira Rocha e Paulo Ra-mos para debater a pauta de reivindicações dosmédicos: mais recursos para a saúde pública, emtodos os níveis de governo; convocação imediatade todos os aprovados nos concursos públicos den-tro da validade; concurso público com o saláriopreconizado pela Fenam (R$ 9.188,22); mais va-gas para a residência médica; implantação do pla-no de cargos, carreira e vencimentos (PCCV) paraos médicos no SUS, principalmente na Estratégiade Saúde da Família (ESF); aumento da tabela SUScom implementação da CBHPM; e melhoria dascondições de trabalho nos hospitais, postos de saú-de, maternidades e na ESF.

SAÚDE PÚBLICA • Médicos reivindicam mais recursos para a saúde pública, concurso público com piso salarial de R$ 9.188,22,

CREMERJ promove manifestação em fren

Conselheiros do CREMERJ, médicos, profissionais de saúde e representantes de entidades médicas na escadaria da Assembleia Legislat

Médicos, Conselheiros do CREMERJe do CFM estão unidos na defesa

de suas reivindicações

Rafaella Leal, Presidente da Amererj Conselheiros e demais médicos presentes à manifestação foram recebidos para uma audiência

P

Márcia Rosa de Araujo entrega documento c

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JORNAL DO CREMERJOutubro de 2011 13

,22, convocação de concursados, implantação do plano de cargos, carreira e vencimentos e melhoria das condições de trabalho

ente à Assembleia Legislativa do Estado

gislativa do Estado do Rio de Janeiro

iência pública pelo deputado Bruno Correia logo após a manifestação

ento com as reivindicações ao deputado Bruno Correia

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JORNAL DO CREMERJ Outubro de 201114

EVENTO • CREMERJ homenageia médicos do Rio de Janeiro com 50 ou mais anos dedicados à medicina

Um tributo aos heróis da turma de 1960medicina é mais do queuma profissão. E seu exer-cício é um dom que im-plica um árduo caminho

a ser percorrido. Poder comemorar50 ou mais anos de atuação é ummarco para poucos herois da áreada saúde e um orgulho para a co-munidade científica.

O CREMERJ, que tem comouma de suas principais bandeirasa valorização do médico, não po-deria deixar de celebrar tal feito.No dia 27 de outubro, o Conse-lho prestou uma homenagem es-pecial à turma formada em 1960pela Faculdade de Medicina daentão Universidade do Brasil, hojeUniversidade Federal do Rio deJaneiro.

Ao agradecer a presença dosmais de 50 homenageados presen-tes à solenidade, a Presidente doCREMERJ, Márcia Rosa de Arau-jo agradeceu seu empenho e de-dicação à medicina.

- Essa homenagem é muitojusta. Vocês foram formadores devár ias gerações de médicos econstituem um exemplo para osnovos profissionais. É nossa obri-gação salvaguadar a honra damedicina, salvaguardar cada tijo-linho que vocês representam noalicerce da mais bela profissão, ade salvar vidas - ressaltou.

Ela lamentou que aqueles quetrabalham no dia a dia dos hospi-tais, que lutam pela população e segratificam com a medicina geral-mente são esquecidos.

- Como dizia Julio Sanderson, re-nomado cirurgião já falecido, a mor-te é notícia, mas a salvação da vidanão tem valor algum. Um possívelerro, mesmo ainda não julgado econfirmado, é logo noticiado pelamídia. Somos lançados aos leõescomo os gladiadores – observou.

Márcia Rosa destacou ainda quea campanha do Conselho “Quantovale o médico?” teve uma respostapositiva da população: “O médicovale muito!”

- E vocês valem muito mais. Essaturma de 1960 é uma prova, paratodos os nossos colegas, que a me-dicina existe e é valorizada como ofundamento de uma sociedade dig-na e democrática – acrescentou.

Acima, o auditório lotado com os“herois de curar”, parentes e amigos.

Ao lado, no coquetel, as médicashomenageadas receberam flores do

CREMERJ. Abaixo, Terezinha Sanfimcom os Conselheiros Sérgio Albieri,

Serafim Borges, Sidnei Ferreira,Calrindo Machado, Márcia Rosa,

Armindo Fernando da Costa e LuísFernando Moraes

A

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JORNAL DO CREMERJOutubro de 2011 15

“Essa homenagem significa a valo-rização e o reconhecimento do pas-sado de uma turma que lutou muitoe assistiu todas as mudanças pelasquais passou a assistência médica,desde a medicina liberal até a pre-videnciária e agora a do SUS, alémda iniciativa privada.”

João Hélio da Silveira Rocha

“Sinto-me muito honrada com esta ho-menagem do nosso CREMERJ. Ela émuito carinhosa. A metade da nossaturma já não está mais aqui conosco.Então, nós, que estamos aqui, temos quecontinuar trabalhando pela vida, demaneira a agradecer o tanto que a vidafez por nós.”

Therezinha Sanfim Cardoso

“A homenagem que o CREMERJ nospresta é muito expressiva. Essa turma,por acaso, tem muitos nomes impor-tantes na medicina, na academia e navida universitária.”

Raphael Salek Filho

“Receber essa homenagem ao completar-mos 50 anos significa que o CREMERJmantém viva a chama da medicina. Nós,que somos os representantes da medicina,só temos que agradecer esta homenagem.”Antonio Joaquim Monteiro da Silva

“Estou adorando essa homenagem doCREMERJ. Além de nos proporcionarencontrar os colegas, estamos regis-trando os nossos 50 anos de formados.Desde acadêmico e depois como médi-co, trabalhei no Souza Aguiar. Tudo queaprendi e vivenciei na medicina foi noSouza Aguiar. Trabalhei lá durante 40anos, aposentei-me, mas voltei e lá es-tou há cinco anos. Trabalhei e trabalhomuito, mas não reclamo. É como mesinto útil, podendo ajudar aqueles queprecisam do que eu tenho de melhor: omeu conhecimento médico.”

Renato Messias da Rocha Passos

Affonso Dutra de RezendeAlfred LemleAlfredo Pedro Lebel JimenezAntonio Joaquim Monteiro da SilvaBernardo Tulio CytrynbaumCelina Frid PatricioClarimundo Dionysio de SouzaDawid KrakowskiElcy Silva HercosErnesto Lopes PasseriFabio Cupertino MorinigoFabio Pessanha HenriquesFernando Monasterio ViruezFoze RazukGeraldo Broxado Dias CalmeiroGilberto do Nascimento GilHelier Damiano CollaresHelio Ferrari do Patrocinio NunesHugo CopelloIbraim Antonio HannasIsaltino do Espirito Santo FerreiraJacy Conti AlvarengaJoao Helio da Silveira RochaJoão Hercos FilhoJorge Joao Miguel Amim

Joséli TânusKiyoci ArakakiLeunam Lisboa BastosLeyla Maria Simoes VinhasLuiz Cesar PovoaLuiz Fernando Rocha Ferreira da SilvaLuiz Roberto da Silva LacazMarcelo Barbosa GonzagaMaria da Conceicao BaessoMaria da Penha Nunes SchuelerMilton Ary MeierPaulo Henrique FerreiraRaphael Salek FilhoRenato Helio Messias R. PassosRenato Pereira Braga FilhoSergio de Aguiar MoncorvoSergio FelixSergio Muniz de BritoSilvio VieiraSylas Barbosa AlvesTherezinha Sanfim CardosoUlysses do Valle BrittoVanor Justiniano AlvesYolanda Impelliziere Luna de Mello

Os homenageados

“Essa homenagem é muito justa.Vocês foram formadores de várias

gerações de médicos e constituem umexemplo para os novos profissionais”

Márcia Rosa de Araujo, Presidente do CREMERJ

“Achei muito interessante essa homena-gem, que proporcionou um grande en-contro entre os velhos amigos. Vim parao Rio estudar medicina com a intençãode voltar para Campos, mas, como a mi-nha turma foi toda aproveitada pela Pre-feitura do Rio, acabei ficando por aqui enão me arrependo dessa escolha”.

Fábio Pessanha Henriques

“Fiquei muito orgulhoso com essa ho-menagem. Estou vendo aqui colegas, quenem estou reconhecendo direito. Acheimaravilhosa essa ideia do CREMERJ dejuntar a turma de 60 da Praia Vermelha.Não atuo mais, porque temos que sabera hora de parar, mas acompanho duasfilhas que são médicas.”

Renato Pereira Braga Filho

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JORNAL DO CREMERJ Outubro de 201116

CREMERJ orienta novos médicosF

ormandos das faculda-des de medicina deVassouras, Valença eSouza Marques entre-

garam, no mês de outubro, adocumentação necessária àagilização do registro de mé-dico e à obtenção do númerodo CRM, indispensáveis ao in-gresso no mercado de traba-lho ou à inscrição em concur-so de residência médica.

Na ocasião, eles assistirama uma palestra do Conselhei-ro Luís Fernando Moraes, queapresentaou as ações do Con-selho e os serviços que a enti-dade presta à categoria, alémde dar orientações importan-tes sobre a atuação médicanesse início da vida profissio-nal. Também participaram dasreuniões os Conselheiros Sid-nei Ferreira e Sérgio Albieri.

RECÉM-FORMADOS • Formandos entregam a documentação necessária à agilização do registro profissional

“Foi muito bom saberque o CREMERJ está donosso lado para agilizar oCRM e facilitar o nossoingresso no mercado detrabalho seja no Rio ou sequisermos pedir transfe-rência para outro Estado.As orientações dos Conse-lheiros foram excelentes.”

Diego José da Cruz, 27 anos, formando da Fa-culdade de Medicina de Vassouras, candidato à re-sidência em ortopedia

“As orientações práti-cas dadas pelos Conselhei-ros sobre como devemosproceder no início da nos-sa vida profissional forammuito úteis. Gostei muitotambém de saber que oCREMERJ dá apoio não sóaos jovens médicos, mastambém aos acadêmicos.”

Cinthia Ferreira da Silva, 25 anos, formanda daFaculdade de Medicina de Vassouras

“A palestra do CRE-MERJ foi ótima. O fato deos Conselheiros virem aValença para nos orientarmostra que a nossa enti-dade quer ajudar os novosmédicos. Tirei muitas dú-vidas, inclusive sobre atransferência para São

Paulo, onde quero trabalhar.”Stella Lima Neher, 24 anos, formanda da Facul-

dade de Medicina de Valença, candidata à residên-cia em anestesiologia

“Achei a palestra mui-to boa para nos tranquili-zar nessa fase de início decarreira. Vimos que o CRE-MERJ está sempre dispos-to a defender os médicos.Eu, com certeza, estareijunto brigando pelos nos-sos direitos e por melhorescondições de trabalho.”

Renato Gonçalves Pereira, 24 anos, formandoda Faculdade de Medicina de Valença, candidato àresidência em cardiologia

“A palestra foi bastan-te informativa. Nessa épo-ca de término do curso einício de carreira, ficamosum pouco perdidos quan-to à atividade profissional.Tirei minhas dúvidas so-bre como obter o registrode médico e mesmo quan-to ao serviço militar.”

Lucas Ferreira Cardoso, 23 anos, formando daFaculdade de Medicina Souza Marques, candidatoà residência em anestesiologia

“Estou muito emoci-onada. Esse momento eramuito esperado. Ele sig-nifica a concretização deum sonho que tenho des-de criança. A palestra foimuito esclarecedoraquanto a essa nova eta-pa em que começo a mi-nha vida como médico”

Márcia Cristina Sampaio, 26 anos, formanda daFaculdade de Medicina Souza Marques, candidataà residência em oncologia

Acima, os formandos daFaculdade de Medicina Souza

Marques, à direita, de Valença eabaixo, de Vassouras

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JORNAL DO CREMERJOutubro de 2011 17

A solenidade deabertura contou

com a presença deIvo Pitanguy, da

Presidente doCREMERJ, Márcia

Rosa de Araujo, e doPresidente da AExPI,Liacyr Ribeiro (foto

à direita)

Entidade de ex-alunos de Pitanguy celebra 50 anos

OXVIII Encontro da Associa-ção dos Ex-Alunos do Pro-fessor Ivo Pitanguy (AExPI),realizado de 20 a 22 de ou-

tubro, comemorou o cinquentenário defundação da entidade, presidida atu-almente pelo professor Liacyr Ribeiro.O evento contou com mais de 60 pa-lestrantes, entre convidados de váriosestados brasileiros e de diversos paísessulamericanos.

Durante a abertura, foram homena-geados Ivo Pitanguy e os especialistasLiacyr Ribeiro, Luiz Rogério Pires deMelo, Ewaldo Bolivar Pinto, Odir G. Al-deia, Carlos Caldas, Dácio Jaeger, RamilSinder, Tarcisio Rivelo (in memoriam),Pierre Marcel Lion e Antônio Sérgio Gui-marães, pela participação ao atendimen-to das vítimas do incêndio do circo emNiterói, que ocorreu há 50 anos.

O Encontro incluiu um fórum so-bre “Segurança em Cirurgia Plástica”,abordando “Termos de Informações eConsentimento - Efeito Real na Segu-rança do Paciente e do Cirurgião”. Aprimeira parte do Fórum abordou as-pectos éticos, com palestras de JoséTariki (Presidente da Federación IberoLatinoamericana de Cirugía Plástica YReconstructiva), Carlos Komatsu eAffonso Accorsi, Presidentes das regi-onais da Sociedade Brasileira de Cirur-gia Plástica, respectivamente de SãoPaulo e do Rio de Janeiro. Já a segun-da parte, da qual participou a Presi-dente do CREMERJ, Márcia Rosa deAraujo, focou nos aspectos jurídicos elegais da medicina e contou ainda coma participação de Limarky Kamaroff(advogado do Instituto Ivo Pitanguy)e Jorge Gortarez (México).

Em sua palestra, Márcia Rosa en-fatizou a preocupação e a oposiçãodo Conselho quanto ao excesso deregulamentações e protocolos, comoprevê a Norma Informativa e Com-partilhada em Cirurgia Plástica, mos-trada em slides, que burocratiza ain-da mais o exercício da especialidade.

Aproveitando ainda a ênfase dada poralguns dos conferencistas sobre um dosprocedimentos mais utilizados na espe-cialidade, a lipoaspiração (realizada irre-gularmente em muitas situações), Már-cia Rosa comentou que o Artigo 1º daResolução 1.711/2003 do CFM, que exigea presença de um anestesista e limita ovolume a ser aspirado, e a Resolução 180/2006 do CREMERJ, que classifica o lo-cal onde devem ser feitos este e outrostipos de cirurgia, podem servir como itensde segurança aos cirurgiões plásticosquando do cumprimento correto do queestá previsto e determinado.

EVENTO • Associação promove XVIII Encontro com mais de sessenta palestrantes brasileiros e sulamericanos

HOMENAGEADOS

Ivo Pitanguy, Liacyr Ribeiro, EwaldoBolivar Pinto, Odir G. Aldeia (in

memoriam), Carlos Caldas, Dácio Jaeger,Ramil Sinder, Tarcísio Rivelo, Pierre

Marcel Lion (in memoriam), AntônioSérgio Guimarães e Maria Pérola Sodré

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JORNAL DO CREMERJ Outubro de 201118

O Baile do Médico, promovido pelo CREMERJ,na noite de 17 de outubro, no Citibank Hall,incorporou um clima de botequim à festa e ofe-receu uma proposta descontraída aos médicos,com os bares “Espetoscópio” e “Estetoscopo”.

A animação desse ano ficou por conta docantor Zeca Pagodinho, que fez um show demais de uma hora, incendiando a plateia demais de 5 mil pessoas, entre médicos e acom-panhantes, que sambaram e cantaram ao somdos sucessos do cantor.

Distribuídos no hall de entrada de elegantedecoração, diversos cartazes da campanha “QuantoVale o Médico?” e “O Médico Vale Muito” cha-mavam a atenção do público para uma das maisimportantes bandeiras da gestão da Causa Médi-ca no Conselho: a da valorização da categoria.

O evento contou com o patrocínioda Unimed Rio, da Qualicorp, da TIM Brasil eda Unicred.

Zeca Pagodinhoanima o Baile do MédicoZeca Pagodinhoanima o Baile do MédicoZeca Pagodinhoanima o Baile do MédicoZeca Pagodinhoanima o Baile do MédicoZeca Pagodinhoanima o Baile do Médico

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JORNAL DO CREMERJOutubro de 2011 19

Robson Medeiros e Taciana Sabaini,

residente em pediatria

Ana Paula Sodré, residente em

pediatria, e Rafael Coelho, ortopedista

Raquel Santos, geriatra,

e Rodrigo Fernandes

Lydia Kalil, pediatra e

Cristiano Campos

Lídia Sabaneeff, otorrinolaringologista,

e Jorge Sabaneeff, urologista

Raquel Noschang, dermatologista,

e Leila Maas, geriatra

Carolina Benevides e Mariana Rosa,

residentes em anestesiologia

Germana Torres e

Maria Stella Abreu, médicas clínicas

Fernanda Vila Nova,

ginecologista e obstetra

Lívia Veloso, geriatra; André Cataldo, neurologista, e

Paula Felske, ginecologista

Maria Aparecida Ribeiro Leite, pediatraAmanda Laudier, endocrinologista Juliana La Poente, médica clínica

Lilian Alves Moreira e Aline Alves,

médicas clínicas

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JORNAL DO CREMERJ Outubro de 201120

EVENTO • Cooperativa comemora Dia do Médico reunindo, em sua 15ª edição, mais de 4 mil pessoas

Festa também celebra 40 anos da Unimed-Rio

Em comemoração ao Dia doMédico (18 de outubro), aUnimed-Rio realizou no dia11 de outubro a tradicional

Festa do Médico, que em sua 15ª edi-ção reuniu mais de 4 mil pessoas paratambém celebrar os 40 anos de exis-tência da cooperativa.

O Presidente da Unimed-Rio,Celso Barros, resumiu a trajetóriada cooperativa em uma palavra:compartilhamento.

- Se não houvesse compartilha-mento entre os 27 médicos que so-nharam em oferecer melhores con-dições para a prática da medicina,nossa história seria diferente. Hoje,estamos entre as 200 maiores em-presas do país e em primeiro lugarem faturamento entre as 372 coo-perativas do Sistema Unimed. Porisso, gostaria de agradecer aos co-operados que há 40 anos assumi-ram o compromisso pelo respeitoà vida e à saúde - disse emociona-do o Médico do Ano, eleito pelaSociedade de Medicina e Cirurgiado Rio de Janeiro.

A grande atração da noite fi-cou por conta do grupo Mulheresdo Brasil, formado pelas cantorasElba Ramalho, Beth Carvalho, Mar-gareth Menezes, Zélia Duncan,Paula Lima e Isis Gordon. Com so-los e duetos, cada uma das estre-las da noite deu suas roupagens a

canções compostas por Chico Bu-arque de Holanda que representamo universo feminino. A música“Chão de Esmeraldas”, que narraa paixão do compositor pela Esta-ção Primeira de Mangueira, encer-rou o show do grupo, ao lado dabateria da escola de samba.

Médicosprestigiaram oBaile promovidopela Unimed-Rioem comemoraçãoao Dia do Médico.Celso CorrêaBarros, Presidenteda cooperativa(foto abaixo),agradeceu aoscooperados pelosucesso alcançado

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JORNAL DO CREMERJOutubro de 2011 21

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SGORJ inicia comemoraçãode seu cinquentenário

A

Etelvino Trindade,,Anna Lydia doAmaral, VeraFonseca e oacadêmico CarlosAntônioMontenegro

Sgorj deu início às come-morações de seu cinquen-tenário (que irão até outu-

bro de 2012), durante a Sessão Ordi-nária de 20 de outubro da AcademiaNacional de Medicina, com a progra-mação “Ginecologia e Obstetrícia noRio de Janeiro - 50 anos da Sgorj”.

Sob a coordenação da acadêmicaAnna Lydia do Amaral, ex-Presidenteda Sgorj, a atual Presidente, Vera Fon-seca, ministrou a conferência “O pa-pel da Sgorj através dos anos”. Aindaproferiram palestras o Presidente daFederação Brasileira de Ginecologia eObstetrícia (Febrasgo), Etelvino Trin-dade, sobre “O que mudou na práti-ca e no ensino da ginecologia”; e oacadêmico Carlos Antônio Montene-gro, sobre “O que mudou na práticae no ensino da obstetrícia”.

Vera Fonseca remontou o nasci-mento da entidade em 29 de dezem-bro de 1961, resultante da fusão daSociedade de Obstetrícia e Ginecolo-gia do Brasil, criada por FernandoMagalhães em 1921, com a Socieda-de Brasileira de Ginecologia, fundadapor Arnaldo de Moraes em 1936.

- Em 1975, a Sociedade de Gi-necologia e Obstetrícia da Guana-bara e a Sociedade Fluminense deGinecologia e Obstetrícia se uni-ram e deram origem à atual Sgorj.Hoje somos a segunda maior fe-derada em associados e uma dasmais antigas do Brasil. Queremosatingir a meta de 2 mil membros,não por vaidade, e sim por com-promisso, mas nosso objetivo maioré melhorar a qualidade da saúdeda mulher – afirmou.

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JORNAL DO CREMERJ Outubro de 201122

EVENTO • Em seu discurso, novo Presidente ressalta sua eleição como uma vitória da Causa Médica

Conselheiro José Ramon toma posse na Somerj

OConselheiro do CREMERJ JoséRamon Blanco assumiu, no dia1º de outubro, a Presidênciada Associação Médica do Es-

tado do Rio de Janeiro (Somerj), para otriênio 2011-2014, em substituição aoConselheiro Carlindo Machado. Ao serempossado, Ramon ressaltou que suaeleição não era apenas uma vitória sua,mas do movimento Causa Médica, doqual faz parte desde a sua criação.

- Esse movimento, que nasceu ecresceu no Rio de Janeiro, depois deultrapassar 21 anos de existência, viveseu momento de maturidade, acumu-lando sucessivas vitórias e o reconhe-cimento da categoria médica do nossoEstado – frisou, destacando seu orgu-lho em participar “desse grupo vence-dor e construtor de tempos modernos”.

Em seu discurso, Ramon lembroutambém que a Somerj foi e é cúmplicedesse ideário inovador, cumprindo, as-sim, “seguir avançando no fortaleci-mento de sua estrutura, tecendo ali-anças, assumindo e mantendo o papelagregador que lhe cabe na vida asso-ciativa com as filiadas e uma partici-

pação política constante em todos ossetores de interesse dos médicos”.

À solenidade de posse, realizadana Casa da Espanha, estavam pre-sentes os Presidentes do Conselho,Márcia Rosa de Araujo; da Socieda-de de Medicina e Cirurgia do Rio deJaneiro, Celso Ramos, representan-do a Associação Médica Brasileira; doSindicato dos Médicos de Niterói eAdjacências, Clovis Cavalcanti, repre-sentando a Federação Nacional dos

Médicos; e da Sociedade Brasileira dePediatria, Eduardo Vaz, representan-do as sociedades de especialidade; osrepresentantes do CFM, ConselheiroAloísio Tibiriçá; da Unimed-Rio, Bar-tholomeu Penteado; e da Unicred-Rio, Jorge Farah; além da Presidenteeleita da SMCRJ, Conselheira MaríliaAbreu, representando as associaçõesmédicas filiadas à Somerj, e da depu-tada Jandira Feghali, Coordenadorada Frente Parlamentar da Saúde.

Acima, os novos diretores da Somerj. À direita, o novo Presidente durante seu discurso de posse

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JORNAL DO CREMERJOutubro de 2011 23

blica e contra a exploração do médi-co. Aprendi que somente fortalecen-do as entidades poderemos nos man-ter mobilizados – disse Celso Barros.

Foram prestadas homenagenspóstumas a médicos falecidos nosdois últimos anos, por seus talentose esforços no exercício ético da pro-fissão: Fausto de Oliveira Campos,Francisco Fialho, Francisco Silva Sal-

EVENTO • Conselheira Marília de Abreu toma posse na entidade e Celso Barros é homenageado como Médico do Ano

Pela primeira vez, uma mulher preside a SMCRJConselheira Marília deAbreu, Corregedora do CRE-MERJ, tomou posse no dia10 de outubro como Presi-

dente da Sociedade de Medicina e Ci-rurgia do Rio de Janeiro (SMCRJ),durante a solenidade de comemora-ção dos 125 anos de fundação daentidade. O mandato vigorará atéoutubro de 2014. Ela, que é a primei-ra mulher a ocupar a função, recebeua Presidência das mãos de seu ante-cessor, Celso Ramos Filho.

- Esta é uma grande honra e umdesafio. Desde sua fundação, a SMCRJse mantém fiel aos ideais de integraçãoda classe e às discussões específicas dasaúde, assim alimentando a organizaçãodo movimento médico. Ser a primeiramulher eleita também demonstra o avan-ço do gênero feminino na ocupação deposições de destaque e liderança nas prin-cipais instituições e movimentos sociaise políticos do nosso país, influindo emdecisões importantes para a população.Isso fortalece a democracia e enriquecenossa sociedade, tornando-a mais glo-balizada e plural – ressaltou Marília deAbreu, em seu discurso.

A festa, realizada no salão nobredo Fluminense Football Club, reuniudiversas lideranças de entidades mé-dicas, como Conselheiros e Acadê-micos, incluindo a Presidente doCREMERJ, Márcia Rosa de Araujo.

Também na ocasião foi agraci-ado com o título de Médico do Ano2011 o pediatra Celso Barros, Pre-sidente da Unimed Rio e ex-Presi-dente da Unimed do Brasil por doismandatos (2001-2009). Ele foi es-colhido pela SMCRJ por sua atu-ação como médico empreendedor,de grande capacidade administra-tiva, e que vem desempenhandoum papel muito importante no co-operativismo médico.

- Muitos dos rostos amigos queaqui estão conhecem minha trajetó-ria, que aos poucos amadureceu mi-nha visão pragmática, mas nem porisso desapaixonada, do papel domédico na estrutura da saúde e namanutenção da vida. Minhas primei-ras incursões no movimento médico,como a de muitos colegas, deram-selevantando a bandeira da saúde pú-

Nova Direção: Marília de Abreu, Presidente, com membros da diretoria da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Estado do Rio de Janeiro

Marília de Abreu, na foto à esquerda, com Márcia Rosa de Araujo e Marcos Pires. À direita, com Celso Barros e Celso Ramos Filho

gado, Gilson Maurity Santos, Moa-cyr Scliar, Willian da Silva de CastroAlves, Lídio Toledo de Araújo, Mar-cos Szpilman, o acadêmico PedroClóvis Junqueira e o ConselheiroFrancisco Manes Albanesi Filho.

O evento, que contou com a presen-ça de mais de 300 convidados, foi en-cerrado com um show exclusivo do can-tor e compositor João Bosco.

A

Page 24: OUTUBRO DE 2011 • Nº 241 PUBLICAÇÃO OFICIAL DO ...old.cremerj.org.br/jornais/jornais_pdf/133.pdf · Rua Alencar Lima, 35, sls 1.208/1.210 e-mail: petropolis@crm-rj.gov.br •

JORNAL DO CREMERJ Outubro de 201124

Medicina do Trabalhoe Perícia MédicaJoão Baptista Opitz Júnior

Editora Santos

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A publicação apresenta, de modo sim-

plificado, situações vividas no dia a

dia dos médicos do trabalho. Aborda, desde a forma-

ção e o ensino do especialista, até o detalhamento

da segurança, da higiene e das perícias.

A Relação com o Paciente - Teo-ria, Ensino e PráticaRita Francis Gonzales Rodrigues

Branco

Editora Guanabara Koogan

344 páginas

De maneira didática, o livro traz as

principais teorias que embasam a

relação médico-paciente e os conceitos teórico-prá-

ticos dessa relação, além de propor técnicas didáti-

cas para a relação interpessoal.

CardiogeriatriaMauricio Wajngarten

Editora Roca

544 páginas

O objetivo da obra é priorizar a

prática em relação à teoria e sa-

lientar os problemas comuns na

clínica médica. Médicos de vári-

as especialidades e com experiência reconhecida no

atendimento ao idoso colaboraram na publicação.

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Liga Acadêmica de Clínica Médicada Unigranrio realizou, no dia 22,seu Iº Simpósio de Clínica Médica e

Emergência. Os Conselheiros Luís Fernan-do Moraes e Armindo Fernando da Costarepresentaram o CREMERJ no evento. LuísFernando Moraes proferiu palestra sobreorientações éticas para o jovem médico.

- Essas iniciativas dos estudantes nostranquilizam, porque ajudam na sua formação, enos fazem crer que continuaremos a ter grandesmédicos no futuro. A ampla participação nos de-

A

Amererj contra serviço civil voluntário

AAssociação dos MédicosResidentes do Estado doRio de Janeiro (Amererj)promoveu um debate no

dia 18 de outubro sobre o marcoregulatório da Comissão Nacio-nal de Residência Médica (CNRM)e sobre o Programa de Valoriza-ção do Profissional de AtençãoPrimária (Provabs).

A Presidente da AssociaçãoNacional de Médicos residentes(ANMR) e Vice-Presidente daAmererj, Beatriz Costa, explicouaos presentes que o marco regu-latório da CNRM cria uma câma-ra recursal composta por trêsmembros, sendo dois represen-tantes do governo. Desta forma,a CNRM perde a autonomia con-quistada durante o regime mili-tar, ocasionando um retrocesso.

Também foi discutido o Pro-vabs, serviço civil voluntário, cri-

ado pelo Ministério da Saúde eMinistério da Educação através deuma portaria interministerial. Aproposta do governo é fazer comque os médicos recém-formadosatuem por um ou dois anos emcomunidades de difícil acesso eprovimento ou de populações demaior vulnerabilidade, com su-pervisão virtual, em troca de bô-nus de 10% ou 20% na nota daprova de residência médica.

- O médico recém-formadonão tem habilidade para lidarcom doenças de uma cidade in-teira, mesmo que pequena, poisem muitos casos ele será o úni-co médico da localidade. Semcontar que não existe garantiade condições decentes de tra-balho. Outra preocupação é queo recém-formado será obriga-do a atuar nas ESF (Estratégiasde Saúde da Família), mesmo

“contra a vontade”, para só de-pois se especializar na área es-colhida, já que a classificaçãona prova de residência médicadepende, muitas vezes, de dé-cimos - salientou a Presidenteda Amererj, Rafaella Leal.

Várias entidades médicas eescolas de medicina estão se ma-nifestando contra o Provabs.

- Todos esperam que algo sejafeito para mudar o programa, jáque ele só deve valer para a sele-ção de novembro de 2012 - res-saltou Rafaella.

Também participaram do en-contro a Secretária-Geral daAmererj, Luisa Cruz; a 1ª Secre-tária, Janaina Bentivi; a Presi-dente do CREMERJ, Márcia Rosade Araujo, e os Conselheiros Ar-mindo Fernando da Costa, Pa-blo Vazquez, Luís FernandoMoraes e Matilde Antunes.

As residentes Luisa Cruz, Beatriz Costa, Rafaella Leal, Janaina Bentivi e a Presidente do CREMERJ, Márcia Rosa de Araujo

bates também demonstrou o interesse e o com-prometimento deles com o espírito humanísticoda medicina - declarou Luís Fernando.

Dilma sanciona lei que aumenta bolsaoi sancionada pela presi-dente Dilma Rousseff, em28 de outubro, a Lei12.514/2011, que oficia-

liza e garante o aumento da bol-sa mensal paga aos médicos re-sidentes, de R$ 1.916,45 para R$2.384,82, em jornadas de 60 ho-ras, conquistado na greve do fi-nal do ano passado.

Proveniente de Projeto de Leide Conversão 25/2011, resultan-te da Medida Provisória 536/2011,a lei também determina que a ins-

tituição de saúde responsável pe-los programas de residência devaoferecer aos residentes moradia,alimentação e condições adequa-das para higiene e descanso.

O texto corresponde à integrado parecer da deputada JandiraFeghali à MP 536/2011, aprovadona Câmara dos Deputados em 14de setembro. De acordo com a novalei, os residentes têm garantidos,ainda, as licenças paternidade decinco dias e maternidade de 120dias, o enquadramento como con-

tribuinte individual da previdênciasocial e a prorrogação do tempode residência em caso de afasta-mento por motivo de saúde ou daslicenças mencionadas.

- A Jandira conseguiu incluirna lei a possibilidade do reajusteanual. Agora cabe ao movimen-to dos residentes garantir essaconquista - salientou RafaellaLeal, Presidente da Amererj.

A lei entrou em vigor no dia31 de outubro, quando foi pu-blicada no Diário Oficial da União.

F