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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE ENGENHARIA CIVIL
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
OTIMIZAÇÃO DE TOPOLOGIA APLICADA AO PROJETO DE ESTRUTURAS BI E
TRIDIMENSIONAIS
VICTOR MARK PONTES DOS SANTOS
GOIÂNIA 2010
VICTOR MARK PONTES DOS SANTOS
OTIMIZAÇÃO DE TOPOLOGIA APLICADA AO PROJETO DE
ESTRUTURAS BI E TRIDIMENSIONAIS
Monografia apresentada ao Curso de Graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal de Goiás para obtenção do título de Engenheiro Civil.
Orientador: Dra. Sylvia Regina Mesquita de Almeida
GOIÂNIA 2010
VICTOR MARK PONTES DOS SANTOS
OTIMIZAÇÃO DE TOPOLOGIA APLICADA AO PROJETO DE
ESTRUTURAS BI E TRIDIMENSIONAIS
Monografia apresentada ao Curso de Graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal de Goiás para obtenção do título de Engenheiro Civil.
Aprovada em ______ / ______ / ______.
__________________________________________________________
Prof. Dr. Sylvia Regina Mesquita de Almeida (Presidente) Universidade Federal de Goiás
__________________________________________________________
Prof. Dr. Frederico Martins Alves da Silva (Examinador) Universidade Federal de Goiás
__________________________________________________________
Prof. Dr. Zenón José Guzmán Nuñez Del Prado (Examinador) Universidade Federal de Goiás
Atesto que as revisões solicitadas foram feitas:
_______________________________________ Orientador Em: _______ / _______ / _______
Dedico este trabalho aos amigos e familiares mais próximos que me auxiliaram
durante todos os últimos cinco anos de faculdade, principalmente a minha família
que em todo momento esteve sempre comigo. Sem eles este trabalho com certeza
não poderia ser realizado nem eu teria forças para chegar ao final do curso de
engenharia. Por isto este trabalho é dedicado a vocês. Que tenhamos boa sorte!
V. M. P. Santos Agradecimentos
AGRADECIMENTOS
Aproveito para agradecer a todos que me acompanharam e me ajudaram durante
toda minha vida e principalmente os cinco últimos anos.
Agradeço especialmente a toda minha família, a meus pais, Smith, Iraenys, e a
meus quatro irmãos.
Sou grato também aos amigos que conheci na faculdade, principalmente a Caio,
Tarcizio, Gustavo, Rodolfo, Rafael Dias, Tiago, Tyago e Wellington. Acredito que cresci
muito com eles, tanto pessoal como profissionalmente.
Também não posso esquecer dos professores que me deram base para
compreender e aprender sobre a engenharia civil, tornando-se não apenas respeitados colegas
de profissão mas também amigos. Em especial, agradeço aos professores Sylvia, Zenon, Fred,
Renata, Chaer e Ademir
E, por ultimo e de maior importância, meu agradecimento a Deus que nos protege.
V. M. P. Santos Resumo
RESUMO
Os projetos de engenharia buscam sempre estruturas mais eficientes sob determinado aspecto,
seja rigidez, custo, durabilidade etc. Com os equipamentos e ferramentas computacionais
modernos utilizam-se bons métodos de dimensionamento na prática usual de projeto. No
entanto, procedimentos que forneçam soluções ótimas ainda encontram-se em
desenvolvimento ou são utilizados apenas por grandes empresas. Esse trabalho apresenta uma
metodologia baseada no método dos elementos finitos para obtenção da topologia ótima de
estruturas. A otimização de topologia é o ramo da otimização que trata da distribuição de uma
quantidade fixa de material em uma região do espaço a fim de maximizar uma determinada
característica do comportamento estrutural. Neste trabalho essas técnicas são aplicadas a
estruturas em duas e em três dimensões. As variáveis de projeto são as densidades em
pequenas regiões do espaço associadas à malha de elementos finitos. Assim, foram feitas
implementações com densidades constantes em cada elemento ou densidades aplicadas aos
nós do elemento. A função objetivo é a flexibilidade média da estrutura e as restrições são as
equações de equilíbrio do sistema discreto, o volume constante e as restrições laterais que
limitam os valores das variáveis de projeto. Utiliza-se o filtro de sensibilidade de Sigmund
para resolver os problemas de instabilidade numérica característicos da técnica e o critério de
optimalidade como método de otimização. Apresentam-se resultados numéricos em 2D e em
3D que exemplificam a potencialidade da técnica.
Palavras-chave: Otimização de topologia. 2D. 3D. Flexibilidade média.
V. M. P. Santos Lista de Figuras
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.1 – Exemplo de solução via OT permitindo densidades intermediárias sem
penalização: ............................................................................................................................. 18
Figura 2.2 - Solução via OT permitindo densidades intermediárias com penalização:. .......... 19
Figura 2.3 – Exemplo de solução em tabuleiro de xadrez:. ..................................................... 23
Figura 2.4 - Exemplo de dependência de malha para a viga em balanço:. .............................. 23
Figura 2.5 – Exemplo de solução em ilhas: ............................................................................ 24
Figura 2.6 – Localização das camadas de variáveis:. .............................................................. 25
Figura 2.7 – Exemplo de solução com duas abordagens:. ....................................................... 26
Figura 2.8 – Região we de influência da variável de projeto yi para a alteração da
sensibilidade analítica c / yi .................................................................................................. 27
Figura 2.9 – Atuação do filtro de sensibilidade na ABE. ......................................................... 28
Figura 2.10 – Fluxograma do procedimento de OT utilizado. ................................................. 29
Figura 3.1 – Tensões atuando em um volume infinitesimal representativo da estrutura
em 3D. ...................................................................................................................................... 31
Figura 3.2 – Tensões atuando em uma área representativa da estrutura em 2D. ...................... 33
Figura 3.3 – Exemplos de elementos finitos: ........................................................................... 35
Figura 3.4 – Numeração dos nós nos sistemas de coordenadas locais dos elementos
utilizados. .................................................................................................................................. 37
Figura 3.5 – Processo de enumeração dos nós da estrutura com geração automática de
malha: ....................................................................................................................................... 38
Figura 3.6 – Graus de liberdade do nó n: ................................................................................. 38
Figura 3.7 – Função de interpolação do nó j:. .......................................................................... 39
Figura 4.1 – Viga analisada no exemplo 1. .............................................................................. 42
Figura 4.2 – Topologias ótimas para as análises do exemplo 1:. ............................................. 43
Figura 4.3 – Viga analisada no exemplo 2 com malha de 120 x 40 e rmin = 1,5
elementos: ................................................................................................................................. 44
Figura 4.4 – Topologias ótimas para as análises do exemplo 2: .............................................. 45
Figura 4.5 – Topologias ótimas para as análises do exemplo 3: .............................................. 46
Figura 4.6 – Viga analisada no exemplo 4 com malha de 120 x 40 e rmin = 1,5
elementos: ................................................................................................................................. 46
V. M. P. Santos Agradecimentos
Figura 4.7 – Topologias ótimas para as análises do exemplo 4: .............................................. 47
Figura 4.8 – Viga do exemplo 5 com malha de 80 x 50 e rmin = 2,0 elementos: .................... 47
Figura 4.9 – Topologias ótimas para a viga do exemplo 5: ...................................................... 48
Figura 4.10 – Topologias ótimas para a viga do exemplo 5:. ................................................... 48
Figura 4.11 – Viga do exemplo 6: ............................................................................................ 49
Figura 4.12 – resultados das vigas 3D: ..................................................................................... 50
V. M. P. Santos Lista de Abreviaturas e Siglas
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
2D - Duas Dimensões
3D - Três Dimensões
MEF - Método dos Elementos Finitos
OT - Otimização de Topologia
PL - Métodos de Programação Linear
PLS - Métodos de Programação Linear Seqüencial
PM - Métodos de Programação Matemática
PQ - Métodos de Programação Quadrática
PQS - Métodos de Programação Quadrática Seqüencial
SIMP - Solid Isotropic Material with Penalization - Material Sólido Isotrópico com
Penalização
ABE - Abordagem Baseada no Elemento
AVN - Abordagem com Variáveis Nodais
V. M. P. Santos Lista de Símbolos
LISTA DE SÍMBOLOS
Símbolos romanos
B - matriz de compatibilidade discreta;
c - sensibilidade após o Filtro de Sigmund
d - densidade nos nós do elemento;
dist - função que mede a distância entre os pontos i e j;
E - matriz constitutiva elástica;
EF - Elemento Finito;
Es - módulo de elasticidade do material sólido;
Ee - módulo de elasticidade na região e do domínio estendido em função de sua
densidade e;
f - carga que atua em um ponto infinitesimal do volume;
F - o vetor de forças nodais da estrutura;
F - vetor de cargas concentradas nos nós do elemento;
fH - operador do filtro de sensibilidade de Sigmund que estabelece a influência de cada
variável de projeto na correção da sensibilidade analítica;
k - rigidez de um ponto infinitesimal do volume;
K - matriz de rigidez da estrutura;
Ke - matriz de rigidez do elemento e;
KS - matriz de rigidez do elemento para material sólido;
L - função lagrangeana;
Ni - função de interpolação associada ao nó i do elemento;
N - matriz das funções de interpolação;
Nel - número de elementos finitos da malha;
V. M. P. Santos Lista de Símbolos s
NVP - número de variáveis de projeto;
p - coeficiente de penalidade do modelo SIMP;
Q - vetor de cargas distribuídas aplicadas à superfície S do elemento;
rmin - o raio da circunferência ou da esfera centrada na variável de projeto que define a
região we de influência dessa variável no filtro de sensibilidade de Sigmund;
u - deslocamento ocorrido em ponto um infinitesimal do volume;
u - vetor dos deslocamentos em um ponto no interior do elemento;
u - vetor dos deslocamentos nodais do elemento;
iu - deslocamento nodal correspondente ao nó i do elemento;
U - energia de deformação elástica da estrutura;
U - vetor de deslocamentos nodais da estrutura;
Ve - volume do elemento.
tV - volume total da estrutura;
W - trabalho das forças externas;
Símbolos gregos
- tensão transversal;
- vetor das deformações;
inf - vetor dos multiplicadores de Lagrange associados às restrições laterais inferiores
das densidades;
sup - vetor dos multiplicadores de Lagrange associados às restrições laterais superiores
das densidades;
infe - multiplicador de Lagrange associado à restrição lateral inferior da densidade do
elemento e;
V. M. P. Santos Lista de Símbolos s
supe - multiplicador de Lagrange associado à restrição lateral superior da densidade do
elemento e;
vol - multiplicador de Lagrange associado à restrição de volume.
- coeficiente de Poisson do elemento;
- conjunto de elementos finitos do domínio extendido;
e - conjunto de nós pertencentes ao elemento e;
w - conjunto de elementos finitos utilizados na homogeneização de um elemento no
Filtro de Sigmund;
e - densidade de cada elemento;
min - menor valor de densidade que o elemento pode assumir;
- vetor das tensões;
- tensão normal;
- tensão cisalhante;
Símbolos matemáticos
- o operador diferencial matricial;
- derivada parcial.
V. M. P. Santos sumário
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 13
1.1. OBJETIVOS ................................................................................................................ 15
1.2. ORGANIZAÇAÕ DO TEXTO .................................................................................. 15
2. CONCEITOS BÁSICOS SOBRE OTIMIZAÇÃO DE TOPOLOGIA ................. 13
2.1. O MODELO SIMP ..................................................................................................... 15
2.2. FORMULAÇÃO TRADICIONAL DO PROBLEMA DISCRETO VIA
METODO DOS ELEMENTOS FINITOS ................................................................ 19
2.3. ANÁLISE DE SENSIBILIDADE E CRITÉRIO DE OPTIMALIDADE ............... 21
2.4. INSTABILIDADES NUMÉRICAS ............................................................................ 22
2.5. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA COM USO DE VARIÁVEIS NODAIS
2.6. FILTRO DE SENSIBILIDADE DE SIGMUND ....................................................... 24
2.7. PROCEDIMENTO DE OTIMIZAÇÃO ................................................................... 26
3. FORMULAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DOS PROBLEMAS BI E
TRIDIMENSIONAL .................................................................................................. 29
3.1. EQUAÇÕES GERAIS DA ELASTICIDADE ........................................................... 31
3.2. ANÁLISE PELO MEF ................................................................................................. 34
3.2.1. Sistemas de coordenadas e sistemas de numeração nodal ................................. 36
3.2.2. Funções de interpolação ........................................................................................ 38
3.3. MATRIZ DE RIGIDEZ DO ELEMENTO ............................................................... 40
3.4. FLEXIBILIDADE MÉDIA DA ESTRUTURA ........................................................ 41
4. RESULTADOS ............................................................................................................. 42
4.1. EXEMPLO 1 ............................................................................................................... 42
4.2. EXEMPLO 2 ................................................................................................................ 43
4.3. EXEMPLO 3 ................................................................................................................ 45
4.4. EXEMPLO 4 ................................................................................................................ 46
4.5. EXEMPLO 5 ................................................................................................................ 47
4.6. EXEMPLO 6 ................................................................................................................ 48
5. CONCLUSÕES E SUGESTÕES ................................................................................ 51
5.1. OBJETIVOS ................................................................................................................ 53
V. M. P. Santos Capítulo 1
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
Popularmente, otimização pode ser encarada como o ato corriqueiro de realizar
tarefas com a maior eficiência possível. No campo técnico, é a parte da ciência que trata da
busca sistemática pela melhor solução para um problema, baseada em modelos matemáticos
obedecendo a condições impostas. As técnicas de otimização podem ser empregadas em
várias áreas da ciência como, por exemplo, economia, física, engenharias, entre outras.
Na formulação de um problema de otimização, é necessário estabelecer quais as
grandezas sofrerão variações durante o processo, denominadas variáveis de projeto, e quais
permanecerão constantes, denominadas parâmetros de projeto. É necessário também
estabelecer o critério pelo qual a qualidade da solução é julgada, podendo ser produtos mais
econômicos, mais densos, mais rígidos etc., denominado função objetivo. Por fim, também é
necessário que se delimite quais são as soluções que atendem às condições impostas pelo
problema, por exemplo, o atendimento às equações de equilíbrio e de compatibilidade, às
condições construtivas etc. Essas condições são denominadas restrições e separam as
soluções possíveis em viáveis e não viáveis, delimitando a região viável do problema.
A qualidade dos projetos de estruturas tem grande dependência tanto do
conhecimento quanto da experiência do engenheiro que o elabora. O refinamento das técnicas
de análise e o aumento da capacidade de processamento dos computadores contribuíram para
a melhoria dos projetos, fazendo com que diversas soluções possíveis possam ser exploradas
em um espaço de tempo razoável. Ainda assim, nem todas as soluções possíveis são avaliadas
e, dada a aleatoriedade da busca pela melhor solução, dificilmente a solução adotada é a
solução ótima do problema. A otimização é uma técnica científica que visa à obtenção da
melhor solução do problema sem que seja necessário avaliar todas as soluções possíveis, mas
garantindo que a solução encontrada seja a ótima.
As técnicas de otimização estrutural podem ser decompostas em três tipos,
otimização paramétrica, otimização de forma e otimização de topologia. A diferença se
encontra na abordagem e no campo de atuação de cada técnica. Na otimização paramétrica
as variáveis de projeto são parâmetros que definem as características da estrutura. A forma
mais comum de otimização paramétrica é a otimização de dimensões, como a altura, a largura
Otimização de topologia aplicada a estruturas bi e tridimensionais 14
V. M. P. Santos Capítulo 1
ou a espessura da peça (ver FALCO, 2000). No entanto, outros parâmetros podem ser
tomados como variáveis de projeto como a armadura em seções de concreto
armado(EBOLI, 1989) ou as coordenadas de cabo em estruturas
protendidas(ALMEIDA, 2001), entre outros e, ou ainda uma combinação de parâmetros e
dimensões (ALMEIDA, 2004). A otimização de forma busca obter o melhor contorno da
estrutura, seja interno ou externo. Geralmente são utilizadas curvas específicas que
representam o formato da peça (em geral são usadas as curvas spline). Em alguns casos, se
usa uma combinação de parâmetros e forma, como feito por Melo (2000) para otimização de
pórticos de concreto armado.
A otimização de topologia (OT), objeto de estudo deste trabalho, é a parte da
otimização voltada para a obtenção da distribuição ótima de material em uma região do
espaço denominada domínio estendido (BENDSØE; SIGMUND, 2003). Para tanto, busca
maximizar ou minimizar uma qualidade estrutural escolhida pelo projetista, mantendo o
volume de material constante e pré-determinado e atendendo às condições de equilíbrio. No
âmbito da indústria, o problema pode ser formulado para que, além das restrições citadas, a
solução também atenda as condições de manufatura, como a necessidade de furos, a
imposição de simetria ou de repetições de padrão. Isso é particularmente importante na
fabricação de elementos pré-moldados na construção civil.
Os métodos empregados para solução de problemas de otimização dividem-se em
dois grandes grupos: métodos de programação matemática (PM) e métodos heurísticos. Os
métodos de PM baseiam-se na teoria de mínimos de funções e necessitam de uma formulação
matemática que possibilite a análise de sensibilidade, ou seja, a obtenção das derivadas da
função objetivo e das restrições em relação às variáveis de projeto. Esses métodos são
geralmente mais eficientes do ponto de vista de custo computacional, mas necessitam de um
embasamento teórico que nem sempre é simples ou possível de ser desenvolvido. Como
exemplo destes métodos podem ser citados o critério de optimalidade, os métodos de
programação linear (PL) ou de programação quadrática (PQ). São também amplamente
aplicados métodos que envolvem aproximações sucessivas do problema original em um
problema equivalente, de PL ou de PQ, e sua solução de forma seqüencial. Nessa categoria
estão os métodos de programação linear seqüencial (PLS), de programação quadrática
seqüencial (PQS).
Otimização de topologia aplicada a estruturas bi e tridimensionais 15
V. M. P. Santos Capítulo 1
Os métodos heurísticos são freqüentemente inspirados na observação da natureza
e não têm comprovação matemática formal, mas fornecem bons resultados. Geralmente são
de mais fácil implementação, porém requerem maior esforço computacional. Como exemplo,
podem ser citados os algoritmos genéticos, baseados na teoria de evolução de Darwin, as
redes neurais, baseadas na forma de aprendizagem e na rede de neurônios do cérebro dos
animais, e o método de Branch and Bound, baseado no crescimento de árvores e no processo
de jardinagem.
1.1. OBJETIVOS
O objetivo deste trabalho é a implementação computacional da técnica de
otimização de topologia para estruturas bidimensionais e tridimensionais. O problema
analisado tem como objetivo a maximização da rigidez e utiliza o critério de optimalidade
como algoritmo de otimização. Para tanto foram implementados códigos utilizando a
linguagem de programação do MATLAB® e em C.
1.2. ORGANIZAÇÃO DO TEXTO
Este trabalho está organizado em cinco capítulos como segue. No primeiro
capítulo é apresentada uma introdução ao tema.
No segundo capítulo são apresentados os conceitos básicos sobre otimização de
topologia e o modelo utilizado para representação física e matemática do problema. Também
são apresentados nesse capítulo os principais problemas de instabilidade numérica
relacionados com a técnica e o principal esquema de regularização utilizado para contorná-
los.
No terceiro capítulo são apresentadas a formulação matemática e o
equacionamento do problema de otimização de topologia em 3D visando à obtenção da
estrutura mais rígida possível.
No quarto capítulo serão mostrados alguns resultados obtidos com a
implementação computacional feita neste trabalho.
O quinto capítulo apresenta as conclusões finais do trabalho e as sugestões para
trabalhos futuros.
V. M. P. Santos Capítulo 2
CAPÍTULO 2
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE OTIMIZAÇÃO DE
TOPOLOGIA
Este capítulo apresenta os conceitos básicos sobre otimização de topologia.
Apresenta-se o problema de otimização e suas restrições, assim como os fundamentos
relacionados com o modelo de distribuição de materiais. A técnica é sujeita a instabilidades
numéricas como a formação de soluções em tabuleiro de xadrez ou em ilhas e a dependência
de malha. Apresentam-se então alguns métodos corretores para evitar problemas de
instabilidade numérica. Por fim, apresenta-se o método de otimização adotado.
Tradicionalmente o problema de OT é formulado como um problema de
distribuição de material no qual cada ponto do domínio representa uma região cheia de
material ou uma região vazia. O problema mais comumente abordado em OT é o de
maximização da rigidez da estrutura, que corresponde à minimização de sua flexibilidade
média. A quantidade de material a ser distribuída no domínio estendido é mantida constante
durante o processo, havendo apenas a redistribuição dos materiais. Deve-se atender ainda
implicitamente às equações de equilíbrio da estrutura. Há ainda as restrições que impõem que
as variáveis assumam valores 0 ou 1, onde 0 representa a ausência de material e 1 a presença
de material. Assim, o problema de minimização de flexibilidade é representado em (2.1).
1
0
c
e
t
e
e
e
ukf
Vdv
dvuf
e
e
(2.1)
Onde:
c - é a flexibilidade média da estrutura;
f - é a carga que atua em um ponto infinitesimal do volume;
u - é o deslocamento ocorrido em ponto um infinitesimal do volume;
k - é a rigidez de um ponto infinitesimal do volume;
Otimização de topologia aplicada a estruturas bi e tridimensionais 17
V. M. P. Santos Capítulo 5
e - é a densidade de material no ponto infinitesimal;
e - é o domínio estendido;
tV - é o volume total da estrutura.
O problema como apresentado em (2.1) é mal posto e não apresenta solução no
campo contínuo (SIGMUND; PETERSSON, 19981 apud BENSØE; SIGMUND, 2003).
Soluções podem ser obtidas por meio de uma relaxação na abordagem vazio - cheio. Nesse
âmbito, destacam-se o método de homogeneização proposto por Bensøe e Kikuchi2 (1988,
apud BENSØE; SIGMUND, 2003) e o modelo SIMP (Solid Isotropic Material with
Penalization), proposto por Bensøe3 (1989, apud BENSØE; SIGMUND, 2003). A
implementação realizada neste trabalho é baseada no modelo SIMP e é apresentada a seguir.
2.1. O MODELO SIMP
Em OT é necessário um modelo que relacione a densidade de material em
determinada região do domínio estendido à rigidez. O primeiro modelo avaliado para tanto foi
o modelo binário, no qual a densidade relativa, definida como a relação entre a quantidade de
material e o volume, assume valor 1, para material sólido, ou valor 0, para vazio, sem valores
intermediários. O uso de técnicas de programação discreta para resolver este tipo de problema
não converge para uma solução única. Para contornar o problema foram desenvolvidas
técnicas que promovem uma relaxação na abordagem 0-1, permitindo que a densidade relativa
varie continuamente entre 0 e 1. A forma mais simples de relaxação consiste em relacionar a
densidade do elemento e à propriedade do material que confere rigidez, no caso o módulo de
elasticidade, como mostra a equação (2.2). Esse procedimento resulta em soluções
indesejáveis por apresentar uma quantidade considerável de elementos com densidades
intermediárias (Figura 2.1), tornando-se inviável do ponto de vista construtivo.
Seee EE (2.2)
1 SIGMUND, O.; PETERSSON, J. Numerical instabilities in topology optimization: a survey on procedures dealing with checkerboard, mesh-dependence and local minima. Structural Optimization Berlin, vol 16, n 1, pp :68–75, 1998. 2 BENDSØE M. P.; KIKUCHI N Generating optimal topology in structural design using a homogenization method. Computer Methods in Applied Mechanics and Engineering, North Holland, vol 71, pp 197–224, 1988 3 BENDSØE, M.P. Optimal shape design as a material distribution problem. Structural Optimization. Berlin, vol 1, n 4, 193–202, 1989.
Otimização de topologia aplicada a estruturas bi e tridimensionais 18
V. M. P. Santos Capítulo 5
Onde:
e - - é a densidade relativa na região e do domínio estendido;
Es - é o módulo de elasticidade do material sólido;
Ee - é o módulo de elasticidade na região e do domínio estendido e em função de sua
densidade e.
(a)
(b)
(c)
Figura 2.1 – Exemplo de solução via OT permitindo densidades intermediárias sem penalização: (a) Domínio
estendido, condições de apoio e de carregamento de uma viga em balanço; (b) Solução inicial do problema de
OT; (c) Solução final do problema de OT sem penalização.
O modelo SIMP (Solid Isotropic Material with Penalization - Material Sólido
Isotrópico com Penalização) propõe a introdução de um coeficiente de penalização p sobre a
densidade, como mostra a equação (2.3). Esse procedimento torna as soluções com
densidades intermediárias desfavoráveis do ponto de vista da otimização (BENDSØE;
KIKUCHI, 19884, apud BENSØE; SIGMUND, 2003).
Sp
eee EE (2.3)
O coeficiente p em (2.3) torna as soluções com densidades intermediárias
desfavoráveis. O método de otimização escolherá como mais vantajosa a utilização de
densidades próximas de zero e de um, pois as densidades intermediárias acarretarão pouco
ganho de rigidez para grande variação de densidade. Densidades próximas de um sofrem
pouco efeito da penalização e garantem maior ganho de rigidez. Embora densidades próximas
de zero não apresentem nenhuma contribuição à rigidez, também não há gasto de material.
Assim, o algoritmo naturalmente abandona essas soluções e privilegia as densidades 0 ou 1,
resultando em uma topologia final do tipo vazio-sólido, embora densidades intermediárias
tenham sido admitidas durante o processo de otimização (Figura 2.2)
4 Idem 2
5
8
Otimização de topologia aplicada a estruturas bi e tridimensionais 19
V. M. P. Santos Capítulo 5
(a)
(b)
(c)
Figura 2.2 – Solução via OT permitindo densidades intermediárias com penalização: (a) Solução inicial;
(b) Solução inicial intermediária; (c) Solução final.
2.2. FORMULAÇÃO TRADICIONAL DO PROBLEMA DISCRETO
VIA METODO DOS ELEMENTOS FINITOS
O modelo matemático utilizado neste trabalho para obtenção do campo de
deslocamentos é o Método dos Elementos Finitos (MEF), o qual consiste na discretização da
estrutura em um número finito de elementos. Trata-se de um método discreto e aproximado
cujas variáveis são os deslocamentos nodais da estrutura. Tensões e deslocamentos no interior
do elemento são descritos em função dos deslocamentos nodais através de funções de
interpolação. O problema é formulado de forma a se obter o sistema de equações (2.4), que
representa as equações de equilíbrio discretas do problema.
UKF ˆˆ (2.4)
Onde:
U - é o vetor de deslocamentos nodais da estrutura;
F - o vetor de forças nodais da estrutura;
K - é a matriz de rigidez da estrutura.
No caso da OT, o domínio estendido é discretizado em uma malha de elementos
finitos. Assim, na abordagem tradicional a região do domínio e é o próprio elemento. O
modelo SIMP (equação 2.3) estabelece que a propriedade mecânica que confere rigidez ao
material depende de sua densidade. Assim, a matriz de rigidez Ke de um elemento com
densidade e pode ser calculada em função da matriz de rigidez para material sólido KS.
Otimização de topologia aplicada a estruturas bi e tridimensionais 20
V. M. P. Santos Capítulo 5
Sp
eee KK (2.5)
A matriz de rigidez da estrutura K pode ser escrita como apresentada em (2.6).
Ressalta-se que o somatório apresentado em (2.6) não se refere a um somatório matemático
simples, mas envolve uma operação de montagem das contribuições dos elementos,
característica do MEF.
Nel
ee
1
KK (2.6)
Da equação (2.5), vê-se que elementos com densidade nula não apresentam
rigidez e este fator gera um sistema de equações (2.4) instável. Assim, as implementações via
MEF utiliza-se um limite inferior próximo, mas diferente de zero, min, com o principal
objetivo de impedir a divisão por zero na solução do sistema de equações.
No problema de OT abordado neste trabalho, as variáveis de projeto são as
densidades e de cada elemento. Assim, o problema de minimização de flexibilidade em sua
forma discreta é representado em (2.7).
1
1
ˆˆSujeito
ˆˆminimizeQue
Obter
min
1
e
Nel
e t
ee
T
V
Va
c
FUρK
UF
ρ
(2.7)
Onde:
c - é a flexibilidade média;
e - é a densidade de material do elemento
Ve - é o volume do elemento;
Vt - é o volume da estrutura;
Nel - é o numero de elementos finitos.
A equação (2.4) presente no problema (2.7) é uma restrição indireta do problema.
É utilizada para se obter o campo de deslocamentos, mas não é utilizada diretamente pelo
algoritmo de otimização. Mais detalhes sobre a implementação computacional no problema
de OT são apresentadas no Capítulo 3 deste trabalho.
Otimização de topologia aplicada a estruturas bi e tridimensionais 21
V. M. P. Santos Capítulo 5
2.3. ANÁLISE DE SENSIBILIDADE E CRITÉRIO DE
OPTIMALIDADE
A análise de sensibilidade é o cálculo das derivadas da função objetivo e das
restrições em relação às variáveis de projeto. As restrições diretas do problema de otimização
(2.7), representadas em (2.8) e (2.9), fornecem gradientes triviais (0 ou -1).
t
Nel
eee VV
1
(2.8)
1 emín (2.9)
Já a restrição indireta (2.2) interfere no cálculo da sensibilidade da função
objetivo, pois esta é função de U que depende de e via (2.4). Considerando-se (2.5), a
função objetivo se transforma em:
Nel
ee
Te
pe
1
T ˆˆc UKUUF S (2.10)
Segundo Bendsøe e Sigmund (2003), a sensibilidade da função objetivo (2.10) em
relação à variável de projeto e, levando-se em conta a equação de equilíbrio (2.4),é dada por:
eT
ep
ee
p UKU S1c
(2.11)
No caso em que as variáveis de projeto são variáveis nodais, há duas camadas de
variáveis: as variáveis de projeto (densidades nos nós dos elementos, dn); e as densidades
usadas na análise pelo MEF (densidades no interior do elemento, e). Nesse caso, a
sensibilidade em relação às variáveis de projeto são dadas pela equação (2.13).
O algoritmo de otimização adotado neste trabalho deriva do critério de
optimalidade, o qual consiste na minimização da função Lagrangeana do problema (2.7),
apresentada em (2.12).
N
ee
eN
ee
eN
e
eevol
Tvol
Vol
v
cλL
1mininf
1sup
1
11
ˆˆ,,,,
FUρKλρλλλρ eqinfsupeq
(2.12)
Otimização de topologia aplicada a estruturas bi e tridimensionais 22
V. M. P. Santos Capítulo 5
Onde:
eq - é vetor dos multiplicadores de Lagrange associados à equação de equilíbrio;
inf - é o vetor dos multiplicadores de Lagrange associados às restrições laterais
inferiores das densidades;
sup - é o vetor dos multiplicadores de Lagrange associados às restrições laterais
superiores das densidades;
infe - é o multiplicador de Lagrange associado à restrição lateral inferior da densidade do
elemento e;
supe - é o multiplicador de Lagrange associado à restrição lateral superior da densidade do
elemento e;
vol - é o multiplicador de Lagrange associado à restrição de volume.
A equação de equilíbrio (K U = F) é sempre respeitada na análise via MEF. Se o
método escolhido para a atualização das variáveis respeitar as restrições laterais, pode-se
afirmar que a remoção dessas não afeta o valor ótimo encontrado. Assim, simplificando-se a
expressão (2.12), tem-se:
N
e
eevolvol Vol
vcL
1
1, ρρ (2.13)
O critério de optimalidade implementado neste trabalho consiste basicamente em
um método minimização da equação (2.13) semelhante ao método da bisseção e pode ser
encontrado em detalhes em Bendsøe e Sigmund (2003).
2.4. INSTABILIDADES NUMÉRICAS
A OT freqüentemente pode apresentar instabilidades numéricas tais como a
solução em tabuleiro de xadrez, soluções em ilhas e dependência de malha. A solução em
tabuleiro de xadrez consiste na alternância lado a lado de elementos cheios e vazios
(Figura 2.3). Tal solução é indesejável por apresentar uma falsa rigidez. Numericamente, o
algoritmo de otimização entende ser esta uma boa solução, mas sabe-se que elementos ligados
apenas por um nó possuem localmente pequena resistência e rigidez.
Otimi
V. M.
Fi
ótim
como
objet
p intr
F
totalm
anter
ização de topo
P. Santos
igura 2.3 – Ex
c
Qua
a. No entan
o mostra a
tivo (2.10) a
roduzido pe
Figura 2.4 - Ex
(b) Solução
A s
mente chei
rior, tal solu
ologia aplicad
(a)
xemplo de solu
carregamento
ando se utili
nto há caso
Figura 2.4
apresentar m
elo modelo
c = 39,919
(a)
c = 41,752
(c)
xemplo de dep
para malha 6
solução em
ios circund
ução é indes
da a estruturas
ução em tabul
de uma viga
iza a OT es
os em que,
para a estru
múltiplos m
SIMP.
92
21
pendência de m
60 x 40; (c) So
m ilhas con
dados por e
sejável por a
s bi e tridimen
leiro de xadre
em balanço; (
spera-se qu
o refiname
utura da Fi
mínimos loca
malha para a v
olução para ma
nsiste na o
elementos
apresentar u
nsionais
z: (a) Domíni
(b) Solução em
e o otimiza
ento da mal
gura 2.3(a).
ais devido à
viga em balan
alha 90 x 60; (
obtenção re
vazios (Fig
uma falsa ri
(b)
o estendido, c
m tabuleiro de
ador apresen
lha conduz
. Tal se dá
à presença d
c = 41,2
(b)
c = 42,4
(d)
nço: (a) Soluçã
(d) Solução p
egiões comp
gura 2.5). A
gidez.
)
condições de a
e xadrez.
nte uma ún
a soluções
pelo fato d
do fator de p
2144
)
4307
)
ão para malha
ara malha 120
postas por
Assim com
23
Capítulo 5
apoio e de
ica solução
diferentes,
de a função
penalização
a 30 x 20;
0 x 80.
elementos
mo no caso
3
o
,
o
o
s
o
Otimização de topologia aplicada a estruturas bi e tridimensionais 24
V. M. P. Santos Capítulo 5
(a) (b)
Figura 2.5 – Exemplo de solução em ilhas: (a) Domínio estendido, condições de apoio e de carregamento de uma
viga em balanço; (b) Solução em ilhas.
2.5. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA COM USO DE VARIÁVEIS
NODAIS
A abordagem com variáveis nodais resultou da busca por técnicas alternativas que
resolvessem os problemas de instabilidade numérica característicos da OT. Realmente a
abordagem propicia uma diminuição da ocorrência de soluções em tabuleiro de xadrez. No
entanto, esse problema não é totalmente eliminado, permanecendo a necessidade de se utilizar
esquemas de regularização. Atualmente a técnica é utilizada apenas como uma inicialização
ao aprendizado de outras abordagens e será apresentada neste trabalho por essa característica
didática.
Na Abordagem com Variáveis Nodais (AVN) dissociam-se os conceitos de
variáveis de projeto e de densidades usadas na análise via MEF, criando duas camadas de
variáveis, uma dependente da outra, porém distintas. As variáveis de projeto são densidades
medidas nos nós d da malha de elementos finitos, enquanto que na análise via MEF, utiliza-se
um valor único de densidade por elemento. A proposta mais simples para a relação entre as
variáveis de projeto e a densidade no elemento é a média das densidades nos seus nós,
correspondendo à equação (2.14), no caso 2D e à equação (2.15) no caso tridimensional.
ei
ie d4
1 (2.14)
ei
ie d8
1 (2.15)
Onde:
e - é o valor representativo da densidade do elemento;
Otimização de topologia aplicada a estruturas bi e tridimensionais 25
V. M. P. Santos Capítulo 5
di - é a densidade nos nós do elemento;
e - é o conjunto de nós pertencentes ao elemento e.
A Figura 2.6 apresenta a representação esquemática dos pontos onde se localizam
as duas camadas de variáveis.
(a) (b)
Nó da malha de EF.
Variável de projeto.
Densidade usada na análise via MEF.
Figura 2.6 – Localização das camadas de variáveis: (a) na ABE; (b) na AVN.
Observa-se que um mesmo nó pode estar ligado a mais de um elemento. Para se
calcular a sensibilidade da flexibilidade média em relação a um nó utiliza-se a regra da cadeia.
je j
e
ej dd
cc
(2.16)
Onde j é o conjunto de elementos finitos da estrutura conectados ao nó j.
Considerando-se as equações (2.14) e (2.15), tem-se :
4
1
j
e
d
(2.17)
8
1
j
e
d
(2.18)
Onde a equação (2.17) refere-se ao caso 2D e a equação (2.18) ao caso 3D. Substituindo-se
(2.17) ou (2,18), conforme o caso, e (2.11) em (2.16) obtém-se:
Otimização de topologia aplicada a estruturas bi e tridimensionais 26
V. M. P. Santos Capítulo 5
jeS
Tppd ee UKU1
ej 4
1c (2.19)
jeS
Tppd ee UKU1
ej 8
1c (2.20)
Onde a equação (2.19) refere-se ao caso 2D e a equação (2.20) ao caso 3D.
A Figura 2.7 apresenta resultados para a OT da estrutura da Figura 2.3(a) obtidos
com emprego de malha de 80x50 elementos, utilizando-se Abordagem Baseada no
Elemento (ABE) e Aborgadem com Variáveis Nodais (AVN). Observa a diminuição da
ocorrência de soluções em tabuleiro de xadrez com o uso da AVN, sem, no entanto, lograr
êxito em relação à total eliminação. Assim, permanece a necessidade de se utilizar esquemas
de regularização.
(a)
(b)
Figura 2.7 – Exemplo de solução com duas abordagens: (a) Solução usando ABE; (b) Solução usando AVN.
2.6. FILTRO DE SENSIBILIDADE DE SIGMUND
Para evitar soluções como as apresentadas nas Figuras 2.3 a 2.5, é necessário
introduzir algum esquema de regularização. O esquema mais conhecido é o filtro de
sensibilidade proposto por Sigmund (SIGMUND, 2001), que propõe um método heurístico de
homogeneização das sensibilidades, de forma a evitar variações bruscas em seus valores. Para
isso, altera-se a sensibilidade analítica da função objetivo em relação a cada variável de
projeto através de uma média ponderada com os valores das sensibilidades em relação às
variáveis de projeto próximas.
Seja yi a variável de projeto para a qual se deseja corrigir a sensibilidade analítica
da função objetivo expressa por c/yi. Na ABE, yi é igual a i, já na AVN, yi é igual a di.
Define-se assim, para cada variável yi a região de vizinhança wi, como mostra a Figura 2.8.
Para isso define-se que os pontos vizinhos da variável de projeto yi que influem na
Otimização de topologia aplicada a estruturas bi e tridimensionais 27
V. M. P. Santos Capítulo 5
sensibilidade c / yi são os que se encontram dentro da região de vizinhançawi formada por
um círculo, no caso 2D, ou de uma esfera, no caso 3D, centrado no ponto de medição da
variável de projeto e raio predeterminado rmin.
(a) (b)
Figura 2.8 – Região we de influência da variável de projeto yi para a alteração da sensibilidade analítica c / yi:
(a) ABE – yi = ri; (b) AVN – yi = di.
A nova sensibilidade será então dada por:
jj
NVP
jjNVP
jji
i y
cyH
Hyy
c
1
1
ˆˆ
1ˆ (2.21)
Onde:
i - indica o ponto de medição da variável de projeto yi, relacionada à sensibilidade
c / yi que se deseja corrigir;
j - indica os pontos de medição das variáveis de projeto inclusas na região wi
centrada na variável de projeto yi;
NVP - indica o número de variáveis de projeto;
jyc - é a sensibilidade analítica da função objetivo c em relação à variável de projeto yj;
dada por (2.11), no caso da ABE, ou por (2.19) ou (2.20), no caso da AVN;
iyc ˆ - é a sensibilidade corrigida da função objetivo c em relação à variável de projeto yi;
fH - é o operador que estabelece a influência de cada variável de projeto yj na correção
da sensibilidade analítica c / yi.
w
i
j
w
i
j
Otimi
V. M.
Na e
Send
dist
rmin
repre
enqu
de 24
xadre
AVN
F
(c) R
sensi
real
ização de topo
P. Santos
quação (2.2
j{
do:
- uma
- o rai
regiã
A a
esenta a solu
uanto (d) rep
40 x 40, util
ez como a
N.
Figura 2.9 – A
carregament
Resultado obti
Ress
ibilidade de
é dado por
ologia aplicad
21), o opera
i
distNVP
rH j
,1
ˆmin
a função que
io da circun
ão we de in
atuação do
ução sem fi
presenta a s
lizando a A
dependênci
(b)
(c)
Atuação do filtr
to de uma viga
do com filtro,
240 x 40; (c)
salta-se que
e Sigmund r
rmin multip
da a estruturas
ador jH é d
NVP
rjit
jidist
,
}),(
),(
min
e mede a dis
nferência ou
nfluência de
filtro de
iltro e (c) a
olução sem
ABE. Verific
ia de malha
ro de sensibili
a em bi-apoiad
, rmín = 1,5 com
) Resultado ob
e, na imple
refere-se ao
plicado pela
s bi e tridimen
dado por:
},
stância entr
u da esfera
essa variáve
sensibilidad
solução com
m filtro e (e)
ca-se que o
a. Obtêm-se
(a)
idade na ABE
da; (b) Result
m malha 120 x
btido com filtr
ementação r
o número de
a dimensão
nsionais
re os pontos
centrada na
el.
de é repres
m filtro, am
a solução c
filtro elimin
e resultados
E: (a) Domínio
tado sem filtro
x 20; (D) Resu
ro, rmín = 3,0 c
realizada n
e elementos
do element
s i e j;
a variável d
sentada na
mbas para um
com filtro, a
na tanto a so
s semelhant
(d)
(e)
o estendido, co
o (rmín = 1,0) c
ultado sem fil
com malha 24
neste trabalh
s abrangido
to. Para qu
de projeto q
Figura 2.9
ma malha d
ambas para
olução em t
tes quando
)
)
ondições de ap
com malha 12
ltro (rmín = 1,0
40 x 40.
ho o raio d
s na região
ue o procedi
28
Capítulo 5
(2.22)
que define a
9, onde (b)
de 120 x 20,
uma malha
tabuleiro de
se utiliza a
poio e de
0 x 20;
0) com malha
do filtro de
wi, o raio
imento seja
8
)
a
)
,
a
e
a
e
o
a
Otimização de topologia aplicada a estruturas bi e tridimensionais 29
V. M. P. Santos Capítulo 5
independente da malha, o raio do esquema de regularização deve se referir à mesma porção
do domínio estendido. Assim, nas implementações realizadas neste trabalho, ao se multiplicar
o número de elementos da malha por um coeficiente n, multiplica-se também o valor de rmín.
2.7. PROCEDIMENTO DE OTIMIZAÇÃO
O processo geral de otimização consiste basicamente em três etapas: obtenção da
função objetivo e das restrições para o conjunto de variáveis correntes; análise de
sensibilidade; e aplicação do critério de otimização para obtenção de novo conjunto de
variáveis de projeto. No caso de OT aplicada ao problema de minimização de flexibilidade,
não é necessário calcular separadamente as restrições do problema ou sua sensibilidade em
relação às variáveis de projeto, pois seu cálculo é trivial e é feito dentro do algoritmo de
otimização. Então, o processo pode ser descrito pelo fluxo de procedimentos mostrado na
Figura 2.10. A partir de um conjunto de densidades pré-estabelecidas faz-se a análise via
MEF para obtenção dos deslocamentos nos nós dos elementos; calcula-se a flexibilidade
média da estrutura e a sensibilidade da função objetivo em relação às variáveis de projeto;
altera-se a sensibilidade analítica com uso de um esquema de regularização, no caso deste
trabalho o filtro sensibilidade de Sigmund; aplica-se o algoritmo de otimização, no caso deste
trabalho critério de optimalidade, para obtenção de um novo conjunto de variáveis de projeto,
de maneira que seu somatório obedeça à fração de volume adotada; verifica-se se o critério de
convergência foi atingido. O procedimento se repete até que a condição de parada seja
satisfeita.
Figura 2.10 – Fluxograma do procedimento de OT utilizado.
inicialização
Análise via MEF
Aplicação de filtros de correção
Critério de otimização
Não
con
verg
e
Solução ótima
Otimização de topologia aplicada a estruturas bi e tridimensionais 30
V. M. P. Santos Capítulo 5
O fluxo de procedimentos apresentado na Figura 2.10 aplica-se tanto à ABE
quanto à AVN.
V. M. P. Santos Capítulo 4
CAPÍTULO 3
FORMULAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DOS PROBLEMAS BI
E TRIDIMENSIONAL
Neste capítulo serão apresentados os conceitos relativos à análise de estruturas
pelo Método dos Elementos Finitos (MEF) e os detalhes das implementações computacionais
realizadas para obtenção dos resultados apresentados no Capítulo 4. Apontar-se-á o sistema de
coordenadas e de enumeração escolhido na representação dos elementos finitos bi-
dimensionais e tri-dimensionais e em seguida serão expostas as funções de interpolação
linear, compatibilidade e constitutivas do material para compor o cálculo da matriz de rigidez
dos elementos retangulares e hexaédricos.
3.1. EQUAÇÕES GERAIS DA ELASTICIDADE
Os problemas de análise de tensões e deformações no regime elástico linear em
três dimensões envolvem a determinação de seis componentes de tensão e seis componentes
de deformação. A Figura 3.1 representa as tensões em um elemento infinitesimal da estrutura
e as expressões (3.1) e (3.2) representam as componentes de tensão e de deformação,
respectivamente, em qualquer ponto da estrutura de coordenadas (x, y, z), escrita em forma
matricial.
Figura 3.1 – Tensões atuando em um volume infinitesimal representativo da estrutura em 3D.
y
y
xx
yzyx
xz
xy
z
zyzx
xz
xy
yxyz
Otimização de topologia aplicada a estruturas bi e tridimensionais 32
V. M. P. Santos Capítulo 5
xy
xz
yz
z
y
x
zyx
),,(σ (3.1)
xz
yz
xy
z
y
x
ε
ε
ε
zyx
),,(ε (3.2)
A relação tensão x deformação depende das propriedades físicas do material e, no
caso de materiais com comportamento elástico linear, pode ser representada genericamente
pela expressão matricial (3.3). A matriz E é denominada matriz constitutiva elástica é dada
pela expressão (3.4).
εEσ (3.3)
2
2100000
02
210000
002
21000
0001
0001
0001
211
E
E (3.4)
No caso em que a hipótese de pequenas deformações e de pequenos
deslocamentos é atendida, a relação entre deformações e deslocamentos em um ponto
qualquer de coordenadas (x, y, z) é expressa pela equação matricial (3.5), denominada
equação de compatibilidade entre deformações e deslocamentos. No caso tridimensional o
operador diferencial é dado por (3.6).
uε (3.5)
Otimização de topologia aplicada a estruturas bi e tridimensionais 33
V. M. P. Santos Capítulo 5
xz
yz
xy
z
y
x
0
0
0
00
00
00
(3.6)
No caso bidimensional, as tensões importantes para a análise se reduzem a três e o
vetor de tensões é expresso por (3.7) e o das deformações por (3.8).
Figura 3.2 – Tensões atuando em uma área representativa da estrutura em 2D.
xy
y
x
yx
),(σ (3.7)
xy
y
x
ε
ε
yx
),(ε (3.8)
Otimização de topologia aplicada a estruturas bi e tridimensionais 34
V. M. P. Santos Capítulo 5
Para estruturas em estado plano de tensões, há deformações z, mas a mesma pode
ser calculada a partir das deformações x e y, não sendo portando necessária no
equacionamento do problema. A matriz constitutiva elástica fica então reduzida à forma
apresentada em (3.9) e o operador diferencial se reduz ao apresentado em (3.10).
2
2100
01
01
1 2
E
E (3.9)
xy
y
x
0
0
(3.10)
As equações (3.1) a (3.10) referem-se a sistemas contínuos, ou seja, são válidas
em qualquer ponto de coordenadas (x, y, z), no caso tridimensional, ou de coordenadas (x, y),
no caso bidimensional.
3.2. ANÁLISE PELO MEF
A análise desenvolvida neste trabalho baseia-se no Método dos Elementos Finitos
(MEF), um método para análise de sistemas discretos, em sua formulação em deslocamentos.
Esse tipo de análise é utilizada em casos em que a descrição do comportamento global da
estrutura com uso de equações genéricas como as apresentadas de (3.1) a (3.10) se torna
muito complexo e de difícil solução. Nesse caso, descreve-se o contínuo por um conjunto de
elementos, os quais representam partições do mesmo, e descreve-se o campo de
deslocamentos em qualquer ponto no interior do elemento em função dos deslocamentos em
pontos discretos denominados nós. A Figura 3.3 apresenta os dois elementos finitos utilizados
neste trabalho: um elemento plano quadrangular com 4 (quatro) nós, denominado Q4, usado
nas análises bidimensionais; e um elemento hexaédrico com 8 (oito) nós, denominado H8,
usado nas análises tridimensionais.
Otimização de topologia aplicada a estruturas bi e tridimensionais 35
V. M. P. Santos Capítulo 5
(a) (b)
Figura 3.3 – Exemplos de elementos finitos: (a) elemento quadrangular com 4 nós para problemas
bidimensionais (Q4); (a) elemento hexaédrico com 8 nós para problemas tridimensionais (H8).
Assim, o campo de deslocamentos no interior do elemento pode ser descrito com
a utilização de funções de interpolação Ni e a partir dos deslocamentos nodais iu do elemento
como mostra a expressão (3.11), que também pode ser apresentada na forma matricial (3.12).
NNEL
iii uzyxNzyxu
1
ˆ,,,, (3.11)
uNu ˆ (3.12)
Substituindo a expressão do campo de deslocamentos discretizado (3.12) na
relação de compatibilidade (3.5), tem-se a equação de compatibilidade do sistema discreto.
uBε ˆ (3.13)
Onde B é a chamada matriz de compatibilidade cinemática do sistema discreto, expressa por:
NB (3.14)
A energia de deformação elástica U do sistema discreto é dada pela equação
(3.15), enquanto que o trabalho das forças externas W é dado por (3.16).
V
T dVU εσ (3.15)
FnUQU T
S
T dSW ˆ (3.16)
Onde:
U - é o vetor de deslocamentos em qualquer ponto da estrutura;
Otimização de topologia aplicada a estruturas bi e tridimensionais 36
V. M. P. Santos Capítulo 5
U - é o vetor de deslocamentos nodais da estrutura;
Q - é o vetor de cargas distribuídas aplicadas à superfície S da estrutura;
F - é o vetor de cargas concentradas nos nós da estrutura.
Substituindo-se (3.3) e (3.13) em (3.15) e (3.12) em (3.16), tem-se:
UBEBU ˆˆ V
TT dVU (3.17)
FUQNU ˆˆˆ T
S
TT dSW (3.18)
O PTV conduz à expressão (3.19), a qual é válida qualquer que seja o conjunto de
deslocamentos nodais U . Assim, para que a expressão (3.19) seja válida, é necessário que a
expressão (3.20) seja verdadeira.
FQNUUBEBU ˆˆˆˆ
S
TT
V
TT dSdV (3.19)
FQNUBEB ˆˆ S
T
V
T dSdV (3.20)
A equação (3.20) pode ser resumida na forma (3.21), que representa o sistema de
equações algébricas, onde K representa a matriz de rigidez da estrutura.
FUK ˆˆ (3.21)
A matriz de rigidez da estrutura K é obtida pela montagem das matrizes de rigidez
dos elementos. A expressão (3.22) representa a matriz de rigidez de um elemento finito
preenchido por material sólido:
V
TS dVBΕBK (3.22)
3.2.1. Sistemas de coordenadas e sistemas de numeração nodal
As implementações do MEF trabalham normalmente com dois sistemas de
coordenadas e dois sistemas de numeração dos nós: o sistema global, que se refere a toda a
estrutura; e o sistema local, próprio do elemento. No sistema de coordenadas global são
medidos os deslocamentos nodais da estrutura e as forças equivalentes. No sistema de
Otimização de topologia aplicada a estruturas bi e tridimensionais 37
V. M. P. Santos Capítulo 5
coordenadas locais são medidos deslocamentos no interior do elemento, tensões e
deformações. Para implementação é necessário que seja determinada a sequência de
enumeração dos nós nos dois sistemas.
Os elementos bidimensionais são representados em um plano cartesiano com
sistema local de coordenadas nas direções x e y e origem no centro do elemento como
mostrado na Figura 3.4(a). Os elementos tridimensionais são representados em um sistema de
coordenadas local com coordenadas nas direções x, y e z com origem no centro do elemento
como mostrado na Figura 3.4(b). Os nós do elemento recebem uma numeração local que pode
variar de acordo implementação. Neste trabalho utilizam-se as numerações locais
apresentadas da Figura 3.4.
(a) (b)
Figura 3.4 – Numeração dos nós nos sistemas de coordenadas locais dos elementos utilizados: (a) elementos
retangulares para as implementações em 2D; (b) coordenadas para elementos hexaédricos para as
implementações em 3D.
Os nós da malha de elementos finitos recebem também uma numeração global. O
sistema global de coordenadas tem coordenadas X e Y, no caso 2D, e X, Y e Z, no caso 3D.
Neste trabalho são usadas malhas regulares, fazendo com que seja fácil a implementação de
geração automática de malha. Os nós das estruturas bidimensionais são enumerados
primeiramente na direção Y, de cima para baixo e depois na direção X, como mostrado na
Figura 3.5(a). Os nós das estruturas tridimensionais são enumerados primeiramente na direção
Y, de cima para baixo, depois na direção Z, e por fim na direção X, como mostrado na Figura
3.5(b).
Os sistemas de coordenadas local e global são paralelos, diferenciando-se apenas
por uma translação dos eixos de coordenadas.
1
4
2
3
1
2
3
4
5
67
8
Otimi
V. M.
Figu
nas
liber
Figur
em z
3.2.2
unitá
caso
interp
ização de topo
P. Santos
ura 3.5 – Proce
Os g
direções do
dade por n
ra 3.6. Os g
, se for o ca
F
2. Funç
Uma
ário nas coo
do elemen
polação pod
jN
ologia aplicad
(a)
esso de enume
graus de lib
os eixos de
ó e as estru
graus de libe
aso.
Figura 3.6 – G
ões de int
a das princi
ordenadas d
nto Q4 util
dem ser des
xyx
(,
2n
da a estruturas
eração dos nós
berdade dos
e coordena
uturas 3D t
erdade são
(a)
Graus de liberd
terpolação
ipais caract
do nó a que
izado neste
scritas gener
jj
j
yx
yyx ()
2
s bi e tridimen
s da estrutura
(b)estrutura
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numerados
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(b)
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12
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1011
12
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38
Capítulo 5
struturas 2D;
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(3.23)
8
s
e
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s
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O
e
)
Otimização de topologia aplicada a estruturas bi e tridimensionais 39
V. M. P. Santos Capítulo 5
Onde as coordenadas xj e yj são as coordenadas dos nós do elemento, dadas por: x1 = x4 = - 0,5
e x2 = x3 = 0,5, e y1 = y2 = - 0,5 e y3 = y4 = 0,5.
A matriz das funções de interpolação N tem a forma apresentada em (3.24) e a
matriz de compatibilidade discreta B assume a forma apresentada em (3.25).
4321
4321
0000
0000
NNNN
NNNNN (3.27)
No caso do elemento H8, as funções de interpolação podem ser descritas
genericamente pela expressão (3.25) e a matriz das funções de interpolação N tem a forma
apresentada em (3.26).
jjj
jjjj zyx
zzyyxxzyxN
)()()(,,
(3.25)
Onde as coordenadas xj, yj e zj são as coordenadas dos nós do elemento, dadas por:
x1 = x2 = x3 = x4 = - 0,5 e x5 = x6 = x7 = x8 = 0,5; y1 = y2 = y5 = y6 = 0,5 e y3 = y4 = y7 = y7 = -
0,5; e z1 = z3 = z5 = z7 = - 0,5 e z2 = z4 = z6 = z8 = 0,5
821
821
821
000000
000000
000000
NNN
NNN
NNN
N (3.26)
(a) (b)
Figura 3.7 – Função de interpolação do nó j: (a) estruturas 2D; (b) estruturas 3D.
Otimização de topologia aplicada a estruturas bi e tridimensionais 40
V. M. P. Santos Capítulo 5
As funções de interpolação expressas em (3.23) e em (3.26) têm por característica
obter valor unitário no nó j e diminuir linearmente até chegar a zero nos demais nós.
3.3. MATRIZ DE RIGIDEZ DO ELEMENTO
A matriz de compatibilidade do sistema discreto no elemento Q4 é obtida
substituindo-se (3.24) em (3.14), sendo expressa em (3.27).
x
N
y
N
x
N
y
N
x
N
y
N
x
N
y
Ny
N
y
N
y
N
y
Nx
N
x
N
x
N
x
N
44332211
3321
4321
0000
0000
B (3.27)
A matriz de compatibilidade do sistema discreto no elemento H8 é obtida
substituindo-se (3.26) em (3.14), sendo expressa em (3.28).
x
N
z
N
x
N
z
N
x
N
z
Ny
N
z
N
y
N
z
N
y
N
z
Nx
N
y
N
x
N
y
N
x
N
y
Nz
N
z
N
z
Ny
N
y
N
y
Nx
N
x
N
x
N
882211
882211
882211
821
821
821
000
000
000
000000
000000
000000
B (3.28)
A matriz de rigidez do elemento é obtida substituindo-se (3.27) e (3.9), no caso
2D, ou (3.28) e (3.4), no caso 3D, em (3.22). No caso do elemento Q4 a matriz de rigidez é
uma matriz 8x8. No caso do elemento H8 a matriz de rigidez tem dimensões 24x24.
A matriz de rigidez da estrutura é calculada somando as matrizes de rigidez dos
elementos e posicionando-as de maneira correta na matriz levando em conta as enumerações
corretas dos nós nos elementos e na estrutura.
Otimização de topologia aplicada a estruturas bi e tridimensionais 41
V. M. P. Santos Capítulo 5
3.4. FLEXIBILIDADE MÉDIA DA ESTRUTURA
Flexibilidade é um conceito aplicado a um ponto da estrutura. Neste trabalho, a
medida de flexibilidade utilizada como função objetivo é expressa pela flexibilidade média da
estrutura. A flexibilidade média do elemento e, ce, é dada por:
V
Te dVc σε (3.29)
Substituindo as expressões (3.3) e (3.13) em (3.29) chega-se a:
e
C
TTee dVc uBΕBu ˆˆ (3.30)
Considerando-se a expressão (3.22) a função anterior pode ser escrita como:
eeT
eec uKu ˆˆ (3.31)
A flexibilidade média da estrutura é calculada como a soma das flexibilidades dos
elementos que a compõem e, portanto:
Nel
eecc
1
(3.32)
Substituindo-se (3.31) em (3.32), tem-se:
Nel
eee
Tec
1
ˆˆ uKu (3.33)
Ao aplicar o modelo SIMP calculado por (2.5) chega-se à expressão da
flexibilidade média da estrutura utilizada na implementação computacional:
Nel
eeS
Te
pec
1
ˆˆ uKu (3.34)
O vetor eu de deslocamentos nodais do elemento é um subconjunto do vetor de
deslocamentos da estrutura U, obtido pela resolução do sistema de equações (3.21).
V. M. P. Santos Capítulo 4
CAPÍTULO 4
RESULTADOS
Este capítulo apresenta os resultados obtidos pela implementação computacional
realizada neste trabalho e descrita no Capítulo 3. Para cada resultado serão descritas
inicialmente as dimensões da estrutura, o tamanho da malha e os parâmetros pertinentes ao
processo como raio do filtro de Sigmund, o coeficiente de penalização do modelo SIMP, os
vínculos de apoio e a distribuição dos carregamentos.
Em todos os casos utilizou-se módulo de elasticidade E0 = 1,0 e coeficiente de Poisson
ν = 0,25. Ressalta-se que os valores das propriedades do material não influenciam a topologia
ótima, mas apenas o valor da função objetivo para essa topologia.
4.1. EXEMPLO 1
Apresenta-se a seguir a OT de uma viga bi-apoiada com carga pontual aplicada no
meio do vão localizada na face superior, como ilustra a Figura 4.1.
Figura 4.1 – Viga analisada no exemplo 1.
Primeiramente foi feita a análise para malha de 120 x 20 elementos, com e sem
esquema de regularização. Na análise com esquema de regularização utilizou-se o filtro de
sensibilidade de Sigmund com raio rmin igual a 1,6 elementos. Em ambas as análises utilizou-
se o fator de penalidade p igual a 3 e que o volume da estrutura corresponda a 50% do volume
estendido. Os resultados obtidos são apresentados nas Figuras 4.2(a) e (b).
6 6
2
1
Otimização de topologia aplicada a estruturas bi e tridimensionais 43
V. M. P. Santos Capítulo 5
A seguir, fez-se a análise da mesma estrutura variando-se a malha com o intuito de
comprovar que o filtro de sensibilidade fornece resultados independentes da malha. Como o
raio do filtro de sensibilidade é medido em função do número de elementos, seu valor
aumenta na mesma proporção em que cresce o número de elementos da malha, a fim de que o
filtro atue sobre a mesma região do domínio estendido. Os resultados obtidos são
apresentados nas Figuras 4.2(a) a (f).
Resultados sem esquema de regularização Resultados com esquema de regularização
(a)
(b)
(c)
(d)
(e) (f)
Figura 4.2 – Topologias ótimas para as análises do exemplo 1: (a) malha de 150 x 25 sem esquema de
regularização; (b) malha de 150 x 25 e rmin = 2; (c) malha de 180 x 30 sem esquema de regularização; (d) malha
de 180 x 30 e rmin = 2,4; (e) malha de 240 x 40 sem esquema de regularização; (f) malha de 240 x 40 e rmin = 3,2.
Os resultados apresentados nas Figuras 4.2(a), (c) e (e) mostram resultados sujeitos à
instabilidade de tabuleiro de xadrez. Observa-se também que as soluções são qualitativamente
diferentes, evidenciando solução dependente da malha. O problema pode ser corrigido com o
uso do filtro de sensibilidade como mostra os resultados das Figuras 4.2 (b), (d) e (f). Essas
soluções são qualitativamente equivalentes e livres dos trechos em tabuleiro de xadrez.
Observa-se ainda que a flexibilidade média da estrutura obtida com uso do filtro de
sensibilidade é maior que a da estrutura obtida sem seu uso. Tal se dá porque, na análise com
o filtro, as soluções das Figuras 4.2(a), (c) e (e) foram excluídas da região viável do problema.
4.2. EXEMPLO 2
A seguir modifica-se a posição da carga para a viga bi-apoiada do exemplo anterior
como ilustra a Figura 4.3.
Otimização de topologia aplicada a estruturas bi e tridimensionais 44
V. M. P. Santos Capítulo 5
(a)
(b)
(c)
(d)
(e)
(f)
Figura 4.3 – Viga analisada no exemplo 2 com malha de 120 x 40 e rmin = 1,5 elementos: (a) caso de carga A;
(b) caso de carga B; (c) caso de carga C; (d) caso de carga D(e) caso de carga E; (f) caso de carga F..
Em todas as análises foram utilizadas uma malha de 120 x 40 elementos, raio do filtro
de sensibilidade rmin igual a 1,5, fração de volume igual a 50% do volume estendido e fator de
penalização p igual a 3. Os resultados obtidos são apresentados na Figura 4.4. Observa-se a
mudança na solução à medida que a carga muda de posição.
6 6
4
1
6 6
4
1
3 9
8
1
3 9
4
1
4 4
8
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1
4 4
8
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4
1
Otimização de topologia aplicada a estruturas bi e tridimensionais 45
V. M. P. Santos Capítulo 5
(a)
(b)
(c)
(d)
(e) (f)
Figura 4.4 – Topologias ótimas para as análises do exemplo 2: (a) caso de carga A; (b) caso de carga B; (c) caso
de carga C; (d) caso de carga D; (e) caso de carga E; (f) caso de carga F.
4.3. EXEMPLO 3
Uma situação comum em projeto é a verificação para combinações de carregamento
definidas em norma. A mesma estrutura deve estar segura para duas ou mais combinações, as
quais vão provocar esforços limites em elementos diversos que atuarão em momentos
diversos da vida útil da estrutura. No caso da otimização, essa situação pode ser representada
por cargas não simultânas. Têm-se então tantos vetores de cargas nodais quantas forem as
combinações de carregamento consideradas e, em consequência, tem-se o mesmo número de
configurações de deslocamentos nodais. Nesse caso, há várias formas de se considerar a
função objetivo. Neste trabalho a função objetivo considerada será a soma da flexibilidade
média da estrutura nas combinações de carregamento.
A fim de exemplificar a potencialidade da técnica em projeto, será analisada uma
situação em que se têm duas cargas representando combinações distintas de carregamento.
Para tanto, analisa-se a seguir a viga do exemplo 2 com combinação de carregamento formada
pelos casos A e B, não simultâneos. Analisa-se também a combinação de carregamento
formada pelos casos C e D, não simultâneos. Os resultados são apresentados na Figura 4.5.
Otimização de topologia aplicada a estruturas bi e tridimensionais 46
V. M. P. Santos Capítulo 5
(a) (b)
(c) (d)
Figura 4.5 – Topologias ótimas para as análises do exemplo 3: (a) caso de carga A+B, simultâneas; (b) caso de
carga A+B, não simultâneas; (c) caso de carga C+D, simultâneas; (d) caso de carga C+D, não simultâneas.
Observa-se que ao contrário doque se pode imaginar os resultados para cargas
simultâneas e não simultâneas para os mesmos carregamentos não necessáriamente são iguais.
4.4. EXEMPLO 4
Analisa-se a seguir a viga do exemplo 2 prescrevendo-se um furo e uma região em que
obrigatoriamente deve haver material. A Figura 4.6 ilustra as regiões que devem ser prescritas
com ausência e com obrigatoriedade de existência de material na região representada pelo
quadrado de lado 1 no interior da estrutura.
Figura 4.6 – Viga analisada no exemplo 4 com malha de 120 x 40 e rmin = 1,5 elementos: (a) caso de ausência
obrigatória de material; (b) caso de presença obrigatória de material.
1
8
8
4
1
0,5
0,5
1,0
1
8
8
4
1
0,5
1,0
2,5
Otimização de topologia aplicada a estruturas bi e tridimensionais 47
V. M. P. Santos Capítulo 5
A Figura 4.7 apresenta os resultados da análise do exemplo 4. Observa-se que o
algoritmo de otimização teve sucesso ao conduzir a topologias ótimas atendendo aos
requisitos de projeto de ausência e de presença obrigatória de material.
Figura 4.7 – Topologias ótimas para as análises do exemplo 4: (a) ausência de material no retângulo interno;
(b) presença obrigatória de material no retângulo interno.
4.5. EXEMPLO 5
O quinto exemplo em duas dimensões analisado neste capítulo é uma viga engastada
na extremidade esquerda, como mostra a Figura 4.8. Foram analisados 3 casos de carga
pontual na extremidade direita: no canto superior; no meio; e no canto inferior. Utilizou-se
uma malha de 80x50 elementos, aplicou-se filtro de sensibilidade com raio rmin igual a 1,5
elementos. Adotou-se fator de penalidade p do modelo SIMP com valor 3 e fração de volume
de 50%.
(a) (b) (c)
Figura 4.8 – Viga do exemplo 5 com malha de 80 x 50 e rmin = 2,0 elementos: (a) caso de carga A; (b) caso de
carga B; (c) caso de carga C.
A Figura 4.9 apresenta os resultados obtidos para os casos de carga indicados na
Figura 4.8.
8
5
1
8
51
8
5
1
Otimização de topologia aplicada a estruturas bi e tridimensionais 48
V. M. P. Santos Capítulo 5
(a) (b) (c)
Figura 4.9 – Topologias ótimas para a viga do exemplo 5: (a) caso de carga A; (b) caso de carga B; (c) caso de
carga C.
Por fim, obtém-se a topologia ótima da viga em questão com uma combinação dos
casos de carga A e C agindo simultaneamente e em separado.
(a)
(b)
Figura 4.10 – Topologias ótimas para a viga do exemplo 5: (a) caso de carga A+C, simultâneas; (b) caso de
carga A+C, em separado.
4.6. EXEMPLO 6
Osexto exemplo apresentado neste capítulo analisa uma viga engastada com
modelagem tridimensional, Utilizou-se uma malha de e 10x10x16 elementos, aplicou-se filtro
de sensibilidade com raio rmin igual a 1,5 elementos. Adotou-se fator de penalidade p do
modelo SIMP com valor 3 e fração de volume de 50% e está representada Figura 4.11.
Otimi
V. M.
Figu
dire
ização de topo
P. Santos
ura 4.11 – Vig
eita.(c) carga d
y
y
ologia aplicad
(a)
(c)
ga do exemplo
distribuída no
x
z
z
x
da a estruturas
o 6: (a) carga n
canto inferior
apenas n
s bi e tridimen
no meio da fac
r da face direi
nos nós no me
nsionais
ce direita; (b)
ita; (d) condiç
io da espessur
(b)
(d)
carga pontual
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ra .
R
R
xy
z
y
z
)
)
l no canto infe
restritas nas tr
Restrito em x e
Restrito em x, y
x
x
49
Capítulo 5
erior da face
rês direções
e y
e z
9
Otimização de topologia aplicada a estruturas bi e tridimensionais 50
V. M. P. Santos Capítulo 5
A Figura 4.12 apresenta os resultados tridimensionais para os casos mostrados na
Figura 4.11
(a)
(b)
(c)
(d)
Figura 4.12 – resultados das vigas 3D: (a) carga no meio da face direita; (b) carga pontual no canto inferior da
face direita.(c) carga distribuída no canto inferior da face direita; (d) condições de apoio restritas nas três
direções apenas nos nós no meio da espessura .
V. M. P. Santos Capítulo 5
CAPÍTULO 5
CONCLUSÕES E SUGESTÕES
O objetivo principal deste trabalho consistia em uma implementação de técnicas de
otimização de topologia em linguagem C, pois as implementações existentes no âmbito da
Escola de Engenharia Civil da UFG, em MATLAB, não permitiam a otimização de topologia
de estruturas com grande número de variáveis. A implementação computacional
implementada apresentou resultados consistentes e as verificações iniciais corroboram tanto
os resultados da literatura quanto os obtidos na implementação em MATLAB para duas
dimensões.
Confirmaram-se as afirmativas que foram explicadas durante o trabalho como a
existência de instabilidade de tabuleiro de xadrez e de dependência de malhas sem a aplicação
de filtros. Mostrou-se também a eficiência do esquema de regularização para a eliminação
destas instabilidades numéricas.
O método produz resultados com características esperadas, demandadas pela mecânica
do problema, como a concentração de material nos locais próximos dos carregamentos e dos
apoios e a preferência do otimizador por resultados com peças contínuas o que mostra a
coerência da técnica com a realidade. O método é capaz de atender a muitos requisitos
demandados pelas situações de projeto como permitir que se estabeleçam a priori zonas com
presença obrigatória ou ausência obrigatória de material, assim como permite a consideração
de várias combinações de carregamento.
Para os casos 2D bi-apoiados verificou-se que todos os resultados analisados foram
constituídos principalmente de uma barra reta inferior e uma barra em arco superior com
barras no interior das duas ligando-as às cargas e acrescentando-se carregamentos acrescenta-
se também o numero de barras internas fazendo esta ligação.
Com os resultados envolvendo carregamentos simultâneos e não simultâneos observa-
se que um conjunto de carregamentos simultâneos nem sempre gera o mesmo resultado que o
mesmo conjunto de carregamentos ocasionados de maneira não-simultâneas isto ocorreu
somente quando foram aplicadas cargas em pontos simétricos de estruturas com condições de
apoio simétricas.
Otimização de topologia aplicada a estruturas bi e tridimensionais 52
V. M. P. Santos Capítulo 5
Os resultados tridimensionais, obtidos com a implementação em linguagem C são
coerentes com os resultados bidimensionais resultantes da implementação em linguagem
MATLAB®. Verifica-se também que os resultados tridimensionais tambem possuem um
comportamento condizendte com a mecânica do problema, percebendo-se a concentração de
material proximo dos carregamentos e das reações.
Como possibilidades de traalhos futuros, sugere-se a expansão e a continuação da
técnica de otimização bidimensional e tridimensional utilizando a linguagem C devido ao
podencial da linguagem, podendo ser implementadas outras condições de manufatura ou
outras restrições que podem ser importantes para os projetos.
Sugere-se também a utilização dos resultados para auxiliar os projetos estruturais
tendo em vista eficiencia das peças obtidas com esta técnina.
V. M. P. Santos Referências bibliográficas
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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