oswaldo cruz cultural - ed 24

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Uma publicação do Laboratório Oswaldo Cruz de São José dos Campos Ano V - n 24 - Nov/Dez 2011 - Distribuição gratuita e dirigida o REVISTA OSWALDO CRUZ CULTURAL LABORATÓRIO OSWALDO CRUZ Conselho Tutelar Os Conselhos Tutelares surgiram com a criação da Lei Nº. 8.069, de 13 de julho de 1990. Esta Lei, é conhecida como Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). No Brasil, os Conselhos Tutelares são órgãos municipais destinados a zelar pelos direitos das crianças e adolescentes. Sua competência e organização estão previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (artigos 131 a 140). O Conselho Tutelar é composto por cinco membros, eleitos pela comunidade para acompanharem as crianças e os adolescentes e decidirem em conjunto sobre qual medida de proteção para cada caso. Devido ao seu trabalho de fiscalização a todos os entes de proteção (Estado, comunidade e família), o Conselho goza de autonomia funcional, não tendo nenhuma relação de subordinação com qualquer outro órgão do Estado. Importante esclarecer que a autonomia do Conselheiro funcional não é absoluta. No tocante as decisões, estas devem ser tomadas de forma colegiada por no mínimo três Conselheiros, e não apenas por um ou dois deles. No tocante a questões funcionáis: fiscalização do cumprimento de horário de trabalho e demais questões administrativas o Conselheiro tem o dever da publicidade ao órgão administrativo ao qual vincula o Conselho Tutelar, assim como, é dever e função do "Considera-se criança, para os efeitos desta lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade" (art. 2º) legislador federal para candidatura a Conselheiro. Porém, como já dito acima, uma vez eleito, o Conselheiro poderia ser cassado pelo CMDCA se não manter os três critérios, na prática dois, já que nunca terá idade inferior, posteriormente. Não que se exigir formação superior, porque Conselheiro Tutelar não é técnico e não tem que fazer atendimento técnico, para isto deve requisitar o atendimento necessário. O que o Conselheiro Tutelar precisa é ter bom senso para se fazer presente onde violação de direitos ou indicios e possibilidades de violação e agir para cessá-la ou eliminar o risco de que ocorra. Para isto não deve fazer, mas requisitar os meios necessários a que se faça. Conselheiro Tutelar não é policial, não é técnico, não é Juiz é apenas o Zelador dos direitos da criança e do adolescente e deve requisitar ações que os garanta ou representar contra sua inobservância ao Ministério Público e Poder Judiciário para que estes façam os mesmos valer, quando administrativamente não conseguirem tal intento. O exercício efetivo da função de Conselheiro Tutelar constitui serviço público relevante e lhe assegurará prisão especial, em caso de crime comum, até definitivo julgamento. CMDCA - Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, fiscalizar a permanência dos pré- requisitos exigidos pelo ECA aos Conselheiros Tutelares, em especial o da idoneidade moral e residencia no município, podendo suspender ou mesmo pelo voto de censura demitir Conselheiro que comprovadamente, em processo que assegure direito de defesa e contraditório, e pelo voto da maioria dos Conselheiros (sugerindo- se 2/3 dos membros para maior segurança da deliberação) perca os pré-requisitos. Conhecer os direitos da criança e do adolescente não é pré-requisito para candidatura a Conselheiro Tutelar. Desconhecê-los porém pode ser motivo para canssação de Conselheiro eleito e em exercício de mandato. Logo, uma vez eleito, o Conselheiro tem o dever de aprender e conhecer profundamente os direitos da Criança e do Adolescente aos quais tem a função de zelar. Para ser Conselheiro Tutelar, a pessoa deve ter mais de 21 anos, residir no município,e reconhecida idoneidade moral, mas cada município pode criar outras exigências para a candidatura a Conselheiro, como carteira nacional de habilitação ou nível superior. Há controversia sobre isto. Havendo um entendimento majoritário de que o Município não pode acrescentar critérios aos pré-estabelecidos pelo 18 de novembro: DIA DO CONSELHEIRO TUTELAR (continua na página 5)

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Revista Oswaldo Cruz Cultural - São José dos Campos - SP

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Page 1: Oswaldo Cruz Cultural - Ed 24

Uma publicação do Laboratório Oswaldo Cruz de São José dos CamposAno V - n 24 - Nov/Dez 2011 - Distribuição gratuita e dirigidao

REVISTA

OSWALDO CRUZCULTURAL

LABORATÓRIO

OSWALDO CRUZ

Conselho TutelarOs Conselhos Tutelares surgiram

com a criação da Lei Nº. 8.069, de 13de julho de 1990. Esta Lei, éconhecida como Estatuto da Criançae doAdolescente (ECA).

No Brasil, os Conselhos Tutelaressão órgãos municipais destinados azelar pelos direitos das crianças eadolescentes. Sua competência eorganização estão previstas noEstatuto da Criança e do Adolescente(artigos 131 a 140).

O Conselho Tutelar é compostopor cinco membros, eleitos pelacomunidade para acompanharem ascrianças e os adolescentes edecidirem em conjunto sobre qualmedida de proteção para cada caso.Dev ido ao seu t raba lho defiscalização a todos os entes deproteção (Estado, comunidade efamília), o Conselho goza deautonomia funcional, não tendonenhuma relação de subordinaçãocom qualquer outro órgão do Estado.

Importante esclarecer que aautonomia do Conselheiro funcionalnão é absoluta. No tocante asdecisões, estas devem ser tomadasde forma colegiada por no mínimotrês Conselheiros, e não apenas porum ou dois deles. No tocante aquestões funcionáis: fiscalização documprimento de horário de trabalho edemais questões administrativas oConselheiro tem o dever dapublicidade ao órgão administrativoao qual vincula o Conselho Tutelar,assim como, é dever e função do

"Considera-se criança, para osefeitos desta lei, a pessoa até dozeanos de idade incompletos, eadolescente aquela entre doze edezoito anos de idade" (art. 2º)

l e g i s l a d o r f e d e r a l p a r acandidatura a Conselheiro. Porém,como já dito acima, uma vez eleito, oConselheiro poderia ser cassado peloCMDCA se não manter os trêscritérios, na prática dois, já que nuncaterá idade inferior, posteriormente.Não há que se exigir formaçãosuperior, porque Conselheiro Tutelarnão é técnico e não tem que fazeratendimento técnico, para isto deverequisitar o atendimento necessário.O que o Conselheiro Tutelar precisa éter bom senso para se fazer presenteonde há violação de direitos ouindicios e possibilidades de violação eagir para cessá-la ou eliminar o riscode que ocorra. Para isto não devefazer, mas requisitar os meiosnecessár ios a que se faça.Conselheiro Tutelar não é policial,não é técnico, não é Juiz é apenas oZelador dos direitos da criança e doadolescente e deve requisitar açõesque os garanta ou representar contrasua inobservância ao MinistérioPúblico e Poder Judiciário para queestes façam os mesmos valer,quando administrativamente nãoconseguirem tal intento.

O exercício efetivo da função deConselheiro Tutelar constitui serviçopúblico relevante e lhe asseguraráprisão especial, em caso de crimecomum, até definitivo julgamento.

CMDCA - Conselho Municipal dosDireitos da Criança e do Adolescente,fiscalizar a permanência dos pré-requisitos exigidos pelo ECA aosConselheiros Tutelares, em especialo da idoneidade moral e residencia nomunicípio, podendo suspender oumesmo pelo voto de censura demitirConselheiro que comprovadamente,em processo que assegure direito dedefesa e contraditório, e pelo voto damaioria dos Conselheiros (sugerindo-se 2/3 dos membros para maiorsegurança da deliberação) perca ospré-requisitos.

Conhecer os direitos da criança edo adolescente não é pré-requisitopara candidatura a ConselheiroTutelar. Desconhecê-los porém podeser motivo para canssação deConselheiro eleito e em exercício demandato. Logo, uma vez eleito, oConselheiro tem o dever de aprendere conhecer profundamente os direitosda Criança e do Adolescente aosquais tem a função de zelar.

Para ser Conselheiro Tutelar, apessoa deve ter mais de 21 anos,residir no município,e reconhecidaidoneidade moral , mas cadamunic íp io pode cr iar out rasexigências para a candidatura aConselheiro, como carteira nacionalde habilitação ou nível superior. Hácontroversia sobre isto. Havendo umentendimento majoritário de que oMunicípio não pode acrescentarcritérios aos pré-estabelecidos pelo

18 de novembro:

DIA DO CONSELHEIRO TUTELAR

(continua na página 5)

Page 2: Oswaldo Cruz Cultural - Ed 24

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Música

Na semana da música, que começaem 16 de novembro, nada melhor doque uma explicação prévia: a música ou

é uma forma de arteque se constitui basicamente emcombinar sons e silêncios seguindouma pré-organização ao longo dotempo.

Para que a história faça sentido énecessário saber algo sobre as musas:eram entidades mitológicas a quem eraatribuída, na Grécia Antiga, acapacidade de inspirar a criaçãoartística ou científica. Na mitologiagrega, eram as nove filhas deMnemosine e Zeus. a demuitos hinos, era a representação damúsica cerimonial ou sacra. O templodas musas era o , termo quedeu origem à palavra museu nasdiversas línguas indo-europeias comolocal de cultivo e preservação das artese ciências.

Não é tarefa fácil definir a música,porque a pesar de ser reconhecida portodos, é difícil encontrar um conceitoque abarque todos os significadosdessa prática. O fato de combinar sonse silências no tempo, sua definição foje,à medida que a música evoluciona,sendo mais fácil considerá-la como umaforma linguagem que se utiliza da voz,instrumentos musicais e outrosartifícios, para expressar algo à alguém,sendo considerada por diversos autorescomo uma prática cultural e humana.

Dentro dessa humanidade nos

arte das musas,

Polyhymnia,

Museion

EditorialporDiretor Presidentedo Laboratório Oswaldo Cruz

Dr. Héctor Enrique Giana

aflige ver hoje a Orquestra Sinfônicade São José dos Campos (OSSJC),ícone da música em sua expressãomais autêntica, prejudicada porexigências legais de fundamentaçãoobscura.

Dos 79 músicos que trabalhavam naOSSJC hoje já são em torno de 45,sendo demitidos os restantes pornegar-se a realizar avaliações impostaspela Fundação Cultural (FCCR). NaJustiça os músicos perderam porquesendo a OSSJC uma entidade privada

Expediente

Editor Geral:Produção:

Reportagem e Fotos:Editoração Eletrônica:Periodicidade: BimestralTiragem: 3.000 exemplaresDistribuição gratuita e dirigida

[email protected] (12) 3946 3711

Dr. Enrique GianaDepartamento de Comunicação &

MarketingClaudia M. S. de Lima

Paulo J. S. de Lima

* Matérias extraídas de Internet.

www.oswaldocruz.com

funcionários. Mesmo recorrendoao Ministério do Trabalho o qualnomeou um mediador que não foir econhec ido pe la Fundação .Conclusão: demissão em massa porjusta causa. Sorte grande da

já que naquele tempo nãoexistiam órgãos públicos!

Músicos importantes, sereshumanos de alta sensibilidade,poderiam ter recebido um tratamentomelhor no momento da demissão. Nãose pode confundir arte com relaçãoempregado/empregador. Nestacontenda, mesmo que aparentementehajam vitoriosos, todos saimosperdendo.

Ainda a OSSJC vai sofrer umamudança a partir do ano que vem, queteoricamente, não porá em risco suaexistência. Em 2012, o atual grupo deaproximadamente 45 membros seráconsideravelmente reduzido. Serãocontratados 31 músicos, um maestro eum spalla. Terão também redução nosalário.

Em fim, que os sons e silêncios quea musa inspira, possam continuarcirculando por nossa cidade para aalegria de nossos ouvidos e para aelevação de nossos espíritos.

Polyhymnia,

Projeto Oswaldo Cruz Cultural

Biblioteca Comunitária

LeveLeia&

Editorial

Page 3: Oswaldo Cruz Cultural - Ed 24

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casos onde atuam mais de umConselho Tutelar, os conflitos decompetência entre os Conselhosserão resolvidos pelo ConselhoMunicipal dos Direitos Da Criança edo Adolescente (CMDCA), a luz dasdisposições da Lei municipal.

Isso significa que , de acordo coma extensão territorial, a população e acomplexidade dos problemas sociaisdo município, a comunidade localpoderá definir em Lei a criação de umúnico Conselho Tutelar que centralizetodo o atendimento municipal ou devários Conselhos tutelares com áreasgeográficas de atuação claramentedefinidas.

A competência para o exercíciodas atribuições do(s) Conselho(s)será determinada pela delimitaçãoterritorial definida em Lei:

Um Conselho Tutelar: Todo oterritório municipal, responsável portodos os casos que exigem a suaintervenção no município.

Mais de Um Conselho Tutelar:Atendimento dos casos especificosde cada região delimitada, (conjuntode bairros, e zonas rural e urbana,etc.) limitando a atuação dosConselhos ao atendimento dos casosem cada região delimitada.

"Em cada municipio haverá, nominimo, um Conselho Tutelar"(Art.132).

infracional;7. expedir notificações;8. requisitar certidões de

nascimento e de óbito decriança ou adolescente quandonecessário;

9. assessorar o Poder Executivolocal na elaboração daproposta orçamentária paraplanos e programas deatendimento dos direitos dacriança e do adolescente;

10. representar, em nome dapessoa e da familia, contra aviolação dos direitos previstosno art. 220, §3º, inciso II, daConstituição Federal;

11. representar ao MinistérioPúblico, para efeito das açõesde perda ou suspensão dopátrio poder.

"Aplicam-se às atividades dosmembros do Conselho Tutelar, noexercicio de suas atribuições legais, osp a r â m e t r o s d e c o m p e t ê n c i ades t inados ás a t i v idades daautoridade judiciária (ECA) art. 147."

A competência do Conselho tutelarpara prestação de serviços àc o m u n i d a d e é o s e u l i m i t efuncional(conjunto de atribuiçõesdefinidas no ECA) e seu limiteterritorial (local onde pode atuar). Nos

Competências do Conselho Tutelar

Atribuições do Conselho Tutelar

1 . atender as cr ianças eadolescentes nas hipótesesprevistas nos arts.98 e 105,a p l i c a n d o a s m e d i d a sprevistas no art. 101, I a VII;

2. atender e aconselhar pais ouresponsável, aplicando asmedidas previstas no art.129, Ia VII;

3. promover a execução de suasdecisões, podendo para tanto:

a. requisitar serviços públicosn a s á r e a s d e s a ú d e ,educação, serviço social,previdência, trabalho esegurança;

b . r e p r e s e n t a r j u n t o àautoridade judiciária noscasos de descumprimentoi n j u s t i f i c a d o d e s u a sdeliberações;

4. encaminhar ao MinistérioPúblico notícia de fato quec o n s t i t u a i n f r a ç ã oadministrativa ou penal contraos direitos da criança e doadolescente;

5. encaminhar à autoridadejudiciária os casos de suacompetência;

6 . p rov idenc ia r a med idaestabelecida pela autoridadejudiciária, dentre as previstasno art. 101, de I a VI, para oadolescente autor do ato

COMEMORAÇÕES DO MÊS DE NOVEMBRO010203

0405

0708

09101112

Dia de Todos os SantosDia de FinadosDia do CabeleireiroInstituição do Direito e Voto daMulher (1930)Dia do InventorDia da Ciência e CulturaDia do Cinema BrasileiroDia do Radioamador e TécnicoEletrônicaDia do RadialistaDia Mundial do UrbanismoDia do RadiologistaDia do HoteleiroDia do TrigoDia do Soldado DesconhecidoDia do Diretor de EscolaDia do Supermercado

14151617181920

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222527

28

Dia Nacional da AlfabetizaçãoProclamação da RepúblicaSemana da MúsicaDia da CriatividadeDia do Conselheiro TutelarDia da BandeiraDia do Auditor InternoDia Nacional da Consciência NegraDia do EsteticistaDia do BiomédicoDia da HomeopatiaDia das SaudaçõesDia do MúsicoDia Nacional do Doador de SangueDia do Técnico da Segurança doTrabalhoDia Mundial de Ação de Graças

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10 de dezembro:Declaração Universal dosDireitos Humanos

A Declaração Universal dos DireitosHumanos foi adotada pela Organizaçãodas Nações Unidas em 10 de dezembrode 1948 (A/RES/217). Esboçadaprincipalmente por John PetersHumphrey, do Canadá, mas tambémcom a ajuda de várias pessoas de todo omundo - Estados Unidos, França, China,Líbano entre outros, delineia os direitoshumanos básicos.

Abalados pela barbárie recente ecom o intuito de construir um mundo sobnovos alicerces ideológicos, osdirigentes das nações que emergiramcomo potências no período pós-guerra,liderados por URSS e Estados Unidosestabeleceram na Conferência de Yalta,na Ucrânia, em 1945, as bases de umafutura "paz" definindo áreas deinfluência das potências e acertado acriação de uma Organização multilateralque promova negociações sobreconflitos internacionais, objetivandoevitar guerras e promover a paz e ademocracia e fortaleça os DireitosHumanos.

Embora não seja um documento que

representa obrigatoriedade legal,serviu como base para os dois tratadossobre direitos humanos da ONU, deforça legal, o Tratado Internacional dosDireitos Civis e Políticos, e o TratadoInternacional dos Direitos Econômicos,Sociais e Culturais. Continua a seramplamente citado por acadêmicos,advogados e cortes constitucionais.Especialistas em direito internacionaldiscutem com frequência quais de seusar t igos represen tam o d i re i tointernacional usual.

A Assembleia Geral proclama apresente Declaração Universal dosDireitos Humanos como o ideal comuma ser atingido por todos os povos e todasas nações, com o objetivo de que cadaindivíduo e cada órgão da sociedade,

tendo sempre em mente estaDeclaração, se esforce, através doensino e da educação, por promover orespeito a esses direitos e liberdades, e,pela adoção de medidas progressivasde caráter nacional e internacional, porassegurar o seu reconhecimento e a suaobservância universal e efetiva, tantoentre os povos dos próprios Estados-Membros, quanto entre os povos dosterritórios sob sua jurisdição.

O Cilindro de Ciro é considerado aprimeira declaração dos direitoshumanos registrada na história.

História

COMEMORAÇÕES DO MÊS DE DEZEMBRO01

02

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09

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Dia Internacional da Lutacontra a AIDSDia do ImigranteDia do NumismataDia Nacional do SambaDia da AstronomiaDia Pan-americano da SaúdeDia Nacional das RelaçõesPúblicasDia Internacional do Portadorde DeficiênciaDia da PropagandaDia do PedicuroDia do Orientador EducacionalDia Mundial da ImaculadaConceiçãoDia da FamíliaDia da JustiçaDia da Criança DefeituosaDia do FonoaudiólogoDia do Alcoólico RecuperadoDeclaração Universal DireitosHumanos

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141618202122232425282831

Dia Internacional dos PovosIndígenasDia Universal do PalhaçoDia do ArquitetoDia do EngenheiroDia do CegoDia do MarinheiroDia do ÓticoDia de Santa LuziaDia do Engenheiro Avaliador e Peritode EngenhariaDia Nacional do Ministério PúblicoDia do ReservistaDia do MuseólogoDia do MecânicoDia do AtletaInício do verãoDia do VizinhoDia do ÓrfãoNatalDia da LembrançaDia do Salva-vidasDia de São SilvestreReveillon

Segundo o Guinness Bookof World Records, aDeclaração Universal dosDireitos Humanos é odocumento traduzido nomaior número de línguas(337 em 2008). Em Maio de2009, o sítio oficial daDeclaração Universal dosDireitos Humanos davaconta da existência de 360traduções disponíveis.

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As ideias e valores dos direitoshumanos são traçadas através dahistória antiga e das crenças religiosas eculturais ao redor do mundo. O primeiroregistro de uma declaração dos direitoshumanos foi o cilindro de Ciro, escritopor Ciro, o grande, rei da Pérsia, porvolta de 539 a.C.. Filósofos europeus daépoca do Iluminismo desenvolveramteorias da lei natural que influenciaram aadoção de documentos como aDeclaração de Direitos de 1689 daInglaterra, a Declaração dos Direitos doHomem e do Cidadão de 1789 da Françae a Carta de Direitos de 1791 dosEstados Unidos.

Durante a Segunda Guerra Mundial,os aliados adotaram as QuatroLiberdades: liberdade da palavra e dalivre expressão, liberdade de religião,liberdade por necessidades e liberdadede viver livre do medo. A Carta dasNações Unidas

econvocou a todos seus estados-membros a promover

[2].

reafirmou a fé nosdireitos humanos, na dignidade e nosvalores humanos das pessoas

respeito universale observância do direitos humanos eliberdades fundamentais para todos,sem distinção de raça, sexo, língua oureligião

Quando as atrocidades cometidaspela Alemanha nazista tornaram-seconhecidas depois da Segunda Guerra,o consenso entre a comunidade mundialera de que a Carta das Nações Unidasnão tinha definido suficientemente osdireitos a que se referia[3][4] Umadeclaração universal que especificasseos direitos individuais era necessáriapara dar efeito aos direitos humanos.[5].

O canadense John Peters Humphreyfoi chamado pelo secretário-geral daNações Unidas para trabalhar no projetoda declaração. Naquela época,Humphrey havia sido recém-indicadocomo diretor da divisão de direitoshumanos dentro do secretariado dasNações Unidas[6]. A comissão dosdireitos humanos, um braço das NaçõesUnidas, foi constituída para empreendero trabalho de preparar o que erainicialmente concebido como Carta deDireitos. Membros de vários paísesforam designados para representar acomunidade global: Austrália, Bélgica,República Socialista Soviética daBielorrússia, Chile, China, Cuba, Egito,França, Índia, Irã, Líbano, Panamá,Filipinas, Reino Unido, Estados Unidos,União das Repúblicas SocialistasSoviéticas, Uruguai e Iugoslávia[7].Membros conhecidos incluíam EleanorRoosevelt dos Estados Unidos (esposado ex-presidente Franklin DelanoRoosevelt), Jacques Maritain e RenéCassin da França, Charles Malik doLíbano e P. C. Chang da China, entreoutros. Humphrey forneceu o esboçoinicial que tornou-se o texto de trabalhoda comissão.

A Declaração Universal foi adotadapela Assembleia Geral no dia 10 dedezembro de 1948 com 48 votos a favor,nenhum contra e oito abstenções (amaior parte do bloco soviético, comoBielorrússia, Tchecoslováquia, Polônia,Ucrânia, União soviética e Iugoslávia,além da África do Sul e ArábiaSaudita)[8].

Significado e Efeitos Legais

SignificadoEm seu preâmbulo, governos se

comprometem, juntamente com seuspovos, a tomarem medidas contínuaspara garantir o reconhecimento eefetivo cumprimento dos direitoshumanos, anunciados na Declaração.Eleanor Roosevelt apoiou a adoção daDUDH como declaração, no lugar detratado, porque acreditava que teria amesma influência na comunidadeinternacional que teve a Declaração deIndependência dos EUA para o povoamericano. Nisto, ela se provou correta.Mesmo não obrigando [governos]legalmente, a DUDH foi adotada ouinfluenciou muitas constituiçõesnacionais desde 1948. Tem se prestado

também como fundamento paraum crescente número de tratadosinternacionais e leis nacionais, bemc o m o p a r a o r g a n i z a ç õ e sinternacionais, regionais, nacionais elocais na promoção e proteção dosdireitos humanos.

Embora não formulada comotratado, a DUDH foi expressamenteelaborada para definir o significadod a s e x p r e s s õ e s “ l i b e r d a d e sfundamentais” e “direitos humanos”,constantes na “Carta da ONU”

[estatuto da ONU], obrigatória paratodos estados membros. Por estemotivo, a DUDH é documentoconstitutivo das Nações Unidas.Ta m b é m , m u i t o s a d v o g a d o sinternacionais tomam a DUDH comoparte da norma consuetudináriainternacional, constituindo-se numapoderosa ferramenta de pressãodiplomática e moral sobre governosque violam qualquer de seus artigos. AConferência Internacional de DireitosHumanos da ONU de 1968 anunciouque a DUDH “constitui obrigação paraos membros da comun idadeinternacional” em relação a todas aspessoas. A DUDH prestou-se afundamento para dois pactosinternacionais obrigatórios, o PactoInternacional de Direitos Humanos eCivis e o Pacto Internacional deDireitos Econômicos, Sociais eCulturais e seus princípios estãodetalhados em tratados internacionaistais como Convenção Internacionalsobre a Eliminação de todas asFormas de Discriminação Racial,Convenção sobre a eliminação detodas as formas de discriminaçãocont ra a mulher, ConvençãoInternacional sobre os Direitos daCriança, Convenção contra a Tortura eOutros Tratamentos ou Penas Cruéis,Desumanos ou Degradantes e muitosoutros. A DUDH é amplamente citadapor governantes, acadêmicos,advogados e cortes constitucionaisbem como por indivíduos que apelam aseus princípios para proteger seusdireitos humanos.

Efeitos legais

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opereta de Offenbach, Orfeu no Inferno,onde um de seus temas musicais, o Can-Can, adquiriu notoriedade internacional. Afama e a popularidade de Offenbachsubiram às alturas. Num espaço de dez anosele escreveu noventa operetas, a maioria degrande sucesso, como La Belle Hélène, LaVie Parisienne, La Grande-duchesse deGérolstein e La Princesse de Trébizonde.Segundo Carpeaux, Offenbach regeu o can-can que as platéias dançavam, sendo umparticipante embriagado e espectador cínicoda orgia.

A derrota dos franceses na guerrafranco-prussiana de 1870 e os incêndios dacomuna de Paris colocaram um final natemporada de danças, risos e champanhe.Offenbach, apesar de suas raízes alemãs,considerava-se um genuíno parisiense, eentrou em profunda depressão após ahumilhante derrota sofrida pela França, anteas tropas de Otto von Bismarck.

Depois de um malogrado tour pelosEstados Unidos e com sua fortunadilapidada, Offenbach passou a demonstrarum amargo arrependimento por terdesperdiçado seu talento, compondomúsicas populares e de gosto duvidoso.Atraído pelas histórias fantásticas do escritore compositor alemão Ernst TheodorAmadeus Wilhelm Hoffmann, ele se lançoufebrilmente na tarefa de compor uma óperaséria que ficasse para a posteridade.

Com 60 anos e muito doente, eletrabalhou com afinco para concluir

. O criador de operetas,não conseguiu realizar o grande sonho deassistir a montagem de sua primeira grandeópera de sucesso. Ele morreu em Paris, nodia cinco de outubro de 1880 e a estréia desua jóia musical só iria ocorrer cinco mesesapós.Aopera foi considerada o maior eventoda temporada, atingindo um recorde de 101apresentações.

Oscontos de Hoffmann

Robert Schumann

BiografiaRobert Schumann (Zwickau, 8 de junho

de 1810 — Endenich, Bonn, 29 de julho de1856) foi um músico e pianista alemão.Nasceu na Saxônia filho de um livreiro,August Schumann e Johanna Schumann.

Como o seu pai era bibliotecário,

Jacques Offenbach

BiografiaJacob Ebert

Jacques Offenbach, mais conhecido como

(Colônia, Alemanha, 20de junho de 1819 - Paris, França, 5 de outubrode 1880), compositor e violoncelista francêsde origem alemã da Era Romântica, foi umpaladino da opereta e um percursor do teatromusical moderno. Aprendeu os primeiroselementos de música com seu pai, Isaac,

(cantor) da sinagoga da cidade. Aosdoze anos, Jacob era um exímio violoncelista,e a família decidiu enviá-lo a Paris, onde iriareceber uma melhor educação musical. Apósum ano de estudos o jovem músico passou aatuar na orquestra do Théâtre national del'Opéra-Comique, quando desenvolveuparceria musical e uma grande amizade com opianista e compositor Friedrich von Flotow. Ocompositor adotou uma nova identidade, etrocou seu sobrenome para Offenbach, numahomenagem à cidade natal de seu pai,Offenbach am Main.

Considerado pela crítica como o "Liszt dovioloncelo", ele não só se dedicou a comporvárias obras para esse instrumento, bemcomo participou de uma série de concertosnas principais capitais européias. Na cortelondrina, apresentou-se para a Rainha VitoriaI e o príncipeAlberto.

Em 1858, Paris começou a viver o períodode frivolidade e decadência do SegundoImpério. A cidade, administrada pelo BarãoGeorges-Eugène Haussmann, passava porum moderno processo de urbanização,caracterizado pela abertura de novas eamplas avenidas, chamadas . Osespetáculos teatrais começaram a explorarcom humor, o espírito, a inteligência e odivertimento, característicos da vidaparisiense.

Foi nesta época que estreou a primeira

chazan

boulevards

Schumann, pode descobrir comfacilidade a obra de Shakespeare,verdadeiro emblema para os jovens que serebelavam contra a or todox ia doClassicismo.Lendo também á obra maisatual de Lord Byron e também outros autorescomo Walter Scott e Jean Paul, escritor queRobert admirava ao ponto de em 1828,empreender uma peregrinação a Bayreuthpara visitar o seu túmulo.

Em 1826 o seu pai morreu, fato queRobert jamais superou em razão do enormesofrimento da sua perda. Pouco depoisviajou até Leipzig, a cidade de JohannSebastian Bach, a fim de matricular-se nafaculdade de Direito. Mais tarde emHeidelberg, retomou o estudo das leis,inscrevendo-se na cátedra de JustusTh ibaut . Todav ia , os verdade i rosensinamentos deste grande filósofocomeçariam após o horário escolar, quandoeste se reunia com o aluno para lheconfessar que era a música a sua verdadeirapaixão. O facto de ter conhecido a pianistaIgnaz Moscheles e o fascínio por NiccolóPaganini acabaram por lhe determinar odestino.

Em 1830, em Leipzig passou a dedicar-se exclusivamente à música, com auxílio deseu professor Friedrich Wieck e HeinrichDorn, mestre de capela da catedral daquelacidade.

Enquanto este último lhe ensinoucomposição e harmonia, o primeirotransmitiu-lhe o amor pelo piano. Porém, emcasa de Wieck, Schumann descobriu umoutro importante foco de afeto: Clara,consumidora entusiasta de poesia eprometedora do piano. Robert apaixonou-seperdidamente por ela, sendo algumas dassuas obras dedicadas a ela. Somente a

GRANDES COMPOSITORES

Especial IporDiretor Presidentedo Laboratório Oswaldo Cruz

Dr. Héctor Enrique Giana

Page 7: Oswaldo Cruz Cultural - Ed 24

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adiar o casamento até 1840.Tendo o sonho de se tornar um solista,

viu-se incapacitado devido a seu interessepela composição, actividade que apreciavabastante.

A sua tendência era revolucionária naépoca, não gostava das - usando suaspróprias palavras - áridas escolas docontraponto e da harmonia. Teve na análisedas obras de Mozart, Schubert e Beethoven,dentre outros, sua principal influênciacomposicional.

Em conjunto com amigos e intelectuaisda época fundou o Neue Zeitschrift für Musik(Nova Revista para a Música). Um jornalvoltado para a música, em 1834. Nos dezanos em que esteve à frente deste, teve umarica produção artística.

Foi diretor musical na cidade deDüsseldorf em 1850. Foi forçado a renunciaro cargo em 1854, devido ao seu estadoavançado de doença mental,(ele estariaescutando a nota lá em todos os lugares, oque lhe perturbou profundamente) causadopor uma séria inflamação do ouvido, que oafligia desde pequeno, tendo tentado suicídionesse ano. Acabou internando-se num asilo eveio a falecer em 29 de julho de 1856 no Asilode Endenich, perto de Bonn,Alemanha.

(Munique, 11 dejunho de 1864 - Garmisch-Partenkirchen, 8de setembro de 1949) foi um compositor emaestro alemão. Ele é considerado um dosmais destacados representantes da músicaentre o final da Era Romântica e o início daIdade Moderna.

O seu pai, Franz Strauss, era primeirotrompista da orquestra da Ópera de Munique,tendo participado da estreia de Tristão eIsolda e Die Meistersinger, sendo muitoelogiado pelo próprio Wagner, que gostavade ouvi-lo tocar solos das partes de trompa desuas óperas e pediu-lhe que revisasse aspartes desse instrumento na partitura deSiegfried. Ainda criança, Strauss estudouviolino e harpa com membros dessa mesmaorquestra, e antes de completar dez anos, jáhavia escrito uma serenata para instrumentosde sopro.

Em 1885 Richard Strauss tornou-seassistente do célebre regente Hans vonBülow em Meiningen e, um mês mais tarde,tornou-se regente titular daquela orquestra.Foi também diretor da Ópera de Weimar

Richard Strauss

BiografiaRichard Georg Strauss

(1886), Berlim (1898), e Viena (1919-1924).

Em 1894 ele foi convidado por CosimaWagner a reger Tannhäuser em Bayreuth,tornando-se amigo da viúva de Wagner.

Entre 1886 e 1898 Richard Straussassombrou o mundo com uma série depoemas sinfônicos e sinfonias. Em 1893 elese casou com a soprano Pauline de Ahna, aprimeira a cantar o papel de Freihild em suaprimeira ópera, Guntram. Mas quando eleconheceu o poeta Hugo von Hofmannsthalpor volta de 1909, uma nova fase se abriu naprodução musical de Richard Strauss,dedicada principalmente à ópera.

Durante a Primeira Guerra MundialRichard Strauss foi ardente partidário dadinastia dos Hohenzollern. Apesar disso,durante a década que se seguiu à derrota daA lemanha o mús ico fo i aco lh idointernacionalmente com calor e respeito.

Em 1923 Richard Strauss esteve noBrasil, onde deu memoráveis concertos noRio de Janeiro e em São Paulo.

Após a subida ao poder de Hitler (1933),Richard Strauss aceitou ser nomeado diretordo (1934). Isso temlevado a suspeitas de simpatia com onazismo, o que fez com que o compositorsofresse o desdém de outros músicos queprotestaram veementemente contra o regimenazista, entre os quais Toscanini, ArthurRubinstein e Otto Klemperer. É sabido queStrauss dedicou uma canção a JosephGoebbels, ministro da propaganda daAlemanha Nazista. Richard Strauss não seriaantissemita. Isso pode ser provado pelo fatode ele ter colaborado com um escritor judeu,Stefan Zweig, autor do libreto de uma de suasóperas, Die Schweigsame Frau (Stefan

Reichsmusikkammer

suicídio), e pelo fato de que ele fez tudopara defender sua nora, que era judia. Apósa derrota de Hitler em 1945 os Aliadosinstalaram na Alemanha um comitê de de-nazificação, e Richard Strauss foi chamadoa depor, mas o tribunal o inocentou dequalquer filiação ao partido nazista.Convidado a reger seus concertos emL o n d r e s e m 1 9 4 7 , f o i r e c e b i d oentusiasticamente.

Pouco depois Richard Strauss compôssua última obra, Vier Letzte Lieder ("QuatroÚltimas Canções"). Morreu pacificamenteem sua casa em Garmish-Partenkirchen, a 8de setembro de 1949. Encontra-sesepultado em ,Garmisch, Baviera na Alemanha.

Como compositor de óperas, pode-sedizer que a maioria das óperas de RichardStrauss tem por título um nome de mulher eestá centrada num personagem feminino. Omesmo acontece com Puccini, mas há umadiferença. As heroínas de Puccini sãocriaturas dóceis e submissas, inteiramentededicadas aos seus amantes, a quem sãofiéis até à morte, com excepção deTurandot. Já nas óperas de Richard Strausshá todo tipo de mulher: a revoltada comoElektra; a megera, protótipo da(Salomè); a doçura, a sabedoria e adel icadeza da Marechala de DerRosenkavalier; a mulher doente de amor(Ariadne auf Naxos); o bom gosto e orefinamento da Condessa Madeleine emCapriccio, incapaz de escolher entre umpoeta e um músico - e Strauss aproveitapara fazer a apologia da poesia e da música,as duas artes irmãs nesta ópera. Umsubtítulo geral para as óperas de RichardStrauss poderia ser "a mulher no divã" oupsicanálise feminina. O poeta Hugo vonHofmannsthal, amigo do compositor,compartilhava dos mesmos gostos e dasmesmas tendências, eis por que acolaboração entre os dois foi tão frutífera.

Musicalmente, Richard Strauss levou aatonalidade a paroxismos de histeria emSalomè e, principalmente, em Elektra, amais atonal das partituras do compositor. Noentanto, em Der Rosenkavalier, ele resolveuvoltar atrás, misturando valsas e suavesmelodias tonais com todo o arrojo dastendências musicais contemporâneas, eeste foi mais ou menos o caminho que eletrilhou até o fim. Strauss nunca escondeuque seus compositores favoritos eramWagner e Mozart, e de fato encontramosforte influência de ambos nas partituras deRichard Strauss, o que não impede que eleseja uma personalidade musical única.

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LÁZARO, SAI DESSA, RAPAZ! - 1

Um caso de melancolianuma casa de Betânia

João 11

Morte, vela, sentinela souDo corpo desse meu irmão que já se vai.Revejo nessa hora tudo o que ocorreu,Memória não morrerá.Longe, longe, ouço essa voz,Que o tempo não vai levar.Precisa gritar sua força, é irmão,Sobreviver!Amorte ainda não vai chegar,Se a gente na hora de unir,Os caminhos num só,Não fugir nem se desviar!

(Milton Nascimento – Sentinela)

Eu comecei a pensar no Lázaro doEvangelho de João num momento de muitafragilidade em minha vida. Havia escolhas.Escolhas nos deixam frágeis. Fragilidadesfazem com que a gente regrida e seinfantilize. Fui ler Lázaro e descobri que todosos meus sentimentos estavam lá. Verifiqueique havia, lá e cá, uma extremamente frágilhumanidade tentando alinhavar, lá, o relato,cá, a vida. Há momentos, não tem jeito, emque a gente se sente desidratado na alma,esvaziado por dentro, despossuído de simesmo e, se não bastasse, com mãosgigantes apertando o pescoço.

É Lázaro. Era eu.Existe em grego uma palavra para esse

sentimento: é a palavra “astenon”, quesignifica debilitado, frágil, enfermo. “Astenon”

e seu plural “astenói” são muitas vezesrepetidas no texto e ao longo do Evangelhode João. Talvez, a melhor tradução paraastenon fosse mesmo “desidratado na alma”.Os místicos de todos os tempos conheceramesse sentimento e o chamaram de aridez,acedia, noite escura da alma. Eles não tinhamconhecimento daquilo que hoje sepopularizou com o nome depressão. Mas que

E Jesus gritou com voz forte: Lázaro,vem para fora! E o morto saiu, tendo mãos epés amarrados com faixas, e o rosto envoltonum sudário. Disse-lhes Jesus: Desliguem-no e deixem-no ir. (João 11,43-44)

“Senhor, se estivesses estado aqui, meuirmão não teria morrido”. (João 11,21)

na verdade, vai além da depressão, pelomenos, além daquilo que pode ser numeradonum catálogo de doenças, conforme osamericanos gostam de interpretar asoscilações humanas.

Esse era Lázaro. E por que não eu?Passou o tempo. Guardo lembranças

daqueles dias como um momento axial naminha vida. Momento axial é quando a gentedesce tudo da prateleira, desenrola ostecidos no balcão e depois recoloca tudo nolugar outra vez. Mas recoloca diferente.Depois de um momento axial, você nuncamais é o mesmo. Tenho a vaga impressão deque foi isso o que aconteceu a Lázaro, ou seilá quem tenha vivido aquela experiência deida-e-volta que João nos conta de formabrilhante no capítulo 11 do seu Evangelho.

A partir de hoje, quero conversar umpouco com você sobre Lázaro, aquele queera íntimo de Jesus, amado por ele, e queestava fragilizado, astenon, desidratado naalma, melancólico.

Se puder, leia o capítulo 11 do Evangelhode João. O que precisa ser dito está lá. O queeu vou dizer é só rodapé.

Renato Lobo

Namir de Paiva Pires

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Dia dos Fiéis Defuntos

O Dia dos Fiéis Defuntos ouDia de Finados, conhecido aindacomo Dia dos Mortos, é celebradopela Igreja Católica no dia 2 denovembro.

Desde o século II, algunscristãos rezavam pelos falecidos,visitando os túmulos dos mártirespara rezar pelos que morreram. Noséculo V, a Igreja dedicava um diado ano para rezar por todos osmortos, pelos quais ninguémrezava e dos quais ninguémlembrava. Também o abade deCluny, santo Odilon, em 998 pediaaos monges que orassem pelosmortos. Desde o século XI osPapas Silvestre II (1009), JoãoXVII (1009) e Leão IX (1015)obrigam a comunidade a dedicarum dia aos mortos. No século XIIIesse dia anual passa a sercomemorado em 2 de novembro,porque 1 de novembro é a Festa deTodos os Santos.

Os Protestantes em geral,afirmam que a doutrina da IgrejaCatólica, que recomenda a oraçãopelos falecidos, é desprovida defundamento bíblico. Segundo eles,a única referência a este tipo deprática estaria em II Macabeus12,43-46. Porém os protestantesnão reconhecem a canonicidadedeste livro.

No México é comemorada afesta do dia dos mortos, uma festabem caracteríistica da culturamexicana e que atrai muitosturistas.

O Dia de Finados para a FéProtestante

Tradição do dia de finados noMéxico

2 de novembro - DIA DE FINADOS

por Renato Lobogrande amigodo Laboratório Oswaldo Cruz

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Lázaro sai da sua tumbapor ( )Juan de Flandes 1500

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Curiosidades sobre oAno Novo

Você sabia que o ano-novo seconsolidou na maioria dos países há 500anos? Desde os calendários babilônicos(2.800 a.C.) até o calendário gregoriano,o réveillon mudou muitas vezes de data.

A primeira comemoração, chamadade "Festival de ano-novo" ocorreu naMesopotâmia por volta de 2.000 a. C. NaBabilônia, a festa começava na ocasiãoda lua nova indicando o equinócio daprimavera, ou seja, um dos momentosem que o Sol se aproxima da linha doEquador onde os dias e noites tem amesma duração.

No calendário atual, isto ocorre emmeados de março (mais precisamenteem 19 de março, data que osespiritualistas comemoram o ano-novoesotérico).

Os assírios, persas, fenícios eegípcios comemoravam o ano-novo nomês de setembro (dia 23). Já os gregos,celebravam o início de um novo cicloentre os dias 21 ou 22 do mês dedezembro.

Os romanos foram os primeiros aestabelecerem um dia no calendáriopara a comemoração desta grande festa(753 a.C. - 476 d.C.) O ano começava em1º de março, mas foi trocado em 153 a. C.para 1º de janeiro e mantido nocalendário juliano, adotado em 46 a. C.Em 1582 a Igreja consolidou acomemoração, quando adotou ocalendário gregoriano.

Alguns povos e países comemoramem datas diferentes. Ainda hoje, naChina, a festa da passagem do ano

começa em fins de janeiro ouprincípio de fevereiro. Durante osfestejos, os chineses realizam desfiles eshows pirotécnicos. No Japão, o ano-novo é comemorado do dia 1º de janeiroao dia 3 de janeiro.

A comunidade judaica tem umcalendário próprio e sua festa de ano-novo ou Rosh Hashaná, - "A festa dastrombetas" -, dura dois dias do mêsTishrê, que ocorre em meados desetembro ao início de outubro docalendário gregoriano. Para osislâmicos, o ano-novo é celebrado emmeados de maio, marcando um novoinício. A contagem corresponde aoaniversário da Hégira (em árabe,emigração), cujo Ano Zero correspondeao nosso ano de 622, pois nesta ocasião,o profeta Maomé, deixou a cidade deMeca estabelecendo-se em Medina.

Contagem decrescente os últimosminutos do dia 31 de Dezembro seja: 10,9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1. Feliz 2004!!!!!! Apassagem de Ano Novo é o fim de umciclo, início de outro. É um momentosempre cheio de promessas. E os rituaisalimentam os nossos sonhos e dão vida

Especial IIIporDiretor Presidentedo Laboratório Oswaldo Cruz

Dr. Héctor Enrique Giana

RÉVEILLON 2011às nossas celebrações. Na

passagem de Ano Novo, não podemosdeixar de aproveitar a oportunidade paraenchermos o coração de esperança ecomeçar tudo de novo. E para que afesta corra muito bem, há algumastradições e rituais que não podemosesquecer...

- Fogos e barulho. No mundo inteiroo Ano Novo começa entre fogos deartifício, buzinadas, apitos e gritos dealegria. A tradição é muito antiga e,dizem, serve para espantar os mausespíritos. As pessoas reúnem-se paracelebrar a festa com muitos abraços.- Roupa nova. Vestir uma peça de roupaque nunca tenha sido usada combinacom o espírito de renovação do AnoNovo. O costume é universal e apareceem várias versões, como trocar oslençóis da cama e usar uma roupa debaixo nova.

As comemorações de Ano Novovariam de cultura a cultura, masuniversalmente a entrada do ano éfestejada mesmo em diferentes datas.

O nosso calendário é originário dosromanos com a contagem dos dias,meses e anos. Desde o começo doséculo XVI, oAno Novo era festejado em25 de Março, data que marcava achegada da primavera.

As festas duravam uma semana eterminavam no dia 1º de Abril. O PapaGregório XIII instituiu o 1º de Janeirocomo o primeiro dia do ano, mas algunsfranceses resistiram à mudança equiseram manter a tradição. Só que aspessoas passaram a pregar partidas er id icular izar os conservadores,enviando presentes estranhos econvites para festas que não existiam.Assim, nasceu o Dia da Mentira, que é afalsa comemoração doAno Novo.

Origem doAno Novo

FELIZ2011 - 2012

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CURSO “O BOM CAMINHO”

(continua)

Ensinança 13:

Negação Afirmativa

Aquele que deseja assumir a vidaespiritual não o conseguirá se suamente não mudar de atitude frenteaos conhecimentos da vida, frente asua relação com todos os demaisindivíduos e com suas crenças.

A mente está acostumada aafirmar várias coisas conhecidas, jádeterminadas, experimentadas eprovadas. E se sente muito ufana esatisfeita com tal soberania.

Ela afirma unicamente dentro doc a m p o m a g n é t i c o d e s e uconhecimento, enquanto que negasistematicamente tudo o que estejafora dele.

A s s i m , n o s p r o b l e m a smetafísicos, a mente resolve tudotomando por fé alguns postuladosdesconhecidos de seu credo e a istochama “verdade”, negando ospostulados de todos os demaiscredos a priori, sem sequerpreocupar-se com considerar algo arespeito.

Se uma fé nega outra, semconhec imen to de causa , éunicamente por má intenção, esomente a reta intenção leva aoconhecimento da verdade.

Somente se a mente adotar umaatitude negativamente afirmativapoderá penetrar no segredo do quenão conhece.

Nenhuma negação é possível jáque o verdadeiro conhecimentoacrescenta, a um conhecimentoimperfeito, o indispensável paracompletá-lo.

A atitude da mente de negaçãoaf i rmat iva é um estado deexpectação, de bom desejo paraconhecer o que não se sabe. Alémdisso, aquele que não nega umconhecimento porque não oconhece, desde já o está afirmandopotencialmente e está sintonizandosua mente com as possibilidadesexistentes para captá-lo e conhecê-lo.

A negação afirmativa encerra emsi o conhecimento potencial doUniverso.

MEDITAÇÃO DO MÊSSANTIAGO BOVISIO

Nasceu na cidade de Bérgamo,ao Norte da Itália, no dia 29 desetembro de 1904 e, desde muitopequeno, manifestou extraordináriasfaculdades de clarividência eprofecia que, com o tempo, adisciplina e o conselho de instrutoresfísicos e astrais, alcançaram níveisexcepcionais.

Ainda jovem, ingressou naOrdem dos Cavalheiros do Fogo -ramo europeu (C.H.E.F.), emVeneza.

A 10 de janeiro de 1926, já com ograu de Cavalheiro Ordenado,fundou a União Savonaroliana emBuenos Aires. Mais tarde fundou,em Rosário, a UniversidadeEspiritualista Argentina, à qualaderiram grupos de diferentesorigens.

No dia 3 de março de 1937, juntocom três companheiros, fundouCafh, sigla da Sagrada Ordem dosCavalheiros Americanos do Fogo deHes.

Preparava-se para empreenderuma viagem terrestre às SerrasMadre de Dios, a noroeste de MachuPichu, para descobrir uma terra nãopisada por pés humanos - prometidaa Cafh pela Divina Mãe paraconstruir uma Comunidade Místicasecreta, OM HES, de SacerdotesOrdenados, para dirigir, desde ali, aobra americana da Nova Era deAquário (Hidrochosa) - quando amorte o surpreendeu num acidenterodoviário nos arredores de RioQuarto, na manhã de 3 de julho de1962.

FINGIDOR

(Diálogocom Fernando Pessoa)

Todo poeta é mesmo umfingidor,E finge cada fúlgido momentoFaz-se Pessoa em vida e emfingimentoFaz-se persona e finge a própriador...

É por fingir que os versos queele envidaTrazem no fingimento arealidadeA ponto tal que torna-se verdadeO fingimento, e fingimento a vida

É porque sonha na realidadeE outras realidades sempreinventaQue finge tanto e tãocompletamente:

Na tentativa inócua da verdadeO coração obstinado tentaPorém a mente obstinadamente...

Oldney Lopes

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11Especial IVporDiretor Presidentedo Laboratório Oswaldo Cruz

Dr. Héctor Enrique Giana

Notícias. Em 1930, muda-se paraPorto Alegre e passa a conviver comescritores renomados. No final do ano, écontratado para ocupar o cargo desecretário de redação da Revista doGlobo e, no dia 15 de julho de 1931, casa-se com Mafalda.

Em 1932, reúne seus contos epublica sua primeira obra: "Fantoches".Um ano depois, é a vez do romance"Clarissa", muito bem recebido pelacrítica. Em 1935, ano do nascimento desua primeira filha, Clarissa, lança"Caminhos Cruzados".Aconsagração daobra vem com o Prêmio Graça Aranha,da Academia Brasileira de Letras. Nomesmo ano, tira primeiro lugar noGrande Prêmio de Romance MachadodeAssis, da Companhia Editora Nacionalpara obras inéditas, com o título "Músicaao Longe" e publica a biografia "AVida deJoana D'Arc". Em 1936, o nascimento deseu filho Luis Fernando coincide com olançamento de seu primeiro livro infantil,"As Aventuras do Avião Vermelho", e de"Um Lugar ao Sol", um retrato dos durostempos de Cruz Alta. Cria também umprograma de auditório para crianças naRádio Farroupilha, "Clube dos TrêsPorquinhos".

Erico Veríssimo

O escritor brasileiro Erico Veríssimonasce em Cruz Alta, interior do RioGrande do Sul, em 17 de dezembro de1905, filho do farmacêutico SebastiãoVeríssimo e da dona-de-casa AbegahyLopes Verissimo, ambos de tradicionaisfamílias gaúchas.

Os planos do pai para o filho Ericoeram para que fosse estudar naUniversidade de Edimburgo, na Escócia.Mas quando chega aos 18 anos, asituação financeira da família é grave.Dona Abegahy começa a trabalhar,costurando para fora, e o jovem Erico vaipara Porto Alegre estudar no ColégioCruzeiro do Sul. Quando retorna a CruzAlta, começa a trabalhar num armazém.Depois em um banco, onde consegueguardar uma quantia razoável paratornar-se sócio de uma farmácia.

O empreendimento fracassa, masErico conhece Mafalda Halfen Volpi, amoça que morava em frente à farmácia.

Como a farmácia não ia bem, montanos fundos uma escola de inglês, que setorna ponto de encontro de estudantes epensadores da época.Assim, Erico pôdeter mais contato com as coisas que lhedavam prazer: a literatura e a arte. EmPorto Alegre, procura sempre um grupode amigos da revista Madrugada. Sãoeles que conseguem a publicação deseus contos e desenhos nas páginas dosjornais Correio do Povo e Diário de

«Aventuras de Tibicuera", livroinfantil que lhe garante o prêmio doMinistério da Educação, sai em 1937."Olhai os Lírios do Campo", um de seusmaiores sucessos, é publicado em 1938e atinge a tiragem de 62 mil exemplares.O próximo livro é "Saga", queproporciona ao escritor sua primeiranoite de autógrafos.

Em 1941, Erico passa três mesesnos Estados Unidos, a convite doDepartamento de Estado, e profereconferências em várias cidadesamericanas. Suas impressões sobre opaís estão em "Gato Preto em Campode Neve". No ano seguinte, a obra "OResto é Silêncio" sofre duras críticas doclero. A discordância com a ditaduraVargas faz o escritor aceitar o convitepara lecionar Literatura Brasileira naUniversidade da Califórnia, nos EstadosUnidos, e muda-se com toda a famíliapara Berkeley.

Logo recebe o título de DoutorHonoris Causa do Mills College, deOakland e seus romances "CaminhosCruzados", "O Resto é Silêncio" e "Olhaios Lírios do Campo" são editados nosEstados Unidos. Mais tarde suas obrassão traduzidas para francês, alemão,espanhol , f in landês, holandês,húngaro, indonésio, italiano, japonês,norueguês, polonês, romeno, russo,sueco e tcheco, o que fez de EricoVerissimo um dos escritores brasileirosmais lidos no mundo. No retorno aoBrasil, lança "AVolta do Gato Preto", umlivro de observações sobre a vidaamericana.

"O Tempo e o Vento", a obra quetanto sonhara, começa a ser escrita em1947 e se transforma na trilogiaapontada pela crítica como seu maiorsucesso. Erico escreveu durante 15anos a saga das famílias Terra eCambará entre os anos de 1745 e 1945sob três títulos: "O Continente", "ORetrato" - escrito em 1950 - e "OArquipélago".

Em 1953, a família Verissimoretorna aos Estados Unidos e Ericoassume, em Washington, a direção do

ESCRITORES BRASILEIROS

«Eu queria fazer umlivro não da vida comoela é, mas como euqueria que ela fosse.Um livro para a gentepegar e ler quandoquisesse esquecer avida real... Eu entendo aArte como sendo umaerrata da vida. A páginatal, onde se lê isto, leia-se aquilo...»

Erico Veríssimoem "Um Lugar ao Sol".

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nascem Fernanda, Mariana e Pedro.O escritor ganha o Prêmio Jabuti, na

categoria romance, da CâmaraBrasileira do Livro por "SenhorEmbaixador" e visita Israel, que rendemais um diário de viagem. "OPrisioneiro" é lançado em 1967 e aEditora José Aguilar, do Rio de Janeiro,publica sua obra em cinco volumes, dosquais faz parte uma autobiografia com otítulo "O Escritor Diante do Espelho". Em1968, é agraciado com o título deIntelectual do Ano, que lhe dá o troféuJuca Pato, em concurso promovido pelaUnião Brasileira de Escritores. Em 1971,publica "Incidente emAntares".

Os dois anos seguintes trouxerammais condecorações: o Prêmio do PenClub (Personalidade Literária doAno) e oPrêmio Literário da Fundação MoinhosSantista, para o conjunto da obra. Em1973, são editados o primeiro volume desuas memórias sob o título "Solo deClarineta", e "O Contador de Histórias",uma homenagem aos 40 anos deat iv idade do escr i tor, reunindodepoimentos dos principais críticosbrasileiros sobre Erico. Em 28 denovembro de 1975, não sobrevive a maisum infarto e deixa inacabado "Solo deClarineta", que faria parte de mais umatrilogia. Várias de suas obras sãoadaptadas para a televisão e o cinema,com maior destaque para "O Tempo e oVento".

Departamento de Assuntos Culturaisda União Panamericana, na Secretariad a O r g a n i z a ç ã o d o s E s t a d o sAmericanos. Quando sua filha Clarissacasa-se, em 1956, com o americanoDavid Jaffe, a família retorna ao Brasil.Mas em seguida parte para conhecer oMéxico, o que resulta em uma obra deimpressões sobre o país.

Com a mulher Mafalda e o filho LuisFernando, Erico viaja, em 1959, para aEuropa, onde faz palestras em Portugalnas quais defende a democracia, o queprovoca choque com a ditadurasalazarista. Este momento resulta emoutro livro, "O Ataque". Nele estãoreunidos três contos - "Sonata", "Esquilosde Outono" e "A Ponte" - e um trechoinédito de "O Arquipélago". Ele faz parteda coleção Catavento, da Editora Globo.No retorno ao Brasil, passam umatemporada com a filha em Washington,onde nascem seus três primeiros netos -Michael, Paul e Edward - entre 1958 e1962.

Em 1961, quando escrevia a últimaparte da trilogia "O Tempo e o Vento",Erico sofre o primeiro infarto. Durante operíodo de recuperação, de quase umano, faz as correções finais de "OArquipélago". Em 1963 morre sua mãe,Abegahy. O golpe militar de 1964 inspira"O Senhor Embaixador", lançado em1965 no Rio de Janeiro, onde LuisFernando e Lúcia Helena Massa haviamse casado, um ano antes. Dessa união

Érico VeríssimoFRASES

“Felicidade é a certeza de que anossa vida não está se passandoinutilmente.”“A gente foge da solidão quando

t e m m e d o d o s p r ó p r i o spensamentos.”“O amor está mais perto do ódio doque a gente geralmente supõe.São o verso e o reverso da mesmamoeda de paixão. O oposto doamor não é o ódio, mas aindiferença...”“Precisamos dar um sentidohumano às nossas construções.E, quando o amor ao dinheiro, aosucesso nos estiver deixandocegos, saibamos fazer pausaspara olhar os lírios do campo e asaves do céu.”"Ninguém deve culpar-se pelo quesente, não somos responsáveispelo que nosso corpo deseja, massim, pelo que fizemos com ele."“Todos nós somos um mistériopara os outros... E para nósmesmos.”“Quando os ventos de mudança

sopram, umas pessoas levantambarreiras, outras constroemmoinhos de vento.”“O objetivo do consumidor não épossuir coisas, mas consumircada vez mais e mais a fim de quecom isso compensar o seu vácuointerior, a sua passividade, a suasolidão, o seu tédio e a suaansiedade.”“Na minha opinião existem doistipos de viajantes: os que viajampara fugir e os que viajam parabuscar.”“Para fugir ou para buscar. Osfugitivos cedo ou tarde descobremque seus problemas são denatureza geográfica.”“O tempo faz a gente esquecer. Hápessoas que esquecem depressa.Outras apenas fingem que não selembram mais.”

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Erico Veríssimo em 1937