os tipos humanos - a teoria da personalidade01

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  • 7/25/2019 Os Tipos Humanos - A Teoria Da Personalidade01

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    Os TiposHumanos: A Teoria

    da Personalidade

    Lu iz Pasquali

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    OS TIPOS HUMANOS

    A Teoria da Personalidade

    Luiz Pasquali, Docteur, UnB

    Introverso

    1: Conhecer Psquico Dominante

    2: Sentir Psquico Dominante3: Agir Psquico Dominante

    4: Conhecer Misto

    5: Sentir Misto

    6: Agir Misto

    7: Conhecer Fsico Dominante

    8: Sentir Fsico Dominante

    9: Agir Fsico Dominante

    2 1 3

    12

    10 11

    5 15 6

    13 4 14

    8 18 9

    16 17

    710: Conhecer Sentir Psquico

    11: Conhecer Agir Psquico

    12: Sentir Agir Psquico

    13: Conhecer Sentir Misto

    14: Conhecer Agir Misto

    15: Sentir Agir Misto Extroverso

    16: Conhecer Sentir Fsico

    17: Conhecer Agir Fsico

    18: Sentir Agir Fsico

    Srie: Avaliao e Medida Braslia, 1999

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    CopyMarket.com

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    Ttulo: Os Tipos Humanos: A Teoria da Personalidade

    Autor: Luiz Pasquali

    Editora: CopyMarket.com, 2000

    SumrioLuiz Pasquali

    PrefcioCaptulo 1 - Conceito de Temperamento

    1. Introduo2. Histria do Temperamento3. Teorias do Temperamento

    3.1. Teoria dos humores3.2. Teorias Morfolgicas3.3. Teorias psicolgicas (tipologias psicolgicas)

    3.3.1. Tipologia de Jung3.3.2. Tipologia de Thomas e Chess3.3.3. Tipologia de Buss e Plomin3.3.4. Modelo psicolgico de temperamento e carter

    Captulo 2 - Instrumentos de Medida do Temperamento

    1. Myers-Briggs Type Indicator (MBTI)2. Keirsey-Nates Temperament Sorter (KBTS)3. Guilford-Zimmerman Temperament Survey (GZTS)4. Pleasure-Arousal-Dominance (PAD)5. Pavlovian Temperament Survey (PTS)6. Student Temperament Assessment Record (STAR)7. Inventrio Fatorial de Temperamento (IFT)8. Outros Instrumentos

    Captulo 3 - Teoria da Personalidade

    1. Introduo

    1.1. Prembulo1.2. O objetivo1.3. Os pressupostos

    2. A Estrutura da Personalidade2.1. Os vetores da Estrutura da personalidade2.2. As combinaes vetoriais da personalidade2.3. O poliedro da estrutura da personalidade

    3. A Dinmica da Personalidade3.1. A energia bio-psquica3.2. A ativao da energia3.4. A dinmica do comportamento

    4. O Contexto da Personalidade

    5. Caracterizao dos Vetores e Combinaes Vetoriais5.1. Caracterizao dos vetores5.2. Caracterizao das combinaes vetoriais5.3. Quantificao dos vetores da personalidade5.4. Caracterizao dos 18 tipos de personalidade

    6. A Medida da Personalidade6.1. Operacionalizao em cima dos vetores6.2. O perfil tipolgico6.3. Operacionalizao em cima dos 18 tipos

    7. (Re) Interpretao de Tipos Psicolgicos Clssicos7.1. A tipologia hipocrtica7.2. A tipologia dos Big-Five

    Bibliografia

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    Ttulo: Os Tipos Humanos: A Teoria da Personalidade

    Autor: Luiz Pasquali

    Editora: CopyMarket.com, 2000

    PrefcioLuiz Pasquali

    Em 1994, Trelau e Angleitner anotavam um interesse crescente com respeito ao tema do

    temperamento na ltima dcada. Isso pode ser desde a dcada de 50 e a de 90 inclusive. A temtica

    sobre o temperamento vem substituindo o interesse que mais antigamente havia com respeito ao

    tema da personalidade, tema este que parece quase ter desaparecido na literatura e pesquisa

    psicolgica. A razo de tal ocorrncia talvez se deva ao fato de que o termo personalidade assume

    conotaes to amplas que, no final das contas, no chega mais a significar coisa alguma, sendo, por

    isso, substitudo pelo termo temperamento, que parece mais restrito, concreto e til. Contudo, como aumento do interesse na temtica do temperamento, esse veio a ser concebido to confusamente

    quanto a tem sido o de personalidade, pois os autores entendem temperamento desde substituto de

    personalidade at reaes puramente emocionais. Os interesses no tema vo desde a preocupao

    com o avanar a teoria psicolgica at interesses financeiros, sobretudo no uso que se faz do

    temperamento na situao organizacional, onde, com a elaborao de instrumentos de medida do

    mesmo, os autores conseguem grande nmero de consultorias nas organizaes a custos de ouro.

    A grande quantidade de publicaes e instrumentos que vem aparecendo sobre o

    temperamento vem acompanhada por uma pletora de concepes sobre o mesmo, tornando a teoria

    sobre o mesmo uma colcha de retalhos. Isto porque os autores, com interesses e conceitos

    diferentes, trabalham o temperamento dentro de sua viso restrita, muitas vezes ditada por

    interesses mais imediatos e at comerciais, como ocorre na rea da psicologia organizacional. A

    abundncia de trabalhos sobre o temperamento bem-vinda, mas infelizmente ela vem muito

    desentrosada do ponto de vista da teoria psicolgica.

    A preocupao do presente trabalho consiste precisamente em procurar pr alguma ordem em

    todos esses trabalhos sobre o temperamento, procurando desenvolver um arcabouo terico onde

    todos eles possam se situar e ver o nicho em que caem, evitando, assim, que cada modo de

    conceber o temperamento assuma o direito de ser a teoria psicolgica da personalidade humana.

    O livro aborda inicialmente uma discusso sobre o conceito e a histria do temperamento(captulo 1), sendo em seguida apresentada uma srie de instrumentos existentes hoje no mercado

    para avaliar esse construto (captulo2). No captulo 3 ser desenvolvida uma viso de

    temperamento, que pretende ser a teoria psicolgica da personalidade humana, apresentada numa

    forma formal e axiomatizada, onde qualquer concepo presente na literatura pode ser enquadrada.

    O livro tem como inteno procurar iniciar a convergncia dos temas, da taxionomia e da linguagem

    sobre personalidade e temperamento entre os pesquisadores, objetivando um esforo somativo da

    pesquisa psicolgica nessa rea. Ele tem, tambm, como segunda inteno iniciar uma diatribe na

    rea entre os pesquisadores, sobretudo em nvel nacional, provocando maior interesse e, qui,

    avanos da teoria psicolgica.

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    Ttulo: Os Tipos Humanos: A Teoria da

    Personalidade

    Autor: Luiz Pasquali

    Editora: CopyMarket.com, 2000

    1. Conceito de Temperamento (personalidade)

    Luiz Pasquali

    1. Introduo

    Este captulo deveria tratar de conceituar personalidade. Contudo, esta expresso personalidade to ampla emseu significado ou, melhor, to vaga, que praticamente cada psiclogo a entende do seu modo, como, alis, j

    Allport (1937) nos anos 30 comentava, ao dar as 50 diferentes definies do termo. Como a inteno do presentetrabalho consiste na anlise de porque as pessoas so diferentes, apesar de serem todas seres humanos, mepareceu que um conceito mais concreto pudesse melhor orientar a empreitada. Assim, escolhi o conceito detemperamento, que, apesar de apresentar diferentes opinies entre os pesquisadores sobre seu significado, eleparece menos ambguo que o de personalidade; ele, alis, entendido por alguns autores (Eysenck, Gray) como

    sinnimo de personalidade, com o qual a presente exposio est tambm de acordo, como veremos. De fato, otemperamento tem sido considerado um sinnimo de diferenas individuais no comportamento dos sereshumanos. Esta linha de pensamento defendida sobretudo por pesquisadores na rea da psicologia dodesenvolvimento, liderados por Chess e Thomas (1986).

    De qualquer forma, a palavra temperamento vem do latim temperare que significa equilbrio. Esta noo estligada teoria dos humores de Empdocles e de Hipcrates, onde se defende que a sade do ser humanodepende de um equilbrio entre os elementos que compem este mesmo ser, como veremos ao expor esta teoria.

    {Em Psicologia, temperamento mais comumente entendido como se referindo ao aspecto da personalidadeque diz respeito s disposies e reaes emocionais, bem como de sua rapidez e intensidade. Este conceito maispsicolgico de temperamento est ligado a psiclogos como Jung, psicanalista, e Klages no seu tratado sobre

    caracterologia (1929). Hoje em dia, a Psicologia d maior nfase, na reao emocional, atividade do sistemanervoso autnomo, particularmente a ramo simptico. Esta acepo restritiva de temperamento em termos dereaes emocionais no parece ser necessria e, qui, nem legtima, como veremos em captulos posteriores,pois o temperamento pode ser entendido como um sinnimo de personalidade. Historicamente, porm, a nfaseno temperamento tem sido sobre os aspectos emocionais da personalidade. Para ser honesto, o conceito detemperamento ainda uma destas expresses que pode significar coisas diferentes para diferentes psiclogos.Isto se tornou evidente numa mesa-redonda de psiclogos norte-americanos (Goldsmith, Buss, Plomin,Rothbart, Thomas, Chess, Hinde, & McCall, 1987). Apesar das divergncias, estes pesquisadores chegaram sseguintes concluses (Barclay, 1991): 1) o construto temperamento til apesar de ser praticamente inviveldefinir precisamente como ele interage com influncias do meio ambiente; 2) temperamento inclui elementos deenergia: atividade, intensidade, vigor e ritmo de movimento tanto na fala quanto no pensamento; de reatividade:

    aproximao e afastamento de estmulos; emocionalidade e sociabilidade; 3) a origem do temperamento deve serprocurada em disposies biolgicas; 4) as manifestaes do temperamento so mais estveis durante a vida deum indivduo do que qualquer outro aspecto da personalidade.

    Na histria do conhecimento humano, as diferenas individuais devidas ao temperamento do sujeito tm sidoatribudas aos fatores mais diversos por autores de povos to diversos como gregos, persas, hindus, rabes, entreoutros, os quais, cada um a seu tempo, contriburam para a estruturao da teoria do temperamento como aconhecemos hoje. A literatura aponta para um interesse cclico no que se refere aos estudos sobre otemperamento, na medida em que as teorias da personalidade apontam para a interrelao existente entre

    variveis ambientais, comportamento e caratersticas pessoais. As teorias estruturadas mais recentemente, via deregra, esto preocupadas com a classificao e tipificao do temperamento a partir de seus resultados

    observveis, a saber, o comportamento.Uma anlise do material elaborado nos ltimos anos aponta para a existncia de diversas teorias e instrumentos

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    que se propem a analisar este construto, sendo que o interesse de tais trabalhos pode ser verificado desde aidade antiga, atravs dos trabalhos de Empdocles, Hipcrates e Galeno, versando sobre como se comportam osindivduos e como compreender tais comportamentos. Mais recentemente, a contribuio de Jung se afasta daestrutura hipocrtica, propondo uma classificao que se aproxima de um modelo psicolgico mais moderno. preciso, contudo, que se tenha em mente que a preocupao principal do estudo do temperamento, ou seja, ointeresse na individualidade humana, est bastante longe de ser compreendido, dado que as teorias existentesesto longe de fornecer uma explicao integral sobre o tema (Claridge, 1985). De fato, ciclicamente o tema

    temperamento entra em voga entre psiclogos e outros pesquisadores afins. E cada vez que ele surge, assumecaractersticas um tanto diferentes, de sorte que, fazendo um inventrio histrico sobre este conceito, nos leva aconcepes muito distintas. Hoje em dia, por exemplo, parece que temperamento veio integrado dentro de umcontexto da psicologia das organizaes, pois no campo da psicologia organizacional que o tema e instrumentosde medida do temperamento vm sendo mais utilizados, alm da linha da psicologia da criana liderada porChess e Thomas (1989). De sorte que a advertncia acima de Claridge faz muito sentido, embora se possa admitirque temperamento tende a ser concebido dentro de uma temtica de tipologias, isto , de classificar os sujeitosem termos de tipos em funo de certas caractersticas da personalidade e at de aptides e mesmo decomportamento. Diante desta babel, vamos inicialmente dar um pequeno apanhado histrico do tematemperamento, para em seguida tentar uma estruturao terica do mesmo construto.

    2. Histria do Temperamento

    A idia de que os seres humanos caem dentro de classes ou tipos tem estado presente desde os tempos mais antigosentre os pesquisadores da personalidade humana. Contudo, ela no tem tido um desenvolvimento linear, masapresenta uma evoluo cclica, na qual se observam pocas onde o interesse em tais tipologias aparece intenso eoutras em que ele praticamente desaparece. Inclusive, cada novo surto de interesse neste tema parece surgir combasamento diferente resultando em teorias muito distintas, entre as quais sobressaem as teorias humorais, as teoriasfisiolgicas ou morfolgicas e as teorias psicolgicas, como veremos mais adiante. Na verdade, h teorias ou fantasiasdemais sobre como conceber a estrutura e a dinmica do temperamento. Strelau (199??) menciona uma carrada delasou, melhor, uma mirade de traos que constituiriam o temperamento, tais como:

    - Adaptabilidade (Thomas & Chess NYLSQ)- Aflio, sofrimento (Buss & Plomin EASTS)- Amizade (Guilford & Zimmerman GZTS)- Aproximao afastamento (Windle & Lerner DOTS-R Adult; Wilson, Barrett, & Gray - GWPQ)- Ascendncia (Guilford & Zimmerman GZTS)- Atividade (Buss & Plomin EASTS; Thomas & Chess NYLSQ; Thurstone TTS)- Atividade geral (Guilford & Zimmerman GZTS; Windle & Lerner DOTS-R Adult)- Atividade: nvel de sono (Windle & Lerner DOTS-R Adult)- Aventura (Sysenck, Pearson, Easting, & Allsopp I7 Questionnaire)- Campo (span) de ateno (Thomas & Chess NYLSQ)- Colrico (Cruise, Blitchington, & Futcher TI)- Contenimento (Guilford & Zimmerman GZTS)- Crivagem de estmulo (Mehrabian SSQ)- Desinibio (Zuckerman SSS IV e V)- Distratibilidade (Thomas & Chess NYLSQ; Windle & Lerner DOTS-R Adult)- Dominncia (Mehrabian MTS; Thurstone TTS)- Emocionalidade (Feij ATL)- Emocionalidade social (Rusalov STQ)- Empatia (Eysenck, Pearson, Easting, & Allsopp I7 Questionnaire)- Equilbrio dos processos nervosos (Strelau STI; Strelau, Angleitner, Bantelmann, & Ruch STI-R)- Ergonicidade (Rusalov STQ)- Ergonicidade social (Rusalov STQ)- Esquiva ativa (Wilson, Barrett, & Gray GWPQ)1- Esquiva passiva (Wilson, Barret, & Gray GWPQ)- Estabilidade (Marke & Nyman MNT)- Estabilidade emocional (Guilford & Zimmerman GZTS; Thurstone TTS)

    1Veja no captulo 2 as explicaes sobre essas siglas, que representam diferentes instrumentos de medida do temperamento

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    - Excitao: trait-arousal (Mehrabian SSQ, MTS)- Extino (Wilson, Barrett, & Gray GWPQ)- Extroverso (Eysenck & Eysenck - EPI, EPQ; Feij ATL)- Fleumtico (Cruise, Blitchington, & Futcher TI)- Flexibilidade rigidez (Windle & Lerner DOTS-R Adult)- Fora de excitao (Strelau STI; Strelau, Angleitner, Bantelmann, & Ruch STI-R)- Fuga (Wilson, Barrett, & Gray GWPQ)- Humor (Thomas & Chess NYLSQ; Windle & Lerner DOTS-R Adult)

    - Impulsividade (Barrat BISS-10; Eysenck, Pearson, Easting, & Allsopp I7 Questionnaire; Feij ATL;Thurstone - TTS)- Impulsividade cognitiva (Barrat BIS-10)- Impulsividade motora (Barrat BIS-10)- Impulsividade no-planejada (Barrat BIS-10)- Intensidade (Thomas & Chess NYLSQ)- Intensidade do afeto (Larsen & Diener AIM)- Irritabilidade ((Caprara, Cinanni, DImperio, Passerini, Renzi, & Travaglia IESS)- Limiar sensorial (Thomas & Chess NYLSQ)- Luta (Wilson, Barrett, &Gray GWPQ)- Masculinidade (Guilford & Zimmerman GZTS)- Medo (Buss & Plomin EASTS)

    - Melanclico (Cruise, Blitchington, & Futcher TI)- Mobilidade (Gorynska & Strelau TTI)- Mobilidade dos processos nervosos (Strelau STI; Strelau, Angleitner, Bantelmann, & Ruch STI-R)- Neuroticismo (Eysenck & Eysenck EPI, EPQ)- Objetividade (Guilford & Zimmerman GZTS)- Pensativo (Guilford & Zimmerman GZTS)- Persistncia (Gorynska & Strelau TTI; Windle & Lerner DOTS-R Adult)- Plasticidade (Rusalov QST)- Plasticidade social (Rusalov STQ)- Prazer (Mehrabian MTS)- Procura de excitamento e aventura (Zuckerman SSS IV e V)- Procura de sensao (Zuckerman SSS IV e V)

    - Psicotismo (Eysenck & Eysenck EPQ)- Raiva (Buss & Plomin EASTS)- Rapidez (Gorynska & Strelau TTI)- Reatividade (Kohn RS)- Recorrncia (Gorynska & Strelau TTI)- Reduzindo aumentando (Vando RAS)- Refletivo (Thurstone TTS)- Regularidade (Gorynska & Strelau TTI)- Relaes pessoais (Guilford & Zimmerman GZTS)- Ritmicidade (Thomas & Chess NYLSQ)- Ritmicidade: comer (Windle & Lerner DOTS-R Adult)- Ritmicidade: hbitos dirios (Windle & Lerner DOTS-R Adult)

    - Ritmicidade: sono (Windle & Lerner DOTS-R Adult)- Sangneo (Cruise, Blitchington, & Futcher TI)- Sociabilidade (Buss & Plomin EASTS; Guilford & Zimmerman GZTS; Thurstone TTS)- Solidez (Marke & Nyman MNT)- Susceptibilidade ao aborrecimento (Zuckerman SSS IV e V)- Susceptibilidade emocional (Caprara, Cinanni, DImperio, Passerini, Renzi, & Travaglia IESS)- Tempo (Gorynska & Strelau TTI; Rusalov STQ)- Tempo social (Rusalov STQ)- Validade (Marke & Nyman MNT)- Vigor (Thurstone TTS).

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    Allport (1937: p. 84), citando apenas trs autores (Thomas Reid, Dugald Stewart, Franz Joseph Gall), tambm japresentava uma srie sem fim de traos (chamava de faculdades) que os teorias do temperamento oucaracterologia diziam avaliar.

    Enfim, uma legio de traos que definiriam o temperamento e que aparecem dentre de contextos tericos semmuita congruncia, na maioria das vezes. Vamos, por isso, atentar melhor para algumas teorias do temperamento,que parecem se apresentar mais estruturadas, deixando para o captulo 3 uma estruturao que cremos ser maiscompleta e axiomatizada.

    De qualquer forma, o estudo do temperamento comeou a ser abordado, pelo que se tem registro, pelo filsofogrego Empdocles e seu conterrneo o mdico Hipcrates, seguidos mais tarde pelo greco-romano Galeno,dentro do que ficou sendo conhecida como a teoria dos humores. Outras tendncias de definir temperamento sebaseiam no formato do corpo, tendncia iniciada por Kretschmer e atualizada por Sheldon, nas teorias ditasmorfolgicas. Finalmente, temos enfoques do temperamento baseados mais em construtos psicolgicos, dentreos quais podemos salientar a teoria de Jung e as tipologias mais modernas particularmente em voga em psicologiaorganizacional e da criaa. Vamos detalhar um pouco algumas destas teorias.

    3. Teorias do Temperamento

    3.1. Teoria dos humores

    A teoria dos humores est ligada tradio filosfica do nmero 4 de Pitgoras (572-497 a.C. - Samos)2e da teoriacosmolgica dos quatro elementos de Empdocles de Acragas (490-430 AC). Este filsofo sugere que toda asubstncia composta de 4 elementos, a saber, ar, terra, fogo e gua. Aristteles (384 AC), alm de concordar com osquatro elementos, acrescentou que eles possuem propriedades bsicas, a saber, ao fogo esto associadas a secura e ocalor, ao ar o calor e a umidade, gua a umidade e o frio, terra o frio e a secura. O mdico Hipcrates (460-377

    AC) relacionou esta teoria csmica sade das pessoas, criando a teoria dos humores ou dos temperamentos. Diziaele que 4 humores fsicos, isto , sangue, blis preta (atrablis), blis amarela (blis), fleuma (linfa), estavamrespectivamente ligados a 4 temperamentos da personalidade, a saber: temperamento sangneode reaes rpidas edbeis; temperamento melanclico, nervoso ou atrabilioso de reaes lentas e intensas; temperamento colricoou biliosode reaes rpidas e intensas, e temperamento fleumtico ou linftico de reaes fracas e lentas. A teoria, portanto,

    afirma que a qumica do corpo determina o tipo de temperamento. Esta teoria, depois difundida pelo greco-romanoGaleno de Prgamo (129-199 AD), perdurou por mais de 2.500 anos. Ela defendia que uma boa sade dependia deum equilbrio, de uma boa dosagem (temperare, dizia Galeno, donde surgiu a expresso temperamento) dos quatrohumores corporais; o excesso de um dos humores provocava doenas no corpo e traos exagerados de personalidade.

    A biologia moderna substitui estes conceitos arcaicos da qumica do corpo por conceitos mais complexos, tais como,hormnios, neuro-transmissores e outras substncias do sistema nervoso (como, endorfinas, etc.). Foi, alis, o avanonos conhecimentos biolgicos que determinou a morte destas teorias dos humores, embora pesquisas de Pavlov(1954) e seguidores (Teplov e outros nos anos 1950, veja Cole & Maltzman, 1969) lhes tenham dado algum nimo,mas sem maior impacto no mundo ocidental; contudo, parte da terminologia dessas teorias ainda perdura hoje em diaentre pesquisadores do tema caracterologia, tais como Heymans (1857-1930), Wiersma, Le Senne (1963), Berger(1963), o Temperament and Character Test(Institut Pdagogique Saint-Georges, Montreal, Canad, 1952) e mesmo em

    tipologias modernas, como a de Keirsey e Bates (1984), o Temperament Inventory de Cruise, Blitchington e Futcher(1980).

    3.2. Teorias morfolgicas

    Estas teorias tm relao com as teorias bioqumicas, mas acentuam mais os aspectos morfolgicos do corpo (tiposcorporais). O psiquiatra alemo Kretschmer (1921) iniciou este modo de pensar sobre os temperamentos. De suasobservaes clnicas ele relacionou que o formato do corpo est associado personalidade das pessoas, assim queum fsico delgado e delicado est associado introverso, enquanto um fsico rotundo, pesado e curto est associadoao carter ciclotmico, isto , temperamental, extrovertido e jovial. Este autor chegou a explicitar trs tipos distintosde temperamentos, os quais correspondiam a certos tipos orgnicos caractersticos, conforme detalha a tabela 1-1.

    2A filosofia pitagrica defendia o nmero como sendo a essncia do universo, sendo o nmero 4 a expresso mxima do ser.

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    Tabela 1-1. Relao entre tipo fsico e tipo de personalidade segundo Kretschmer

    Tipo Fsico:Pcnico

    Gordo, arredondadoLeptossmico

    Alto, esguioAtlticoRobusto, muscular

    Temperamento:

    CiclotmicoDiastsico: tristeza e alegria.

    Alegre: jovial, loquaz, otimista,

    Deprimido: afvel, tranqilo, silencioso

    EsquizotmicoPsico-estsico:sensibilidade efrieza. Idealista, reformador

    IxotmicoTenaz e explosivo

    O psiclogo norte-americano Sheldon (1942) e seus colaboradores (Sheldon et al., 1954) levou este pensamentode Kretschmer a uma grande sofisticao sobre as variedades do temperamento, embora sua teoria no tenhatido grande sucesso entre os psiclogos. Estes autores tambm relacionavam diretamente a forma fsica do corpocom tipos especficos de temperamentos. Veja na tabela 1-2 este relacionamento

    Tabela 1-2.Relao entre tipo fsico e tipo de personalidade segundo Sheldon

    Tipo Fsico:Endomorfomacio, redondo

    Mesomorfoforte, muscular, atltico Ectomorfodelgado, frgil

    Temperamento:

    Viscerotnico:

    gosto pelo confortosentimentalhedonistasocivel

    Somatotnico:ativoenergticoorientado ao desempenho agressivo

    Cerebrotnico:sensitivodelicadointelectualreligiosoretrado

    3.3. Teorias psicolgicas (tipologias psicolgicas)

    A temtica tipolgica explodiu entre os psiclogos nos meados deste sculo, particularmente na Holanda (Heymans eWiersma com publicaes na revista Zeitschrift fr Angewandte Psychologie), Alemanha (Spranger que publicou, j em1914, o Lebensformene Klages, 1929) e sobretudo na Frana (Binet, 1922; Gilliland, 1939; Le Senne,1963; Berger, 1963;

    Le Gall, 1964). Contudo, entre as tipologias psicolgicas, foi a do psiquiatra Jung (1967) que maior reconhecimentoteve at o presente entre os psiclogos. Pesquisas, talvez mais empricas, nesta rea do temperamento comearam aser mais e mais desenvolvidas baseadas em duas tendncias: a) os estudos longitudinais iniciados nos finais de 1950por Thomas, Chess e colaboradores (Plomim, 1986; Chess & Thomas, 1986) e b) os estudos de carter pavlovianodos russos Teplov em Moscou e de Merlin em Perm, tambm nos meados de 1950.

    Pelo impacto que produziram sobre a pesquisa e a utilizao do temperamento em Psicologia, detalharemosalgumas destas tendncias a seguir.

    3.3.1. Tipologia de Jung

    Nesta rea do temperamento, as duas dimenses psicolgicas elaboradas por Jung (1967, 1974) ainda parecem serde grande utilidade em Psicologia, a dimenso dos tipos e a dimenso das funes. Este autor desenvolveu todauma hierarquia de tipos (Jung, 1967), mas sobretudo sua distino nos dois famosos tipos Extroverso eIntroverso que fez e faz carreira, distino que inclusive parece um ganho definitivo em Psicologia. A outradistino entre quatro funes (veja o nmero mgico 4 de volta de novo!) tambm recebeu e est recebendogrande ateno entre os psiclogos. Estas quatro funes so: pensamento, sentimento, sensao e intuio.

    Jung caracteriza estas dimenses psicolgicas do seguinte modo:

    Extroverso: direcionamento da libido para o exterior; movimento positivo do sujeito para o objeto; o objeto setorna o foco de interesse ativo (o sujeito procura o objeto) e passivo (o objeto se impe ao sujeito) doindivduo.

    Introverso: direcionamento da libido para o interior; movimento negativo do sujeito com relao ao objeto; oprprio sujeito se torna o foco de interesse ativo (o sujeito procura recluso) e negativo (o sujeito se tornaincapaz de contatar o objeto) do indivduo.

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    Pensamento(pensar, thinking): representar a realidade conceitualmente (representao intelectual). Ele pode ser. ativo(racional, consciente), chamado intelectoe consiste em procurar esta representao. passivo (irracional, inconsciente), chamado intuio intelectual e consiste em que a representao se

    impe at contra a vontade do sujeito.

    Sentimento (sentir, feeling): reagir diante da realidade como um valor, implicando aceitao ou rejeio. Eletambm pode ser ativo, enquanto procura valorizar a realidade ou passivo, enquanto esta se impe como

    valor positivo ou negativo. O sentimento com reaes orgnicas se chama de afeto.

    Sensao (percepo via sentidos, sensing): perceber sensorialmente a realidade (externa e interna). arepresentao sensorial da realidade; uma funo irracional.

    Intuio(percepo via inconsciente, intuition): percepo inconsciente de uma realidade global; uma funoirracional.

    O apego ao dogma psicanaltico do investimento da libido fez estas distines interessantes de Jung,particularmente no caso das funes, um tanto confusas e inadequadamente distintas. Embaralhando osconceitos de irracional com inconsciente, tornou particularmente confusas as categorias da sensao e daintuio. Se se puder liberar da armadura psicanaltica, estas distines de Jung parecem altamente promissoraspara uma tipologia dos temperamentos, como tentaremos efetuar mais adiante.

    Alm destes, outros psiclogos se enveredaram pelo terreno das tipologias. Entre estes, alguns tiveram poucaaceitao entre a comunidade da Psicologia, como, por exemplo, Spranger (1928) que definiu quatro valores paradiferenciar os tipos humanos, a saber: religioso, terico, econmico e artstico; Adler (Keirsey & Bates, 1984)opinou que eram quatro objetivos ou elementos os diferenciadores dos tipos humanos, a saber: reconhecimento,poder, servio e vingana. William James props a distino entre tough-minded e tender-minded. Outros autores,embora baseados em teorias nem sempre satisfatrias, esto alcanando interesse e fama sobretudo por teremdesenvolvido instrumentos para medir os vrios tipos que eles propem, tornando-se assim de utilidade prtica,particularmente no ambiente organizacional. Estes autores sero expostos no captulo 2.

    Do ponto de vista da teoria do temperamento, duas duplas de pesquisadores talvez merecem especial ateno narea. So elas Thomas e Chess (1977) e Buss e Plomin (1975, 1984).

    3.3.2. Tipologia de Thomas e Chess

    Estes autores se deram ao trabalho de, durante 20 anos, observar crianas desde o bero at a escola primria.Concluram eles que as crianas manifestam caractersticas de temperamento desde a mais tenra idade.Identificaram nove categorias de comportamento, as quais lhes permitiram elaborar trs grupos bsicos detemperamento. As categorias so as seguintes:

    nvel de atividade regularidade e ritmicidade aproximao e esquiva adaptabilidade intensidade limiar sensorial humor distratibilidade durao de ateno.

    Atravs de anlises fatoriais, Thomas e Chess chegaram a definir alguns tipos bsicos de temperamentos, a saber,

    A Criana Fcil: ela se caracteriza por regularidade, respostas positivas de aproximao a estmulosnovos, grande adaptabilidade mudana e leves a moderados nveis de humor e preponderantementepositivos. Estas crianas desenvolvem rapidamente rotinas regulares de sono e alimentao, se acostumamfacilmente a novos alimentos, adaptam-se bem a um nova escola, aceitam a maioria das frustraes semgrandes escndalos e aceitam sem dificuldades as regras de novos jogos(Thomas & Chess, 1977, p. 23 -

    citados por Barclay, 1991). Este grupo de crianas perfazem 40% da totalidade;

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    A Criana Difcil: este grupo definido pelos autores (Thomas & Chess, 1977, p. 23 - citados porBarclay, 1991) como um grupo com irregularidade em funes biolgicas, respostas negativas de esquivaa novos estmulos, no-adaptabilidade ou adaptabilidade lenta a mudanas e expresses intensas de humore freqentemente negativas. Estas crianas mostram rotinas irregulares de sono e alimentao, lentaaceitao de novos alimentos, longos perodos para adaptao a novas rotinas, pessoas ou situaes eperodos de choro relativamente freqentes e altos. A risada tambm caracteristicamente alta. Frustraoproduz tipicamente reaes manhosas violentas. Este grupo representa 10% da populao;

    Grupo intermdio entre os dois plos acima mencionados perfaz o restante da populao (45%).

    So bvias as similaridades destes dois grupos de crianas com as concepes jungianas de extroverso eintroverso. Vrios outros autores se aproveitaram destas descobertas de Thomas e Chess, desenvolvendoinstrumentos para avaliar as temperamentos das crianas. Entre eles, Martin (1984), cuja bateria foi aplicada acrianas por uma srie de outros autores (Barclay, 1987; Pullis & Cadwell, 1982; Martin, Paget & Nagle, 1983;Martin, Drew, Gaddis, & Moseley, 1988), bem como por Burks e Rubenstein (1979) que a aplicaram a adultos.Estas pesquisas todas revelaram importantes relaes entre os tipos de Thomas e Chess com problemas infantis,desempenho acadmico, e do forte suporte ao construto de temperamento.

    3.3.3. Tipologia de Buss e Plomin

    Estes autores partiram da definio de temperamento dada por Allport (1961), a qual postula quatrocomponentes do temperamento, a saber,

    Atividade: o total de energia utilizada

    Emocionalidade: intensidade de reao

    Sociabilidade: desejo de afiliao

    Impulsividade: responder de forma rpida ao invs de inibida.

    Alm disso, Buss e Plomin (1975, 1984) estabeleceram alguns critrios para discernir temperamento de outrasdisposies da personalidade. Estes critrios so os seguintes:

    Hereditariedade: uma teoria de temperamento deve mostrar um componente gentico

    Estabilidade: o temperamento deve mostrar persistncia durante a vida do sujeito, como qualquer traogeneticamente herdado, apesar das influncias do meio ambiente e aprendizagem

    Adaptabilidade: todas as caractersticas de temperamento devem poder sofrer algum grau de modificao social

    Presena filogentica: se caracterstica de temperamento ela deve ter representao tambm entre os animais.

    Para verificar estas suas hipteses, Buss e Plomin desenvolveram um instrumento para a pesquisa dotemperamento, o EASI - Emotionality, Activity, Sociability, Impulsivity. Dos estudos com o EASI em populaouniversitria e de adultos, os autores apresentam evidncias fortes para a presena dos temperamentos deemocionalidade, atividade e sociabilidade, sendo mais fraca a evidncia em prol da impulsividade. Verificaram,ainda, em estudos com crianas, a existncia de correlaes significativamente mais fortes de temperamentoentre crianas gmeas do que entre crianas no-gmeas, revelando o fundamento gentico do temperamento.

    Estes dados tericos, empricos e psicomtricos mostram que o construto temperamento se apresenta ainda til nocontexto da teoria psicolgica para descrever conglomerados de comportamentos que os indivduos manifestam.

    Alis, o interesse no estudo do temperamento nas ltimas dcadas tem sido extraordinrio. Bates (1986) fez umlevantamento dos sumrios de pesquisas que tratam do temperamento somente em crianas, realizdas entre 1967e 1983, descobriu 162 artigos, sendo que 62% deles apareceram aps 1980. Plomin (1986, p. ix), analisando osPsychological Abstracts, conclui desde 1970, o nmero de artigos sobre temperamento tem crescido na base de50% cada 5 anos. Strelau (1994) fez um ilustrativo apanhado dos vrios enfoques que vm sendo perseguidospela pesquisa no temperamento, salientando as seguintes caractersticas:

    Temperamento cobre um nmero enorme de traos ou dimenses, cada qual seguido de instrumentosespecficos de diagnstico (Hubert, Wachs, Peters-Martin, & Gandour, 1982; Slabach, Morrow, & Wachs);

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    Os mtodos psicomtricos predominam nos estudos experimentais na anlise do temperamento, em particularno caso de crianas (Bates, 1986; Buss & Plomin, 1984; Plomin & Dunn, 1986; Thomas & Chess, 1977;Goldsmith & Rothbart);

    Muitos estudos procuram na biogtica a origem das diferenas individuais no temperamento ( Goldsmith, inpress; Matheny & Dolan, 1980; Plomin, 1982; Ravich-Shcherbo, 1988; Torgersen, 1985);

    Procura de mecanismos fisiolgicos (psicofisiolgicos, eletrofisiolgicos, neuropsicolgicos, bioqumicos) na

    base do temperamento, em especial no estudo do nvel de estimulao (arousal) (Grayy, 1982; Schalling,Edman, & Asberg, 1983; Simonov, 1987; Zuckerman, 1979);

    Os estudos do temperamento cobrem todas as idades, havendo tendncia de um enfoque de estudoslongitudinais sobre a extenso toda de uma vida (Lerner & Lerner, 1983; Plomin, Pedersen, mcclearn,Nesselroade, & Bergeman, 1988; Thomas & Chess, 1977);

    Procura de constncias nas caracterstica do temperamento, em especial no desenvolvimento infantil(Giuganino & Hindley, 1982; Hagekuell, 1989; Matheny, 1983; Plomin & Dunn, 1986; Rothbart, 1986);

    Estudos da funo reguladora do temperamento com enfoque contectual e interacionista (Carey, 1985; Eliasz, 1981,1985; Klonowicz, 1987; Rothbart & Posner, 1985; Strelau, 1983ab; Thomas & Chess, 1977; Rothbart and VanHeck)

    Funo adaptativa do temperamento, em especial na famlia, escola e trabalho, e sua relao com desordens dedesenvolvimento e de comportamento (Burks & Rubenstein, 1979; Carey & mcdevitt, 1989; Chess & Thomas,1984, 1986; Eliasz & Wrzesniewski, 1986; Klonowicz, 1985, 1987; Strelau, 1983, 1987, 1988; Talwar, Nitz,Lerner, & Lerner, 1982);

    Enfoque interdisciplinar na pesquisa do temperamento, em especial entre psiclogos, psicofisilogos,neuropsiclogos, geneticistas do comportamento, psiquiatras, pediatras e pedagogos (Carey & mcdevitt, 1989;Kohnstamm, Bates, & Rothbart, 1989; Plomin & Dunn, 1986; Strelau, Farley, & Gale, 1985, 1986).

    3.3.4. Modelo psicobiolgico de temperamento e carter

    Elaborando um modelo tridimensional da personalidade, desenvolvido em 1991, Cloniger, Svrakic e Przybeck (1998)descrevem um modelo de personalidade baseado em sete dimenses, sendo quatro de temperamento (com base maisbiolgica) e trs de carter (com base mais psicolgica). Estas dimenses com suas sub-dimenses so as seguintes:

    Temperamento:

    - Procura de novidade(novelty seeking): fator hereditrio que ativa ou inicia comportamentos e se manifesta como

    - Excitao exploratria vs. Rigidez (exploratory excitabilityvs. Reigidity)

    - Impulsividade vs. Reflexo (impulsivenessvs. Reflection)

    - Extravagncia vs. Reserva (extravagance vs. Reserve)

    - Desordem vs. Regimentao (disorderlinessvs. Regimentation)

    - Fuga de injria(harm avoidance): fator hereditrio que inibe ou cessa comportamentos e se manifesta como

    - Preocupao anticipatria vs. Otimismo (anticipatory worry vs. Optimism)

    - Medo da incerteza vs. Confiana (fear of uncertainty vs. Confidence)

    - Timidez vs. Gregariedade (shyness vs. Gregariousness)

    - Fatigabilidade e astenia vs. Vigor (fatigability and asthenia vs. Vigor)

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    - Dependncia em reforo (reward dependence): fator hereditrio que mantm ou continua comportamentos emandamento e se manifesta como

    - Sentimentalidade vs. Insensitividade (sentimentality vs. Insensitivity)

    - Apego vs. Desapego (attachment vs. Detachment)

    - Dependncia vs. Independncia (dependence vs. Independence)

    - Persistncia(persistence): fator hereditrio que continua comportamentos apesar de frustrao e fadiga e se manifesta em

    - Persistncia vs. Indeciso (persistence vs. Irresoluteness)

    Carter:

    - Auto-orientao (self-directedness)

    - Responsabilidade vs. Acusao (responsibility vs. Blaming)

    - Objetividade vs. Desorientao (purposeful vs. Goal undirected)

    - Competncia vs. Apatia (resourcefulness vs. Apathy)

    - Auto-aceitao vs. Auto-procura (self-acceptance vs. Self-striving)

    - Segunda natureza congruente

    - Cooperao (cooperativeness)

    - Aceitao social vs. Intolerncia (social acceptance vs. Intolerance)

    - Empatia vs. Desinteresse (empathy vs. Desinterest)

    - Ajuda vs. Indiferena (helpfulness vs. Unhelpfulness)

    - compaixo vs. Vingana (compassion vs. Revengefulness)

    - Corao puro vs. Egosmo (pure hearted vs. Self-serving)

    - Auto-transcendncia(self-transcendance)

    - Auto-esquecimento vs. Auto-conscincia (self-forgetting vs. self-conscious)

    - Identificao transpessoal (transpersonal identification)

    - Aceitao espiritual vs. Materialismo (spiritual acceptance vs. Materialism)

    Estes so alguns dos muitos autores que esto escrevendo sobre o temperamento. A literatura vasta e h muitopouca integrao entre todos estes autores e no parece proveitoso apresent-los todos neste captulo.

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    Ttulo: Os Tipos Humanos: A Teoria da Personalidade

    Autor: Luiz Pasquali

    Editora: CopyMarket.com, 2000

    2. Instrumentos de Medida do Temperamento

    Luiz Pasquali

    H no mercado brasileiro poucos instrumentos para a mensurao do temperamento. Em nvel mundial, entretanto,

    eles j so dezenas e esto aumentando em nmero, mas grande parte deles sendo reelaboraes de alguns clssicos,

    como o MBTI. A seguir detalharemos alguns destes instrumentos, sendo os demais elencados no final do captulo.

    1. Myers-Briggs Type Indicator (MBTI).

    Este instrumento se fundamenta na teoria do temperamento proposta por Jung e foi elaborado por Briggs-Myers e

    Myers (1942). O MBTI se apresenta numa srie de formas diferentes; numa delas ele mede at 16 tipos que resultam

    da combinao de 4 polaridades. As quatro polaridades so

    1) - Extroverso (extroversion - E) vs. introverso (introversion - I): orientao da energia para fora (mundo exterior, daspessoas, das coisas ou atividades) ou para dentro (mundo psicolgico, das idias, emoes ou impresses)

    2) - Sensao(sensing- S) vs. intuio(intuition- N): preferncia por adquirir a informao atravs dos sentidos ou atravsdo sexto sentido (percepo inconsciente, segundo Jung)

    3) - Pensamento(thinking - T) vs. sentimento (feeling- F): preferncia por organizar e estruturar a informao em termoslgicos ou em termos de valores, isto , tomar decises ou em termos da lgica ou dos valores

    4) -Julgamento(judgement- J) vs.percepo(perception- P): preferncia por um estilo de vida planejado, organizado ou poruma vida espontnea, flexvel.

    Combinando estas quatro polaridades, temos os 16 tipos de temperamento:

    1 - ENFJ:pedagogue, lder de grupos (5% da populao)

    2 - INFJ: author, desejo e prazer em ajudar os outros (1% da populao)

    3 - ENFP:journalist, percepo aguda da motivao dos outros; a vida um drama (5% da populao)

    4 - INFP: questor, capacidade para cuidar, calmo e pacfico diante do mundo, altos padres e sentimentos de honra(1% da populao)

    5 - ENTJ:field marshall, liderar, procura posio de responsabilidade e gosta de ser um executivo (5% da populao)

    6 - INTJ: scientist, auto-confiante e pragmtico, toma decises com facilidade, criador de sistemas e aplicador demodelos tericos (1% da populao)

    7 - ENTP: inventor, interesse por tudo, sensvel a todas as possibilidades, no-conformista e inovador (5% da populao)

    8 - INTP: architect, preciso no pensamento e linguagem, percebe facilmente contradies e inconsistncias, o mundoexiste primariamente para ser compreendido (1% da populao)

    9 - ESTJ: administrator, contato forte com o meio ambiente externo, muito responsvel, baluarte de fora (13% da

    populao)10 - ISTJ: trustee, decidido em questes prticas, guardio de instituies histricas, confivel (6% da populao)

    11 - ESFJ: seller, o mais socivel de todos os tipos, fomentador da harmonia, anfitrio exmio (13% da populao)

    12 - ISFJ: conservator, estar a servio das necessidades dos outros, fiel (6% da populao)

    13 - ESTP:promotor, ativo, sua presena faz as coisas acontecerem, competitivo feroz, empreendedor, gosta de causarsensao, negociador (13% da populao)

    14 - ISTP: entertainer, irradia calor e otimismo, senso de humor, charmoso, esperto, um prazer estar com ele (13% dapopulao)

    15 - ESFP: artisan, ao impulsiva, a ao fim em si mesma, corajoso, adora excitamento, domina instrumentos (5%da populao)

    16 - ISFP: artist, gosto pelas artes finas, se expressa sobretudo pela ao ou arte, sentidos muito refinados (5% dapopulao).

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    O MBTI teve e vem tendo grande sucesso entre os psiclogos, sobretudo os que trabalham em organizaes. Os

    parmetros psicomticos deste teste, contudo, no so empolgantes. Os ndices de preciso giram em torno de 0,70

    (Kline, 1993). Os estudos independentes sobre a validade do MBTI, sobretudo em comparao com outros testes da

    rea (validade concorrente), no tm conseguido fundamentar a contento este parmetro do teste (Mendelsohn, 1965;

    Sundberg, 1965; Carlyn, 1977; Coan, 1979; Stricker & Ross, 1964). Em especial, o teste necessita mostrar sua validade

    fatorial (Kline, 1993; von Eye, 1990), sem a qual a distino em tipos psicolgicos se torna bastante arbitrria.

    2. Keirsey-Bates Temperament Sorter - KBTS

    Espelhando a tipologia hipocrtica, Keirsey e Bates (1984), analisando o MBTI, apresentaram sua prpria verso de

    um teste de temperamento, que divide os sujeitos nas quatro categorias de melanclico, sangneo, colrico e

    fleumtico, dando-lhes nomes diferentes e criativos. Os quatro tipos bsicos podem ser desdobrados nos 16 sub-tipos

    do MBTI, dividindo cada um deles em quatro tipos diferenciados. Os tipos bsicos so os seguintes:

    SJ: Guardies (Epimeteu Desconfiana- Melanclico). Focalizam-se no dever, comrcio e economia. So os guardies

    das tradies, defendem a hierarquia, seu mote o dever, sendo conservadores, tradicionalistas (45% da populao)

    SP: Arteses (Dionsio Vamos beber vinho- Sangneo). Focalizam-se na arte, esttica e ventura. Procuram a

    diverso, a liberdade e a espontaneidade (35% da populao)

    NT: Racionais (Prometeu Previdncia- Colrico). Focalizam-se na cincia, no terico. Lutam pela competncia, o

    saber, a objetividade; necessitam liderar e controlar (5% da populao)

    NF: Idealistas (Apolo Aspire pelo cu- Fleumtico). Focalizam-se no espiritual, na tica. Lutam pela procura de si mesmos,

    da paz e da harmonia. Procuram os valores, a inspirao, a relevncia na vida de si e dos outros (5% da populao).

    O teste contm 70 itens, que aparecem com uma frase e dois complementos referentes a tipos diferentes. O sujeito deve

    escolher uma das duas alternativas. Os pesquisadores, em geral, consideram este teste inferior ao MBTI (Noring, 1993).

    3. Guilford-Zimmerman Temperament Survey - GZTS

    O GZTS foi desenvolvido por Guilford et al. (1976) e atualmente composto de 300 itens, sendo 30 para cada uma

    das 10 escalas que medem, a saber,

    G - Atividade geral: energtico, rpido vs. lento e deliberado

    R - Restringido: srio vs. impulsivo

    A - Ascendncia: assertivo, confiante vs. submisso, hesitante

    S - Sociabilidade: amigo, falador vs. tmido, retrado

    E - Estabilidade emocional: jovial, com compostura vs. triste, excitvel

    O - Objetividade: tough- vs. tender-minded

    F - Amizade: respeito pelos outros vs. hostilidade, desprezo

    T - Reflexivo: reflexo vs. interesse pelo mundo exterior

    P - Relaes pessoais: tolerncia pelas pessoas vs. cata-falhas (cricri) M - Masculinidade: duro, emocionalmente inexpressivo vs. emptico, emotivo.

    {O GZTS tem se mostrado bastante preciso, o ndice de consistncia de suas escalas girando em torno de 0,80 ou

    mais. No seu livro, Guilford et al. (1976) apresentam abundante evidncia da validade de construto atravs da anlise

    fatorial. Mas h problemas com estas anlises fatoriais; primeiramente, muitas das amostras utilizadas foram pequenas

    demais (Kline & Barrett, 1983) e o uso da rotao ortogonal no parece justificada. De fato, estudo feito por Cattell e

    Gibbons (1968) verificou que os fatores ortogonais do GZTS no apareceram, mas eles se alinharam ao longo dos

    fatores de Cattell numa soluo oblqua. Perry (1952) descobriu que os fatores do GZTS podem ser agrupados em 5

    fatores mais gerais (de segunda ordem): neuroticismo, adaptao social, energia, introverso, masculinidade.

    Igualmente, Amelang e Borkenau (1982) descobriram, tanto no GZTS quanto nos sistemas de Cattell e tambm de

    Eysenck a presena dos 5 grandes fatores (the big five traits). Isto tudo quer dizer que os fatores do GZTS no seapresentam suficientemente claros para constiturem uma teoria ou explicao da personalidade.

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    4. Pleasure-Arousal-Dominance - PAD

    Mehrabian em 1978 desenvolveu um instrumento para medir o temperamento, o Trait Pleasure Scale, mais tarde

    atualizada no Trait Pleasure-Displeasure Scale - TPDS (1994) com 22 itens. Mehrabian (1980, 1991, 1995, 1996) baseia

    seu instrumento numa teoria que comporta trs dimenses praticamente independentes, definidas como segue:

    Prazer - Desprazer (Pleasure-Displeasure- P+ vs. P-): estados emocionais positivos vs. negativos;

    Excitao - No Excitao (Arousal-Nonarousal- A+ vs. A-): vivacidade (alertness) fsica vs. vivacidade mental;

    Dominncia - Submisso (Dominance-Submissiveness- D+ vs. D-): controle vs. falta de controle.

    Da combinao destas trs polaridades, Mehrabian (1987, 1991, 1995, 1996) e Mehrabian e OReilly (1980) definiram

    oito temperamentos, a saber,

    Exuberante (+P+A+D) vs. Aborrecido (-P-A-D), o exuberante sendo extrovertido, procura excitao,

    exibicionista, protetor e afiliativo

    Dependente (+P+A-D) vs. Desprezador (-P-A+D), sendo o dependente agradvel, excitvel e submisso

    Relaxado (+P-A+D) vs. Ansioso (-P+A-D), sendo o ansioso neurtico, excitvel e submisso

    Dcil (+P-A-D) vs. Hostil (-P+A+D), o agressivo sendo desagradvel, excitvel e dominante.

    Este instrumento de uso mais para pesquisa. Mehrabian (1995) apresenta alguns dados de validade para seu

    instrumento, quais sejam: o TPDS correlaciona positivamente com afiliao, extroverso, afago, receber apoio,

    empatia, sensualidade e desempenho (Mehrabian & OReilly, 1980) e negativamente com desajustamento, isto ,

    neuroticismo, defensividade, agressividade (Mehrabian, 195, 1996; Mehrabian & OReilly, 1980) e depresso

    (Mehrabian, 1995, 1996; Mehrabian & Bernath, 1991).

    O TPDS pouco conhecido e sua demonstrao de validade ainda bastante limitada. A teoria em que se baseia

    muito peculiar, baseada mais em idiossincrasias do autor, colhida em dados esparsos da literatura sobre a

    personalidade, do que numa teoria racionalmente fundamentada.

    5. Pavlovian Temperament Survey - PTS

    O inventrio, elaborado por Strelau (1991), se baseia na teoria de Pavlov (1935) sobre as propriedades do sistema

    nervoso, a saber, a intensidade dos processos nervosos (excitao e inibio), o equilbrio dos mesmos e a mobilidade.

    Ele mede trs traos: fora de excitao, fora de inibio e mobilidade. A fora de excitao consiste na capacidade

    do sistema nervoso central (SNC) de suportar estimulao intensa ou duradoura sem ter que apelar para a inibio

    protetora. A fora de inibio se refere capacidade do SNC de manter um estado de inibio condicionada.

    Mobilidade consiste na habilidade de responder adequadamente s mudanas contnuas do meio ambiente.

    O inventrio consta de 252 itens e est sendo validado num programa transcultural sob a orientao do Prof.

    Angleitner da universidade de Bielefeld (Alemanha), estando no Brasil encarregada a PUCCAMP.

    6. Student Temperament Assessment Record - STAR

    Baseado no instrumento de Kersey e Bates (1978), Oakland (1991) desenvolveu este inventrio para avaliar quatrofatores bipolares de temperamento, a saber:

    - Extroverso vs. introverso

    - Sensao vs. intuio (sensingvs. intuitive)

    - Pensamento vs. sentimento (thinkingvs.feeling)

    - Julgamento vs. perceptividade (judgingvs.perceptive).

    O STAR composto de 69 itens. Os itens aparecem com uma frase e dois complementos referentes a tipos

    diferentes. O sujeito deve escolher uma das duas alternativas.

    Este instrumento foi validado no Brasil por Riello (1992) com uma amostra de 606 adolescentes e utilizando a anlise fatorial.

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    Baseado no STAR, Eduardo de So Paulo (1999) desenvolveu uma tese de mestrado na UnB, elaborando uma nova

    forma deste instrumento, utilizando uma escala do tipo diferencial semntico.

    7. Inventrio Fatorial de Temperamento - IFT

    Inspirado no STAR, Eduardo de So Paulo (1999) desenvolveu, numa tese de mestrado, um instrumento para avaliar

    quatro dimenses bipolares de temperamento, a saber,

    1) Introverso vs. Extroverso: escala de 43 itens para cobrir esta dimenso definida segundo as especificaes deJung, isto , sujeitos introververtidos pensam, sentem e agem baseados no sujeito, em suas motivaes pessoais(so orientados para dentro de si mesmos), enquanto os extrovertidos pensam, sentem e agem em funo do seumeio ambiente (so voltados para fora);

    2) Prtico vs. Imaginativo (sensao vs. intuio): escala de 45 itens. Os sujeitos prticos so voltados para arealidade exterior, acreditam nos fatos, na experincia prpria e dos outros, vivendo no presente do dia-a-da,enquanto os imaginativos se orientam mais por suas fantasias, intuies e percepes subjetivas, vivendo maispara o futuro;

    3) Pensamento vs. Sentimento: escala de 46 itens. Os sujeitos orientados pelo pensamento vive de idias, se guiampela objetividade e pelas regras, enquanto os orientados pelo sentimento vivem mais em funo de valores,sensaes e emoes;

    4) Organizado vs. Flexvel (julgador vs. percebedor): escala de 41 itens. A escala avalia o modo como o indivduo

    determina os acontecimentos relativos sua vida pessoal e profissional. Os organizados planejam tudo na vida,gostam de ordem e previsibilidade, enquanto os flexveis deixam as coisas correr, detestando planejar e prevertudo na vida.

    5) Uma anlise fatorial das escalas mostrou que elas se compem dedois ou trs fatores distintos, mas oscoeficientes de fidedignidade de todos eles deixam a desejar, situando-se entre 0,55 a 0,77.

    6) Uma vantagem deste instrumento consiste na escala de resposta utilizada: foi usada um escala de intensidade dotipo diferencial semntico com 7 pontos, em lugar de escolha forada corrente na maioria dos instrumentos detemperamento.

    8. Outros Instrumentos(Strelau, 1994):

    1) Adolescenten Temperament Lijst (ATL). Feij, J.A. & Kuiper, C.D. (1984). ATL Handleiding: Adolescenten

    Temperament Lijst. Lisse, Holland: Swets & Zeitlinger. Avalia: extraverso, emocionalidade, impulsividade,procura de sensao (sensation-seeking).

    2) Affect Intensity Measure (AIM). Larsen, R.J. & Diener, E. (1987). Affect intensity as an individual differencecharacteristic: A review. Journal of Research in Personality, 21, 1-39. Avalia: intensidade do afeto.

    3) Barratt Impulsiveness Scale (BIS-10). Barrat, E.S. (1985). Impulsiveness subtraits: Arousal and informationprocessing. In J.T. Spence & C.E. Izard (Eds.), Motivation, emotion, and personality. Amsterdam, Holland: North-Holland, 137-146. Avalia: impulsividade motora, impulsividade cognitiva, impulsividade non-planning.

    4) EAS Temperament Survey (EASTS). Buss A.H. & Plomin, R. (1984). Temperament: Early developing personalitytraits. Hillsdale, NJ: Erlbaum. Avalia: sofrimento (distress), temor, raiva, atividade, sociabilidade.

    5) Eysenck Personality Inventory (EPI). Eysenck, H.J. & Eysenck, S.B.G. (1968). Manual of the Eysenck PersonalityInventory. San Diego, CA: Educational and Industrial Testing Service. Avalia: extroverso, neuroticismo.

    6) Eysenck Personality Questionnaire (EPQ). Eysenck, H.J. & Eysenck, S.B.G. (1975). Manual of the Eysenck PersonalityQuestionnaire (Junior & Adult). London: Hodder & Stoughton. Avalia: extroverso, neuroticismo, psicotismo.

    7) Gray-Wilson Personality Questionnaire (GWPQ). Wilson, G.D., Barrett, P.T., & Gray, G.A. (1989). Human reactionsto reward and punishment: A questionnaire examination of Grays personality theory. British Journal of Psychology,80, 509-515. Avalia: aproximao, esquiva ativa, esquiva passiva, extino, luta, fuga.

    8) Gregorc Style Delineator (GSD).

    9) I7 Impulsiveness Questionnaire (I7 Questionnaire). Eysenck, S.B.G., Pearson, P.R., Easting, G., & Allsopp, J.F.(1985). Age norms for impulsiveness, venturesomeness and empathy in adults. Personality and Individual differences,6, 613-619. Avalia: impulsividade, esprito de aventura, empatia.

    10) Inventrio Fatorial de Temperamento (IFT). So Paulo, E. de (1999). Construo e validao de um inventrio detemperamento. Braslia, DF: UnB, tese de mestrado.

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    11) Irritability and Emotional Susceptibility Scales (IESS). Caprara, G.V., Cinanni, V., DImperio, G., Passerini, S., Renzi,P., & Travaglia, G. (1985). Indicators of impulsive aggression: Present status of research on irritability andemotional susceptibility scales. Personality and Individual Differences, 6, 665-674. Avalia: irritabilidade,susceptibilidade emocional.

    12) Laboratory temperament assessment Battery (LAB-TAB); Pre- and locomotor versions. Goldsmith, H.H. & Rothbart,M.K.(1992). Eugene: University of Oregon.

    13) Marke-Nyman-Temperamentskala (MNT). Baumann, U. & Angst, J. (1972). Die Marke-Nyman-Temperamentskala(MNT. Zeitschrift fuer klinische Psychologie, 1, 189-212. Avalia: validade, estabilidade, solidez.

    14) New York Longitudinal Study Questionnaire for Early Adult Life (NYLSQ). Thomas, A., Mittleman, M., Chess, S.,Korn, S.Y., & Cohen, Y. (1982). A temperament questionnaire for early adult life. Educational and Psychological

    Measurement, 42, 593-600. Avalia: atividade, adaptabilidade, durao de ateno, distratibilidade, humor,ritmicidade, limiar sensorial.

    15) Structure of Temperament Questionnaire (STQ). Rusalov, V.M. (1989). Object-related and communicative aspects ofhuman temperament: A new questionnaire of the structure of temperament. Personality and Individual Differences,10, 817-827. Avalia: ergonicidade, ergonicidade social, plasticidade, plasticidade social, tempo, tempo social,emocionalidade, emocionalidade social.

    16) The Reactivity Scale(RS). Kohn, P.M. (1985). Sensation seeking, augmenting-reducing, and strength of the nervoussystem. In J.T. Spence & C.E. Izard (Eds.), Motivation, emotion, and personality. Amsterdam, Holland: North-Holland, 167-173. Avalia: reatividade.

    17) Revised Dimensions of Temperament Survey Adult (DOTS-R Adult). Windle, M. & Lerner, R.M. (1986). Reassessingthe dimensions of temperament individuality across life span: The Revised Dimensions of Temperament Survey(DOTS-R). Journal of Adolescent Research, 1, 213-230. Avalia: nvel geral de atividade, nvel de atividade de sono,aproximao evitao, flexibilidade rigidez, ritmicidade sono, ritmicidade comer, ritmicidade hbitosdirios, baixa distratibilidade, persistncia.

    18) Sensation-Seeking Scale Form IV(SSS IV). Zuckerman, M. (1979). Sensation seeking: Beyond the optimal level ofarousal. Hillsdale, NJ: Erlbaum. Avalia: procura de sensao, sucpetibilidade ao aborrecimento, desinibio,procura de experincia, procura de aventura e excitamento.

    19) Sensation-Seeking Scale Form V (SSS V). Zuckerman, M. (1979). Sensation seeking: Beyond the optimal level ofarousal. Hillsdale, NJ: Erlbaum. Avalia: procura de sensao, sucpetibilidade ao aborrecimento, desinibio,procura de experincia, procura de aventura e excitamento.

    20) Stimulus Screening Questionnaire(SSQ). Mehrabian, A. (1977). A questionnaire measure of individual differences instimulus screening and associated differences in arousability. Environmental Psychology and NonverbalBehavior, 1, 89-103. Avalia: estmulo de screening-arousability.

    21) Strelau Temperament Inventory (STI). Strelau, J. (1983). Temperament-personality-activity. London: Academic Press.Avalia: fora de excitao, fora de inibio, mobilidade de processos nervosos, equilbrio de processos nervosos.

    22) Strelau Temperament Inventory RevisedSTI-R). Strelau, J., Angleitner, A., Bantelmann, J., & Ruch, W. (1990). TheStrelau Temperament Inventory Revised (STI-R): Theoretical considerations and scale development.European

    Journal of Personality, 4, 209-235. Avalia: fora de excitao, fora de inibio, mobilidade de processos nervosos,equilbrio de processos nervosos.

    23) Temperament Inventory(TI). Cruise, R.J., Blitchington, W.P., & Futcher, W.G.A. (1980). Temperament Inventory:An instrument to empirically verify the four-factor hypothesis. Educational and Psychological Measurement, 40, 943-

    954. Avalia: fleumtico, sanguneo, colrico, melanclico.24) Temporal Traits Inventory (TTI). Gorynska, E. & Strelau, J. (1979). Basic traits of the temporal characteristics of

    behavior and their measurement by an inventory technique. Polish Psychological Bulletin, 10, 199-207. Strelau, J.(1983). Temperament-personality-activity. London: Academic Press. Avalia: persistncia, reocorrncia, mobilidade,regularidade, velocidades, tempo.

    25) Thurstone Temperament Schedule(TTS). Thurstone, L.L. (1953). Examiner manual for the Thurstone TemperamentSchedule (2nd ed.). Chicago, IL: Science Research Associates. Avalia: ativo, vigoroso, impulsivo, dominante,emocionalmente estvel, socivel, reflexivo.

    26) Vando Reducing-Augmenting Scale (RAS). Barnes, G.E. (1985). The Vando R-A Scale as a measure of stimulusreducing-augmenting. In J. Strelau, F.H. Farley, & A. Gale (Eds.), The biological bases of personality andbehavior: Theories, measurement techniques, and development (Vol. 1, pp. 171-180). Washington, DC:

    Hemisphere. Avalia: reduzindo-aumentando.

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    Ttulo: Os Tipos Humanos: A Teoria da Personalidade

    Autor: Luiz Pasquali

    Editora: CopyMarket.com, 2000

    3. Teoria da PersonalidadeLuiz Pasquali

    Introduo1.1. Prembulo

    A terminologia e os conceitos emitidos durante a histria sobre a questo do temperamento e da teoria dapersonalidade em geral do uma sensao de uma grande babel ou, pelo menos, de uma criatividade exorbitante,como vimos em captulos anteriores. muito difcil ver, por detrs de todas essas posies, uma tentativa maisaxiomatizada de uma teoria que leve em conta as dimenses fundamentais de um ser como o ser humano. Elasparecem mais surtos criativos de alguns autores, baseados, qui, em intuies momentneas, observaes clnicasmais ou menos espordicas, achados mais ou menos fortuitos que deram certo xito ou preconceitos filosficosqueridos da poca e, at, devaneios esotricos. No caso do temperamento, de um modo geral os conceitosemitidos por estes autores giram basicamente em torno de dois eixos: um fsico, outro psicolgico, se no

    levarmos em conta o eixo espiritual dos esotricos. O eixo fsico segue duas linhas no estabelecimento dos tiposou temperamentos, a saber, as tipologias baseadas nos humores (linha arcaica) ou nos hormnios (linha moderna)e as tipologias baseadas no tipo fsico do corpo ou tipologias morfolgicas. Ambas estas correntes deixaram de serproeminentes na literatura cientfica hoje em dia e, ao que parece, esto em via de extino, pelo menos como baseprimria para definir tipos psicolgicos. Por outro lado, est aumentando o interesse na definio de tipospsicolgicos tomando como fundamento caractersticas mais psicolgicas da personalidade humana. As tentativashistricas nesta ltima rea enveredaram por todas as direes, procurando eixos de estratificao os mais

    variados. Jung, por exemplo, trabalhava com vrios eixos, a saber

    Movimento da energia (libido, para ele) para dentro ou para fora

    Nvel racional ou irracional (isto , inconsciente para ele)

    Funo de conhecimento ou de sentimento

    Estilo de vida orientado pelo julgamento ou pela percepo.

    Outros ainda introduziram mesmo conceitos filosficos e at religiosos nesta classificao tipolgica (veja, por exemplo,Klages e Adler no captulo 1). Enfim, conforme vimos rapidamente nos captulos 1 e 2, os autores inventam todo otipo de classificao, apenas que aparece difcil e quase desesperador procurar ver alguma lgica mais profunda,epistemologicamente fundamentada, para sustentar tantos modos de pensar sobre a personalidade humana.

    1.2. O Objetivo

    {Diante de tanta discrepncia parece at uma temeridade tentar definir ou redefinir este campo dotemperamento ou da personalidade. Mas vamos tentar de novo, para ver se d para pr alguma ordem nestapletora de caracterizaes por que passou e vem passando a teoria na rea da personalidade. O objetivo primordialdesta tentativa consiste em oferecer aos pesquisadores da personalidade humana um arcabouo ou contexto dereferncia, o mais axiomatizado possvel (pelo menos formal), atravs do qual o estudioso da rea possa se orientare contextualizar o seu tema de interesse e pesquisa. Parece importante tal intento no sentido de incrementar aconvergncia das pesquisas, das temticas e da terminologia, objetivando unir esforos e resultados para bem dateoria psicolgica. A importncia de um tal contexto de referncia parece extremamente relevante parafundamentar e garantir um progresso mais linear, continuado e somativo da teoria e da pesquisa psicolgica. Taleixo de referncia no torna teorias setoriais inteis muito menos erradas, apenas as torna conscientes de suaregionalidade, evitando inclusive o perigo do imperialismo, isto , de que cada teoria setorial assuma o papel dateoria psicolgica pura e simplesmente, como vem ocorrendo sistematicamente na histria dos sistemas emPsicologia. A utopia, no bom sentido, aqui defendida finalmente a busca da teoria psicolgica, superando asteoriaspsicolgicas, de sorte que algum dia os psiclogos possam estar falando uns com os outros em linguagem e

    temas que no sejam ambguos, quando no idiossincrticos.

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    Alis, a teoria a ser exposta a seguir vai parecer um entrosamento de obviedades. Por serem assim, parece tambm queningum quis p-las junto. Mas a fora da teoria precisamente entrosar tais obviedades que o saber humano criou oudescobriu sobre ele prprio. Este entrosamento de fatos sobre o ser humano visa evitar os interminveis e frustrantesmodismos que seguidamente surgem dentro da Psicologia, como os atuais Big-5, a Inteligncia Emocional e outrostantos, que no final das contas tornam ridculo o papel do psiclogo no campo da cincia. No que esses modismosestejam errados; apenas, o erro est em querer fazer desses recortes simplesmente a teoria da personalidade, sem sedarem conta que so recortes; por mais legtimos e teis que eles sejam para o conhecimento e a prtica em Psicologia,so sempre recortes e seus proponentes deveriam ser capazes de se conscientizar e definir os limites de tais recortes. Osmodismos surgem justamente porque falta em Psicologia um quadro de referncia para a criatividade, s vezesexorbitante, dos psiclogos em sua rea de pesquisa. A presente teoria quer precisamente procurar um tal quadro dereferncia para dar sentido a estes modismos e mostrar sua regionalidade. Agora, a teoria vai parecer pr em evidnciaobviedades que o saber humano coletou sobre si mesmo na histria e, por serem assim, vo de incio parecerirrelevantes. Mas, vamos l.

    1.3. Os Pressupostos

    O problema para procurar uma tal redefinio acima proposta o ponto de partida. Que eixos existem, os quaispossam ser considerados bsicos para a descrio do comportamento humano, levando em conta a totalidade doseu ser? A totalidade do ser humano j nos coloca numa sinuca. Isto porque posso entender esta totalidade numsentido rigoroso e, ento, todas as dimenses que o conhecimento humano, ou at alm dele, tem sobre talrealidade devem entrar em jogo; ou, ento, entendo por totalidade do ser humano aquelas dimenses que a cinciaemprica pode conceber e estudar.

    O conhecimento humano sobre este ser chamado homem provm de fontes muito distintas. De fato, oconhecimento denominado cientfico (as cincias empricas) se interessa por este homem (biologia, qumica,cincias humanas e sociais em geral, obviamente a psicologia), mas tambm o conhecimento metafsico, isto , afilosofia, se interessa pelo mesmo ser, assim como o conhecimento teolgico (a teologia) se interessa e pretendeproduzir verdades sobre este mesmo ser humano. Todas estas formas de conhecimento se baseiam em mtodos deproduzir o conhecimento que no so uns redutveis aos outros, alm de possurem critrios diferentes, e tambmirredutveis uns aos outros, para demonstrarem a legitimidade das verdades que produzem. As cincias e a filosofiatratam do homem como, digamos, ser natural, enquanto a teologia a considera como ser sobrenatural, ou melhor,

    considera nele uma dimenso de carter no-natural (= sobrenatural)1

    .Partindo da suposio razovel de que todos estes conhecimentos so legtimos, e este o grande pressuposto nomomento, surgem ento de imediato, pelo menos, duas vises, talvez no contraditrias, mas muito distintas sobreeste ser humano. Poderamos chamar uma das vises de concepo do Homo philosophicus (a das cincias e dafilosofia) e a outra do Homo theologicus (a da teologia).

    Deste alerta j surgem dois pontos de partida para a nossa problemtica do conhecimento do ser humano:

    1) Partindo da viso do Homo philosophicus, verificamos que a filosofia define o ser humano como animalracional (ou se quiser, macaco ou primata racional), e ali j podemos talvez ter uma das dimenses necessrias aserem consideradas neste contexto. Desta considerao segue, na verdade, que o ser humano tem, pelo menos,dois nveis de ser, a saber, um fsico (biolgico) e outro psquico (psicolgico); do contrrio, o adjetivo racional

    no significaria nada de substantivo na definio do ser humano.2) Se, contudo, partirmos de uma definio mais ampla ainda, ou seja, da viso do Homo theologicus, deveentrar neste contexto a dimenso espiritual. Neste caso, alm das duas dimenses acima assinaladas, esta espiritualdeve ser considerada tambm.

    Alis, voc viu na introduo deste tema, que estas trs dimenses do ser humano j foram utilizadas para definir ecaracterizar teorias de temperamento. O problema com essas teorias que elas tornam uma das dimenses como anica e exclusiva, deixando as outras de fora ou em segundo plano. Por que no levar em conta as trs e montaruma teoria completa, na qual as trs dimenses tm seu dizer?

    1Uma discusso mais elaborada sobre a epistemologia do saber pode ser encontrada no captulo 1 do livro Delineamento de pesquisa

    cientfica (L. Pasquali, org., 2000).

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    Visto dentro desta problemtica, o ser humano pode ser configurado como a confluncia da atividade da evoluonatural e da interveno divina. Esta pode ser visualizada numa figura que associa, de baixo para cima, a evoluodo primata at o homem e, de cima para baixo, a extenso da mo de Deus tocando a do homem, como ilustradopor Miguel ngelo na Capela Sistina de Roma.

    Entretanto, como a Psicologia, enquanto cincia, no possui instrumentos e metodologia para racional e utilmentetrabalhar a dimenso espiritual, como cientistas devemos nos contentar com conceber o ser humano constitudosimplesmente de corpo e mente. Obviamente, em existindo a dimenso espiritual, sua no incluso torna o estudo do

    ser humano incompleto e, consequentemente, do seu comportamento tambm. Mas o conhecimento humano,qualquer que ele seja, deve sempre fazer recortes na realidade para poder estud-la segundo seus mtodos epossibilidades. A admisso da dimenso espiritual, pelo menos, torna a Psicologia consciente de que o conhecimentoque ela produz sobre o ser humano limitado, um recorte. Ento, vamos considerar o ser humano como compostode corpo e mente, como recorte que a Psicologia pode estudar deste ser.

    2 - A Estrutura da Personalidade

    2.1. Os Vetores da Estrutura da Personalidade

    Visto que o sujeito humano age como uma unidade, ainda que heterognea, de corpo-e-mente, estes doiscomponentes, fsico e psquico, devem estar sempre interagindo e, de algum modo, agindo conjuntamente. Mesmo

    assim, pode-se visualizar a possibilidade na qual alguns indivduos agiriam mais sobre o impacto de um doscomponentes, enquanto outros agiriam mais sob o outro. Dali j surge a possibilidade de se caracterizarem ossujeitos em tipos diferenciados em termos do predomnio de um destes componentes, fsico ou psquico, no seumodo de ser e de se comportar. Por que no? Inclusive, a tipologia jungiana de extroversovs. introversopode serconcebida como representando esta polaridade de ser do homem, sendo a primeira a orientao para fora, para ofsico, e a segunda a orientao para dentro, para o psquico (veja a figura 3-4 e em especial a figura 3-8). Dequalquer forma, a concepo filosfica caracteriza o ser humano como uma unidade composta de dois elementosheterogneos agindo em unssono, a saber, o fsico e o psquico.

    A esta distino do ser em fsico e psquico deve estar tambm associada a distino de inconsciente e consciente. Aconscincia, como uma nova realidade evolutiva, emergente a partir do fsico e biolgico (Popper, 1977; Davies, 1983),representa o psquico, enquanto o inconsciente representa mais o biolgico, o fsico. Esta distino vem tambm

    explicitada em termos de racional e irracional; o que est adequado, apenas que ela reduz a polaridade do ser (mente-corpo) ao nvel da funo do conhecer, deixando de fora os aspectos do sentir e do agir, como veremos a seguir.

    Como o ser humano uma entidade una que pode ser analisada em sub-sistemas variados, uma dessas anlisespode ser feita em termos da predominncia dos componentes fsico e psquico em tais sistemas. Assim, umsubsistema neste ser humano constitudo por aquela regio onde predomina o fsico e outra em que predomina opsquico. H, contudo, um momento em que o fsico e o psquico se equilibram formando um estgio, sistema ouesfera do ser humano em que ambos os nveis de ser atuam igualmente. Esta distino bate com o que Freuddescreve e chama de consciente, pr-consciente e inconsciente, sendo o consciente o predominantemente psquico,o inconsciente o predominantemente fsico e o pr-consciente a esfera entre os dois ou o ser misto fsico-psquico(veja figura 3-1de figura 3-4).

    Isto daria conta do serdo indivduo ser humano, na viso do homo philosophicus.

    Aqui se faz necessria pelo menos uma nota sobre a problemtica da mente, isto , da esfera psquica do serhumano. A admisso e sobretudo a concepo de uma realidade mental no ser humano no algo consensual etranqilo entre os psiclogos e mesmo filsofos que estudam este ser humano. Aqui existem duas tendncias queme parecem nefastas e que gostaria de comentar, porque elas vm sempre atrapalhando a compreenso do que sejao psquico. Poderamos chamar estas tendncias de reducionismo materialista e o essencialismo reificante. Oreducionismo procura, de todos os modos, reduzir os processos psquicos a processos biolgicos. A visomaterialista tem feito isto sistematicamente durante toda a histria do conhecimento humano; em Psicologia, almdo behaviorismo, ela aparece atualmente clara no ramo da neuro-psicologia: reduo dos processos mentais aprocessos corticais sutis ou similares. Por que isso? Porque se parte, explcita ou implicitamente, da suposio oudo preconceito que s existe o biolgico e, assim, o mental vai ter que ser reduzido a ele de qualquer modo. Porque no assumir o papel de cientista?

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    O papel do cientista procurar estudar e entender a realidade e no criar a realidade. Agora, os processosbiolgicos no ser humano devem ser descritos e entendidos ao nvel da Biologia e procurar as leis que regem taisprocessos; os processos psquicos devem ser descritos e entendidos ao nvel da Psicologia e funo do psiclogocientista descobrir as leis que regem estes processos, ou ser que a Psicologia simplesmente um ramo daBiologia? Ora, se os dois tipos de processos no podem ser descritos e entendidos isomorficamente, ento as leisque os regem tambm no so as mesmas. Ento, quais so as leis que regem o psquico se elas so diferentes dasleis puramente genticas? Pois , precisamente a funo do psiclogo descobri-las. Para que, afinal, existe acincia da Psicologia? Reduzir as leis do psquico s leis genticas me parece uma sada simples e uma fuga dapesquisa das verdadeiras leis. Evidentemente, tal postura no resolve o problema do conhecimento dessas leis,apenas impe responsabilidade e seriedade no psiclogo de, em vez de fugir para explicaes simples ousimplistas, ter que procurar e escavar essas leis da realidade psquica.

    Outro problema para entender o psiquismo humano, problema to grave quanto o do reducionismo materialista, a viso essencialista. Esta tendncia admite o psquico como diferente do biolgico, mas o faz de uma maneira atornar a realidade psquica algo totalmente distinto e independente do biolgico, como j o havia feito Descartes(1637, 1983) sculos atrs. Assim, para o essencialista, o ser humano composto de duas coisas totalmentedistintas: uma material e outra mental. Alis, nem se poderia dizer que ele composto dessas duas coisas, porqueas duas existem independentemente; assim, de fato o ser humano seria um agregado e no uma composio. Aqui,novamente o cientista est criando uma realidade por conta prpria (a mente como uma espcie de fantasma!),

    quando sua funo consiste em descobrir a realidade como ela . Pois, a experincia de cada ser humano no deque ele age independentemente com o corpo, algumas vezes, e outras com a mente; a experincia de que nsagimos simultaneamente (na maioria das vezes) com nosso corpo e nossa mente. Se isto um fato, ento ocientista tem que descrev-lo assim e procurar entend-lo de acordo. Ento, ao que parece, o ser humano, mesmocomposto de duas realidades distintas, age como uma unidade, sendo as duas realidades absolutamenteinseparveis tanto no ser quanto no agir. Como que isso possvel? Pois esta funo do psiclogo descobrir eno de negar. E a Psicologia j descobriu tal realidade de um dualismo interacionista que nossa experincia dirianos prope? Parece que estamos ainda muito longe de tal conhecimento, o que, evidentemente, uma desgraapara a cincia psicolgica. Da resulta que cada psiclogo entende esta realidade de corpo e mente do seu jeito. Eua entendo mais ou menos da seguinte forma:

    Do dito acima, parto do princpio que existe a engenharia gentica no ser humano e existe tambm a engenharia

    psquica; ambas regidas por leis distintas, mas ambas interdependentes. A engenharia gentica se rege pelas leisgenticas, que uma teoria biolgica como a da evoluo pode explicar; a engenharia da mente se rege por leispsquicas, fundamentadas tambm na evoluo biolgica, sendo que esta, a certa altura, produziu uma realidadedistinta da realidade biolgica, como uma espcie de emergncia, na expresso de Popper (1977). Perguntar como que isto possvel enveredar para o terreno das impossibilidades; como, entretanto, tal realidade existe, preciso partir do fato consumado e procurar explicar e entender como tal mecanismo funciona, numa perspectivaevolutiva reversa, como diria Pinker (1999), isto , partir do mecanismo existente e em funcionamento paraprocurar o como e as causas de tal funcionamento, j que a partir das causas e fenmenos genticos no d paraconstruir um tal mecanismo que funcione (estou falando do mecanismo da mente, que no funciona simplesmentepelas leis genticas, ainda que delas dependa). O fato de que ns nem conhecemos minimamente estas leis damente no motivo para neg-las. Se voc se lembra, a prpria Fsica, que se atribula h milnios para conhecer

    seu objeto de estudo, apenas h mais de um sculo comeou a realmente entend-lo; a Psicologia no tem milniosde histria, alis tem apenas um sculo. A Fsica j conseguiu chegar a elementos primrios da realidade fsica, osquarks, bosons e leptons, elementos que aparecem quase abstraes. A Psicologia apenas conseguiu at o presentechegar a elementos do tipo idia, imagem, sentimento e deciso, elementos que parecem ainda muito grossos.Mas atrs destes elementos que a Psicologia deve ir e explicar, descobrir sua estrutura e as leis que os regem, eno ir cata dos elementos da Fsica e nem da Biologia. A presente teoria no pretende resolver todos essesproblemas, mas ela indica, pelo menos, que os temas da mente devem ser procurados na esfera do psquico e nodo fsico e, ainda, que os mecanismos da mente e genticos sejam conjugados em seu ser e agir. Que issoconstitui uma tarefa agigantada e assustadora, um fato. Mas a prpria Biologia, com seus sculos de vida, apenasagora est comeando a entender as leis genticas, descobrindo os fenmenos da DNA e do genoma humano.Quando que a Psicologia comear a vislumbrar um genoma da mente?

    Esse arquivo que voc acaba de pegar da FileWarez. Visite o site na internet: http://www.filewarez.com.No d crdito as pessoas que apenas copiam arquivos de outro site!!! Os crditos so de quem

    realmente UPA o arquivo para FileWarez. Esse ebook foi upado por Murilo Bauer!!!

  • 7/25/2019 Os Tipos Humanos - A Teoria Da Personalidade01

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    Agora, voltando ao tema da estrutura da personalidade. Uma outra vertente de diferenciao entre os indivduos,alm do ser, poderia ser considerada a atividade,afuno (como diria Jung) ou as capacidades ou faculdades desteser humano. E esta atividade pode ser concebida, como o tem sido na tradio histrica da Filosofia e tambm daPsicologia, como tripartite, a saber, as funes de conhecer, sentire agir, ou por outros nomes sob os quais se queiraentender estas trs funes, alm dos seus substantivos de conhecimento, sentimento e motivao ou vontade, ou,ainda, faculdade cognitiva, faculdade afetiva e faculdade conativa. Nesta parte j no aparece to clara estadistino em trs funes, pois outros diriam que elas so em maior nmero. O prprio Jung fazia aqui algumasdistines que podem parecer at estranhas ou, pelo menos, no se v bem o por qu de tais distines. Aarmadura psicanaltica certamente uma d