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Jornal da Metrópole, Salvador, 30 de novembro de 20172

Publisher Editora KSZDiretor Executivo Chico KertészEditor Felipe ParanhosProjeto Gráfico Marcelo Kertész

Grupo Metrópole Rua Conde Pereira Carneiro, 226 Pernambués CEP 41100-010 Salvador, BA tel.: (71) 3505-5000

Editor de Arte Paulo BragaDiagramação Dimitri Argolo CerqueiraRedação Bárbara Silveira, Gabriel Nascimento, Luiza Leão e Matheus MoraisRevisão Felipe Paranhos

Fotos Tácio MoreiraProdução Gráfica Evandro BrandãoComercial (71) 3505-5022 [email protected]

Jornal da

Boca quente

A VERDADEIRA...Pior que a atuação da de-putada estadual Maria Del Carmen (PT), só sua asses-soria de comunicação. No fim de semana passado, a assessoria da parlamen-tar divulgou uma nota à imprensa afirmando que o secretário da Casa Civil, Bruno Dauster, havia cri-ticado a integração entre ônibus e metrô, feita pela Prefeitura de Salvador, chamando-a de “piada”.

FIM DA FARRA Falando em UPB, o atual presi-dente do órgão, Eures Ribeiro (PSD), acabou com a verdadei-ra farra promovida, por cinco anos seguidos, na gestão de Ma-ria Quitéria, para os prefeitos e suas familías, com tudo pago, no luxuoso resort Vila Galé, em Guarajuba. Era, na verdade, uma imensa confraternização de po-líticos com o dinheiro dos mu-nicípios, disfarçada pelo discur-so dos patrocinadores. Agora, o evento acontecerá em março de 2018, num auditório em Salva-dor, com um formato totalmen-te diferente. “É um contrassenso fazer um encontro em um resort, num momento de crise”, disse Eures à coluna.

Questionado pela coluna se a viagem que fez na comitiva do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para Israel, Palestina, Portugal e Itália, foi uma farra paga com o dinheiro público, o deputado José Rocha negou. Segundo ele, tratou-se de um “intercâmbio parlamentar”. Que diabos é “intercâmbio parlamentar”, ninguém sabe.

OUTRA FARRA

...PIADAAcontece que a assessoria de Dauster desmentiu a nota enviada pela asses-soria de Del Carmen, res-saltando que o secretário não usou o termo. Após o desmentido, foi um verda-deiro arerê. A assessoria de Del Carmen disparou a ligar para os meios de co-municação, pedindo para que desconsiderassem a nota. A emenda saiu pior que o soneto.

tácio moreira/metropress tácio moreira/metropress

MARIADA CHINAEstamos com um nó na cabe-ça. A ex-presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB) e atual presidente da Fundação Luiz Eduardo Magalhães, Maria Quitéria, disse ao jornalista Levi Vas-concelos, em julho, que fa-ria parte da comitiva que foi pra China com o governador Rui Costa (PT). Depois, não viajou. O que será que acon-teceu? Ou será que Quitéria na verdade nunca esteve na lista? Tentamos acabar com esta dúvida ligando pra ela, mas não obtivemos sucesso. Atende, Quitéria!

tácio moreira/metropress

Jornal da Metrópole, Salvador, 30 de novembro de 2017 3

OS MELHORES PROFISSIONAIS EM TODAS AS ÁREAS

AV. ANITA GARIBALDI, 1133, CENTRO ODONTOMÉDICO SALA 1208 TEL. 71 3052-1880

Boca quente

BRIGA ANTIGA O presidente estadual do PDT, Félix Jr, já disse em alto e bom som que uma possí-vel ida do ex-presidente da Assembleia Legislativa Marcelo Nilo (PSL) para o PSB, de Lídice da Mata, inviabiliza qual-quer tipo de coligação ou parceria com a sigla nas eleições do ano que vem. A bri-ga entre Felinho e Nilo é antiga e parece que está longe de acabar!

SEIS POR MEIA DÚZIA Dizem nos bastidores que o PRB estaria interessadíssimo no lugar da ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois (PSDB), que deve ser demitida por Mi-chel Temer. Para ocupar a vaga, o parti-do da Igreja Universal indicaria o nome da deputada licenciada Tia Eron, secre-tária de ACM Neto. Caso se confirme, vão trocar seis por meia dúzia. Quem avisa amigo é!

DEDO NA FERIDA Semana passada, em Guanambi, a se-nadora Lídice da Mata (PSB), compa-rou o empréstimo barrado pelo gover-no federal ao governador Rui Costa, à perseguição que sofria do ex-senador ACM, o original. “Boicote é uma coisa feia, do passado, fora de moda. Tem o DNA marcado da perseguição do Car-lismo”, declarou ao Boca Quente.

ACABOU A COTA Já o todo poderoso do PCdoB, Daniel Almeida, afirma convicto que o parti-do está na briga por uma das vagas ao Senado. Caso esteja mesmo, corre por fora, bem por fora, longe dos olhos de todos, não sendo considerado nem um azarão. A cota do PCdoB na majoritária acabou quando Alice Portugal concor-reu a prefeita de Salvador e tomou uma verdadeira goleada de ACM Neto.

DOR DE CABEÇA Sobre a definição dos nomes que irão compor a chapa majoritária enca-beçada por Rui Costa em 2018, o ex--governador Jaques Wagner — que muito provavelmente disputará uma vaga no Senado — disse à coluna que o grupo tem uma ‘dor de cabeça boa’: “Temos muitos nomes e poucas va-gas. Isso é bom!”.

SEM BRIGA Soou muito estranha a mirabolante história de que o deputado federal Cacá Leão (PP) estaria brigando com o pai, o vice-governador, João Leão, para que o PP migre para a base do prefeito ACM Neto. Apesar da amizade com Neto, Cacá já disse, sem meias palavras, que quem apostar em sua briga com o pai perderá. Continua tudo como antes no Quartel de Abrantes.

tácio moreira/metropress tácio moreira/metropress tácio moreira/metropress

Jornal da Metrópole, Salvador, 30 de novembro de 20174

Imagem da Unifacs f ica arranhada pelas suspeitas que f icaram após muitos estudantes receberem provas do vestibular de medicina, o mais concorrido da universidade, com alternativas destacadas em negrito

Alguns dos cadernos de provas vieram com alternativas em negrito, o que afetou diretamente os alunos, que não sabiam o que fazer

NÃO BASTA SÓ ANULARUnifacs suspende prova que veio com indicações de respostas, mas estudantes merecem investigação séria

O vestibular de medicina da Universidade Salvador (Uni-facs), realizado no domingo (26), era para ser um passo à frente na vida dos estudantes que sonhavam em ingressar na graduação. No entanto, muitas provas do exame vieram com a resposta correta escurecida, como em negrito, situação que pode ter favorecido parte dos estudantes. Para minimizar a confusão, a instituição — que cobra R$ 8 mil de mensalidade no curso — decidiu reaplicar a prova no próximo dia 9.

Apesar disso, a Unifacs não esclareceu o que exatamente aconteceu para que tantas pro-vas fossem impressas e ainda chegassem aos estudantes com

erros. O lamentável incidente com a universidade acontece ao mesmo tempo em que surgem cada vez mais notícias sobre fraudes em concursos públicos. A situação deixa sob suspeição a Unifacs e a Consultec, elabo-radora das provas, que alega que não havia “qualquer vinculação” entre a validade das respostas e as alternativas em negrito, mas a desconfiança dos estudantes continua.

8 MIL

reais é o preço da mensalidade do curso de medicina na Unifacs

Cidade

Texto Luiza Leã[email protected]

divulgacao/unifacs

reproducao/facebook

Jornal da Metrópole, Salvador, 30 de novembro de 2017 5

Unifacs mencionou apenas “falhas

pontuais na impressão”

Candidatos às vagas de medicina relataram à Metrópole a frustração e o desestímulo pela descoberta de que as provas tinham defeito. A Unifacs não explicou a razão da falha e se há responsáveis identificados. Simplesmente vai refazer a prova

A candidata Maria Gabriela Andrade acredita que, como o negrito nas respostas veio em apenas algumas provas, a si-tuação deixa os vestibulandos sem saber se houve fraude. O valor da inscrição na prova foi de R$ 300.

“A gente paga para fazer o vestibular. Ninguém espera

isso. Algumas pessoas são be-neficiadas, querendo ou não. Ninguém sabe se foi fraude porque dizem que há pesso-as comprando vagas, então a gente acaba se prejudicando. O vestibular de medicina é como o de qualquer outra profissão. É desgastante, desestimula, disse a estudante à Metrópole.

Também vestibulanda, Bru-na Reis relatou ter encontrado cinco questões de sua prova em negrito. À Metrópole, a es-tudante disse ter achado que a falha tinha sido um erro de im-pressão. “Quando eu vi, achei estranho. Já tinha ouvido falar de algumas provas de outras faculdades que tinham erro,

mas quando vi, pensei que re-almente poderia me atrapa-lhar, que poderia ser o gabari-to, mas que também poderia ter sido erro de impressão. Quando eu lia a questão, fiquei muito tentada a marcar, só que eu acabava não marcando por-que na minha mente estava sempre errado”, acrescentou.

Em nota enviada à Metrópo-le, a Unifacs justificou que a de-cisão de cancelar a prova ocor-reu após a Consultec, empresa contratada para a elaboração e aplicação do exame, identificar “falhas pontuais na impressão de alguns cadernos”. No entan-

to, a universidade não explicou o motivo do erro nem disse se já identificou responsáveis.

A nova aplicação foi agen-dada para o dia 9 de dezembro, das 15h às 19h, no Campus da Unifacs localizado na Avenida Tancredo Neves.

“NINGUÉM SABE SE FOI FRAUDE”, DIZ CANDIDATA ÀS VAGAS DE MEDICINA

“PODERIA SER O GABARITO OU ERRO DE IMPRESSÃO”

AINDA SEM EXPLICAÇÃO

300reais foi o preço da inscrição para o vestibular da Unifacs

A anulação do exame, em-bora tenha sido considerada um desestímulo para os can-didatos que esperam iniciar o curso de medicina, foi consi-derada, de certa maneira, jus-ta pelo estudante Diogo Rosa-neli. “Se houve um erro, eles precisam refazer, mas a gente sempre se sente prejudicado porque a gente se empenha, coloca expectativas sobre a prova. A gente sai prejudicado, sim, mas se ocorreu um erro é preciso reaplicar para que nin-guém fique com um prejuízo ainda maior”, defendeu.

“A GENTE SE SENTE PREJUDICADO”

Estudantes explicaram que o negrito os induzia a assinalar as questões. Receio de fraude impera

Cidade

reproducao/facebook

divulgacao/usp

Jornal da Metrópole, Salvador, 30 de novembro de 20176

Fotos Tácio MoreiraTexto Gabriel [email protected]

Metrópole tentou falar com Rogério Cedraz, presidente da Embasa, sem sucesso

Bahia

COBRANÇAINDIRETA

Mudança no modo de calcular tarifa mínima da Embasa resultou em baque nas contas de muitos consumidores. Mesmo assim, valores atuais não condizem com índice de reajuste

Fornecimento interrompi-do, água barrenta, obras mal feitas... Já há algum tempo, o Jornal da Metrópole vem de-nunciando transtornos causa-dos à população e problemas de responsabilidade da Empre-sa Baiana de Águas e Sanea-mento (Embasa), em Salvador. Situações que poderiam, sim-plesmente, não existir, levando em consideração o preço pago mensalmente pelo serviço — nem um pouco barato.

Desde o mês de julho, os

consumidores convivem com um reajuste de 8,8% nas contas, autorizado pela Agência Regu-ladora de Saneamento Básico do Estado da Bahia (Agersa).

Um detalhe chamado “re-estruturação tarifária”, no en-tanto, não foi bem explicado na ocasião e, quase cinco me-ses depois do aumento, mora-dores de diversas localidades da capital baiana questionam preços exorbitantes. A mano-bra era de se esperar, já que a Embasa desejava um reajuste muito acima do que foi libera-do e não conseguiu a permis-são da Agersa.

Diversos clientes têm reclamado com a Metrópole sobre o alto reajuste e a complexa mudança no modo de cobrar a tarifa mínima

“Disseram que o valor que eu pagava era fora da realidade. Isso prova que eles colocam o que acham”

Consumidora no Facebookdario guimaraes/metropress

Jornal da Metrópole, Salvador, 30 de novembro de 2017 7

O Jornal da Metrópole tentou contato com o

presidente da Embasa, sem sucesso

O espaço de comentários no Facebook da Embasa é formado quase exclusivamente por reclamações Consumidor que não se identificou disse que cobrança aumentou muito após troca de contador

Leia mais no

www.metro1.com.br/cidade

Bahia

A insatisfação da popula-ção com a Embasa transfor-mou a página da empresa no Facebook em um verdadeiro ‘Reclame Aqui’.

Não há uma publicação sequer sem queixas. “Em-presa ladrona, rouba a gente na cara dura. Pagava R$ 60, R$ 70 de água todo o mês. Trocaram o medidor, agora vem R$ 130. Fui reclamar, disseram que o valor que eu pagava antes era fora da re-alidade. Isso prova que eles colocam o que acham”, es-creveu uma consumidora. “Deixar o cidadão sem água deveria render punição”, su-geriu outro internauta.

Um ouvinte da Metrópole que mora no bairro do Cami-nho das Árvores e preferiu não se identificar contou que pas-sou a sentir a diferença entre agosto e novembro, mesmo com poucas pessoas em casa.

“Eu pagava uns R$ 70.

Agora estou pagando R$ 90, quase R$ 100. Tenho pou-cas pessoas em casa. Mas tenho amigos com famílias de seis pessoas [em Brotas e na Cidade Baixa] que an-tes pagavam R$ 130 e hoje pagam R$ 180”, disse.

Além dos 8,8% que entra-ram em vigor em setembro, a principal mudança foi a seguin-te: para pagar a tarifa mínima, o cliente teria que consumir até 10 m³ de água — o equivalen-te a 10 mil litros. Esta quantia foi reduzida para 6 m³. Assim, o valor mínimo, que era de R$ 25,30 com 10 m³, passou para R$ 27,50 com o uso de 6 m³. Portanto, mesmo as mudanças

não justificariam um aumento tão grande nas contas.

Segundo a Embasa, a rees-truturação foi feita por causa da mudança de hábitos da po-pulação. “As famílias diminu-íram e as pessoas estão mais conscientes em relação ao uso racional da água. Isso levou boa parte dos clientes a contar com subsídio na cobrança da tarifa”, disse.

“EU PAGAVA R$ 60, R$ 70. TROCARAM O MEDIDOR, AGORA VEM R$ 130”

“AMIGOS ANTES PAGAVAM R$ 130 E, AGORA, PAGAM R$ 180”

MUDANÇAS NÃO JUSTIFICAM

Como se fosse pouco o que os consumidores baianos pa-gam para receber o péssimo serviço da Embasa, a empre-sa, no ano passado, solicitou um aumento de cerca de 50% na tarifa.

Após a negativa da Agên-cia Reguladora de Saneamen-to Básico do Estado da Bahia (Agersa), a Embasa elaborou um novo sistema de baliza-mento da tarifa mínima, que resultou nos atuais valores.

EM 2016, EMBASA PEDIU AUMENTO AINDA MAIOR

FACEBOOK DA EMBASA

Jornal da Metrópole, Salvador, 30 de novembro de 20178

Especial

O FUTURO É AGORARádio Metrópole inaugura transmissões pelo YouTube; inscreva-se no canal e não perca nenhum programa

Na última segunda-feira (29), uma nova era começou na Metrópole. No Jornal da Cidade II Edição, comandado por Chico Kertész, aconteceu a primeira transmissão ao vivo no canal do Metro1 no YouTube. Ainda em processo experimental, as ‘lives’ acontecem no próprio JCII e nos programas Bom Dia na Metró-pole (7h-8h) e Jornal da Bahia no Ar (8h-10h), apresentados por Mário Kertész e Zé Eduardo.

Aos poucos, a intenção é que todos os principais programas da grade da Metrópole tenham transmissão ao vivo pelo YouTu-be, integrando ainda mais a rádio às mídias digitais. Aguarde!

O diretor da Metrópole, Chico Kertész, destacou que a conhecida ‘inquietude’ do grupo foi o principal moti-vador da iniciativa. “Nós não conseguimos ficar parados no tempo. Assim como, lá atrás,

fomos pioneiros nas trans-missões internacionais, agora nos integramos ao YouTube com uma qualidade que ne-nhuma emissora do Norte--Nordeste tem. E isso é só o começo”, declarou.

“ISSO É SÓ O COMEÇO” SAIBA COMO ASSISTIR

Para acompanhar os pro-gramas ao vivo da Rádio Metrópole no YouTube, é simples: basta acessar you-tube.com/portalmetro1. Sem-pre que houver transmissão, o Metro1 vai destacá-la em sua home. Mas, pra você fi-car ainda mais ligado, o me-lhor é se inscrever no canal e acionar o ícone de ‘sino’. As-sim, toda vez que uma trans-missão começar, você será notificado.

Metrópole foi buscar equipamentos dos mais modernos para possibilitar a melhor experiência para os ouvintes/espectadores no YouTube

Para receber todas as notificações de transmissões, basta inscrever-se no canal e clicar no sino

Com imagens em HD, várias câmeras registram tudo o que acontece nos estúdios da Metrópole

“Nós nos integramos ao YouTube com uma qualidade que nenhuma emissora do Norte-Nordeste tem”

Chico Kertész, diretor do Grupo Metrópole

5horas de programação diária é quanto tem, por enquanto, a Metrópole no YouTube

ATIVE AS NOTIFICAÇÕES

reproducao/youtube

Foto Tácio MoreiraTexto Felipe [email protected]

Jornal da Metrópole, Salvador, 30 de novembro de 2017 9

SAIBA COMO ASSISTIR

Jornal da Metrópole, Salvador, 30 de novembro de 201710

AMOR POLITICAMENTE INCORRETOCom sua irreverência habitual, Luiz Felipe Pondé vai falar sobre seu novo livro com MK no Entre Páginas

A próxima segunda-feira (4) será, com certeza, muito diver-tida para quem estiver no Te-atro Eva Herz, na Livraria Cul-tura do Salvador Shopping, às 17h. Lá, será realizado o Entre Páginas Especial, apresentado por Mário Kertész e com Luiz Felipe Pondé como convida-do. E não é à toa que o filóso-fo está fazendo o seu terceiro Entre Páginas: além de as duas primeiras edições com ele te-

rem sido um sucesso, os ácidos comentários de Pondé atiçam nossos ouvintes a pensar e dis-

cutir temas da atualidade. Desta vez, o filósofo lança

“Amor para corajosos”, um livro que provoca os leitores em en-saios sobre o amor romântico, o amor que preza estabilidade e respeito e o amor baseado na paixão avassaladora.

Uma coisa já podemos adiantar: o Entre Páginas Es-pecial vai deixar você mais com perguntas do que com respos-tas. E isso é ótimo.

Temas como a rotina, os rótulos da sociedade — “cana-lha”, “vagabunda” etc —, con-fiança no outro, insegurança e o fim do amor são tratados por Pondé em “Amor para Co-rajosos”. Depois do Entre Pá-ginas Especial, o filósofo vai fazer uma sessão de autógra-fos no seu novo livro — não só para os que comparecerem ao evento.

SEM ESPAÇO PARA VELHOS RÓTULOS

2 VEZES

Pondé esteve no Entre Páginas, sendo sempre um grande sucesso

Especial

“Penso que, apesar de o amor ser uma coisa da qual você deve ter medo, não existe experiência mais poderosa do que amar e ser amado. Por isso as pessoas têm tanto medo e tanta inveja.”

Luiz Felipe Pondé, filósofo e comentarista da Metrópole

Foto Tácio Moreira Texto Felipe Paranhos [email protected]

Jornal da Metrópole, Salvador, 30 de novembro de 2017 11

Falar de Jorge Kajuru é falar de temas espinhosos. O jorna-lista e hoje vereador de Goiânia se notabilizou por denunciar corrupção na política e no es-porte de modo único, angarian-do amor e ódio por onde passou. À Metrópole, na quarta (29), Kajuru comentou polêmicas da carreira e a vida na Câmara da capital goiana, onde, segundo ele, não aceita “nem a água”.

“Sou o único vereador que

abre mão de tudo, só gasto a energia elétrica. Nem a água da Câmara eu aceito, pago do meu bolso. Todas as despesas eu pago. Telefone fixo no gabinete, carro oficial recusei, motorista recusei, gasolina... Entreguei 100% do meu salário. Abri mão do maior salário do gabinete, que é o de chefe de gabinete. Os dois juntos são 20 mil. Eu não preciso do recurso público. Eu ganho 85 mil por mês”, falou, criticando políticos ricos que praticam corrupção.

Kajuru relembrou o epi-sódio em que foi demitido ao vivo da TV Bandeirantes — que chamou de “uma espécie de Portuguesa de Desportos” da televisão. Em 2004, Kajuru fazia a cobertura de um amis-toso da Seleção Brasileira com a Argentina, no estádio Minei-rão, em Minas Gerais. Em uma entrada no programa Esporte Total, o jornalista denunciou que ingressos para cadeirantes estavam sendo repassados a políticos e artistas. Após o in-tervalo, ele acabou sendo tira-

do do ar. “Foram ingressos para Federação, CBF, ator, atriz, cantor, periquito, papagaio, a Wanessa Camargo, que me tortura quando canta”, relem-brou, com a acidez de hábito.

“Aí eles [mandam]: ‘Cha-mam o intervalo’. Não voltei

mais. Quem entrou foi o pro-dutor, que entrou ao vivo e fez o último bloco do Espor-te Total. A audiência estava com 14 pontos no Mineirão ao vivo e, quando o menino entrou, tadinho, teve dois pontos”, falou.

Perguntado sobre sua car-reira, Kajuru citou um texto do amigo Juca Kfouri, intitulado “O preço de ser digno”. “Existe um preço. Mas é muito prazero-so. Adoro levar pontapé na bun-da de mulher... Por que não de patrão?”, brincou. Ele lembrou

também da entrevista na qual revelou ter pago “táxis de R$ 15 mil” a modelos com quem saía. “Não sabia fazer com o dinhei-ro... R$ 250 mil por mês, mamãe tinha morrido... Achava melhor gastar com panicats que com zagueiros do Vitória”, riu.

DEMISSÃO AO VIVO DA BANDEIRANTES

OS “TÁXIS DE R$ 15 MIL”

Texto Felipe [email protected]

Entrevista

“ABRI MÃO DO SALÁRIO, DO 13º, CARRO OFICIAL, MOTORISTA... NEM A ÁGUA DA CÂMARA ACEITO”

Vereador mais votado da história de Goiânia, o ex-apresentador falou de bastidores da política e do esporte

Jorge Kajuru, jornalista e vereador de Goiânia

“Aí eles mandaram: ‘Chama o intervalo’.

Não voltei mais”

reproducao/facebook

Jornal da Metrópole, Salvador, 30 de novembro de 201712