os lusiadas

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Os Lusíadas Os Lusíadas 1. 1. O Autor: Luís Vaz de Camões O Autor: Luís Vaz de Camões 2. 2. A Obra: Breve Introdução à A Obra: Breve Introdução à Eoe!a da Lín"ua #ortu"ues Eoe!a da Lín"ua #ortu"ues

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Camões épico

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  • Os LusadasO Autor: Lus Vaz de CamesA Obra: Breve Introduo Epopeia da Lngua Portuguesa

  • O Autor: Lus Vaz de Cames

  • A biografia possvel

    A biografia de Lus Vaz de Cames levanta inmeros problemas para os seus estudiosos. At o ano e o local do seu nascimento so impossveis de indicar com certezaCom base em documentos (registos das armadas, carta de perdo, cartas de tena, etc.) e em memrias conservadas pelos primeiros bigrafos, podemos formar uma ideia geral do que foi a vida de Cames.

  • 1. Lus Vaz de CamesNasceu provavelmente em Lisboa no ano de 1524 ou 1525 (Coimbra, Alenquer e Santarm so outras possibilidades). Filho de Simo Vaz de Cames e de Ana de S, acredita-se que pertencia pequena nobreza. A vastssima erudio documentada na sua obra levou os seus bigrafos a conclurem que ter frequentado estudos de nvel superior em Coimbra. Conviveu com personagens importantes da Corte, tendo-se envolvido em amores e aventuras vrias. Esteve preso vrias vezes, devido a desordens.

  • Lus Vaz de CamesEntre 1549 e 1551, esteve em Ceuta, como soldado (foi aqui, em combate, que perdeu o olho direito). Regressando a Lisboa, continuou a movimentar-se nos meios palacianos. Manteve-se distante dos meios literrios (por exemplo, o crculo em torno de S de Miranda).Devido a uma rixa travada no Rossio, foi obrigado, segundo consta da Carta de Perdo de D. Joo III, a pagar 4000 ris para piedade e a ir servir o Rei ndia. (Sabe-se hoje, porm, que a viagem para as ndias no se deveu a uma imposio)

  • Lus Vaz de CamesEm 1553, Cames embarcou para a ndia, tendo sofrido uma grande tempestade no Cabo da Boa Esperana.Ficou em terras do Oriente durante mais de uma dcada, tendo estado no Malabar na China, em Macau Prestou servio militar e, posteriormente, desempenhou cargos administrativos. Algumas composies poticas mostram que o poeta no foi feliz nas ndias; Goa foi, na verdade, uma decepo.

  • Lus Vaz de CamesRegressou a Portugal em 1567, depois de ter estado preso em Goa. No entanto, o capito do navio que o levava deixou-o nas costas de Moambique, onde ficou a viver da ajuda de amigos. O historiador Diogo do Couto, encontrando Cames em Moambique, ajudou-o a embarcar para Lisboa. Em 1570, Cames est de novo em solo ptrio, trazendo consigo o manuscrito dOs Lusadas.

  • Lus Vaz de CamesNo ano de 1571, obteve licena da Inquisio para publicar a obra, o que aconteceu no ano seguinte, em 1572. Meses antes, lera o poema a D. Sebastio.Em 28 de Junho de 1572, um alvar do Rei D. Sebastio concedeu ao poeta uma tena anual no valor de 15 mil ris. Morreu no dia 10 de Junho de 1580.

    Dia de Portugal

  • Lus Vaz de CamesTmulo de Lus de Cames. Mosteiro dos Jernimos (onde se supe que esto os restos mortais do poeta desde 1880).Lus de Cames foi enterrado no Convento de SantAna. Um amigo, D. Gonalo Coutinho, inscreveu na lpide da sepultura que reservara para o poeta: Aqui jaz Lus Vaz de Cames, prncipe dos poetas do seu tempo. Viveu pobre e miseravelmente e assim morreu.

  • Quando a histria e a lenda do as mos diz-se que Cames ter encontrado em Macau uma gruta onde se refugiou para escrever parte dOs Lusadas

    diz-se que, quando regressou a Goa depois de ter estado em Macau, Cames naufragou e, a nado, conseguiu salvar o manuscrito dOs Lusadas

    sobre o estado de penria em que viveu os seus ltimos dias, existe tambm a lenda das esmolas colhidas por Jau (Javans), seu criado

    Lus Vaz de Cames

  • Lus Vaz de CamesCames na Gruta de Macau Pintura do sculo XIX, da autoria de Francisco Augusto de Metrass. Museu de Arte Contempornea.Gruta de Cames (Macau)

  • A Obra: Breve Introduo Epopeia da Lngua Portuguesa

  • Os Lusadas A poesia e a vida Obra Potica Cames cultivou, alm dos metros tradicionais, todos os gneros poticos renascentistas, destacando-se o Soneto e a Cano. Tambm escreveu teatro: os autos Anfitries, Filodemo e El-rei Seleuco. possvel considerar que Cames transformou em poesia parte da sua experincia de vida (como fazem, cada um aproveitando de modo diferente essa experincia, muitos poetas) mas essa considerao no deve transformar em autobiografia cada texto seu...

  • Quando Diogo do Couto encontra Cames em Moambique, o poeta est a compor uma epopeia, e a trabalhar numa obra que rene poesias sob o ttulo Parnaso (esta obra viria a ser-lhe roubada). Foi, portanto, durante a vida nas ndias que Lus de Cames escreveu Os Lusadas.

  • A Epopeia Cantando espalharei por toda a parte O que uma epopeia? Podemos dizer que a epopeia uma narrativa em verso, isto , uma histria que algum conta e que tem a forma de um poema. De que falam as epopeias? As epopeias celebram os feitos grandiosos de heris, sejam eles lendrios ou personagens histricas.

  • A Epopeia Cantando espalharei por toda a parte O que uma epopeia? Podemos dizer que a epopeia uma narrativa em verso, isto , uma histria que algum conta e que tem a forma de um poema. De que falam as epopeias? As epopeias celebram os feitos grandiosos de heris, sejam eles lendrios ou personagens histricas.

    Aquiles Ilada (sec. IX-VII a.C.)Ulisses Odisseia (sec. IX-VII a.C.)Eneias Eneida (sc. I a.C.)Vasco da Gama (e o povo Portugus) Os Lusadas (sec. XVI)

  • Aquiles e o seu amigo Ptrocolo, personagens da Ilada (representao de um vaso grego do sculo VI A.C.)

  • Ulisses e as sereias. Episdio da Odisseia.Pintura de Herbert Draper

  • Eneias salvando o pai. Um dos mais belos episdios da Eneida.Pintura de Antnio Manuel da Fonseca.

  • A Epopeia So elementos da estrutura clssica da epopeia: a Proposio; a Invocao; a Dedicatria (elemento facultativo); a Narrao (iniciada in medias res)

    Quando os acontecimentos j decorrem, sendo depois retomados por analepse.Onde o poeta apresenta o assunto da sua epopeia.Onde o poeta pede o auxlio de entidades superiores.

  • Os Lusadas O sculo XVI em Portugal As viagens de descoberta de caminhos martimos feitas pelos navegadores Portugueses, em especial a de Vasco da Gama, permitiam comparar os feitos dos heris nacionais com a bravura de outros heris, lendrios ou no (aqueles que eram cantados nas epopeias da Antiguidade). Existia um sentimento nacional de orgulho era preciso fazer renascer a epopeia clssica para glorificar a realizao dos Portugueses. Os Lusadas foram o produto desta vontade

  • Os Lusadas Falando em renascimento A epopeia de Lus de Cames publicada em 1572 segunda metade do sc. XVI A poca do Renascimento e do Humanismo. O que significa esta palavra na histria da Humanidade?

  • O Renascimento o nome dado a um perodo da Histria Ocidental (scs. XV e XVI) caracterizado, essencialmente, por duas grandes mudanas relativamente ao mundo cultural da Idade Mdia: O desejo de seguir os valores estticos da Grcia e da Roma Antigas (a imitao dos clssicos); Feito imagem e semelhana de Deus, o Homem torna-se a medida e a referncia do Universo. Os Lusadas

  • Os Lusadas Mas o Renascimento marca tambm uma nova forma de entender a construo do conhecimento. O homem do Renascimento, o Humanista, valoriza a observao e a experimentao. uma poca em que se valorizaum saber s de experincias feito

    Escrever Cames, no canto IV dOs Lusadas, no episdio do Velho do Restelo.

  • Os LusadasPode ler-se na Histria da Literatura Portuguesa (de Antnio Jos Saraiva e scar Lopes, 17. edio, Porto Editora, 1996):

    O tema geral escolhido por Cames para o seu poema foi toda a histria de Portugal, como se v pelo prprio ttulo: Os Lusadas. Esta palavra (neologismo inventado por Andr de Resende) designa os Portugueses, que a erudio humanstica assim nobilitava como descendentes de Luso, filho ou companheiro de Baco. O prprio autor explicita o seu propsito, ao afirmar que canta o peito ilustre lusitano.