os homens do xá - edições tinta da china · os ingleses construíram a maior refinaria de...

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lisboa: tinta‑da‑china MMVII Tradução de Jorge Beleza Stephen Kinzer o golpe no irão e as origens do terrorismo no médio oriente Os Homens do Xá

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l i s b o a :tinta‑da‑china

M M V I I

Traduçãode Jorge Beleza

Stephen Kinzer

o golpe no irãoe as origens do terrorismo

no médio oriente

Os Homensdo Xá

Índice

Prefácio 11

Agradecimentos 15

1. Boa Noite, Sr. Roosevelt 17

2. Maldito o Destino 39

3. A Última Gota de Sangue da Nação 55

4. Uma Onda de Petróleo 77

5. As Ordens do Seu Senhor 97

6. Inimigos Invisíveis por Toda a Parte 125

7. O Senhor não Sabe como Eles São Maus 151

8. Um Velho de Uma Enorme Astúcia 173

9. Os Imbecis dos Ingleses 193

10. Faça Lá Um Esforço e Toca a Andar 215

11. Eu Sabia! Eles Adoram‑me! 237

12. A Ronronar como Um Gato Gigante 271

Epílogo 301

Notas 327

Bibliografia 341

Índice Onomástico 347

Prefácio

Certo dia assisti ao lançamento de um livro de memórias escrito por uma idosa iraniana. Durante uma hora, ela falou sobre a sua vida plena de acontecimentos. Embora nunca tivesse abordado questões políticas, referiu de passagem que a sua família era aparentada com a de Mohamed Mossadegh, primeiro‑ministro do Irão durante vinte e seis meses, no início da década de cinquenta, derrubado por um golpe de estado orquestrado pela CIA.

Quando acabou de falar, não resisti à tentação de lhe fazer uma pergunta. «Referiu‑se a Mossadegh», disse. «De que se lembra ou o que nos pode contar a respeito do golpe que o derrubou?» Ela ficou de imediato nervosa e animada.

«Porque é que vocês, americanos, fizeram uma coisa tão terrí‑vel?», perguntou. «Sempre adorámos a América. Para nós, a América era o grande país, o país perfeito, o país que nos ajudava enquanto os outros nos exploravam. Mas, depois daquilo, nunca mais ninguém no Irão voltou a confiar nos Estados Unidos. Posso garantir‑lhe que, se não o tivessem feito, nunca teriam tido aquele problema com os reféns na vossa embaixada em Teerão. Todos os vossos problemas começaram em 1953. Porquê? Porque fizeram aquilo?»

Esta «explosão» reflectia o grande fosso, em termos de informa‑ção e entendimento das coisas, entre a maior parte dos iranianos e a maioria dos não iranianos. No Irão, quase todas as pessoas sabem há décadas que os Estados Unidos foram os responsáveis pelo fim do regime democrático em 1953 e pela instauração daquilo que viria

[12] os homens do xá

a ser a longa ditadura do xá Mohamed Reza. Esta ditadura produziu a Revolução Islâmica de 1979, a qual conduziu ao poder uma teocra‑cia apaixonadamente antiamericana que abraçou o terrorismo como modo de governo. Em muitos países e em especial no Afeganistão, onde a al‑Qaeda e outros grupos terroristas encontraram as suas bases e os seus lares, os fanáticos foram instigados a agir contra o Ocidente pelo radicalismo dessa teocracia.

Estes acontecimentos funcionam como sério aviso aos Estados Unidos e a qualquer outro país que tente impor a sua vontade num país estrangeiro. Os governos que patrocinam golpes, revoluções ou invasões armadas agem normalmente com a convicção de que sairão vencedores, o que acontece com frequência. Contudo, as suas vitó‑rias podem causar‑lhes problemas durante muito tempo, e por vezes de uma forma trágica e devastadora. Isto é especialmente verdade no complexo e volátil Médio Oriente actual, onde a tradição, a his‑tória e a religião dão forma à vida política de maneiras que muitos estrangeiros não compreendem.

O antiamericanismo violento que irrompeu no Irão depois de 1979 chocou a maior parte das pessoas nos Estados Unidos. Os ame‑ricanos não faziam a menor ideia do que poderia ter desencadeado um ódio tão amargo num país onde sempre se tinham considerado mais ou menos estimados, e isto porque ninguém nos Estados Unidos sabia o que a CIA fizera no país em 1953.

Na sua época, Mohamed Mossadegh era uma figura titânica. Fez estremecer um império e mudou o mundo. O seu nome era conhecido de todos. Os líderes mundiais procuraram influenciá‑‑lo, e mais tarde intervieram activamente para depô­‑lo. Ninguém ficou surpreendido quando a revista Time o escolheu para «Homem do Ano» de 1951, em detrimento de Harry Truman, Dwight Eise‑nhower e Winston Churchill.

A Operação Ajax — o nome de código do golpe de estado da CIA contra Mossadegh — constituiu um grande trauma para o Irão, o Mé‑dio Oriente e o mundo colonial. Era a primeira vez que os Estados Unidos derrubavam um governo estrangeiro. A iniciativa deixaria a sua marca nos anos que se seguiram e influenciaria a maneira como milhões de pessoas viam os Estados Unidos.

Este livro conta uma história que nos diz muito sobre as origens‑das correntes violentas que actualmente irrompem pelo mundo. Mais do que uma boa história de aventuras, trata‑se de uma mensagem do passado que nos leva a reflectir e de um exemplo a considerar para o futuro.

prefácio [13]

[16] os homens do xá

Entre aqueles que leram versões iniciais do manuscrito, no todo ou em parte, e fizeram comentários relevantes, contam‑se Janet Afary, David Barboza, Elmira Bayrasli, David Shuman, James M. Stone e John E. Woods. Não detêm qualquer responsabilidade no produto final, mas merecem a minha profunda gratidão.

A maior parte dos iranianos que me ajudaram durante a minha pesquisa no Irão pediram para não serem identificados pelo nome.Sabem quem são, e a eles estendo os meus profundos agradecimentos. capítulo 1

Boa Noite, Sr. Roosevelt

A maior parte dos habitantes de Teerão ainda dormia quando uma inusitada caravana arrancou pela escuridão adentro, pouco antes da meia‑noite do dia 15 de Agosto de

1953. Um carro blindado com insígnias militares ocupava a posição dianteira, seguido por dois jipes e vários camiões do exército carre‑gados de soldados. O dia tinha sido excepcionalmente quente, mas o cair da noite trouxera algum alívio. Ao alto, a Lua brilhava em quarto crescente. Estava uma bela noite para derrubar um governo.

Sentado no carro da frente, o coronel Nematollah Nasiri, coman‑dante da Guarda Imperial, tinha razões para se sentir confiante. Levava no bolso um decreto do xá do Irão que destituía o primeiro‑ministro Mohamed Mossadegh do seu cargo. Nasiri preparava‑se para apre‑sentar o decreto a Mossadegh e para o prender, caso este oferecesse resistência.

Os agentes dos serviços secretos americanos e britânicos que tinham organizado o golpe partiam do princípio de que Mossadegh mandaria imediatamente chamar o exército para o suprimir. Tomaram assim as devidas providências para que ninguém atendesse o telefone quando o primeiro‑ministro ligasse. Primeiro, o coronel Nasiri pas‑saria em casa do chefe do Estado‑Maior do Exército para o prender, e depois daria seguimento à tarefa de entregar o fatídico decreto.

O coronel cumpriu as instruções. Quando chegou à primeira paragem, porém, deparou‑se com uma situação bastante invulgar: apesar da hora tardia, o general Taqi Riahi, chefe do Estado‑Maior,

[20] os homens do xá boa noite , sr . roosevelt [21]

Pouco depois, os iranianos tomavam o controlo da gigantesca refina‑ria da companhia em Abadã, no Golfo Pérsico.

Tudo isso conduziu o Irão a um êxtase patriótico e fez de Mossadegh um herói nacional. Também ultrajou os ingleses, que com um sentimento de indignação acusaram Mossadegh de lhes ter roubado o que era seu. Primeiro exigiram que o Tribunal Interna‑cional de Justiça e as Nações Unidas o punissem, em seguida envia‑ram navios de guerra para o Golfo Pérsico e por fim impuseram um embargo esmagador que devastou a economia do Irão. Apesar desta campanha, muitos eram os iranianos que vibravam com a intrepidez de Mossadegh, e o mesmo acontecia com os líderes anticolonialistas em terras da Ásia e da África.

Mossadegh permanecia completamente inabalável ante a campa‑nha orquestrada contra si pela Inglaterra. Um jornal europeu relatava que «preferia ser frito em petróleo persa a fazer a mais pequena con‑cessão aos ingleses». Estes chegaram a considerar lançar uma invasão armada para reconquistar os campos petrolíferos e a refinaria, mas puseram a ideia de lado quando o presidente Harry Truman negou o seu apoio. Só restavam duas opções: deixar Mossadegh no poder ou organizar um golpe para o depor. O primeiro‑ministro Churchill, or‑gulhoso produto da tradição imperial, não teve problema algum em decidir pelo golpe.

Os agentes britânicos deram início às conspirações para derru‑bar Mossadegh pouco depois de o primeiro‑ministro ter nacionaliza‑do a companhia petrolífera, mas pecaram pela avidez e agressividade. Mossadegh veio a tomar conhecimento da conspiração, e em Outu‑bro de 1952 mandou encerrar a embaixada britânica. Todos os diplo‑matas britânicos que se encontravam no Irão tiveram de abandonar o país, incluindo os agentes clandestinos que operavam sob protecção diplomática. Não restou ninguém para orquestrar o golpe.

Sem se fazerem esperar, os ingleses pediram ajuda ao presidente Truman. Este, porém, nutria uma simpatia visceral por movimentos nacionalistas como o que Mossadegh liderava, e sentia puro despre‑zo por imperialistas da velha guarda como os que dirigiam a Anglo‑‑Iranian. Além do mais, a CIA nunca tinha derrubado um governo e Truman não queria abrir esse precedente.

não se encontrava em casa. Na verdade não estava lá ninguém, nem sequer um empregado ou um porteiro.

Isto poderia ter alertado o coronel Nasiri para o facto de haver algo de errado, mas tal não aconteceu. Limitou‑se a voltar para o seu carro blindado e a pedir ao condutor que prosseguisse em direcção ao objec‑tivo principal, a residência do primeiro‑ministro. Com ele, seguiam as expectativas das duas mais importantes agências de serviços secretos.

O coronel Nasiri não seria imprudente ao ponto de arriscar uma missão tão ousada sozinho. A legalidade do decreto que transpor‑tava era questionável, uma vez que no Irão democrático o primeiro‑‑ministro só podia ser empossado ou exonerado com a autorização do parlamento. Porém, o trabalho daquela noite era o culminar de meses de planeamento por parte da Central Intelligence Agency (CIA) e do Secret Intelligence Service (SIS) — o golpe que agora orquestravam tinha sido encomendado pelo presidente Dwight Eisenhower e pelo primeiro‑ministro Winston Churchill.

Em 1953, o Irão ainda desconhecia as verdadeiras intenções dos Estados Unidos. Muitos iranianos viam os americanos como amigos, apoiantes da frágil democracia que tentavam construir há meio século. Era à Inglaterra e não aos Estados Unidos que atribuíam todos os males, considerando‑a como a tirânica potência colonialista que os explorava.

Desde os primeiros anos do século xx que uma companhia britâ‑nica, em grande parte dominada pelo governo inglês, gozava do mo‑nopólio extraordinariamente lucrativo sobre a produção e a venda do petróleo do Irão. A riqueza que brotava do subsolo iraniano era decisiva para assegurar que a posição cimeira da Inglaterra em ter‑mos de poderio mundial se mantivesse. Enquanto isso, a maior parte dos iranianos vivia na pobreza, amargando ante tal injustiça. Por fim, em 1951, os iranianos viraram‑se para Mossadegh, que mais do que qualquer outro líder político personificava a sua ira relativamente à Anglo‑Iranian Oil Company (AIOC). Mossadegh prometeu expulsar a companhia do Irão, exigir a restituição das vastas reservas petrolí‑feras do país e libertá‑lo da submissão ao poder estrangeiro.

O primeiro‑ministro cumpriu as suas promessas escrupulosa e decididamente. Perante a aclamação e o júbilo do seu povo, naciona‑lizou a Anglo‑Iranian, a empresa britânica mais lucrativa do mundo.

O xá Reza foi um tirano cruel, mas também um reformista visionário. Em 1941, os ingleses depuseram­­no. Em segundo lugar a partir da esquerda, está o seu filho mais velho, o futuro xá Mohamed Reza.

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Os ingleses construíram a maior refinaria de petróleo do mundo em Abadã, no Golfo Pérsico, de onde retiraram enormes lucros. Em princípio, a Anglo­Iranian Oil Company seria uma parceria com o Irão, porém, os iranianos não estavam autorizados a efectuar auditorias à contabilidade da companhia.

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Abadã era um posto avançado colonial

apetrechado com piscinas e courts de ténis para os administradores

britânicos, ao passo que dezenas de milhares de

trabalhadores iranianos viviam em bairros

miseráveis. Autocarros, cinemas e outras

comodidades estavam apenas reservadas aos

ingleses.

O primeiro­ministro Mossadegh infundiu

entusiasmo nos iranianos quando nacionalizou a

companhia petrolífera, em 1951. Aqui vemo­lo

na cama, a partir de onde muitas vezes tratou dos

seus assuntos.

Mossadegh visitou os Estados Unidos em 1952. O presidente

Harry Truman tentou estabelecer um acordo

entre o Irão e os ingleses.

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O embaixador americano no Irão, Henry Grady (à esquerda) procurou evitar um conflito entre Mossadegh e o Ocidente. O mesmo fez o enviado especial do presidente Truman, W. Averell Harriman (à direita).

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A 4 de Outubro de 1952, o impensável aconteceu: os últimos ingleses partiram de Abadã, o que representou um triunfo para o nacionalismo iraniano e uma derrota humilhante para os ingleses. Estes últimos tentaram inverter a situação derrubando Mossadegh.

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O xá Mohamed Reza quis conduzir o destino do Irão,mas o primeiro­ministro Mossadegh era da opinião de que os monarcas deveriam deixar a política para os líderes eleitos. O xá sentiu­se amargamente ofendido com os esforços de Mossadegh para reduzir o seu poder.

O primeiro­ministro Winston Churchill acreditava na eficácia das operações secretas, tendo encorajado fortemente o golpe. Ele e o ministro dos Negócios Estrangeiros Anthony Eden não conseguiram obter o apoio dos americanos enquanto o presidente Truman se encontrou em funções, mas foram bem­sucedidos depois de Dwight Eisenhower ter assumido a presidência, em 1953.

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Pouco depois de Eisenhower ter aprovado o golpe, a CIA enviou para o Irão Kermit Roosevelt, um dos seus agentes mais expeditos, para o pôr em prática.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, John Foster Dulles (à esquerda), e o director da CIA, Allen Dulles, os irmãos que se encarregaram dos aspectos visíveis e invisíveis da política externa americana durante a administração de Eisenhower, estavam determinados a derrubar Mossadegh.

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Abadã: 21, 82-5, 101, 103-6, 122, 140, 142-4, 146-7, 155, 157, 160-4, 166, 168-70, 177-9, 180, 182, 190, 197-199, 205, 228, 277

Abbas, xá: 52, 53, 107Acheson, Dean: 109, 131, 137-8, 147-9, 159,

165-6, 171-2, 186-7, 190, 208, 210, 213, 289, 291

Acordo Anglo-Persa: 67-8, 89-90, 94, 130, 196

Acordo Suplementar: 107-9, 110-4, 116-7, 132Afeganistão: 12, 286Afshartus, Mahmoud: 229, 264Ahmad, xá: 66, 68, 70-1, 83Ala, Hussein: 119, 225Alam, Assadollah: 118-9Albânia: 128Alborz College: 130Albright, Madeleine: 296Alemanha: 74-5, 89, 95, 156, 169, 228Alexandre, «o Grande»: 44, 155Anglo-Iranian Oil Company: 20-1, 84-6, 92,

95, 96, 99, 105-7, 111, 113-4, 116-20, 122-3, 128, 131-2, 134-44, 155, 159-1, 164, 169-70, 176-7, 180, 183, 190, 199-200, 202, 209, 218, 276, 282-3, 288-90

Anglo-Persian Oil Company: 67, 81-4Arábia Saudita: 116, 135, 285Aramash, Ahmad: 252Aramco: 116, 135Arbenz, Jacobo: 293Argentina: 198Aristóteles: 51Arquimedes: 51Ashraf, princesa: 26-7, 281

Ásia Central: 42-3, 50-1Ásia Menor: 43Atatürk, Kemal: 71, 74Atenas: 43Attlee, Clement: 137, 139, 160, 162-3, 166-7,

182, 189-90, 282Azerbaijão: 91, 103, 104, 202

Babilónia: 43Bakhtiar, Shapour: 277, 285, 293Bani-Sadr, Abolhassan: 278Baqai, Muzzaffar: 228Baskerville, Howard: 130Batmanqelich, Nader: 264-6Bazargan, Mehdi: 140, 277, 281Bedamn, rede: 234, 242Beirute: 23, 115, 246, 285Berlim: 89, 128, 221, 287Bevin, Ernest: 106, 120, 134Bill, James A.: 15, 296Bin Laden, Ossama: 285Bohlen, Charles: 234Bolton, George: 164Bowie, Robert: 233Bradley, Omar: 109Buenos Aires: 212, 285Butler, R.A.: 187Byroade, Henry: 233

Cadman, John: 84Carroll, Lewis: 167Carter, Jimmy: 284Caxemira: 182Central Intelligence Agency (CIA): 11-2, 15,

Índice Onomástico

[348] os homens doxá

Hungria: 128Hussein, Saddam: 285

ImpérioBizantino: 45, 282Império Otomano: 59Índia: 45, 54, 58, 101, 133, 170, 181-2, 184, 189Iraque: 23, 140, 166, 277, 284-5Isabel I: 52Ispaão: 52-3, 87, 205-7, 244, 304Iskandari, Abbas: 107Ismael (líder safávida): 50-1Israel: 43Itália: 170, 199, 212

Jackson, Basil: 139, 160Jafari, Shaban, «o Desmiolado»: 225, 255Jalili, Ali: 242, 244, 254Japão: 61, 198Jebb, Gladwyn: 172, 176-7, 179, 181, 183Jefferson, Thomas: 141Jinnah, Mohamed Ali: 181Jones, Alton: 208, 227Jordan, Samuel: 130Jugoslávia: 128, 184Jung, Carl Gustav: 220

Karbala: 47Kashani, aiatola Abolqasem: 115, 117, 119-20,

158-9, 202, 210, 225, 228-9, 235, 252, 266, 312

Keddie, Nikki R.: 298Keyvani, Farouk: 242, 244Khamenei, aiatola Ali: 285Khatami, Mohamed: 312Khomeini, aiatola Ruhollah: 114, 277-8, 285Kiani, Ataollah: 260, 293Kruchtchev, Nikita: 288Kufa: 47

Lambton, Ann K.S.: 167Lansing, Robert: 221Leggett, Frederick: 141Letónia: 128Levy, Walter, J.: 155, 157Liaquat Ali Kahn: 181-2Líbano: 27, 43Líbia: 43Lídia: 43Lindbergh, rapto do bebé: 101Lituânia: 128Lockridge, James. Ver Roosevelt, KermitLouis, William Roger: 15, 299

Love, Kennett: 241, 246, 251, 263Lutero, Martinho: 60

Macedónia: 43MacLean, Fitzroy: 205-7, 219Majlis (parlamento): 63-7, 71, 85-7, 91-4, 96,

103-4, 106-8, 110-2, 114-23, 132, 134, 136, 140, 143-4, 170, 180, 195-8, 201, 203, 209-11, 218, 228-9, 232-3, 235, 267, 273, 290

Makki, Hussein: 228Mangano, Silvana: 99Mansur, Ali: 111, 143Mao Tsé-Tung: 128Maomé: 46-7, 49, 117, 249, 275Maratona, Batalha de: 44Mason, Alick: 170Matine-Daftary, Hedayat: 278, 314McClure, Robert: 243, 244McGhee, George: 131-2, 134-6, 141, 144, 147,

181, 187-8, 190McKinley, William: 220Mesopotâmia: 45, 68, 115, 189MI6. Ver Secret Intelligence Service (SIS)Middleton, George: 204, 208, 224Mohamed Ali, xá: 64-6, 87, 88, 100, 181Mohamed Reza, xá: 12, 25, 31, 75, 99-101, 104,

107, 108, 112, 115, 121, 131, 136, 147, 153, 195, 207, 251, 259, 265, 275-7, 279, 284, 295, 308

Montesquieu: 307Morrison, Herbert: 120-1, 135, 137-8, 141-2,

145, 147, 163, 166-8, 171-2, 182, 282Mossadegh, Ali: 316Mossadegh, Gholan-Hussein: 315Mossadegh, Mahmoud: 314, 316Mossadegh, Mohamed: 11, 12, 19, 43, 66, 86,

108, 136, 138, 191, 222, 296, 303Mountbatten, conde: 142Muniz, João Carlos: 179Mussolini, Benito: 74Muzzaffar al-Din, xá: 60-2, 64, 80, 228

NaçõesUnidas: 21, 127, 140, 166, 171-2, 175-6, 179, 182, 184-5, 279, 281, 315

Nadir, xá: 53Nahas Pasha: 189Nasir al-Din, xá: 57-60, 86Nasiri, Nematollah: 19-20, 32, 34-5, 236, 254,

266, 269, 280-1National Iranian Oil Company: 123, 139-40,

161, 168-70, 276Nicholson, Harold: 71Nicolau II (czar da Rússia): 61

índice onomástico [349]

20-5, 27, 30-1, 33, 36-7, 128, 156, 211, 218-20, 222-4, 227, 229, 231, 234-5, 239, 241-2, 247-8, 252, 258, 263, 267, 277, 280, 283-5, 288, 292-4, 316

Chafik, Madame. Ver Ashraf, princesaChecoslováquia: 128Chiang Kai-shek: 109Chile: 293China: 22, 109, 128Churchill, Winston: 12, 20-1, 28-9, 67, 81, 159,

182, 189-91, 198, 208-11, 213, 224-5, 231, 262, 283, 291

Ciro: 41, 43-4, 52, 120Clinton, Bill: 295Columbia, Universidade de: 185Congo: 111, 293Coreia: 29, 127-9, 182, 208, 287Cossacos, Brigada dos: 65, 69-70Cottam, Richard W.: 15, 25, 255, 297Ctesifonte: 45-6Cuba: 221, 293, 296Curzon, lorde: 53, 58, 68, 83

D’Arcy, William Knox: 61, 67, 79-81, 83-4Daftary, Mohamed: 250, 252, 260, 278, 293,

314Danton: 61Darbyshire, Norman: 26, 231-3Dário: 41, 44, 52, 120, 210Davidson, R.R.: 82De Carlo, Yvonne: 99Deli (Índia): 53Dewey, Thomas: 222Drake, Eric: 140, 141, 168Dulles, Allen: 22, 219-22, 224-31, 233-5, 282-3,

288, 291-2Dulles, John Foster: 22, 219-20, 222, 224-8,

233-4, 283, 288, 291-2

Eden, Anthony: 159, 190, 210-1, 213, 227, 228Egipto: 27, 43, 45, 182, 189-90, 212, 277Eisenhower, Dwight: 12, 15, 20, 22, 28, 31, 191,

211, 217-8, 220, 223-4, 226-31, 233, 240, 262, 283, 286, 291-2, 295-6

Elkington, Edward: 117Emami, Jamal: 122, 123Embry, major: 158Estados Unidos da América: 11, 130, 166, 212,

292, 295, 296, 282, 313Estaline: 103, 254, 287Estónia: 128Euclides: 51

Falle, Sam: 287Farman Farma, príncipe: 87, 89Farmanfarmaian, Manucher: 105, 114Farouk (rei do Egipto): 189, 242Farzanegan, Abbas: 316Fateh, Mostafa: 117Fatemi, Hussein: 35, 37, 229, 243, 254, 268,

274-5Fedayeen-i-Islam: 119Fergusson, Donald: 133Filipe II (rei de Espanha): 52Fischer, Michael M.J.: 49Foster, John Watson: 220-2França: 88, 140, 169, 222Franco: 74Franks, Oliver: 135-8, 147, 164-5Fraser, William: 106, 107, 132, 135, 140, 143,

165Frente Nacional: 110, 111, 113, 115-7, 139, 143,

176, 197, 202, 224, 228, 274-5, 277-8, 290, 294, 296, 297, 304

Funkhouser, Richard: 132Furughi, Mohamed Ali: 101

Gasiorowski, Mark J.: 15, 297Genghis Khan: 50Gidel, Gilbert: 107Gifford, Walter: 165, 171Goiran, Roger: 234Golshayan, Abbasgholi: 107Goode, James F.: 15, 298Grady, Henry: 112, 133, 139, 145, 148-9, 156,

171, 190, 211, 299Grécia: 43, 45, 133, 282Grupo dos Cinquenta e Três: 102Guarda Imperial: 19, 32, 34, 254, 266, 280Guatemala: 283, 293Golfo Pérsico: 21, 50, 82, 199, 298Guerra dos Bóeres: 61Guerra Fria: 129, 131, 287, 298Guilanshah, Hedayatollah: 247, 258

Hamas: 285Hamid Reza: 264Harriman, W. Averell: 146-9, 153-9, 161-4,

188, 207, 309, 315Harris, Owen: 169Heiss, Mary Ann: 15, 298Henderson, Loy: 171, 223-4, 226-7, 233, 246-

50, 256, 261-2, 266, 269Hezbollah: 285Hitler: 74

[350] os homens doxá

Soraya, imperatriz: 251, 259, 265Stokes, Richard: 160-2Strang, William: 187Suíça: 89, 95, 115, 169, 196, 221, 228, 280, 315Sullivan & Cromwell (firma de advocacia):

221-2

Tabatabai, Allamah: 49Tabatabai, Sayyed Zia: 70Tahmasibi, Khalil: 119, 228Takrousta, Abolfathi: 310-1Talibã, movimento: 285Taqizadeh, Hasan: 49Termópilas: 43Tierney, Gene: 99Time (revista): 12, 92, 191, 250Tribunal Internacional de Justiça: 21, 145, 148,

166, 198-200, 203, 209, 289, 315Truman, Harry: 12, 21, 109-10, 122, 128-9, 131,

133-4, 137, 139, 144-8, 161-3, 165, 185-7, 191, 197, 208-9, 211, 213, 217, 222-3, 227, 230, 286, 289, 291-2, 299

Tudeh, Partido: 33, 102-4, 112, 120, 155, 202, 218, 251, 253-4, 268, 274, 288, 290, 294

Turquia: 24, 43, 74, 103, 170, 189, 191, 277

UniãoSoviética: 22, 74, 103, 128, 131, 144, 146, 169, 171, 182, 234, 254, 287, 300

Vietname: 293

Waller, John: 36, 252, 287Walters, Vernon: 155-6, 162-3, 188-9Wilber, Donald: 231, 232, 233, 235Wilson, Charles: 233Wilson, Woodrow: 130, 221Wisner, Frank: 219, 229Woodhouse, Christopher Montague

«Monty»: 22, 217-20, 223, 282, 287World Trade Centre: 285

Xá-Name (poema épico): 46, 210Xerxes: 41, 43

Yazdi, Ibrahim: 278Younger, Kenneth: 141

Zaehner, Robin: 167-8, 201, 228, 231Zahedi, Ardeshir: 241, 247, 261-2, 279Zahedi, Fazlollah: 25, 153, 204, 219, 257, 273Zaratustra: 44Zia, Sayyed: 70, 121-3

índice onomástico [351]

Nixon, Richard: 291, 295Northcroft, E.G.D.: 116

OfficeofStrategicServices (OSS): 212, 221-2, 231

Operação Ajax: 12, 23-4, 30, 34, 37, 220, 229, 234, 240, 247, 251, 254-5, 257, 266, 268, 280-1, 285-7, 291-5, 299, 300

Pahlevi, dinastia: 25, 31, 71, 203, 274, 278Paine, Thomas: 141Paquistão: 27, 181-2Pars: 43Partido dos Trabalhadores: 228Pavão, Trono do: 53, 57, 60, 71Perron, Ernest: 95Persépolis: 41, 44-5, 155, 178Philby, Kim: 23Platão: 51Polónia: 128Portugal: 170Potsdam, Conferência de: 128Primeira Guerra Mundial: 83, 88, 115, 130,

189, 221Ptolomeu: 51

Qadjar, dinastia: 53-4, 57, 59-61, 64, 66-7, 69-71, 83, 86, 88, 93, 100

Qavam, Ahmad: 103, 201-4Qom: 47, 206

Rádio Teerão: 35, 37, 113, 137, 257-8, 264-5Rashidian, Asadollah: 26, 28, 252Rashidian, irmãos: 217, 219, 228, 229, 242, 247,

294Rashidian, Qodratollah: 218Rashidian, Seyfollah: 218Razmara, Ali: 111-3, 116-9, 127, 132, 134, 158,

228, 250, 289Reino Unido: 15, 20-1, 37, 52, 54, 63, 65, 67, 74,

80-2, 86, 89, 92, 106-7, 118-9, 121, 128-30, 133-9, 141-2, 144-7, 154, 158, 160-1, 164-6, 169-70, 172, 175, 177, 179-84, 187-90, 197-200, 203, 206, 208-11, 217, 220, 224, 227, 230, 280, 298-9, 315

Reston, James: 184, 187Reuter, barão Julius de: 58-9Revolta do Tabaco (1891): 60-1, 66, 87Revolução Constitucional: 66-7, 87-9, 93,

115, 130Revolução Francesa: 60-1Revolução Islâmica (Irão, 1979): 12, 280-1,

285-6, 295, 298, 305Reynolds, George: 79-81Reza, xá: 71-5, 84-6, 94-6, 100, 102-3, 105, 107,

111, 121, 176, 196, 205, 245Reza Khan. Ver Reza, xáRiahi, Taqi: 19, 34, 35, 229, 243-4, 259-60, 268,

281, 293Robespierre: 61, 141Rolin, Henri: 199Roosevelt, Franklin D.: 131Roosevelt, Kermit: 23-4, 211, 218, 220-1, 223,

231, 233, 235, 239, 242-3, 249, 254, 267, 275, 283, 292-4, 313, 314

Roosevelt, Theodore: 23, 131, 220Rose Mary (petroleiro): 199, 200Rousseau: 307Rumi, Jelaluddin: 51Rússia: 22, 54, 58-9, 61, 65, 67, 69, 74, 89, 103,

128-31, 133, 144, 146, 169, 171, 182, 234, 254, 287, 300

Rustam (comandante persa): 46

Saed, Mohamed: 111Safávida, dinastia: 50, 52Saheb, Ali Reza: 260Saleh, Allahyar: 179-181, 183Sardis: 43Sassânida, dinastia: 45Savak (polícia secreta): 273-4, 280-1, 310-1Schirach, Baldur von: 74Schwarzkopf, H. Norman (filho): 102Schwarzkopf, H. Norman (pai): 27, 101-3,

111, 314Schwind, Don: 263Secret Intelligence Service (SIS): 20, 22, 167,

205, 213, 218, 225, 231-2Seddon, Richard: 143«Segunda-Feira Sangrenta»: 203Segunda Guerra Mundial: 74-5, 102-3, 115, 128,

130, 167, 205, 212, 219, 221, 231Shahnaz, princesa: 279Sharogh, Bahram: 113, 143Shepherd, Francis: 111, 113, 116, 118-9, 122,

133-5, 140, 145, 147-8, 163Shinwell, Emanuel: 164Shirazi, xeque: 60Shuster, Morgan: 65Sinclair, John: 225Smith, Howard K.: 166Smith, Walter Bedell «Beedle»: 222-4, 233,

240, 255-6Sociedade das Nações: 84, 90