os guardioes

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Página 1 de 16 Compilação: Grupo de Estudos Espíritas Mensagens de Amor - Geema http://br.groups.yahoo.com/group/geema_df/ O O s s G G u u a a r r d d i i õ õ e e s s Das obras “Aruanda” e “Legião”. Robson Pinheiro, pelo espírito Ângelo Inácio. Ed. Casa dos Espíritos. É na réplica astral dos artefatos utilizados pelo Mago negro ou feiticeiro que reside todo o conteúdo magnético mobilizado, e é nela que se dá a inversão da polaridade eletrônica, com eficácia para os fins sombrios a que se propõe. - Sendo assim, depreende-se que a chamada antigoécia ou desmanche de magia negra deveria visar as duplicatas astrais desses objetos; é isso? - Exatamente - interferiu Pai João. - Essa é a razão pela qual, nas reuniões espíritas em que se utilizam as técnicas de apometria, o operador ou apometra procede à queima desses objetos do astral após o desmanche do trabalho, aplicando recursos como o auxílio das salamandras. Perceba que a doutrinação pura e simples do espírito responsável pelo empreendimento da magia negra não tem como solucionar a questão. Em geral, eles nem se mostram permeáveis à doutrinação convencional e não são demovidos facilmente de seus intentos. É preciso, portanto, desdobrar os médiuns e trazer ao ambiente da reunião mediúnica os elementos e objetos utilizados no astral, que são as matrizes energéticas, e queimá-las, destruindo e revertendo a polaridade magnética dos ditos encantos. Só assim se poderá quebrar o feitiço ou desativar a magia. Enquanto isso, deve-se proceder ao tratamento das entidades envolvidas, sempre acompanhado da mudança radical de conduta e das atitudes do alvo ou vítima. Dando ênfase à última frase, Pai João continuava: Pois eu também sou homem sujeito a autoridade, e com soldados sob o meu comando. Digo a um: Vá, e ele vai; e a outro: Venha, e ele vem. Digo a meu servo: Faça isto, e ele faz. Lucas 7:8 A ti, ó filho do homem, te constituí por atalaia sobre a casa de Israel (...). Ezequiel 33:7

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    OOss GGuuaarrddiieess

    Das obras Aruanda e Legio. Robson Pinheiro, pelo esprito ngelo Incio. Ed. Casa dos Espritos.

    na rplica astral dos artefatos utilizados pelo Mago negro ou feiticeiro que reside todo o contedo magntico mobilizado, e nela que se d a inverso da polaridade eletrnica, com eficcia para os fins sombrios a que se prope.

    - Sendo assim, depreende-se que a chamada antigocia ou desmanche de magia negra deveria visar as duplicatas astrais desses objetos; isso?

    - Exatamente - interferiu Pai Joo. - Essa a razo pela qual, nas reunies espritas em que se utilizam as tcnicas de apometria, o operador ou apometra procede queima desses objetos do astral aps o desmanche do trabalho, aplicando recursos como o auxlio das salamandras. Perceba que a doutrinao pura e simples do esprito responsvel pelo empreendimento da magia negra no tem como solucionar a questo. Em geral, eles nem se mostram permeveis doutrinao convencional e no so demovidos facilmente de seus intentos. preciso, portanto, desdobrar os mdiuns e trazer ao ambiente da reunio medinica os elementos e objetos utilizados no astral, que so as matrizes energticas, e queim-las, destruindo e revertendo a polaridade magntica dos ditos encantos. S assim se poder quebrar o feitio ou desativar a magia. Enquanto isso, deve-se proceder ao tratamento das entidades envolvidas, sempre acompanhado da mudana radical de conduta e das atitudes do alvo ou vtima.

    Dando nfase ltima frase, Pai Joo continuava:

    Pois eu tambm sou homem sujeito a autoridade, e com soldados sob o meu comando. Digo a um: V, e ele vai; e a outro: Venha, e ele vem. Digo a meu servo:

    Faa isto, e ele faz.Lucas 7:8

    A ti, filho do homem, te constitu por atalaia sobre a casa de Israel (...).

    Ezequiel 33:7

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    - Muitos magos negros desencarnados so especialistas e profundos conhecedores das leis de transmutao de matria em energia, leis da polaridade, do ritmo e do mentalismo. Embora, na atualidade, os modernos operadores de feitiaria se utilizem de outros termos, como ondas, magnetismo, tomos, freqncia e spins, prprios da cincia contempornea, manipulam foras e energias idnticas, subjugados por entidades satnicas, com objetivos esprios. Mdiuns imprevidentes colocam-se em contato com tais entidades e terminam sob o comando delas, que so experientes no domnio de conscincias. Perversas ao extremo, elas manipulam quem lhes serve de instrumento dando-lhes, justamente, a iluso de que permanecem senhores de si. A verdade, que se torna patente ao mdium doente quando de seu desencarne, dramtica e de graves conseqncias.

    Pai Joo interrompeu seus comentrios quando se aproximou de ns um esprito vestido de forma incomum, ao menos para mim. J estvamos prximos vibratoriamente da Crosta, bem perto, portanto, do local onde realizaramos algumas observaes.

    O esprito que se apresentou era o guardio do qual Pai Joo nos falara, um de seus meninos ou subordinados. Os demais guardies, que nos acompanhavam desde nossa comunidade espiritual, o receberam como a um militar de alta patente.

    O guardio cumprimentou Pai Joo, Vov Catarina, Wallace e eu, postando-se de p, bem ereto, fazendo um gesto de respeito e submisso.

    - Pai Joo o cumprimentou: - Laroi, exu. Salve sua banda!

    - Salve, meu pai! - respondeu o exu.

    A aparncia a de um militar. Isso mesmo. Ele parece um militar, dos que impem respeito e inspiram autoridade. Mas no s isso. Ele sabe se impor. algum que parece saber com preciso o que deseja e deve fazer. Tudo indica que o esprito que est diante de mim um perfeito cavalheiro em seus modos, embora to firme e cheio de deciso que no permite vacilaes. Alto, magro - esbelto, na verdade. Veste-se com um traje que associei a um uniforme militar do tipo futurista, mas que no chega a ser exagerado. Sobre os ombros, uma capa desce-lhe at os tormozelos. um tecido curioso que compe aquela indumentria toda.Nas mos, segura uma espcie de lana, que absolutamente no combina com seu traje, mas que h de ter uma finalidade.

    - Boa noite, criana! - foi seu cumprimento. Uma voz firme, resoluta, magntica e muito forte. Eu diria que era a voz de um bartono, daqueles que fariam sucesso em qualquer pera na velha Terra.

    - Sou um guardio e estou aqui para lhe servir.

    - Boa noite! - respondi ao esprito imponente. - Meu nome ngelo.

    - Pode me chamar de Sete.

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    - Sete? - me aventurei a comentar. - Mas isso l nome? Pelo que me consta, sete um nmero, e no um nome...

    - Sete! o que basta por enquanto a voc e a mim. Estou aqui para conduzi-lo em suas observaes. Recebi uma incumbncia dos superiores. Devo mostrar a voc alguma coisa a fim de que possa transmitir queles que esto do outro lado do vu, os encarnados.

    - Sei... - respondi, magnetizado pelo seu olhar penetrante. - Mas ser que primeiro no poderamos nos conhecer melhor? Por exemplo, quem voc? Por que esses trajes, a lana, enfim, o nome, to cabalstico assim?

    Olhando-me fixamente, o esprito modificou aos poucos seu semblante. Traos mais finos e suaves foram aparecendo em sua fisionomia. No parecia to ameaador como antes se mostrara.

    - Sou um dos guardies. Posso lhe dizer que perteno a uma organizao mundial voltada para a preservao da harmonia e do equilbrio nos diversos planos da vida

    - Uma espcie de cia ou fbi de mbito mundial?

    - Talvez - respondeu-me srio. - Os guardies so comprometidos com a ordem e a disciplina espirituais. Somos conhecidos em diversos cultos com nomes apropriados ao vocabulrio de cada comunidade. Temos uma hierarquia, um comando central, de onde vmessas tarefas a ns confiadas.

    - E em quais tarefas vocs se especializam, em nome dessa ordem e disciplina? Falando de forma mais especfica que realmente vocs fazem em prol da humanidade?

    - Temos diversas atribuies junto humanidade, desde a proteo individual a pessoas que tm responsabilidades espirituais, sociais, religiosas ou polticas, proteo de comunidades, pases, continentes e do prprio Planeta. As atribuies dependem sobretudo da hierarquia a qual pertenamos. Um grupo de guardies mais experientes e com conhecimento atualizado pode ser responsvel pela manuteno da paz mundial, trabalhando junto a lideranas polticas ou religiosas, nos bastidores das intrigas internacionais. Nesse caso, oobjetivo dos guardies no defender esta ou aquela doutrina poltica nem fazer partidarismo. Muito mais que interesses mesquinhos, esto em jogo os direitos humanos, do cidado, da vida. A tarefa dos guardies no Comando n 1, como nos referimos, a defesa da humanidade.

    - Ento, pode-se considerar que a misso dos guardies do chamado Comando n 1 est sendo cumprida de forma muito precria. Fao essa observao em vista de tantos conflitos internacionais, guerras e guerrilhas que estouram em toda a parte. Onde est a interferncia do Comando n 1?

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    - Veja, criana - falou srio. - Lutamos com milnios e milnios de cultura de guerras, intrigas e polticas mal projetadas. No h milagres na criao. Nossa tarefa laboriosa e lenta, porm vital. H que se considerar que lidamos com seres humanos encarnados oudesencarnados, todos com liberdade de pensar e agir.

    Seu argumento era consistente, no havia dvidas. Prosseguiu: - Para que voc saiba um pouco mais a respeito de nossa atuao no mundo, veja o que ocorreu, por exemplo, com o episdio das torres gmeas, em Nova Iorque. O fato ocorrido em 11 de setembro de 2001 teria propores bem mais amplas, no fosse a interferncia direta dos guardies do primeiro comando. O planejamento das entidades perversas era, alm de atingir o World Trade Center, cometer um atentado contra o Vaticano, sede da Igreja Catlica. Creio que voc no ignora as conseqncias brutais de um atentado dessas propores. O mundo estaria mergulhado em uma situao poltica insustentvel. Muitas conquistas da civilizao seriam abaladas e estariam seriamente ameaadas diante da iminente Terceira Guerra Mundial. Os guardies entraram em cena e, atuando nos bastidores das sombras, enviaram agentes para as fileiras do mal, descobrindo a tempo seu planejamento.

    Sabotaram os planos das trevas e conseguiram amenizar a situao. Aquilo que o mundo presenciou no dia 11 de setembro foi apenas uma pequena parte do plano que os terroristas e seus comparsas desencarnados haviam traado inicialmente.

    - Ento existe mesmo uma espcie de servio secreto espiritual...

    - Todas as organizaes da Terra so inspiradas naquelas que existem no lado de c da vida. Quanto existncia de agentes secretos nas fileiras dos guardies, o nosso papel em todo o contexto mundial no apenas de passividade e defesa. Existem aqueles espritos cujo passado espiritual guarda estreitas ligaes com o mal e com certas organizaes sombrias. Embora com o pensamento renovado e trabalhando em prol da ordem e da paz, agem comoespies e observadores entre as comunidades das trevas. Corresponderiam aos agentes duplos das organizaes de inteligncia. Esses espritos se misturam a certas comunidades dassombras e l desempenham o papel de vigias, tomando nota e comunicando aos dirigentes superiores os planos das mentes voltadas para o mal. De posse dessas informaes, traamos um roteiro de atividades com o objetivo de desmontar todo o planejamento do mal. No fossem os prprios homens, com suas atitudes desequilibradas, teramos sucesso completo em nossas tarefas.

    - Quer dizer que, mesmo que os guardies sejam rigorosos em suas aes de defesa energtica, h possibilidade de que no tenham pleno xito?

    - Claro que sim. Vivemos em um mundo em que o mal ainda predomina, embora os avanos do bem. Alm disso, em qualquer ao espiritual h que se levar em conta um fator muito relevante para o desfecho de nossas atividades: o prprio homem encarnado, seus pensamentos e atitudes e, sobretudo, seu livre-arbtrio. Muitas vezes todo o nosso trabalho se

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    pe a perder devido s posturas humanas e sintonia que o homem estabelece, mediante oexerccio de sua vontade.

    Impressionei-me com a noo de respeito que aquele esprito possua; era algo surpreendente. A firmeza exigida em suas atribuies no lhe tolhera a valorizao do livre-arbtrio alheio, antes pelo contrrio.

    - Os espritos que trabalham como guardies so especializados nessa tarefa? -perguntei. - Como sua formao, se posso assim dizer?

    - A maior especializao, ou melhor, a escola superior na qual nos graduamos o plano fsico. O contato regular com o mundo dos encarnados faz com que muitos conhecimentos e experincias do passado, que esto apenas latentes, eclodam do psiquismo profundo e se tomem uma realidade objetiva e atual para o esprito. A academia da Terra, com suas mltiplas experincias, o verdadeiro educandrio, onde cada esprito se especializa naquilo que para si elegeu como forma de vida. H muitos espritos que na Terra tiveram experincias na carreira militar ou em alguma outra funo que lhes propiciasse o desenvolvimento de certas qualidades necessrias a um guardio. Do lado de c, sero aproveitados como tal. Oferece-se ao esprito a oportunidade de continuar, no mundo extrafsico, trabalhando naquilo que sabe e, desse modo, aperfeioar seu conhecimento e ganhar mais experincia. Muitos militares do passado, comprometidos com o mau uso do poder e da autoridade, so convocados e convidados a se reeducarem nas falanges dos guardies, reaprendendo seu papel. Para tanto, defendem as obras da civilizao em geral, o patrimnio cultural e as instituies benemritas. Outros espritos, que dominaram certos processos e meios de comunicao, quando encarnados, so convidados e estimulados a trabalhar nos vrios laboratrios e bases de comunicao a servio dos guardies. Generais, guerreiros, soldados, comandantes ou os simples recrutas, das diversas foras armadas da Terra, so aproveitados com a experincia que adquiriram. Transcorrido o tempo natural de transio, aps a morte fsica, apresentamos a esses espritos a oportunidade de se refazerem emocional e moralmente. Tal oportunidade so as atividades que podero desempenhar do lado de c da vida, obedecendo a um propsito superior. H diversos campos de atuao, como disse, tanto na defesa psquica, energtica ou espiritual de pessoas e instituies, como na proteo de comunidades e povos. Enfim, as possibilidades de trabalho do lado de c so imensas. Ao esprito desencarnado so apresentadas basicamente duas opes: ou ele permanece preso de seu sentimento de culpa, forjando situaes aflitivas em torno de si, ou libera-se da culpa. Nesse caso, abrem-se inmeras possibilidades de trabalho, aproveitando-se as experincias vividas e valorizando as aquisies pessoais.

    Qualquer experincia, ainda que equivocada ou difcil, reorientada, com objetivo til causa do bem e do equilbrio. Caso o esprito opte pela segunda alternativa e assimile a idia de continuar trabalhando em prol da humanidade, so ampliadas suas oportunidades medida que amadurece.

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    (Trecho retirado da Obra Aruanda, psicografia de Robson Pinheiro, pelo esprito ngelo Incio. Editora Casa dos Espritos)

    Enquanto a equipe de especialistas de Jamar e os agentes do comando supremo dos guardies permaneciam a postos junto quele laboratrio, Pai Joo, o prprio Jamar e eu dirigimo-nos a outro ambiente extrafsico, onde seria promovido um encontro focado na educao e na formao espiritual para o trabalho dos guardies. Joo Cob e Jamar conheciam em profundidade o esquema da vida astral e me convidaram a acompanh-los assemblia de espritos que se especializaram nas tarefas de guarda e defesa, tanto de seres humanos em particular, quanto de instituies benemritas ou representativas para o progresso da humanidade.

    A atmosfera espiritual era de descontrao. O local era uma base no prprio plano astral, onde se reuniam espritos recm-vindos da experincia carnal, admitidos como estudantes nas academias dos guardies na dimenso prxima Crosta.

    Acomodamo-nos em torno de Joo Cob e Jamar, os facilitadores do encontro. Poderamos perguntar vontade a respeito da atividade de guardio. Durante nossas incurses pelos planos inferiores, no chamado umbral e mesmo nas zonas subcrustais, presenciei inmeras operaes realizadas por equipes de guardies especialmente gabaritadas. Conheci desde os chamados exus at os especialistas da noite, que eram altamente qualificados no contato com os magos negros, e tambm, mais recentemente, os representantes do comando supremo, que coordenava a atuao dos guardies em todo o planeta.

    Tudo havia me cativado de tal maneira que muitas questes foram surgindo, medida que entrava em contato com essa legio de seres a servio da ordem e da disciplina no panorama astral. Como minha curiosidade era visivelmente destacada, em comparao com a dos demais espritos presentes, resolvi perguntar, iniciando a conversa:

    Durante expedies que realizei aos redutos das trevas, notei que diversas equipes de guardies contriburam para o bom andamento das atividades. Deparamo-nos com os caveiras, a fora-tarefa feminina, os especialistas da noite e outros mais. Podemos chegar concluso de que qualquer guardio sinnimo de exu? E todo exu guardio das foras do bem?

    Na umbanda e nos cultos de origem afro, a palavra exu empregada para se referir aos guardies elucidou Jamar. Porm, como exu um termo comum terminologia africana e afrobrasileira, em geral apenas nos cultos citados que se utilizam esse e outros nomes, que, aos olhos de muita gente, so estranhos ou destitudos de significado.

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    Contudo, no podemos ignorar que os guardies representam, em todos os planos onde atuam, uma forma de equilibrar as energias do universo, da mesma forma que os exus. Sem osguardies, muitas tarefas, seno todas, seriam inconcebveis, tanto no plano fsico como no astral.

    "No entanto, no se deve fazer confuso, presumindo que todos os guardies desempenham tarefas de igual teor. Tambm no plano astral, necessrio conceber a idia da especializao. Assim sendo, nossos irmos umbandistas podero chamar todos os guardies de exus, indiscriminadamente, mas no entendemos que, a rigor, todo exu seja um legtimo guardio, pois h aqueles considerados exus inferiores, como os sombras, da milcia negra dos magos. De acordo com essa tica, os chamados exus superiores, conhecidos pela umbanda, podem ser denominados guardies; os exus inferiores, ao contrrio, podem ser denominados apenas de espritos descompromissados com o bem."

    Seriam esses exus inferiores os prprios quiumbas disfarados? perguntou um esprito iniciante nos estudos.

    No exatamente! respondeu Jamar. Observamos requintes tcnicos nas aes de muitos exus inferiores, fato que os distingue dos quiumbas propriamente ditos. Veja, no exemplo que dei ao ngelo, o caso dos sombras. Constituem uma fora astral nada desprezvel e organizam-se semelhana de um exrcito, com seus diversos departamentos e hierarquia. Portanto, no podemos reduzi-los a quiumbas, que so entidades simplesmente desordeiras, sem nenhuma especializao em seus atos. Entre estes, no h hierarquia nem definio clara de papis, muito embora comumente estejam sendo usados pelos magos e outras entidades.

    Nesse ponto da conversa Pai Joo deu sua contribuio, ampliando as informaes a respeito da importncia dos guardies:

    H necessidade de estabelecer ordem e disciplina em todos os domnios do universo. Dessa forma, a falange dos guardies desempenha uma funo de zelar pela harmonia, a fim de evitar o caos. A presena de representantes da ordem a atuar como fora disciplinar nas regies inferiores imprescindvel, se levado em conta o estado atual da evoluo no planeta Terra. Poderamos imaginar como seriam nossas atividades espirituais sema dedicao e o trabalho dos guardies?

    Imaginemos cidades ou pases sem policiamento, sem disciplina, sem ordem alguma...

    "Na umbanda continuou Pai Joo, esclarecendo-nos , Exu uma fora de carter masculino, ativo, yang. Nos cultos de origem afro, tido como agente mgico da natureza, correspondente s foras de equilbrio. Como figura mitolgica ou simblica, Exu est intercalado nas encruzilhadas vibratrias, nos entroncamentos energticos. Sob essa perspectiva, podemos entender que os guardies, mesmo os de hierarquia superior,

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    representam a ordem, o ponto de equilbrio, onde cessa o conflito entre o bem e o mal, entre a luz e a sombra. Isto , so os exus. Agem de acordo com a justia, sem se pautar pelas noes de bem e mal desenvolvidas pelos encarnados. Orientam-se conforme a tica mais ampla e os conceitos csmicos."

    J que nossos instrutores tocaram no assunto, enveredando pela cultura afro e pela terminologia tpica da umbanda, aproveitei para perguntar sobre um tema muito controvertido:

    E as chamadas pombajiras, algumas vezes temidas e, em outras, vistas como representantes de uma fora mgica, tanto nos cultos de umbanda quanto naqueles de origem afro? Como podemos entender esse tipo de entidade e sua atuao?

    Bombonjira ou pombajira, no dizer mais popular o elemento feminino, passivo, yin, segundo a nomenclatura da cincia chinesa. o correspondente feminino de Exu. Os espritos que se apresentam como bombonjiras so agentes de equilbrio das foras da natureza, mas que se sintonizam particularmente com a emoo e a sensibilidade. Agindo de acordo com essa vibrao, trabalham nos cruzamentos vibratrios entre razo e emoo. Detectam o ponto de desequilbrio e buscam o equilbrio em processos que envolvem emoes fortes e causas mais ligadas emoo e sensibilidade, como famlia, sexualidade, etc. Podemos dizer que constituem uma espcie de polcia feminina do plano astral. Os exageros porventura imputados a elas so normalmente decorrentes da ignorncia de mdiuns edirigentes despreparados, ou que ento desejam manter o povo no cabresto da ignorncia.

    Fiquei pensando no grau de insensatez de muitas pessoas no que tange s questes espirituais. Por um lado, aqueles que so apologistas da verdade sob a tica umbandista escondem-se atrs dos chamados segredos ou mirongas, muitas vezes para encobrir a falta de conhecimento. Por outro lado, espritas inumerveis, ao se julgarem detentores de uma parcela mais ampla da verdade, mal dissimulam a repulsa ou o preconceito diante de temas semelhantes. Ambos os lados so freqentemente bem intencionados, mas cada qual oferecendo grande obstculo para que, do Alto, fluam idias verdadeiras e informaes mais precisas a respeito de questes relevantes do mundo extrafsico.

    Tocar nesses temas to intrigantes ainda gera imenso desconforto nos meios espritas e, no raro, sentimento de competio no mbito umbandista pelo menos entre adeptos de ambas as escolas que no desejam o esclarecimento integral das massas e querem centralizar as informaes, o pretenso poder, e assim irradiam ignorncia. A partir dos apontamentos de Pai Joo e Jamar, pude notar quanto escasseiam notcias e conhecimento a respeito da funo de certas classes de espritos e dos mtodos utilizados por eles.

    Alguns anos atrs, apenas algumas poucas dcadas, falar numa colnia espiritual onde se reuniam e viviam espritos era algo inconcebvel entre os defensores das idias espritas. Mais tarde, quando se tornou popular o conhecimento das cidades e metrpoles astrais, veio o assombro das pessoas ante as revelaes atinentes a equipamentos e artefatos tecnolgicos utilizados pelos seres do mundo extrafsico. Novamente, a idia precisou de

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    algum tempo para ser assimilada por uma parcela dos estudantes e expoentes do pensamento espiritual. Surgem ento novas observaes, que hoje provocam estarrecimento nos mais ortodoxos, que estagnaram nos conceitos adquiridos. No conseguem imaginar pais-velhos e caboclos trabalhando lado a lado com eminentes espritos, consagrados pela crena de muita gente como luminares da espiritualidade. Outros se recusam a aceitar fatos patentes e bvios, como o avano de mtodos e tcnicas empregadas pelos habitantes das dimenses alm da matria densa. A simples cogitao de que seres desencarnados so capazes de desenvolver tecnologia, sistema de vida e de relacionamento similares, porm mais amplos do que nas comunidades terrenas, ainda causa inconformao ou discrdia.

    No fundo, o que se pode constatar que muitos encarnados no admitem haver coisas diferentes daquilo que, pessoalmente, eles delimitaram como sendo a verdade. A mera averiguao de uma evidncia que rompa os limites estreitos da verdade vigente na comunidade espiritualista causa, at ento, estranheza a muitos. O real no mais apreendido pela pesquisa e pela investigao, como Allan Kardec e todos os grandes nomes fizeram, mas obedece a critrios preestabelecidos e a teorias estanques, que abandonaram o esprito do espiritismo, se d para entender o trocadilho. Ora, ento o novo deve ser descartado sem merecer o mais leve exame, to-somente porque no se encaixa em um ponto de vista pessoal? No h algo de estranho nisso? No justamente contra essa postura tacanha e arcaica de seus contraditores que o Codificador lutou?

    Ainda de posse dessas reflexes, ouvi os argumentos de Jamar, referindo-se aos diversos comandos de guardies:

    Podemos dividir o trabalho dos guardies em comandos comeou a falar o especialista. semelhana do que ocorre com um grande contingente de indivduos responsvel pela manuteno da segurana, cada grupo abarca um aspecto particular. De uma forma didtica, apenas para facilitar o entendimento de vocs, apresento um quadro condensado ou simplificado dessa estrutura.

    "Primeiramente, no stimo nvel, o mais elementar, temos os guardies cuja incumbncia a guarda e a segurana de carter pessoal. Sua atividade voltada para o equilbrio das energias e para a defesa de indivduos, e por isso so erroneamente confundidos com os chamados anjos de guarda pessoais. Diramos que so os recrutas do plano astral, pois, em sua maioria, so espritos recentemente advindos da realidade fsica, que encontram nessa tarefa uma ocupao que til e, ao mesmo tempo, oferece vasta possibilidade de desenvolvimento das aptides do lado de c. Naturalmente, esto sob a orientao de outros mais experientes."

    Tomando a palavra, um dos espritos presentes se pronunciou:

    Nessa classe de guardies, podemos identificar aqueles que, na Terra, integraram as corporaes militares?

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    Tambm estes, mas no s respondeu Jamar. H espritos familiares, parentes ou amigos que, mesmo sem experincia na rea militar, so capazes de inspirar a manuteno do equilbrio ou de abraar um compromisso com vistas defesa das pessoas que lhes so caras. vlido lembrar que cada indivduo tem a companhia espiritual compatvel com o alcance e a importncia da tarefa que desempenha, segundo a perspectiva dos imortais. Contraria a lgica mais elementar pensar que quem tem uma dose acentuada de responsabilidade, cujo trabalho de importncia vital e gera grandes repercusses, possa ser assessorado apenas por um esprito amigo ou familiar. Existem casos em que a pessoa tem em suas mos uma obra de extrema relevncia, o que evidentemente determina a necessidade dapresena de guardies mais especializados ao seu lado.

    Prosseguindo nas explicaes a respeito dos guardies, Jamar cedeu a palavra a Pai Joo:

    Pois bem, meus filhos iniciou o pai-velho, revezando-se com Jamar. A seguir, adiante dessa classe de seres que se envolve com casos particulares e individuos, encontraremos, na sexta posio da hierarquia astral, aqueles guardies responsveis por ruas, bairros e casas. Estes sim, so espritos que, quando encarnados, em sua esmagadora maioria, tiveram algum tipo de vivncia como militares, policiais, detetives ou seguranas. Em regra, o esprito aproveitado do lado de c de acordo com as tendncias que possui, aliadas bagagem que traz e com a qual se afinizou durante o perodo reencarnatrio.

    Esses guardies ou agentes da segurana astral cotidianamente evitam o assdio de inteligncias perversas e desequilibradas ao ambiente das casas religiosas ou das instituies assistenciais e polticas com fins humanitrios. Sob o ponto de vista umbandista, e levando-se em conta o vocabulrio utilizado nos terreiros, estes so os que melhor se enquadrariam na definio de exus. No entanto, convm esclarecer que, para os espritos srios, o nome como so denominados no o cerne da questo, ou seja, no se importam se so chamados de exus, na umbanda, ou de guardies, no espiritismo. Representam a mesma classe de seres.

    Nesse ponto da conversa, Jamar complementou: Normalmente, o comando maior dos guardies guarda registros muito precisos a respeito das pessoas encarnadas e de sua esfera de atuao. Esses registros so fornecidos pelas comunidades astrais ou espirituais onde foi programada a experincia reencarnatria daquele ser. Quando ocorre o desencarne, entram em cena os guardies, to logo o indivduo se veja localizado em determinada dimenso, o que se d de acordo com sua vivncia e em razo de sua capacidade de assimilar a verdade espiritual. Nesse momento, apresentam ao esprito a possibilidade de dar prosseguimento a tarefa semelhante quela que desempenhava no corpo fsico. Caso aceite a proposta, a pessoa encaminhada a uma das diversas academias no astral, exatamente como aconteceu com vocs que me ouvem. Nessas academias, passam por um treinamento, um perodo deconscientizao e, naturalmente, por etapas de especializao, segundo as afinidades pessoais e o grau de conhecimento e de responsabilidade de cada um.

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    Fiquei impressionado com a organizao dos guardies, conforme se podia depreender das palavras de Jamar. Sua estrutura se afigurava algo muito maior, mais abrangente e eficaz do que a de certas corporaes conhecidas na Terra, como CIA, FBI e outras equivalentes. O raio de atuao dos guardies algo admirvel, pois conta com um fator importantssimo: as informaes cadastrais, astrais, reencarnatrias e reais acerca de cada indivduo que adentra o mundo extrafsico. Esse banco de dados ajuda a tornar apropriada a recomendao a ser dada aos recm-desencarnados, tendo em vista o leque de ocupaes do lado de c.

    Corroborando esse raciocnio, Pai Joo deu nfase ao aspecto destacado por Jamar, dizendo:

    Na verdade, meus filhos, desde os primrdios da organizao da vida comunitria em nosso globo, reconheceu-se a importncia de um sistema de equilbrio mundial. Num planeta no qual se renem espritos comprometidos e complicados, com comportamentos to diversos e, na maioria dos casos, com desenvolvimento moral profundamente questionvel, nada mais adequado do que a implantao de um sistema assim. A necessidade de espritos dedicados exclusivamente manuteno da ordem, da disciplina e do equilbrio comeou j no momento em que a Terra recebia os primeiros contingentes de espritos vindos de outros mundos, evento contemporneo s civilizaes da Lemria e daAtlntida. A partir de ento, essa classe de espritos, os guardies, tem se aprimorado e especializado cada vez mais nas questes confiadas a eles.

    Interrompendo o pai-velho para novos esclarecimentos, um dos espritos que estudavam para exercer a tarefa de guardio perguntou:

    Com um esquema e uma estruturao to completa e guardies to experientes, como podemos entender que na Terra ainda existam tamanhos desequilbrios e em to grande nmero, que ameaam a todo instante a segurana dos povos e das pessoas? Porventura os guardies no poderiam evitar os excessos cometidos pelos espritos do mal ou pelasorganizaes terroristas, pelos grupos de extermnio e gangues, que se digladiam no dia-a-dia dos encarnados?

    Sua pergunta muito oportuna, filho respondeu Pai Joo. Refere-se a um fator que no deve ser esquecido em hiptese alguma, no contexto da vida no planeta Terra. Falo do livre-arbtrio de cada ser humano, esteja ele no corpo fsico ou no. E liberdade significa responsabilidade e a obrigao de arcar com as conseqncias de suas escolhas e de seus atos.

    "Embora as diversas especializaes e a eficincia das falanges de guardies, seu trabalho no mundo no consiste nem visa eliminao das lutas do cotidiano. Ao contrrio do que muitos observadores da realidade argumentam, esses espritos, enquanto agentes de Deus que so, no esto a para poupar o homem de enfrentar as questes que ele mesmo engendrou ao longo dos sculos. Absolutamente. A funo dessas equipes no privar os

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    indivduos ou os governos dos desafios para o estabelecimento da paz, tampouco manter afastadas as inmeras questes complexas e de natureza distinta que afligem a humanidade.

    Os guardies so elementos de equilbrio e no apenas de defesa. fundamental salientar a diferena. Sob essa tica, sua atuao limita-se barreira do livre-arbtrio das pessoas e comunidades, a menos que, no exerccio da liberdade individual, seja colocado em risco o grande plano divino de evoluo para os povos do planeta. Nesse caso, os guardies assumem o papel de instrumentos da lei de causa e efeito, impondo um limite quilo que poderia gerar um desvio mais evidente e profundo no planejamento geral."

    Tomando a palavra, Jamar acrescentou:

    Veja, por exemplo, o que ocorre em certos acontecimentos de larga escala, com repercusses globais. No atentado s Torres Gmeas e outros mais, que os EUA sofreram no mesmo dia de 2001, as entidades envolvidas procuraram inspirar os protagonistas do evento a concretizar algo que traria um prejuzo incomensurvel a vrios departamentos da vida no planeta. Inicialmente, a idia era, antecipadamente e somando-se ao ataque s Torres Gmeas, gerar uma onda de violncia, que se estenderia a partir de atentados ao Vaticano e a mais dois outros pontos estratgicos, afetando assim as relaes diplomticas entre diversos pases. Londres e Pequim eram os alvos traados, alm dos que j citamos.

    Se tivessem alcanado sucesso, teramos estado diante de uma ameaa iminente de nova catstrofe de propores mundiais. Imaginem to-somente a reao do mundo catlico frente a um atentado dessa natureza ao centro do poder religioso, em Roma. Graas ao trabalho incansvel dos guardies, nos meses que antecederam o atentado, o estratagema dos terroristas pde ser amenizado, de tal forma que os encarnados presenciassem apenas uma parcela minscula daquilo que havia sido elaborado pelas entidades das sombras.

    "Assim sucedeu. Todavia, ainda que tivessem evitado situaes mais drsticas nos anos que se seguiram, os guardies no poderiam simplesmente desprezar o livre-arbtrio do comandante supremo do governo americano e dos demais responsveis diretos, com relao ofensiva perpetrada contra os supostos culpados, em resposta aos atentados de setembro de 2001. Por esse motivo, as invases e investidas no Afeganisto, no Iraque, entre outras, no poderiam ser totalmente aplacadas. O que no quer dizer que as equipes de guardies no tm se dedicado com afinco, indo e vindo, como o fazem at hoje, para tentar diminuir os prejuzos provocados pelas guerras desencadeadas desde ento. Mas sem eliminar ou rechaar experincias que, em certa medida, devem ou precisam ser vividas, embora o clima de apreenso e terror que o desenrolar desses lances mundiais tem suscitado nas pessoas em todaa face da Terra."

    Alm disso, temos de contar com outro aspecto arrematou Pai Joo, encerrando este tpico. A esmagadora maioria da populao da Terra gravita ainda entre as expresses de animalidade e o despertar da lucidez espiritual. Poucos, muito poucos, em termos proporcionais, esto conscientes de suas responsabilidades com relao a si mesmos e

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    ao mundo onde vivem. Portanto, como pretender que o cotidiano no reflita a realidade do orbe, condizente com a ndole turbulenta dos que nele habitam?

    Aps ligeira pausa, o pai-velho retomou o tema original, que deu margem indagao mais recente dos estudantes:

    Mas, voltando aos diversos comandos de guardies, h ainda aqueles responsveis pela ordem e disciplina das comunidades, portanto num nvel hierrquico superior aos exus propriamente ditos, os guardies das ruas, assim tipicamente classificados. a quinta categoria, que responde pela guarda de oradores e divulgadores legtimos do pensamento espiritual, bem como de lderes religiosos e polticos de destaque, que promovam benefcio real em suas comunidades. natural inferir que os guardies desse grupo devem ser mais capacitados e especializados que os citados anteriormente, pois seu trabalho possui abrangncia maior. Ele atinge e compreende no somente os protegidos em si, mas tambmaqueles que sofrero as conseqncias diretas de sua ao e provaro dos frutos do trabalho desses representantes do Mundo Maior entre os encarnados.

    As palavras de Jamar e Pai Joo incitaram novas reflexes. Ainda quando eu me ocupava dos pensamentos que emergiam de meu ser, tentando entender a complexidade da vida espiritual, outro esprito se adiantou, perguntando:

    E quanto aos lderes mundiais, aos organismos internacionais ou queles que representam os interesses globais; tero eles tambm uma proteo especializada?

    No podemos esquecer que nada passa despercebido nos planos do Alto esclareceu o especialista da noite. Para enfrentar os desafios concernentes a essas organizaes e pessoas, investiu-se na formao de outra equipe de guardies, de hierarquia ainda mais alta. Em relao aos maiores do primeiro comando, esta a quarta classe. So eles os responsveis pelas instituies mundiais e pelos indivduos que tm um papel importante na renovao da humanidade, atravs da difuso de idias e ideais superiores, de uma forma mais pronunciada.

    "De acordo com a perspectiva adotada previamente, podemos avaliar que os espritos nomeados como mentores dessas instituies ou pessoas tm uma elevao proporcional ao grau de importncia das idias propagadas e dos benefcios decorrentes de sua ao, segundo parmetros universais. Com os guardies, o mesmo raciocnio procede. Conforme o valor que o Alto atribui aos indivduos e s organizaes que por eles se fazem representar, e a contribuio para o progresso mundial proporcionada por seu trabalho, tal a especializao dos guardies que concorrem para seu equilbrio."

    Convm lembrar aos meus filhos que especializao no significa evoluo espiritual ou iluminao interior...

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    Isso mesmo concordou Jamar com a observao do pai-velho. Quando falamos dos guardies, estamos nos referindo a espritos humanos, tanto quanto qualquer um de ns e, desse modo, com desafios pessoais similares aos que ns mesmos carregamos.

    Foi a hora de Pai Joo de Aruanda continuar:

    Alm desses espritos, que naturalmente merecem nosso respeito pelo trabalho que realizam, os comandos superiores dos guardies se ocupam com questes cada vez mais amplas e determinantes para o contexto planetrio. Assim que o terceiro comando se destaca entre os demais. Esses espritos esto presentes em grandes cataclismos, tais como exploses vulcnicas, terremotos e outros fenmenos naturais de igual monta, minorando e administrando seus efeitos. Junto dessa classe, est imenso contingente de almas responsveis pela evoluo e conduo dos elementais, seres de evoluo pr-humana, mas intimamente ligados ao sistema ecolgico do nosso mundo.

    "Procuram tambm conter o aumento da densidade da camada ou egrgora espessa, que envolve a atmosfera psquica do planeta, formada pela compactao e sustentada pelas formas-pensamento obscuras criadas pela humanidade. Nesse particular, a classe de guardies a que nos referimos trabalha em sintonia fina com os representantes do governo supremo do mundo, do qual Jesus o nome maior.

    "Atuam de forma fsica ao interferir em energias poderosas nos diversos ambientes do planeta, graduando, transformando e redistribuindo as energias advindas do Sol e de inmeros elementos etricos da dimenso astral, assim como quando buscam despertar os humanos encarnados para a responsabilidade no tocante ao sistema vivo do planeta em que habitam. De outro lado, agem de maneira no fsica, pois se esmeraram na manipulao defluidos mais intensos e menos conhecidos do mundo oculto. A partir de bases situadas em locais estratgicos do plano astral que correspondem, no mundo fsico, localizao dos Andes, de certas regies do Brasil, do Tibete e dos EUA , alm de bases submarinas e intraterrenas, entre outras, monitoram atentamente as mudanas climticas e psquicas do sistema fsico-astral do planeta Terra."

    Cada vez mais as palavras dos nossos orientadores Jamar e Joo Cob despertavam nossa admirao. Em mim, principalmente, causava espanto como tal realidade ainda no havia sido abordada abertamente no movimento esprita, seja na tribuna ou nos livros. To grande importncia tinha o trabalho dos guardies, que deveria ser mais estudada a ao e conhecida a especializao dessas figuras cruciais, mas pouco familiares mesmo aos freqentadores assduos de atividades medinicas. Somente informaes esparsas a respeito deles aparecem, e aquilo que se ouve nos crculos umbandistas, em geral, no faz jus abrangncia tamanha das tarefas realizadas por essa classe de espritos, comprometida de modo decisivo com o equilbrio da vida no planeta Terra. Antes que meus pensamentos pudessemme conduzir a outros raciocnios, Jamar retomou a palavra:

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    Outro comando de guardies, sempre ascendendo hierarquicamente, est ligado aos dirigentes espirituais do planeta. Sob seu encargo, ainda mais minucioso, encontra-se tudo o que diz respeito preservao e manuteno da ecologia planetria, no somente no aspecto fsico, mas, sobretudo, no contexto energtico, espiritual e csmico. Ligados ao chamado segundo comando, esses espritos esto por trs da formao de grupos de seres encarnados e desencarnados, em todo o orbe, que se preparam para a ajuda em momentos crticos. So comunidades que surgem, de modo incipiente, em campos, vales e serras, com alternativos e eficientes sistemas de vida.

    Como incumbncia especfica, controlam a rede de meridianos da Terra, redimensionando as energias de certos locais com natural potencial vibratrio, preparando-os para um crescente fluxo de pessoas em sua direo, no caso de uma eventual convulso de carter mundial. Um exemplo recente disso deu-se no Iraque, sede da antiga Babilnia e dos povos mesopotmicos. Alguns lugares, inabitados devido precipitao energtica, que os tornava imprprios, tiveram de ser postos em condio de receber refugiados.

    "A misso dos guardies dessa categoria envolve tambm a acelerao do despertar da conscincia, em comunho com a organizao planetria. Notem que essecomando tem uma importncia vital nos momentos de transio planetria ou naqueles que antecedem os grandes expurgos das populaes de encarnados e desencarnados do planeta. Vibram e trabalham sob a orientao direta de entidades venerveis.

    "E, em sintonia com essa classe, existe aquele que denominamos de primeiro comando de vibraes, isto , os responsveis por administrar os processos de transmigrao dos espritos entre os diversos mundos. O trabalho desses guardies pode ser resumido em trs itens: apoio e superviso de desencarnes em massa, quando grande contingente de indivduos aporta na fronteira astral; gesto do processo evolutivo da humanidade terrena, em nvel csmico, em ambos os lados da vida; e atuao direta nos perodos de transio entre eras espirituais, que j ocorreram na Terra e que novamente se avizinham."

    Dirigindo-se novamente ao grupo de estudantes, Pai Joo encerrava aqueles momentos, nos quais bebemos novos ensinamentos e informaes pertinentes ao trabalho que realizvamos:

    Entre esses espritos, encontraremos os chamados especialistas da noite ou guardies da noite, chamados assim devido sua especialidade: as questes que envolvem as obsesses complexas desencadeadas pelos magos negros. Essa subdiviso, da qual Jamar um dos representantes e dirigentes, realiza um trabalho at ento desconhecido por muitos espritas e espiritualistas. Enfrentam situaes de alta complexidade, no que se refere s bases dos senhores da escurido e de seu squito sombrio. Alm disso, coletam informaes acerca do sistema de poder dos chefes e subchefes das falanges dos drages. Os especialistas possuem um dos maiores bancos de dados a respeito desses espritos e de seu habitat, que tornam

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    disponveis a quem quer deles necessite, tanto no plano fsico quanto no extrafsico, ao enfrentar problemas decorrentes das obsesses de tal natureza.

    Aps a conversa, Jamar se ausentou, de acordo com o que havia planejado, em virtude da necessidade de conduzir algumas tarefas nas regies subcrostais. Pai Joo, como sempre muito cativante e receptivo, foi cercado pelos aprendizes, que usufruam de seus conhecimentos e de sua presena.

    Fiquei meditando sobre tudo o que ouvira. Resolvi ento que incluiria este assunto praticamente indito dos guardies em minhas observaes, que deveriam ser transmitidas a espritos em ambos os lados da vida. As implicaes da existncia de uma organizao mundial voltada para o equilbrio da vida espiritual do planeta, tanto quanto para as diversas tarefas realizadas em nome do bem, algo que merece maiores estudos e pesquisas. Independentemente do nome com que sejam lembrados ou conhecidos, os guardies se constituem numa fora poderosa a servio dos homens de bem e das instituies benemritas no mundo. No se pode ignorar por mais tempo o trabalho que empreendem, sob pena de se no poder colaborar com sua atuao, to abrangente. Uma vez conhecida sua participao no cotidiano do ser humano, possvel convoc-los ou convid-los a uma parceria ainda maior com os tarefeiros da verdade espiritual.

    Foi com tais pensamentos, cruzando minha mente a todo vapor, que me retirei para realizar as anotaes de que precisaria, mais tarde. noite, deveramos buscar o mdium Raul para continuarmos nossas diligncias do lado de c da vida evidentemente, em desdobramento do corpo astral, para que desempenhasse as atividades junto nossa equipe. At l, outros compromissos nos aguardavam. Segundo Pai Joo, deveramos nos preparar, inclusive, auxiliando Raul em atribulaes dirias, com vistas a tranqilizar suas emoes e seus pensamentos, pois teramos um desafio ainda maior pela frente em nossa jornada, oportunidade abenoada de expandir observaes e conhecimentos.

    (Trecho retirado da Obra Legio, da trilogia Senhores das Sombras, psicografia deRobson Pinheiro, pelo esprito ngelo Incio. Editora Casa dos Espritos)

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