os grandes espaços continentais mundiais e a África

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Os grandes espaços continentais mundiais e a África.

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Hemisférios: das terras e das águas

• Área total da Terra - 510 milhões de Km²: • 71% de terras cobertas por água dos oceanos, mares,

rios e lagos;• 29% de terras emersas formadas por continentes e

ilhas. • hemisfério norte ( terras emersas: 40,4% da área

total do hemisfério), conhecido como hemisfério das terras;

• hemisfério sul (terras emersas: 14,4% da área total do hemisfério) também denominado de hemisfério das águas.

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Hemisfério das terras e das águas

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Amplitude térmica anual.

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O que são Continentes?• Do ponto de vista físico - grandes extensões de terras

emersas limitada pelas águas dos oceanos e mares.• Do ponto de vista político - conjuntos de países de

determinadas regiões do mundo, incluindo arquipélagos ou ilhas situados além dos seus territórios contínuos.

• De acordo com tais definições foram feitas várias subdivisões da Terra, considerando quatro continentes, cinco continentes, seis continentes e sete continentes.

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Continentes - subdivisões

• Quatro continentes: América, Antártida, Oceania e Eurafrásia.

• Cinco continentes: Ásia, América, África, Europa e Oceania. (porções habitadas).

• Seis continentes: América, Ásia, África, Antártida, Europa e Oceania.

• Sete continentes: América do Norte, América do Sul, Ásia, África, Antártida, Europa e Oceania.

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Continentes – dados comparativos

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África

• Mudanças na realidade socioeconômica da África:• aumento da renda per capita, do número de alunos

matriculados nas escolas, da esperança de vida associada à redução do número de casos de malária e de portadores dos vírus HIV;

• Recuperação das atividades agropecuárias e suas infraestruturas básicas, em parte, graças à redução dos conflitos internos e o aumento dos investimentos estrangeiros diretos que passaram de 15 bilhões de dólares em 2002 para 37 bilhões em 2006 e 46 bilhões em 2012.

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China e África

• A China - maior parceiro comercial dos países africanos, superando os EUA e os países da União Europeia e está se transformando no maior investidor em quase todo o continente.

• China e África fizeram um acordo no ano 2000 – o Fórum de Cooperação China-África (FOCAC) para aproveitar as oportunidades de desenvolvimento, identificar os pontos de partida para o benefício mútuo, promover o desenvolvimento mais abrangente, coordenado e sustentável

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Direção dos investimentos chineses

• na construção civil, construção de infraestrutura para exploração e escoamento da produção mineral e agropecuária, projetos agropecuários, comércio, prestação de serviços, saúde e educação

• .É comum a participação de trabalhadores chineses na construção civil, no comando das empresas e das atividades comerciais, nos projetos de extração mineral e de produção agropecuária.

• Não há transferência de tecnologias para os africanos, bem como interferências nas políticas governamentais dos diversos países.

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AFRICOM

• Preocupação Ocidental - os chineses não atrelam nenhuma condição para efetuar investimentos nos países africanos, realizam amplas explorações de recursos naturais nos moldes de um novo colonialismo e, além disso, podem ampliar a presença militar em território africano.

• Reação: Em vista disso, os Estados Unidos criaram o Comando dos EUA para a África – Africom – em 2008 sob a alegação de combater o terrorismo de viés islâmico.

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Posição Chinesa

• O atual presidente chinês Xi Jiping em sua primeira viagem ao continente africano em março de 2013 prometeu:

• mais investimentos, transferência de tecnologia e bolsas de estudo para qualificar mão-de-obra africana;

• objetivo de minimizar reclamações no que tange ao fato de que as empresas chinesas, altamente competitivas, sufocam os esforços de países africanos para desenvolver indústrias e criar empregos;

• Resposta em relação as acusações que pesam sobre o seu país sobre prática de novo colonialismo.

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A China redescobriu a África

• Na nova geopolítica chinesa para a África observa-se que a potência emergente do século 21, a redescobriu e a tirou do esquecimento político e econômico a que estava relegada desde o fim da Guerra Fria.

• Através de parcerias comerciais bem sucedidas, o país encontrou no continente africano tudo o que precisa para sustentar sua média anual de crescimento econômico: matéria-prima em abundância, indústria local fraca e um mercado inexplorado para os produtos chineses.

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África - Natureza• A estrutura geológica da África apresenta:• Maciços antigos - porção central e oeste do continente:

grandes reservas de minerais metálicos, bacias sedimentares ricas em carvão, petróleo e gás natural no interior e nas regiões marítimas costeiras, de plataformas continentais ou de maiores profundidades

• Formações recentes :• Leste: Rift Valley com lagos tectônicos e picos com destaque

para o Monte kimlimandjaro. • Noroeste: Cordilheira do Atlas que é um dos elementos que

caracterizam a região do Magreb, abrangendo territórios do Marrocos, Argélia e Tunísia

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Clima e vegetação e hidrografia

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Lago Chade

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Região - Sahel

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África: características socioeconômicas e geopolíticas

• Duas grandes regiões distintas do ponto de vista da população, cultura e economia, identificadas como: África do Norte, África Branca ou África Árabe Islâmica e África Negra ou África Subsaariana.

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África do Norte ou África Branca• Condições naturais desfavoráveis - presença do Deserto do

Saara com áreas anecúmenas, isto é, incapazes de sustentar atividades econômicas devido à escassez de água e infraestruturas básicas que viabilizem tais atividades.

• Economia: • Extração de petróleo e gás natural. • atividades comerciais e turismo no litoral mediterrâneo• agropecuária marcada pela criação de gado ovino, camelos e

cavalos bem como agricultura irrigada.• Industrialização mais acentuada no Egito, que se desponta

como o país mais populoso da África Branca.

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Revolução de Jasmim e a Primavera Árabe

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Tunísia – após a Revolução de Jasmim

• Divergências no texto da nova constituição que pretende conservar o caráter secular do Estado: a Tunísia como nação islâmica, árabe e republicana. A decisão criou atrito como os salafistas ( islamanitas ultraconservadores) partidários de um Estado regido pela Sharia (Lei Islâmica) e do retorno ás práticas religiosas da época de Maomé.

• Questão de gênero – mulher igual ao homem.

• Economia: desemprego.

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Egito• Com a eleição de Mohammed Morsi da Irmandade

Muçulmana – primeiro islamita a assumir o poder em um país árabe pelo voto popular (junho de 2012), a nação discute o grau de influência que o Islamismo terá no país

• Ao assumir a presidência, Morsi herdou grandes desafios de Hosni Mubarak (1981-2011) como: altos índices de pobreza, desemprego, deterioração dos serviços públicos e da infraestrutura, déficit orçamentário, dívida externa e crescentes disparidades entre ricos e pobres. Tais situações são alguns dos problemas que o regime de Mubarak não resolveu em três décadas de governo.

• Em 03/o7/2013 – O Exército egípcio depõe o Presidente Morsi.

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Líbia – risco de fragmentação• Após a Morte de Kadafi , O governo interino eleito no país em

julho de 2012 com o objetivo de convocar as eleições gerais vem enfrentando problemas decorrentes das numerosas milícias que promovem instabilidade política e também do retorno das hostilidades entre as três regiões do país: Cirenaica, Tripolitânia e Fezzan.

• As três regiões da Líbia Cirenaica situada a leste com sede em Benghazi, a Tripolitânia a oeste onde se situa Trípoli e Fezzan a sudoeste desfrutavam de autonomia sob um regime federalista até 1969, quando Kadafi estabeleceu um poder direto sobre as mesmas.

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Líbia• Kadafi acentuou a fragmentação quando concentrou a riqueza

na Tripolitânia, área de sua tribo e negligenciou o desenvolvimento da Cirenaica, tradicional foco de oposição.

• A revolta contra Kadafi teve início em Benghazi, que agora reivindica o retorno ao federalismo.

• O governo central não cogita abrir mão da Cirenaica porque a maior parte das reservas de petróleo Líbia concentra-se na região.

• Os mais graves distúrbios nas eleições de 2012 foram provocados por federalistas da Cirenaica em protesto contra a sub-representação da região no Congresso – 60 cadeiras. A Tripolitânia ficou com 100 cadeiras e Fezzan com 40.

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Líbia

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África: concentração demográfica,

• Na África Branca o baixo curso do Rio Nilo e a região litorânea do Magreb (Marrocos, Argélia e Tunísia) apresentam condições de melhor disponibilidade de água favorecendo a atividade agropecuária, que concentra população em função do maior uso de mão-de-obra.

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África: concentração demográfica• Na África Subsaariana, as maiores concentrações

populacionais localizam-se:• - no Golfo da Guiné, sobretudo na Nigéria (no litoral,

polarizado pela cidade de Lagos e no interior do país) e nos litorais de Benin, Togo, Gana e Costa do Marfim.

• - na região do Rift Valley – a leste – abrangendo vários países como a Etiópia, Uganda, Quênia, Ruanda, Burundi, Tanzânia e leste da República Democrática do Congo.

• Nas duas áreas as atividades agrícolas e mineradoras realizada de modo artesanal, como garimpo de ouro e diamantes no Golfo da Guiné e exploração de COLTAN (Columbita e Tantalita) no leste da República Democrática do Congo.

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África Subsaariana• Os índices de pobreza são alarmantes e quase 50% de seus habitantes

vivem com menos de 1,25 dólares por dia, em situação de pobreza extrema. Vários são os fatores que explicam a elevada concentração de pobreza, entre os quais, destacam-se ente outros:

• - a prática de atividade agropecuária extensiva com baixo uso de tecnologia e baixos rendimentos;

• - perda de terras agricultáveis por desmatamento, desertificação, lixiviação e laterização;

• - uso das regiões de melhores solos e disponibilidade de água para o desenvolvimento de agricultura voltada para o mercado externo – as plantations;

• - exploração mineral realizada por empresas estrangeiras que drenam os lucros para os países de origem e socializam os prejuízos ambientais decorrentes da atividade com a população africana;

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África Subsaariana• - carência de infraestrutura sanitária nos núcleos urbanos;• - disseminação de doenças com destaque para a malária e

AIDS que ainda persistem no continente afetando grande percentual de população;

• - ocorrência de conflitos que promovem deslocamentos internos, destruição da precária infraestrutura em diversos países, perda de lavouras e rebanhos e sobretudo, perda de vidas.

• - concentração de riqueza;• - elevados índices de analfabetismo, sobretudo entre as

mulheres.

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África Subsaariana - Conflitos

• Os conflitos na África Subsaariana são intensos, abrangem vários países e envolvem questões socioeconômicas e culturais. Fatores:

• Construção de fronteiras artificiais no Congresso de Berlim.

• A manutenção destas fronteiras persistiu após a descolonização e, em grande parte, explica os diversos conflitos em desdobramento, em processo de paz e encerrados no continente, pois não concorreram para criar identidades nacionais.

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Conflitos em desdobramento na África.

• República da Guiné – Bissau:

• Independência em relação a Portugal setembro de 1974. e, após a independência o país entrou em uma espiral de conflitos que dita as regras de seu cotidiano político, econômico e social, até os dias atuais.

• Causa – golpe de Estado em abril de 2012 e a restauração da democracia é algo difícil e agravado pela miséria, o desemprego, a queda do comércio exterior, atraso de salários de funcionários públicos.

• Além disso, a União Europeia, Organização dos Estados da África Ocidental e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa têm preocupações com o aumento da atividade de narcotraficantes, alegando que o território guineense é entreposto comercial de drogas, bem como com o fortalecimento de grupos terroristas na região.

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MALI• A população Berbere, sobretudo das tribos Tuaregues

habitam porções territoriais do Mali, da Argélia, da Burkina Faso e do Níger e lutam pela independência nestes países, com o objetivo de construir estados tuaregues.

• Os analistas políticos os comparam com os Curdos (que habitam porções territoriais do Irã, Iraque, Síria, Turquia e Azerbaijão e lutam para fazer um estado – o Curdistão nestes países). A ideia de um Berberistão nesta parte da África é diferente da construção de um Curdistão no Oriente Médio e parte do Cáucaso, pois os berberes pretendem fazer estados independentes em cada uma das porções territoriais de vários países africanos e não só um estado como no caso do povo Curdo.

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MALI• Golpe de Estado de março de 2012, sob a alegação que o governo não

conseguia controlar o avanço dos tuaregues no norte do país, agravou a situação de instabilidade e propiciou a ocupação do norte por esse grupo berbere.

• Fundaram o Estado do Azawad e criaram o MNLA (Movimento Nacional de Libertação do Azawad).

• Os tuaregues são laicos, tiveram ajuda dos grupos fundamentalistas islâmicos denominados de Al Qaeda do Magreb Islâmico (AQMI) e do grupo Ansar Dine.

• Em janeiro de 2013, com o apoio da ONU, da Organização dos Estados da África Ocidental e da União Africana a França iniciou a intervenção no Mali, para combater os grupos terroristas, sobretudo o AQMI, que vem dominando a região com o objetivo de intensificar as atividades ilegais, já que a região norte, ocupada pelos tuaregues é uma área pouco controlada pelo Estado Malinês e é tradicionalmente um corredor do tráfico de pessoas, de armamentos e de drogas.

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República Democrática do Congo.

• Conflito atual – Extração de COLTAN.• O COLTAN é uma mistura de dois minérios, a

columbita e a tantalita. Do primeiro é extraído o nióbio e do segundo o tântalo, ambos com características únicas para a produção de materiais utilizados em dispositivos tecnológicos de vanguarda e portáteis

• Esta riqueza é o móvel da extrema violência no leste da RDC, pois os rebeldes extraem o minério e o vende em território da Ruanda que o coloca no mercado internacional.

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RDC• O grupo que explora o COLTAN no leste do país originou-se a

partir do Congresso Nacional do Povo que passou a se autodeterminar de M23.

• Para combater o M23, a ONU criou a Monusco (Missão de Paz da ONU para o Congo), que não conseguiu contê-la no leste do país.

• As Nações Unidas criaram uma Brigada de Intervenção, estabelecida com um embasamento jurídico que permite a seu comandante não apenas defender os funcionários da ONU e a população ou revidar agressões, mas também adotar iniciativas ofensivas contra grupos rebeldes contrários ao governo.

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Sudão• O Sudão vivenciou uma guerra

civil entre a porção norte habitada por árabes islâmicos e a porção sul, habitada por cristãos e animistas que durou 21 anos e terminou em julho de 2011 com a criação de um novo país – o Sudão do Sul.

• As hostilidades não cessaram, pois duas províncias petrolíferas :Abyei permaneceu sem a delimitação de fronteiras e Kordofan do Sul de maioria cristã que ficou inserida em território islâmico do Sudão.

• Em Kordofan do Sul um grupo de rebeldes criou o Movimento de Libertação Popular do Sudão-Norte (SPLM-Norte), que segundo o governo do Sudão é apoiado pelo governo do Sudão do Sul. Tal fato promoveu novos conflitos entre os dois países Sudão e Sudão do Sul que encerrou em setembro de 2012, com um acordo de paz sem que Cartum e Juba chegassem a um acordo sobre assuntos sensíveis como o estatuto da zona disputada de Abyei e a demarcação da fronteira.

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Sudão – a questão de Darfur• Em 2003, dois grupos

armados da região de Darfur revoltaram-se contra o governo central sudanês. O Movimento de Justiça e Igualdade e o Exército de Liberação Sudanesa acusaram o governo de oprimir os não-árabes em favor dos árabes do país e de negligenciar a região de Darfur.

• Em reação, o governo lançou uma campanha de ataques aéreos contra localidades do Darfur em apoio a ataques por terra efetuados por uma milícia árabe, os janjaweed (cavaleiros do diabo).

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Darfur• força de paz: Unamid (Missão das

Nações Unidas para Darfur), composta de vinte e seis mil soldados.

• O acordo de paz realizado em 2011 entre o governo do Sudão e os grupos rebeldes de Darfur se concentra em sete pontos: direitos humanos; partilha do poder; partilha da riqueza, justiça e reconciliação; compensação de refugiados e pessoas deslocadas internamente; cessar-fogo e acordos de segurança; diálogo e consultas internas.

• Tal acordo, contudo, ainda não foi efetivado e, segundo a Unamid se esse acordo não se concretizar não será possível a finalização das hostilidades na região.

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Sudão do Sul – guerra civil• Desde a independência em meados de 2011, o Sudão do Sul, com os

piores índices de qualidade de vida, passou por dois conflitos que limitam seu crescimento econômico:

• 1º conflito - Em 2012, disputas pelos lucros petrolíferos com o Sudão levaram o Sudão do Sul a interromper a produção durante todo esse ano, levando a graves crises econômicas em ambos os países.

• 2º conflito - conflito é interno, ocasionado por uma disputa de poder entre o presidente, Salva Kiir, e seu ex-vice-presidente, Riek Marchar, ambos do Movimento/Exército Popular de Libertação do Sudão (SPLM/A, sigla em inglês), partido hegemônico do país.

• Com o desenrolar do conflito, a disputa de poder se expandiu para um conflito entre as duas maiores etnias do país, a Dinka e a Nuer.

• O Presidente Kiir é da etnia Dinka e o vice Riek Marchar é da etnia Nuer.

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Nigéria – Grupo Boko Haram.

• O conflito atual da Nigéria – em 2014 – é um exemplo da África como um todo, pois o continente vivenciou uma década de crescimento econômico, mas acompanhado de desigualdades sociais que desencadearam conflitos em vários países: Guiné Bissau, RDC,

Mali, Sudão do Sul e o da Nigéria: no norte do país 72% das pessoas vivem na pobreza, no sul, são 27% e no Vale do Níger são 35%.

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Nigéria• Por séculos a Nigéria

desfrutou dos benefícios da civilização Islâmica. No século XIX, os sultanatos foram unificados em um único califado, que governou os territórios da Nigéria, Níger e parte dos Camarões. Educação – na fé Islâmica.

• 1903 – colonização britânica – educação ocidental.

• O país abriga mais de 250 etnias, das quais são majoritárias:

• Ao norte – Haussas – 32% - islâmicos.

• A sudoeste – Iorubas – 21% - animistas, cristãos e islâmicos.

• A sudeste – Ibos – 25% - cristãos.

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Nigéria – Boko Haram(fundado em 2002)

• Seus integrantes seguem a frase do Alcorão, o livro sagrado dos mulçumanos: "Qualquer um que não é governado pelo que Deus a revelou está entre os transgressores".

• O Boko Haram prega uma versão do Islã que proíbe que os muçulmanos tomem parte em qualquer atividade política ou social relacionada com a sociedade ocidental.

• Isso inclui votar em eleições, vestir camisas e calças ou receber uma educação secular.

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Boko Haram• O nome oficial do grupo é Jama'atu Ahlis Sunna Lidda'awati

wal-Jihad, que em árabe significa "Pessoas comprometidas com a propagação dos ensinamentos do Profeta e da Jihad".

• Mas os moradores de Maiduguri, cidade no nordeste do país onde o grupo tinha sua sede, o apelidaram de Boko Haram. Em tradução livre da língua local, haussa, o apelido significa "a educação ocidental é proibida".

• o Boko Haram não está interessado apenas em educação. Seu objetivo político é criar um Estado islâmico, e a escola tornou-se um campo de recrutamento para jihadistas.

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Boko Haram

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Boko Haram e Estado Islâmico• Que perigo traz a aliança entre Estado Islâmico e Boko Haram?• A aliança significa uma nova "porta de entrada" para o

jihadismo. Ou seja, aqueles que estão dispostos a lutar em prol dos extremistas islâmicos têm agora a opção de ir para o norte da Nigéria.

• O porta-voz do EI, Abu Mohadmed Al-Adnani, classificou a aliança como "uma nova porta para emigrar à Terra do Islã e do combate". Anunciou que o califado, o sistema de governo organizado em torno de um califa por meio do qual o EI pretende apagar as fronteiras atuais e redesenhar os mapas, passará a se estender até a África Ocidental.

• http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/03/150317_boko_haram_ei_alianca_lgb

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Al Shabab• Fundada em 2006, a organização extremista mata civis de

forma deliberada para combater o “inimigo externo” e impor uma versão radical do Islã na Somália.

• A criação do Al Shabab se mistura com a história recente da Somália.

• Após a queda da ditadura militar de Siad Barre em 1991, o país se dividiu em diversos territórios comandados por cortes islâmicas.

• A guerra civil se instaurou na região até uma aliança entre as cortes, batizada de União das Cortes Islâmicas (UIC), ser fundada para controlar a capital Mogadíscio, em 2006.

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Al Shabad e UIC

• Antes, o Al Shabab era um braço armado da UIC, porém recrutou cerca de 2 000 homens neste período e passou a agir de forma independente.

• Tal fato acendeu o alerta dos Estados Unidos, que, preocupados com a possibilidade de a região se transformar em um terreno fértil para a Al Qaeda, apoiaram uma intervenção militar das tropas da Etiópia em favor de um governo de transição.

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Al Shabab

• O Al Shabab passou a agir de duas formas:• espalhava medo na população, • e adotava uma segunda estratégia: oferecia

segurança e alguns serviços sociais. Com isto, conseguiram alcançar alguma legitimidade com os somalis ao defender a nação dos intrusos estrangeiros, que seriam as forças da Etiópia e da Missão da União Africana na Somália (Amisom).

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Al Shabab• O Al Shabab é um grupo nacionalista, mas voltou-se contra países vizinhos

da Somália. • Antes de atacar o shopping em Nairóbi, o grupo matou 74 pessoas que

assistiam à final da Copa do Mundo em Uganda, em 2010, e chegou a ser responsabilizado por 48 atentados no Quênia.

• A principal intenção dos terroristas é coagir os governos da região, principalmente o queniano, a interromper o suporte militar dado às forças etíopes e da Amisom.

• O Al Shabab está menor, mas muito mais radical. Ele ainda é capaz de conduzir ataques terroristas de proporção devastadora.

• Em 02 -04 -2015 – atacou a Universidade de Garissa no norte do Quênia e matou 147 pessoas – estudantes cristãos.

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Território do Al Shabad na Somália

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