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VII ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISADORES EM EDUCAÇÃO ESPECIAL Londrina de 08 a 10 novembro de 2011 - ISSN 2175-960X – Pg. 1644-1673 1644 ANÁLISE DOS DETERMINANTES DO NASCIMENTO DE CRIANÇAS PRÉ-TERMO SEGUNDO OS REGISTROS DOS PRONTUÁRIOS MÉDICOS DAS PARTURIENTES INTERNADAS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO MARIA APARECIDA PEDROSSIAN CG- MS Dalcionete Marcon Nogarett 1 Alexandra Ayach Anache 2 Resumo: O objetivo desta pesquisa é analisar fatores que podem ser determinantes para partos pré-termo tais como: estado de saúde da gestante, gravidez múltipla, idade materna, profissão, escolaridade, entre outros. Para alcançar este objetivo foram pesquisados e analisados os prontuários de parturientes que tiveram seus filhos nascidos pré-termo no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian no período de 2007 a 2010. Dentre as informações encontramos 39% de parturientes adolescentes, 64% de parto cesáreo, 50% das parturientes são donas de casa, e 9% não tiveram outra intercorrência além do TPPT (Trabalho de Parto Pré-termo). Nossos resultados indicam a relevância do estado de saúde da gestante para a precipitação do parto pré-termo. A percentagem de adolescentes nos sugere ser um dado importante para o parto pré-termo, assim como o grande número (238) de mães trabalhadoras do lar. Concluímos que as condições de saúde da gestante é o fator de maior relevância para o ocorrido, o que na maioria das vezes culmina na interrupção da gravidez através de cesariana para salvar mãe e/ou bebê. Dentre as patologias obstétricas a pré- eclampsia é a que mais ocorre oferecendo risco de morte para mãe e/ou filho. Palavras-chave: 1)Psicologia, Gestação, Parto pré-termo. INTRODUÇÃO De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) parto pré-termo é aquele que acontece antes de 37 semanas de gestação e acima de 22 semanas. Este critério define que o 1 Aluna do Curso de Psicologia da UFMS, bolsista de Iniciação Científica CNPq PIBIC 2010/11 2 2 Professora Dr. da UFMS, Departamento de Ciências Humanas ; e-mail: [email protected]

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VII ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISADORES EM EDUCAÇÃO ESPECIAL

Londrina de 08 a 10 novembro de 2011 - ISSN 2175-960X – Pg. 1644-1673

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ANÁLISE DOS DETERMINANTES DO NASCIMENTO DE CRIANÇAS PRÉ-TERMO SEGUNDO OS

REGISTROS DOS PRONTUÁRIOS MÉDICOS DAS PARTURIENTES INTERNADAS NO HOSPITAL

UNIVERSITÁRIO MARIA APARECIDA PEDROSSIAN – CG- MS

Dalcionete Marcon Nogarett1

Alexandra Ayach Anache2

Resumo: O objetivo desta pesquisa é analisar fatores que podem ser determinantes para

partos pré-termo tais como: estado de saúde da gestante, gravidez múltipla, idade materna,

profissão, escolaridade, entre outros. Para alcançar este objetivo foram pesquisados e

analisados os prontuários de parturientes que tiveram seus filhos nascidos pré-termo no

Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian no período de 2007 a 2010. Dentre as

informações encontramos 39% de parturientes adolescentes, 64% de parto cesáreo, 50% das

parturientes são donas de casa, e 9% não tiveram outra intercorrência além do TPPT

(Trabalho de Parto Pré-termo). Nossos resultados indicam a relevância do estado de saúde da

gestante para a precipitação do parto pré-termo. A percentagem de adolescentes nos sugere

ser um dado importante para o parto pré-termo, assim como o grande número (238) de mães

trabalhadoras do lar. Concluímos que as condições de saúde da gestante é o fator de maior

relevância para o ocorrido, o que na maioria das vezes culmina na interrupção da gravidez

através de cesariana para salvar mãe e/ou bebê. Dentre as patologias obstétricas a pré-

eclampsia é a que mais ocorre oferecendo risco de morte para mãe e/ou filho.

Palavras-chave: 1)Psicologia, Gestação, Parto pré-termo.

INTRODUÇÃO

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) parto pré-termo é aquele que

acontece antes de 37 semanas de gestação e acima de 22 semanas. Este critério define que o

1 Aluna do Curso de Psicologia da UFMS, bolsista de Iniciação Científica CNPq – PIBIC 2010/11 2 2Professora Dr. da UFMS, Departamento de Ciências Humanas ; e-mail: [email protected]

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parto pré-termo acontece a partir da viabilidade fetal (22 semanas completas ou feto com no

mínimo 500 gramas) e antes de atingir a sua maturidade cronológica (37 semanas).

O nascimento pré-termo é a principal causa de mortalidade neonatal e de lesões

neuropsicomotores em curto e longo prazo. Na atualidade representa a maior demanda de

recursos técnicos, humano e financeiros do sistema de saúde materno-fetal (Cabral, 2009).

Segundo o mesmo autor, o nascimento com idade gestacional entre 32 e 34 semanas

corresponde a 70% dos casos (prematuridade incipiente), entre 28 e 32 obedece a 20% do

total de partos pré-termo (recém-nascidos muito prematuros) e menores de 28 semanas a 10%

dos casos (prematuridade extrema).

O termo prematuridade foi inicialmente usado em 1919 por Ylppo, indicando como

prematuro todo recém-nascido vivo com peso igual ou menor a 2.500 gramas e aceito pela

Organização Mundial de saúde (OMS) em 1950. Somente na década de 60 a OMS distingue o

recém-nascido prematuro do recém-nascido de baixo peso, o que foi um grande avanço no

cuidado dos prematuros que necessitam de tratamento diferenciado.

O recém-nascido pré-termo ou prematuro deve ser distinguido do recém-nascido de

baixo peso (que nasce com menos de 2.500 gramas independente da idade gestacional) e do

recém-nascido pequeno para a idade gestacional (PIG), pois a conduta de atendimento para o

pré-termo é diferenciada. Os riscos para a criança aumentam quanto menor a idade

gestacional. Os recém-nascidos pré-termo são ainda classificados de acordo com a faixa de

idade gestacional ao nascer justamente porque dependem de diferentes níveis de assistência.

São classificados em: prematuro incipiente ou moderado quando nasce com idade gestacional

entre 32 e 36 semanas, recém-nascido muito prematuro ou extremo entre 28 e 32 semanas e,

extremamente prematuro quando nasce antes de completar 28 semanas.

Alguns autores como Benzecry, Oliveira e Lemgruber (2000) consideram prematuro

limítrofe aqueles que nascem com idade gestacional entre 37 e 38 semanas e peso superior a

2.500 gramas, mas que apresenta algum grau de imaturidade funcional, cujas alterações

fisiológicas incluem dificuldades na regulação térmica e/ou na sucção.

O nascimento de uma criança envolve duas variáveis de vital importância para o seu

desenvolvimento: a idade gestacional e o peso ao nascer. O recém-nascido pré-termo e/ou de

baixo peso é mais frágil, propenso a problemas neurológicos, nutricionais e doenças

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respiratórias, pois ainda não terminou a maturação fisiológica. Os efeitos no desenvolvimento

da criança variam de acordo com o tipo, o estágio de desenvolvimento gestacional e a

intervenção precoce. O risco de morte para prematuros é preocupação constante nas Unidades

de Terapia Intensiva (UTI) neonatal. Outro ponto preocupante é que, à medida que aumenta a

sobrevivência de prematuros de extremo baixo peso ou/e idade gestacional, aumentam os

riscos de doenças e complicações relacionadas com a prematuridade como problemas

respiratórios, cardíacos e convulsões prolongando o tempo de internação, de assistência, ônus

financeiro, emocional e social para a família (Maturano, Linhares, Loreiros,2004).

Segundo Cabral (2009) a mortalidade neonatal em crianças com idade gestacional

menor que 28 semanas ou com peso abaixo de 1.000 g é alta e os sobreviventes são propensos

a complicações graves como retardo mental relevante e dependência prolongada de oxigênio.

Em longo prazo um quinto destas crianças apresentará deficiência neurossensorial de

moderada a grave até os dois anos de idade (incluindo paralisia cerebral, epilepsia, cegueira,

surdez, retardo mental). Mesmo que algumas destas crianças melhorarem suas funções com o

passar do tempo e dos estímulos recebidos outras continuarão apresentando problemas graves

e, até os distúrbios mais suaves, acarretam custos enormes para a sociedade.

Estudos revelam que crianças nascidas pré-termo correm mais risco de apresentar

déficit no crescimento, dificuldades comportamentais, deficiência cognitivas e de desempenho

escolar. Um acompanhamento de mães e bebês se faz necessário para minimizar estes

problemas. Estas crianças devem ser acompanhadas pelo menos até a idade escolar,

observando-se as curvas de crescimento físico e a adaptação dessas crianças na sociedade.

Suas mães devem ser orientadas como proceder quanto a estimulação da criança e quais

recursos e órgãos públicos procurar para auxiliar no desenvolvimento do seu filho.

Algumas intercorrências que levam ao trabalho de parto pré-termo são: ruptura

prematura de membranas, malformação uterina, gestação gemelar, idade materna avançada,

incompetência istmo-cervical, malformação fetal, morte fetal entre outras. Dentre os

problemas que levam o médico a optar pela interrupção da gestação para salvar a vida da mãe

e/ou bebê estão a pré-eclampsia, amniorrexe prematura, sofrimento fetal agudo, trombofilias

materna, asma, cardiopatias, doenças tireodianas, morte fetal, malformação fetal, etc.

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A infecção do trato urogenital está associada ao parto pré-termo, pois as bactérias

podem causar uma ação inflamatória que pode culminar no parto pré-termo. Assim os

antibióticos podem ser considerados um agente com potencial para prevenir o trabalho de

parto pré-termo. (Queenan, 2010).

A incidência de parto pré-termo é maior em países subdesenvolvidos ou em

desenvolvimento com condições socioeconômicas desfavoráveis e assistência pré-natal

precária. Na América latina a incidência varia entre 10 a 43%, enquanto nos países

industrializados o índice é de 5 a 7%. O Brasil atinge a marca de 11% (CABRAL, 2009).

O pré-natal completo – segundo o Ministério da Saúde, um mínimo de 06 (seis)

consultas, sendo de preferência, 01(uma) no primeiro trimestre, 02 (duas) no segundo e 03

(três) no terceiro – auxilia a diminuir o número de partos pré-termo e amenizar os riscos que

este acarreta para mães e bebês. Para tanto este serviço deve estar facilmente disponível em

redes públicas para mães de baixa renda. Campanhas de esclarecimentos para as gestantes

devem ser constantemente vinculadas nos meios de comunicação, centros comunitários,

centros ligados á saúde, etc.

Na adolescência, período de intensas mudanças físicas e psicológicas (nesta pesquisa

usamos a faixa etária de 12 a 21 anos) a gravidez precoce pode acarretar problemas de

crescimento e desenvolvimento emocional, comportamental, educacional e de aprendizado

para a gestante e maior dificuldade de cuidar do bebê.

A adolescência é delimitada cronologicamente pelos diversos órgãos competentes:

Para o Estatuto da criança e do adolescente (ECA) a idade entre 12 e 18 anos marca a

adolescência, nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas

entre 18 e 21 de idade. A Organização Mundial de saúde (OMS) adotou a faixa etária de 10 a

19 anos, também adotada pelo Ministério da Saúde do Brasil. A OMS define ainda juventude

como a faixa etária que se estende dos 15 aos 24 anos. Para Steinberg (1993) a adolescência

se estende aproximadamente dos 11 aos 21 anos de vida.

As transformações físicas e psíquicas pelas quais o adolescente passa tem forte

repercussão no seu desenvolvimento. A necessidade de autoafirmação se manifesta com

desejo de liberdade e independência. A onipotência é característica desta fase, levando os

jovens a pensarem que são imunes a tudo e a acreditarem que estão livres de uma gravidez

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indesejada ou de uma doença sexualmente transmissível, por este motivo muitas vezes não

usam métodos contraceptivos. Geralmente o ambiente familiar que antes era um ponto de

referência e segurança passa a ser visto pelo jovem como opressivo, ponto de conflito e

rejeição.

O risco de engravidar na adolescência pode estar associado a uma baixa autoestima,

aos conflitos com a família ou a pouca atividade no seu tempo livre. A garota pode querer

engravidar precocemente para reafirmar o seu papel de mulher ou/e sentir-se responsável por

outra pessoa (Campos, 2000).

Contini (2002) afirma que o despreparo dos serviços de saúde pública voltados para o

planejamento familiar no Brasil merece destaque. Para o adolescente o atendimento deve ser

diferenciado, há necessidade de um serviço que leve em conta os referenciais subjetivos do

adolescente e que seja capaz de responder as suas dúvidas com clareza e objetividade.

Mulheres cujos filhos nasceram pré-termo geralmente desenvolvem sinais de

ansiedade e depressão, exigindo cuidados especiais. Esta instabilidade emocional está

relacionada com o nascimento do bebê pré-termo, o tempo que o bebê fica internado e os

sérios riscos de morte. Geralmente a parturiente tem alta hospitalar e o bebê fica internado,

este distanciamento prejudica a amamentação e o vínculo afetivo mãe/bebê. Esta experiência

de estresse pela qual a mãe passa pode afetar a qualidade dos cuidados dela com o filho. O

desenvolvimento destas crianças está diretamente ligado a sua história médica inicial e a

qualidade dos cuidados que elas recebem em seu ambiente familiar, o que demonstra que o

vínculo mãe/bebê é de essencial importância para o seu crescimento físico, emocional e

cognitivo.

A preocupação de perder o filho nascido pré-termo acarreta insegurança, medo, culpa

raiva, frustração para a mulher. Assim, quanto mais cedo começar a intervenção psicológica

mais benefícios trará à criança e à mãe, ou seja, esse processo deve começar desde a UTI

neonatal junto com a parturiente, acompanhando o processo de desenvolvimento da criança

até a idade escolar, o que leva a uma melhoria da qualidade de vida, de toda a família. O

apoio começa com o esclarecimento para a mãe da real situação do bebê, orientação de como

cuidá-lo, amamentá-lo, o encaminhamento para especialistas de saúde e/ou educação que a

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criança necessitará e a importância de uma intervenção precoce e contínua para o seu melhor

desenvolvimento.

As informações do processo de desenvolvimento do paciente devem estar registradas

nos prontuários que sempre estão guardados nos Arquivos Médicos dos hospitais. No

prontuário consta a qualidade dos cuidados prestados pelo profissional de saúde, o tratamento,

como isto refletiu no estado de saúde do paciente e as orientações para depois da alta.

Decisões e ações ligadas ao paciente são tomadas com base nas informações contidas neste

documento registradas pelos vários membros da equipe. É, portanto, uma ferramenta de

comunicação de suma importância. As informações devem ser claras, objetivas e fáceis de

encontrar para facilitar a leitura pelos profissionais que se revezam nos cuidados com o

paciente.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) afirma que o prontuário é um documento de

importante valor para o paciente, seu médico, instituições de saúde, serviços públicos e

também para pesquisas. Serve ainda como instrumento de defesa legal. Portanto todos os

campos devem ser preenchidos: todas as informações de identificação do paciente, todos os

procedimentos feitos com data, hora, assinatura e nome legível do profissional que fez o

procedimento, devem constar melhora ou piora do estado do paciente, assim como o nome de

todos os medicamentos usados. É obrigatória a legibilidade da letra dos profissionais que

preencheram o formulário.

Ter acesso ao seu prontuário para leitura e esclarecimentos é direito do paciente.

Assim, como é um documento sigiloso, não pode aparecer o nome de outro paciente no

documento.

O objetivo deste estudo foi levantar todas as informações das parturientes que tiveram

seus bebês nascidos pré-termo no referido hospital, distribuí-los em um banco de dados para

futuras pesquisas e analisar os fatores que possivelmente levaram ao nascimento pré-termo.

Com estes dados futuramente pode ser feito um trabalho de intervenção junto às gestantes

para a prevenção dos partos pré-termo.

MATERIAL E MÉTODO

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Esta pesquisa foi feita através da análise de documentos de domínio público, ou seja,

os prontuários de parturientes que tiveram seus bebês nascidos pré-termo no Hospital

Universitário Maria Aparecida Pedrossian nos últimos quatro anos – período de 2007 a 2010.

Foi escolhido o referido hospital por tratar-se de um centro de referência no atendimento de

crianças nascidas pré-termo em Campo Grande-MS.

Este plano de trabalho fez parte do projeto de pesquisa “A gravidez na adolescência em

situações de vulnerabilidade no processo de aprendizagem e desenvolvimento de crianças

nascidas pré-termo” da Professora Doutora Alexandra A. Anache.

Os prontuários foram selecionados (todas as parturientes com idade gestacional menor

que 37 semanas) através do livro de registros de nascimentos disponível no setor da

maternidade deste hospital em um total de seiscentos e sessenta (660) documentos. Após listar

o RG (número de registro do prontuário) e nome da parturiente foi feito o pedido no arquivo

médico. As solicitações de documentos foram disponibilizadas na data combinada pelos

funcionários do setor.

Enfrentamos alguns problemas como: prontuários trocados (em alguns documentos o

RG encontrado no livro de registro não conferia, vinha o prontuário de outra pessoa não

relacionada com o estudo ou não foi encontrado o documento), outros se encontravam em

locais inacessíveis para a consulta o que dificultou o andamento da pesquisa, pois foi

necessário fazer o pedido dos prontuários novamente, demandando mais tempo e

disponibilidade do pesquisador. Destes, 62 não foram encontrados, 20 estavam trocados (não

eram de mães com bebê nascidos pré-termo, mas de mulheres com outros problemas de saúde

ou abortamento) e 100 foram de partos a termo como mostra tabela abaixo. Alguns

prontuários continham informações contraditórias, outros faltavam alguns dados ou a letra

que trazia a informação era inelegível.

Considerando os objetivos deste trabalho, analisar os fatores determinantes do parto

pré-termo, os prontuários selecionados foram os de parturientes que tiveram seus bebês

nascidos pré-termo no referido hospital.

Tabela 1. Prontuários das parturientes de parto pré-termo no período de 2007 a 2010

Prontuários pedidos no arquivo médico F %

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Parto pré-termo 478 73%

Parto a termo (descartados) 100 15%

Prontuários trocados (descartados) 20 03%

Prontuários não encontrados 62 09%

Total 660 100%

Após separar os prontuários das parturientes que tiveram parto prematuro, todas as

informações foram disponibilizadas literalmente como se encontrava no documento, em um

banco de dados, instrumento este que servirá de apoio para intervenções futuras com as mães

e os bebês. As seguintes informações fazem parte do bando de dados: nome da parturiente,

data do parto, idade gestacional (em semanas), tipo de parto, idade da mãe, escolaridade em

anos de estudos, condições de saúde da gestante, dias de internação, profissão, endereço,

procedência, pré-natal (em número de consultas), uso de drogas (álcool, fumo ou drogas

ilícitas), uso de medicamentos, sexo e peso do bebê. Alguns campos estavam incompletos,

principalmente referentes a medicamentos e uso de drogas. Quando constava no prontuário

também foram registrados no banco de dados antecedentes da mãe e fatos inesperados durante

o parto ou logo após o mesmo.

Por conter muitas informações ficou inviável a impressão do banco de dados, este

ficará disponível em material de multimídia para dar subsídio a novas pesquisas.

As informações foram apresentadas em gráficos de acordo com as os fatores

determinantes do parto pré-termo e a seguir procedeu-se a análise dos resultados. Alguns

itens, como estado de saúde da mãe e medicamentos usados por elas, foram agrupados por

categorias, pois continham muitas informações e iriam distorcer os gráficos.

RESULTADOS E DISCUSSÕES.

Como demonstrado no gráfico 1, 61% (291) das mulheres que tiveram partos pré-

termo são adultas (com 22 anos ou mais) e 39% (187) são de mães adolescentes (de 14 a

21anos).

De um total de 478 partos prematuros, 39% (187) foram de adolescentes, sugerindo

que a adolescência é fator importante para o parto pré-termo, principalmente se considerarmos

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que a faixa etária se alarga nas mulheres adultas: das adolescentes constam 08 faixas etárias

(nesta pesquisa de 14 a 21 anos) e das mulheres adultas constam 20 faixas etárias (nesta

pesquisa de 22 a 42 anos).

Gráfico 1: Adultas x adolescentes.

O gráfico 2 mostra o ano dos partos: em 2007 foram 109 (25%) partos, em 2008

nasceram 116 (25%) prematuros, em 2009 foram 133 (25%) nascimentos e em 2010 foram

120 (25%) partos.

A diferença do número de partos pré-termo teve pequena elevação do ano de 2007 a

2009 com queda em 2010, demonstrando que não houve alteração significativa neste recorte

de 04 anos.

Gráfico 2: Ano do parto pré-termo

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Ao investigar a idade gestacional destas mulheres encontramos 64% (305) de

prematuros incipiente ou moderado (idade gestacional entre 32 e 36 semanas) 23% (104) de

recém-nascido muito prematuro ou extremo (entre 28 e 31 semanas) e, 15% (69) de bebês

extremamente prematuro (nascimento antes de completar 28 semanas), conforme distribuição

do gráfico 3.

Segundo Cabral (2009), o nascimento com idade gestacional entre 32 e 36 semanas

corresponde aproximadamente a 70% dos casos, entre 28 e 32 obedece a 20% do total de

partos pré-termo) e menores de 28 semanas a 10% dos casos, o que foi confirmado nesta

pesquisa, com pequenas variações.

Gráfico 3: Idade gestacional

Ao registrar o tipo de parto foi encontrado 64% (304) de cesarianas, 35% (170) de

parto normal e ainda 01% (03) de cesárea e normal em partos de gêmeos, conforme gráfico 4.

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O grande número de cesáreas, segundo os registros nos prontuários, se deve ao fato do

risco de morte que estava correndo a mãe e/ou bebê. Doenças maternas pré-existentes,

sofrimento fetal, morte fetal, pré-eclampsia, posição anormal do feto (não cefálica),

hemorragias, pressão alta e malformação fetal geralmente leva à interrupção da gestação

atraves de cesariana para salvaguardar a mãe e/ou feto.

Grafico 4: Tipo de parto.

Quanto à escolaridade encontramos 69% (332) considerado de baixa escolaridade (01

a 11 anos de estudo), 1% (02) com nenhuma escolaridade, 0% (02) com escolaridade

ignorada, 7% (32) não consta a escolaridade e 23% (110) com escolaridade acima de 12 anos

de estudo conforme gráfico 5.

Podemos considerar que a baixa escolaridade é um fator de risco para os nascimentos

prematuros. Geralmente, quanto menor a escolaridade menor o acesso às informações e

orientações interferindo nas condiçoes de vida e de saúde das pessoas. A menor escolaridade

pode estar ligado a maiores dificuldades de entendimento quanto à prevenção da gravidez e

aos cuidados na gestação.

Gráfico 5: Escolaridade

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O gráfico 6 mostra os dias de internação das mães. As mulheres que ficaram de 00 a

05 dias internadas foram 53% ( 251), de 06 a 10 dias 32% (154), de 11 a 15 dias 9% (42), de

16 a 20 dias 3% (16), 21 a 25 dias 1% (04), de 26 a 30 dias 1% (05) e mais de 30 dias 1%

(04). As gestantes que ficaram mais tempo interndas foi antes do parto na tentativa de impedir

o parto prematuro.

Gráfico 6: Dias de internação das mães.

O gráfico 7, sobre as condições de saúde da gestante, demonsta o quanto as

intercorrências durante a gestação contribuem para o paro pré-termo. Apenas 9% (69) das

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mulheres não tiveram nenhuma outra intercorrência clínica ou obstétrica ligada ao Trabalho

de Parto Pré-termo (TTPT). Em 15% (123) das gestantes surgiu a pré-eclampsia, 1% (07)

tiveram eclampsia – assim diferenciada da pré-eclampsia pelo fato da gestante ter convulsão,

2% (16) tiveram Sindrome de HELLP que é o agravamento da pré-eclampsia, 10% (77)

tiveram amoirrexe prematura, 9% (75) sofreram oligoâmnio, 1% (11) tiveram parto pré-termo

por malformação fetal, 5% (43) por sofrimento fetal (geralmente a gestação é interrompida

por cesárea para salvar a criança), 4% (30) por óbito fetal, 7% (56) por hipertensão, 1% (11)

por incompetência istmo-cervical, 4% (32) por bolsa rota e/ou bolsa protusa, 3% (24) por

placenta prévia ou deslocamento de placenta, 4% (34) por diabetes, 7% (60) devido a outras

intercorrências obstétricas (aqui abrange aqueles problemas que apareceram em menos de 5

casos como por exemplo enjôo incontrolável, trauma, sangramento excessivo, etc.) e

intercorrências clínicas com 17% (134). As intercorrências clínicas estão explicadas em

anexo, assim como as intecorrências obstéttricas.

Duas mães vieram à óbito, uma por pré-eclampsia, derrame pleural, convulsão e

dispnéia intensa. A outra mãe faleceu por suspeita de gripe suina.

Vale lembrar que algumas ocorrências apareceram concomitantes em uma mesma

gestante, o que agrava o quadro e dificulta ao obstetra diagnosticar o que levou ao parto

prematuro, principamente quando junto à uma complicação obstétrica há uma ocorrência

clínica pré-existente.

Ao analisar nossos resultados podemos constatatar que o estado de saúde da gestante é

o fator de risco mais importante para o parto pré-termo, como já observado em pesquisa

anterior com os prontuários dos bebês. A pré-eclampsia apareceu em maior número e é um

fator grave acarretando cesáreas de urgência e emergência, sendo alto o número entre as mães

adolescentes (32 adolescentes com pré-eclampsia, 04 com eclampsia e 04 com HELLP). As

intercorrências clínicas também constituem fator relevante para a gravidez de alto e risco e os

partos pré-termo.

Gráfio 7: Estado de saúde da gestante

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No gráfico 8 mostraremos o item referente à ocupação profissional. O fato de que 50%

(238) são trabalhadoras do lar, ou seja, trabalhadoras não remuneradas, nos sugere que este é

um fator relevante para o parto pré-termo. Das demais 2% (09) trabalham na área de saúde,

3% (13) são auxiliares de escritório, 2% (10) são autônams, 8% (40) trabalham no comércio,

4% (17) trabalham em serviços com formação acadêmica (professoras, médicas), 7% (32) em

trabalho doméstico, 2% (11) trabalham no ramo de estética,1% (03) são costureiras, 11% (53)

são estudantes, 2% (11) são secretárias, 1% (04) de universitárias, 7% (32) não consta a

profissão. Ainda com 0% apareceram 02 empresárias, 02 trabalhadoras rurais e 01 que não

trabalha .

Gráfico 8: Profissão

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Quanto à procedência 78% (373) são de Campo Grande e 22% (105) são do interior do

estado como mostra o gráfico 9. Nossos resultados não indicam se há correlação com a

procedência e o parto prematuro, pois não consta a qualidade de moradia, condições de

higiene e saneamento básico.

Gráfico 9: Procedência

A literatura vigente aponta o pré-natal como um fator importante para tentar garantir a

saúde de mães e bebês, e também para evitar o parto prematuro. Esta pesquisa não confirmou

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este fato, visto que 52% (247) das mães fizeram 07 ou mais consultas de pré-natal, 25% (120)

fizeram de 04 a 06 consultas e, o Ministério da Saúde, considera 06 consultas como pré-natal

completo. 12% (56) compareceram de 01 a 03 consultas, 4% (22) das mães não fizeram

nenhuma consulta. Em 7% (32) dos prontuários não constava o pré-natal como mostra o

gráfico 9. Uma (01) mãe não comprovou o acompanhamento com o cartão da gestante.

Gráfico 9: Pré-natal

Quanto ao uso de substâncias que causaum dependência (álcool, tabaco e drogas

ilícitas) contribuir para a prematuridade nesta pesquisa não foi possível verificar, pois a

maioria dos prontuários não trazia este campo preenchido como mostra o gráfico 10:

Gráfico 10: Dependentes químicos

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Quanto aos medicamentos utilizados pelas gestantes parece não ter interferido no

parto pré-termo, pois a maioria deles não influencia e alguns podem ser considerado um

agente com potencial para prevenir o trabalho de parto prematuro, como os antibióticos para

infecção do trato urogenital, infecção esta, associada ao parto prematuro. (QUEENAN,

2010). Os tocolíticos e antiespamódicos são usados para prevenção do parto pré-termo. Em

outros encontram se os medicamentos usados por 01 ou 02 gestantes apenas.

Vale lembrar que algumas gestantes usaram mais de um medicamento, inclusive do

mesmo grupo. Alguns medicamentos com funções similares como antibiótico e

antiinflamatório foram agrupados para facilitar a construção do gráfico.

Durante a gestação destas mulheres foram usados: 9% (73) de antibióticos e

antinflamatório, 3% (22) de ansiolítico e antidepressivo, 1% (04) anticonvulsivante, 4% (31)

de antialérgico, 1% (04) de antiviral (para infecçoes por HIV), 1% (07) de antiemético e

antiácido), 6% (49) para alívio da dor, 17% (138) de anti-hipertensivo, 2% (13) de hormônio,

4% (35) de antibacteriano, 3% (22) de tocolítico e antiespamótico, 2% (12) de

broncodilatador, 22% (176) de vitaminas, 2% (17) de outros, 20% (160) não constava no

prontuário e 4% (28) não fez uso de nenhum medicamento como mostra o gráfico 11:

Gráfico 11: Medicamentos usados na gestação.

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Como demonstrado em pesquisa anterior com os prontuários dos bebês, este estudo

revela que não há relação entre o gênero da criança e o parto pré-termo conforme

demonstrado no gráfico 12.

Dos prontuários pesquisados 4% (20) deles não constavam o sexo do bebê, 48% (254)

crianças são do sexo masculino e 48% (250) são do sexo feminino.

Gráfico 12: Gênero

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No gráfico 13 analisamos se partos múltiplos contibuem para o parto prematuro com o

seguinte resultado: 91% (434) foi de partos único e 9% (44) de parto múltiplo (43 de gêmeos

e 01 de trigêmeos).

Os resultados sugerem que o parto múltiplo é fator importante para o nascimento

prematuro, pois 44 partos é um número relevante em uma população de 478 gestações. A

gemelaridade aumenta também o risco de bebês de baixo peso.

Gráfico 13: Parto único X parto múltiplo.

No gráfico 14 apresentamos o peso destes bebês nascidos pré-termo. Esta variável tem

mais relação com a idade gestacional e não com o aumento de risco de parto pré-termo,

lembrando que o nascimento pré-termo associado ao bebê PIG – pequeno para a idade

gestacional – aumenta consideravelmente os riscos de morbidade e mortalidade da criança.

Em 3% (16) dos prontuários não constava o peso da criança. 2% (09) dos bebês

nasceram com até 0.500 gramas, 13% (70) dos bebês nasceram entre 0.501 e 1.000 g, 16%

(82) nasceram entre 1.001 e 1.500 g, 24% (127) entre 1.501 e 2.000 g, 24% (124) entre 2.001

e 2.500 g, 15% (81) entre 2.501 e 3.000 g, e 3% (16) nasceram acima de 3.000.

Gráfico 14: Peso dos recém-nascidos pré-termo.

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Em relação ao estado civil, foi alto o número de mães solteiras. Alguns médicos

defendem que a falta de um parceiro para dividir as preocupações e experiências com a vinda

do filho pode levar ao estresse e consequentemente ao parto pré-termo. Os resultados

encontrados indicam que estas mães não tiveram o apoio do companheiro para dividir suas

dificuldades, conforme gráfico 15:

Registra-se que 62% (297) são de mães solteiras, 28% (132) de casadas, 1% (02) de

separada judicialmente, 9% (43) não constava no prontuário,0% (01) de amasiada, 0% (01) de

união consensual e 0% (02) viúva.

Gráfico 15: estado civil.

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O nome do progenitor pouco aparece nos prontuários: consta o nome em 30 % (145),

1% (03) de não declarado e 69% (330) não foi declarado como mostra o gráfico 16:

Gráfico16: Nome do progenitor:

O grande número de prontuários sem a informação no campo paternidade não nos

possibilita avaliar se a falta de um companheiro aumenta a probabilidade de um parto

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prematuro, porém ao correlacionar com o estado civil percebe-se que este pode ser um

aspecto importante para o risco de prematuridade.

CONCLUSÕES

Este estudo sugere que os fatores que levam ao risco do parto pré-termo são

multifatoriais. Diversos aspectos envolvem a gestante e consequentemente o parto prematuro.

A baixa escolaridade esteve presente neste contexto pesquisado com indícios de que favorece

o parto pré-termo. O alto índice de mulheres trabalhadoras do lar (não remuneradas) e de

mães solteiras indica que estes são fatores que contribuem para o parto prematuro. Segundo

alguns autores a falta de um companheiro para dividir as responsabilidades pode causar

estresse precipitando o parto. Tudo indica que estes aspectos estão relacionados com a

situação socioeconômica da parturiente. Provavelmente estas variáveis terão influência

também nos cuidados que estas mães darão ao recém-nascido prematuro que necessitará de

um suporte adequado devido a sua fragilidade inicial, a médio e/ou longo prazo.

A adolescência, época de grandes transformações físicas e psicológicas, pode ser um

indicador que contribuiu para o parto pré-termo neste hospital, assim como a gestação

gemelar que se apresentou em número razoavelmente elevado.

Nesta pesquisa ficou confirmado que a principal causa de partos pré-termo neste

hospital foi o estado de saúde da gestante. Amniorrexe prematura, ruptura prematura de

membranas, bolsa protusa entre outras intercorrências obstétricas precipitaram o parto.

Doenças pré-existentes ou intercorrências obstétricas, sofrimento fetal ou óbito fetal levaram

a interrupção antecipada da gestação, acarretando grande número de cesáreas para salvar a

mãe e/ou a criança. A maior incidência de problema que levou ao parto pré-termo foi a pré-

eclampsia, fator de grande preocupação para as equipes médicas.

Neste estudo foi perceptível a necessidade de melhoria no preenchimento dos

prontuários das parturientes. Muitos campos estavam em branco o que acarreta prejuízo para a

pesquisa como explicado nas discussões e resultados. Foram encontradas algumas

contradições e dados que estavam com a letra inelegível, fatos que não pode acontecer em

prontuários, documento de vital importância para a saúde do paciente.

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O nascimento pré-termo é um das principais causas de mortalidade e morbidade e

representa uma grande demanda de recursos técnicos, humano e financeiro do sistema de

saúde materno-fetal, merecendo um olhar cuidadoso sobre o tema. Pesquisas devem ser

desenvolvidas por profissionais da área de saúde como psicólogos, médicos, fisioterapeutas,

fonoaudiólogos e enfermeiros juntamente com profissionais da área de educação, tanto com

intuito de encontrar maneiras de prevenir o parto pré-termo quanto para acompanhar estas

crianças amenizando ao máximo as possíveis sequelas.

Ficam algumas sugestões de pesquisa: com adolescentes que tiveram bebês nascido a

termo e pré-termo em determinado recorte de tempo; A correlação de adolescentes e mulheres

adultas que perderam seus bebês nascidos pré-termo; O porquê do grande número de partos

prematuros entre as trabalhadoras do lar; A correspondência entre partos múltiplos a termo e

pré-termo; a atuação do psicólogo junto às gestantes para prevenir o parto pré-termo.

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GLOSSÁRIO

Intercorrências obstétricas.

Afalia = problema congênito no qual a criança nasce sem a uretra e o pênis (má formação

congênita).

Amiorrexe prematura = ruptura prematura de membranas. (É a ruptura espontânea das

membranas ovulares antes do início do trabalho de parto, independente da idade gestacional).

Bolsa rota = rompimento prematuro da bolsa.

Bolsa protusa = bolsa desce para o canal vaginal.

Centralização fetal = em fetos com problemas de oxigenação instala-se um padrão assim

denominado.

Cerclagem = Geralmente é feita em mulheres que tem incompetência istmo-cervical.

Consiste no fechamento do colo com pontos, tornando-o competente até que a gravidez

chegue a termo.

Corioamnionite = inflamação das membranas fetais (âmnio e córion) devido a uma infecção

bacteriana.

DHEG = Doença Hipertensiva Específica da Gravidez. Freqüentemente o termo DHEG é

utilizado como sinônimo de pré-eclâmpsia.

Diabetes gestacional (DMG) = O diabetes gestacional é a alteração das taxas de açúcar no

sangue que aparece ou é detectada pela primeira vez na gravidez. Pode persistir ou

desaparecer depois do parto.

Diástole zero = caracteriza insuficiência placentária gravíssima.

DPP = Deslocamento Prematuro de Placenta. Separação da placenta do sítio de implantação

uterino antes do parto.

Gestação de alto risco = aquela em que o risco de doença ou de morte, antes ou depois do

parto, é maior do que o habitual, tanto para a mãe como para o bebê.

Hiperemese gravídica = vômitos excessivo e persistente durante a gestação.

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Hipertonia Uterina = diminui a força que impulsiona o sangue pelos vasos uterinos

permitindo maior compressão extrínseca dos mesmos. Pode levar a sofrimento fetal ou a

ruptura da parede do útero.

Incompetência istmo-cervical = é a incapacidade do colo do útero em manter-se íntegro até

o termo gestacional. Pode ser por deficiência estrutural ou funcional, desencadeando a

dilatação e a conseqüente expulsão do feto.

Insuficiência placentária = incapacidade deste órgão em prover oxigenação e nutrição

adequada ao feto.

Isoimunização Rh = ou eritroblastose fetal ou ainda doença hemolítica do recém-nascido,

acontece quando há incompatibilidade sanguínea: a mãe tem RH negativo e o feto RG

positivo.

Oligoidrâmnio = presença de líquido amniótico menor que o esperado para a idade

gestacional. Pode causar deformidades no feto pela compressão fetal no interior da cavidade

uterina. (Oligoâmnio grave, severo e absoluto). Oligoâmnio = perda do líquido amniótico.

Anidrâmnio = Ausência de líquido amniótico.

Placenta prévia = a placenta se implanta na parte inferior do útero e obstrui a abertura

cervical à vagina.

Polidrâmnio = excesso de líquido amniótico no útero.

Pré-eclâmpsia = síndrome grave que afeta as gestantes geralmente no terceiro trimestre.

Resulta em uma disfunção multissistêmica materna com repercussões para o feto. Quadro

imediato : hipertensão, proteinúria, lesões em órgãos alvos (rins, fígado, cérebro, sistema de

coagulação). Eclampsia = é a ocorrência de convulsões em pacientes com pré-eclâmpsia

(excluídas outras causas de crises convulsivas). Caracteriza-se por crise convulsiva evoluindo

para letargia e coma. Síndrome de HELLP = é a complicação ou agravamento da eclampsia.

RCIU - Restrição de Crescimento Intra-Uterino (do feto).

Senescência placentária = amadurecimento precoce da placenta.

Síndrome da transfusão fetal = condição que ocorre apenas em gêmeos e envolve a

transferência de sangue de um feto diretamente para o outro ainda no útero materno.

Sofrimento fetal = um conjunto de sinais que demonstram que a oxigenação do feto não está

normal (Sofrimento fetal agudo ocorre durante o trabalho de parto e sofrimento fetal crônico

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ocorre durante a gestação). Na maioria das vezes leva a interrupção da gravidez para salvar a

criança.

TPPT = Trabalho de parto pré-termo. (Nesta pesquisa foi usado o termo quando não houve

outra intercorrência concomitante).

Intercorrências clínicas.

Agenesia renal = corresponde à ausência congênita de um rim.

Anasarca = sintoma caracterizado por um inchaço distribuído pela pele de todo corpo devido

ao derrame de fluido no espaço extracelular.

Anemia = é uma condição médica na qual o sangue tem quantidade menor que a normal de

células vermelhas. Também ocorre quando as células vermelhas sanguíneas não têm

hemoglobina suficiente. Na anemia falciforme a quantidade menor de células vermelhas

sanguíneas ocorre porque as células em forma de foice não duram muito tempo. Elas morrem

geralmente depois de somente 10 a 20 dias e a medula óssea não consegue fabricar novas

células vermelhas em velocidade suficiente para reposição.

Aneurisma cerebral = doença na qual um vaso sanguíneo encontra-se anormalmente

dilatado no cérebro.

Arritmia cardíaca = é um problema na velocidade ou ritmo do batimento cardíaco.

Artrite = doença Crônica com inflamação das articulações.

Bradicardia = diminuição na frequência cardíaca

Candidíase = doença causada pelo fungo Candida albicans. Ela assume particular

importância clínica em infecções da boca e mucosa vaginal.

Ceratocone = doença não inflamatória degenerativa do olho na qual as mudanças estruturais

na córnea a tornam mais fina e a modificam para um formato mais cônico (ectasia) que a sua

curva gradual normal.

Cistite = inflamação da bexiga.

Choque hipoglicêmico = hipoglicemia é um distúrbio em que a concentração de açúcar do

sangue encontra-se anormalmente baixa.

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Clamídia = é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pela bactéria Chlamydia

trachomatis.

Colelitíase ou Colecistopatia = é a presença de cálculo(s) no interior da vesícula biliar.

Cólica nefrética = ou cólica ureteral é um sintoma característico da obstrução do trato

urinário.

Condiloma = ou verruga genital é uma doença sexualmente transmissível.

Crise tireotóxica = condição clínica, grave, resultante da exacerbação abrupta do estado

hipertireóidico, na qual ocorre descompensação de um ou mais órgãos.

Derrame pleural = popularmente conhecido como água na pleura ou água no pulmão, é o

nome dado ao acúmulo anormal de líquidos na pleura.

DM = síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade da

insulina de exercer adequadamente seus efeitos.

Dispnéia = ou falta de ar é um sintoma no qual a pessoa tem desconforto para respirar,

normalmente com a sensação de respiração incompleta.

Doppler = exame para diagnóstico da hipertensão.

Edema de MMII = acúmulo anormal de líquidos no espaço intersticial membros inferiores.

Epigastralgia = dor de estômago.

Epistaxe = ou hemorragia nasal é o nome dado a qualquer perda de sangue pelo nariz,

geralmente pelas narinas.

Erisipela = infecção bacteriana aguda da derme e hipoderme que está associada com

inflamação clínica.

Esteatose hepática = ou fígado gorduroso é uma alteração morfofisiológica dos hepatócitos

que ocorre em consequência de diversas desordens metabólicas.

HAS = Hipertensão Arterial Sistêmica.

Hematoma na parede abdominal = pode desenvolver-se depois de um trauma ou aparecer

espontaneamente. É o acúmulo de sangue na sua bainha por ruptura de vaso epigástrico ou da

própria musculatura.

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Hepatite B = uma doença infecciosa freqüentemente crônica causada pelo vírus da HBV.

Hipotireoidismo = diminuição de funcionamento da tireóide.

Histerectomia = operação cirúrgica da área ginecológica que consiste na retirada do útero.

Pode ser total ou parcial.

ITU = Infecção do trato urinário.

LES = O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença auto-imune crônica,

multissistêmica, remitente e recidivante, que afeta predominantemente mulheres. As

principais manifestações clínicas são erupções, artrite e glomerulonefrite, mas a anemia

hemolítica, a trombocitopenia e o envolvimento do sistema nervoso central também são

comuns.

Leishmaniose visceral = doença transmitida pelo mosquito-palha que, ao picar, introduz na

circulação do hospedeiro o protozoário Leishmania chagasi

Meningite viral = caracteriza-se por um quadro clínico de alteração neurológica, que, em

geral, evolui de forma benigna.

Menorragia = é utilizada para designar qualquer hemorragia vaginal.

Miocardiopatia = distúrbio progressivo que altera a estrutura ou compromete a função da

parede muscular das câmaras inferiores do coração.

Miomas submucosos = são uma das principais causas de sangramento uterino anormal no

menacme e muitas vezes estão associados a uma história de abortamento habitual.

Nefrolitíase = condição na qual um ou mais cálculos estão presentes na pélvis ou nos cálices

do rim ou no ureter.

Obesidade mórbida = ocorre quando o peso de uma pessoa ultrapassa o valor 40 no índice

de massa corporal - (IMC).

Ovários policísticos = Caracterizada pelo aumento do nível de testosterona no corpo da

mulher, a doença tem como principais sintomas a irregularidade menstrual, o surgimento de

acne, o aumento da gordura corporal e dos pelos. Freqüentemente, ela também se manifesta

por meio do aparecimento de microcistos no ovário. Caso não seja realizado

acompanhamento pode favorecer o abortamento ou a infertilidade.

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Pancreatite = inflamação do pâncreas.

Pielonefrite = é uma infecção do trato urinário ascendente que atingiu a "pielo" (pelve) do

rim.

Plaquetopenia = significa número reduzido de plaquetas.

Polaciúria, Oligúria e disuria = policiúria aumento da freqüência urinária e disuria dor ao

urinar. Oligúria é definida como o volume da urina excretada menor que as necessidades para

a eliminação de catabólitos.

Prolapso da válvula mitral = é um distúrbio em que a válvula mitral apresenta uma

protrusão e não se fecha apropriadamente, permitindo o refluxo do sangue para o átrio

esquerdo.

SAAF = doença auto-imune. É a mais comum das doenças trombofílicas adquiridas.

Taquipnéia = aumento do número de incursões respiratórias na unidade de tempo.

Taquicardia = aumento da frequência cardíaca.

Taquissistolia = Aceleração das sístoles cardíacas com uma frequência superior a cem por

minuto.

Toxoplasmose = Apenas infecção aguda pelo Toxoplasma gondii ou reagudizada, pode

resultar em infecção fetal. O risco de transmissão do parasita para o concepto aumenta com a

evolução da gestação, cerca de 20% a 25% no primeiro trimestre e 65% a 80% no terceiro

trimestre (na gestante não tratada). Quanto à gravidade das alterações provocadas pela

toxoplasmose congênita, estas são mais graves quanto mais precocemente o feto for infectado

(lesões neurológicas e oculares).

Trombofilia = propensão de desenvolver trombose (coágulos sanguíneos) devido a uma

anomalia no sistema de coagulação.