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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO - PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA

Título - Tecnologia a favor da infância: resgatando a ludicidade

Autor Fabiana Cristina Bonin

Disciplina Ciências

Escola de implementação do projeto

Colégio Estadual Dr. Luiz Vieira

Município de localização

da escola

Telêmaco Borba

Núcleo Regional de Educação

Telêmaco Borba

Professor orientador Profª Drª Cristina Lucia Sant’Ana Costa Ayub

Instituição de Ensino Superior

Universidade Estadual de Ponta Grossa

Relação interdisciplinar

Arte. Educação Física. História.

Resumo

A visualização de fotos, vídeos e músicas com

sentido ambíguo desperta nas crianças o desejo de

ter experiências adultas cada vez mais cedo. Diante

disso, este trabalho tem por objetivos promover o

resgate das brincadeiras infantis e direcionar o uso

das tecnologias para tal, em detrimento de sua

atual utilização deturpada. A metodologia utilizada

será a pesquisa-ação que ocorrerá de forma

colaborativa com a equipe pedagógica, corpo

docente, alunos e familiares de alunos que cursam

o 6º ano do Ensino Fundamental no Colégio

Estadual Dr. Luiz Vieira.

Palavras-chave Brincadeiras infantis. Tecnologia. Sexualidade

Formato do material didático Caderno Pedagógico

Público alvo Alunos do 6º Ano do Ensino Fundamental

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APRESENTAÇÃO

A presença das tecnologias no cotidiano, tanto no ambiente escolar quanto

familiar, corrobora com o processo de ensino aprendizagem, mas por outro lado

possibilita o acesso a diferentes assuntos ligados a sexualidade que estão aquém da

capacidade de compreensão de crianças com onze anos de idade. A visualização de

fotos, vídeos e músicas com sentido ambíguo desperta nas crianças o desejo de ter

experiências adultas cada vez mais cedo. Diante disso, este trabalho, inserido no

Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), tem por objetivos promover o

resgate das brincadeiras infantis e direcionar o uso das tecnologias, em detrimento

de sua atual utilização deturpada, possibilitando aos alunos conhecer e desfrutar

destas e focar o interesse em atividades condizentes com suas respectivas idades.

A proposta surgiu frente a realidade do Colégio Estadual Dr. Luiz Vieira,

localizado no município de Telêmaco Borba, no qual ministro aulas de Ciências. Um

vídeo doméstico com conteúdo sexual, veiculado nos celulares de todos os alunos,

desde alunos que cursavam o 7º ano até os alunos que estavam no Ensino Médio,

tomou conta da conversa e dos interesses desses alunos. Isto desencadeou a

necessidade de promover o resgate de brincadeiras infantis, com o intuito de

possibilitar que alunos que cursam o 6º ano do Ensino Fundamental II desfrutem de

atividades que realmente valorizem sua infância. Para que esta proposta fosse

colocada em prática foi elaborado este caderno pedagógico que intenciona oferecer

subsídios teórico-metodológicos no decorrer da implementação.

O material foi divido em três unidades. A unidade 1 propõe reflexões acerca

das brincadeiras infantis e a importância do ato de brincar. Para o desenvolvimento

desta unidade o professor encontrará o texto de apoio, o qual oferece referencial

teórico com base em autores especialistas no tema proposto além de sugestões de

vídeos e livros que aprofundarão o conhecimento. Nesta unidade será possível

oportunizar o resgate de brincadeiras praticadas pelos alunos e pais e/ou

responsáveis, coletando o relato dos participantes sobre o que é e qual a

importância de brincar.

A unidade 2 aborda o uso das tecnologias e como elas podem comprometer a

infância. Neste momento o professor apresentará as tecnologias como fontes de

acesso ao conhecimento historicamente construído instruindo os alunos a buscar

por relatos e regras das brincadeiras praticadas pelos pais, informações estas que

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serão coletadas por meio de questionários aplicados na unidade 1. Nesta unidade os

alunos farão uso das tecnologias disponíveis na escola para conhecer as

brincadeiras infantis, suas regras, a forma como eram colocadas em prática,

pesquisar vídeos, imagens e artigos que retratem a importância das brincadeiras

para o desenvolvimento intelectual, moral e ético do indivíduo. Aqui o professor

encontrará como material de apoio o texto base e sugestões de livros e vídeos que

tratam da importância das tecnologias no processo de ensino e aprendizagem. As

atividades são voltadas para o uso da tecnologia, porém, com o objetivo de

pesquisar informações, ampliar o conhecimento e a concepção de mundo dos

alunos participantes.

Já a unidade 3 trata da sexualidade, assunto que será abordado por meio do

texto base que apresenta fundamentação teórica, a indicação de vídeos e leituras

que irão enriquecer os conhecimentos e sugestões de atividades para trabalhar o

tema, focando na importância de vivenciar, na infância, momentos pertinentes a

essa fase, compreendendo que, como um processo de amadurecimento do ser

humano, o sexo acontecerá de maneira natural, na fase em que o indivíduo

considerar-se preparado para assumir as responsabilidades físicas e psicológicas

desse ato.

Espera-se que as atividades, bem como as sugestões de vídeos e leituras

apresentadas neste material perpassem as expectativas e colaborem com a prática

no que diz respeito ao desenvolvimento físico, cognitivo e social de nossos

educandos.

Estou a disposição para quaisquer esclarecimentos.

Profª Fabiana Cristina Bonin

[email protected]

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Figura 1: Brincadeira de criança, como é bom. Fonte: Educação é um Ato Social, 2013.

“BRINCADEIRA DE CRIANÇA”

Hoje, aos trinta e seis anos de idade recordo, com saudades, dos doces

momentos vividos na infância. Uma infância sem muita fartura, mas com amor e

muita diversão. Sou a caçula de três irmãos, sendo que os mais velhos são dois

meninos. Então sou a menina caçula que cresceu brincando de bolinha de gude,

bete ombro, skate, carrinho de rolimã, andando de bicicleta nas rampas

“construídas” pelos meninos; brincando na rua, no quintal de casa, no quintal da

casa dos vizinhos.

Tive uma infância regada a diversas brincadeiras como esconde-esconde,

passa anel, vôlei, empinar pipa de folha de caderno, isso em casa, sem contar a

escola. Ah! Como eu amava minha escola, a hora do recreio era muito esperada

para divertir-me nas brincadeiras de roda. Recordo que fazíamos um grande círculo

para brincar de “Rosa cheirosa”, “Terezinha de Jesus”, “Lenço atrás”, “Coelhinho sai

da toca”, dentre outras que foram sendo esquecidas com o passar dos anos.

Hoje, poucas são as crianças que se divertem com essas brincadeiras. A

maioria prefere os brinquedos eletrônicos, os jogos disponíveis na internet e no

celular, o famoso vídeo game. Não brincam em grupos, não brincam na rua, passam

horas e horas em frente ao computador ou a uma televisão conectada ao vídeo

game.

Recordo que no ano de 2004, quando atuava como professora no Colégio

Estadual Professora Helena Ronkoski Fioravante, situado no município de Reserva,

me divertia com os alunos, durante o recreio, nas brincadeiras de roda. Depois

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disso, nunca mais presenciei alunos brincando de roda durante o intervalo. Estão

sempre correndo uns atrás dos outros ou com o celular na mão.

Desfrutei de uma infância inesquecível e hoje percebo que muitas crianças

estão deixando de lado esse momento único voltando seus interesses para questões

além de sua compreensão, principalmente no que diz respeito a sexualidade.

Compreendendo a importância do ato de brincar para uma infância feliz para

a formação integral do indivíduo, e buscando meios de possibilitar que crianças

aproveitem as delícias dessa fase da vida, compartilho este material.

Fabiana Cristina Bonin

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Brincar desenvolve as habilidades da criança de forma natural, pois brincando aprende a socializar-se com outras crianças, desenvolve a motricidade, a mente, a criatividade, sem cobrança ou medo, mas sim com prazer. (CUNHA, 2001, p.14)

1. UNIDADE 1 – AS BRINCADEIRAS INFANTIS

Houve um tempo em que as opções para a diversão das crianças eram

poucas, brinquedos eram confeccionados com os materiais disponíveis como

bonecas de cabelo de milho e carrinhos de lata de mantimentos. As brincadeiras

praticadas pelas crianças, na sua maioria em conjunto, eram ingênuas,

possibilitavam a socialização, o aprender a repartir e até mesmo a prática de

atividades físicas uma vez que envolviam corrida, força, agilidade.

As antigas gerações entusiasmam-se recordando das brincadeiras infantis

como “pular corda”, “amarelinha”, “passa anel”, “batata quente”, “bola de gude”,

“telefone sem fio”, “peão”, “pipa”, “estátua”, “bets”, dentre tantas outras que

alegravam a época da infância. “Enquanto manifestação livre e espontânea da

cultura popular, a brincadeira tradicional tem a função de perpetuar a cultura infantil,

desenvolver formas de convivência social e permitir o prazer de brincar”

(KISHIMOTO, 2011, p. 43). As brincadeiras são repassadas de geração em geração,

de acordo com a cultura e os valores de cada família, porém, hoje em dia percebe-

se que esse compartilhar entre as gerações tem ficado de lado em virtude das

novidades que a sociedade contemporânea nos apresenta.

Por meio das brincadeiras as crianças dramatizam, criam, aprendem,

ensinam. As brincadeiras podem assumir função lúdica ao propiciar diversão, prazer

Figura 2: Amarelinha, pulando, pulando até chegar ao céu.

Fonte: Educação é um Ato Social, 2013.

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e até mesmo desprazer, quando os resultados esperados não são obtidos; e função

educativa ao corroborar com a construção do conhecimento do indivíduo e sua

compreensão de mundo.

Apesar de aparentar não ter um fim em si mesma, a brincadeira permite o

compromisso, o envolvimento, o aprendizado de regras, a organização de espaço e

de tempo. “Ao brincar a criança demonstra o nível de seus estágios cognitivos e

constrói conhecimentos” (Piaget,1978 apud Kishimoto, 2011, p.36).

Todo o comportamento que envolve a criança ao brincar é tomado de alegria, sorrisos, prazer, mas também de ansiedade, raiva, frustração quando os resultados esperados não são atingidos. Nos parece que a seriedade no jogo está mais relacionada com o compromisso de jogar e de cumprir as regras impostas, do que com os comportamentos que o próprio jogo pode gerar nos jogadores enquanto estão envolvidos na ação. (CARVALHO, 2003, p 88).

Alguns autores utilizam o termo jogo, outros brincadeira, e há os que chamam

de brinquedo. Kishimoto (1994 apud Carvalho, 2003, p. 92)

estabelece uma diferenciação entre esses termos, propondo que o brinquedo deve ser entendido como “objeto”, suporte de brincadeira, brincadeira como descrição de uma conduta estruturada, com regras e jogo infantil para designar tanto o objeto e as regras do jogo da criança (brinquedo e brincadeiras).

“Entretanto, no Brasil, os termos jogo, brinquedo e brincadeira ainda são

empregados de forma indistinta, demonstrando um nível baixo de conceituação

deste campo” (KISHIMOTO, 2011, p. 19), o que possibilita a cada contexto

conceituar a atividade como jogo, brinquedo ou brincadeira, de acordo com a

realidade vivenciada.

Ao brincar a criança desenvolve aspectos sociais, cognitivos e emocionais.

Os jogos, brinquedos e brincadeiras

[...] contribuem para o desenvolvimento integral do sistema nervoso em seus aspectos psicomotores e cognitivos [...] em muitos deles estão presentes a indução, a imitação, perspicácia, observação, memória, raciocínio, aspectos verbais e não-verbais, melódicos e harmônicos, automatismos, relaxamento, tempo e espaço, todos eles ajudam na integração do ser e na segurança perante si e perante o outro (ANTUNHA, 2000, p.39)

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As brincadeiras permitem a socialização, o conhecimento de si e do outro, a

integração entre os participantes. Medeiros e Machado (1960 apud Kishimoto, 1993,

p. 110) afirmam que:

brincando as crianças aprendem a cooperar com os companheiros, a obedecer às regras do jogo, a respeitar os direitos dos outros, a acatar a autoridade, a assumir responsabilidades, a aceitar penalidades que lhes são impostas, a dar oportunidade aos demais; enfim, a viver em sociedade.

Acatar a autoridade, respeitar o outro, cooperar, obedecer às regras é

necessário para a construção de um ambiente agradável de convivência, no qual a

criança possa desenvolver suas habilidades e aptidões compartilhando seu

conhecimento com as outras e, ao mesmo tempo, aprendendo.

Os alunos que cursam o sexto ano de ensino fundamental, sem apresentar

defasagem idade série têm, em média, 11 anos de idade e de acordo com o Estatuto

da Criança e do Adolescente, são considerados crianças, pois, “considera-se

criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos [...]”

(BRASIL, 2001, p. 9). E criança quer brincar, quer brincadeira. Então, porque não

propor atividades lúdicas que despertem nessas crianças o interesse por assuntos

que sejam adequados a sua faixa etária, ligados ao desenvolvimento psicossocial,

corroborando com a formação em toda a sua complexidade?

Analisando a esfera das obrigações, inclusive as escolares, conclui-se que o lúdico tem mais condições de se manifestar no período de lazer das pessoas, o que torna a relação entre os dois bastante próximas nos faz pensar: por que não atuar com os componentes lúdicos da cultura [...] na escola? (MARCELLINO, 2003, p. 14)

Partindo desse pressuposto, intenciona-se resgatar a cultura da família de

cada aluno participante do projeto, conhecendo as brincadeiras favoritas dos alunos

e de seus pais e/ou responsáveis, por meio das atividades que se propõem a seguir.

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Professor, agora é o momento de resgatar as brincadeiras praticadas pelos

alunos nos momentos de lazer, seja no quintal da casa ou até mesmo com os

amigos, na rua.

Para tanto, sugere-se a aplicação do questionário (ver apêndice A), cujo

objetivo é coletar dados acerca das brincadeiras preferidas dos alunos. Os

questionários serão recolhidos e cuidadosamente arquivados para posterior análise

e levantamento de dados. Essa análise será realizada

pelo professor sem a presença dos alunos e os dados

coletados serão apresentados aos alunos no segundo

encontro.

Após o preenchimento dos questionários passamos

a apresentação do vídeo intitulado “Brincadeiras antigas”,

disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=Nr-EkTL0774, que apresenta

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imagens de crianças brincando de pipa, pulando corda, brincando de pedrinha, avião

de papel, enfim, aproveitando a infância por meio de brincadeiras saudáveis.

Após a veiculação do vídeo, você professor, instigará os alunos a debater

sobre as brincadeiras infantis, por meio de questões que possibilitem a reflexão da

importância do ato de brincar.

1. O que vocês perceberam nas imagens veiculadas?

2. Essas imagens são comuns no dia a dia de vocês?

3. Conhecem essas brincadeiras (as brincadeiras retratadas no vídeo)?

4. Sabem como se brinca? Existem regras?

5. O que você sente quando está brincando com seus amigos ou até mesmo

sozinho?

6. Para você, é importante brincar?

7. Você gosta de brincar?

8. Qual sua brincadeira preferida?

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Professor proponha aos alunos uma brincadeira de roda, possível de ser

realizada dentro da sala de aula ou no pátio da escola, de acordo com o espaço que

você tem disponível.

Dê preferência para as brincadeiras elencadas pelos alunos no debate

realizado após o vídeo “Brincadeiras antigas”, assim você também exercita a

democracia ao permitir que os alunos escolham a brincadeira.

1. ESCRAVOS DE JÓ

Como brincar:

Os alunos sentam no chão, formando um grande círculo, cada um deverá ter

uma pedrinha na mão (pode ser também uma caixa de fósforo, uma tampinha de

garrafa pet, ou outro material escolhido pelo professor). Essa pedrinha é passada de

mão em mão enquanto entoa-se a música “Escravos de Jó”.

Escravos de Jó, jogavam

caxangá, tira, põe, deixa ficar,

guerreiros com guerreiros fazem

zigue, zigue, zá.

Enquanto cantam, os alunos

realizam a coreografia:

Escravos de Jó jogavam

caxangá (a pedrinha é passada

para o colega que está ao lado

direito, cada um deve ficar

somente com uma pedra na mão)

Figura 3: escravos de Jó.

Fonte: Editora Brasil, 2013

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tira (todos levantam a mão com a pedrinha),

põe (todos abaixam a mão com a pedrinha),

deixa ficar (todos apontam com o dedo para a pedrinha no chão),

guerreiros com guerreiros (todos passam a pedrinha pra o colega que está a

direita)

fazem zigue (todos colocam a pedrinha na frente do colega que está a direita,

mas não soltam)

zigue (todos colocam a pedrinha na frente do colega que está a esquerda, mas

não soltam)

zá (todos colocam a pedrinha na frente do colega que está a direita, e deixam

ela ficar).

Adaptado de http://delas.ig.com.br/filhos/brincadeiras/escravos-de-jo/4e3ed0903cb317686300000d.html

2. QUE BICHO SOU EU

Como brincar:

O professor deverá providenciar, com antecedência, uma folha na qual deve

estar escrito o nome de um animal, essa folha será colada com fita adesiva nas

costas de cada aluno participante.

Na sequência, os alunos circulam

pela sala fazendo perguntas tais

como: Eu sei miar? Tenho pelos?

Tenho penas? Com o objetivo de

descobrir o nome do animal que

está colado em suas costas.

Professor, determine um tempo para

que os alunos façam as perguntas e

depois organize-os sentados no chão, em círculo, para que falem qual bicho

imaginam ser.

Sugestão: essa brincadeira pode ser adaptada ao conteúdo trabalhado em sala de aula e utilizada como uma metodologia diferenciada. Uma ótima introdução ao conteúdo vertebrados trabalhado com o 7º ano. O professor poderá colar na camiseta dos alunos imagens de animais dos filos peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos e após a “brincadeira”, solicitar que os alunos apresentem as diferenças existentes entre os animais tais como, habitat, cobertura do corpo, meios de locomoção, dentre outros.

Adaptado de http://delas.ig.com.br/filhos/brincadeiras/que-bicho-eu-sou/4e42f7fa3cb317686300002a.html

Figura 4: Que bicho sou eu. Fonte: Michel Borges, 2013.

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3. PASSA ANEL Como brincar:

Os alunos participantes formam uma fila, um ao lado do outro, e ficam com as

mãos unidas, mas entreabertas

como uma concha; um aluno é

escolhido para passar o anel e vai

passando a sua mão que já estará

com o anel, dentro das mãos de

cada um dos colegas. Num

determinado momento, ele escolhe

um aluno e deixa o anel cair nas

mãos dele, sem que os demais

percebam. O aluno deverá passar por todos da fila, ao menos, duas vezes, ao

término da segunda vez ele escolhe um dos participantes o qual tentará adivinhar

nas mãos de quem está o anel. Se acertar ele poderá passar o anel, mas se errar é

eliminado da brincadeira.

Adaptado de http://delas.ig.com.br/filhos/brincadeiras/passa-anel/4e42f5d83cb3176863000028.html

4. ADOLETÁ Como brincar:

Os alunos formam um círculo, em pé ou sentados, colocam a mão esquerda

sobre a mão do amigo que está a sua esquerda e a mão direita embaixo da mão do

amigo que está a sua direita, enquanto

cantam a música:

A-do-le-tá –Le

Peti-le

Toma-le

Café com chocola

A-do-let-á

Puxa o rabo do tatu

Quem saiu foi tu!

Nesse momento, o aluno que permitir que o colega bata na palma da sua mão, será

eliminado da brincadeira, caso o colega seja mais rápido e retire a mão, quem sai é

quem está a esquerda.

Adaptado de http://delas.ig.com.br/filhos/brincadeiras/adoleta/4e3d80113cb317686300000b.html

Figura 5: Passa anel. Fonte: Atividades e brincadeiras, 2013.

Figura 6: Adoletá Fonte: Rodrigo de Oliveira, 2013

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Professor, agora é o momento de propor um debate sobre os sentimentos que

os alunos manifestaram durante a brincadeira.

Reconhecer o lúdico é reconhecer a especificidade da infância: permitir que as crianças sejam crianças e vivam como crianças; é ocupar-se do presente, porque o futuro dele decorre; é esquecer o discurso que fala da criança e ouvir as crianças falarem por si mesmas; É redescobrir a linguagem dos nossos desejos e conferir-lhe o mesmo lugar que tem a linguagem da razão; é redescobrir a corporeidade de dicotomizar o homem em corpo e alma; é abrir portas e janelas e deixar que a inclinação vital penetre na escola, espane e poeira, apague as regras escritas na lousa e acorde as crianças desse sono letárgico no qual por tanto tempo deixaram de sonhar. (OLIVIER apud MARCELLINO, 2003. p.23-24)

1. Vocês gostaram da brincadeira?

2. Do que mais gostaram?

3. Do que não gostaram?

4. O que sentiram enquanto estavam brincando? Vocês consideram esse

sentimento bom ou ruim? Por quê?

5. Gostariam de brincar de novo? Quais brincadeiras sugerem? Por quê?

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Tarefa para casa

O presente trabalho busca resgatar as brincadeiras infantis, para tanto propõe

a aplicação de um questionário (ver apêndice B) para os pais ou responsáveis pelos

alunos participantes, com o objetivo de relacionar as brincadeiras conhecidas por

eles com as praticadas por seus familiares nos momentos de infância. Os dados

coletados por meio dos questionários aplicados aos alunos e aos pais e/ou

responsáveis serão cuidadosamente tabulados pelo professor e apresentados no

segundo encontro com o objetivo de “confrontar” as brincadeiras do tempo dos pais

e as atuais, praticadas pelos alunos.

MARCELLINO, Nelson Carvalho org. Lúdico, educação e educação física. 2ª ed.

Ijuí: Ed. Unijuí. 2003.

A obra indicada traz uma coletânea de textos que apresentam a importância

do lúdico sob a ótica de profissionais de diferentes áreas como psicólogos,

educadores, sociólogos, fisioterapeutas.

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MARINHO, Hermínia Regina Bugeste et al. Pedagogia do movimento: universo

lúdico e psicomotricidade. 2ª ed. Curitiba: Ibepex. 2007.

Este livro tem por objetivo oferecer àqueles que já atuam como profissionais

da educação subsídios para a discussão sobre questões relevantes no âmbito da

pedagogia do movimento – o universo lúdico e a psicomotricidade -, aspectos

importantes na educação infantil e no prosseguimento da educação básica

(MARINHO, 2007, p. 5).

1. A importância das brincadeiras para o desenvolvimento das crianças

Por meio de entrevista, a psicóloga Ana Maria Beriof enfatiza a importância

das brincadeiras para o desenvolvimento das crianças.

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=ZQ-i4hu6h7Q

2. A importância do brincar

Entrevista com Tizuco Morchida Kishimoto, abordando o tema “A importância

do ato de brincar”.

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=HpiqpDvJ7-8

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... o brinquedo propicia diversão, prazer e até desprazer, quando escolhido voluntariamente e função educativa, o brinquedo ensina qualquer coisa que complete o indivíduo em seu saber, seus conhecimentos e sua apreensão do mundo.(KISHIMOTO, 2011, p.41).

2. UNIDADE 2 – AS TECNOLOGIAS

Não é possível conceber a atualidade sem o uso das tecnologias. Elas estão

presentes em todos os momentos do dia a dia, ao saber as notícias da região no

telejornal, relaxar ao som de uma música veiculada pelo rádio, divertir-se com os

colegas nos jogos eletrônicos, comunicar-se utilizando o celular, e-mail. “Os meios

de comunicação de massa influem hoje poderosamente na concepção de mundo

das pessoas” (KRASILCHIK, 2005, p. 111). Mas isso nem sempre foi assim, e se faz

necessário citar que o avanço tecnológico ainda não atinge igualmente, todas as

classes da sociedade.

Até meados da década de 1990 os preços dos aparelhos tecnológicos eram

inconcebíveis, tornando-se regalia das classes de maior poder aquisitivo. Porém,

com a globalização, os preços tornaram-se acessíveis e os aparelhos eletrônicos

assumiram os primeiros lugares na lista de presentes. Com as baixas nos preços, os

pais, atendendo ao pedido das crianças lhes fornecem brinquedos eletrônicos

altamente sofisticados.

Com o ápice do avanço tecnológico, nasce a geração Z, que não concebe o

mundo sem o uso das tecnologias. A geração Z compreende os nascidos a partir da

década de 90, que cresceram no advento da informática. As crianças de hoje,

consideradas digitais, são multifuncionais uma vez que realizam inúmeras atividades

ao mesmo tempo. Elas conversam com os colegas online, ouvem música no iphone,

Figura 7: Tecnologia e ludicidade Fonte: Caldeirão de ideias, 2013.

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assistem a um programa de TV e julgam o telefone celular como sendo vital para

sua sobrevivência, pois mantém-se conectados com os amigos.

Mas até que ponto o uso de tecnologias é favorável? É possível que ele

venha comprometer o desenvolvimento das crianças?

Alguns indivíduos da nova geração sentem-se bem e confortáveis apenas

atrás das telas do computador. Ciriaco (2009) acrescenta que “os problemas dessa

geração são relativos à interação social e o fraco desenvolvimento interpessoal.

Muitos [...] sofrem com a falta de expressividade na comunicação verbal, o que

acaba por causar diversas dificuldades”. Não é apenas no que se refere a interação

que os indivíduos da nova geração podem ser prejudicados, o fácil acesso à

diferentes tipos de informação também pode comprometer o desenvolvimento das

crianças e adolescentes. Segundo Silva (2012):

Para o psicólogo especialista em sexologia, Carlos Boechat Filho, o afrouxamento dos valores sexuais e a influência da mídia são os principais responsáveis por um adiantamento na vida sexual dos adolescentes. Segundo o psicólogo, quanto mais tempo em frente à TV ou ao computador, navegando pela Internet, maior será a facilidade de acesso a conteúdos eróticos e inapropriados para menores [...]

É inegável a presença e o uso das tecnologias, mas é necessário que as

crianças tenham conhecimento de como utilizá-las, sem que as mesmas possam

causar danos à infância. Cordeiro e Coelho (2006, p. 887) afirmam que

existe uma urgência na preparação das crianças para o contato com o bombardeio de informações de tão fácil acesso, primando pela construção de um filtro capaz de selecionar àquelas de maior qualidade além do trato com a acuidade visual, eficaz no entendimento das imagens que povoam nosso cotidiano.

Fala-se então, não em proteger crianças da influência negativa das mídias,

mas sim, em instruí-las a filtrar essa gama de informações às quais estão sujeitas

diariamente.

Frente a isso,

a Educação não pode nem deve desprezar esse dado da realidade, nem agir como se a tecnologia não fizesse parte da vida dos alunos. É preciso levar em conta que os alunos de hoje serão os profissionais no futuro, quando a sociedade será ainda mais informatizada e dependente dessas e de novas tecnologias que vão surgir. De qualquer forma, educá-los para os

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novos tempos requer a utilização dos atuais recursos disponíveis. (MORAIS; ANDRADE, 2009, p. 97)

Para que as novas tecnologias façam parte, também, do cotidiano escolar é

preciso que os professores percebam que estas podem e devem ser utilizadas como

colaboradoras do processo de ensino e aprendizagem, que saibam utilizá-las e as

incorporem no plano de trabalho docente (PTD) e na proposta pedagógica curricular

(PPC).

As escolas da rede pública de ensino do Estado do Paraná foram

contempladas com a instalação de laboratórios de informática com acesso a

internet. “Mas apenas ter os computadores na escola não garante seu uso. É de

extrema importância que o professor se coloque em situação de aprendizagem [...]

deve estar aberto para interagir com a nova tecnologia, aprender com o outro”

(MORAIS; ANDRADE, 2009, p. 98). Esse pode ser considerado o primeiro passo:

utilizar o laboratório de informática para realizar pesquisas que complementem ou

sejam a introdução ao conteúdo abordado.

Para que o uso do laboratório de informática, como acesso ao conhecimento

historicamente construído seja eficaz, é necessário que os alunos aprendam a

pesquisar.

Em sua definição, pesquisa é entendida como

o processo racional e sistemático, com método de pensamento reflexivo, que requer um tratamento científico e tem como objetivo buscar respostas aos problemas sugeridos, podendo gerar novos conhecimentos e/ou refutar

alguns conhecimento preexistente. (MORAIS; ANDRADE, 2009, p. 72-73)

No contexto escolar, a pesquisa deve ser realizada em situações de

aprendizagem, estimuladas e orientadas pelo professor. Nesse sentido, Morais e

Andrade (2009, p. 72), orientam que a pesquisa deve auxiliar o aluno a

estudar com independência; planejar; conviver e interagir em grupo; aceitar as opiniões dos outros; usar adequadamente a biblioteca; utilizar as fontes de consulta; desenvolver o pensamento crítico e o gosto pela leitura; adquirir autonomia no processo de conhecimento; aprender a trabalhar colaborativa e cooperativamente; entre outros.

Atualmente, a pesquisa não se restringe a biblioteca escolar ou municipal. A

internet possibilita acesso gratuito à uma gama de informações, cabendo ao

professor, no ambiente escolar, orientar seu uso evitando a prática do “copiar e

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colar”. Ao propor uma pesquisa na internet, o professor deve orientar os alunos para

que os objetivos propostos na atividade sejam alcançados e colaborem com a

construção do conhecimento.

Para fazer frente à demanda social, é importante [...] que as escolas passem a utilizar as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) em seus processos de ensino e aprendizagem. Em sua definição, as TICs podem ser consideradas como um conjunto de recursos tecnológicos que, se integrados, podem proporcionar a automação e/ou comunicação de vários tipos de processos existentes no ensino e na pesquisa científica [...]. Ou seja, são tecnologias utilizadas para reunir, distribuir e compartilhar informações. Por exemplo: sites, equipamentos de informática (hardware e software), telefonia, serviços automatizados e outros. (MORAIS; ANDRADE, 2009, p. 98)

Os programas de edição, os softwares, a internet e o celular podem ser

utilizados como colaboradores do processo de ensino e aprendizagem, cabendo ao

professor conhecer as inúmeras possibilidades de utilização de cada ferramenta.

Apesar das dificuldades, é necessário incluir as tecnologias no cotidiano escolar,

levando em conta que as mesmas fazem parte do dia a dia dos alunos. As novas

tecnologias concorrem com a sala de aula, uma vez que são estimulantes e atrativas

e portanto, devem permear a prática do professor.

Como orientar uma pesquisa na internet?

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Apresentar aos alunos os dados coletados por meio dos questionários

(Apêndice A) que eles responderam e confrontar, quando possível, com as

informações obtidas por meio da análise dos questionários que foram respondidos

pelos pais e/ou responsáveis (Apêndice B); mediar debate sobre cada questão;

enfatizar as brincadeiras praticadas pelos pais e pelos alunos e propor pesquisa

sobre as mesmas, como: formas de brincar, regras, número de participantes, entre

outras.

No laboratório de informática, possibilitar aos alunos navegar livremente pela

internet por 30 minutos. Concluído o tempo previsto, perguntar um a um, quais foram

os sites visitados por eles e qual o interesse deles nesses sites.

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Apresentar o computador e o celular, como meios de pesquisa que viabilizam

o acesso ao conhecimento historicamente construído utilizando o vídeo “Novas

fontes de pesquisa”, disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=d6uqfwqyj3s.

O vídeo sugerido retrata as “antigas” e as novas fontes de pesquisa, ou seja, os

livros e a internet.

Concluído o vídeo, mediar debate sobre a opinião dos alunos acerca da

utilização do computador como fonte de pesquisa.

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Orientar os alunos a buscar informações sobre as brincadeiras elencadas

pelos pais e/ou responsáveis nos questionários e apresentadas a eles na atividade

1. Cada aluno ficará responsável pela coleta e registro de informações sobre uma

brincadeira, previamente escolhida por ele. Esse registro deverá ser feito utilizando

um editor de texto.

Professor, o “Prezi” é uma ferramenta que se assemelha ao power point

porém, disponibiliza meios diferenciados para organização de uma apresentação. É

importante que você conheça e tenha utilizado o “Prezi” para facilitar a orientação

aos alunos.

Dica: Apresentações fantásticas com o “Prezi”. - tutorial “Prezi” disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=ijSDqstB1nk-

Essa atividade demanda tempo. Professor, você pode apresentar o tutorial

citado anteriormente e na sequência, fazer passo a passo com os alunos. Esse é o

momento destinado a organização das informações obtidas pelos alunos durante as

pesquisas, para posterior apresentação para a turma.

Com a apresentação organizada, chega o momento de socializar com a turma

o histórico da brincadeira, número de participantes, regras, dentre outros. Após cada

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apresentação, o aluno responsável pela pesquisa convidará os demais a colocar em

prática as informações que lhes foram repassadas, “brincando”, sob a cuidadosa

mediação do professor.

Encerradas as apresentações chega o momento de você mediar o debate

acerca da importância da internet como meio de acesso ao conhecimento, de

instigar os alunos a comentarem sobre o uso que faziam e como irão proceder com

o acesso a internet após os novos conceitos formulados por meio do trabalho de

pesquisa desenvolvido no desenrolar dessa unidade.

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Professor, nesta atividade os alunos serão orientados a construir objetos

utilizados nas brincadeiras como saquinhos para “jogar pedrinha”, para brincar de

“Escravos de Jó”, “cata-vento”.

Esse momento dependerá das brincadeiras trabalhadas em cada realidade

por isso restrinjo-me apenas a sugestão dessa atividade. Certamente

compartilharemos desse momento no Grupo de Trabalho em Rede (GTR).

Nesta atividade os alunos serão orientados a construir um blog com o objetivo

de socializar os conhecimentos adquiridos durante os encontros.

No Google estão disponíveis tutoriais que orientam a como proceder na

construção de um blog.

Professor, a seguir relaciono alguns

vídeos que lhe serão úteis:

1. Jornal Tv Sul

Apresenta uma reportagem sobre as

fontes de pesquisa e a importância

da orientação dada ao aluno.

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Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=NY5wPLK1J0k

2. Modalidades de pesquisa em educação

Belmira Bueno, professora da Faculdade de Educação da USP apresenta as

modalidades de pesquisa em educação, diferenciando e exemplificando a pesquisa

qualitativa e a pesquisa quantitativa.

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=IamJuWyiyi4

CORRÊA, Juliane. Novas tecnologias da informação e da comunicação; novas estratégias de ensino/aprendizagem. In: COSCARELLI. Carla Viana. Novas tecnologias, novos textos, novas formas de pensar. 3ª Ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2006 (p. 43-50) CURY, Regina; NUNES, Lina Cardoso. Contribuição dos softwares educativos na construção do conhecimento de forma lúdica. Linhas Críticas, Brasília, v. 14, n. 27, p. 227-246, jul./dez. 2008. NETO, Humberto Torres Marques. A tecnologia da informação na escola. In: COSCARELLI. Carla Viana. Novas tecnologias, novos textos, novas formas de pensar. 3ª Ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2006 (p. 51-64).

As leituras sugeridas abordam a importância de inserir as tecnologias no

cotidiano escolar, possibilitando uma articulação entre estas e a educação de

maneira que as tecnologias tornem-se aliadas do professor na construção de uma

aprendizagem significativa e na formação intelectual, ética e moral do ser humano.

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A sexualidade, quando relacionada à infância, ainda hoje, é pouco falada e explicada e, por isso, permanece como uma terra incógnita. (CONSTANTINE, MARTINSON, 1984)

3. UNIDADE 3 – SEXUALIDADE

A sexualidade faz parte da vida e relaciona-se com o desenvolvimento do

indivíduo. “O comportamento sexual começa na infância, nas atitudes e

curiosidades, decorrentes das necessidades de satisfações instintivas que exigem

gratificações eróticas” (COSTA et all, 2001).

Ainda que a sexualidade infantil esteja presente desde o nascimento, ela tem um tempo e um ritmo que lhe são próprios, e a exposição prematura a um excesso de estímulos sexuais pode ser problemático para um sujeito em constituição. Uma das fontes deste excesso pode ser a mídia. Alguns programas de televisão podem incentivar o despertar da sexualidade de maneira prejudicial para o futuro da criança (CECCARELLI, 2003)

Garritano e Salada (2010, p. 61) afirmam que “o mundo contemporâneo tem

como um de seus referenciais o corpo em evidência. Estetizado e especularizado o

corpo é colonizado em nome do poder econômico, tornando-se uma mercadoria de

grande valor de troca”.

A valorização do corpo é percebida desde a infância, crianças preocupam-se

cada vez mais com a aparência, com o ter. Trocam as bonecas e carrinhos por

roupas e acessórios da moda sendo, desta forma, encarados como sujeitos

consumidores, e as propagandas voltadas ao público infantil são disponibilizadas por

meio de diferentes suportes. A exposição do corpo é instigada por programas

televisivos que apresentam bailarinas seminuas, cenas de sexo implícitas ou até

Figura 8: Pensar a sexualidade. Fonte: Educar para Crescer, 2013.

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mesmo explícitas, propagandas, no intervalo da programação infantil, que mostram

mulheres sensuais e homens com corpos bem definidos.

Mas a referência ao sexo não acontece somente nos programas de televisão.

A partir do universo infantil são criadas letras de músicas eróticas e sensuais as

quais, facilmente são interiorizadas e reproduzidas pelas crianças.

A internet também favorece o acesso a imagens e vídeos com conteúdos que

referem-se exclusivamente ao sexo. Hoje, a ausência dos pais e a presença das

mídias, entre outros, favorecem a erotização precoce. A infância está cedendo lugar

para a juventude, isto é, ao invés de brincar de roda, amarelinha, esconde-esconde,

as crianças estão preocupando-se com questões que são de interesse dos adultos.

Fundamentando-se nos princípios teóricos expostos, propõe-se que o currículo da Educação Básica ofereça, ao estudante, a formação necessária para o enfrentamento com vistas à transformação da realidade social, econômica e política de seu tempo. Esta ambição remete as reflexões de Gramsci em sua defesa de uma educação na qual o espaço de conhecimento, na escola, deveria equivaler a ideia de atelier-biblioteca-oficina, em favor de uma formação, a um só tempo, humanística e tecnológica (PARANÁ, 2008. p. 22)

Frente ao exposto considera-se de suma importância abordar o assunto

sexualidade com os alunos enfatizando a exposição realizada pela mídia, que pode

fomentar a erotização precoce.

Sexualidade, segundo Ferreira (2004, p. 660) é sinônimo de “condição de

sexual; sensualidade; sexo”. Sensualidade esta que pode ser percebida nas

imagens que as crianças disponibilizam na proteção de tela do celular ou redes

sociais como o facebook.

Mas porque esse desejo de ser reconhecido? O que tem despertado nas

crianças impulsos sexuais numa fase em que ainda deveriam estar se divertindo

com as brincadeiras de infância?

A reportagem veiculada na revista Veja do dia 13/02/2002, apresenta dados

da pesquisa realizada em algumas capitais brasileiras, referente à precocidade da

iniciação sexual. As idades dos entrevistados que afirmam ter vida sexual ativa varia

dos 11 anos de idade até os 15 anos. Sob esse aspecto, a mídia tem contribuído

com essa situação veiculando filmes, telenovelas, músicas que despertam nas

crianças o interesse por questões referentes ao sexo.

É preciso possibilitar as crianças meios que lhes permitam compreender que

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na vida há um tempo certo para todas as coisas. Tempo de brincar, de estudar, de

trabalhar, de formar família e que se esses fatos não acontecerem no momento

adequado podem causar danos que serão sentidos durante toda a vida do indivíduo.

A criança precisa se reconhecer como criança, ter atitudes de criança, brincar

com brincadeiras de criança, viver no mundo das crianças, deixando que as

questões relacionadas a vida adulta como a sexualidade, o trabalho, os filhos,

sejam consequências do tempo e amadurecimento de cada um.

Para tanto a Unidade 3 apresenta leituras, sugestões de vídeos e atividades

que têm por objetivos possibilitar aos participantes que reflitam sobre a concepção

que eles têm de “ser grande” e o que é “ser grande” para a sociedade.

Nessa atividade vamos, juntamente com os alunos, refletir sobre a

sensualidade que pode favorecer a sexualidade.

Professor, no laboratório de informática, solicite aos alunos que acessem a

rede social da qual participam e mostrem as fotos que foram compartilhadas. Caso o

aluno não participe de nenhuma rede social, oriente-o a buscar no Google imagens

que considere “legais”.

Deixe-os escolher as fotografias/imagens, levantar do lugar para ver as

escolhidas pelos demais; após a socialização, peça a cada um que descreva para

você e para a turma, sua fotografia preferida e explique o porquê dessa preferência.

Em seguida professor você mostra para os alunos imagens (previamente

selecionadas) de crianças brincando e confronta-as com as fotografias apresentadas

pelos alunos. Deixe que eles percebam as diferenças e façam as comparações,

expondo assim, a percepção acerca do tema abordado.

Na sequência, oriente os alunos a construir o seguinte quadro:

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QUERO TER A MINHA IDADE

QUERO SER GRANDE

Colar fotos correspondentes a atividades

pertinentes a idade atual e justificá-las

por meio de frases (deverão ser de

autoria dos alunos).

Colar fotos correspondentes a atividades

que realizarão quando adultos e justificá-

las por meio de frases (deverão ser de

autoria dos alunos).

Para concluir a atividade 1, fomente o debate sobre as atividades que podem

ser realizadas com a idade em que se encontram e atividades que só poderão

realizar quando adultos.

De posse de uma máquina fotográfica, tire fotos dos quadros e oriente os

alunos a disponibilizar no blog construído na unidade 2.

Nesta atividade vamos trabalhar o “ser grande” para a sociedade, para o

trabalho.

Aqui cada aluno receberá um papel cartão (40cmx40cm) e deverá representar

por desenhos o questionamento: “Como eu quero ser grande”?

Disponibilize materiais como réguas, canetinhas, canetões, lápis de cor para

que os alunos criem livremente seus desenhos. Quando concluírem, cada um

deverá expor e descrever seu desenho para a turma e colar no grande painel

(organizado previamente).

Agora é sua vez professor, faça a mediação, fale, escute, explique, oriente a

importância de vivenciar o que cada fase da vida nos proporciona, e a importância

que cada uma tem para a formação integral do indivíduo.

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Professor organize um espaço agradável e confortável para passar o vídeo

“Big” ou “Quero ser grande” que foi ao ar no ano de 1988.

Sinopse

Após ser humilhado por não ter altura o suficiente para entrar em uma

montanha-russa de um parque de diversões, Josh (Tom Hanks) vai a uma máquina

de desejos, e pede para ser "grande". No dia seguinte, surpreendentemente, ele se

vê transformado num adulto de trinta anos. Ao tentar contar a verdade para sua

mãe, ela o expulsa de casa achando se tratar de um invasor.

Josh convence seu melhor amigo, Billy Kopecki, de sua identidade ao cantar

uma "canção secreta" que apenas eles dois conheciam. Com a ajuda de Billy, ele

aluga um apartamento em Manhattan e consegue um emprego numa empresa de

brinquedos, a MacMillan Toy Company.

Uma das cenas mais memoravéis do filme ocorre entre Tom Hanks e Robert

Loggia, que interpreta o chefe da companhia. Os dois se encontram numa loja de

brinquedos FAO Schwarz, e Josh o impressiona por seu entusiasmo. Os dois

acabam realizando um dueto num teclado eletrônico gigante, onde tocam

"Chopsticks" e "Heart & Soul". Isso rende a Josh o emprego de seus sonhos: passar

o dia inteiro testando brinquedos - e ser pago por isso. Seu sucesso na empresa

atrai a atenção de uma colega, Susan (interpretada por Elizabeth Perkins), e os dois

iniciam um relacionamento. Num dado momento, Josh se vê tendo de escolher entre

viver como um adulto com Susan ou retornar à sua família como uma criança. Josh

tenta convencê-la a se juntar a ele, mas ela demonstra não estar disposta a reviver

sua adolescência.

Sinopse disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Big_(filme)

De maneira prazerosa e divertida, por meio deste vídeo será possível

trabalhar as “responsabilidades” atribuídas às crianças e aos adultos. Permita que

os alunos falem livremente sobre o vídeo, que opinem, questionem e depois oriente-

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os para que possam perceber as atribuições das crianças e dos adultos e com as

quais eles se identificam mais nessa fase da vida em que se encontram.

Para finalizar esta atividade, proponha aos alunos que escrevam sobre o

seguinte questionamento: “Será mesmo que quero ser grande, hoje? Ou prefiro

deixar que a idade e as atribuições da vida adulta cheguem naturalmente, com o

passar dos anos?

Oriente-os a postar os textos no blog da turma.

Solicitar aos alunos que construam um “boneco” de acordo com a sua

concepção do que é ser grande e confrontar com a questão do ser grande para a

sociedade (trabalho, profissionalismo, família) – na tentativa de demonstrar a eles

que existe uma diferença em tentar ser grande da forma como eles expõem – na

sensualidade/sexualidade – e realmente crescer e ser grande para a sociedade

(como profissional, como pai e mãe de família – o que requer muito empenho e

dedicação, saber se portar e se vestir como gente grande), confrontando a ideia do

que é ser grande na concepção deles e o que é ser grande frente às concepções da

sociedade e da sua própria biologia, ou seja, o amadurecimento pessoal.

Distribua réguas, canetinhas, canetões, lápis de cor, cartolinas e oriente os

alunos a confecção do boneco que deverá ter roupas e acessórios, de acordo com a

imaginação de cada um. Essa atividade é individual, ao término da mesma, cada

aluno deverá apresentar o seu desenho.

Professor, essa atividade dependerá de como o boneco foi construído.

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1. Se o boneco apresentar traços de sensualidade:

Confronta-se com as questões de conduta, moral e ética, que estariam

envolvidas com aquele boneco. É importante traçar, com o auxílio dos alunos, um

histórico da vida dele, como ele viveu a infância, o que ele realmente quer ser na

vida, como ele quer atuar na sociedade.

2. Se o boneco não apresentar traços de sensualidade:

Use o mesmo raciocínio. Confronte com as questões de conduta, moral e

ética, que estariam envolvidas com aquele boneco; trace, com o auxílio dos alunos,

um histórico da vida dele, como ele viveu a infância, o que ele realmente quer ser na

vida, como ele quer atuar na sociedade.

Lembre-se, estamos falando sobre o boneco elaborado pelos alunos.

Quando os alunos concluírem a apresentação de seus “bonecos” e as

reflexões sobre os mesmos, de acordo com as orientações, abordar o tema

“sexualidade” mas na forma de “tudo ao seu tempo”; tempo de crescer, de brincar,

de aprender, de ensinar, de estudar, de trabalhar, de constituir família, refletindo

sobre o fato de que eles têm toda a vida pela frente, que podem e devem deixar que

cada experiência biológica, sexual e social seja experimentada no seu devido tempo.

Recordar as brincadeiras eleger uma ou mais e brincar, aproveitando o

momento da infância que os permite desfrutar de agradáveis e divertidas

brincadeiras.

Após o encerramento, aplicar o questionário (Apêndice C), com o intuito de

coletar dados para confrontar o antes, no que diz respeito às brincadeiras, utilização

das tecnologias e sexualidade, com o depois ou seja, a percepção de tinham antes

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e depois das atividades desenvolvidas por meio do projeto “Tecnologia a favor de

infância: resgatando a ludicidade”.

1. Infância e o despertar para a sexualidade: os perigos da rede

Entrevista com Franciane Bernardes – Doutora em Comunicação social e

Edgard Rebouças - coordenador do Observatório Regional na Mídia, que alertam

para os perigos que acesso a internet oferece as crianças.

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=vilrQddWlns

2. Juno

Juno é um filme canadense-americano de 2007 dirigido por Jason Reitman. O

filme aborda de forma peculiar a problemática gravidez na adolescência; mostra

situações de uma menina de 16 anos chamada Juno, que engravida de seu

companheiro de classe Bleeker, e desiste de fazer um aborto. Com a ajuda do pai,

da madrasta e da melhor amiga Leah, a jovem adolescente procura o casal "perfeito"

para criar seu filho, e encara situações delicadas e incomuns para sua maturidade.

Sinopse disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Juno_(filme)

PAGNUSSATTI, Vera Beatriz Hoff;

SOARES, Alexandre Sebastião Ferrari. Os discursos da mídia, suas múltiplas leituras como propulsora da

sexualidade precoce e gravidez na adolescência. Disponível em: http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2009/anais/pdf/2322_1209.pdf.

Acesso em: 11/11/2013

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APÊNDICE

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APÊNDICE A - Questionário destinado aos alunos no inicio das atividades SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

Professor PDE: Fabiana Cristina Bonin Área PDE: Ciências NRE: Telêmaco Borba IES: Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) Professora orientadora: Cristina Lucia Sant’Ana Costa Ayub Escola de implementação: Colégio Estadual Dr. Luiz Vieira Público objeto da intervenção: sexto ano

Tecnologia a favor da infância: resgatando a ludicidade

Nome: ___________________________ Idade: _________

1. Quando você está em casa, qual das atividades elencadas a seguir costuma realizar? Enumere por ordem de frequência.

( ) ajudo nos afazeres domésticos (lavar e secar a louça, limpar a calçada, etc)

( ) cuido do(a) meu(minha) irmão(ã) caçula

( ) assisto TV

( ) navego na internet

( ) brinco no quintal da minha casa com brinquedos diversos

( ) brinco na rua com meus amigos

2. Com que frequência você brinca no quintal de casa?

( ) todos os dias

( ) apenas no final de semana

( ) três dias na semana

( ) quatro dias na semana

( ) cinco dias na semana

( ) não brinco no quintal

( ) minha casa não tem quintal

3. Quais são suas brincadeiras preferidas, quando está em casa?

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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4. Com que frequência você brinca na rua com seus amigos?

( ) todos os dias

( ) apenas no final de semana

( ) três dias na semana

( ) quatro dias na semana

( ) cinco dias na semana

( ) não brinco na rua com meus amigos

5. Quais são as brincadeiras preferidas por você e seus amigos?

6. Das brincadeiras relacionadas a seguir, quais você conhece?

( ) passa anel ( ) pular corda ( ) bet ombro

( ) esconde-esconde ( ) pipa ( ) peão

( ) telefone sem fio ( ) estátua ( ) batata quente

( ) brincadeiras de roda

Outras______________________________________________________________

7. Você prefere brincar?

( ) sozinho ( ) com meus amigos

Por quê?

8. Para você é importante brincar? Por quê?

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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APÊNDICE B - Questionário destinado aos pais no inicio das atividades SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

Professor PDE: Fabiana Cristina Bonin Área PDE: Ciências NRE: Telêmaco Borba IES: Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) Professora orientadora: Cristina Lucia Sant’Ana Costa Ayub Escola de implementação: Colégio Estadual Dr. Luiz Vieira Público objeto da intervenção: sexto ano

Nome: _______________________________ Idade: _________

Tecnologia a favor da infância: resgatando a ludicidade

1. Na sua infância, como você costumava se divertir?

( ) brincava em casa com irmãos e/ou primos

( ) brincava na rua com amigos

( ) gostava de ler

( ) outra. Qual? ______________________________________________________

2. Você se recorda de brincadeiras de sua infância?

( ) Sim ( ) Não

Se a resposta for afirmativa, relacione-as e explique como aconteciam (regras):

3. Durante sua infância você brincou de:

( ) passa anel ( ) pular corda ( ) bet ombro ( ) esconde esconde

( ) bolinha de gude ( ) pipa ( ) estátua ( ) batata quente

( ) escravos de Jó ( ) peão ( ) telefone sem fio

Outra ______________________________________________________________

4. Das brincadeiras praticadas por você durante sua infância, qual (quais) você já viu as crianças brincando hoje em dia?

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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5. Você ensinou ou pretende ensinar as brincadeiras da sua infância para seus filhos? Por quê?

6. Para você, qual a importância do ato de brincar?

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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APÊNDICE C - Questionário destinado aos alunos ao término das atividades SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

Professor PDE: Fabiana Cristina Bonin Área PDE: Ciências NRE: Telêmaco Borba IES: Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) Professora orientadora: Cristina Lucia Sant’Ana Costa Ayub Escola de implementação: Colégio Estadual Dr. Luiz Vieira Público objeto da intervenção: sexto ano

Tecnologia a favor da infância: resgatando a ludicidade

Nome: ___________________________ Idade: _________

1. Quais são suas brincadeiras preferidas, quando está em casa?

2. Com que frequência você brinca na rua com seus amigos?

( ) todos os dias

( ) apenas no final de semana

( ) três dias na semana

( ) quatro dias na semana

( ) cinco dias na semana

( ) não brinco na rua com meus amigos

3. Quais são as brincadeiras preferidas por você e seus amigos?

4. Das brincadeiras relacionadas a seguir, quais você conhece?

( ) passa anel ( ) pular corda ( ) bet ombro

( ) esconde-esconde ( ) pipa ( ) peão

( ) telefone sem fio ( ) estátua ( ) batata quente

( ) brincadeiras de roda

Outras______________________________________________________________

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5. Como você as conheceu?

6. Você gosta dessas brincadeiras? Qual é a sua preferida? Como você se sente quando está brincando?

7. Para você é importante brincar? Por quê?

8. Com que finalidade você acessa a internet?

9. Para você, a internet é apenas uma fonte de diversão ou tem outras finalidades? Quais?

10. Com a idade que você tem hoje, quais são as suas responsabilidades?

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REFERÊNCIAS

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PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Diretrizes Curriculares de Ciências para a Educação Básica. Curitiba: SEED, 2008.