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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3 Cadernos PDE I

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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3Cadernos PDE

I

Page 2: OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA … · ... sendo base do desenvolvimento cognitivo e afetivo do ser humano. O ... o desenvolvimento da criança é biopsicossocial,

1 Professora de inglês, atuante no colégio Estadual Padre Claudio Morelli, Curitiba, Paraná 2. Professora Orientadora, Doutora em Letras Inglês – Língua e Linguística Aplicada, que atua no curso de Letras da Universidade Federal do Paraná

ATIVIDADES LÚDICAS - MOTIVAÇÃO NAS AULAS DE INGLÊS

Geralda de Lourdes Marcondes¹

Aleksandra Piasecka-Till²

RESUMO

Este trabalho deriva da minha pesquisa realizada sobre atividades lúdicas. Com base em problemas encontrados na escola onde atuo, principalmente a falta de motivação dos alunos em estudar a Língua Inglesa no decorrer do ano letivo, eu iniciei minha pesquisa sobre este tema com o intuito de buscar atividades que motivem os alunos ao aprendizado deste idioma. A pesquisa está voltada para alunos de 6ª ano do ensino fundamental, mas, visa incentivar professores das demais séries também a desenvolverem e aplicarem atividades lúdicas nas aulas de Língua Estrangeira Moderna - LEM. Neste artigo, vou expor como se deu a implementação de atividades lúdicas para alunos de 6º ano do ensino fundamental. Serão abordadas as seguintes questões: qual é o papel do professor como aplicador das atividades em sala de aula; como motivar os alunos para estudar a língua inglesa por todo o período escolar; como se dá a aplicação e a mediação das atividades lúdicas em sala de aula; como elaborar uma atividade lúdica de acordo com o conteúdo trabalhado ou a trabalhar, entre outras.

Palavras-chave: Língua Inglesa, Atividades Lúdicas, Motivação,

1 INTRODUÇÃO

Este texto tem por finalidade relatar a como se deu a implementação

pedagógica na escola, após estudos realizados por mim tendo como tema

atividades lúdicas para serem aplicadas nas aulas de LEM. O uso de atividades

lúdicas nas aulas da língua inglesa tem como objetivo estimular o aluno ao

aprendizado da língua, uma vez que grande parte dos alunos tende a perder a

motivação para o estudo da língua inglesa no decorrer do ano e este é um fator

preocupante para a escola, o que deva levar o professor a buscar novas

práticas que proporcionem aos alunos maior interesse pelo estudo da língua

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inglesa. Sendo assim, vê-se necessário que o professor de 6º ano tenha uma

grande responsabilidade para prorrogar o interesse e o entusiasmo destes

alunos por todo o período letivo. Partindo desta situação-problema e com base

em pesquisas realizadas e na produção didático-pedagógica elaborada com

atividades lúdicas, foi implementado o projeto de intervenção no Colégio

Estadual Padre Claudio Morelli em Curitiba-Pr.

A intervenção na escola justifica-se pela necessidade de utilizar nas

aulas de inglês, atividades motivadoras, pois, vivencia-se ao longo dos anos a

situação em que, no início do ano letivo, os alunos do 6º ano, em geral, estão

motivados em conhecer seus novos professores e suas novas disciplinas. Isto

não é diferente no caso da LEM, pois para a grande maioria deles é uma

novidade aprender o idioma.

A escolha de trabalhar com educandos de 6º ano, foi baseada na

hipótese de que o ensino da língua inglesa nesta série precisa acontecer

diferentemente da forma que vem ocorrendo, principalmente porque o mesmo

vem sendo enfocado da mesma forma que a língua materna, no entanto, a

língua inglesa possui origem, estruturas, aspectos sociais e culturais diferentes

da língua portuguesa.

A inovação nas aulas de línguas para estes alunos é necessária, assim,

o ensino da Língua Estrangeira, em especial do Inglês, tem sido foco de várias

discussões no âmbito escolar, nas quais os professores trocam experiências

vividas em sala de aula, a falta de interesse dos alunos e a dificuldade de

aprendizagem são as mais relatadas, e buscam alternativas para manter o

interesse do aluno nas aulas de LEM. Como manter o interesse do aluno nas

aulas, quais atividades são motivadoras para os alunos, como trabalhar

atividades lúdicas, troca de experiências entre os professores, são questões

discutidas em diversos momentos na escola entre os professores de LEM.

Procurando a compreensão de como acontece o processo de aprendizado

dessa língua, sentiu-se a necessidade de aprofundar os conhecimentos sobre

esse tema.

Com a aplicação de atividades lúdicas como introdução de um

determinado conteúdo ou para fixação de um conteúdo já trabalhado, pretende-

se manter esta empolgação ao longo dos anos que o aluno permanecer na

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escola. O senso comum diz que atividades lúdicas são aplicadas para os

alunos das séries iniciais do Ensino Fundamental, porém, constantemente

observamos adultos se divertindo com estas atividades. Assim, podemos

utilizar este recurso também com alunos das séries finais do Ensino

Fundamental e do Ensino Médio. No contexto escolar, atividades lúdicas

devem ser usadas como instrumento de aprendizagem que vem enriquecer a

apropriação da língua inglesa de forma descontraída e divertida, porém,

devemos ter o cuidado de não utilizar quaisquer atividades lúdicas, como:

jogos, vídeo clips, filmes, meramente como distração. As atividades lúdicas, em

todas as turmas devem ter o propósito de contribuir com situações de

aprendizagem ou de fixação de conteúdo.

Portanto, ao estudar e conhecer mais a fundo como se dá o processo de

aquisição da linguagem e, propriamente, a aquisição da Língua Inglesa, é

possível oferecer aos alunos do 6º ano da escola pública atividades lúdicas,

proporcionando a eles a entrada num universo diferente do seu, com condições

de acesso ao conhecimento de outros idiomas ainda desconhecidos ao aluno.

2 ATIVIDADES LÚDICAS – MOTIVAÇÃO NAS AULAS DE INGLÊS

A atividade lúdica é uma atividade recreativa onde há a participação de

um ou mais alunos e tem como finalidade proporcionar aos praticantes: lazer,

diversão e entretenimento, mas, principalmente, aos alunos do ensino regular,

agregar conhecimento.

O jogo é uma via de acesso ao pensamento infantil, portanto, quando a

criança está diante de um jogo que tenha prazer em realizar, ela solta a

criatividade e age com naturalidade, sem tentar esconder o que está pensando.

As atividades propostas para a criança nas séries iniciais do Ensino

Fundamental são, geralmente, atividades lúdicas apresentadas de uma forma

mais descontraída, apropriadas para a sua idade. Porém, as séries finais do

Ensino Fundamental começam a exigir mais desempenho deste educando e a

criança passa a fazer parte de um processo de aprendizagem diferente da qual

ela está inserida e isto faz com que a criança possa passar por um choque

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cultural.

Brincar, relacionar, viver, simular, imaginar, aprender - do chocalho ao

videogame, aprendemos a nos relacionar com o mundo por meio dos jogos e

brincadeiras. Por este motivo, o jogo tem um papel de destaque na educação

infantil, sendo base do desenvolvimento cognitivo e afetivo do ser humano. O

jogo possui aspectos fundamentais para a aprendizagem racional e emocional.

Na educação, o uso de atividades lúdicas é importante na formação das

crianças. Estas atividades são verdadeiras facilitadoras do relacionamento e

das vivências dentro da sala de aula. O caráter de integração e interação

contido nas atividades lúdicas faz com que a Educação Infantil e o Ensino

Fundamental utilizem constantemente estas atividades para integrar o

conhecimento com uma ação prática dos nossos alunos.

Existem muitas teorias sobre o jogo. Acredita-se que ele seja tão antigo

quanto às criaturas do planeta, pois os animais na antiguidade já brincavam

entre si, fomentando o lúdico como fator de vínculos e de afeto.

Voltando-se à questão do jogo, Piaget (1971, p. 97) ilustra muito bem o

seu caráter abrangente e imaginativo e diz que "quando brinca, a criança

assimila o mundo à sua maneira, sem compromisso com a realidade, pois sua

interação com o objeto não depende da natureza do objeto, mas da função que

a criança lhe atribui".

Sabemos que Piaget aborda e valoriza, nas fases de desenvolvimento

da criança, os tipos de jogos mais adequados para cada uma delas. E isto é

verdadeiro, pois, o jogo é diferente para cada idade, cultura, meio e valores de

cada comunidade.

Vygotsky, apesar de não ter se dedicado ao estudo específico do

desenvolvimento infantil, têm muitas contribuições que podem ser usadas na

educação das crianças. Ele afirma, por exemplo, que os fatores biológicos são

predominantes sobre os sociais no início do desenvolvimento humano. E,

pouco a pouco, a interação social torna-se fundamental para o

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desenvolvimento do pensamento. Considerando essa teoria, pode-se dizer que

o jogo é um elemento essencialmente socializador e, consequentemente, algo

muito importante para o desenvolvimento humano. Para Vygotsky (1988, p. 32),

“a criança é introduzida no mundo adulto pelo jogo e sua imaginação,

estimuladas por meio dos jogos, pode contribuir para expansão de suas

habilidades conceituais”. Vygotski (2010, p. 162) ainda diz que,

no brinquedo, a criança projeta-se nas atividades de sua cultura e ensaia seus futuros papéis e valores. Assim, o brinquedo antecipa o desenvolvimento; com ele a criança começa a adquirir a motivação, as habilidades e as atitudes necessárias a sua participação social.

Brincar não deve ser visto como uma atividade meramente distrativa ou

ainda como um passatempo. Brincar é muito importante, pois, segundo Grassi

(2004, p. 22) “é uma atividade que participa da estruturação do sujeito, além de

ser um recurso pedagógico importante nas práticas educativas. Uma das

formas de inserir a criança na sociedade é brincando”. Através do brincar, a

criança descobre valores inseridos por seus familiares, compreende e aplica

regras, conhece os hábitos, a tradição e os costumes que passam de geração

em geração. Ao brincar, a criança vai criando suas próprias teorias sobre suas

experiências, sobre seus sentimentos, sobre suas relações, sobre sua vida,

sobre o mundo. Ela vai aprendendo, construindo conhecimentos e se

desenvolvendo. Brincar é um fator determinante no desenvolvimento integral

do ser humano, na constituição de sua personalidade, na construção da sua

identidade como fator de relação e comunicação com outros sujeitos e consigo

mesmo. Para Grassi (2004, p. 21),

o desenvolvimento da criança é biopsicossocial, pois, a concepção que temos é que ela é um ser social ativo, um sujeito que se constrói nas relações com outros sujeitos. Mas é preciso considerar o meio sócio-econômico e cultural em que a criança nasce e vive, ou seja, o contexto em que se desenvolve, se constitui, aprende e brinca.

É importante considerar as diferenças individuais que caracterizam cada

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sujeito - sujeito, que se constitui nas relações parentais e com outros sujeitos

com quem se relaciona ao longo de sua vida, que vai se construindo num

processo contínuo e dinâmico. O brincar tem origem na situação imaginária

criada pela criança, em que desejos irrealizáveis podem ser realizados com a

função de reduzir a tensão e, ao mesmo tempo, de construir uma maneira de

acomodação a conflitos e frustrações da vida real. O brincar representa uma

atividade por meio da qual a realidade é incorporada pela criança e

transformada com a sua prática. É no brincar que o indivíduo, criança ou

adulto, pode ser criativo e utilizar sua personalidade integral e é somente sendo

criativo que o indivíduo descobre o seu eu.

Brincar, de acordo com Maluf (2003, p.18), "é uma necessidade interior

das crianças, mas também dos adultos e, portanto, inerente ao

desenvolvimento”.

De acordo com Grassi (2004, p. 21)

Brincar é agir, divertir-se, entreter-se, comunicar-se, expressar-se, pensar, elaborar teorias, fazer de conta, fantasiar, criar, inventar, explorar, construir, desconstruir, destruir, reconstruir, descobrir, experimentar, comparar, repetir, arriscar, satisfazer necessidades e desejos, sentir, ser e viver.

Brincar e criar são atividades em que a criança necessita de iniciativa e

autonomia, de coragem para realizar atividades com liberdade, de humildade

para aceitar que errou e tentar quantas vezes for necessário.

Por meio do brincar, a criança, pode se mostrar com seus medos e

conflitos internos, ela manifesta seus sentimentos e emoções, encontra

respostas para tais angústias, afirma-se, constrói-se, resgata a possibilidade de

prazer e desprazer, alegria e tristeza, medo e raiva.

O uso de atividades lúdicas é, sem sombra de dúvida, um recurso

pedagógico que estimula a criança a participar do processo de construção do

conhecimento em todas as disciplinas.

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Considera-se fundamental a compreensão do conceito de atividade

lúdica, principalmente, no estudo do desenvolvimento infantil e,

consequentemente, do jogo nesse momento da infância.

2.1 Ludicidade no ensino fundamental

As atividades lúdicas são instrumentos de suma importância em

situações de aprendizado da criança no ensino regular, todavia, tais atividades,

em geral, não fazem parte das atividades do dia a dia escolar do educando que

está no Ensino Fundamental, principalmente nas séries finais. Estas atividades

não devem ser vistas como simples passatempo, mas sim como uma atividade

complementar ao desenvolvimento cognitivo da criança. As atividades são,

além de uma fonte de diversão, atividades que propiciam situações educativas,

aonde a alegria e o prazer vão se revezando durante a atividade entre os

participantes. A criança que brinca e joga torna-se mais alegre e criativa e o

jogo é um importante meio facilitador desse desenvolvimento, pois, enquanto a

criança joga, fala, troca experiências, convive com outras crianças, desenvolve

sua liderança, em determinados momentos ajuda, em outros atrapalha e

analisa acertos e erros, repensa as estratégias. As habilidades físicas e

motoras são estimuladas e vão se desenvolvendo gradativamente.

Por isso, é importante entender o lugar que o jogo ocupa para que possa

ser usado de forma a facilitar o aprendizado, seja numa situação de introdução

ao conteúdo ou num momento de fixação de um conteúdo já trabalhado. Ele só

é educativo quando o educador o desenvolve com o objetivo e

intencionalidade, caso contrário é apenas uma brincadeira.

Pode-se dizer que o jogo está muito ligado ao próprio funcionamento da

inteligência, uma vez que a sua construção depende de uma série de

assimilações e acomodações que a pessoa faz ao longo da vida. Quando a

criança joga um jogo com regras, exercita todas as suas funções intelectuais,

mesmo que estas sejam de natureza simbólica. Com o tempo, a criança vai

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distinguindo os diferentes jogos e percebendo que alguns necessitam de mais

esforço e concentração, enquanto outros menos, sem deixar de lado o caráter

prazeroso da ação.

É importante destacar que o jogo por si só não permitirá o

desenvolvimento e a aprendizagem, mas sim a ação de jogar é que desenvolve

a compreensão. É importante, também, que o aluno perceba o jogo como ele é,

mesmo apresentando dificuldades, e que o programa de atividades esteja

voltado para atender suas necessidades.

Por possuir regras, supõe-se que o jogo tenha organização e

coordenação que o inserem num quadro de natureza lógica. É necessário

conhecer as regras, compreendê-las e praticá-las exigindo um exercício de

operação e cooperação. Como o jogo envolve operações entre as pessoas,

contato social, a situação problema, dá ao participante a oportunidade de

empregar procedimentos cooperativos para alcançar o objetivo que é ganhar.

O jogo desenvolve nos educandos capacidades fundamentais para a

aquisição de conteúdos, facilitando assim, a estratégia de proporcionar a eles,

a apropriação dos conteúdos apresentados ou a apresentar. Pela mediação do

professor, em sala de aula, a criança pode compreender mais facilmente as

atividades apresentadas e desenvolvidas com a turma.

3 AÇÕES PREVISTAS

Levando em consideração a exposição acima, pensou-se nas seguites

ações:

- Assistir ao fragmento do último programa Junior Master Chef, na base do qual

os alunos farão a interpretação oral, pesquisa de vocabulário encontrado no

vídeo, prática oral e escrita através de atividades lúdicas.

- Apresentar as cores aos alunos, solicitar a tradução das mesmas, informar as

que eles ainda não sabem, fazer prática oral de pronúncia e praticar através de

atividades lúdicas como por exemplo: scrambled words e reconhecer a cor

através da oralidade, entre outras.

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- Mostrar uma imagem contendo frutas, legumes, verduras e vegetais.

Investigar oralmente quais alimentos e cores pode-se observar na imagem.

Fazer exercícios orais para fixar pronúncia e significado. Fazer um cartaz

representando a imagem e expor na sala de aula. Fazer atividade prática com

frases afirmativas e negativas. Fazer avaliação do cartaz.

- Apresentar um diálogo para a turma por escrito, referindo-se a uma conversa

entre dois amigos, onde um deles sugere que façam uma salada de frutas,

utilizando o vocabulário estudado. Os alunos farão uma leitura silenciosa. A

seguir, a professora questiona a turma sobre o assunto do diálogo.

Posteriormente, os alunos farão uma leitura junto com a professora. Em

seguida, os alunos fazem a prática do diálogo em dupla. Avaliar a leitura do

diálogo.

3.1 A realidade sobre a qual vai a proposta foi implementada

O projeto foi aplicado no Colégio Estadual Padre Claudio Morelli, em

Curitiba-Pr. Neste colégio encontramos alunos de níveis social diversos. A

carência da maioria deles é financeira e também são carentes de cuidados,

carinho e atenção. Outra dificuldade encontrada é em relação ao aprendizado,

pois, alguns alunos não conseguem acompanhar a rotina de cada disciplina,

visto que no 6º ano aumenta significativamente o número de professores e

disciplinas a serem estudadas.

Por conta desta diversidade encontrada na escola, torna-se mais

importante que o professor busque atividades motivadoras, para inserir este

aluno ao grupo da sala de aula e proporcionar a ele bons momentos de estudo

e, principalmente, manter o interesse dos alunos pelo estudo da língua inglesa.

Na maioria das vezes, os professores usam o livro didático na sua

íntegra. O livro didático é um ótimo material de apoio, porém, as atividades

devem ser adaptadas à realidade de cada turma, e isso deve levar o professor

a preparar seu próprio material didático para atender as especificidades de

cada turma. Ao trabalhar com jogos e brincadeira podemos descobrir alunos

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com potencial, que em uma atividade convencional podem ter seus talentos

desperdiçados.

Vivencia-se ao longo dos anos a situação em que, no início do ano

letivo, os alunos do 6º ano do Colégio Estadual Padre Claudio Morelli estão

motivados em conhecer seus novos professores e suas novas disciplinas. Isto

não é diferente no caso da LEM, pois, para a grande maioria deles é uma

novidade aprender outro idioma. Porém, com o passar dos meses, estes

educandos tendem a perder esta motivação e este é um fator preocupante para

a escola, o que deva levar o professor a buscar novas práticas que

proporcionem aos alunos maior interesse pelo estudo da língua inglesa. Sendo

assim, vê-se necessário que o professor tenha uma grande responsabilidade

para prorrogar o interesse e o entusiasmo destes alunos por todo o período

letivo.

O papel do professor como mediador das atividades lúdicas é

fundamental. Seja na elaboração das atividades ou na aplicação das mesmas,

a sua seriedade deve prevalecer, pois, as atividades lúdicas não se constituem

um objeto de recreação no que se refere ao aprendizado do nosso aluno.

Portanto, é essencial que o professor esteja preparado para lidar com

adversidades e seja dinâmico e pesquisador, elaborando estratégias que

motivem seus alunos, ajudando-os a construir significado através das

atividades propostas.

3.2 Formulação da intervenção

O Projeto de Intervenção na Escola foi aplicado usando as atividades

lúdicas da Produção Didático-Pedagógica que foram elaboradas por mim após

pesquisa sobre o assunto em questão. Tais atividades foram elaboradas para

serem aplicadas aos alunos do 6º ano do ensino fundamental, na escola

descrita acima. As atividades foram simples, com o intuito de motivar os

alunos, evitando criar dificuldades para que eles possam realizá-las com uma

rápida explicação do professor.

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O início da aplicação do projeto foi bem interessante, pois eu iniciei com

a apresentação de um fragmento do episódio final do programa Junior Master

Chef, onde foram conhecidos os vencedores do programa de culinária infantil

naquela temporada. Neste vídeo, apesar de os alunos terem pouco

conhecimento da língua inglesa, eles conseguiram identificar algumas palavras

que já havíamos estudado que foram citadas aleatoriamente. O que chamou

muito a atenção deles foi a maneira como as crianças se apresentaram no

programa, pois eles ficaram impressionados com o desempenho das crianças

na cozinha. Após a apresentação do vídeo, iniciei com eles uma conversa,

dizendo aos alunos quais seriam nossas atividades nas próximas semanas.

Eles ficaram muito contentes e encantados, pois até então nossas atividades

haviam sido mais tradicionais com o uso do caderno e o livro didático. Após

esta exposição, eu fiz algumas perguntas relacionadas com a alimentação, tais

como:

Você cozinha ou auxilia algum adulto no preparo das atividades em casa?

As respostas foram as mais entusiasmadas, sendo que aproximadamente 65%

das turmas pesquisadas, os disseram que cozinham ou auxiliam no preparo

das refeições em casa.

O que você geralmente cozinha?

Com esta pergunta o entusiasmo foi maior e eu tive dificuldade para contê-los,

então organizei as falas dos alunos por fila e cada um pode falar sobre suas

habilidades na cozinha. Os comentários coletados nas duas turmas de 6º ano

avaliadas foram os seguintes: “eu faço arroz e carne cozida”; “ovo frito e

cozido, sopa de legumes e salada”; “eu faço arroz e tempero feijão”; “eu faço

arroz, feijão, carne e macarrão”; “eu gosto de fazer sushi, sashimi, tamaki,

yakisoba, bolo de fubá, de chocolate e batata suíça que eu aprendi com minha

vó”; “eu faço arroz, feijão, bife a milanesa e purê”; “eu ajudo a preparar arroz,

feijão e frango a passarinho no restaurante da minha mãe”; “eu faço arroz,

feijão, batata frita, bolo de cenoura e macarrão”; “eu gosto de fazer arroz,

bacon frito e panqueca”; “eu sempre ajudo a minha mãe fazer bolo, vários com

cobertura, arroz, feijão purê de batata e lasanha”; “eu ajudo a minha mãe a

fazer pão recheado, bolo, arroz, feijão, café, frango assado e recheado”; “eu

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faço café, enrolo coxinha, frito pastel, faço arroz e tempero feijão”; “eu faço só

pipoca e chocolate quente”; “eu gosto de fazer café, chocolate quente e

sorvete”; “eu sei fazer café arroz feijão, macarrão, batata cozida, carne, bolo de

cenoura, cup cake, chocolate quente e sorvete”, “eu faço chá, vitaminas e

ajudo a minha mãe fazer bolo e pastel”; “eu corto legumes, aqueço a água do

macarrão e faço chá”; “eu faço arroz, carne moída, tempero feijão, faço

macarrão, bolo e salada de maionese”. E há aqueles que preferem fazer

sobremesas: “eu gosto de fazer mousse, bolo, pudim, sorvete, sagu e arroz

doce”; “eu faço pavê, bolo e arroz”; “eu gosto de fazer bolo de cenoura e pudim

de leite”; “eu gosto de preparar brigadeiro, pipoca, miojo (macarrão

instantâneo) e suco”. Estes são alguns dos relatos colhidos ao longo da aula,

na qual os alunos fizeram questão de se manifestar quanto ao seu

desempenho na cozinha.

E aqueles alunos que não cozinham e não ajudam no preparo das

refeições em casa, quando não há uma pessoa adulta para preparar a refeição

para eles, o que eles comem no almoço? Aqui eu descrevo alguns relatos

feitos por alunos que se encaixam nesta situação: “eu compro almoço pronto”;

“eu faço um lanche com pão e frios”; “eu como pipoca”; “eu como algumas

frutas”; “eu como bolacha doce”.

A seguir os alunos fizeram uma pesquisa das palavras desconhecidas

no dicionário referente aos objetos de cozinha e praticaram respondendo uma

atividade de caça-palavras. Após a conclusão da atividade houve a correção

com a turma. Foi, ainda, feito prática deste conteúdo através de um jogo, onde

um aluno sorteava um objeto do vocabulário estudado, fazia uma mímica e

outro aluno deveria falar o nome do objeto em inglês.

Ao trabalhar as cores eu escrevi o nome das cores em inglês no quadro,

pedi aos alunos que identificassem as cores que eles já conheciam, eu falei as

que eles não sabiam, fizemos prática oral com a turma e a seguir foi aplicada

uma atividade lúdica. Os alunos foram organizados em duplas e cada dupla

recebeu vários cartões coloridos. Eu dizia uma cor em inglês e os alunos

identificavam e mostravam o cartão correspondente a cor solicitada.

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Na próxima atividade, foi apresentada aos alunos uma imagem contendo

diversas frutas, verduras e legumes, quando eles deveriam identificar os

alimentos e as cores apresentados na imagem. Eles fizeram esta atividade com

muito entusiasmo, identificando tudo o que foi possível, inclusive os detalhes.

Foi trabalhado o significado das palavras, bem como, foi feita a prática oral

para fixar a pronúncia de cada uma delas. A seguir, eu entreguei aos alunos

uma atividade de palavras cruzadas para praticar o conteúdo que foi estudado.

Foi aplicada, também, uma atividade de loteria, onde os alunos tinham uma

lista de palavras e deveriam classificar cada uma delas como: fruta, cor ou

objeto.

Para fazer uma revisão das atividades aplicadas, fizemos um bingo.

Cada aluno confeccionou a sua cartela para ser utilizada na atividade. Após eu

desenhar uma cartela de bingo no quadro, cada aluno produziu sua própria

cartela. Alguns alunos tiveram dificuldade de desenhar a cartela, mas a maioria

se saiu muito bem. A seguir, eles deveriam escolher e escrever na cartela 25

palavras estudadas entre frutas, objetos de cozinha e cores. Eu sorteava uma

palavra, falava em inglês e os alunos deveriam identificar a palavra e marcar na

cartela, marcando com X. Em uma turma foi possível realizar a atividade várias

vezes numa mesma aula e na outra, o tempo foi suficiente para apenas duas

vezes.

As atividades orais para a prática das expressões: I like, Idon´t like e But

I prefer, foi muito bem aceita por todos, apesar de, inicialmente, alguns alunos

apresentarem alguma resistência. Porém, com o desenvolvimento da atividade

todos participaram.

Os alunos receberam um texto escrito contendo um diálogo entre dois

amigos onde um deles sugere fazer uma salada de frutas. Inicialmente os

alunos fizeram uma leitura silenciosa. A seguir eu perguntei a eles qual era o

assunto do diálogo. Eles conseguiram identificar várias palavras contidas no

diálogo e alguns deles descobriram que seria feita uma salada de frutas. Então,

eu fiz uma leitura junto com os alunos para praticar a pronúncia. Depois disso

os alunos praticaram a leitura do diálogo em duplas.

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1 Professora de inglês, atuante no colégio Estadual Padre Claudio Morelli, Curitiba, Paraná 2. Professora Orientadora, Doutora em Letras Inglês – Língua e Linguística Aplicada, que atua no curso de Letras da Universidade Federal do Paraná

4 RESULTADOS

A aplicação desta proposta de intervenção tinha como objetivo geral

compreender a função das atividades lúdicas no processo de aprendizagem da

Língua Inglesa no 6º ano do Ensino Fundamental. E mais especificamente,

verificar como a aprendizagem de Língua Inglesa pode se tornar mais

interessante e prazerosa para o aluno com o uso de atividades lúdicas;

investigar as contribuições das atividades lúdicas para um ensino eficaz da

língua-alvo, a partir do estímulo para a criatividade e para a memorização;

oportunizar ao aluno de 6º ano a aproximação com culturas de outros países

através do ensino da Língua Inglesa.

Com a aplicação das atividades lúdicas para os alunos de 6º ano do

ensino fundamental, as quais serviram de introdução ao estudo de um

conteúdo e também, para a fixação de um conteúdo trabalhado, foram

atingidos os objetivos propostos. Houve mais interesse em fazer as atividades,

a fixação dos conteúdos trabalhados foi mais bem absorvida por eles e o

interesse em realizar as atividades foi bastante significativo.

5 CONSIRAÇÕES FINAIS

A aplicação das atividades deixaram os alunos com vontade de realizar

mais atividades em outras aulas, as quais aconteceram após a implementação

do projeto na escola. A aplicação das atividades lúdicas, aplicadas no decorrer

do ano letivo contribuiu para o aprendizado e interesse dos alunos. Como

reflexão ficou a necessidade de realizar atividades lúdicas no decorrer das

aulas com os alunos de todas as séries. Durante a aplicação das atividades eu

percebi que alguns alunos ficaram ansiosos por demorar um pouco mais que

os outros para realizarem suas atividades. Isso gerou um pouco de agitação na

sala de aula, mas, com algumas instruções esta questão foi resolvida.

Os estudos desenvolvidos para o Programa de Desenvolvimento

Educacional – PDE foram de grande relevância, pois, foram desenvolvidas

atividades lúdicas para os professores utilizarem nas aulas de inglês. Estes

estudos contribuiram muito para o meu aprofundamento teórico e também para

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1 Professora de inglês, atuante no colégio Estadual Padre Claudio Morelli, Curitiba, Paraná 2. Professora Orientadora, Doutora em Letras Inglês – Língua e Linguística Aplicada, que atua no curso de Letras da Universidade Federal do Paraná

o desenvolvimento de atividades lúdicas direcionadas ao estudo da língua

inglesa.

Além do aprimoramento com as pesquisas realizadas, o Grupo de

Trabalho em Rede – GTR foi de grande importância também. Durante as

interações realizadas pelos professores participantes do curso, resgatou-se

atividades que com o tempo caíram em desuso, houve, também, uma reflexão

a respeito do tema com sugestão de atividades lúdicas.

REFERÊNCIAS

Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares

Nacionais: terceiro e quartos ciclos do ensino fundamental: língua estrangeira /

Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.

CARVALHO, Silvana Cápua. O Lúdico na Aquisição da Língua Estrangeira

(língua inglesa). Artigo – Setor de Educação. Universidade Estadual de Feira

de Santana, Feira de Santana-Ba, 2012.

GRASSI, Tânia Mara. Oficinas Psicopedagógicas. 2ª ed. Curitiba: Editora

IBPEX, 2004.

MALUF, Ângela Cristina Munhoz. Brincar: prazer e aprendizagem. Petrópolis:

Vozes, 2003.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do

Estado do Paraná – Secretaria de Estado de Educação.

PIAGET, Jean. Epistemologia genética. Lisboa: Dom Quixote, 1971.

VIGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Livraria Martins

Fontes Editora Ltda. 2010.

VIGOTSKY, L. S., A linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo. Ícone Editora, 1988.