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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7 Cadernos PDE II

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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE

II

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1 FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

Título: Resgate do Plano de Ação dos Pedagogos das Escolas Estaduais

de Nova Prata do Iguaçu: uma ponte para a melhoria da atuação do pedagogo na Escola.

Autora: LUCIANA BUZIN PONTES

Disciplina/Área:

Pedagogia

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

Escola Estadual Cristo Redentor – Ensino Fundamental

Município da escola:

Nova Prata do Iguaçu – Paraná

Núcleo Regional de Educação:

Dois Vizinhos

Professor Orientador:

Janete Ritter

Instituição de Ensino Superior:

UNIOESTE

Relação Interdisciplinar:

-

Resumo:

Esta proposta de intervenção pedagógica apresenta o formato de Unidade Didática a ser desenvolvida para o Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE (2014-2015). Tem como objetivo refletir, juntamente com os pedagogos, sobre a sua função na escola, visando reestruturar seu trabalho, analisando desde a sua formação até o seu compromisso com a educação atual, bem como, quais aspectos influenciam diretamente sua prática pedagógica, compreendendo quais as prioridades devem ser dadas pelos mesmos e propor alternativas, objetivando melhorar a educação, valorizando o nosso trabalho, através da reconstrução do plano de ação. Este estudo se justifica devido as dificuldades encontradas pelo pedagogo na organização e na efetivação de seu trabalho, pois verifica-se que em muitas realidades escolares o pedagogo desenvolve várias tarefas que não são de sua função, faz o contrário do que foi formado e habilitado. Dessa forma, buscaram-se explicações sistemáticas em autores que abordam e discutem a temática sobre a Pedagogia, para tanto apontamos para os estudos de Brzezinski (1996), Libâneo (2004), Pimenta (2001), dentre outros. A partir das discussões e reflexões propostas, pretende-se através de um grupo de estudos com os pedagogos das escolas estaduais de Nova Prata do Iguaçu, reelaborar o seu plano de ação, com o intuito de organizar e efetivar a sua prática na escola.

Palavras-chave:

Pedagogos, função, plano de ação.

Formato do Material Didático:

Unidade Didática

Público:

Pedagogos

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APRESENTAÇÃO

Esta unidade didática se refere a uma estratégia de implementação do

projeto de intervenção realizado nas escolas públicas do Estado do Paraná,

para que tomem conhecimento da temática abordada para investigação, tendo

como foco: Do plano de ação a ação pedagógica desenvolvida na escola,

que complementa o projeto norteador desta pesquisa que se define com o título

de: Resgate do Plano de ação dos pedagogos das escolas estaduais de

Nova Prata do Iguaçu, para melhoria de sua atuação na escola.

Tem por objetivo, analisar a atuação dos pedagogos da rede estadual de

ensino no município de Nova Prata do Iguaçu, situando a função específica

deste profissional no contexto escolar através da concretização do plano de

ação já existente.

Optou-se pela reflexão do trabalho do professor-pedagogo e a

reconstrução de seu respectivo plano de ação, devido às dificuldades

encontradas pelo pedagogo na organização e na efetivação de sua prática no

interior da escola. Esta análise veio a tona, por perceber em minha ação, que

muitas vezes desenvolvemos várias tarefas que não são inerentes a nossa

função. Somos vistos, por muitos, como inspetores de alunos, substituto de

professor, “apagador de incêndios”, entre outros, tudo que acaba

descaracterizando sua verdadeira função que é de um profissional formado

para pensar, atuar e melhorar a qualidade das escolas.

A Unidade Didática terá inicialmente uma breve apresentação do Projeto

de Intervenção Pedagógica, que se efetivará no primeiro semestre do ano

letivo de 2015, junto as (os) pedagogas (os) das escolas estaduais de Nova

Prata do Iguaçu.

Desta forma, estudaremos num segundo e terceiro momento a nossa

formação, que envolve desde a história de nossa formação e identidade desse

profissional, até o papel do professor-pedagogo nas escolas públicas do

Paraná após a realização do concurso publico. Qual o posicionamento do

pedagogo frente às demandas contemporâneas, analisando as possibilidades

de contribuições deste profissional na organização do trabalho pedagógico da

escola pública.

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Num quarto e quinto momento, será enfatizado o objetivo principal deste

estudo que é a análise e discussão sobre a importância de um plano de ação

conciso e coerente para o desenvolvimento de nossas ações na escola. Será

dada ênfase na questão do planejamento, partindo do pressuposto de que

todas as ações devem ser bem planejadas antes de serem colocadas em

prática.

O sexto e último momento, será a concretização de todo o trabalho

realizado desde o inicio das atividades que é o novo plano de ação que

norteará nossa prática em 2016.

A carga horária do curso será de 32 horas, com atividades presenciais e

não presenciais. Os cursistas serão avaliados através do empenho nos estudos

e análises dos textos, e, participação na reconstrução do Plano de Ação do

Pedagogo, com ênfase na criatividade, responsabilidade na execução das

atividades propostas pelo Professor PDE. A avaliação será contínua e

diagnostica durante o processo de desenvolvimento do curso.

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Refletindo sobre a trajetória da formação do pedagogo e sua atuação na

escola, bem como os fatores que interferem na mediação e organização do

trabalho pedagógico, será apresentado os encaminhamentos que nortearão o

grupo de estudos, na execução desta unidade didática.

Os encontros terão subsídios de: textos, atividades complementares,

recortes de filmes e letras de músicas, que enfatizam e complementam a

Unidade Didática.

Para recepcionar os colegas pedagogos, participantes deste projeto de

intervenção será ouvida a música:

Oswaldo Montenegro - A lista https://www.youtube.com/watch?v=Y5RI77hYTI4

Neste primeiro encontro será feita uma breve explanação do projeto de

Intervenção pedagógica através de slides, para que os participantes

compreendam o objetivo principal desta unidade que é a reelaboração do

plano de ação que norteará nossas ações em 2016.

FILME: A onda

DURAÇÃO: 107 minutos.

SINOPSE: Em uma escola da Alemanha, alunos tem que escolher entre duas disciplinas eletivas, uma sobre anarquia e a outra sobre autocracia. O professor Rainer Wenger (Jürgen Vogel) é colocado para dar aulas sobre autocracia, mesmo sendo contra sua vontade. Após alguns minutos da primeira aula, ele decide, para exemplificar melhor aos alunos, formar um governo fascista dentro da sala de aula. Eles dão o nome de "A Onda" ao movimento, e escolhem um uniforme e até mesmo uma saudação. Só que o professor acaba perdendo o controle da situação, e os alunos começam a propagar "A Onda" pela cidade, tornando o projeto da escola um movimento real. Quando as coisas começam a ficar sérias e fanáticas demais, Wenger tenta acabar com "A Onda", mas aí já é tarde demais.

1º MOMENTO:

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PARA REFLETIR

Estudaremos neste segundo momento brevemente a nossa formação,

que envolve desde a história do curso até o papel do professor-pedagogo nas

escolas públicas do Paraná.

Vídeo: Pedago... quem?

http://www.youtube.com/watch?v=h76ibfjtRaw

Duração: 8 minutos e 27 segundos.

2º MOMENTO:

Para encerrar o trabalho deste primeiro momento, será feita a análise do filme relacionando-o ao nosso trabalho na escola, extraindo pontos que podem ser identificados em nossa rotina e que se tivesse sido tomado outras atitudes, que final teria o filme?

Resumo: Em 60 anos de história, a Pedagogia no Brasil teve vários problemas de identidade e esse vídeo conta em forma de historinha fofa, as dificuldades que esta perdida heroína enfrentou para tentar encontrar a sua essência.

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LEITURA COMPLEMENTAR

Complementando o vídeo, será feito o estudo de um texto constante no

projeto de intervenção pedagógica que relata “A trajetória da pedagogia e a

formação dos pedagogos”.

1. A TRAJETÓRIA DA PEDAGOGIA E A FORMAÇÃO DOS PEDAGOGOS

Luciana Buzin Pontes

O foco educacional no Brasil teve como centro os moldes jesuíticos, ou

seja, os vínculos que daria rumo à educação estavam fortemente ligados ao

contexto religioso. E, somente com a República em 1891 criaram-se

instituições de ensino superior e secundário nos estados brasileiros. Nesse

regime governamental, cabia a União manter o ensino superior e aos estados

comandar o ensino secundário, de onde sairiam os professores do ensino

primário.

O curso de Pedagogia foi instituído a partir da organização da Faculdade

Nacional de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL), da Universidade do Brasil,

através do Decreto-Lei nº 1.190, de 04/04/1939, que tinha por objetivo formar

bacharéis e licenciados para diversas áreas dentre elas a pedagógica, devendo

adaptar-se ao currículo básico dos cursos oferecidos pelas demais instituições

do país. Desse modo, o bacharel em Pedagogia formava-se técnico em

educação, e com mais um ano de curso transformava-se pedagogo. A função

de técnico em educação no mercado de trabalho nunca foi bem definida, e a

falta de identidade do curso de Pedagogia refletia-se no exercício profissional

do pedagogo.

Nos anos 60 o curso de Pedagogia passa a formar bacharéis e

licenciados, com o Parecer nº 251/1962, de Valmir Chagas, onde expunha de

forma clara a fragilidade do curso de Pedagogia. Analisando experiências e

modelos de outros países, ele defendia as especificidades do campo de

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formação do pedagogo – as habilitações. O pedagogo passa a ser um

professor para diferentes disciplinas dos então cursos ginasial e normal. Com a

promulgação do Parecer 262/69 de autoria também de Valmir Chagas,

redefine-se o currículo mínimo e a duração do curso de Pedagogia. Foi abolida

a distinção entre bacharelado e licenciatura em Pedagogia e instituída a idéia

de formar especialistas em administração escolar, supervisão pedagógica e

orientação educacional.

Este parecer promove, avanços na identidade do curso ao incluir estudos teóricos necessários à formação do pedagogo e suas habilitações profissionais. Ficando ainda, mal resolvida a duplicidade do curso em formar o pedagogo não-docente o professor do magistério e séries iniciais. (LIBÂNEO, 2006, p. 127)

O final da década de 60 e início da de 70 é fortemente marcado

pelo chamado tecnicismo educacional, ressaltando-se a predominância da

técnica com o propósito de afastar a população de atividades intelectuais,

negando-lhes a oportunidade de pensar, criticar ou criar.

De acordo com Brzezinski (1996):

Desde os anos 30 até os anos 60, no Brasil, os estudos pedagógicos em nível superior, públicos e privados, tiveram uma evolução, via de regra, lenta e irregular, pois a educação é um dos setores da sociedade no qual os mecanismos sociais de resistência à mudança atuam com mais intensidade. A essa resistência acrescenta-se o desperdício dessa área do saber (BRZEZINKI, 1994, p.30)

Pela falta de identidade do curso, a ameaça de extinção da Pedagogia

volta a tona por meio da preocupação de educadores brasileiros com a

reformulação do curso e a crítica a sua identidade, bem como, com a profissão

do pedagogo. Questionava-se a identidade do curso e a do profissional. “ No

final da década de 70 faltou pouco para que o curso de Pedagogia fosse

extinto, e com ele a profissão de pedagogo” (Brzezinski, 1994). Os educadores

progressistas conquistam cada vez mais espaço no cenário educacional.

Ainda analisando os estudos de Brzezinski, relata-se:

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A partir do I Seminário de Educação Brasileira realizado em Campinas em 1978, o debate ganha âmbito nacional. São realizados encontros e seminários sobre a reformulação do curso de pedagogia e das licenciaturas, amplia-se estudos sobre o assunto. O comitê pró-formação do educador criado em 1980 transforma-se em 1983 em Comissão Nacional de Reformulação dos Cursos de Formação do Educador e, em 1990, em Associação Nacional para a Formação Profissional de Educadores – ANFOPE (PIMENTA, 2001, p 114)

Um fato importante a destacar é que a legislação que sustentava tais

cursos datava de 1969, tendo permanecido inabalada até recentemente,

quando foi aprovada a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a

Lei federal n.9394/96. Assim, por mais avanços e discussões que aconteceram

é incompreensível que os cursos superiores de educação tenham ficado por

quase 30 (trinta) anos sob a orientação de tal legislação.

O movimento de reformulação dos cursos de formação de educadores, representado hoje pela ANFOPE, produziu ao longo destes anos documentos bastante expressivos do debate, tendo exercido efetiva influência na concepção de formação do professor e na reformulação de currículos em algumas Faculdades de Educação. (PIMENTA, 2001, p. 114)

Apesar das vastas discussões e da riqueza de iniciativas e eventos

organizados com o objetivo de equacionar a questão da identidade do

pedagogo e do curso de pedagogia, este tema continua em foco na atualidade,

demonstrando a dificuldade de definir e/ou redefinir o curso de formação de

educadores.

Mesmo com a aprovação da LDB 9394/96, as fragmentações em

especializações até atualmente não foram superadas, em razão de que elas

ainda constam do Art. 64 da LDB de 1996, onde está prescrito:

Art. 64. A formação do profissional da educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica será feita em curso de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida nesta formação a base comum nacional. (LDB, 1996)

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A partir das idéias sugeridas pelo comitê e do contido na LDB atual, de

que todo professor deveria ser educador e que sua formação deveria ser

sustentada por uma base de estudos condizente com a compreensão da

problemática brasileira, os cursos de educação passaram a ter um núcleo

comum de estudos, o qual faria parte da formação específica de diferentes

cursos, oferecidos na graduação e voltados à formação de professores para os

vários níveis de ensino. Na especialização é que se faria o preparo de

educadores para as tarefas não docentes. Os cursos de formação de

especialistas em educação foram remetidos para a pós-graduação, stricto

sensu, e estariam voltados à formação de pesquisadores e/ou docentes para o

ensino de 3º grau.

Segundo PIMENTA:

Os reducionismos prejudicaram, também, a qualidade da oferta de disciplinas nas Licenciaturas. O esfacelamento dos estudos no âmbito da ciência pedagógica com a conseqüente subjunção do especialista no docente, e a improcedente identificação dos estudos pedagógicos a uma licenciatura, talvez sejam dois dos mais expressivos equívocos teóricos e operacionais da legislação e do próprio movimento da reformulação dos cursos de formação do educador, no que se refere à formação do pedagogo. (PIMENTA, 2001, p. 115)

Da proposta, conhecida como “Documento Final” (a partir de 1983)

estabeleceu-se nova relação entre a constante problemática, bacharelado e

licenciatura, continuaram-se as discussões e debates que deram origem as

ideias básicas que passaram a ser desenvolvidas e ampliadas nos demais

encontros nacionais sob a coordenação da Comissão Nacional de

Reformulação dos Cursos de Formação do Educador (CONARCFE) até 1990,

e, posteriormente, da Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da

Educação (ANFOPE) até os dias atuais. A UNESP, a cada dois anos, a partir

de 1990, passou a desenvolver congressos estaduais sobre “Formação de

Educadores”.

Mesmo com esses estudos direcionados a área, o curso de pedagogia e

a identidade de seu profissional passaram a ser pauta de discussões e

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debates. Os artigos constantes na LDB 9394/96, de 62 a 64 deram margem a

questionamentos se o curso deveria continuar ou não. Então o MEC solicitou

as universidades que encaminhassem suas interpretações destes artigos, e

após muita insistência começaram a ser vistas algumas propostas à Comissão

de Especialistas do curso de Pedagogia, as quais deveriam destacar em seus

currículos a base comum nacional e considerar a docência como a base de

identidade profissional de todos os profissionais da educação.

Em 1999 foi divulgada a proposta das Diretrizes curriculares elaboradas

pela comissão de especialistas de ensino de pedagogia, analisada por algum

tempo pelo MEC e após encaminhada ao CNE (Conselho Nacional de

Educação). O documento teve boa aceitação, pois contemplava propostas

vindas da ANFOPE e também propostas da comissão, complementando as

funções do curso a possibilidade do pedagogo atuar em áreas emergentes da

educação.

Ainda, em 1999, após a aprovação de um novo parecer CES 970 de

9/11/99, que retira a possibilidade do curso de pedagogia ser voltado a

formação de docentes para as séries iniciais e educação infantil, volta a ser

posto em debate os artigos 62 a 64 da LDB. As novas interpretações foram

acolhidas pelo decreto presidencial nº 3276 de 6/12/99 que direcionou aquelas

formações exclusivamente ao Curso Normal Superior, formando assim um

novo período para o curso de Pedagogia no Brasil.

Em 02 de fevereiro de 2001, é elaborado pela Comissão de

Especialistas do Ensino de Pedagogia um novo documento denominado

“documento norteador” que assume configurações de proposta de diretrizes

curriculares estabelecendo duas modalidades de docência: para educação

infantil e para séries iniciais do ensino fundamental, juntando a cada uma delas

a possibilidade de atuação na formação pedagógica do profissional docente e

na gestão educacional.

Compete a educação dar novos contornos para a pedagogia, devido as

transformações nas relações sociais, com um novo olhar ao processo

pedagógico, reconstruindo um currículo para o curso de pedagogia e para as

políticas de formação de docentes.

Em 2002 o governo federal eliminou o trabalho das comissões de

especialistas, mas um ano depois o CNE designou uma comissão para definir

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as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Pedagogia. Em 2004 a

Comissão divulgou a primeira versão do projeto para a comunidade

educacional.

Em 2006 uma nova fase iniciou-se a partir da Resolução do CNE º 01 de

10 de abril, quando as diretrizes curriculares para o curso de pedagogia,

especificam novas configurações a formação dos profissionais da educação.

Para Brzezinski (1996) os cursos de formação devem ter claro o campo

de atuação do profissional na sociedade em que está inserido, e contribue:

Para alguns pesquisadores, um dos fatores que se vinculam diretamente à definição do curso de Pedagogia é o de reconhecer a pedagogia como ciência unitária. Para os que se alinham a essa corrente, o objeto de estudo da pedagogia não se confunde com o de outras ciências da educação. A identidade da pedagogia circunscreve-se em um domínio próprio, a educação, e tem um enfoque próprio, o educativo. A identidade da pedagogia deve ser buscada, portanto, como especificidade epistemológica. (BRZEZINSKI,1996, p. 182)

Fica evidente que no caminho educacional percorrido pela pedagogia no

Brasil, não há políticas educacionais consistentes que dessem conta de

resolver a problemática referente a identidade da pedagogia, a dicotomia entre

formar o professor e o especialista, é necessário continuar a luta dos

movimentos nacionais pela educação e alcançar políticas sólidas, para que não

desapareçam os pesquisadores da ciência da educação.

De acordo com a trajetória do curso de Pedagogia, questiona-se aos

pedagogos: Qual o seu posicionamento frente às demandas contemporâneas?

Quais as possibilidades de contribuições deste profissional na organização do

trabalho pedagógico?

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ATIVIDADE REFLEXÃO E AÇÃO 1

ATIVIDADE REFLEXÃO E AÇÃO 2

www.folhajovem.com.br acesso em: 04/10/2014

Será dado um momento para que os mesmos relatem o seu entendimento e suas indagações sobre a sua formação e a sua função enquanto pedagogo, instigando-os a meditar sobre o seu papel na escola. O ponto relevante que se pretende analisar é que apesar das mudanças ocorridas em nossa formação, ainda não são suficientes para dar significado a nossa função. Dessa forma questiona-se: Afinal, pedagogia e pedagogos para quê?

Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Pedagogia Resolução CNE/n. 1, de 10 de abril de 2006 Resolução CNE/CP 1/2006. Diário Oficial da União, Brasília, 16 de maio de 2006, Seção 1, p. 11. http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/pcp05_05.pdf

Como tarefa complementar será solicitado que analisem o texto: O olhar do Estado do Paraná referente ao pedagogo, também constante no projeto de intervenção. Solicitando que ao efetuar a leitura, analisem como está a sua identidade profissional hoje? Está bom do jeito que está? Com base nestas indagações será dado sequência o 3º momento. Link: https://drive.google.com/file/d/0B0XQkBDRsfloX1ptU2ZtM0lmclU/view?usp=sharing

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Pedagogo é aquele que possibilita o acesso à cultura, organizando o processo de formação cultural. É, pois, aquele que domina as formas, os procedimentos, os métodos através dos quais se chega ao domínio do patrimônio cultural acumulado pela humanidade. [...] A palavra pedagogia traz sempre ressonâncias metodológicas, isto é, de caminho através do qual se chega a determinado lugar. Aliás, isto já está presente na etimologia da palavra: conduzir (por um caminho) até determinado lugar (SAVIANI, 1985, p. 27-28).

Após fundamentação teórica prévia, debateremos sobre como o Estado

do Paraná entende e orienta a função do Professor Pedagogo nas instituições

de ensino.

O Edital nº 10/2007 descreve as responsabilidades da equipe

pedagógica na escola pública, qual deve ser os critérios específicos para o

exercício de sua função enquanto professor-pedagogo no Estado do Paraná.

O que consta em nossos documentos escolares sobre a função do

pedagogo:

ATIVIDADE REFLEXÃO E AÇÃO 3

3º MOMENTO:

Por vários motivos, ou entraves, o pedagogo deixa de desempenhar sua função além de realizar outras que não são suas. Diante da descrição das atividades que o professor pedagogo deve realizar nas escolas Públicas do Paraná, reflita quais as atividades que são executadas? Quais que não consegue realizar? Especifique.

https://drive.google.com/file/d/0B0XQkBDRsfloSUhZb0pQUFNBTTQ/view?usp=sharing

https://drive.google.com/file/d/0B0XQkBDRsfloaXZRY2tBdnBTRjA/view?usp

=sharing

http://www.educacao.pr.gov.br/arquivos/File/editais/edital102007gs.pdf

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Responda o seguinte questionamento:

Após o momento de investigação, questionamento e desabafo, será

acrescentado um novo tópico para discussão através de um texto do projeto de

intervenção com ênfase na seguinte temática: Como colocar em prática o

nosso trabalho pedagógico?

COLOCANDO EM PRÁTICA SEU TRABALHO PEDAGÓGICO

Luciana Buzin Pontes

Pimenta (2006) concorda que o estudo da educação como fenômeno

social não se esgota por uma ciência e que tão pouco a pedagogia seja a única

ciência que estuda a educação. Outros autores estão preocupados em re-

significar a pedagogia e as ciências da educação entendendo que estas têm

como campo a prática social, com todas as suas contradições, cabendo-lhes

ao mesmo tempo contribuírem para analisar e transformar essa prática. Para a

De acordo com o Edital, com os documentos e os textos analisados,

responda:

Todas as atribuições do edital referem-se ao trabalho do pedagogo?

Você consegue executá-los efetivamente na escola?

Você realiza funções que não considera suas?

COMPARE: Qual o trabalho real e o ideal do pedagogo?

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autora o ponto de partida para a epistemologia é a prática social da educação.

Sua especificidade é que a difere das demais ciências, a pedagogia é a ciência

da prática.

Porém, no dia-a-dia da escola, presenciamos a figura de um pedagogo

sobrecarregado à mercê das necessidades imediatas distanciando-o das

propostas de contribuir com a transformação, conduzindo ao esvaziamento e

equívocos em seu fazer e em sua formação.

No entanto, não podemos analisar o papel do pedagogo sem

compreendermos como a escola está organizada e qual a concepção de

gestão adotada por seus dirigentes. Sendo assim, salienta-se a importância da

organização do trabalho escolar, como determinante da eficácia e do

aproveitamento escolar dos alunos, em questões como: o estilo de direção, o

grau de responsabilidade dos professores, a liderança organizacional e a

participação coletiva. E, somente através da avaliação de todo esse sistema é

que será possível promover uma mudança de estrutura e funcionamento das

escolas e definir, enfim, a identidade e atuação do pedagogo. Sabe-se, no

entanto, que a mudança na organização escolar perpassa, também, por uma

organização política de governo que deveria contemplar as escolas com efetivo

recurso pessoal e material para sanar as necessidades e dificuldades

existentes.

PIMENTA afirma que:

O pedagogo entra naquelas situações em que a atividade docente extrapola o âmbito específico da matéria de ensino: na definição de objetivos educativos, nas implicações psicológicas, sociais, culturais no ensino, nas peculiaridades do processo de ensino e aprendizagem, na detecção de problemas de aprendizagem entre os alunos, na avaliação, no uso de técnicas e recursos de ensino etc. o pedagogo entra, também, na coordenação do plano pedagógico e planos de ensino, da articulação horizontal e vertical dos conteúdos, da composição de turmas, das reuniões de estudo, conselho de classe, etc. (PIMENTA, 2001, p. 128)

No ensejo de uma reflexão acerca do papel do Professor pedagogo,

busca-se a definição para sua identidade e função, de forma a valorizar seu

trabalho no contexto escolar e perante a sociedade.

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É relevante citar que, para Brzezinski (1996, p.141), a proposta

defendida pela ANFOPE era de formar o educador polivalente, isto é, “aquele

que tivesse a docência como eixo central de sua formação, dominasse uma

sólida fundamentação que lhe assegurasse habilidades para exercer atividades

específicas na complexa organização escolar”. Porém, dentro desse enfoque,

qual a situação do pedagogo? Como está realizando o seu trabalho, se a sua

formação foi fragmentada?

Num breve relato histórico aponta-se o papel do Orientador Educacional

e do Supervisor Escolar elucidando a importância desses profissionais no

contexto educacional. Mas, atualmente, com a junção de funções, o Professor

pedagogo passa a responder por atividades genéricas, como as determinadas

em edital para a realização de Concurso Público para o provimento de vagas

no cargo de Professor pedagogo.

Pretende-se explicitar a extinção dos profissionais (especialistas) da

educação na figura do Orientador Educacional e do Supervisor Escolar e, em

seu lugar, a presença do Professor Pedagogo. Sabe-se que cada profissional

possui sua especificidade e se torna pertinente conhecer a sua história diante

das perspectivas da escola. Vale ressaltar que o cotidiano das escolas era

marcado pela presença desses dois profissionais: o que “cuidava” dos alunos e

o que “cuidava” dos professores. Sendo assim, justifica-se a análise desses

profissionais como se segue.

A Orientação Educacional, no Brasil, teve um enfoque mais psicológico,

ressaltando o ajustamento do aluno à escola, à família e à sociedade. Hoje,

seu papel deslocou-se dos alunos-problema para todos os problemas dos

alunos e da escola, refletindo, analisando e interferindo sobre eles.

Segundo Pimenta:

O orientador educacional será o agente de mudança, junto dos professores para que tenham atitudes mais condizentes com as necessidades afetivas, sociais e cognitivas da clientela escolar e junto aos pais para corrigir o descompasso entre a escola e as necessidades sociais. (PIMENTA, 2002, p. 33).

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A orientação educacional deve ser vista como uma área da educação

que caminha em uma direção onde todos buscam uma qualidade e dimensão

mais ampla no meio educacional.

Pimenta afirma ainda em defenda da orientação dizendo:

O orientador será, pois, um trabalhador crítico que, consciente de suas próprias dificuldades, perceberá melhor as dificuldades dos colegas e se esforçará para criar o ambiente que facilita o questionamento, a discussão e a busca de respostas alternativas para as dificuldades levantadas. Daí trabalhará com o corpo docente e discente (sempre através de representantes) e com a família. (PIMENTA, 2002,p. 35)

Além da especialidade de orientador educacional, outro profissional que

também tem a finalidade de fazer as mediações na escola é o Supervisor

Escolar, porém sua imagem já esteve muito ligada ao fato de que ele deveria

ser o “líder” do processo na escola. Com tal posicionamento, “o professor

passou a ter no supervisor um inimigo que inspecionava seu trabalho sem

entender do conteúdo, mas que deveria dominar técnicas e metodologias de

ensino-aprendizagem” (BRZEZINSKI, 1996, 143).

Esta imagem do supervisor ainda é vista por muitos educadores,

tornando-se um dos principais entraves que bloqueiam a sua atuação na

escola. E, buscando pela definição do papel do Supervisor Pedagógico,

Vasconcelos (2002) começa relatando por aquilo que a supervisão não é (ou

não deveria ser): não é fiscal de professor, não é coringa, tarefeiro, quebra

galho, tapa-buraco, não é generalista, entre outras. Ele define o supervisor

como o articulador do Projeto Político-Pedagógico da instituição no campo

pedagógico, estabelecendo contatos entre os campos administrativo e

comunitário. Tem a função de organizar a reflexão, a participação e os meios

de concretizar a tarefa da escola, a qual é propiciar que todos os alunos

aprendam e se desenvolvam como seres humanos plenos.

Vasconcelos afirma que:

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O núcleo de definição e de articulação da supervisão deve ser, portanto, o pedagógico (que é o núcleo da escola, enquanto especificidade institucional) e, em especial, os processos de ensino aprendizagem. Neste sentido, a própria concepção de supervisão se transforma, na medida em que não se centra na figura do supervisor, mas na função supervisora, que, inclusive, pode, e deve, circular entre os elementos do grupo, cabendo à coordenação a sistematização e integração do trabalho no conjunto, caminhando na linha da interdisciplinaridade (VASCONCELOS, 2002, p.87).

O supervisor contribui efetivamente para a melhoria da educação,

quando consegue realizar suas atividades essencialmente pedagógicas e, junto

com os docentes, discutir os problemas buscando as soluções.

Após este breve relato sobre os dois especialistas: orientador e

supervisor. Cabe repensar a trajetória do pedagogo no Paraná, pois como ele

ficou esquecido no período de 1995 a 2002, qualquer outro docente poderia

assumir este cargo, ou seja, não houve preocupação em capacitar esses

profissionais para realmente serem articuladores do processo pedagógico.

Então, com o concurso de 2004, quem possuísse licenciatura em Pedagogia

assume como professor pedagogo que passa a realizar as duas funções.

Reafirmando esse conceito, o professor Saviani, afirma:

O Pedagogo é aquele que possibilita o acesso à cultura organizada e organiza o processo de formação cultural. É, pois, aquele que domina as formas, os procedimentos, os métodos através dos quais se chega ao domínio do patrimônio cultural acumulado pela humanidade. E como o homem só se constitui como tal na medida em que se destaca da natureza e ingressa no mundo da cultura, eis como a formação cultural vem a coincidir com a formação humana, convertendo-se o pedagogo, por sua vez, em formador de homens (SAVIANI, 1985, p. 27).

Entretanto, é possível perceber que a função generalista está

extremamente ligada aos ideais sócio-econômicos atuais, tendo em vista um

profissional polivalente, eficiente, que atenda as dificuldades de seu serviço e

de outros, que entenda a conjuntura estabelecida e evite custos com a mão de

obra através da redução do número de profissionais nas escolas.

Na tentativa de compreender a atuação do Professor Pedagogo faz-se

necessário conhecer a organização do trabalho escolar, destacando que

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historicamente a escola e o sistema educacional têm sofrido transformações as

quais ocasionam alterações no perfil do professor e do aluno e provocam

mudanças nos currículos e nas formas de gestão da escola.

Pimenta reforça a defesa em prol dos pedagogos dizendo que:

Os pedagogos são profissionais necessários na escola: seja na tarefa de administração (entendida como organização racional do processo de ensino e garantia de perpetuação desse processo no sistema de ensino, de forma a consolidar um projeto pedagógico político de emancipação das camadas populares), seja nas tarefas que ajudem o(s) professor(es) no ato de ensinar, pelo conhecimento não apenas dos processos específicos, mas também na articulação entre os diversos conteúdos e a busca de um projeto pedagógico-político coerente (PIMENTA, 2002, p.151).

Diante do exposto, pode-se afirmar que nenhuma escola consegue

exercer o seu papel transformador assegurando o desenvolvimento e

aprendizagem de seus alunos se não se tem um sistema de organização e

práticas de gestão bem definidos, isto é, com uma boa estrutura

organizacional, liderança e iniciativa dos dirigentes. Porém, todo esse esforço

deve ser um trabalho coletivo, democrático e com a participação ativa de todos

os segmentos que compõem o universo escolar e educacional.

E neste contexto temos a presença do pedagogo como um dos agentes

responsáveis pela mudança mediante articulações internas e externas

realizadas com os professores, sendo permeadas por valores e convicções e,

também, por meio de articulações internas que a sua ação desencadeia.

Então, como sugere Vasconcelos (2002), o ponto de partida para

enfrentar a resistência do educador é procurar despertá-lo para a mudança e

fazê-lo ver que a sua mobilização depende do seu querer e do seu poder. O

autor aponta algumas estratégias para romper a resistência através de possível

mediação como função do pedagogo, isto é, ajudar o professor a tomar

consciência de suas contradições; provocar reflexões; possibilitar o contato do

professor com pessoas de diferentes práticas; propiciar novos conhecimentos

através da pesquisa e incentivar a produção e a socialização destes

conhecimentos; ajudar a superar sensação de impotência; valorizar as práticas

realizadas; entre outras.

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Através das várias funções atribuídas ao pedagogo, objetiva-se a

concretização de um plano de ação construído coletivamente por todos os

pedagogos da instituição escolar, constante no Projeto Político Pedagógico, e

de fácil acesso aos professores, para que os mesmos compreendam a

verdadeira função do pedagogo, facilitando o desenvolver de seu trabalho e a

sua valorização enquanto profissional.

ATIVIDADE REFLEXÃO E AÇÃO 4

www.folhajovem.com.br acesso em: 04/10/2014

Será analisado um texto extraído do livro: Recortes da Educação: o

cotidiano da escola fundamental, das autoras Maria Lídia Sica Szymanski e

Itagira Vigo Schuh, sobre os “Fatores que dificultam a ação do pedagogo na

escola. Sugerindo após a leitura, os seguintes questionamentos:

Pedagogia e pedagogos, para quê? José Carlos Libâneo. 7ª Ed. São Paulo: Cortez, 2004. Pedagogia, ciência da Educação 3ª Ed. Selma Garrido Pimenta. São Paulo: Cortez, 2001.

Após os estudos realizados percebemos que o trabalho do professor pedagogo está entre o ideal e o real. O que deveria ser feito chama-se de trabalho ideal e o que fazemos de trabalho real. Percebe-se uma dicotomia quando os comparamos. E aí pergunta-se: Como colocar em prática efetivamente o nosso trabalho pedagógico?

4º MOMENTO:

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Após está análise e debate, será enfatizado então a importância de se

ter um plano de ação eficiente a ser colocado em prática na escola, para

assim poder desempenhar com afinco nossas atribuições.

Como o texto representa um estudo de caso, também será entregue um

questionário previamente aos professores, equipe pedagógica e diretores da

escola em que atuamos, para que possamos compreender qual o

entendimento deles com relação ao trabalho do pedagogo.

As questões serão recolhidas e analisadas, os dados serão organizados

em grupos percentuais por categorias a partir das respostas dos sujeitos,

utilizando-se o método de do Discurso do Sujeito Coletivo (LEFÈVRE e

LEFÈVRE, 2005), segundo o qual os extratos das respostas dos sujeitos são

agrupados por similaridade, tomando-se como critério a coincidência de idéias,

e não a coincidência de palavras.

De acordo com o

texto, responda:

- O pedagogo está desviando suas funções, para outros setores de trabalho?

- Há organização e mediação do trabalho pedagógico na escola?

- A equipe pedagógica desenvolve seu trabalho coletivamente?

- Como que os professores vêem o seu trabalho na escola?

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QUESTÕES PARA PROFESSORES

Essas questões são para analisar o conceito que professores tem sobre o

trabalho do professor pedagogo na escola pública do Estado do Paraná.

1) O que significa para você TRABALHO PEDAGÓGICO NA ESCOLA?

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

2) Qual o trabalho que você considera, INDISPENSÁVEL para a equipe

pedagógica?

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

3) Como você compreende O PAPEL DO PROFESSOR PEDAGOGO

dentro da instituição escolar?

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

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QUESTÕES PARA PEDAGOGOS

Essas são questões que irão proporcionar reflexões sobre o trabalho dos

pedagogos na escola.

1.) Como você percebe que é visto o seu trabalho enquanto PROFESSOR

PEDAGOGO na escola?

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

2.) Em seu entendimento, qual a contribuição para a educação com relação

ao trabalho do professor pedagogo?

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

3.) Você consegue executar a maioria das atribuições que são inerentes a

sua função?

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

4.) Quais mudanças você considera indispensável que aconteça para que

você consiga realizar seu trabalho para o qual foi designado?

__________________________________________________________

__________________________________________________________

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__________________________________________________________

__________________________________________________________

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ATIVIDADE – QUESTÕES PARA DIREÇÃO

Essas são questões que irão proporcionar reflexões sobre o trabalho da equipe

pedagógica na escola.

1) Quais as contribuições do pedagogo na organização do trabalho

escolar?

__________________________________________________________

__________________________________________________________

_______________________________________________________

2) Pontue os fatores que impedem o pedagogo de realizar seu trabalho na

escola?

__________________________________________________________

__________________________________________________________

__________________________________________________________

3) Você considera importante o trabalho dos pedagogos, para a efetivação

da gestão democrática?

__________________________________________________________

__________________________________________________________

_______________________________________________________

https://www.dropbox.com/s/nsjj9u786t25e04/O%20%20LOBO%20MAU%20POWER%20POINT.pptx?dl=0 E qual é a sua versão?

www.folhajovem.com.br acesso em: 04/10/2014

Planejamento: projeto de ensino-aprendizagem e Projeto Político-Pedagógico. Celso dos S. Vasconcellos, 10ª Ed. São Paulo: Libertad, 2002. Recortes de Educação: O cotidiano da escola fundamental. Vilmar Malacarne... [et al.]. Cascavel: EDUNIOESTE, 2012..

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Para estabelecer um referencial de comunicação, esbocemos inicialmente um conceito: planejar é antecipar mentalmente uma ação a ser realizada e agir de acordo com o previsto; é buscar fazer algo incrível, essencialmente humano: o real ser comandado pelo ideal. (VASCONCELLOS, 2002, p. 35)

Vídeo: Planejamento um caminho para solucionar qualquer problema.

Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=ANKSSWN8O18

Duração: 1 minuto e 20 segundos.

O projeto não é “varinha de condão”, não tem “superpoderes”. No entanto, se o enfrentamento da situação é penoso com um planejamento, certamente será bem pior sem ele, visto que ficaríamos bem mais susceptíveis à desorganização interior e às pressões exteriores. Assim, o processo de planejamento pode ser de grande valia, na medida em que busca re-significar, orientar e dinamizar o trabalho. [...] A perspectiva é de um planejamento mais humilde, menos pretensioso de abarcar a totalidade da prática, nos seus mínimos detalhes, tendo em vista que tudo que é fechado/determinado demais acaba expulsando o humano (cf. Arroyo, 1999) Na nossa contingência de seres históricos e limitados, precisamos de pontos de apoio e referência para nos movimentarmos; mas isto não pode impedir de caminhar ou de trilhar novos caminhos! (VASCONCELLOS, 2002, p. 63 e 64)

5º MOMENTO:

Resumo: Um menino se viu sozinho para jogar futebol, então planejou uma ação objetivando o surgimento de um irmãozinho, o que viria a solucionar o seu problema inicial. O plano foi tão bem executado que 9 meses depois ele já pode ir ao hospital e levar um par de chuteiras para o bebê que acabava de nascer.

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Leitura do texto: O planejamento como Méthodos da práxis pedagógica.

Re-significando a prática do planejamento. Vasconcellos, 2002.

Para complementar a discussão:

O Plano de Ação do Pedagogo são as ações a serem desenvolvidas

na escola para organização do ensino e aprendizagem, contendo objetivos e

metas das quais devem ser alcançadas no ensino, como também a

O EMPURRÃO

A águia empurrou gentilmente seus filhotes para a beirada do ninho. Seu coração se acelerou com emoções conflitantes, ao mesmo tempo em que sentiu a resistência dos filhotes a seus insistentes cutucões. Por que a emoção de voar tem que começar com o medo de cair? Pensou ela. O ninho estava colocado bem no alto de um pico rochoso. Abaixo, somente o abismo e o ar para sustentar as asas dos filhotes. E se justamente agora isto não funcionar? Apesar do medo, a águia sabia que aquele era o momento. Sua missão estava prestes a se completar, restava ainda uma tarefa final, o empurrão. A águia encheu-se de coragem. Enquanto os filhotes não descobrirem suas asas não haverá propósito para a sua vida. Enquanto eles não aprenderem a voar não compreenderão o privilégio que é nascer. Então, um a um, ela os precipitou para o abismo. E eles voaram! Às vezes, nas nossas vidas, as circunstâncias fazem o papel de águia: são elas que nos empurram para o abismo. E quem sabe não são elas, as próprias circunstâncias que nos fazem descobrir que temos asas para voar. Fonte: A sabedoria do não, de Mariliz Vargas ( Editora Rósea Nigra) www.metaforas.com.br

REFLITA!

Há algo em nossa prática que precisa ser modificado?

Por que o pedagogo precisa ter um

plano de ação?

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metodologia e avaliação. Para a realização do Plano, será apresentado um

roteiro de sugestões para as ações que podem enriquecer o resultado final de

nosso trabalho.

Sugestões para subsidiar a reconstrução do PLANO DE AÇÃO DOS

PEDAGOGOS da Escola Estadual Cristo redentor – Ensino Fundamental,

município de Nova Prata do Iguaçu.

EM RELAÇÃO AOS ALUNOS (AÇÕES)

Atendimento a alunos com dificuldades de aprendizagem, objetivando

sua inclusão no ensino regular;

Solicitar parceria com o Conselho Tutelar e a Promotoria Pública (se

necessário);

Acompanhar se os alunos estão recebendo a recuperação de estudos;

Acompanhamento e encaminhamento de casos de: indisciplinas e

problemas de aprendizagem;

Acompanhar o rendimento dos alunos, para tomar as medidas

necessárias em casos de baixo rendimento escolar;

Solicitar a participação dos responsáveis sempre que necessário;

Apoio na realização de Projetos, gincanas, entre outros;

Auxiliar na prevenção da evasão escolar;

Promover palestras de incentivo aos estudos e de aprimoramento do

conhecimento científico, relacionados as disciplinas escolares;

Leitura dos direitos e deveres dos alunos no início do ano letivo,

objetivando o respeito e a responsabilidade dos mesmos.

EM RELAÇÃO AOS PROFESSORES (AÇÕES)

Participar do processo de elaboração do planejamento escolar;

Acompanhar a execução do planejamento bem como suas ações

previstas;

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Apoiar os projetos a serem desenvolvidos pelas disciplinas, conforme

cronograma inicial da escola;

Propor o replanejamento das ações quando necessário;

Fazer um levantamento com os professores sobre alunos que

apresentam dificuldades de aprendizagem em sua disciplina;

Utilizar os resultados das avaliações externas e internas para propor

intervenções pedagógicas;

Auxiliar o professor no uso dos materiais de apoio pedagógico e

tecnológico;

Conscientizar o professor quanto a: pontualidade, organização, e, livros

de registros de classe em dia;

Acompanhar a aplicação das ações do PDE;

Acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos da biblioteca e do

laboratório de informática;

AÇÕES EM RELAÇÃO FAMÍLIA / ESCOLA

Auxiliar a direção na organização das reuniões de pais;

Apresentar aos pais os projetos a serem realizados no decorrer do ano

letivo;

Atuar como facilitador do processo de comunicação entre escola, família

e comunidade;

Ajudar na organização de palestras de interesse a toda a comunidade

escolar;

Auxiliar na entrega de boletins, incentivando os pais para que conversem

com os professores de seu filho:

Incentivar manifestações culturais que visem o aprimoramento do

conhecimento dos alunos;

Propor integração entre a família e a escola através também de

manifestações culturais como: festival estudantil, festa junina, gincanas,

etc.

Orientar aos pais quanto a importância de seu acompanhamento na vida

escolar de seu filho;

Implantar reuniões entre as disciplinas, período a ser definido no início

do ano.

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Após apresentação dos subsídios, apresentar o Plano de ação dos

pedagogos criado em 2012 através de um grupo de estudos PDE.

BAGGIO, Rosane I. D. B. Discussões de um grupo de pedagogas: docência, experiência, trabalho pedagógico. Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE:2012.

pedagogosemaçao.tumbir.com Acesso em 04/10/2014

Reflexão: PENSAR SOBRE O TRABALHO COLETIVO

Música: (Charlie Brown Junior: Viver dias de sol. CD)

Espera-se ao final desta Unidade Didática, atingir o objetivo geral de ter

reconstruído o Plano de Ação dos Pedagogos, através deste grupo de estudos

para ser efetivo em 2016, tendo o consentimento de todos os participantes.

Lembrando sempre que o mesmo segue as orientações da SEED e está

coerente com as Diretrizes Curriculares Nacionais já apresentadas a eles em

encontro anterior.

Encerramento dos encontros: Música: Eu vou seguir (Marina Elali) Produção: Esaú Fornaciari

Link: http://youtu.be/g4tTpVW6wGQ Duração: 3 minutos e 48 segundos.

Repensar, desconstruir e (re) construir

o Plano de Ação dos pedagogos da Escola

Estadual Cristo Redentor – Ensino Fundamental.

6º MOMENTO:

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O NOSSO TRABALHO SÓ SE COMPLETA SE ELE FOR REALIZADO EM EQUIPE, ASSIM COMO NESTE VÍDEO:

Vídeo: Impossível não se emocionar.... Assistam! Produção: Face in mídia entretenimento Link: http://youtu.be/RNs7r9stK4Y Duração: 4 minutos e 10 segundos.

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REFERÊNCIAS: ANFOPE. Definição das Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Pedagogia. Disponível em: <http://www.anped.org.br/200904PosicaoDiretrizesCursosPedagogia.doc >. Acesso em: 15 de maio de 2014. BAGGIO, Rosane I. D. B. Discussões de um grupo de pedagogas: docência, experiência, trabalho pedagógico. Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE:2012. BRASIL, Senado Federal. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: nº 9394/96. Brasília: 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso em: 15/06/2014. BRZEZINSKI, Iria. Pedagogia, pedagogos e formação de professores. Campinas: Papirus, 1996. LEFÈVRE e LEFÈVRE, A. M. C. O discurso do sujeito coletivo: um novo enfoque em pesquisa qualitativa (desdobramentos). Caxias do Sul: RS: EDUCS, 2005. LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê? 7ª ed. São Paulo: Cortez, 2004. MALACARNE, Vilmar [et al.]. Recortes de Educação: O cotidiano da escola fundamental. Cascavel: EDUNIOESTE, 2012. PARANÁ. Lei Complementar nº 103/04. Institui e dispõe sobre o Plano de Carreira dos Professores. Publicado no Diário Oficial nº 6687 de 15/03/2004. PARANÁ. Edital Nº 10/2007 GS/SEED. Dispõe sobre as normas do Concurso Público para o provimento de vagas no cargo de Professor Pedagogo e a Descrição das atividades do cargo. Disponível em: <ttp:/www.nc.ufpr.br/concursos_externos/seed2007/documentos/edital_10 2007_pedagogo.pdf> Acesso em: 20/06/2014. PIMENTA, Selma Garrido. O pedagogo na escola pública. 4ª ed. São Paulo: Edições Loyola, 2002. _____. Pedagogia, ciência da Educação? 3ª ed. São Paulo: Cortez, 2001. ______ . (org). Pedagogia e pedagogos: caminhos e perspectivas. São Paulo: Cortez, 2002b. SAVIANI, Dermeval; DUARTE, Newton. Pedagogia histórico-crítica e luta de classes na educação escolar. São Paulo: Autores Associados, 2012. SAVIANI, Dermeval. O Sentido da Pedagogia e Papel do Pedagogo. – In: Revista da ANDE, São Paulo, n. 9, p. 27-28, 1985.

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VARGAS, Mariliz. A sabedoria do não. Ed. Rósea Nigra. <www.metaforas.com.br> Acesso em: 04/10/2014 VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Coordenação do Trabalho Pedagógico: do projeto político – pedagógico ao cotidiano da sala de aula. São Paulo: Libertad, 2002. _____. Planejamento: projeto de ensino-aprendizagem e projeto político-pedagógico. 10ª ed. São Paulo: Libertad, 2002. ______. O papel do Pedagogo na Escola Publica: CADEP. Disponivel em: <http://www.smec.salvador.ba.gov.br/site/documentos/espaco-virtual/espaco-jornada-pedagogica/artigos-e-textos/pedagogo-papel-escola-publica.pdf> Acesso em: 18/07/2014. PINTO, Adriana Aparecida. GODOI, Miria Adalgisa Bedim. O descaminho da atuação do pedagogo na escola pública. Vivencias e inquietações no estado do Paraná.< http://www.ie.ufmt.br/semiedu2006/GT10-Forma%E7%E3o%20de%20Professores/Comunicacao/Comunicacao%20Adriana.htm> VÍDEOS: <https://www.youtube.com/watch?v=Y5RI77hYTI4> Osvaldo Montenegro - A lista. Acesso em: 04/10/2014 <http://www.youtube.com/watch?v=h76ibfjtRaw> Pedago...quem? Acesso em: 02/11/2014 <http://www.youtube.com/watch?v=ANKSSWN8O18> Planejamento um caminho para solucionar qualquer problema. Acesso em: 03/11/2014 <http://youtu.be/g4tTpVW6wGQ> Eu vou seguir –Marina Elali. Acesso em: 05/11/2014 <http://youtu.be/RNs7r9stK4Y> Impossível não se emocionar.... Assistam! Acesso em: 07/11/2014

IMAGENS

<http://www.folhajovem.com.br/news.php?news=826#.VFzqiWdTvDc> Acesso em: 04/10/2014

<http://acritica.uol.com.br/blogs/blog_artigos/postura-pedagogica-docente-comunidade-escolar_7_682201777.html> Acesso em: 04/10/2014

<http://static.tumblr.com/gkoafob/SBCm3m7uh/imagem1.jpg> Acesso em: 04/10/2014