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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL-PDE

ÁREA DE ATUAÇÃO: EDUCAÇÃO ESPECIAL

O PROCESSO ENSINO- APRENDIZAGEM E OS ENCAMINHAMENTOS DAS

QUEIXAS ESCOLARES PARA AVALIAÇÃO PSICOEDUCACIONAL:

REFLEXÕES A PARTIR DA PSICOLOGIA HISTÓRICO-CULTURAL.

ROSANGELA CRISTINA MOROSINI BELONI

MARINGÁ, 2013

O PROCESSO ENSINO- APRENDIZAGEM E OS ENCAMINHAMENTOS DAS

QUEIXAS ESCOLARES PARA AVALIAÇÃO PSICOEDUCACIONAL:

REFLEXÕES A PARTIR DA PSICOLOGIA HISTÓRICO-CULTURAL

Produção Didático-pedagógica apresentada ao

Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE,

sob orientação da Professora Drª Nilza Sanches

Tessaro Leonardo, do Departamento de Psicologia

da Universidade Estadual de Maringá.

MARINGÁ, 2013

PDE 2013

TITULO: O processo ensino- aprendizagem e os encaminhamentos das queixas escolares para

avaliação psicoeducacional: reflexões a partir da Psicologia Histórico-Cultural

Autor Rosangela Cristina Morosini Beloni

Disciplina/Área

Educação Especial

Escola de Implementação do projeto e sua localização

Colégio Estadual Maria Cândida de Jesus. EFM

Município da escola

Moreira Sales

Núcleo Regional de Educação

Goioerê

Professora Orientadora

Prof.ª Dra. Nilza Sanches Tessaro Leonardo

Instituição de Ensino Superior

Universidade Estadual de Maringá

Relação Interdisciplinar

Todas as Disciplinas do Currículo Fundamental e Médio

RESUMO A proposta desta Unidade Didática é promover no espaço escolar, com a equipe técnico/pedagógica, e docentes discussões sobre o desenvolvimento humano, o processo ensino- aprendizagem, as implicações e dificuldades que os alunos encontram neste processo, e as preocupações que o professores tem em relação aos alunos que não conseguem aprender. A pretensão também é rever conceitos sobre os procedimentos dos professores ao encaminhar os alunos com deficiência intelectual e/ou dificuldades de aprendizagem para a avaliação psicoeducacional, identificando quem são esses alunos, o que os professores consideram ao encaminhá-los, quais motivos os levam a fazerem encaminhamentos ao invés de fazer adaptações curriculares a fim de atender as diferenças de ritmo e a maneira de aprender dos seus alunos? Objetiva-se ainda, refletir sobre a importância da formação continuada dos profissionais da educação e possibilitar assim uma mudança de postura no trabalho desenvolvido no processo ensino educacional.

Palavras-chave:

Desenvolvimento humano, processo ensino-aprendizagem, mediação, adaptações curriculares, avaliação psicoeducacional.

Formato do Material Didático

Unidade Didática

Público Alvo

Equipe técnico/pedagógica e docentes.

1 - APRESENTAÇÃO

A produção do material Didático Pedagógico constitui-se como uma das

estratégias de ação do Projeto de Intervenção Pedagógica a ser implementada

no Colégio Estadual Maria Cândida de Jesus. Este material é o resultado de

um trabalho de formação continuada propiciada pela Secretaria de Estado da

Educação do Paraná – SEED, por meio do Programa de Desenvolvimento

Educacional – PDE, do Governo do Estado do Paraná em conjunto com a

Universidade Estadual de Maringá – UEM.

Com esta implementação pedagógica buscamos contribuir com a

formação continuada e com a prática profissional de professores, fornecendo

subsídios que lhes possibilitem conhecimentos sobre o processo de

aprendizagem e desenvolvimento humano, levando-os a refletirem sobre o

processo de encaminhamento das queixas escolares para avaliação

psicopedagógico. A pretensão é instrumentalizar a práxis pedagógica do

professor, tendo como suporte teórico a Psicologia Histórico-Cultural.

Para tanto, serão proporcionados aos docentes e técnicos pedagógicos

que participarão da implementação, encontros na qual serão trabalhados textos

que tratam da temática em questão, bem como apresentação de vídeos com

documentários que se reportam também ao tema de estudo. A intenção é de

promover debates, discussões e reflexões sobre a práxis pedagógica, tendo

como aporte teórico prioritariamente autores que pertencem a Psicologia

Histórico-Cultural.

Chamamos a atenção, para o fato, de que a concretização deste

trabalho apenas será possível se as pessoas diretamente envolvidas, aqui no

caso, os professores e técnicos pedagógicos da escola, se dispuserem a

participar ativamente, isto é, se todos os envolvidos realizarem as leituras e

sínteses sugeridas, bem como debaterem, discutirem sobre o assunto e

repensarem suas praticas pedagógicas.

Os encontros acontecerão na sala de conferencias do próprio colégio,

com a orientação da professora orientadora, que nos instrumentalizara com

recursos teóricos e praticas pedagógica.

1. O processo ensino aprendizagem e o desenvolvimento humano na

perspectiva Histórico-Cultural

Ao assumirmos a teoria Histórico-Cultural, como fundamento para

pensarmos os processos de desenvolvimento humano e de formação de sua

individualidade, permitimo-nos explicitar que a socialização e a aprendizagem

humana acontecem através das interações sociais, da relação entre o sujeito e

o meio em que vive. Apesar de o homem possuir capacidades biológicas o

homem só é capaz de formar conceitos se estiver inserido na convivência com

pessoas e sua cultura. Para Zavadski (2009), a relação entre desenvolvimento

e aprendizagem se dá de modo processual e não se esgota ao longo da vida.

Desde o nascimento, há dependência e interação entre o adulto e bebê. O ser

humano nasce extremamente frágil e depende do outro para sobreviver, essa

dependência é que lhe permitirá no futuro a humanização. O ser humano

precisa crescer em um ambiente social e interagir com outras pessoas.

Fonte/figura:http://cienciasetecnologia.com/a-contribuicao-de-vygotsky/

Ao afirmar que a aprendizagem procede ao desenvolvimento

Vigotski (1989) diz que, a compreensão do ser humano depende do processo

de internalização das formas culturalmente dadas de funcionamento

psicológico, em que cada um dá um significado particular as suas vivências.

Nesta mesma linha de pensamento, Leontiev (1978, apud Meira &

Facci, 2007, p. 50) coloca:

O desenvolvimento é o processo através do qual uma criança transforma-se em um membro da espécie através de estágios sucessivos. Cada um deles é definido por um tipo dominante de atividade que ele denominou de atividade principal, essa atividade principal é aquela cujo desenvolvimento determina as mudanças mais importantes nos processos psíquicos da criança em um determinado estágio da vida.

De acordo com Vigotski (1977, apud Silva, 2010), aprendizado não

significa desenvolvimento; porém o aprendizado quando organizado

adequadamente implica em desenvolvimento mental e põe em movimento

vários processos de desenvolvimento que de outra forma, seriam impossíveis

de acontecer. Assim, o aprendizado é um aspecto necessário e universal do

processo de desenvolvimento das funções psicológicas culturalmente

organizadas e especificamente humanas. Assim ele ainda contribui afirmando

que:

(...) o desenvolvimento humano e a aprendizagem vão ocorrendo de forma entrelaçada, o mesmo ocorre par a par, em dois níveis: o real, que acontece de forma independente e o desenvolvimento próximo o qual o sujeito humano necessita de ajuda ou mediação/imitação do outro, (VIGOTSKI 1977, apud Silva, 2010, p.38).

O homem, na medida em que interage com o outro, tem a possibilidade

de avançar e constituir-se culturalmente, superando sua condição biológica.

Desenvolve-se, apropria-se das obras da cultura, dos valores, usos e

costumes, por meio de objetos criados por outros homens. Neste prisma a

educação é essencial, pois, de acordo com Leontiev (1978, apud Rossato,

2010) ela se caracteriza por um processo de humanização, que permite aos

homens o desenvolvimento de suas aptidões, numa apropriação do que se

constituiu historicamente pela humanidade, através das interações sociais

estabelecidas. Em destaque temos a educação realizada por meio do ensino e

da educação escolar.

Para Vigotski (1989), o desenvolvimento do ser humano depende do

aprendizado que realiza em um determinado grupo cultural, a partir da

interação com os indivíduos de sua espécie. Sob esse prisma a aprendizagem

das crianças começa muito antes delas ingressarem na escola. Continuando

neste enfoque Leontiev, (1978, apud Meira & Facci, 2007, p. 50) pontua:

As perspectivas do desenvolvimento psíquico do homem e da humanidade colocam de forma incisiva o problema de uma organização social equitativa e sensata da vida da sociedade humana que possibilite a cada individuo a apropriação das objetivações do progresso histórico e a participação neste processo como um sujeito criador de novas realizações.

Como afirmam Perret-clermon e Schuabauer-Leoni (1989) a

aprendizagem é um processo fundamental da vida humana que implica ações

e pensamentos tanto quanto emoções, percepções, símbolos, categorias

culturais, estratégias e representações sociais. Ainda que descrito

frequentemente como um processo individual. A aprendizagem é também uma

experiência social com vários companheiros (pais, professores/as, colegas,

etc.).

1.1 O papel do professor no processo ensino-aprendizagem

Fonte/figurahttp://elisete-nunes.blogspot.com.br/2012/10/professor-mediador.html

Pensar no educador como um ser humano que esta em constante

desenvolvimento e sujeito a mudanças, é levar à sua formação ao desafio de

resgatar as dimensões culturais, política, social e pedagógica, isto é, resgatar

os elementos cruciais para que se possam redimensionar suas ações, para

que potencialize suas atuações para efetivar a aprendizagem de seus alunos.

Por isso deve estar voltado para o futuro no sentido de dar condições para

que todos os seus alunos se desenvolvam, buscando intervir ativamente

nesse processo.

Conforme evidencia Saviani (1991), o trabalho educativo é o ato de

produzir, direta ou intencionalmente, em cada individuo singular, a humanidade

que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens.

Segundo Leontiev (1978), todo homem nasce candidato a ser humano,

mas somente se constitui humano ao se apropriar da cultura produzida pelos

homens. O processo de apropriação da cultura humana é resultado da

atividade efetiva do homem sobre os objetos e o mundo circundante mediado

pela comunicação. Moura (2010) complementa expondo que é na relação com

os objetos do mundo, mediada pela relação com outros seres humanos, que a

criança tem a possibilidade de se apropriar das obras humanas e humanizar-

se.

Nesta mesma linha, Facci (2004, apud Silva, 2010) coloca que para

cumprirem sua função de modo consistente, os educadores devem realizar o

trabalho de mediação entre o aluno o os conhecimentos, e estes devem ser

transformados em conteúdos escolares para que possa ser apropriado pelos

alunos. Nesta perspectiva o professor é o elemento mediador fundamental no

processo de formação dos conceitos e dos processos psicológicos superiores.

A autora completa expondo:

No processo de aprendizagem o professor deve estar atento ao que motiva o aluno, no caso, o conhecimento científico, do qual o professor deve se apropriar a priori, para então desenvolver de maneira eficaz os conteúdos propostos. Neste sentido, ao mesmo tempo em que o professor motiva o aluno, também deve estar atento ao que o motiva, ao que o incita a trabalhar e ao sentido pessoal da atividade que ele executa. (FACCI 2004, apud, Silva 2010 p. 61).

De igual forma Silva (2010) contempla que a aquisição dos

conhecimentos clássicos propulsores de desenvolvimento se dá pela mediação

e direção do professor, a função deste é preponderante no desenvolvimento

psíquico dos alunos. O desenvolvimento da criança é precisamente o processo

de aquisição da experiência humana que se opera sob a orientação dos

adultos, especialmente do professor no processo de escolarização.

[...] com a mediação do professor, o aluno aprende a utilizar o raciocínio lógico de diversas formas, de acordo com as conexões dos objetos e fenômenos com seus conceitos correspondentes; porém os alunos dos primeiros anos do Ensino Fundamental ainda não conseguem direcionar com domínio seu raciocínio lógico. Frequentemente eles se desviam dos objetos de atenção ou realizam relações casuais não lógicas entre os objetos e fenômenos a serem analisados. Isso se deve a que as habilidades de raciocínio lógico e atenção concentrada não são herdadas desde o nascimento, mas são construídas na relação de mediação e apoiam-se nas condições do ensino para que sejam consolidadas. (ELKONIN, 1969, apud, Silva, 2010. P.60).

Em concordância com Vigotski (1997, apud Meira & Facci, 2007,

p.50) destacamos a importância de uma atuação pedagógica adequada ao

desenvolvimento das funções psíquicas superiores dessas crianças. Uma ação

pedagógica que contribua para esse desenvolvimento e para a expressão das

características positivas das pessoas com deficiência intelectual exige que o

educador, em sala de aula, esteja atento aos seus alunos, com a atenção

voltada ao nível de seu desenvolvimento efetivo, ao passo que cada um está

dando, ao modo como o faz e às peculiaridades com as quais aprende. Isso

poderá levar o educador a ter condições de verificar o que cada um é capaz de

realizar de modo independente, ou seja, o que já é possível de ser realizado

em função do aprendizado já efetivado até o momento e, ao mesmo tempo, em

que momentos desse processo podem mediar à aprendizagem de seu aluno,

possibilitando-lhe os saltos em seu desenvolvimento. Não se pode esquecer,

por outro lado, que, para realizar um trabalho neste caminho, o educador deve

ter as devidas condições, as quais são geradas a partir de uma formação

adequada e contínua.

Em virtudes destas colocações cabe ainda dizer que para Vigotski

(1989), o bom ensino é aquele que se dirige às funções psicológicas que estão

amadurecidas, prontas, mas ainda não se completaram. São processos de

desenvolvimento que, embora presentes na criança necessitem da colaboração

de pessoas mais experientes do seu meio para se consolidarem.

2. Avaliação Psicoeducacional, seus encaminhamentos no contexto

avaliativo.

De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a

Construção de Currículos Inclusivos (2006), no Paraná, a inclusão educacional

apresenta-se como um processo gradativo, dinâmica e em transformação

onde:

A preocupação da escola com o atendimento à diversidade social, econômica e cultural existente que lhe garante ser reconhecida como instituição voltada, indistintamente, para a inclusão de todos os indivíduos (PARANÁ, 2005, p.12).

Ainda de acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Especial

para a Construção de Currículos Inclusivos (2006), que difunde escolas

inclusivas que atendam a todos os alunos sem distinção trás que:

Não se admite, portanto, continuar-se a ouvir declarações em que a escola inclusiva seja caracterizada apenas como aquela que possuem matriculados em suas turmas alunos com deficiências, ainda que continue a apresentar altos índices de evasão e repetência,

grande número de analfabetos funcionais, ou alunos marginalizados por sua condição de pobreza extrema ou pela cor de sua pele, entre outras situações de exclusão e fracasso. As escolas inclusivas são escolas para todos, implicando um sistema educacional. Que reconheça e atenda às diferenças individuais, respeitando as necessidades de qualquer dos alunos (CARVALHO, 2004, p. 26)l.

Em consonância com essas colocações Abrunhosa (2012) nos faz os

seguintes questionamentos: quem são esses alunos que não aprendem? O que

pode ser feito para reconhecê-los? O que poderia ser pensado para avaliá-los e

que instrumentos, métodos, poderiam ser utilizados? Pensar a avaliação é um

embate olhado por todos que de alguma forma estão envolvidos no processo.

Torna-se necessário refletir o que se quer avaliar: o quanto se aprende o nível

intelectual, questões orgânicas, emocionais ou buscar entender o processo de

escolarização.

Com intenção de contribuir na busca de resposta a estas perguntas,

Machado e Souza (2008, p.74) coloca:

Frequentemente são encaminhadas crianças cuja queixa é imaturidade, indisciplina, desobediência. Elas não correspondem à expectativa da instituição escolar, não apresentam os comportamentos esperados pela professora, como ficar sentado, quieto, fazendo lições e obedecendo a ordens. São geralmente crianças normais, apresentando uma gama diversa de comportamentos esperados paridade e outras vezes reativos a situações de ensino aborrecidas e/ou desrespeitosas.

Fonte/figura:http://www.sosprofessor.com.br/blog/category/indisciplina-na-sala-de-aula/

Para Machado (1996), o fenômeno do fracasso escolar acontece nas

relações educativas, instancia que têm por finalidade maior ser promotora da

aprendizagem dos alunos. Todas as escolas devem primar pelo

desenvolvimento máximo dos indivíduos. No entanto, muitas escolas podem

promover minimamente a aprendizagem ou o contrário dela. De acordo com a

práxis que adotam no encaminhamento e tratamento das queixas escolares.

Sobre estes aspectos Chiodi (2012, p.75) contribui ao afirmar que,

O entendimento e atendimento às queixas escolares ainda são norteados por uma visão tradicional da psicologia, tendo como encaminhamento final as Unidades Básicas de Saúde. Logo, o viés psicologizante ainda está presente nas explicações acerca do fracasso escolar, influenciado, sobretudo, por uma visão ideológica pautada no neoliberalismo, que coloca no indivíduo a responsabilidade por seu sucesso ou fracasso, desconsiderando a divisão de classes sociais, fruto do capitalismo, que, por meio das relações sociais estabelecidas, diferencia os indivíduos, não dando a todos as mesmas condições para o desenvolvimento de todas as suas potencialidades, até mesmo a de se apropriar do conhecimento. Perante o exposto, defende-se que a análise do desenvolvimento da criança, de suas dificuldades e potencialidades deve ser permeada por uma compreensão de que o sucesso escolar depende de mudanças estruturais que possibilitem dar destaque à educação e à escola na transmissão dos conhecimentos científicos.

Facci e colaboradores (2007, apud Abrunhoza p.12) complementam

expondo que:

(...) ao considerar a perspectiva Histórico-Cultural na avaliação psicológica das queixas escolares, é importante salientar como analisar a história da produção da queixa, o contexto em que ela foi produzida, as medidas pedagógicas tomadas para a superação das dificuldades e as superações que foram alcançadas em relação às dificuldades apresentadas pelos alunos. O envolvimento da equipe pedagógica, professores e pais no processo de avaliação é primordial, de forma que todos possam auxiliar na compreensão e na avaliação da potencialidade da criança, na utilização de testes psicológicos como complemento da avaliação e não como critério de classificação e discriminação.

Para Facci, Meira & Tuleski, (2011, apud Silva, 2010), os psicólogos

precisam rever a forma como estão avaliando os alunos, porque, como Facci,

Eidt e Teluski (2006, apud Silva, 2010) destacam, já é comprovada a

incoerência de procedimentos utilizados por psicólogos nas avaliações

psicoeducacionais e também os efeitos dessas praticas para aqueles alunos

avaliados. É necessário analisar a falta de contextualização e de

posicionamento crítico na pratica da avaliação, a qual explica o fracasso

escolar como consequência de problemas individuais.

Em virtude dessas considerações vale ressaltar que, uma forma

diferenciada de avaliação - avaliação mediada ou assistida – vem sendo

discutida e aplicada por vários autores, essa avaliação assistida está sendo

desenvolvida desde a década de 1970, a partir dos estudos de Reuven

Feuerstein e colaboradores (em Israel). Esta avaliação pressupõe uma

concepção de aluno voltada muito mais ao seu potencial, ao que é capaz de

aprender e está em vias de aprendizagem, posto que não o reduza apenas ao

que aprendeu, ou não aprendeu – como concebe a avaliação psicométrica

estática/tradicional.

Facci, Eidt & Tulesli (2006, apud Abrunhoza, 2012 p. 13) contribuem

expondo que:

A avaliação psicoeducacional necessita ir além da avaliação do aluno, de seus conhecimentos e competências, como decorrentes de fatores orgânicos de desenvolvimento e maturação. Essa avaliação precisa também privilegiar a escola, avaliando suas metodologias, os conteúdos que se propõe a ensinar, bem como a qualidade das mediações. Logo, essa mesma avaliação deve constituir-se numa avaliação que ultrapassa o âmbito psicoeducacional para o âmbito de condições histórico-sociais. Deverá levar em conta a escola e a sociedade na qual a criança está imersa, sendo assim menos excludente e seletiva, tornando-se mais dinâmica e revolucionária. Sendo assim, faz-se imprescindível que essa avaliação contribua para o processo de ensino-aprendizagem da criança, pois de nada adianta apenas conhecer o que a criança não sabe, é preciso conhecer o que essa criança é capaz de aprender e, dessa forma, promover, da melhor forma possível, o desenvolvimento dessa aprendizagem.

Acrescenta se a tudo isso que para Facci, Meira & Tuleski, (2011), a

avaliação psicoeducacional precisa ser detalhada, dinâmica e flexível e ater-se

à análise qualitativa das respostas e comportamentos dos alunos. Ela não se

coloca à parte do trabalho de ensino-aprendizagem realizado com a criança.

Para a Psicologia Histórico-Cultural, o relevante é compreender como a criança

está utilizando as ferramentas culturais feitas pelos homens, para poder intervir

com maior eficácia em seu desenvolvimento.

Faz-se necessário, portanto, pensar uma avaliação psicoeducacional

que contemple além da avaliação do aluno, do seu conhecimento pedagógico,

das questões orgânicas, familiares, a necessidade de olhar também para a

escola, seus conteúdos, metodologia trabalhada no cotidiano e

fundamentalmente na qualidade da relação professor – aluno, a existência de

uma mediação realmente eficaz.

ORIENTAÇÃO METODOLÓGICA

Pretende-se com esta produção oferecer subsídios metodológicos e

disponibilizar materiais como: textos, filmes e palestras como possibilidades de

discussões para os professores e técnicos pedagógicos do colégio, levando-os

a refletir sobre o papel da escola e do professor na concretização do processo

ensino aprendizagem, na perspectiva da teoria Histórico-cultural. O objetivo é o

de contribuir com a prática profissional destes professores, na tentativa de

esclarecer o processo de aprendizagem e suas dificuldades, bem como, refletir

o processo de encaminhamento dos alunos que apresentam dificuldades de

aprendizagem e não se enquadram nos ditos padrões de qualidade exigidos

pela escola.

MATERIAL DIDATICO

1º DIA

No primeiro encontro da implementação pedagógica, os professores serão

recepcionados com um café da manhã, com o intuito de criar um ambiente de

empatia entre os participantes. Em seguida será apresentado em PowerPoint

algumas proposições da Psicologia Histórico-Cultural, e a exibição do

documentário “As Borboletas de Zargosk”, julga-se importante o documentário

para exemplificar a teoria de Vigotski.

AS BORBOLETAS DE ZARGOSK Fonte/figura: http://sobreasmulheresdeatenas.blogspot.com.br/2010/07/borboletas-de-zagorsk.html

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=bA_GMtqUGeQ&list=PL652869CD4A8FF3A7,

Gênero: documentário

Origem: Inglaterra

Ano: 1969

Duração: 63min

Produção: BBC – Londres

Objetivos: Conhecer algumas proposições da Psicologia Histórico-Cultural e

discutir as técnicas físicas e psicológicas de compensação utilizadas pelos

professores de Zargosk.

Sinopse: O documentário mostra a experiência da Escola de Zargosk. A

escola fica a 80 km da cidade de Moscou e recebe crianças dos rincões mais

distantes da União Soviética. A escola é o centro da fé de que mesmo as

crianças mais prejudicadas podem aprender. O trabalho realizado pelos

professores de Zargosk não só resgatam do isolamento os cegos, surdos e

surdos cegos, mas os equipam para sobreviver no mundo exterior.

Contribuições: O documentário mostra um tipo especial de linguagem,

conhecido na época como linguagem manual, através da qual as crianças e

jovem surdo cego superam o isolamento e alcançam a aprendizagem e

desenvolvimento das funções psicológicas superiores. Apresenta algumas das

mais importantes proposições de Vigotski, como a de que todas as formas de

comunicação devem ser utilizadas e a de que os sentidos remanescentes nas

crianças com deficiências devem ser permanentemente estimulados para que

compensem os defeituosos.

Após a exibição do documentário serão apresentadas aos participantes

algumas questões para análise:

1) Vigotski acredita que toda criança pode ser transformada pelo tipo

correto de ensino. Quais são os exemplos concretos desta proposição

apresentados no documentário?

2) De que forma os professores de Zargosk estão trabalhando para a

humanização de Mansur?

3) Qual a principal mensagem do documentário?

4) Você conheceu ou conhece alguma instituição de ensino que tenha

propostas e resultados semelhantes aos obtidos na Escola de Zargosk?

Exemplifique:

Na sequencia, será apresentado em forma de slides, o livro “A

Formigadinha”. A apresentação do referido livro serve como parâmetro para

analisar a questão da metodologia aplicada ao ensino e a mediação do

professor.

fonte/figura:http://www.skoob.com.br/livro/96611-a_formigadinha

FORMIGADINHA_0001.wmv

Para encerrar este primeiro dia será aberto espaço para discussão e debates

sobre as temáticas abordadas no encontro e sobre os textos: Introdução à

Teoria Histórico-Cultural e Elementos básicos da Teoria Histórico-Cultural

disponíveis no site,

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2290-6.pdf, que foi

enviado aos participantes com antecedência para leitura e síntese.

2º DIA

No segundo encontro iniciaremos as atividades com uma plenária sobre os

textos: A infância e o processo de escolarização: contribuições da psicologia

histórico-cultural e a constituição do sucesso e/ou fracasso no contexto escolar,

extraído da dissertação de Valéria Garcia da Silva; Intitulada: Psicologia

Histórico-Cultural e o desenvolvimento psíquico infantil: compreendendo

o processo de escolarização, enviados anteriormente via correio eletrônico

aos participantes para leitura e analise, disponível no site,

http://www.ppi.uem.br/Dissert/PPI-UEM_2010_ValeriaGarcia.pdf, essa plenária

terá o intuito de analisar os motivos que levam a encaminhar um número

elevado de alunos para avaliação psicoeducacional.

Após a plenária teremos a Sessão Pipoca.

O MILAGRE DE ANNE SULLIVAN

Fonte/figura: http://www.cinemacomcritica.com.br/2012/10/o-milagre-de-anne-sullivan.html

Disponível em HTTP://www.youtube.com/watch?v=v80xIHIugew

Informações técnicas

Titulo no Brasil- O milagre de Anne Sullivan

Titulo original- The Miracle Worker

Pais de Origem – EUA

Gênero - Drama

Tempo de duração – 106 minutos

Ano de lançamento – 1962

Direção – Arthur Penn

Sinopse

Hellen Keller ficou surdo cego antes da aquisição da linguagem. Até por volta

de sete anos de idade não manifestava consciência sobre si, ou sobre as

pessoas e objetos à sua volta. Só a partir da intervenção pedagógica,

proporcionada pela professora Anne Sullivan, a garota começou a

compreender o mundo das palavras e, por meio delas, o mundo das coisas e

das ideias.

Contribuições para o ensino

A história de Hellen Keller permite refletir sobre o papel da linguagem para o

desenvolvimento da inteligência humana. De forma semelhante, o filme

possibilita a discussão acerca da mediação pedagógica intencional e de seus

efeitos na trajetória do aprendiz.

Após a exibição do filme serão apresentadas aos participantes algumas

questões para análise:

1-Como se comportava Helen antes da chegada da professora à sua casa?

2-Quais foram às estratégias empregadas por Anne Sullivan, na tentativa de

educar Helen?

3- Qual a importância da linguagem na educação de Helen?

4- O que definiu a formação da consciência de Helen?

5-Nos dias atuais, como seriam considerados a metodologia utilizada por Annie

Sullivan para a educação de Helen Keller?

6- Conclua sua analise com uma avaliação do filme.

Após essa conclusão encerraremos o segundo dia da implementação,

distribuindo aos participantes uma coletânea com sugestões de filmes que

servirão para enriquecimento curricular.

FILME SINOPSE

TITULO - Temple Grandin

País de Origem: EUA

Gênero: drama

Tempo de duração: 109 minutos

Ano de Lançamento: 2010

Filme biográfico sobre Temple Grandin, uma mulher com autismo. Sua mãe Eustácia, mesmo com a recomendação médica de interná-la em uma instituição psiquiátrica, insiste em proporcionar-lhe educação formal. Em uma escola para crianças superdotadas, é encorajada por seu professor de Ciências, o Dr.Carlock. Este percebe seu talento em "pensar em imagens e conecta-las", e a incentiva a prosseguir sua educação em uma universidade

TÍTULO NO BRASIL: Gaby - Uma História Verdadeira Título Original: Gaby: A True Story País de Origem: EUA / México Gênero: Drama Tempo de Duração: 110 minutos Ano de Lançamento: 1987

Gabriela Brimmer nasceu com paralisia cerebral e só conseguia mexer seu pé esquerdo. Ela começou a usar esses movimentos para se comunicar e conseguiu se tornar uma reconhecida escritora e poetisa.

TÍTULO NO BRASIL: A Cor do Paraíso

Título Original: Rang-e khoda

País de Origem: Irã

Gênero: Drama

Tempo de Duração: 86 minutos

Ano de Lançamento: 1999

A Cor do Paraíso narra à comovente história de Mohammad, um menino cego que mora numa escola para deficientes visuais e que, nas férias, volta para seu vilarejo nas montanhas, onde convive com as irmãs e sua adorada avó. O pai, que é viúvo, se prepara para casar novamente. Mohammad é um garoto muito vivo que tem uma enorme sensibilidade. Seu jeito simples de "ver o mundo" é uma lição de vida.

TITULO – Breck

Pais de Origem- Índia

Gênero - Drama

Tempo de Duração: 124 minutos

Ano de Lançamento 2005

Ele conta a estória de MichelleMcNally, uma menina que na infância, por causa de uma doença, ficou surda e cega. Seus pais não sabem lidar com as suas deficiências e, como última esperança antes de mandá-la para um lugar de reclusão, decidem chamar um professor (DebrajSahai) especializado no ensino de pessoas com necessidades especiais e muito competentes, mas cujos métodos não são nem um pouco convencionais. Como instruir uma criança que não pode ouvir explicações nem ver coisa alguma? Debraj, lutando contra a resistência da família, encontra meios bastante inusitados, mas eficazes de ensinar a menina, que ingressa na universidade e depois de 40 anos se forma. Nesse meado de tempo, Michelle vai fazendo grandes progressos e criando vínculos muito fortes com Debraj. Ao final, quando a menina alcança a sua vitória máxima, o professor está em um grau bastante avançado da doença de Alzheimer. Muito debilitado, ele não a reconhece e também não se lembra de nada pelo que passaram até chegarem ali. Mas perante a roupa preta de formatura usada pela menina, o velho Debraj relembra o passado.

TITULO NO BRASIL – Uma Mente

Brilhante

Titulo Original - A Beautiful Mind

País: EUA

Gênero: Drama

Tempo de Duração: 135 min

Lançamento: 2001

Baseado no livro A Beautiful Mind: A Biography of John Forbes Nash Jr., de Sylvia Nasar. O filme conta a história real de John Nash que, aos 21 anos, formulou um teorema que provou sua genialidade. Brilhante, Nash chegou a ganhar o Prêmio Nobel. Diagnosticado como esquizofrênico pelos médicos, Nash enfrentou batalhas em sua vida pessoal, lutando até onde pôde. Como contraponto ao seu desequilíbrio está Alicia (Jennifer Connelly), uma de suas ex-alunas com quem se casou e teve um filho.

TITULO NO BRASIL - Simples como amar

Título original: The Other Sister

Gênero - Romance

País - EUA

Tempo: 130min

Ano: 1999

Após passar alguns anos em uma escola especial, Carla Tate (Juliette Lewis) foi "graduada" e poderá voltar para casa de seus pais em São Francisco. Mas, apesar de ser intelectualmente limitada, Carla planeja morar sozinha, ter uma vida independente e também se libertar da presença da mãe, que a vigia de forma sufocante. Este desejo de ter seu próprio apartamento é aumentado quando conhece Danny McMann (Giovanni Ribisi), um jovem que como ela é mentalmente "lento", mas mora sozinho. Em pouco tempo Carla e Danny estão namorando e já pensam em se casar.

TITULO NO BRASIL- Como estrelas na Terra: Toda criança é especial

Título Original: Taare Zameen Par

Gênero: Drama

País de Origem: Índia

O filme conta a história de uma criança que sofre com dislexia e não é compreendida pelos professores e pais. Ishaan Awasthi, de nove anos, já repetiu uma vez o terceiro período (no sistema educacional indiano) e corre o risco de reprovar novamente. As letras dançam em sua frente, como diz, e não consegue acompanhar as

Tempo de Duração: 140 minutos

Ano – 2007

aulas nem focar sua atenção. Inesperadamente, um professor substituto de artes percebe que há algo de errado com Ishaan. Ao descobrir que o garoto era disléxico, o professor coloca em prática um plano para resgatar aquele garoto.

3º DIA

Daremos inicio ao terceiro encontro presencial com os participantes, com

uma palestra sobre Avaliação Psicopedagógica com a psicóloga Dr.

Magali Jorge Fonzar, que abordara os critérios e os testes que são

considerados ao se avaliar um aluno encaminhado e os tipos de deficiência, a

partir desta temática faremos uma mesa redonda sobre o tema abordado na

palestra e discussão do texto encaminhado com antecedência aos

participantes - Avaliação Psicoeducacional: os limites de uma prática tradicional

e perspectivas de superação a partir da Psicologia Histórico-Cultural de Soraya

Klug Possidônio e Marilda Gonçalves Dias Facci, disponível no site,

http://www.eventos.uem.br/index.php/cipsi/2012/paper/viewFile/619/462 com o

objetivo de refletir o que se pretende ao encaminhar os alunos para avaliação,

o que poderia ser pensado para avaliá-los e que instrumentos, métodos,

poderiam ser utilizados além dos já usados.

Após o término desta reflexão será servido aos participantes um Café

Inclusivo;

Fonte/figura: http://www.smartkids.com.br/especiais/inclusao-social.html

Distribuiremos aos participantes fichas contendo as seguintes frases:

Ausência de fala.

Ausência de movimentos

Ausência de visão

Ausência de audição

Formar grupos com as respectivas deficiências com os participantes

caracterizados de acordo com a sua ficha, a seguir partilhar o café e cada um

deverá se adaptar à sua condição física. O objetivo desta atividade é dar aos

participantes oportunidades de se servirem, se adaptando a sua condição

física, de acordo com as fichas que possui.

Ao final cada um verbalizará como se sentiu diante da limitação que lhe foi

imposta. Com essa conclusão encerraremos o terceiro encontro.

4º DIA

Iniciaremos o quarto encontro com uma palestra sobre o papel do professor

como mediador no processo ensino aprendizagem com a Psicopedagoga, Júlia

Ribeiro Costa Vitório; a seguir será disponibilizada a apresentação em vídeo da

palestra:- A queixa escolar e a atuação do psicólogo- e Avaliação das queixas

escolares, (Extraído do DVD Lev Vigotski- Educação Especial e Queixas

Escolares) com essas apresentações pretende se destacar a importância do

papel mediador do professor no processo de ensino-aprendizagem e da

consciência de que ensinar não é transferir conhecimento, mas sim possibilitar

apropriação a construção do mesmo de forma crítica e ativa.

Fonte/figura:http://www.nittas.com.br/lev-vigotski/lev-vigotski-educac-o-especial-e-queixas-escolares.html

Logo após faremos a exploração e reflexão com os participantes sobre as

palestras e o texto encaminhado aos participantes via correio eletrônico: a

Psicologia Histórico-Cultural e a educação escolar para compreensão da

queixa escolar; extraído da dissertação de Cristiane Toler Gray Intitulada:

Queixas escolares na perspectivas de professores da escola publica e privada:

contribuições da psicologia histórico-cultural, disponível no site

http://www.abrapee.psc.br/xconpe/trabalhos/1/206.pdf.

Para encerrarmos as atividades da implementação, teremos uma

avaliação do curso com o intuito de verificar se os objetivos propostos foram

alcançados. O instrumento de avaliação utilizado será um questionário

elaborado para evidenciar alguns aspectos do curso. Todos os participantes

serão convidados a responder aos questionamentos abaixo sem que haja

necessidade de identificação.

Com relação à implementação pedagógica em que você participou:

1- Esta implementação pedagógica contribuiu para a sua formação

profissional?

( ) Totalmente.

( ) Parcialmente.

( ) Não contribuiu.

OBS:

justifique____________________________________________________

2- Que contribuições à teoria apresentada (Psicologia Histórico-Cultural)

trouxeram para a sua prática pedagógica?

3- Este curso proporcionou aprofundamento teórico com relação às temáticas

abordadas?

( ) Totalmente.

( ) Parcialmente.

( ) Não proporcionou.

OBS:

justifique____________________________________________________

4- A partir do que foi apresentado neste curso e do filme “O Milagre de Annie

Sullivan”, formule sua opinião a respeito do papel do professor como mediador

no processo ensino aprendizagem?

_____________________________________________________________

Ao final teremos um coquetel de encerramento das atividades.

REFERÊNCIAS –

ABRUNHOSA, Maria M. A., O processo ensino aprendizagem e a avaliação psicoeducacional: reflexões a partir da Teoria Histórico-Cultural-2012, Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola, SEED, UEM –Maringá.

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BRAY, Cristiane T., Queixas escolares na perspectivas de professores da escola publica e privada: contribuições da psicologia histórico-cultural/Critiane Toller Bray-Maringá,2009.183f./p.34/38-Dissertação de Mestrado (Psicologia). Universidade Estadual de Maringá. Maringá

CAMARGO & ROSIN. Psicologia da Educação e os Processos de aprendizagem e do desenvolvimento – Formação de Professores –EAD- 2ª edição-2009- Universidade Estadual de Maringá.

CHIODI, Cinthia da Silva, O processo de avaliação psicológica na perspectiva da psicologia histórico-cultural e suas contribuições para o processo de ensino-aprendizagem /Cinthia da Silva Chiodi. -- Maringá, 2012. 150 f. Il. Tabs. Dissertação de Mestrado (Psicologia). Universidade Estadual de Maringá. Maringá

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO ESPECIAL DO PARANÁ, disponível no site: www.educadores.diaadia.pr.gov.br/.../diretrizes/dce_edespecial,acessado dia 01 DE JUNHO DE 2013

FACCI, Marilda Gonçalves Dias;MEIRA, Marisa Eugenia Melillo; TULESKI, Silvana Calvo; orgs. - A exclusão dos “ incluídos”, Maringá , EDUEM- 2011.

MACHADO, Adriana Marcondes; SOUZA, Marilene Proença Rebello de (orgs.) Psicologia Escolar: Em busca de Novos Rumos- 5ª edição – 2008 – São Paulo, Casa do Psicólogo.

MEIRA, Marisa Eugenia Melillo; FACCI, Marilda Gonçalves Dias, (orgs) Psicologia Histórico Cultural- Contribuições para o encontro entre a subjetividade e a educação – 1º edição -2007 –São Paulo. Casa do Psicólogo.

MOURA, Manoel O. de; A atividade Pedagógica na Teoria Histórico-Cultural, Brasília, Liber Livro Editora Ltda. 2010

PROENÇA, Marilene; FACCI, Marilda, Lev Vigotisk- Educação Especial e queixas escolares, São Paulo-Brasil-2012-DVD-78 minutos- produzido-Atta Mídia e Educação. SP

O MILAGRE DE ANNE SULLIVAN, Direção – Arthur Penn, Fred Coe. USA: United Artists, 1962. (drama: vídeo). Tempo de duração – 106 minutos - Disponível em -HTTP://www.youtube.com/watch?v

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Ramos Rossana, A Formigadinha. Editora Cortez.2006

Rosa Maria Antônio. Teoria Histórico-Cultural e Pedagogia Histórico-Crítica: O desafio do método dialético na didática. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Programa de Desenvolvimento Educacional- PDE. IES: Universidade Estadual de Maringá. Maringá, 2008, p. 11-18. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2290-6.pdf. Acesso em 23 de setembro de 2013.

ROSSATO, Solange Pereira Marques, Queixa escolar e Educação Especial: Intelectualidades invisíveis, 2010, 183 f, Dissertação de Mestrado em Psicologia-Universidade Estadual de Maringá.

SACRISTÁN, J.G.; GOMES, A.I. - Compreender e transformar o ensino – 4ª edição, Porto Alegre, 2000, editora Artmed.

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