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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

JOGOS COOPERATIVOS: NOVA TENDÊNCIA NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Autora: Marizete Querini 1

Orientador:Prof. Me. Fabio Mucio Stinghem 2

Resumo: O objetivo deste artigo foi, através dos Jogos Cooperativos, buscar soluções para a

progressiva evasão dos alunos do Ensino Médio nas aulas de Educação Física. Constatou-se que as aulas não estavam sendo atrativas, pois os alunos vinham recebendo sempre os mesmos conteúdos e atividades, e uma metodologia pouco diversificada. Este estudo partiu do pressuposto de que as aulas desta disciplina devem auxiliar o aluno no desenvolvimento da cultura corporal e introduzi-lo na prática das atividades físicas para um desenvolvimento integral do individuo e auxiliar na manutenção da saúde e bem estar, pois se ele apreciar a prática que lhe foi proporcionada na escola, provavelmente irá reproduzi-la depois. Os Jogos Cooperativos surgem como sendo a forma mais adequada para desmistificar o pouco interesse dos alunos nas aulas. Objetivou-se com isto tornar as aulas de Educação Física mais atrativas e interessantes mostrando que os Jogos Cooperativos proporcionam , a solidariedade, a reflexão, a integração, o respeito ao outro, a confiança, o lúdico, o jogar com o outro e não contra o outro, a gentileza, a compreensão, a parceria, a união e a inclusão de todos. No geral,os resultados foram muito significativos, pois os alunos entenderam que os Jogos Cooperativos devem fazer parte das aulas de Educação Física .Com o desenvolvimento do projeto podemos perceber através das respostas dos alunos que os Jogos Cooperativos foram um importante conteúdo para motivar todos nas aulas de Educação Física, possibilitando uma prática mais participativa, inclusiva e reflexiva.

Palavras-chave: Jogos. Cooperativos. Nova tendência. 1. Introdução

Este artigo, vinculado ao Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE,

traz a proposta dos Jogos Cooperativos como sendo a mais adequada para

desmistificar o pouco interesse dos alunos nas aulas de Educação Física.

O tema para a pesquisa partiu das observações feitas ao longo da trajetória

como professora de Educação Física, em escola pública, e principalmente com

relação ao Ensino Médio. É perceptível como as aulas de Educação Física não

estão sendo atrativas, pois os alunos vêm recebendo sempre os mesmos conteúdos

desde o ensino fundamental, enfocando mais atividades ligadas ao desporto, além

de muitas vezes utilizar uma metodologia pouco diversificada.

Alguns pesquisadores (Almeida,2007;Darido,2004) têm revelado uma

progressiva evasão dos alunos do Ensino Médio nas aulas de Educação Física. Um 1 Graduada em Educação Física pela UEL e Pós-graduada em Ciência do Movimento Humano pela

IBPEX-PR. Professora PDE 2013- Programa de Desenvolvimento Educacional – Secretaria de Educação do Paraná- SEED. 2 Mestrado em Eng. da Produção UFSC 2001, Pós - graduação Ed. Fís. Escolar UFPR 1991;

Graduado em Ed. Fís. UFPR 1983; Coord. Estágios UTFPR.

dos motivos é a desvalorização da disciplina dentro da escola. Afirmam que a

disciplina não possui conteúdo teórico próprio, fazendo com que os conteúdos não

mostrem importância e significado aos alunos. Medina (1989) por sua vez concorda

com os autores citados anteriormente, em relação à falta de prestígio da disciplina e

relata também que o desinteresse dos alunos pela disciplina acontece devido ao

despreparo da maioria dos professores ao planejarem e executarem suas aulas. Por

outro lado, ele considera que a fase da adolescência é extremamente importante na

formação da personalidade do aluno, através da definição de valores, por isso é

importante à iniciação da atividade física.

Outro aspecto levantado para essa desmotivação dos alunos, pode ser o

acesso fácil à tecnologia, uma vez que os jovens passam a maior parte do tempo

envolvidos com jogos virtuais, redes sociais, ou vídeo game e deixam as atividades

físicas em segundo plano.

Os estudos mostram que o desinteresse nas aulas de Educação Física está

ocorrendo progressivamente e, segundo Darido ( 2004) a causa é a falta de prazer

dos alunos em realizar a prática.

De acordo com Magill (1984), o professor é responsável pela aprendizagem,

devendo para esse fim obter o conhecimento necessário para proporcionar um

melhor aproveitamento e aprendizagem duradoura do aluno. O docente ainda é o

mediador entre os objetivos de cada aluno e o da escola, mostrando o que ele

realmente deve aprender.

Correia (1996) propõe a ideia de ser realizado um planejamento participativo,

em que os alunos apresentem seus desejos, necessidades e preferências para que

ocorra uma valorização da disciplina e maior participação nas aulas.

Na verdade, as aulas de Educação Física devem auxiliar o aluno no

desenvolvimento da cultura corporal e introduzi-lo na prática das atividades físicas

para futuramente ter um desenvolvimento integral do indivíduo e auxiliar na

manutenção da saúde e bem estar, pois se o aluno apreciar a prática que lhe foi

proporcionada na escola, provavelmente ele irá reproduzi-la depois.

A produção didática – pedagógica foi elaborada baseando-se na seguinte

pergunta/problema: porque as aulas de Educação Física não são mais atraentes

para os alunos do Ensino Médio? Quebrar o vínculo esportivista das aulas de

Educação Física por meio dos Jogos Cooperativos, poderá tornar as aulas mais

atrativas e motivadoras para os alunos do Ensino Médio?

As atividades desenvolvidas tiveram uma sequência de ações visando atingir

os objetivos propostos, entre os quais: possibilitar uma atividade motivadora

centrada nos Jogos Cooperativos para estimular os alunos do Ensino Médio;

incentivar a participação nas aulas por meio dos Jogos Cooperativos.

Sobretudo este projeto visou mostrar aos alunos a importância da cooperação

que se refere ao envolvimento e a participação dos alunos nos jogos, mostrar o

aumento da colaboração, da solidariedade, da amizade e do respeito entre eles e a

possibilidade de oferecer aos alunos a oportunidade de vivenciar atividades

cooperativas: atividades livres de qualquer padronização, em que os alunos possam

participar da maneira mais natural possível.

Assim os alunos se sentiram mais confortáveis e confiantes, apreciaram o

prazer de jogar nas aulas, envolvendo-se e participando de forma ativa, construindo

um ambiente livre de qualquer pressão, propício para o desenvolvimento de sua

criatividade.

Como suporte, para o desenvolvimento das atividades, foram utilizados

diferentes recursos didáticos, como vídeo, televisão/pendrive, cartazes, laboratório

de informática, questionário impresso, quadra e material adequado para cada

atividade. Recursos que tornaram as unidades bastante atraentes para os alunos.

A implementação do projeto foi no Colégio Estadual D. Pedro II – Ensino

Fundamental e Médio, em Campo Largo. Foi desenvolvido com os alunos das 3ª

séries A e B.

2. A Educação Física no Ensino Médio e os Jogos Cooperativos

A Educação Física no Ensino Médio contemplada na nova LDB, no Capítulo II

da Educação Básica, na Seção IV que se refere ao Ensino Médio, artigos 35 e 36,

não deixa clara a função da Educação Física neste nível escolar, remetendo a

responsabilidade para os Estados. A seção IV, no artigo 35 refere-se a elementos

como “preparação básica para o trabalho e a cidadania” “a formação ética”, “a

flexibilidade de adaptação”. Da mesma forma, no artigo 36 da mesma seção que

observa o dispositivo da Seção I, não se refere especificamente à Educação Física .

(BRASIL,1996).

A Seção I, artigo 26, parágrafo 3º refere-se à Educação Física como um

componente de Ensino Básico, portanto, da Educação Infantil até o Ensino Médio,

mas não fala especificamente do Ensino Médio. Deste modo, deixa larga margem

para interpretações das mais diversas. Estas interpretações podem envolver:

número de aulas por semana; quem deve participar das aulas; e o que é previsto

como conteúdo mínimo em todo o território nacional para ser contemplado com os

conteúdos específicos, as necessidades, as possibilidades e os desejos de cada

região. (BRASIL,1996).

De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná

(DCE’s 2008), Jogos e Brincadeiras são conteúdos estruturantes e possibilitam aos

alunos ampliar a percepção e interpretação da realidade por meio da cultura corporal

assim, a Educação Física no processo de escolarização tem a finalidade de intervir

auxiliando na reflexão crítica do aluno, deixando o mesmo com mais autonomia e

possibilidade de fazer escolhas quanto aos modelos que via de regra são

predominantes nas aulas. Assim é fundamental que o professor busque alternativas

que permitam a participação de todos os alunos e alunas nas aulas dentre essas

possibilidades estão os conteúdos de Jogos e Brincadeiras.

A Educação Física no Ensino Médio deve oferecer ao educando, no decorrer

de sua vida, informações formativas e beneficiadoras. As atividades escolhidas e

propostas na escola pelo professor de educação física devem explorar: o esporte, a

ginástica, a dança, a recreação e as demais ações culturais. Sendo assim, é preciso

estimular o aluno a conciliação entre o conhecimento teórico e a prática de modo

enriquecedor.

O lúdico esta presente em todas as perspectivas do cotidiano do individuo

portanto, representando que a recreação e o entretenimento são direitos e condição

para que cada individuo construa a sua história ao longo da vida. A atividade lúdica

é aquela que dá plenitude e, por isso, prazer ao ser humano, seja como exercício,

seja como simbólico, seja como jogo de regras.

A ludicidade é uma forma divertida de aprender, por ser o brinquedo muito

importante na infância e seu uso dentro de um trabalho pedagógico possibilita à

produção do conhecimento e da aprendizagem, dentro do conceito do lúdico a

criança aprende brincando e se divertindo, no jogo a criança usa movimentos

psicomotores naturais e assim descobre e consegue elaborar novas habilidades

motoras, ainda o jogo pode ser tanto inclusivo como exclusivo dependendo das

habilidades que a criança tenha em sua bagagem.

Portanto, da mesma forma que o lúdico é para a criança, também o é para o

adolescente, diz respeito a jogos, brincadeiras e a divertimento. Assim as atividades

lúdicas permitem ao aluno redescobrir-se voltar a aprender a ser criativo em outra

dimensão.

Segundo Benjamin (1984) é através do jogo que a criança adquire todos os

hábitos como comer, dormir, vestir-se, lavar-se e outros que devem ser ensinados

para as crianças através de brincadeiras. Todo hábito que entra na vida como

brincadeira será lembrado por toda vida.

Segundo Vaz (2010) jogos são formas de expressão cultural dos diversos

povos do mundo, um conjunto de concepções, valores e normas que se distinguem

no tempo e no lugar histórico em que surgem e são praticados. O autor ainda afirma

que, provavelmente todas as sociedades se utilizam de atividades lúdicas na forma

de jogos, mostrando que este tipo de organização é uma constante na condição

humana.

Portanto através dos jogos a criança aprende conceitos desenvolve a

imaginação, consegue planejar e antecipar sua ação, tudo isso brincando.

Para um trabalho mais eficaz no Ensino Médio é necessário aprofundar os

conhecimentos sobre o corpo humano e suas relações, para que com isso os alunos

possam aumentar a possibilidade de escolher quando e como irão se envolver na

prática de atividades físicas.

Nahas (1997) sugere que a função da Educação Física para o Ensino Médio

deve ser a educação para um estilo de vida ativo. O objetivo é ensinar os conceitos

básicos da atividade física, aptidão física e saúde, além de proporcionar vivências

diversificadas, levando os alunos a escolherem um estilo de vida mais ativo. O autor

ainda observa que esta perspectiva procura atender a todos os alunos,

principalmente aos que mais necessitam: sedentários, baixa aptidão física, obesos e

portadores de deficiências. Neste sentido, foge do modelo tradicional que

privilegiava apenas os mais aptos e que não atendia às diferenças individuais.

Costa (1997) acredita que os alunos do Ensino Médio, possuem uma opinião

formada sobre a Educação Física baseado em suas experiências pessoais

anteriores. Se elas foram marcadas por sucesso e prazer, o aluno terá uma opinião

favorável para frequentar as aulas. Ao contrário , quando o aluno vivenciou várias

situações de insucesso, e de alguma forma se excluiu ou foi excluído, sua opção

será pela dispensa das aulas, com um primeiro discurso pautado em não gostar da

atividade, esta opinião se constitui no maior desafio para os professores do Ensino

Médio.

Portanto, segundo estes autores são muitos os fatores que levam os alunos

do Ensino Médio a evadirem-se das aulas de Educação Física, no entanto, cabe ao

professor observar e planejar suas aulas de acordo com a estrutura oferecida pela

escola e a realidade de seus alunos, de forma que as aulas se tornem mais

atraentes e motivacionais.

O papel do educador hoje não é apenas o de ensinar ou mostrar como se faz,

e, sim, oferecer ao aluno instrumentos para que ele possa expressar suas vivências

e as adquiridas no mundo externo. O educador deve ser um motivador para as

mudanças, deve provocar e estimular seus alunos para que ocorram mudanças.

(PIEROTTI, 2006).

Desta forma os Jogos Cooperativos vem com a função de despertar a

consciência da cooperação, mostrar que a cooperação é uma alternativa possível e

saudável, de unir os mais diversos grupos de alunos sejam eles obesos, com

problema de saúde, com pouca habilidade, alunos trabalhadores e outros. Os Jogos

Cooperativos promovem a cooperação entre as pessoas, e proporcionam um

conjunto de experiências lúdicas que permitem aos envolvidos avaliar, compartilhar

e analisar a acerca da relação com outros indivíduos , permitindo com isso a

alteração de comportamentos e sentimentos.

2.1 Jogos Cooperativos

Os Jogos Cooperativos não são uma manifestação cultural recente, nem

tampouco uma invenção moderna, pois foram encontrados vestígios em algumas

“escavações arqueológicas”. A essência dos Jogos Cooperativos “começou há

milhares de anos, quando membros das comunidades tribais se uniam para celebrar

a vida” (ORLICK apud BROTTO, 2002, p.47). O mais destacado arqueólogo dos

Jogos Cooperativos, Orlick (1989, p.124), entende que “eles representam o início de

jogos com mais oportunidades, sem violações físicas ou psicológicas”. Portanto, os

Jogos Cooperativos de forma consciente ou inconsciente, sempre existiram, faltava

sistematizá-los para fins educativos.

Brotto (1999), pioneiro no estudo desses jogos no Brasil, entende como uma

prática reeducativa capaz de transformar o condicionamento competitivo em

alternativas cooperativas, para realizar desafios, solucionar problemas e harmonizar

conflitos. Segundo o autor, nos Jogos Cooperativos as pessoas tentam superar

desafios e obstáculos e não necessariamente derrotar os companheiros.

A colaboração brasileira nesta evolução foi a partir de 1980, em que escolas

passaram a ter como filosofia a Educação para a Paz. Assim foram lançados livros e

manuais abordando os Jogos Cooperativos. Houve incentivo da mídia para inclusão

dos Jogos Cooperativos nas escolas. Foram realizados muitos eventos como:

simpósios, congressos, oficinas, gincanas, encontros, entre outros.

No Brasil, procurando fazer uma interface dos Jogos Cooperativos com

pedagogia do esporte, Brotto (2002, p.03) propõe uma mudança para tornar o

esporte menos competitivo e excludente, ou seja, “caracterizando-os como um

exercício de convivência fundamental para o desenvolvimento pessoal e para a

transformação”. Descreve também as características de uma “Ética Cooperativa:

contato, respeito mútuo, confiança, liberdade, recreação, diálogo, paz-ciência,

entusiasmo e continuidade” Brotto (2002 p.40). A proposição do autor é fazer dos

Jogos Cooperativos uma pedagogia para o esporte e para a vida.

Outro autor, que inclui uma perspectiva política importante para a proposta

dos Jogos Cooperativos é Brown (1995). Ele vê a confiança e a comunicação como

umas das principais características dos Jogos Cooperativos. Nesses jogos, é

incentivada a participação de todos ,ou seja, a inclusão de todos.

Nos últimos anos os Jogos Cooperativos vêm sendo utilizados como

estratégia nos mais variados contextos, entre eles: o escolar, o organizacional, o

esportivo e o comunitário. Essa opção por utilizar os Jogos Cooperativos em

diferentes ambientes, possivelmente esteja associada à constatação, por parte da

nossa sociedade, de que, nossas formas de vida coletiva necessitam ser re-

equilibradas, e que os Jogos Cooperativos podem nos oferecer boas contribuições

na busca desse equilíbrio. Tais jogos podem nos ajudar ainda na simples

constatação de que nenhum de nós é mais competente ou capaz do que todos nós

juntos, na busca da resolução dos principais problemas que nos afligem hoje.

Entendia-se que os Jogos Cooperativos eram privilégio apenas das áreas

esportivas, mas hoje percebemos a sua presença em todos os lugares, seja como

instrumento de lazer, instrumento de aproximação das pessoas ou instrumento para

melhorar a saúde. As empresas buscam nos Jogos Cooperativos uma melhor

integração dos seus funcionários e consequente aumento da produtividade.

O Jogo Cooperativo é um conjunto de experiências lúdicas que possibilita

todos os envolvidos de avaliar, compartilhar, refletir sobre nossa relação com nós

mesmos e com os outros segundo Brotto (2002). A ideia básica da proposta pelo

Jogo Cooperativo é de permitir uma mudança de sentimentos e de entrar em contato

intimo com as emoções para potencializar as habilidades humanas básicas como: o

amor, a alegria, a criatividade, a confiança, o respeito, a responsabilidade, a

liberdade, a autonomia, a paciência, a humildade, entre outros.

O Jogo Cooperativo é uma atividade essencialmente baseada na cooperação,

na aceitação, no envolvimento e na diversão, tendo como propósito mudar as

características de exclusão, seletividade, agressividade e de exacerbação da

competitividade predominantes na sociedade e nos jogos tradicionais. Segundo

Brotto (2002) o objetivo primordial dos Jogos Cooperativos é criar oportunidades

para o aprendizado cooperativo e a interação cooperativa prazerosa.

Brotto (2002) afirma que um dos objetivos principais dos Jogos Cooperativos

é gerar a harmonia nas diferenças, pois ao se respeitar os limites do outro,

superamos a barreira do individualismo e nos conscientizamos de que é possível

viver bem com as divergências. Os Jogos Cooperativos visam promover a interação

e a participação de todos, e deixar aflorar a espontaneidade e a alegria de jogar.

“Joga-se para superar desafios e não para derrotar os outros: joga-se para se gostar

do jogo, pelo prazer de jogar. São jogos onde o esforço cooperativo é necessário

para se atingir um objetivo comum e não para fins mutuamente exclusivos ”

(BROTTO, 2002,p.55).

A inclusão do Jogo Cooperativo nas aulas de Educação Física promove e

busca a participação de todos sem excluir ninguém, independente de sua raça,

classe social, religião, competências motrizes, habilidades pessoais sempre dentro

de um clima prazeroso, cordial, amigo e feliz em que a meta do professor e dos

alunos está centrada na união da soma das suas competências individuais na busca

de resultados que tragam benefícios para todos. A atividade visa à participação de

todos para alcançar um objetivo comum, em que a motivação não é o ganhar ou o

perder, mas deve a motivação estar centrada na participação.

Os Jogos Cooperativos de acordo com Soler (2005) são jogos que facilitam a

aproximação e a aceitação e onde a ajuda entre os membros da equipe torna-se

essencial para se alcançar o objetivo final.

Os Jogos Cooperativos propõem a busca de novas formas de jogar, com o

intuito de diminuir as manifestações de agressividade nos jogos, promovendo

atitudes de sensibilidade, cooperação, comunicação, alegria e solidariedade

segundo Amaral (2004). Todos esses sentimentos que o jogo propicia são

essenciais na escola para fazer nossos alunos cidadãos.

Certamente, Orlick, Brown e Brotto são as principais referências sobre Jogos

Cooperativos, mas novos trabalhos vêm sendo elaborados a partir desses autores.

Com os Jogos Cooperativos, a Educação Física pode enxergar com muito

mais facilidade a integralidade do ser humano e a necessidade de trabalhar valores

tais como a solidariedade, a liberdade responsável e a cooperação. Conforme Soler

(2002), as aulas de Educação Física são espaços privilegiados para desenvolverem-

se relações desse tipo. Nesse sentido, os Jogos Cooperativos podem ser um aliado

fundamental, pois a cooperação pode ser aprendida assim como a competição o foi.

Esses jogos têm como característica integrar todos, e ninguém se sentir

discriminado.

Darido (2001,p.08) apresenta os Jogos Cooperativos como uma nova

tendência na Educação Física e afirma que eles “se constituem numa proposta

diferente das demais” ao valorizar a cooperação em lugar da competição. Sugere

um aprofundamento nas análises filosóficas e sociológicas e dos efeitos do

capitalismo sobre a competição e cooperação na sociedade contemporânea em

relação ao jogo. Mesmo assim, considera-a uma proposta interessante, porque

busca a formação de valores mais humanitários e por acreditar ser possível de ser

implementada e concretizada no cotidiano escolar.

2.2 Classificação dos Jogos Cooperativos

Orlick (1989), classifica os Jogos Cooperativos em categorias, onde em todas

elas existe a cooperação, mesmo que de diferentes formais, assim temos:

- Jogos Cooperativos Sem Perdedores - são jogos que podem ser considerados

plenamente cooperativos, porque todos jogam juntos e todos ganham juntos. O jogo

só é “vencido” se todos os participantes vencerem.

- Jogos Cooperativos de Resultado Coletivo - são jogos em que existe a divisão em

duas ou mais equipes, onde uma joga contra a outra e dependem do esforço de

participação coletiva de cada equipe, e o objetivo é alcançado com todos jogando

juntos.

- Jogos Cooperativos de Inversão - são jogos que também envolvem equipes, onde

brincam com o nosso conceito tradicional de vencer e perder, porque fica difícil,

após o término, reconhecer os vencedores e perdedores devido ao troca-troca de

resultados ou de jogadores ou ambos que podem ocorrer das seguintes formas:

Rodízio de jogadores: os jogadores mudam de time após a execução de um lance

ou jogada predeterminada; pode ser após um saque, um lateral, um tiro de meta ou

outras opções.

Inversão de goleador: quando um jogador marcar um ponto ou gol, ele passará a

jogar no time que sofreu o gol ou ponto.

Inversão de placar: quando um jogador marcar um ponto ou gol, este será doado

para o time “adversário”.

Inversão total: é a combinação da inversão do goleador com a do placar. Isto é,

quando um gol ou ponto for marcado, o jogador que marcou passa para o outro time,

levando o ponto marcado.

- Jogos Semicooperativos ou Mistos - nesses jogos um time joga contra o outro, mas

o resultado não é o mais importante e sim, o envolvimento no jogo e na diversão.

Estes favorecem a cooperação do grupo e oferecem as mesmas oportunidades de

jogar para todas as pessoas do time. Todos jogam: procura-se fazer com que todos

participem e joguem o mesmo tempo.Todos tocam/todos passam:antes de tentar o

ponto a bola precisa passar por todos os jogadores do time.Todos marcam ponto:

para vencer o jogo cada jogador do time precisa ter marcado ponto pelo menos uma

vez. Passe misto: jogado com homens e mulheres onde a bola precisa passar

alternadamente por homens e mulheres. Resultado misto: jogo com times mistos

onde os pontos são marcados alternadamente por homens e mulheres. Todas as

posições: todos os jogadores passam por todas as posições do jogo.

Segundo Teixeira (2001) os Jogos Cooperativos são classificados de acordo

com a sua finalidade, como instrumento de aprendizagem, integração e visão

sistêmica. Desta forma temos:

- Jogos de Quebra-gelo e Integração - são jogos de abertura, nomes, ação, folia,

musicais e dança. São jogos rápidos, com muita ação e gasto de energia. Unem o

grupo, ajudando os participantes a memorizar o nome de cada um, na socialização e

descontração. Segundo o autor podem ser usados para iniciar uma reunião, nos

intervalos e para motivar o grupo.

- Jogos de Toque e Confiança - esses jogos ajudam os participantes a perceberem

como lidam com a confiança em seu cotidiano. Devem ser introduzidos após um

momento inicial de integração, trabalhando gradativamente os objetivos traçados. É

necessário que o mediador tenha certo cuidado com esses jogos, estando atendo ao

momento do grupo e as reações de cada um dos participantes.

- Jogos de Criatividade, Sintonia e Mediação - são jogos que estimulam a expressão

da imaginação, intuição e criatividade. Nesses jogos os participantes podem

expressar o que perceberam e descobriram em si mesmos e no grupo. Neste

momento o grupo já existe uma completa integração de todos, possibilitando um

aprofundamento e discussão do que vivenciado.

- Jogos de Fechamento - Através destes jogos os participantes podem se posicionar

em relação ao grupo e a si mesmas, transferindo o que foi vivenciado para seu

cotidiano.

3. Metodologia A implementação da produção didático-pedagógica foi com os alunos da 3ª

série com as turmas A e B do Colégio Estadual D. Pedro II – Ensino Fundamental e

Médio, município de Campo largo, no turno matutino, totalizando 60 alunos. O

período de implementação do projeto na escola foi realizado durante 32 horas/aula

no primeiro semestre de 2014.

As atividades propostas no caderno pedagógico foram divididas em três

unidades para facilitar a implementação do projeto, pensando numa maior

flexibilidade em relação ao tempo e ao desenvolvimento nas turmas que dele

participavam.

Os instrumentos usados para coleta de informações foram, a observação da

participação prática das atividades, questionário no início com perguntas pertinentes

ao projeto e o mesmo questionário aplicado ao término para compararmos e

avaliarmos o desenvolvimento.

A unidade 1 referiu-se a apresentação aos alunos sobre o projeto PDE e a

proposta de implementação no qual eles estariam participando. Realizou-se uma

explanação sobre o que seriam os Jogos Cooperativos e como seriam trabalhados

nas aulas. Os alunos assistiram o vídeo “Trabalhando em Equipe com Humor” e

após assistir fizemos uma reflexão sobre o mesmo. Em seguida, os alunos

responderam a um questionário que abordavam questões sobre o entendimento e o

conhecimento da Educação Física e dos Jogos Cooperativos e ao final do projeto foi

reaplicado o questionário para saber se houve aceitação ou compreensão do

mesmo. Na sequência, no laboratório de informática para juntos pesquisarmos a

origem dos Jogos Cooperativos, suas características e sua função para os alunos do

Ensino Médio. Após a pesquisa, em grupos os alunos confeccionaram cartazes para

afixarem no mural do Colégio.

A unidade 2 refere-se às atividades práticas que constituem os Jogos

Cooperativos seguem a dinâmica da prática/reflexão, depois de cada jogo é

analisado de forma reflexiva qual o objetivo que fora alcançado no projeto.

Nesta unidade iniciamos com os Jogos Semicooperativos, Jogos de Inversão,

depois os Jogos de Resultado Coletivo e finalmente os Jogos Cooperativos Sem

Vencedores. Divertindo-se, os alunos passarão pelas várias atividades aprendendo

e vivenciando o que é cooperação.

A unidade 3 traz uma coletânea sugestiva de atividades com Jogos

Cooperativos que pode ser utilizada tanto para os professores quanto pelos alunos.

4. Análise e Discussão dos Resultados Durante a implementação do projeto, observou-se o envolvimento dos alunos

durante as aulas práticas e as mais diversas reações após a realização das

atividades, neles instigava. As manifestações durante a execução das atividades

eram de alegria, quando eram desenvolvidos os Jogos Cooperativos e

Semicooperativos, a participação era maior com mais envolvimento dos alunos,

enquanto no Jogo Competitivo havia desistências ao longo das atividades, essas

questões eram debatidas com o grupo. Partimos então para o desenvolvimento

apenas de atividades que envolviam Jogos Cooperativos e a cada aula fazíamos um

debate, analisando os prós e os contras de cada uma, observando as regras e

modificando algumas para melhor adaptação do grupo, o não querer participar, a

vontade de jogar algum esporte, porém através de dialogo e acordo, as dificuldades

começaram a ser superadas.

No que diz respeito aos professores do GTR , o tema foi muito bem recebido,

e estes foram bastante participativos. O grupo de estudo (GTR) teve início em

18/03/2014 terminando em 01/04/2014, sendo dividido em 3 temáticas. Em cada

uma delas havia atividades a serem desenvolvidas, dentre elas a leitura dos

trabalhados realizados pelo professor PDE (projeto e produção didática), discussões

em fóruns e colocação de ideias em diário. Nestas temáticas foi apresentada a

proposta dos Jogos Cooperativos como sendo a mais adequada para desmistificar o

pouco interesse dos alunos nas aulas de Educação Física. Houve a interação entre

os professores e a proposta foi bem aceita, tendo momentos de troca de

experiências, materiais e colocou-se a ideia em prática, tendo ela dado bons

resultados de acordo com os relatos e as participações dos professores.

O questionário foi aplicado no início e no final para saber o entendimento e o

conhecimento que os alunos têm sobre a Educação Física e os Jogos Cooperativos.

O questionário foi elaborado pela pesquisadora.

Na questão sobre: Você gosta de participar das aulas de Educação Física?

95% disseram que sim e 5% que não e no questionário final observamos que foi

unanime a resposta sim. A grande maioria dos alunos gosta das aulas de Educação

Física.

Aulas de Educação Física Fonte: Autora, 2013

De acordo com estudos (Almeida,2007;Darido,2004), a maioria dos alunos

gostam da aula de Educação Física, e os que não gostam acham que deve ser

melhorada, por isso os professores devem se aperfeiçoar, ter maior criatividade nas

atividades propostas, com objetivo de aumentar a participação dos alunos nas aulas.

Considerando o projeto aplicado na escola onde a pergunta era: Você sabe o

que são Jogos Cooperativos? Constatou-se que 60% dos alunos possuem

conhecimento sobre os Jogos Cooperativos enquanto que 40% não possuem

conhecimento dos jogos e no final alguns dos participantes disseram já ter

participado de atividades semelhantes mas não sabiam que se tratava de Jogos

Cooperativos.

Sim

Não

Jogos Cooperativos Fonte: Autora, 2013

Devemos oferecer aos nossos alunos a oportunidade de vivenciar atividades

cooperativas, livres de qualquer padronização, das quais eles possam participar de

maneira mais natural possível. Assim os alunos se sentirão mais confortáveis ,

confiantes, apreciarão e terão prazer de jogar, envolvendo-se e participando de

forma livre, para assim construir um ambiente agradável, distante de qualquer

pressão e desenvolvendo a sua criatividade.

No jogo cooperativo busca-se superar desafios, e não derrotar alguém, os

alunos passam a ter consciência dos próprios sentimentos, dando prioridade ao

trabalho em equipe, esses jogos têm por objetivo reconhecer que todos os jogadores

são importantes para alcançar o objetivo final.

Com relação a participação: Você participa das aulas de Educação Física em

sua escola?

Nesta pergunta pode-se notar que apenas 62% dos alunos participam com

frequência das aulas de Educação Física, 23% participam às vezes e 15% nunca

participam das aulas.

Aulas de Educação Física Autora, 2013

Sim

Não

Participam

As vezes

Nunca

É importante ressaltar que cada ser humano apresenta individualidades

específicas. Para Vago (1995) estas particularidades devem ser consideradas pelo

professor de Educação Física como uma diversificação cultural presente em sua

aula. O professor deve trabalhar seus alunos de maneira que as diferenças não

representem empecilhos para o desinteresse nas aulas, mas muito pelo contrário,

que essas diferenças representem as riquezas culturais, pois são um verdadeiro

patrimônio lúdico da humanidade e devem ser aproveitadas na forma de

organização do ensino.

O que podemos perceber no decorrer das atividades propostas e de acordo

com as respostas dadas pelos alunos, que houve maior participação dos alunos.

Viu-se também a diminuição da exclusão e também da participação de alguns

alunos que não gostavam de participar das atividades e com a prática dos Jogos

Cooperativos estavam interagindo com a turma.

5. Considerações Finais

O desenvolvimento deste projeto de intervenção do PDE com os alunos do

Ensino Médio do Colégio Estadual D. Pedro II foi muito importante, pois possibilitou

maior incentivo e motivação aos alunos para a participação nas aulas de Educação

Física.

Durante os momentos de reflexão a maioria dos alunos concordam que aulas

com Jogos Cooperativos favorecem o respeito, a cooperação, a solidariedade

possibilitando a participação sem a preocupação com a vitória, sem sofrer desprezos

ou críticas. Assim podemos concordar com a afirmação de Orlick (1978,p.109) onde

diz: “Pode-se ouvir a respeito da importância da cooperação ou pode-se

experimentá-la”. Os alunos tiveram com esta experiência a oportunidade de

experimentar na prática a cooperação e sentiram a diferença que esta pode causar

em suas vidas.

A participação dos alunos foi bastante satisfatória, mesmo que de início não

estivessem muito a vontade e alguns tivessem mostrado certa resistência, viu-se

que no decorrer da pratica dos Jogos Cooperativos demonstraram boa aceitação.

Vale ressaltar que a aplicação dos Jogos Cooperativos nas aulas de

Educação Física é possível, é viável e possibilita um ambiente de aula mais

agradável incentivando a cooperação, cabendo a nós professores investir e ousar na

mudança, uma vez que sua prática possibilita amenizar a falta de interesse e o

excesso de competitividade em nossas escolas.

Após a implementação do projeto na escola que tinha o objetivo principal

saber se os Jogos Cooperativos poderiam melhorar o interesse dos alunos nas

aulas de Educação Física, fazendo com que as aulas se tornassem mais atrativas.

Nas turmas em questão, observamos que algumas mudanças ocorreram, as

turmas se tornaram mais unidas e a participação foi efetiva dentro das atividades

dos Jogos Cooperativos, no início tivemos algumas dificuldades e frustrações.

Percebeu-se mudanças ocorridas no nível de satisfação, alegria, autoestima,

integração e participação a partir da introdução dos Jogos Cooperativos. Os alunos

gostaram da experiência com os Jogos Cooperativos e demonstraram prazer e

satisfação a maior parte do tempo, além de muita vontade e empenho para

solucionar imprevistos e dificuldades na execução das atividades.

Reforçamos por meio deste estudo que os Jogos Cooperativos são relevantes

para o ambiente escolar e para os alunos. Devem ser desenvolvidos em todas as

turmas e em todos os anos/séries. Os resultados mostraram que nem sempre as

atividades com Jogos Cooperativos são prontamente aceitas, mas com

planejamento, organização, postura profissional, muita paciência, perseverança e a

ousadia de cada professor, os Jogos Cooperativos podem auxiliar em várias

questões. Mas no geral os resultados foram muito significativos, pois os alunos

entenderam que os Jogos Cooperativos devem fazer parte das aulas de Educação

Física, porque possibilitam a reflexão, a inclusão, a participação de todos,

possibilitam o desenvolvimento da autoestima, sentimento de aceitação e

proporcionam aos alunos confiança em si mesmo, além é claro da redução do

sentimento de individualismo em beneficio do coletivo.

Acreditamos que havendo continuidade destas atividades durante o ano,

consigamos mudanças expressivas de comportamento em geral, mas para que isso

ocorra todos os professores devem estar envolvidos e acreditar que tais mudanças

possam ocorrer.

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