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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE
II
Produção Didático-pedagógica – Turma PDE 2014
Título: Produção de discurso indireto a partir da leitura de tirinhas do Hägar
Autor: Monica Gonçalves Meira Pereira
Disciplina/Área: Língua Portuguesa
Escola de Implementação do Projeto e sua localização:
Escola Estadual de Vidigal – Ensino Fundamental
Município da escola: Cianorte
Núcleo Regional de Educação: Cianorte
Professor Orientador: Maria Regina Pante
Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual de Maringá
Relação Interdisciplinar:
História e Geografia
Resumo:
Os alunos da escola pública, ao chegarem ao sexto ano do Ensino Fundamental, apresentam muita dificuldade na escrita, tanto na estrutura quanto na forma. Essas defasagens no processo de aquisição de conceitos e de regras têm dificultado o registro das produções de texto. Para os professores de Língua Portuguesa, é um desafio melhorar a produção escrita dos alunos, mesmo porque a cobrança maior recai sobre eles, que sentem a responsabilidade de proporcionar essa recuperação no processo da escrita.
Dessa forma, essa produção didático-pedagógica pretende oportunizar estratégias de ensino que proporcionem aos alunos do sexto ano da Escola Estadual de Vidigal, a superação das dificuldades na escrita por meio do estudo do gênero textual tiras. Esse gênero foi proposto por ser um gênero textual atrativo para os alunos, pois envolve imagens e não apresenta textos muito longos. E essa associação de textos e imagens torna o ato de ler e de produzir mais prazeroso.
Para tanto, buscaremos aprofundar estudos sobre o gênero textual tiras; contextualizar o
momento histórico que caracteriza as tiras do Hägar; proporcionar situações de leitura adequadas às dificuldades dos alunos do sexto ano da Escola Estadual de Vidigal; propor a escrita de reescrita do conteúdo /contexto das tiras estudadas utilizando o discurso indireto.
Palavras-chave: Leitura; Tiras; Produção de discurso indireto.
Formato do Material Didático: Unidade Didática
Público:
Alunos do sexto ano do Ensino Fundamental
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
Monica Gonçalves Meira Pereira ( Professora PDE 2014/ UEM – Maringá)
Maria Regina Pante (Professora Orientadora/ UEM – Maringá) Apresentação
Essa produção didático-pedagógica tem por finalidade desenvolver o gosto e o
interesse pela leitura a partir de tirinhas do Hagar coletadas na internet para despertar nos
alunos o interesse na aquisição de novos conhecimentos. Pretendemos sugerir atividades
que envolvam a leitura de tiras em quadrinhos de forma a estimular o imaginário, divertir e
desenvolver a criticidade; compreender a estrutura do gênero tira, mostrando as
características que apresenta como recursos visuais, vozes sociais e temas. Além disso,
pretendemos, também, analisar criticamente a importância e finalidade do gênero tira em
quadrinhos.
A turma escolhida para a implementação das atividades é do sexto ano.
Considerando-se que o público alvo é formado por crianças, considerando-se também, o
contexto social desse público, que, em sua maioria, não tem um ambiente cotidiano de
contato com jornais, revistas e internet em que circulam as tiras em quadrinhos,
entendemos que a escola se torna o veículo que pode proporcionar tal contato.
As Diretrizes Curriculares da Educação Básica (DCE’s 2008) propõem o ensino dos
gêneros textuais como ferramenta para levar à formação de um sujeito que aja em seu
meio social, ou seja, pretendem formar um aluno leitor ativo que, por meio do discurso,
seja capaz de se comunicar de diferentes formas em diferentes situações de
comunicação. Assim, entendemos que, por meio da análise do gênero textual tiras em
quadrinhos, seja possível permitir ao aluno a interação com o texto, levando-o a construir
significados e, dessa forma, ter uma posição mais crítica, podendo rejeitar ou reconstruir o
texto a partir do que lhe faz sentido. É nessa direção, que pretendemos trabalhar com os
alunos, mostrando a importância de um trabalho com as práticas sociais mediadas pelo
gênero textual tira em quadrinhos.
Para tanto, recorremos à aplicação da Sequência Didática como metodologia
adequada, pois o professor pode planejar etapas do trabalho com os alunos, de modo a
explorar diversos exemplares desse gênero, estudar suas características próprias e
praticar aspectos de sua escrita antes de propor uma produção final. Fica evidente que a
oralidade, a leitura, a escrita e aspectos gramaticais são estudados em conjunto,
estabelecendo uma compreensão mais eficaz.
Em razão das dificuldades envolvendo a leitura e o envolvimento natural dos
alunos nessa prática, a problemática que motiva esse trabalho parte da questão de como
incentivar o hábito de ler e de melhorar a compreensão e a interpretação de diversos
gêneros textuais em alunos que ainda não adquiriram o gosto pela prática da leitura e da
escrita, motivo que tem sido um problema constante para professores em geral e que tem
dificultado que os educandos da Educação Básica atinjam o desenvolvimento satisfatório
dessas habilidades.
A organização das atividades em sequência tem o objetivo de oportunizar aos
alunos o acesso a práticas de linguagens tipificadas, ou seja, de ajudá-los a dominar os
diversos gêneros textuais que permeiam nossa vida em sociedade, preparando-os para
saber usar a língua nas mais variadas situações sociais, oferecendo-lhes instrumentos
eficazes para melhorar suas capacidades de ler e de escrever (DOLZ, NOVERRAZ &
SCHNEUWLY, 2004).
A implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica com “tiras” será elaborada
por intermédio de uma Sequência Didática com alunos da Escola Estadual de Vidigal –
Ensino Fundamental, tendo como público alvo alunos do 6.º ano do Ensino Fundamental,
com duração de trinta e duas (32) aulas.
Material Didático
Momento da Discussão
Com o auxílio do seu professor, discuta as questões abaixo:
a. Vocês sabem o que é uma “tirinha”? Já leram alguma? Qual? (Quais?)
b. Quem produz a “tirinha”?
c. Para quem a “tirinha” é destinada?
d. Qual a finalidade da “tirinha”?
e. Quais são os profissionais que trabalham diretamente e indiretamente com “tirinha”?
f. Vocês conhecem algum personagem de “tirinha”? Qual? Quais?
g. Você conhece algum autor de “tirinha”? Qual? Quais?
2) Em qual ou em quais suporte(s) podemos encontrar esse tipo de texto? ( ) rádio
( ) jornal
( ) internet
( ) gibis
( ) panfletos
( ) livros didáticos
Nesse momento o professor ativa o conhecimento prévio dos alunos para investigar o que eles sabem a respeito do gênero textual em questão. Nessa primeira etapa sugerimos uma sondagem por meio de perguntas a respeito do gênero. Discutiremos as questões, verificando o conhecimento dos alunos e onde o professor poderá acrescentar conhecimentos que estes ainda não possuem.
Como sugestão, o professor poderá utilizar essas questões como meio de discussão em sala com os alunos. Sugerimos que a atividade seja realizada em pequenos grupos ou em pares. Com o auxílio da lousa, o professor escreverá as mais citadas pelos alunos e fará os comentários adequados.
3) Compare o Gênero tiras em quadrinhos com outros, tais como cartum e charge e
responda:
a. quais as diferenças visuais entre eles.
b. quais as diferenças de escrita entre eles.
c. como o produtor obtém humor no cartum e na charge.
d. quais as temáticas mais frequentes no cartum e na charge.
Você sabia?
As histórias em quadrinhos, no Brasil, foram publicadas inicialmente no século XIX,
adotando um estilo satírico conhecido como cartuns, charges ou caricaturas.
Posteriormente, estabelecer-se-ia com as populares tiras. A edição de revistas próprias
de histórias em quadrinhos no País começou no início do século XX. Mas, apesar de o
Brasil contar com grandes artistas ao longo da história, a influência estrangeira sempre foi
muito grande nessa área, com o mercado editorial dominado pelas publicações de
quadrinhos americanos, europeus e japoneses.
No início da década de 70 do século XX, os quadrinhos infantis no País
predominaram, com a publicação das revistas de Maurício de Sousa e a montagem, pela
Editora Abril, de um estúdio artístico, dando oportunidade a que vários quadrinistas
Solicitar aos alunos uma pesquisa específica, escrita, sobre tiras em fontes variadas e uma coleta desse gênero atentando para o suporte de veiculação (revistas, jornais, coleções etc). Ao analisar os materiais fazer que observem as temáticas fundamentais das tiras (humor e crítica);
Expor aos alunos os diversos tipos de HQs (Cartum, charge, tira) para que,
no contato com esses materiais, eles possam verificar as diferenças e as
características mais relevantes: suporte, tipo de discurso, linguagem
verbal/não verbal, cores ou não, concisão da linguagem, balões, marcas de
oralidade (características regionais), coerência entre desenho e texto,
mundos verossímeis ou irreais, personagens fixos, etc.;
começassem a atuar profissionalmente, produzindo, principalmente histórias do Zé
Carioca e de vários personagens de Walt Disney.
Em 1980, o cartunista Ziraldo lançou o livro, cuja personagem também foi adaptada
para os quadrinhos pela editora Abril, entre 1989 e 1994.
Na década de 90, a História em Quadrinhos no Brasil ganhou impulso com a
realização da 1.ª e 2.ª Bienais de Quadrinhos do Rio de Janeiro, em 1991 e 1993, e com a
3.ª em 1997, em Belo Horizonte. Esses eventos, realizados em grande número nos
centros culturais da cidade, contaram com a presença de inúmeros quadrinistas
internacionais e praticamente todos os grandes nomes nacionais.
Hägar, o Horrível
Hägar, o Horrível (Hägar, o Terrível, em Portugal) é uma tira em quadrinhos e uma
banda desenhada, criada em 1973 por Dik Browne (Dik é apelido de Richard Arthur),
distribuída a 1.900 jornais em 58 países e 13 idiomas. As tiras são mundialmente
distribuídas pela King Features Syndicate, a quem pertencem os direitos autorais,
inclusive da marca "Hägar".
Histórico
A figura de um viking foi engendrada por Browne em 1973, em sua casa no
Connecticut. O nome Hägar veio por acaso: certa vez, o próprio Dik acabara de acordar, e
seu filho mais novo, Chris, exclamou: "Olhe, mamãe! É Hägar, o horrível". As
personagens secundárias foram, então, todas rebatizadas, respeitando-se a inicial H dos
nomes. Os nomes originais se perderam.
As tiras são publicadas em 13 idiomas diferentes, em 58 países, em um total de
mais de mil e seiscentos jornais.
Texto disponível em : http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_em_quadrinhos_no_Brasil>. Acesso em 20 out 2014.
Desde a aposentadoria de Dik, em 1988, seu filho Chris tem cuidado das tiras
pessoalmente, embora venha ajudando o pai desde 1974. De 1989 a 1995, Chris escrevia
e desenhava; de 1995 em diante os roteiros passaram a ser feitos por outros artistas.
No Brasil, as tiras de Hägar são publicadas pelos jornais Folha de São Paulo, O
Globo, Jornal do Commercio e Zero Hora.
Personagens
Hägar, o Horrível. O protagonista Viking é um guerreiro que
frequentemente tenta invadir a Inglaterra e outros países. Embora respeitado
profissionalmente (um dos maiores saqueadores e assassinos da Escandinávia), Hagar
leva uma vida pessoal frustrada. Está sempre discutindo com a esposa Helga, que não
está satisfeita com o padrão de vida que a família leva. Hagar é tanto um guerreiro feroz
Solicitar aos alunos uma pequena pesquisa a respeito dos vikings, de sua
cultura e de sua relação com outros povos, para facilitar o reconhecimento de
algumas características das personagens das tirinhas do Hagar, bem como
de muitas das situações vividas pelas personagens;
Nesse momento, para que os alunos se familiarizem com as tirinhas do Hagar e
com suas personagens, será apresentado um filme com uma história dessa
personagem e das demais que participam efetivamente das suas histórias.
Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=t93SIOA1CJs
http://www.youtube.com/watch?v=nOfUEpo6Kjc
quanto um homem de família. Sua higiene pessoal é excepcionalmente deficiente e seu
banho anual é um momento de celebrações.
Eddie Sortudo. É o companheiro de primeira de Hägar, o melhor
amigo e também tenente Viking de invasões. Comicamente contrário à opinião popular
dos vikings como guerreiros grandes e musculosos, Eddie é um guerreiro baixo, magro,
um pouco ingênuo e fraco. Ele usa um funil, ou talvez coador, em vez de um capacete na
cabeça. Ao contrário de Hägar, Eddie é educado o suficiente para ler e falar em outras
línguas, embora, paradoxalmente, isso não faça dele mais inteligente. Sorte e raciocínio
são características que mais faltam a Eddie Sortudo, que nunca obedece fielmente às
ordens dadas por Hägar, não por insubordinação, mas simplesmente por não
compreendê-las.
Helga. Esposa de Hägar, dona de casa e mandona, é a essência
perfeita da figura da "supermãe". Frequentemente discute com Hägar sobre os hábitos
dele, tais como: lavar as mãos, não limpar os pés antes de entrar ou até mesmo crescer
emocionalmente. Ela vive tentando ensinar seus valores à moda antiga para a filha Honi,
embora esta nunca entenda realmente. Sua aparência é baseada na personagem
Brünnhilde, da ópera Valquíria, de Wagner.
Hamlet. Filho de Hägar e Helga, é um jovem inteligente, limpo,
obediente, estudioso e que quase sempre é visto lendo um livro, o que é contraditório
porque os livros não estavam disponíveis na época Viking. Seu sonho é ser médico ou
advogado e não demonstra interesse algum em se tornar um Viking, o que faz dele a
vergonha da família. Mesmo quando Hagar o obriga a praticar suas habilidades Vikings,
ele o faz apenas para satisfazê-lo. Hamlet é uma vítima de afeto não correspondido da
personagem feminina Hérnia.
Honi. A filha de Hägar e Helga é linda, doce, alegre e aos 16 anos de
idade, ainda não se casou, o que faz dela uma solteirona para os padrões da época. A
exemplo da mãe, Honi também é retratada como uma jovem. Valquíria com um capacete
alado, peitoral metálico e uma saia longa feita de cota de malha. Ela aparece como
ingênua, curiosa, dramática e está envolvida romanticamente com Lute, o menestrel,
desde o início dos quadrinhos e é a única personagem que consegue ignorar o seu canto
horrível. Ela também é uma guerreira Viking que, como seu pai, carrega sempre uma
lança e um escudo.
Hérnia. É uma jovem adolescente, moleca e profundamente
apaixonada por Hamlet. Embora seu amor não seja correspondido, muitas vezes a sua
consternação adquire um tom cômico e melodramático.
Lute. Um bardo sem talento algum que não toca bem o alaúde, não
canta em harmonia e nem rima corretamente. Lute permanece totalmente alheio a todos,
pois se considera muito talentoso apesar da percepção geral de que ele é terrivelmente
lamentável. Ele é o namorado de Honi, embora seja ela quem esteja no controle do
relacionamento (similar a Helga e Hägar). Seu nome é referência ao instrumento de
cordas com o mesmo nome, com que ele é muitas vezes visto tocando.
Kvack. É a pata alemã da família. Kvack é amiga e confidente de
Helga - ela espionará Hägar e avisará a Helga quando ele fizer algo que não deve, como
pedir mais uma cerveja ou demorar para voltar para casa. Obviamente, Hägar não gosta
de Kvack e gostaria de se livrar dela. Como é uma pata alemã, Kvack faz os "quacks"
com sotaque. Mais tarde, na tira, ela trouxe para casa alguns patinhos que Helga trata
como se fossem seus netos humanos.
Snert. É o cão de Hägar. Deveria ser um cão de caça, mas para o
leitor fica a impressão de que na maioria das vezes ele simplesmente não quer trabalhar.
Snert entende tudo o que Hägar lhe diz, mas geralmente se recusa a fazer o que é dito.
Às vezes é descrito como um cão que tem uma "esposa" e um casal de cachorros, mas
eles praticamente não desempenham papel algum nos quadrinhos.
Dr Zook. Um médico druida (antigo sacerdote, entre os gauleses e
bretões) e encapuzados que dá principalmente aconselhamentos psiquiátricos e
nutricionais, mas, na verdade, é um charlatão famoso.
Biografia de Dik Browne
Richard Arthur Allan Browne nasceu em 11 de agosto de 1917, na cidade de Nova
York, e foi criado no bairro do Bronx. Aos 16 anos, já era revisor no American Journal,
onde conheceu o mundo dos artistas. Tentou a carreira de repórter, mas não obteve
resultado. Nesse período, descobriu seu talento para o desenho. Veio a guerra, e Dik
serviu na divisão de cartógrafos, na Alemanha. Depois do conflito, foi trabalhar na
Newsweek ilustrando reportagens. Em 1954, surgiu a série Hi & Lois, que lhe rendeu o
Reuben Award da National Cartoonists Society como o melhor quadrinhista de 1962.
Hagar só nasceria em cinco de fevereiro de 1973, série que lhe rendeu outro Reuben
Award nesse mesmo ano, tornando-se o único quadrinhista a ser homenageado por dois
trabalhos diferentes. Morreu em 4 de junho de 1989, em Sarasota, mas o personagem
Hagar continua vivo até hoje pela mãos do filho de Dik, Chris.
Fonte: CCQHumor
Disponível em:
http://www.lpm.com.br/site/default.asp?TroncoID=805134&SecaoID=948848&SubsecaoI
D=0&Template=../livros/layout_autor.asp&AutorID=649374 Acesso em 20out 2014.
Texto disponível em: HTTP://pt.wikipedia.org/wiki/Hagar.oHorr%C3%AD. Acesso
em 20 out 2014 (adaptado)
Depois de aprendermos um pouco a respeito das tirinhas do Hägar, vamos analisar
algumas:
TIRA 1
1. Quem são as personagens que compõem a tira? O que você sabe a respeito
delas?
2. Qual é o tema principal da tira?
3. Em que consiste o humor da tira?
4. Que elementos linguísticos presente nas falas das personagens constroem esse
humor?
5. A fala de Eddie indica que ele entendeu o que está escrito na placa?
6. Com base na resposta do Dr. Zook, qual é a provável associação que ele faz entre
ler e pensar?
7. A resposta do Dr. Zook está adequada ao contexto do mundo viking?
8. Qual é a expressão linguística que indica a decepção do Dr. Zook?
9. Qual elemento linguístico na fala de Dr. Zook indica que ele está se referindo a
Eddie Sortudo?
Para acionar os conhecimentos prévios dos alunos a respeito
das tiras do Hägar, sugerimos as tiras a seguir. Professor, estas
atividades poderão ser realizada de forma oral ou escrita,
portanto se faz necessária a sistematização ao final do estudo
de cada tira.
10. Compara o emprego da expressão “infelizmente” no último quadrinho com a
expressão alegremente em “João chegou alegremente”!. Há diferença de emprego
entre essas duas expressões?
11. A partir das falas das personagens, é possível inferir que
a) O Dr. Zook não gosta de ler.
b) O Dr. Zook não gosta de pensar.
c) As pessoas deixaram de ler.
d) Eddie Sortudo adora ler placas.
e) Eddie Sortudo adora pensar.
TIRA 2
1. Qual é o tema da tira?
2. O tema abordado ocorre apenas no contexto do mundo viking?
3. O humor da tira se constrói a partir de qual contradição?
4. Associando a linguagem verbal à linguagem não verbal, quem manda no lar viking?
5. A fala de Hägar realmente contradiz a fala de Eddie Sortudo?
TIRA 3
1. A partir do que você sabe a respeito da Idade Média, explique por que
sensibilidade não combina com a idade das trevas?
2. Qual o tema abordado nas tiras?
3. No que consiste o humor da tira? Em qual quadrinho ele se faz presente? Por quê?
4. A expressão “só” tem a função de limitar, de restringir outra expressão. Indique que
expressão é essa.
5. A expressão “por que” está escrita separadamente. Explique o motivo. Dê
exemplos dessa expressão escrita de outra forma.
6.
Vamos nos reunir em grupos para realizar estas atividades:
Disponível em: http://blogda6d2010.blogspot.com/2010/04/hagar-o-terrivel.html
Disponível em: http://merendafria.blogspot.com/2008/10/hagar-o-horrvel.html
Professor estas atividades apresentam habilidades básicas de leitura estratégias, tais como: identificação da estrutura textual antecipação/ constatação e refutação de hipóteses.
Disponível em: http://caps-lock-he.blogspot.com/2007/10/tirinhas-de-todos-os-gostos.html
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hagar,_o_Horr%C3%ADvel ( Texto adaptado)
1. Em qual das tiras se pode inferir que Hägar é submisso à Helga? Por quê?
2. Observe a conversa entre Hägar e seu filho Hamlet, na segunda tirinha:
a. O que se pode inferir da resposta de Hamlet ao pai?
b. Hamlet é um jovem inteligente, limpo, obediente, estudioso e desinteressado
pelo mundo Viking, fato que o faz ser a vergonha da família. Responda o que faz
dele a vergonha da família, responda:
c. A resposta de Hamlet ao pai está coerente? Explique.
3. Observe a fala da Helga na terceira tirinha.
Vamos relembrar o contexto das personagens das tirinhas de
Hägar. Hägar é casado com Helga e tem dois filhos, Hamlet
e Honi. Hägar é um guerreiro Viking, que frequentemente
tenta invadir a Inglaterra e outros países. Apesar de
respeitado profissionalmente (um dos maiores saqueadores e
assassinos da Escandinávia), ele leva uma vida pessoal
frustrada. Está sempre discutindo com a esposa Helga, que
não está satisfeita com o padrão de vida que a família leva.
Ele é um guerreiro feroz, mas também um homem de família.
Sua higiene pessoal é excepcionalmente deficiente e seu
a. O que se pode inferir do conselho de Helga a Honi, sua filha? Qual é a visão
de Helga sobre o papel da mulher no casamento?
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hagar,_o_Horr%C3%ADvel
1. No conselho de Helga à filha, pode-se inferir que ela considera Honi uma moça
ingênua? Justifique sua resposta.
2. Discuta com seus colegas: quais são os conhecimentos prévios necessários
para a leitura de tiras?
Observe, na historinha abaixo, como a conversa entre Hägar e Helga se organiza
em torno das crenças de Hägar.
Relembrando: A filha de Hägar e Helga é linda, doce, alegre e, aos 16
anos de idade, ainda não casou, o que faz dela uma solteirona para
os padrões da época. Ela aparece como ingênua, curiosa, dramática e
envolvida romanticamente com Lute, o menestrel, desde o início dos
quadrinhos e é a única personagem que consegue ignorar o canto
horrível do seu namorado. Ela também é uma guerreira Viking que,
como seu pai, carrega sempre uma lança e um escudo.
1.Hägar acredita que Papai Noel existe e isso nos surpreende porque:
a) ele é adulto, e adulto não acredita em Papai Noel.
b) ele é casado, e pessoas casadas não acreditam em Papai Noel.
c) sua esposa Helga lhe disse que pessoas adultas não acreditam em Papai Noel.
d) ele não se interessa pelo Natal.
2.Observe, especialmente, os três últimos quadrinhos e marque a única alternativa que
explica de que forma Helga reage às dúvidas de Hägar.
a) Ela não o respeita, ignora sua crença e o trata como se fosse uma criança.
b) Ela respeita sua crença e o trata como trataria um adulto qualquer.
c) Ela respeita sua crença porque ele é uma criança.
d) Ela respeita sua crença e o trata como trataria uma criança.
3.Assinale a alternativa abaixo que representaria melhor o título da historinha em questão.
a) Adulto não acredita em papai Noel.
b) Esperando Papai Noel.
c) Hagar e Helga em um Natal divertido.
d) O que sobrou do Natal.
4.A forma de raciocínio que sustenta a afirmação de que: Hagar é como uma criança é o
fato de ele:
a) não acreditar em Papai Noel.
b) sonhar com o Papai Noel.
c) acreditar em Papai Noel.
d) ganhar um presente do Papai Noel.
5.Para contar a história a Hägar, Helga vai narrando as ações do Papai Noel. Quais
elementos ela utiliza para fazer isso?
6.Como Papai Noel não existe de fato, indique as expressões que indicam dúvida e são
utilizadas pelas personagens para confirmar isso.
7. A expressão “o mesmo”, empregada no sexto quadrinho, refere-se a quê?
8. Sem mencionar formas verbais. Destaque as expressões que indicam tempo.
Leia a tira a seguir para responder às questões.
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a) No primeiro quadrinho, a quem se referem os pronomes “me” e “lo”?
b) A expressão “vai me impedir” indica tempo futuro. Como você reescreveria essa
expressão para indicar o futuro do verbo “impedir”?
c) O que gera humor nesta tira em quadrinhos?
Para se formar um leitor proficiente, é preciso realizar o trabalho com
conhecimento prévio dos alunos, uma vez que esse conhecimento estabelece
uma ponte entre aquilo que eles já sabem e os sentidos possíveis do texto
para eles em um determinado momento e em dadas condições
de interlocução. Durante a leitura, o leitor usa o conhecimento prévio ao
realizar inferências, relacionar diferentes partes do texto e tirar conclusões.
Portanto, para ser um leitor competente, o aluno deverá ser capaz de retirar do
texto informações explícitas e implícitas. Essas pistas linguísticas fornecidas
pelo texto permitem que o leitor leia nas entrelinhas.
Como atividade de leitura, o professor deverá entregar aos alunos cópias
das tirinhas do Hägar ou levá-los ao laboratório de Informática para que
acessem os sites onde elas se encontram. Na sequência, deverá pedir aos
estudantes que respondam às perguntas referentes a elas.
Disponível em:http://framos.files.wordpress.com/2008/05/hagar.jpg
Disponível em: http://3.bp.blogspot.com/_dI0zVQRZT_8/RyIn7RsFVkI/AAAAAAAADT0/eZCo1Oe6UUQ/s400/hagar3.jpg
Disponível em:http://2.bp.blogspot.com/_dI0zVQRZT_8/RyIn7BsFVjI/AAAAAAAADTs/K_DW5Gd5hiA/s400/hagar2.jpgc.
1. Sobre a tirinha A, responda:
a) Qual é a informação que pode ser pressuposta na fala do primeiro balão?
b) O que se pode inferir da resposta do Hägar no último balão?
c) É possível estabelecer uma relação entre a resposta de Hägar à pergunta que lhe foi feita e o sistema capitalista?
d) Qual é o conhecimento de mundo que o leitor precisa entender a intenção da tira?
2. Observe a tirinha B e responda:
a) Por que Hägar está dizendo ao filho que ele deve ser bastante agressivo?
b) Qual é o conceito de Hägar a respeito do casamento e das mulheres?
c) Essas informações estão explícitas no texto?
3. Observe a fala do Hagar na tirinha C e responda:
a) A resposta de Hägar (segundo balão do primeiro quadrinho) ao filho é possível? Por quê?
b) Qual é a ideia que Helga tem do casamento? Como você chegou a essa conclusão?
4. Há humor na fala de Hägar nas tirinhas (b) e (c)? Por quê? Explique.
5. Há ironia na fala de Hägar (tirinhas b e c)? Explique.
Importante: Professor, para a leitura da charge (a), o aluno precisará saber que o mundo vive (e sempre viveu) em guerras, porque um país quer comandar o outro. A relação que poderá ser estabelecida entre a resposta de Hagar e o capitalismo é que a violência social é gerada por esse sistema. Pode-se concluir, portanto, que sempre houve e sempre haverá a exploração de um ser humano por outro.
Professor escolha uma tira e utilize como modelo para realizar o discurso
indireto. Apresente a reescrita dessa tira, apontando o discurso direto e
indireto, com o emprego de tempos e modos verbais no passado ou no
presente, dependendo do que estiver na tira, bem como de conjunções.
Chame a atenção, também para os elementos notacionais (elementos
gráficos, que não são linguísticos, mas que produzem sentido no texto. Ex.:
marcas de movimento, marcas de tempo). Para organizar a escrita do
aluno é necessário primeiro organizar o pensamento na oralidade. Assim,
sugerimos que sejam feitas perguntas norteadoras para a produção de
discursos indiretos em cada quadrinho.
MODELO DE PRODUÇÃO DE DISCURSO INDIRETO A PARTIR DAS TIRAS
Discurso direto
O discurso direto é considerado o discurso mais natural e comum entre os
discursos existentes. Ele permite que as personagens se expressem livremente,
ganhando vida própria na narração.
Características do discurso direto:
- apresenta uma transcrição exata da fala das personagens, sem participação do
narrador;
- apresenta verbos que anunciam o discurso (verbos de elocução), tais como: dizer,
perguntar, responder, comentar, falar, observar, retrucar, replicar, exclamar,
aconselhar, gritar, murmurar, entre outros. Esses verbos são empregados com dois
pontos;
- vem sempre antecedido de um travessão, sinal de pontuação que indica: a) o início da
fala de uma personagem, b) se há mudança de interlocutores e c) se há mudança para o
narrador mediante um verbo de elocução. Alguns autores optam, entretanto, pelo discurso
direto entre aspas, sinal de pontuação que destaca uma citação ou transcrição.
Exemplo de discurso direto:
Meu pai perguntou:
– Que horas são, por favor? Ou meu pai perguntou: “Que horas são, por favor?
Discurso indireto
O discurso indireto não permite que as personagens se exprimam livremente, uma
vez que as falas das personagens são apresentadas pelo narrador, ou seja, é o narrador
que fala pela personagem.
Características do discurso indireto
- o seu narrador emprega suas próprias palavras para reproduzir as falas das
personagens; ele atua como intermediário e reproduz as reações e a personalidade delas;
- a narrativa é realizada sempre na terceira pessoa;
- os verbos utilizados são de elocução, ou seja, são verbos que anunciam o discurso:
dizer, perguntar, responder, comentar, falar, observar, retrucar, replicar, exclamar,
aconselhar, gritar, murmurar, entre outros. Esses verbos aparecem normalmente
seguidos das conjunções que ou se, separando a fala do narrador da fala da
personagem.
- as formas verbais são empregadas em outros tempos e modos.
Exemplo de discurso indireto:
Meu pai perguntou que horas eram.
Todas as tardes minha mãe me dizia (verbo de elocução) que (conjunção) estava
cansada da vida.
Exemplo de produção de discurso indireto a partir de uma das tiras de Hägar:
Hägar orienta Eddie Sortudo que, se ele for capturado pelo inimigo, que não
prejudique o lado dos vikings. Eddie escuta atentamente o que Hägar diz e
responde que só prejudicará os vikings se os inimigos falarem grosso com ele.
Professor, após cada tira estudada solicite aos alunos que
eles reescrevam como se contassem por escrito a alguém o
que está na tira.
REFERÊNCIAS:
DOLZ, J; NOVERRAZ, M; SCHNEUWLY, B. Sequências Didáticas para o Oral e a Escrita: Apresentação de um Procedimento. In: ROJO, R; CORDEIRO, G. S. (orgs.). Gêneros Orais e Escritos na Escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004. p. 95-128.
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