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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7 Cadernos PDE II

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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE

II

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

1. Título: Influência da religiosidade na alimentação das pessoas

2. Autora: Maria Aparecida Valer

3. Disciplina/área: História/ Ensino Religioso

4. Escola/ implementação:

Colégio Estadual Paulo Freire

5. Município da escola: Marechal Cândido Rondon

6. Núcleo: Toledo 7. Prof. Orientador: Moisés Antiqueira

IES: Unioeste

9. Área de curso- PDE História

10. Resumo: O Ensino Religioso nas escolas públicas passou por muitas mudanças até a implementação da Lei n° 9.394/96 que determina sua obrigatoriedade apenas nas escolas públicas. Diante dessa lei surgem alguns questionamentos: quem irá ministrar as aulas? Há material didático que contempla o que determina a lei? Passadas quase duas décadas da implementação da lei, é possível perceber uma lacuna nas escolas. A fim de diminuir essa lacuna, proponho a elaboração de práticas pedagógicas que tornem a disciplina de Ensino Religioso significativa para o aluno. A ideia é desenvolver um trabalho que se paute na influência que a orientação religiosa exerce sobre os hábitos alimentares das pessoas, de modo que o aluno perceba como a Religião pode guiar práticas cotidianas tão elementares e corriqueiras como a alimentação. Estimular os alunos ao respeito à diversidade religiosa no espaço escolar e na sociedade também faz parte dos objetivos do projeto. A metodologia desenvolvida envolve o trabalho comrelatos orais, análises de textos, desenhos, documentários, pesquisa no laboratório de informática, atividades com cruzadinha, caça-palavras. Como elemento principal da proposta, os alunos através da metodologia já citada irão confeccionar um caderno de receitas com base nas restrições alimentares com o apoio de uma nutricionista que realizará uma palestra na escola sendo os pais convidados.

11. Palavras- chave: Diversidade religiosa; hábitos alimentares; ensino religioso

12. Formato do Caderno pedagógico

Material Didático:

13. Público alvo: Turma (s) do sexto ano do Ensino Fundamental.

APRESENTAÇÃO

O ensino religioso no Brasil tem nos dias de hoje caráter inter-religioso. A Lei

Federal n° 9.475/97, que dá nova redação ao art. 33 da Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional (LF n° 9.394/96), ressalta o respeito à diversidade cultural religiosa

e são vedadasquaisquer formas de proselitismo. Ou seja, a escola não pode fazer

catequese ou doutrinação em favor de religião alguma, mas possibilitar aos estudantes

a compreensão do sagrado como fato social e cultural, ensinando-os a conviver com

pessoas de diferentes crenças.

O presente caderno pedagógico faz parte da segunda etapa do Programa de

Desenvolvimento Educacional (PDE) da Secretaria de Estado da Educação do Paraná

(SEED) e versa sobre a influência da religiosidade na alimentação das pessoas etem o

intuito de implementar o Projeto PDE 2014. Esse material didático pauta-se no anseio

de que constituirá mais uma alternativa para subsidiar o trabalho dos professores,

visto que nem sempre o docente tem à disposição os recursosnecessários e mais

relevantespara sanar as dificuldades encontradas nas aulas de Ensino Religioso.

Sendo assim,trata-se de uma intervenção com o objetivo de elaborar práticas

pedagógicas para o ensino religioso para os alunos do 6° ano do Colégio Estadual Paulo

Freire, situado no município de Marechal Cândido Rondon. Para tanto, abordam-se

alguns aspectos norteadores da experiência religiosa nos dias de hoje, como a

diversidade religiosa,fato esteque se constata inclusive a nível local, ressaltado por

causa da presença de islâmicos na referida cidade. Procura-se salientar a influência da

religiosidade no cotidiano das pessoas, em especial no tocante à alimentação, na

expectativa de que possa contribuir para que o aluno conviva de forma harmoniosa

com indivíduos de diferentes tradições religiosas.

Como estratégias de ensino, o caderno pedagógico utiliza-se de atividades

diversas: atividade oral, afim de se considerar os conhecimentos prévios dos alunos,

pois é o ponto de partida para um ensino significativo; uso de slide para explanar o

conteúdo sobre a Quaresma; leitura e debate de textos como atividades individuaisou

em grupos, para que os educandos possam trocar opiniões; pesquisas feitas na

internet; elaboração de painéis; uso de pequenos documentários com posterior

atividades de debates. Os vídeodocumentários são relevantes para a aprendizagem

pois estabelecem uma ponte com os textos da unidade 3.É importante que o professor

saiba relacionar o recurso audiovisual com o tema trabalhado. O professor pode pedir

para que os alunos anotem as cenas mais importantes, para que depois da exibição

faça a mediação do debate acerca dos pontos mais relevantes. Posteriormente, o

docente deve entregar aos alunos os textos para que façam a leitura em conjunto e

solicitar que tragam para a próxima aula mais informações, a fim de compartilhar com

os colegas. Logo, os recursos audiovisuais se revelam interessantes para a introdução

dos conteúdos, com vistas a despertar a curiosidade e levar o aluno a pesquisar mais

sobre o tema. A fim de facilitar o trabalho do professor, se faz necessário a elaboração

de caderno contendo todas as atividades dessa produção pedagógica, o qual será

entregue um para cada aluno, para a realização das atividades.

As tarefas a cima elencadas partem da constatação de que a realidade atual

exige metodologias que atendam aos anseios dos educandos, para que passem a ter

interesse por uma nova prática que não só a do Ensino Religioso, mas também das

demais disciplinas. Nesse sentido, segundo Oleniki e Daldegan, a proposta pedagógica

para o Ensino Religioso consiste em proporcionar ao educando uma leitura de mundo.

Para que esse processo se concretize, o Ensino Religioso deverá ter presente uma

metodologia que vise relacionar os elementos apreendidos e o convívio social

respeitoso com a diversidade religiosa presente no mundo.As autoras citam quatro

momentos que podem contribuir para o exercício prático e pedagógico da disciplina do

Ensino Religioso (OLENIKI; DALDEGAN, 2003, p. 74-78):

1° momento. Apresentar as informações: o professor deve apresentar aos

alunos o conteúdo referente às diversas tradições religiosas por meio de diferentes

estratégias, a fim de despertar o interesse do educando para o estudo do tema.

2° momento. Propor atividades: estas podem ser em grupos ou

individualmente, proporcionando momentos de investigação e exploração que levem

o aluno saber mais sobre o conteúdo e articular novos conhecimentos. Segundo a

autora, “são as atividades, em sua maioria, que possibilitam ampliar a abordagem do

conteúdo proposto”.

3° momento. Promover uma síntese: o professor pode pedir para o aluno

realizar uma síntese sobre o tema estudado, uma comparação, uma pesquisa ou uma

reflexão que o conduza a posicionar-se diante de si e dos colegas trocando ideias,

revelando o que aprenderam.

4° momento. Possibilitar um espaço aberto: construir um canal para que o

diálogo se concretize para além do espaço da sala de aula, no qual educando e o

professor, usando da criatividade, desenvolvem atividades que ajudem a estabelecer a

paz e a convivência amigável, de que os seres humanos tanto precisam aprender e

vivenciar.

Diante do que foi exposto, o Ensino Religioso no processo educativo é um dos

canais concretos que poderão contribuir no processo de humanização e respeito e o

direito à liberdade do ser humano (OLENIKI; DALDEGAN, 2003, p. 79).

Partindo desses pressupostos, o trabalho se divide em 3 unidades, sendo que a

primeira faz uma introdução sobre a questão da diversidade religiosa; a segunda parte

traz uma abordagem sobre as três grandes religiões monoteístas, o Islamismo,

Judaísmo e Cristianismo, com o objetivo de que o aluno conheça algumas

características dessa religiões. Em seguida (3° parte) é que se dará ênfase à influência

da religiosidade na alimentação das pessoas. Nesta unidade, pretende-se que os

alunos se envolvam na elaboração de um caderno de receitas, que conterá alguns

pratos relacionados a preceitos próprios de cada uma das três religiões citadas.

Por sua vez, é preciso lembrar que as práticas alimentares também sofrem

influência de natureza religiosa no que diz respeito à privação do próprio ato de

comer. O jejum está presente no cristianismo principalmente em datas como a

Quaresma e a Sexta-feira Santa, proposto desde o acordar até ao deitar. Para os

muçulmanos, o jejum configura algo basilar durante o mês do Ramadã, ao passo que

no judaísmo é praticado no Dia do Perdão (Yom Kippur),a data mais importante do

calendário judaico.

O presente caderno pedagógico contempla atividades visando um trabalho a

ser desenvolvido em 32 horas. As unidades foram elaborados sob a perspectiva de

envolver os alunos nas questões mais básicas que envolvem o tema da religião, tendo

em mente a dificuldade dos alunos em sala de aula, algo constatado por mim ao longo

de minha experiência docente.A Unidade I, sobre a diversidade, poderá ser trabalhada

em 8 aulas, considerando-se a importância do tema para alunos do 6° ano. Já a

segunda unidade sugiro que também seja trabalhada em até 8 aulas. A Unidade

IIIdemanda maior número de aulas devido à ênfase da proposta, e pode se desenrolar

em 16 aulas.

UNIDADE I–Diversidade religiosa

OBJETIVOS:

- Estimular o respeito à diversidade religiosa;

- Reconhecer a diversidade religiosa em suas particularidades;

- Possibilitar aos alunos adquirir conhecimentos sobre a diversidade religiosa.

TEMPO NECESSÁRIO:8 aulas

ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS:

Esta primeira unidadediscorrerá sobre a diversidade religiosa presente na

sociedade atual, afim de fornecer uma introdução ao conteúdo de Ensino religioso,

dado que os alunos pertencem a uma turmade 6° ano do Ensino Fundamental. A ideia

é despertar nos alunos uma visão mais ampla sobre seu papel na construção de uma

sociedade mais justa, para que percebam as diferenças sem preconceitos. Inicialmente

o professor apresentará o projeto para os alunos destacando principalmente os

objetivos da intervenção pedagógica como um todo, inclusive os objetivos desta

unidade. É importante que o professor conheça seus alunos e, para tanto, poderá ser

realizada uma atividade oral conforme o roteiro abaixo (atividade 1),para que todos

possam falar sobre o que sabem em relação ao tema proposto, ou seja, sobre a

diversidade religiosa.

Os alunos sentarão em círculo e o professor fará as perguntas e escreverá no

quadro de maneira organizada as principais ideias, e ao final pedirá para que todos

registrem em seu caderno. Em seguida o professor poderáexibir o documentário

relativo ao tema “Diversidade Religiosa e Direitos Humanos no Brasil”, disponível em:

http://youtu.be/QeTkdpcO2TY. Após a apresentaçãodo vídeo, o professor pedirá para

que os alunos sentem em duplas e entregará uma folha contendo atividades

referentes ao vídeo, com o propósito de que eles discutam e exponham aos colegas

suas opiniões (atividade 2).

Para que os alunos se situem no espaço, será proposta uma atividade com o

auxílio de mapas. Cada aluno receberáum mapa do mundo, e com a consulta ao

recurso cartográfico os discentes poderão responder as questões concernentes às

religiõescristã, islâmica e judaica (atividade 3).Após a conclusão da atividade com o

mapa,o professor pedirá para que alguns alunos apresentem para os colegas o mapa

concluído, e o professor fará as correções se necessário. Solicitar-se-á também para

que os alunos guardem esse mapa para uso posterior, com vistas àconfecção de um

painel.

Para o aluno, o caderno é o lugar onde ele pode registrar tudo o que aprendeu.

Por isso, é importante que o professor entregue um texto síntese para que o educando

cole em seu caderno, a fim de que ele cumpra com as atividades propostas, as quais

podem ser realizadas em duplas (atividade 4), como forma de o docente verificar a

compreensão dos alunos em relação ao tema debatido. Para encerrar a Unidade I, será

sugerido uma atividade na qual os alunos expressam o que aprenderam por meio de

um desenho. Portanto, deve-se entregar aos alunos uma folha de papel sulfitee pedir

para que desenhem algo sobre o que aprenderam nesta primeira parte(atividade 5).

Em seguida, o professor solicitará para que peguem o mapa e, juntamente com o

desenho, montem um painel. Como são muitos alunos a integrar a turma, poderão ser

montados três painéis, expostos em vários locais do colégio.

ATIVIDADES PROPOSTAS

ATIVIDADE 1

Roteiro para a atividade oral:

1) O que vocês entendem por religião?

2) É importante seguir uma religião? Por quê?

3) O que vocês entendem por diversidade religiosa?

4) Por que existe tantas manifestações religiosas diferentes?

5) Qual é o sentido da religião em sua vida?

ATIVIDADE 2

1) O que chamou atenção no vídeo?

2) O que vocês entenderam por Direitos Humanos?

3) Como o vídeo mostra a origem da Diversidade Religiosa no Brasil?

4) Em relação a opção religiosa os Direitos Humanos são respeitados?

ATIVIDADE 3

A) Qual é o tema do mapa? B) Qual religião predomina na América do Sul? C) O Islamismo se concentra mais em qual continente? D) Consegue apontar onde se concentra o maior número de praticantes do judaísmo?

FONTE: profwladimir.blogspot.com.br/2012/02/mapa-islamismo-no-mundo.html

TEXTO SOBRE DIVERSIDADE RELIGIOSA

“Diferentes religiões ensinam que o homem foi criado à imagem e semelhança

do Criador. Algumas tradições afirmam que o Criador fez esse primeiro homem com

punhados de terra de todas as cores, a fim de nos ensinar que todas as raças são na

verdade uma só, e todos os seres humanos são iguais em valor, independentemente

da cor de sua pele. ‘Sou negro, branco, amarelo, vermelho, mestiço...’,dizia Gandhi

(1869-1948), o grande líder indiano que pregava a paz e igualdade entre os seres

humanos e se valeu da não-violência pela independência da Índia” (BRASIL. Secretaria

Especial dos Direitos Humanos, 2004, p. 24).

Vivemos numa sociedade de muitas culturas, onde a convivência com o

diferente faz parte do nosso cotidiano, que é observado por meio das diferenças

étnicas, religiosas ou culturais. No Brasil esse pluralismo é marcante, devido ao fato de

nosso país ter recebido muitas influências culturais. Respeitar essas diferenças é

fundamental para uma sociedade mais justa e fraterna.

A Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou, em 1981, a Declaração

sobre a eliminação de todas as formas de intolerância e discriminação fundadas em

religião ou crença. O primeiro artigo da Declaração da ONU diz que:

Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião. Este direito inclui a liberdade de ter uma religião, ou qualquer crença de sua escolha, assim como a liberdade de manifestarsua crença ou religião individual ou coletivamente.

No Brasil, artigo da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional determina

que a educação religiosa nas escolas públicas assegure “o respeito à diversidade

cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo”. Ou seja, é

obrigatório respeitar a liberdade religiosa do aluno; é proibido tentar convertê-lo para

esta ou aquela religião (BRASIL. Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2004 p. 19).

ATIVIDADE 4

1) Como você definiria diversidade?

2) Qual é o dever de todo o cidadão em relação às diferenças religiosas?

3) Escreva uma frase com a palavra PAZ.

4) O que a ONU proclamou em 1981? Qual a importância dessa Declaração?

ATIVIDADE 5

Faça um desenho ilustrando o que aprendeu nesta unidade. Dê um título para o seu

desenho. (Na sequência da atividade, o professor solicitará que os alunos elaborem um

painel juntamente com o mapa utilizado anteriormente, para ser exposto no colégio).

UNIDADE II – Conhecendo as religiões

OBJETIVOS:

- Identificar a pluralidade religiosa presente em nossa sociedade;

- Perceber a existência de diferentes formas de se expressar a fé;

- Conhecer as principais características das três grandes religiões monoteístas a fim de

estimular o respeito ao diferente.

TEMPO NECESSÁRIO: 8 aulas

ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

Esta unidade discorrerá sobre as três grandes religiões monoteístas mediante a

elaboração de um texto com atividades diversas e imagens. A fim de fazer o educando

pensar e refletir, as atividades serão diversificadas com perguntas e tarefas lúdicas

(cruzadinhas, relacionar colunas), e trabalhos em grupos. É necessário que o professor

faça a leitura com os alunos antes de realizar as atividades, e após realizar a leitura

pedir para que as atividades sejam desenvolvidas, proporcionando aos alunos a

construção de novos significados e novos conhecimentos. Assim sendo, visando

permitir que o educando mantenha contato com elementos referentes ao

cristianismo, ao islamismo e ao judaísmo, serão abordados os seguintes conteúdos

pela ordem:

1- Os símbolos religiosos;

2- Os fundadores das crenças;

3- Os livros sagrados;

4- Os locais de culto. Nesta parte as atividades serão intercaladas com os

textos.

1. Os símbolos religiosos

ISLAMISMO: trata-se uma religião importante que começou no Oriente Médio. Originou-se aproximadamente seiscentos anos depois do nascimento de Jesus. Para os habitantes do deserto, que em geral viajam à noite por ser mais fresco, as estrelas servem de guia, enquanto a Lua ilumina o caminho. O Islamismo guia e ilumina seus seguidores na viagem da vida.

CRISTIANISMO: Há mais de 2 mil anos nasceu um judeu chamado Jesus. Ele fez muitas coisas maravilhosas. A Cruz é um objeto que relembra a maneira como Jesus Cristo foi morto, e também ilustra a crença de que ele sofreu e morreu por todos e ressuscitou para uma nova vida.

JUDAÍSMO: O Judaísmo é uma religião muito antiga, seguida pelo povo judeu. A Estrela de Davi, considerado o maior rei da história do povo judeu, é o símbolo mais usado.

FONTE: SELT, David. Religiões do mundo. Trad. Barbara Theoto Lambert. São Paulo: Paulinas, 2009.

ATIVIDADE: Pedir para que os alunos representam em uma cartolina os diferentes

símbolos religiosos, especificando-os. É interessante o professor questionar os alunos

se há alguns desses símbolos em sua casa ou outros, solicitando para que os

apresentem na aula seguinte. O professor pode explorar essa temática e aprofundá-la,

comentando sobre a existência de outros objetos simbólicos: o sol pode ser símbolo

do poder da vida para algumas tradições nativas, a pomba branca é o símbolo da paz,

as flores utilizadas em diversas cerimônias e mesmo as velas, que podem simbolizar a

ideia de proteção.

2. Os fundadores das crenças

PROFETA MAOMÉ: Para os muçulmanos (os seguidores do Islamismo), o mestre mais importante é o Profeta Maomé. Ele trabalhou como negociante na cidade de Meca. Quando queria sentir-se perto de Deus dirigia-se a uma colina situada ao norte, chamado de Monte Hira, e em especial a uma caverna no alto da montanha. Certa noite quando estava na caverna ouviu uma voz. À sua frente estava um anjo que lhe transmitiu a mensagem de Deus. Depois disso o Anjo apareceu várias vezes a Maomé, levando mensagens que ele deveria repetir a quem estivesse disposto a ajudar. Maomé ensinou que há um só Deus.

FONTE:www.espiritualismo.info/mohammad.html

JESUS CRISTO: Jesus era Judeu e nasceu há mais de dois mil anos na Palestina – atualmente Israel. Cresceu em uma cidade chamada Nazaré, onde trabalhou como carpinteiro. Aos trinta anos, reuniu um pequeno grupo de seguidores – seus discípulos – que o acompanhou de cidade em cidade. Onde quer que ele fosse atraía multidões, porque curava as pessoas com um toque. Ele também falava sobre Deus e do seu amor por todos. Para fazer isso quase sempre usava histórias a respeito de coisas cotidianas. Para os cristãos, o acontecimento mais importante da vida de Jesus é a ressurreição.

FONTE: WWW.espiritualismo.info/cristo.html

ABRAÃO E MOISÉS: O povo Judeu considera um homem chamado Abraão o “avô” de sua nação. Há muito tempo, cerca de quatro mil anos atrás, Abraão acreditou que Deus prometeu lhe dar muitos descendentes. Estes formaram o povo de Israel, mais tarde conhecidos como Judeus. Outra pessoa importante na história do povo Judeu é Moisés. Ele foi um grande líder que ajudou os descendentes de Abraão a fugir da escravidão no Egito e viajar para uma terra onde poderiam viver em liberdade, obedecendo às Leis de Deus.

FONTE: WWW.espiritualismo.info/personagens_biblícos.html

Fonte dos textos: SELT, David. Religiões do mundo. Trad. Barbara Theoto Lambert. São

Paulo: Paulinas, 2009.

ATIVIDADE:

Com base no que você leu, relacione as colunas:

( a ) Abraão ( b ) Jesus ( c ) Maomé ( d ) Moisés

( ) Acreditou que Deus prometeu lhe dar muitos descendentes, estes foram o povo de Israel. ( ) Trabalhou como negociante na cidade de Meca. ( ) O povo Judeu o considera o “avô” da sua nação. ( ) Era Judeu e nasceu há mais de dois mil anos na Palestina. ( ) Usava histórias a respeito das coisas cotidianas, para falar de seu amor por todos. ( ) Dirigia-se a uma colina para meditar, e foi lá que recebeu a mensagem de Deus. ( ) Ele foi um grande líder e ajudou o povo de Israel a fugir da escravidão do Egito. ( ) Onde quer que ele fosse, atraía multidões, porque curava as pessoas com um toque e realizava muitos milagres.

3. Os livros sagrados

ALCORÃO: Maomé, o profeta do Islamismo, não sabia ler nem escrever. Tudo o que o anjo disse a ele no Monte Hira foi ditado a amigos que fizeram os registros por escrito. Esse livro se chama Alcorão ou Corão, e muitos jovens muçulmanos decoram grande parte dele.

FONTE: profabioluis.blogspot.com.br/2012/05/livros-sagrados-das-religioes-html

BÍBLIA: A Bíblia é o livro sagrado do Cristianismo e tem duas partes: Antigo testamento e Novo Testamento. A palavra Testamento significa “promessa”. Os cristãos acreditam que o Novo Testamento relata a nova aliança de Deus: quem segue Jesus faz parte do povo de Deus.

FONTE: profabioluis.blogspot.com.br/2012/05/livros-sagrados-das-religioes-html

BÍBLIA JUDAICA: Entre os livros sagrados judaicos está uma coletânea de 39 livros que são chamados Tenakh ou Bíblia judaica. Dividem-se em três grupos: aTorá,traz a história primitiva do povo judeu até a época do líder Moisés;os Livros dos Profetas, que narram a história mais tardia do povo Judeu e os chamados Escritos, que incluem uma variedade de outros livros.

FONTE:http://judeu-autonomo.blogspot.com.br/2011/02/biblia-judaica-completa-david-stern.html

FONTE DOS TEXTOS: SELT, David. Religiões do mundo. Trad. Barbara Theoto Lambert.

São Paulo: Paulinas, 2009.

ATIVIDADE:

1) De que maneira os povos monoteístas registram os ensinamentos de sua religião?

2) Explique como é a estrutura do Livro Sagrado da Igreja ou religião da qual você

participa ou conhece.

3) Pesquise algumas frases ou ensinamentos das três religiões citadas e registre-as em

seu caderno. Em seguida com a orientação do professor, organize um mural, com as

frases que pesquisou. Podem realizar em grupos montando assim um painel por grupo.

Este poderá ser exposto na escola.

4. Os locais de culto

MESQUITA: Os muçulmanos reúnem-se para prestar culto a Deus em uma mesquita. Muitas mesquitas tem uma torre alta chamada minarete. Cinco vezes por dia, um homem chama os muçulmanos para rezar a Deus. Em toda mesquita, há um local onde os muçulmanos lavam-se antes de rezar. Quando o fazem,onde quer que estejam no mundo, voltam-se para a cidade de Meca.

FONTE:http://www.ensinoreligioso.seed.pr.gov.br/

IGREJA: Os templos usados pelos cristãos ao se reunirem para prestar culto a Deus chamam-se igrejas. As igrejas podem ser simples (capelas) ou grandes (catedrais). Hoje ao redor do mundo, muitos cristãos se reúnem em locais variados para prestar culto a Deus.

FONTE: http://www.ensinoreligioso.seed.pr.gov.br/

SINAGOGA: Os judeus têm lugares especiais onde se reúnem e prestam culto a Deus. São as sinagogas. Sua parte mais importante é uma espécie de armário chamado arca, onde são guardados rolos da Torá. No centro da sinagoga há uma plataforma chamada bimab, e é dali que a Torá é lida para a

Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/

ATIVIDADE: O professor pedirá para que os alunos formem grupos e façam uma

pesquisa em seu bairro, afim de verificar quantos templos sagrados existem. Também

solicitará que descrevam e, se possível fotografem tais lugares e, uma vez finalizada a

pesquisa, apresentem os resultados para toda a turma.

CONCLUINDO A UNIDADE

Com base nas informações dos textos lidos e debatidos, complete o quadro a seguir:

ISLAMISMO CRISTIANISMO JUDAISMO

SÍMBOLOS RELIGIOSOS

FUNDADORES DAS CRENÇAS

LIVROS SAGRADOS

LOCAIS DE CULTO

UNIDADE III– Hábitos alimentares nas religiões

OBJETIVOS:

- Estudar as relações entre as práticas religiosas e os hábitos alimentares, buscando

entender como interagem entre si;

- Perceber como uma ação cotidiana e fundamental como a alimentação pode ser

guiada por prescrições tidas por sagradas.

TEMPO NECESSÁRIO:16 aulas

ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS:

Esta unidade discorrerá sobre os preceitos alimentares observados nos

ensinamentos religiosos pertinentes ao Islamismo, ao Judaísmo e ao Cristianismo, bem

como sua influência no cotidiano das pessoas.Na nossa cultura, a religião exerce papel

relevante ao condicionara escolha dos nossos alimentos, principalmente nas datas

religiosas.

Algumas restrições alimentares decorrentes de crenças religiosas são bem

descritas, como a proibição do consumo de alguns tipos de carnes, de alimentos

contendo sangue e a determinação de práticas de jejuns em determinadas épocas do

ano. Sobre a importância da alimentação nas mais diversas crenças religiosas, Carneiro

diz que “as regras alimentares servem como rituais instauradores de disciplinas, de

técnicas de autocontrole que vigiam a mais insidiosa, diuturna e permanente

tentação” (CARNEIRO, 2003, p. 119).

A origem das restrições alimentares nas religiões não são claras ou exatas.

Ainda segundo Carneiro, um dos fatores que explicaria esses tabus religiosos seria de

caráter econômico:

“A alta densidade populacional da península Índica e a baixa fertilidade do solo desértico do Oriente Médio seriam as razões que exigiriam a utilização do solo exclusivamente para a agricultura e motivariam o surgimento de tabus religiosos para impedir pragmaticamente o desvio dos campos agricultáveis para pastos de gado ou das áreas limitadas dos Oásis para a criação de porcos” (CARNEIRO, 2003, p. 114).

Nesta unidade, sugere-se que o professor inicie as atividades a partir da

apresentação de um slide sobre a história da Quaresma para se abordar a influência da

alimentação nos períodos sagrados para os cristãos. Tal slide se encontra disponível

em: www.slideboon.com/presentations/499962/A-Quaresma. A fim de estimular o

debate, o professor pode levantar alguns questionamentos como: o que chamou mais

a atenção no vídeo? Alguém da sua família segue os rituais do vídeo?

Por sua vez, para iniciar o estudo do Islamismo, indica-se um vídeo-

documentário intitulado “Islamismo: muçulmanos celebram o mês sagrado do

Ramadã”. É um vídeo curto, porém relevante enquanto recurso introdutório ao tema

da alimentação entre os islâmicos. O professor poderá levantar alguns

questionamentos após a exibição do vídeo: O que chamou mais a atenção do vídeo?

Conhece algum muçulmano? O que mais você sabe sobre o Islamismo?

Finalmente,para abordar a temática no judaísmo sugere-se também um vídeo-

documentário com o título “Judeus: inimigos do porco”. Os questionamentos

subsequentes podem ser similares aos anteriores: O que mais chamou a atenção no

vídeo? Conhece alguém se não consome a carne suína? Você se preocupa com sua

alimentação? Tanto o vídeo do islamismo como do judaísmo estão disponíveis no site

dia-a-dia educação do governo do Paraná: HTTP://wwwensinoreligioso.seed.pr.gov.br.

A proposta nesta unidade é a de que, à medida que o tema seja trabalhado, os

alunos pesquisem sobre as restrições e os hábitos alimentares para produzirem um

caderno de receitas. Este será então desenvolvido pelos alunos no decorrer do estudo

do tema. Em anexo, segue o modelo do caderno que os alunos poderão fazer.

Portanto, a ideia é que os alunos, ao tomar contato com os vídeos e os textos, façam

as pesquisas e se dêem conta de que a influência alimentar de outras religiões se faz

presente em nossa sociedade, percebendo inclusive que há uma grande preocupação

com uma alimentação saudável, algo que verificaremos durante a elaboração do

referido caderno de receitas.

É importante ter sempre a preocupação de garantir a reflexão sobre as

diferenças, levando o aluno a respeitar as outras manifestações religiosas. O caderno

conterá três receitas de cada uma das religiões trabalhadas, bem como uma

introdução e uma conclusão. Esta conclusão se dará após a degustação de alguns

pratos feitos na cozinha da escola, a partir da ação conjunta entre a docente

responsável pela turma e os alunos. Essa parte da conclusão da implementação é de

suma importância, pois a ideia é a de que os pais venham até a escola a fim de

participar de uma noite quando serão expostos a eles os resultados alcançados, assim

como ocorrerá a degustação assinalada anteriormente.

Vale salientar, portanto, que as regras alimentares estão contidas em muitas

religiões, que tem como objetivo preservar a saúde do ser humano, a vida dos animais,

e principalmente manter o equilíbrio entre o corpo e a alma. Por isso a dieta é indicada

em muitas religiões. Não se pretende aqui remeter à história da alimentação, apenas

abordar as restrições alimentares observadas nas religiões e como estas podem

influenciar os hábitos alimentares. Levando isso em conta, durante a

implementação,uma nutricionista será convidada para fazer uma palestra, a fim de

que sirva como um guia para a confecção do caderno de receitas, do ponto de vista de

uma alimentação saudável.

Uma grande parte das práticas religiosas está ligada ao ato de comer. Segundo

Carneiro “o que se come é tão importante quanto quando se come,onde se come,

como se come e com quem se come”. (CARNEIRO, 2003, p.2). A Quaresma no

Cristianismo, o Ramadã no Islamismo, a proibição de comer carne de porco no

Judaísmo, são alguns dos exemplos dessas práticas.

Isto ilustra a noção de que, ao longo da história,as religiões condicionam os

modos de agir e de pensar das pessoas. De acordo com Rondinelli, “no que se refere

ao campo das religiões, a alimentação tem um papel fundamental no cotidiano de seus

adeptos: permissões, proibições e jejuns são regulações religiosas simbólicas

constantemente exercidas”(RONDINELLI, 2006, p. 1).

Além disso, conforme Carneiro, a história dos alimentos remete às origens reais

e simbólicas de todas as civilizações humanas (CARNEIRO, 2003, p. 112-113).As

pessoas, no seu comportamento diário, são conduzidas pela sua fé. A maioria das

proibições e permissões de consumo de alimentos seguidos por muitos fiéis de muitas

religiões estão descritos nos seus livros sagrados, quais sejam, a Bíblia no Cristianismo,

o Alcorão no Islamismo e a Torá no Judaísmo.

1. CRISTIANISMO E HÁBITOS ALIMENTARES

No Cristianismo, ao contrário do Judaísmo e Islamismo, não há alimentos

expressamente proibidos. Mas pode-se perceber a influência das regras religiosas em

datas comemorativas como a Páscoa, o Corpus Christi, o Natal, o dia de Reis e etc.

Nestas datas ocorre especialmente o consumo de peixe, vinho e pão, que possui uma

representatividade simbólica dentro da liturgia cristã (NÉRY, 2012, p. 7). A Sexta-feira

Santa se tornou símbolo da morte de Jesus Cristo, e abster-se de carne vermelha nesse

dia sempre esteve ligado à morte e ressurreição de Jesus Cristo, como forma de

fortalecer a fé. De acordo com o Padre Antônio Cruz, o “ato de comer carne nos dias

santos não é considerado pecado”, mas“a Igreja Católica aconselha a abstinência de

carne vermelha como gesto de conversão”. No que se refere ao vinho e o

pão,“simbolizam toda a vida do ser humano e do cosmo. O pão conota subsistência,

força para o caminho, repartição; o vinho faz a festa, traz alegria”. Para tanto,

consultar:

http://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/2013/03/catolicos-mantem-tradicao-de-nao-

comer-carne-na-sexta-feira-santa.html

A Quaresma é o período mais longo em que os fiéis praticam o jejum e até a

abstinência de carne. A Quaresma existe por causa da Páscoa e é o período de cerca de

40 dias, que se destina a preparar o cristão para a celebração da Páscoa. Começa na

Quarta-feira de Cinzas e se prolonga até a missa de Quinta-feira. É principalmente

nesse intervalo de tempo que o jejum é mais praticado, sendo um momento de

arrependimento, “de se desligar dos confortos desse mundo, mesmo por curto

período de tempo; uma pessoa em jejum adquire simpatia verdadeira por aqueles que

tem fome e cresce na vida espiritual” (HIBRAHIN 2008 apud SANTOS, 2013, p. 58).

Sugestão de atividade: Aqui o professor pode pedir para que os alunos pesquisem

sobre outros alimentos que são proibidos ou permitidos em determinados dias do ano

pela religião cristã. Essa tarefa pode ser realizada em grupos ou individualmente e

deve envolver algo por escrito que seja compartilhado com os colegas.

2. ISLAMISMO E HÁBITOS ALIMENTARES

Como vimos, acultura dos povos de maneira geral está ligada à sua

alimentação. Alimentos que são permitidos em uma religião muitas vezes não o são

em outras. É no Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos, que estão descritos os

preceitos do Islã e suas leis, incluindo as de consumo de alimentos e bebidas. O

Alcorão menciona uma dieta equilibrada para manter o corpo, a alma e o espírito

saudáveis, a fim de auxiliar a realização espiritual (NÉRY, 2012, p. 14).Os muçulmanos

seguem as normas do Corão em relação à alimentação, que dividem os alimentos

entre os proibidos e os permitidos.

Os alimentos permitidos são chamados de halal, produzidos de acordo com as

leis religiosas. Halal são alimentos, cosméticos, remédios e outros elaborados

conforme um método que garanta a segurança alimentar, para assegurar que não

foram utilizados ingredientes proibidos. O procedimento halal garante ainda que o

método de abate, alinha de produção, a embalagem e a estocagem de alimentos

industrializados foram higienizados e sem contatos com alimentos não halal (NÉRY,

2012, p. 14). Em nossa cidade, Marechal Cândido Rondon, o frigorífico de aves da

empresa Copagril obedece ao procedimento halal, pois exporta para países de

população muçulmana. Conforme a notícia divulgada no site de inspeção islâmica em

14/08/2009:

Copagril investe para conquistar mercado halal europeu

A Copagril – Cooperativa Agroindustrial de Marechal Cândido Rondon, PR, dá um passo importante na abertura de novos e promissores mercados. De olho nos cerca de dois bilhões de pessoas em todo o mundo que consomem produtos halal, permitidos para a alimentação de muçulmanos, a cooperativa paranaense está investindo em uma linha de produtos especiais, como cortes, filés de peito, coxas e sobre coxas de frango, produzidos e certificados de acordo com as leis islâmicas. O alvo são os clientes europeus, africanos e árabes que já compram outros produtos da Copagril e solicitam a complementação do mix com produtos halal.“Os produtos com certificação halal são muitas vezes para os muçulmanos a única possibilidade de seguir uma dieta de acordo com a regulamentação islâmica e os seus requisitos de pureza” afirmou Chaiboun Darwiche – SIIL Serviço de Inspeção Islâmica.

Disponível: http://www.islamichalal.com.br/noticias.php?idnoticia=4

Já os alimentos haram são os considerados proibidos e que não devem ser

consumidos, como a carne suína e seus derivados, o sangue e seus derivados, animais

carnívoros, animais que não foram abatidos de acordo com as normas islâmicas, álcool

e outros substâncias intoxicantes.

O jejum está presente também no Islamismo, principalmente nas festas do

Ramadã que comemoram as revelações do Alcorão ao profeta Maomé. O Ramadã é o

nono mês do calendário islâmico.Tanto no Islã como no Judaísmo o consumo da carne

de porco é expressamente proibido. De acordo com o Islamismo, os suínos são

impuros por viverem na sujeira. Além disso, os muçulmanos acreditam que a gordura

do porco é tida por prejudicial à saúde. Alimentos feitos a partir do sangue também

são proibidos, bem como o consumo de bebidas alcoólicas como vinho ou cerveja. O

uso de drogas ou outros produtos tóxicos são considerados ilícitos, portanto,

proibidos. A preocupação com a higiene na preparação dos alimentos tem grande

importância entre os muçulmanos. Disponível em:

HTTP://ptislam.webnobe.com/news/halal-ou-haram-parte-1/

Portanto, para os muçulmanos os cuidados com alimentação, incluindo a

higiene, são fundamentais para se prevenir doenças e ter uma vida saudável. Tais

preocupações são igualmente importantes, ou seja, devemos ter a preocupação com a

saúde, ingerindo alimentos saudáveis; não ingerindo bebidas alcoólicas; drogas, a fim

de termos uma vidas saudável e livre de doenças.

Sugestão de atividade: Aqui o professor pode pedir para que os alunos pesquisem,

sobre outros alimentos que são proibidos pela religião islâmica. Essa tarefa pode ser

realizada em grupos ou individualmente e deve envolver algo por escrito que seja

compartilhado com os colegas.

3. JUDAÍSMO E HÁBITOS ALIMENTARES

As leis alimentares do Judaísmo são semelhantes ao do Islamismo, pois ambas

têm normas alimentares bem definidas em seus livros sagrados. No caso do Judaísmo,

estas normas estão descritas na Torá.

No Judaísmo, existe um código alimentar chamado Lei de Kosher que determina

que certos alimentos devem ser preparados dentro das regras estabelecidas no livro

sagrado (Torá). As regras estabelecem alimentos que são proibidos e os que são

permitidos. Entre os alimentos proibidos o mais conhecido entre nós é a carne suína

(porco). De acordo com Ende (2006,p. 12), os animais Kasher (isto é, os permitidos) são

aqueles que tem o casco fendido (casco que o separa do chão) e ruminam (remoem os

alimentos que voltam do estômago).

Vacas, carneiros e cabras são kasher. As aves kasher são identificadas por uma tradição transmitida de geração a geração e é universalmente aceita. A Torá especifica as aves que são proibidas, incluindo todas as aves de rapina ou que se alimentam de carniça. Está permitido o consumo de aves domesticas como pombas, frangos, patos, gansos e perus. O animal ou ave deve ser abatido de acordo com as normas alimentares da Torá, e por um perito nas normas kasher” (ENDE, 2006, p. 14).

Portanto, “são as Leis Dietéticas e a proibição da crueldade contra os animais

que impedem os judeus de comê-las sem uma reflexão prévia” (ENDE, 2006, p.12). A

alimentação kasher, por ser elaborada dentro das normas de higiene, contribui para

uma vivência saudável, sendo esta uma das preocupações dos judeus,visto que a dieta

é a junção do corpo e da alma, explica Carolina Fantinado em texto disponível em:

http://coaching-nutrition.blogspot.com.br/2011/06/influencia-da-religiao-na-

alimentacao.html

Como já mencionado, entre os alimentos proibidos de serem consumidos está a

carne do porco,considerada impura pelos judeus e também pelos muçulmanos.Outra

norma dessa religião é que os produtos de carne não podem ser ingeridos juntos com

os de leite. “Se alguém comer carne ou um alimento que foi cozido ou misturado ou

misturado com a carne, deve esperar seis horas para ingerir leite ou seus derivados”

(ENDE, 2006, p. 25). Igualmente, a Torá proíbe ingerir o sangue de animais e aves.

Sugestão de atividade: Aqui o professor pode pedir para que os alunos pesquisem,

sobre outros alimentos que são proibidos e/ou permitidos pela religião judaica. Essa

tarefa pode ser realizada em grupos ou individualmente e deve envolver algo por

escrito que seja compartilhado com os colegas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Obras de referência:

BRASIL. 1996. Lei Federal nº9394/96, estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: Diário Oficial da União, 1996, seção I.

BRASIL. Secretaria Nacional dos Direitos Humanos. Diversidade religiosa e direitos humanos. Brasília: Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, 2004.

CARNEIRO, Henrique. Comida e Sociedade: uma história da alimentação. Rio de Janeiro: Campus, 2003.

ENDE, Shamai. Cashrut e Shabat na cozinha judaica: leis e costumes. 3. ed. São Paulo: Chabad, 2006.

NÉRY, Carlos Henrique Cardona. A gastronomia religiosa como produto turístico. In: Seminário de Pesquisa em Turismo do Mercosul, 7., 2012, Caxias do Sul. Anais... Caxias do Sul, 2012, p. 1-19.

OLENIKI, Marilac L. R.; DALDEGAN, Viviane M. Encantar: uma prática pedagógica no ensino religioso. Petrópolis: Vozes, 2003.

RONDINELLI, Paula. Alimentação e Religião: um estudo antropológico no movimento alternativo. Revista Nures, São Paulo, n. 3, p. 1-8, 2006.

SANTOS, Clenise M. R. C. dos. A alimentação como processo de integração da comunidade árabe em Foz do Iguaçu. 123f.Dissertação (Mestrado em Sociedade Cultura e Fronteiras), Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Foz do Iguaçu, 2013.

SELT, David. Religiões do mundo. Trad. Barbara Theoto Lambert. São Paulo: Edições Paulinas, 2009.

Sites consultados:

ASSESSORIA DE IMPRENSA SIL: Serviço de Inspeção Islâmica. Disponível em: http://www.islamichalal.com.br/noticias.php?idnoticia=4. Acesso em: 04/11/2014.

BRASIL. Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Diversidade Religiosa e Direitos Humanos no Brasil (vídeo). Duração: 11:58 minutos. Disponível em: http://youtu.be/QeTkdpcO2TY. Acesso em: 15/10/2014.

FANTINADO, Carolina. Influência da religião na alimentação. Disponível em: http://coaching-nutrition.blogspot.com.br/2011/06/influencia-da-religiao-na-alimentacao.html. Acesso em: 05/11/2014.

FERREIRA, Janser W. Mapas de Religiões – mundo. Disponível em: profwladimir.blogspot.com.br/2012/02/mapa-islamismo-no-mundo.html. Acesso em: 10/10/2014.

FIGUEIREDO, Beraldo. Biografia do Profeta Maomé. Disponível em: www.espiritualismo.info/mohammad.html. Acesso em: 31/10/2014

IDEM. Jejum nas religiões. Disponível em: http://www.espiritualismo.info/jejum.html. Acesso em: 05/11/2014.

GRUPO DE ACÓLITOS DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA BOA VISTA. Disponível em: HTTP: //www.slideboon.com/presentations/499962/A-Quaresma. Acesso em: 21/11/2014.

Judeu autônomo. Disponível em:http://judeu-autonomo.blogspot.com.br/2011/02/biblia-judaica-completa-david-stern.html. Acesso em: 05/10/2014

Livros sagrados das religiões. Disponível em: profabioluis.blogspot.com.br/2012/05/livros-sagrados-das-religioes-html. Acesso em: 20/10/2014

OLIVEIRA, Vanessa. A alimentação e a cultura Islâmica. Disponível em: HTTP://docesecrafts.blogspotcom.br/. Acesso em: 25/10/2014

Sinagoga cristã do Brasil. Disponível em: http://sinagogabrasil.blogspot.com.br/p/sinagoga.html. Acesso em: 05/11/2014

TEIXEIRA, Ellyo. Católicos mantém tradição de não comer carne na Sexta-Feira Santa.Disponível em: http://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/2013/03/catolicos-mantem-tradicao-de-nao-comer-carne-na-sexta-feira-santa.html. Acesso em: 18/11/2014.

Textos sobre Ensino Religioso. Disponível em: http://www.ensinoreligioso.seed.pr.gov.br/. Acesso em: 02/10/2014

ANEXO I – MODELO DO CADERNO DE RECEITAS

COLÉGIO ESTADUAL PAULO FREIRE

CADERNO DE RECEITAS

Marechal Cândido Rondon – PR

SUMÁRIO - Introdução - Receita 1 – Islamismo - Receita 2 – Islamismo - Receita 3 – Islamismo - Receita 4 – Judaísmo - Receita 5 – Judaísmo - Receita 6 - Judaísmo - Receita 7 – Cristianismo - Receita 8 – Cristianismo - Receita 9 – Cristianismo - Conclusão - Bibliografia

RECEITA 1 – ISLAMISMO

Esfiha aberta de carne

Ingredientes : 15 gramas de fermento biológico fresco 1 1/2 colheres (sopa) de açúcar 1 pitada de sal 1/2 xícara (chá) de água 2 xícaras (chá) de farinha de trigo 1/4 xícara (chá) de óleo Recheio : 200 gramas de carne moída 1 cebola picada

1 tomate picado 1 colher (chá) de salsa picada sal pimenta síria Preparo : 1 - Dissolver o fermento com açúcar e sal na água; 2 - Numa tigela grande colocar o trigo em forma de vulcão e colocar o fermento e o óleo no meio e misturar com uma colher de pau. Amassar até grudar na mão; 3 - Se necessário acrescentar mais água. Sovar por 5 minutos; 4 - Cobrir com um plástico, colocar um pano em cima e deixar crescer por 30 minutos, ou até dobrar de volume; 5 - Misturar os ingredientes do recheio com cuidado para não desmanchar o tomate, reservar; 6 - Polvilhar uma superfície lisa com trigo e colocar discos finos de massa de 6 cm de diâmetro; 7 - Acrescentar 1 colher (sopa) de recheio; 8 - Colocar em uma assadeira levemente polvilhada com trigo deixando 1 cm entre cada esfiha; 9 - Assar por 10 minutos ou até dourar ligeiramente.

FONTE:http://www.cozinhabrasileira.com/comidas_arabes/esfiha_aberta_de_carne.html

RECEITA 2 – ISLAMISMO

RECEITA 3 – ISLAMISMO

RECEITA 4 – JUDAÍSMO

KLOPS (BOLO DE CARNE) Ingredientes: 1 quilo de carne magra (moída), 2 ovos (crus), 2 ovos (cozidos duros), 1 ½ pão francês (dormido), 1 cebola (grande e ralada), 4 dentes de alho (espremidos), 2 colheres de sopa de óleo, sal e pimenta a gosto. Modo de fazer: Molhe o pão na água, esprema bem e misture à carne. Adicione os ovos crus, a cebola, o alho, o sal e a pimenta. Misture bem. Modele um bolo oval e recheie com os 2 ovos duros. Pincele o klops com o restante do óleo e leve para assar em forno

quente, em uma forma untada.

RECEITA 5 – JUDAÍSMO

RECEITA 6 – JUDAÍSMO

RECEITA 7 – CRISTIANISMO

Peixe da Semana Santa ao Forno Ingredientes:

1 kg de filé de merluza ou outro peixe Suco de 1 limão Sal a gosto Pimenta - do - reino a gosto 1 lata de creme de leite 1 lata de molho de tomate refogado 1 copo de requeijão 1 caldo de galinha ou 1 pacotinho (melhor para misturar)

MODO DE PREPARO 1- Tempere os filés com limão, sal e pimenta 2- Coloque-os em uma forma refratária e reserve 3- Em uma tigela, coloque o molho de tomate, o creme de leite, o requeijão e o caldo de galinha 4- Misture bem e coloque sobre os filés 5- Cubra a forma com papel alumínio e leve ao forno pré-aquecido(200°) por cerca de 50 minutos 6- Retire o papel alumínio e deixe dourar por mais 15 minutos. FONTE:http://www.tudogostoso.com.br/receita/35694-peixe-de-semana-santa-ao-forno.html

RECEITA 8 – CRISTIANISMO

RECEITA 9 – CRISTIANISMO

CONCLUSÃO

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Resolução da atividade sobre “Os fundadores das crenças”:

1) A – 2) C – 3) A – 4) B – 5) B – 6) C – 7) D – 8) B

ANEXO II: Caderno de atividades para os alunos

COLÉGIO ESTADUAL PAULO FREIRE

CADERNO DE ATIVIDADES PARA O ENSINO RELIGIOSO

SÉRIE: 6° ANO

MARECHAL CÂNDIDO RONDON

Marechal Cândido Rondon

Este caderno de atividades, destinado aos alunos, faz parte da Produção Didático-Pedagógica do PDE da professora Maria Aparecida Valer, turma 2014. As orientações estão no caderno pedagógico disponível para o professor.

UNIDADE I–Diversidade religiosa

ATIVIDADE 1 Roteiro para a atividade oral: 1) O que vocês entendem por religião? 2) É importante seguir uma religião? Por quê? 3) O que vocês entendem por diversidade religiosa? 4) Por que existe tantas manifestações religiosas diferentes? 5) Qual é o sentido da religião em sua vida?

ATIVIDADE 2 1) O que chamou atenção no vídeo? 2) O que vocês entenderam por Direitos Humanos? 3) Como o vídeo mostra a origem da Diversidade Religiosa no Brasil? 4) Em relação a opção religiosa os Direitos Humanos são respeitados?

ATIVIDADE 3 A) Qual é o tema do mapa? B) Qual religião predomina na América do Sul? C) O Islamismo se concentra mais em qual continente? D) Consegue apontar onde se concentra o maior número de praticantes do judaísmo?

profwladimir.blogspot.com.br/2012/02/mapa-islamismo-no-mundo.html

TEXTO SOBRE DIVERSIDADE RELIGIOSA

“Diferentes religiões ensinam que o homem foi criado à imagem e semelhança

do Criador. Algumas tradições afirmam que o Criador fez esse primeiro homem com

punhados de terra de todas as cores, a fim de nos ensinar que todas as raças são na

verdade uma só, e todos os seres humanos são iguais em valor, independentemente

da cor de sua pele. ‘Sou negro, branco, amarelo, vermelho, mestiço...’,dizia Gandhi

(1869-1948), o grande líder indiano que pregava a paz e igualdade entre os seres

humanos e se valeu da não-violência pela independência da Índia” (BRASIL. Secretaria

Especial dos Direitos Humanos, 2004, p. 24).

Vivemos numa sociedade de muitas culturas, onde a convivência com o

diferente faz parte do nosso cotidiano, que é observado por meio das diferenças

étnicas, religiosas ou culturais. No Brasil esse pluralismo é marcante, devido ao fato

de nosso país ter recebido muitas influências culturais. Respeitar essas diferenças é

fundamental para uma sociedade mais justa e fraterna.

A Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou, em 1981, a Declaração

sobre a eliminação de todas as formas de intolerância e discriminação fundadas em

religião ou crença. O primeiro artigo da Declaração da ONU diz que:

Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião. Este direito inclui a liberdade de ter uma religião, ou qualquer crença de sua escolha, assim como a liberdade de manifestar sua crença ou religião individual ou coletivamente.

No Brasil, artigo da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional determina

que a educação religiosa nas escolas públicas assegure “o respeito à diversidade

cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo”. Ou seja, é

obrigatório respeitar a liberdade religiosa do aluno; é proibido tentar convertê-lo para

esta ou aquela religião (BRASIL. Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2004, p.

19).

ATIVIDADE 4 1) Como você definiria Diversidade? 2) Qual é o dever de todo o cidadão em relação às diferenças religiosas? 3) Escreva uma frase com a palavra PAZ. 4) O que a ONU proclamou em 1981? Qual a importância dessa Declaração?

ATIVIDADE 5

Faça um desenho ilustrando o que aprendeu nesta unidade. Dê um título para o seu

desenho. (Na sequência da atividade, o professor solicitará que os alunos elaborem um

painel juntamente com o mapa utilizado anteriormente, para ser exposto no colégio).

UNIDADE II – Conhecendo as religiões

1. Os símbolos religiosos

ISLAMISMO: trata-se uma religião importante que começou no Oriente Médio. Originou-se aproximadamente seiscentos anos depois do nascimento de Jesus. Para os habitantes do deserto, que em geral viajam à noite por ser mais fresco, as estrelas servem de guia, enquanto a Lua ilumina o caminho. O Islamismo guia e ilumina seus seguidores na viagem da vida.

CRISTIANISMO: Há mais de 2 mil anos nasceu um judeu chamado Jesus. Ele fez muitas coisas maravilhosas. A Cruz é um objeto que relembra a maneira como Jesus Cristo foi morto, e também ilustra a crença de que ele sofreu e morreu por todos e ressuscitou para uma nova vida.

JUDAÍSMO: O Judaísmo é uma religião muito antiga, seguida pelo povo judeu. A Estrela de Davi, considerado o maior rei da história do povo judeu, é o símbolo mais usado.

FONTE:SELT, David. Religiões do mundo. Trad. Barbara Theoto Lambert. São Paulo:

Paulinas, 2009.

Atividade: ver caderno pedagógico - orientações metodológicas.

2. Os fundadores das crenças

PROFETA MAOMÉ: Para os muçulmanos (os seguidores do Islamismo), o mestre mais importante é o Profeta Maomé. Ele trabalhou como negociante na cidade de Meca. Quando queria sentir-se perto de Deus dirigia-se a uma colina situada ao norte, chamado de Monte Hira, e em especial a uma caverna no alto da montanha. Certa noite quando estava na caverna ouviu uma voz. À sua frente estava um anjo que lhe transmitiu a mensagem de Deus. Depois disso o Anjo apareceu várias vezes a Maomé, levando mensagens que ele deveria repetir a quem estivesse disposto a ajudar. Maomé ensinou que há um só Deus.

JESUS CRISTO: Jesus era Judeu e nasceu há mais de dois mil anos na Palestina – atualmente Israel. Cresceu em uma cidade chamada Nazaré, onde trabalhou como carpinteiro. Aos trinta anos, reuniu um pequeno grupo de seguidores – seus discípulos – que o acompanhou de cidade em cidade. Onde quer que ele fosse atraía multidões, porque curava as pessoas com um toque. Ele também falava sobre Deus e do seu amor por todos. Para fazer isso quase sempre usava histórias a respeito de coisas cotidianas. Para os cristãos, o acontecimento mais importante da vida de Jesus é a ressurreição.

ABRAÃO E MOISÉS: O povo Judeu considera um homem chamado Abraão o “avô” de sua nação. Há muito tempo, cerca de quatro mil anos atrás, Abraão acreditou que Deus prometeu lhe dar muitos descendentes. Estes formaram o povo de Israel, mais tarde conhecidos como Judeus. Outra pessoa importante na história do povo Judeu é Moisés. Ele foi um grande líder que ajudou os descendentes de Abraão a fugir da escravidão no Egito e viajar para uma terra onde poderiam viver em liberdade, obedecendo às Leis de Deus.

ATIVIDADE:

Com base no que você leu, relacione as colunas:

( a ) Abraão ( b ) Jesus ( c ) Maomé ( d ) Moisés

( ) Acreditou que Deus prometeu lhe dar muitos descendentes, estes foram o povo de Israel. ( ) Trabalhou como negociante na cidade de Meca. ( ) O povo Judeu o considera o “avô” da sua nação. ( ) Era Judeu e nasceu há mais de dois mil anos na Palestina. ( ) Usava histórias a respeito das coisas cotidianas, para falar de seu amor por todos. ( ) Dirigia – se a uma colina para meditar, e foi lá que recebeu a mensagem de Deus. ( ) Ele foi um grande líder e ajudou o povo de Israel a fugir da escravidão do Egito. ( ) Onde quer que ele fosse, atraía multidões, porque curava as pessoas com um toque e realizava muitos milagres.

3. Os livros sagrados

ALCORÃO: Maomé, o profeta do Islamismo, não sabia ler nem escrever. Tudo o que o anjo disse a ele no Monte Hira foi ditado a amigos que fizeram os registros por escrito. Esse livro se chama Alcorão ou Corão, e muitos jovens muçulmanos decoram grande parte dele.

BÍBLIA: A Bíblia é o livro sagrado do Cristianismo e tem duas partes: Antigo testamento e Novo Testamento. A palavra Testamento significa “promessa”. Os cristãos acreditam que o Novo Testamento relata a nova aliança de Deus: quem segue Jesus faz parte do povo de Deus.

BÍBLIA JUDAICA: Entre os livros sagrados judaicos está uma coletânea de 39 livros que são chamados Tenakh ou Bíblia judaica. Dividem-se em três grupos: aTorá, traz a história primitiva do povo judeu até a época do líder Moisés; os Livros dos Profetas, que narram a história mais tardia do povo Judeu e os chamados Escritos, que incluem uma variedade de outros livros.

ATIVIDADE:

1) De que maneira os povos monoteístas registram os ensinamentos de sua religião?

2) Explique como é a estrutura do Livro Sagrado da Igreja ou religião da qual você

participa ou conhece.

3) Pesquise algumas frases ou ensinamentos das três religiões citadas e registre-as em

seu caderno.

4. Os locais de culto

MESQUITA: Os muçulmanos reúnem-se para prestar culto a Deus em uma mesquita. Muitas mesquitas tem uma torre alta chamada minarete. Cinco vezes por dia, um homem chama os muçulmanos para rezar a Deus. Em toda mesquita, há um local onde os muçulmanos lavam-se antes de rezar. Quando o fazem, onde quer que estejam no mundo, voltam-se para a cidade de Meca.

IGREJA: Os templos usados pelos cristãos ao se reunirem para prestar culto a Deus chamam-se igrejas. As igrejas podem ser simples (capela) ou grandes (catedrais). Hoje ao redor do mundo, muitos cristãos se reúnem em locais variados para prestar culto a Deus.

SINAGOGA: Os judeus têm lugares especiais onde se reúnem e prestam culto a Deus. São as sinagogas. Sua parte mais importante é uma espécie de armário chamado arca, onde são guardados rolos do Torá. No centro da sinagoga há uma plataforma chamada bimab, e é dali que o Torá é lido para a congregação.

ATIVIDADE: O professor pedirá para que os alunos formem grupos e façam uma

pesquisa em seu bairro, a fim de verificar quantos templos sagrados existem. Também

solicitará que descrevam e, se possível fotografem tais lugares e, uma vez finalizada a

pesquisa, apresentem os resultados para toda a turma.

CONCLUINDO A UNIDADE

Com base nas informações dos textos lidos e debatidos, complete o quadro a seguir:

ISLAMISMO CRISTIANISMO JUDAISMO

SÍMBOLOS RELIGIOSOS

FUNDADORES DAS CRENÇAS

LIVROS SAGRADOS

LOCAIS DE CULTO