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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

Título: GINÁSTICA LABORAL NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS.

Autor: MARCELO BETTERO LAGES

Disciplina/Área:

Educação Física

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

C.E Profª Regina M.B de Mello EFM

Município da escola: Paranaguá

Núcleo Regional de Educação: Paranaguá

Professor Orientador: Prof. Ms Fábio Múcio Stinghen

Instituição de Ensino Superior: UTFPR

Resumo:

O ensino da educação física na EJA está subjugado a discussões teóricas devido a falta de clareza por parte dos professores sobre os objetivos desta disciplina no currículo da educação de jovens adultos. É dever do professor proporcionar aos alunos conteúdos significativos que possam ser relacionados ao seu cotidiano que na sua grande maioria é formado por jovens e adultos trabalhadores que muitas vezes se abstém da atividade física e das aulas práticas de educação física em virtude do cansaço corporal que a jornada de trabalho. A presente produção didática pedagógica tem como objetos fornecer subsídios para a discussão e reflexão sobre o mundo do trabalho, a ginástica e as práticas corporais, procurando no decorrer da implementação dar subsídios teórico/práticos para os alunos transporem o conhecimento escolar para a sua vida cotidiana.

Palavras-chave: Ginástica laboral, trabalho, EJa, Ler/Dort.

Formato do Material Didático: Texto

Público:

Alunos do Ensino Médio da Educação de Jovens e Adultos.

A GINÁSTICA LABORAL NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

INTRODUÇÃO

O ensino da educação física na EJA está subjugado a discussões

teóricas devido a falta de clareza por parte dos professores sobre os

objetivos desta disciplina no currículo da educação de jovens adultos. É

dever do professor proporcionar aos alunos conteúdos significativos

que possam ser relacionados ao seu cotidiano que na sua grande

maioria é formado por jovens e adultos trabalhadores que muitas vezes

se abstém da atividade física e das aulas práticas de educação física em

virtude do cansaço corporal que a jornada de trabalho por entenderem

ser mais uma sobrecarga sobre estes corpos já cansados. Proporcionar

a você aluno um melhor entendimento sobre o mundo do trabalho, a

ginástica e as práticas corporais e transpor os diversos benefícios da

ginástica laboral presente nas empresas em benefício físico e intelectual

nas atividades escolares é o grande desafio do projeto de intervenção e

este caderno pedagógico será mais uma ferramenta para facilitar o

nosso trabalho que será coletivo e, sobretudo participativo.

O TRABALHO A origem da palavra trabalho vem de “tripalium” nome de um instrumento utilizado para torturar escravos na Roma Antigo. Apesar da analogia, o trabalho não é apenas sofrimento. O trabalho sempre fez parte da vida dos seres humanos. Foi através dele que as civilizações conseguiram se desenvolver e alcançar o nível atual. O trabalho gera conhecimentos, riquezas materiais, satisfação pessoal e desenvolvimento econômico. Por isso ele é e sempre foi muito valorizado em todas as sociedades.

TEMÁTICA 1

“a penalização do corpo do trabalhador se materializa em

condições e relações de trabalho (em práticas sociais), na

instituição-empresa, que (re)produzem o fim da produção

capitalista: processo de produção econômica do Valor e processo

de produção" de uma economia moral” (Rosa, 1990)

Como vamos ver a seguir as más condições de trabalho, interferem

positivamente no acometimento de doenças ocupacionais, como são as

condições de trabalho oferecidas pela empresa em que você trabalha?

TEMÁTICA 2

LER / DORT

Incontáveis caso identificados como LER/DORT em um passado recente

resultaram na polêmica “epidemia de LER/DORT” no nosso país.

LER/DORT não é um diagnóstico, mas apenas uma denominação

genérica. Trata-se de uma sigla cunhada na época sem grande

embasamento científico. A simplicidade do seu significado, atualmente

questionada pela medicina moderna, facilitou seu uso disseminado,

permitindo uma simplificação inadequada da interpretação dos casos.

Na década de 80, trabalhadores submetidos a intensas jornadas de

trabalho, muitas associadas à baixa remuneração, ergonomia

inapropriada e ao estresse, passaram a apresentar vários sintomas

heterogêneos que resultaram em ações trabalhistas.

Na ausência dos conhecimentos médicos atuais, esse grupo de

sintomas foi reunido em uma sigla arbitrária (LER, e depois, DORT)

quando, de fato, representavam muitas doenças, com causas,

mecanismos e tratamentos diferentes. O desconhecimento que marcou

esse período atribuiu, equivocadamente, a causa de todas essas

doenças às repetições de movimentos no contexto do trabalho.

Não havendo uma descrição técnica do que era, realmente, LER/DORT,

os próprios trabalhadores afetados permaneciam sem tratamentos

específicos, corroborando a falsa ideia de incapacidade permanente

para esse grupo de doenças, as quais dispõem de tratamentos.

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A LER/DORT

1. Há novas descobertas que possam mudar a interpretação atual

de LER/DORT?

O chamado modelo biopsicossocial passou a ser mais aceito na

comunidade científica envolvida com esses problemas

musculoesqueléticos e de dor crônica mal esclarecida. Os fatores

mecânicos (repetição, força, posturas) continuavam presentes, mas

tiveram sua importância reduzida frente a outros fatores tão ou mais

importantes (insatisfação no trabalho, depressão, ansiedade ou

problemas pessoais, por exemplo). O modelo biopsicossocial explicava

melhor as características comuns desse grupo de pacientes, inclusive

sua característica litigante frequente. Passou-se a demonstrar que

LER/DORT se referia a várias doenças diferentes, sem relação com o

trabalho, enfatizando-se que deviam ser devidamente identificadas,

individualizadas e tratadas.

2. Qual a importância do diagnóstico correto para os pacientes e

para a sociedade?

Recomenda-se que doenças antes agrupadas em uma única sigla

LER/DORT sejam melhor identificadas, analisadas e tratadas, o que

inclui como exemplos as tendinites, a síndrome do túnel do carpo, as

síndromes miofasciais, a fibromialgia, as dores ao longo de toda a

coluna, bursites e etc...

3. LER é uma doença?

Não, LER não corresponde a uma doença ou enfermidade. LER é a

sigla para “Lesões por Esforços Repetitivos” e representa um grupo de

afecções do sistema musculoesquelético. São diversas afecções que

apresentam manifestações clínicas distintas e que variam em

intensidade.

4. Porque a sigla DORT?

Representa a sigla para “Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao

Trabalho” e foi introduzida para substituir a sigla LER, particularmente

por duas razões: primeiro porque a maioria dos trabalhadores com

sintomas no sistema musculoesquelético não apresenta evidência de

lesão em qual quer estrutura; a outra razão é que além do esforço

repetitivo (sobrecarga dinâmica), outros tipos de sobrecargas no

trabalho podem ser nocivas para o trabalhador como sobrecarga

estática (uso de contração muscular por períodos prolongados para

manutenção de postura); excesso de força empregada para execução

de tarefas; uso de instrumentos que transmitam vibração excessiva;

trabalhos executados com posturas inadequadas.

5. Quais são os distúrbios mais comuns?

Os distúrbios osteomusculares ocupacionais mais frequentes são as

tendinites (particularmente do ombro, cotovelo e punho), as lombalgias

(dores na região lombar) e as mialgias (dores musculares) em diversos

locais do corpo.

6. Como se adquire um distúrbio osteomuscular relacionado ao

trabalho?

Quando um ou mais dos seguintes fatores organizacionais no ambiente

de trabalho não são respeitados:

• Treinamento e condicionamento (técnicas para execução de tarefas)

• Local de trabalho adequado (piso, superfície, barulho, umidade,

ventilação, temperatura, iluminação, distanciamentos, angulações, etc)

• Ferramentas, utensílios, acessórios e mobiliários adequados

• Duração das jornadas de trabalho

• Intervalos apropriados

• Posturas adequadas

• Respeito aos limites biomecânicos (força, repetitividade, manutenção

de posturas específicas por períodos prolongados).

Convém ressaltar que existem predisposições individuais que aumentam

a possibilidade de um trabalhador desenvolver DORT. Diversas

variações congênitas do aparelho locomotor, enfermidades associadas,

estresse, distúrbios psicológicos, estilo de vida, entre outros fatores,

podem todos contribuir para o aparecimento desses distúrbios.

Portanto, um ambiente de trabalho organizado reduz muito a

possibilidade de um indivíduo com distúrbio

musculoesquelético.

7. Quais são os trabalhadores mais vulneráveis?

Qualquer tipo de trabalho mal executado ou que não respeita os limites

biomecânicos, juntamente com a predisposição constitucional da

pessoa, pode desencadear DORT.

8. O trabalhador com dor ou outro sintoma é portador de LER ou

DORT?

Não, necessariamente. Sintomas como dor, dormência, formigamento,

sensação de pontadas ou agulhadas, diminuição da força, sensação de

peso ou cansaço nos membros, inchaço, dificuldade de movimentação,

desconforto, entre outros, podem ser decorrentes de diversas condições

não relacionadas às sobrecargas biomecânicas no ambiente de

trabalho. Muitos distúrbios reumáticos, imunológicos, hormonais,

metabólicos, ortopédicos, neurológicos ou infecciosos podem ser

responsáveis por sintomas que simulam um distúrbio osteomuscular

relacionado ao trabalho. Portanto, faz-se extremamente importante

procurar o médico para a realização de diagnóstico preciso e de

adequada estratégia terapêutica.

9. Esses distúrbios são incapacitantes?

É muito importante desmistificar o prognóstico dessas enfermidades. Ao

contrário do que alguns declaram, todos esses distúrbios têm tratamento

e, felizmente, os casos mais graves ou que não respondem ao

tratamento clínico, podem ser beneficiados por procedimentos cirúrgicos

e reabilitação específica.

10. Como é o tratamento desses distúrbios?

O tratamento depende sempre do diagnóstico preciso, de corrigir as

causas no ambiente de trabalho e de instituir um plano terapêutico

adequado.

Diversas são as modalidades terapêuticas: fisioterapia (eletroterapia e

cinesioterapia), medicamentos, infiltrações, órteses (acessórios para fins

terapêuticos tais como talas, protetores, cintas, coletes, etc) e

reabilitação.

11. O estresse psicológico influencia os sintomas?

Sim. Qualquer forma de estresse psicológico pode influenciar

diretamente na percepção da dor ou de outros sintomas. A ansiedade, a

depressão e outros distúrbios psicológicos podem também gerar ou

agravar a tensão muscular (a qual causa contração e dor no músculo).

Em muitos casos, a insatisfação com o trabalho, ou outro componente

emocional, tem sido a principal responsável pela perpetuação da

sintomatologia. A boa relação médico-paciente, a satisfação com a vida,

a motivação pelo trabalho e as convicções do indivíduo são ingredientes

essenciais para o sucesso terapêutico.

12. Como prevenir os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao

Trabalho?

Criando-se um bom ambiente de trabalho e respeitando-se os limites de

cada indivíduo.

A prevenção deve ser iniciada com a seleção adequada dos operários,

aprendizagem de técnicas, condicionamento e ensinamento de posturas

apropriadas. A duração das jornadas de trabalho deve ser respeitada,

assim como a presença de intervalos periódicos. Todos os instrumentos,

ferramentas, acessórios, mobiliários e postos de trabalho devem ser

convenientes, como também as posições, distâncias e angulações

envolvidas.

Tudo isso somado a um adequado estilo de vida, com boa qualidade do

sono, condicionamento físico e manutenção da saúde geral,

proporcionará a qualquer trabalhador condições de executar suas

tarefas laborativas com os mínimos riscos de desenvolver um distúrbio

osteomuscular.

TEMÁTICA 3- A GINÁSTICA LABORAL

Vamos conhecer um pouco da história desta temática.

A ginástica laboral “é uma atividade que parece nova, mas surgiu

em 1925 como uma ginastica de pausa para operários, inicialmente na

Polônia, Rússia, Bulgária entre outros países, na mesma época”

(MENDES & LEITE, 2004, p.1).

No Brasil a ginástica laboral foi introduzida pelos executivos

nipônicos do Estaleiro Ishikavajima e inicialmente precedia o inicio da

jornada de trabalho, onde diretores, operários realizavam durante 8

minutos exercícios dedicados à coluna vertebral, abdome e aparelho

respiratório (MENDES & LEITE, 2004).

A ginástica laboral possui algumas classificações de acordo com

o horário de execução e quanto ao objetivo. Para este trabalho iremos

usar a classificação de acordo com os objetivos da aplicação, que estão

assim classificadas:

A ginástica laboral preparatória: Ministrada no começo do expediente e

do turno de trabalho, com o objetivo de preparar o corpo para a

atividade laboral.

A ginástica laboral compensatória ou de pausa: Ministrada durante uma

pausa no turno de trabalho, geralmente no horário de pico de fadiga, seu

objetivo e prevenir os vícios posturais da vida diária e do trabalho.

A ginástica laboral relaxante: realizada no termino do expediente de

trabalho, consiste em exercícios de relaxamento e massagens nas

partes do corpo mais afetadas pela atividade laboral.

Ginástica corretiva: visa reestabelecer o equilíbrio muscular e articular,

consiste em exercícios de alongamentos para a musculatura encurtada

e fortalecimento para a musculatura enfraquecida.

Ginástica laboral de manutenção: busca o equilíbrio físio-morfológico,

caracteriza-se por um programa de condicionamento físico para prevenir

ou reabilitar as doenças crônicas degenerativas.

Principais Benefícios

Promove o combate e prevenção das doenças profissionais;

Promove o combate e prevenção do sedentarismo,

estresse, depressão, ansiedade, etc;

Melhora da flexibilidade, força, coordenação, ritmo, agilidade e a

resistência, promovendo uma maior mobilidade e melhor postura;

Promove a sensação de disposição e bem estar para a jornada de

trabalho;

Reduz a sensação de fadiga no final da jornada;

Melhora da auto-estima e da auto-imagem;

Combate as tensões emocionais;

Melhora da atenção e concentração as atividades desempenhadas;

Melhoria das relações interpessoais;

Reduz os gastos com afastamento e substituição de pessoal;

Diminui afastamentos médicos, acidente e lesões;

EXERCÍCIOS DE GINÁSTICA LABORAL

Os exercício de ginástica laboral devem ser realizados de acordo com a

atividade laboral do indivíduo, visando trabalhar especificamente nos

grupos musculares mais comprometidos durante o horário de trabalho.

Para isso separamos em três grupos de trabalhadores: Grupo 1 os que

trabalham sentados, Grupo 2 os que trabalham em pé e Grupo 3 os

que carregam peso, sendo que temos exercícios que são apropriados

para mais de um grupo.

Este exercícios pode ser feitos por você mesmo no seu local de trabalho

ou em casa no eu tempo livre e até mesmo antes de sua atividade física.

Exercícios para a região do pescoço (cervical)

Descrição Imagem grupo

1) Em pé ou sentado, flexionar o

pescoço tentando encostar o

queixo no peito durante 20

segundos, com ou sem o

auxílio das mãos.

Descrição Imagem grupo

2) Repetir a posição inicial

anterior, mas rotacionar o

pescoço para a esquerda,

tentar encostar o queixo no

ombro esquerdo e manter

durante 20 segundos. Inverter o

movimento, realizar a rotação

para a direita.

3) Em pé ou sentado, executar

uma flexão lateral direita do

pescoço e permanecer na

posição máxima por 20

segundos. Fazer o mesmo

movimento para a esquerda e

manter a posição por 20

segundos.

4) Em pé ou sentado, fazer uma

circundução completa do

pescoço que inicialmente ficará

flexionada a frente e o queixo

encosta no peito. A

circundução inicia pelo lado

esquerdo, evitar a

hiperextensão do pescoço

como na foto. O movimento de

retorno inicia-se pelo lado

direito.

EXERCICIOS PARA OMBROS E MEMBROS SUPERIORES

Descrição Imagem grupo

1. Em pé ou sentado, iniciar o

movimento com elevação e

depressão do ombro esquerdo.

Em seguida executar como

lado direito, fazendo 10

repetições em cada lado.

2. Em pé ou sentado, fazer o

movimento com a projeção

simultânea dos ombros para a

frente e depois para trás,

repetir o movimento 10 vezes.

3.

Muito parecido com o anterior,

realizar uma circundução dos

ombros para trás e para frente

10 vezes.

4. Em pé ou sentado fazer uma

flexão horizontal do ombro,

cruzar e alongar o braço

esquerdo na altura do peito

com o cotovelo estendido. Em

seguida, tracionar o cotovelo do

mesmo braço com a mão

direita. Manter a posição

durante 20 segundos e repetir o

exercício como braço oposto.

5. Em pé ou sentado, elevar o

braço direito, colocando a

palma da mão direita aberta

sobre as costas, com o auxilio

da outra mão, tracionar o

cotovelo direito atrás da

cabeça. Manter a posição por

20 segundos e repetir o

movimento com o braço

oposto.

6. Em pé ou sentado, iniciar o

alongamento com uma rotação

interna do braço esquerdo e

fazer uma flexão do cotovelo

para encostar a mão esquerda

na mão direita na altura da

região dorsal (posterior). Se

isso não for possível, pode-se

utilizar uma toalha, pedaço de

pano ou vestuário para facilitar

a união das duas mãos, ou

ainda

7. Em pé ou sentado, flexionar o

ombro a 180º e entrelaçar os

dedos das mãos. Movimentar

os membros superiores em

direção ao teto (espreguiçar-se

ao máximo). Manter a posição

por 20 segundos, repetir o

exercício 3 vezes.

8. Em pé ou sentado, exercício

semelhante ao anterior,

flexionar o ombro a 90º e

entrelaçar os dedos das mãos.

Movimentar os braços em

direção à frente( espreguiçar-se

ao máximo). Manter a posição

por 20 segundos e repetir o

exercício três vezes.

9. Em pé ou sentado, exercício

semelhante ao anterior, fazer

um hiperextensão do ombro e

entrelaçar os dedos das mãos

para trás do corpo. Movimentar

os braços para trás

(espreguiçar-se ao máximo)

manter a posição por 20

segundos e repetir o exercício

3 vezes.

10. Em pé ou sentado, braços

estendido á frente Realizar uma

hiperextensão do punho direito

e os cinco dedos da mão direita

serão tracionados pela mão

esquerda para um

hiperextensão máxima. Manter

a posição por 20 segundos e

realizar com a mão oposta.

Repetir o exercício três vezes.

11. Em pé ou sentado, realizar uma

flexão do punho direito com os

cinco dedos serão tracionado

para uma flexão máxima pela

mão esquerda. Manter a

posição por 20 segundos e

realizar o exercício com a mão

oposta repetindo o exercício

por três vezes.

12. Em pé ou sentado, flexionar os

cotovelos na altura do peito.

Unir as mãos com os dedos

entrelaçados e flexionados.

Girar os punhos para o lado

direito e manter a posição

durante 20 segundos. Em

seguida, fazer o mesmo

movimento para o lado

esquerdo. Repetir o exercício 2

vezes.

13. Em pé ou sentado, unir as

mãos com os dedos estendidos

(posição de reza) na altura do

peito. Girar o punho com as

pontas dos dedos no peito

Manter a posição durante 20

segundos. Depois girar o punho

com as pontas dos dedos para

frente. Manter a posição

durante vinte segundos. Repetir

o exercício três vezes.

14. Em pé ou sentado, unir as

mãos com os dedos estendidos

(posição de reza) na altura do

peito. Flexionar a mão direita

empurrando a mão esquerda

para uma hiperextensão (ponta

dos dedos para o lado

esquerdo). Manter a posição

durante 20 segundos, realizar

para o lado direito e repetir o

exercício por 3 vezes.

15. Em pé ou sentado, ombros e

cotovelos flexionados a 90º.

Unir as mãos com os dedos

estendidos (posição de reza)

altura do peito e levemente

afastados entre sí. Pressionar

as pontas dos dedos umas

contra as outras e realizar um

exercício de força para a

musculatura intrínseca das

mãos. Repetir o movimento dez

vezes.

EXERCÍCIOS PARA O TRONCO E COLUNA

Descrição Imagem grupo

1. Em pé ou sentado, colocar as

duas mãos na nuca, forçar os

dois cotovelos para trás e

alongar a região peitoral.

Manter a posição por vinte

segundos e repetir por três

vezes.

2. Sentado, colocar a mão direita

na nuca. O braço esquerdo

ficará com o cotovelo

flexionado e o antebraço

apoiado sobre a coxa

esquerda. Executar uma flexão

lateral do tronco para a

esquerda. Manter a posição por

20 segundos e depois se

executa o exercício para o lado

direito.

3. Sentado, flexionar o tronco à

frente, encostar o queixo no

peito, flexionar os cotovelos e

apoiar os antebraços sobre as

coxas, manter a posição por 20

segundos e realizar 3

repetições.

4. Sentado, incline o tronco para

frente, tentando encostar as

mãos ao chão. Mantenha a

posição durante dez segundos.

Levante-se vagarosamente.

Por último, levante a cabeça.

5. Em pé ou sentado, flexionar o

quadril e abraçar fortemente

suas coxas com os braços

tentando manter o queixo

próximo aos joelhos e ao

mesmo tempo tentar estender o

quadril (levantar) sem soltar o

abraço.

EXERCICIOS PARA OS MEMBROS INFERIORES

1. Sentado(a), cruze uma das

pernas e force o joelho da

perna cruzada para baixo

com as mãos. Mantenha

durante dez segundo e repita

o exercício com a outra

perna

6. Em pé, perna direita

semiflexionada e apoiada à

frente e a perna esquerda

em hipextensão de quadril

com joelho estendido.

Manter a posição por 2º

segundos. Repetir o

exercício com a outra perna.

7. Em pé, perna direita semi-

flexionada e apoiada à

frente, a perna esquerda em

hiperextensão de quadril e

com joelho levemente

flexionado e planta do pé

totalmente apoiada no solo.

Manter a posição por 20

segundos. Repetir o

exercício com a outra perna.

8. Em pé, flexionar a perna

direita segurando com a

mão, mantendo o calcanhar

próximo aos glúteos e quadril

extendido.

Temática 4- ERGONOMIA

Estudo científico da relação entre o homem e seu ambiente de trabalho.

Nesse sentido, o termo ambiente não se refere apenas ao contorno

ambiental, no qual o homem trabalha, mas também a suas ferramentas,

seus métodos de trabalho e à organização deste, considerando-se este

homem, tanto como indivíduo quanto como participante de um grupo de

trabalho (MURIEL,1969 apud Ferreira, 2008).

A carência da utilização dos conhecimentos sobre a ergonomia no

ambiente de trabalho seja no mobiliário ou na própria atividade laboral

em si, acarreta ao longo do tempo damos no sistema musculo

esquelético dos indivíduos que consequentemente poderão desenvolver

LER/DOR, com afastamentos do trabalho e também de quaisquer outras

práticas corporais.

Mas com pequenos cuidados podemos contribuir para a diminuição da

incidência de doenças do sistema musculo esquelético promovendo

uma melhoria no bem estar geral, veja alguns exemplos:

Se você elevar um peso acima da cabeça, estará agredindo tanto a cervical quanto a lombar. Para não prejudicar sua coluna, apóie o objeto pesado no seu corpo e suba em uma escada ou banquinho para depositá-lo adequadamente.

Quando tiver que realizar atividades com os braços elevados, como os professores ao escrever no quadro negro, mantenha-os na altura do ombro ou no máximo até a altura da cabeça. Se necessário, utilize uma escada, banco ou estrado. Também é recomendável não se curvar, por exemplo, para corrigir a lição do aluno, ou em situações similares.

Evite trabalhar com o tronco totalmente inclinado. Se você trabalha em frente a uma bancada, ou se estiver passando roupa, certifique-se de que a mesa tem altura suficiente para que você não precise se inclinar. Se for necessário ficar muito tempo em pé, aconselha-se utilizar um pequeno suporte (mais ou menos do tamanho de um tijolo) para colocar alternadamente sob os pés. Em frente à pia do banheiro e ao fazer a cama, dobre os joelhos. Ao varrer ou aspirar pó ou em movimentos semelhantes, evite "torcer" a coluna.

Ao trabalhar agachado, flexione os joelhos e mantenha as costas retas. Se for possível, apóie uma das mãos em um dos joelhos. Ou então, ajoelhe-se sobre uma das pernas e apóie o tronco sobre a coxa, alternando entre uma perna e outra; ou ainda, use um pequeno banco para sentar.

Mochilas devem ser presas às costas e não penduradas em um só ombro. As compras devem ser divididas entre as duas mãos. Malas e outros objetos pesados devem ser levados em um carrinho, que deve ser empurrado e não puxado.

Ao caminhar, olhe para a frente, mantendo o abdômen contraído. O tipo de sapato ideal para o dia-a-dia deve ser fechado atrás para dar estabilidade às passadas, ter o salto de base larga e leve, com altura de no máximo 4 centímetros , e de preferência, com amortecimento. Para caminhadas, utilize um tênis adequado.

Ao erguer um peso, abaixe-se, flexionando os joelhos até em baixo sem curvar a coluna. Se o objeto for volumoso e pesado, carregue-o junto ao tronco. Se possível, coloque o objeto em um carrinho e empurre-o ao invés de carregá-lo.

Não assista TV na cama, mas sentado adequadamente. Algumas pessoas cochilam enquanto assistem TV e a cabeça pende, ficando numa posição que leva à dor e à contratura muscular. Para evitar, deve-se manter sempre a cabeça apoiada. Não deite de lado, com a cabeça apoiada no braço do sofá. Não sente no chão, pois não há altura para as pernas.

A cadeira ideal tem encosto reto, de forma a apoiar a região média da coluna, com abertura para as nádegas. As coxas devem estar apoiadas suavemente em todo o assento com os joelhos em 90º e os pés apoiados no chão. Não use cadeiras reclináveis.

Para dormir, a posição ideal é a de barriga para cima e, alternativamente, a de lado. Evite dormir de bruços, pois o pescoço fica torcido e há sobrecarga da região lombar. De lado, o ideal é dormir com uma perna sobre a outra, ambas semiflexionadas. Muitas vezes, não conseguimos manter um joelho sobre o outro, e encostamos o joelho que está em cima no colchão, o que causa uma torção. Neste caso, recomenda-se utilizar um pequeno travesseiro embaixo do joelho.Evite colchões macios, que não dão sustentação, e colchões muito duros, pois os ombros e o quadril ficarão mal acomodados.

No trabalho, em frente a uma mesa ou digitando no computador, permaneça com as pernas debaixo da mesa; coloque o computador a uma altura adequada e fique com os braços junto ao corpo. Utilize um suporte para que o texto fique na altura dos olhos e em frente. Como a altura da mesa nem sempre é adequada, deve-se elevar o que está se fazendo de modo a não curvar muito a região cervical e a dorsal. Estando sentado, nunca gire para pegar um objeto às costas. E atenção: não apóie o telefone entre a orelha e o ombro pois isto força a coluna cervical.

Adaptado da: Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde

Alguns vídeos sobre o assunto.

http://www.youtube.com/watch?v=ZnASW24Sz_4

http://www.youtube.com/watch?v=u-RisISUC-E

http://www.youtube.com/watch?v=zD-pIUXd43g

http://www.youtube.com/watch?v=FpdtN-9NdMc

.

O trabalho é desgastante, estressante, no entanto é necessário para a

nossa sobrevivência.

Como podemos contribuir para que o trabalho seja o menos

comprometedor de nossa saúde física, mental e social.

Você acredita que com um corpo menos cansado e dolorido é possível

“aguentar” a carga horária de estudo com mais disposição.

Como estamos nos relacionando com as práticas de atividades

corporais em nosso tempo de lazer.

VAMOS PENSAR JUNTOS

REFERENCIAS

<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas../159corrija_postura.html> acesso em 18 de

novembro de 2013.

FERREIRA, Mario Cesar. A ergonomia da atividade se interessa pela qualidade de vida no trabalho? Reflexões empíricas e teóricas. Caderno psicologia sociedade trabalho v.11 n.1 São Paulo jun. 2008

MARTINS, Caroline de O. Ginástica laboral: no escritório. Jundia í, SP: Fontoura, 2001. MENDES, Ricardo A.; LEITE, Neiva. Ginástica laboral: princípios e aplicações práticas. Barueri, SP: Manole, 2004. PARANÁ. Secretária de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná. Governo do Estado do Paraná. Curitiba: 2006. PARANÁ. Secretária de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Educação Física para a Educação Básica. Governo do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Curitiba: 2008. REUMATOLOGIA, Sociedade Brasileira de LER/DORT: Cartilha para pacientes. São

Paulo, 2011.

ROSA, Maria Inês. Condições de trabalho e penalização do corpo. Psicologia ciência e profissão. vol.10 n.1 Brasília 1990.