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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

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A HISTÓRIA EM QUADRINHOS COMO RECURSO DIDÁTICO NA

CONSTRUÇÃO DO SABER HISTÓRICO

Professor PDE: Elida Dalazoana1 Orientadora: Prof. Dra. Silvana Maura

Batista de Carvalho2

Palavras-chave: Ensino de História – História em Quadrinhos – Saber Escolar

Resumo

Esse artigo enfatiza, a elaboração de histórias em quadrinhos como alternativa metodológica no

processo de construção/produção do conhecimento histórico em sala de aula. Traz uma abordagem

sobre aspectos da produção de história em quadrinhos como ferramenta didática, na disciplina de

História Ensino Médio, tendo como tema “Coronelismo, Clientelismo e Fraude Eleitorais no Brasil na

República Velha”. O trabalho contou com a efetiva participação dos alunos nas pesquisas

bibliográficas, leituras, discussões com os colegas compreensão sobre os conteúdos estudados, ou

seja, o saber construído, expresso na produção do conhecimento histórico, por meio da elaboração

de histórias em quadrinhos.

INTRODUÇÃO

Este artigo analisa os resultados dos trabalhos desenvolvidos no Programa

de Desenvolvimento da Educação (PDE), para a Formação Continuada de

Professores em rede, da Secretária de Estado da Educação do Paraná (SEED-PR).

No projeto realizado enfatiza-se como utilizar as histórias em quadrinhos objetivando

a compreensão e construção do conhecimento histórico de maneira mais prazerosa

e atrativa aos alunos. Para tanto, optou-se pela estratégia metodológica, a partir da

problematização, pesquisas e leituras, discussões sobre um conteúdo histórico

escolhido.

A implementação da produção didático-pedagógica elaborada no curso PDE

2013, se deu no Colégio Estadual Arthur da Costa e Silva – Ensino Fundamental e

Médio, no município de Ivaí-PR, com os alunos dos terceiros anos do Ensino Médio,

com uma carga horária de trinta e duas horas (32 horas).

1 Professora QPM da rede pública do Paraná.

2 Professora doutora do Departamento de Métodos e Técnicas da Universidade Estadual de Ponta

Grossa.

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Durante esse processo realizou-se uma fundamentação teórica sobre a

produção de histórias em quadrinhos, e também sobre o conteúdo histórico

selecionado - República Velha: coronelismo, clientelismo e as fraude eleitorais no

Brasil. No desenvolvimento do trabalho, os alunos participaram de oficinas

pedagógicas, aulas com exposições dialogadas, seminários, realizaram análises e

discussões de textos, pesquisas bibliográficas e iconográficas sobre o período

estudado, dentre outras atividades.

Na continuidade os alunos de forma individual ou em duplas realizaram a

análise dos conteúdos pesquisados, para produzirem as histórias em quadrinho

sobre o tema em questão. A produção final permitiu que os alunos relacionassem o

seu conhecimento prévio com os saberes historicamente produzidos e, também

percebessem que questões semelhantes estão presentes na sociedade brasileira

atual. Sob a mediação do professor, os alunos puderam questionar, argumentar e

chegar as suas próprias conclusões, ou seja, à construção do conhecimento

histórico escolar (saber escolar), atingindo, assim um dos principais objetivos do

ensino da disciplina de História.

DESENVOLVIMENTO

De acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais - História (DCEs-PR)

(2008), “ [...] a História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos

às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como a respectiva

significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações [...]

(PARANÁ, 2008, p. 47). Nesse sentido, a História possibilita analisar as

transformações e permanências das ações dos seres humanos ao longo do tempo,

no que reside a importância da disciplina escolar de História, no processo de

formação integral do aluno que, como sujeito histórico no contexto em que está

inserido, participa na constituição das relações sociais, econômicas, culturais,

políticas, de trabalho, familiares, entre outras que fazem parte do cotidiano.

Portanto, cabe ao professor possibilitar meios para que os alunos

reconheçam os acontecimentos no processo histórico e, consequentemente,

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possam compreender a sociedade atual. Dando-se assim, o processo de construção

do conhecimento histórico, na perspectiva apresentada por Bittencourt,

O conhecimento histórico escolar é uma forma de saber que pressupõe um método científico no processo de transposição [mediação] da ciência de referência para uma situação de ensino, permeando-se em sua reelaboração, com o conhecimento proveniente do “senso comum”, de representações sociais de professores e alunos e que são redefinidos de forma dinâmica e contínua na sala de aula. “Nenhuma disciplina escolar é uma simples filha da ‘ciência-mãe’”, adverte-nos Henri Moniot, e a história escolar não é apenas uma transposição da história acadêmica, mas constitui-se por intermédio de um processo no qual interfere o saber erudito, os valores contemporâneos, as práticas e os problemas sociais [...]. (2005, p.25).

Os processos de ensino e de aprendizagem exigem do professor o domínio

de vários saberes disciplinares, pedagógicos, culturais, sociais, dentre outros, que

juntos aos saberes prévios dos alunos, conduzem à construção do saber ou

conhecimento histórico escolar. Esses processos não se realizam apenas com os

conhecimentos baseados no senso comum dos alunos ou, na mera reprodução dos

conteúdos históricos produzidos no meio acadêmico, é preciso que o professor

realize a mediação didática para que ocorra aprendizagem do processo histórico

pelos alunos.

Dessa forma é necessário que o professor trabalhe com conteúdos

significativos3 estabelecendo um diálogo entre os saberes prévios dos alunos,

aqueles adquiridos informalmente no convívio social, com a família, instituições

religiosas, com as informações disponíveis nas mídias, entre outros espaços aos

quais os alunos estejam integrados e, o conhecimento adquirido por meio dos

conteúdos históricos, ocorrendo uma reelaboração desses saberes, construindo-se

assim, o saber histórico escolar, com forme explicita Develay, que

As interações entre o saber acadêmico, cultura escolar e outros elementos componentes das representações sociais dos alunos e professores constituem a base sobre a qual se assenta o saber escolar. No interior de cada disciplina escolar, as pesquisas didáticas integram a reflexão epistemológica, para definir os conhecimentos relativos aos procedimentos e noções a serem desenvolvidas pelos alunos para que cheguem a um nível de conhecimento, às articulações entre conhecimentos procedimentos e

3 Conteúdos significativos vinculam-se a uma seleção critério baseado, direta ou indiretamente, nos

problemas do aluno e da sua vida, em sua condição social e cultural. BITTENCOURT, Circe Maria. Conteúdos históricos: como selecionar? In: Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004.

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competências nocionais para a resolução de determinadas tarefas em uma mesma disciplina ou várias delas [...] (apud: ABUD,2005, p. 30).

Nessa perspectiva, percebe-se que o saber escolar não é a mera

transposição do conhecimento acadêmico, mas sim, uma reelaboração de muitos

saberes, como os da vivência cotidiana dos alunos e professores, conhecimento

historiográfico, pedagógico entre outros, por meio da mediação didática do

professor, como afirma Lopes,

A mediação didática não deve, por conseguinte, ser interpretada como um mal necessário ou como um defeito a ser suplantado. A didatização não é meramente um processo de vulgarização ou adaptação de um conhecimento produzido em outras instâncias (universidades e centros de pesquisa). Cabe à escola o papel de tornar acessível um conhecimento para que possa ser transmitido. Contudo, isso não lhe confere a característica de instância meramente reprodutora de conhecimentos. O trabalho de didatização acaba por implicar, necessariamente, uma atividade de produção original. Por conseguinte, devemos recusar a imagem passiva da escola como receptáculo de subprodutos culturais da sociedade. Ao contrário, devemos resgatar e salientar o papel da escola como socializadora/produtora de conhecimentos ( 1997, p. 8).

Segundo a referida autora, a função da escola por meio da mediação

didática é a de socializar os saberes científicos, historicamente construídos e os

conhecimentos construídos pelos alunos e professores, cujo resultado é o saber

escolar. Para que ocorra a mediação didática o professor deve, ir além da

contextualização do tema proposto, torna-se importante que desenvolva suas aulas

sob diferentes alternativas metodológicas, estratégias didáticas, com a utilização de

diferentes linguagens no ensino de História como imagens, filmes, histórias em

quadrinhos, charges, jornais, revistas, entre outro.

Nesse sentido, procurando despertar o interesse dos alunos pelos

conteúdos históricos o professor deve planejar e ministrar aulas mais dinâmicas,

tendo em vista as necessidades do público escolar em suas características próprias

de diversidade social, econômica e cultural dentro de cada sala de aula, com

grandes possibilidades do cumprimento dos objetivos do ensino de história.

Partindo dessa visão que o professor deve diversificar suas aulas, dentre

os recursos didáticos, enfatiza-se neste trabalho, a utilização de Histórias em

Quadrinhos (HQs) na construção/produção do conhecimento histórico, ou saber

histórico em sala de aula, de maneiras mais prazerosa e atrativa aos alunos.

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Dentre as várias formas que auxiliam no processo de ensino e

aprendizagem, as HQs podem ser utilizadas com fontes/documentos históricos em

sala de aula, pois, seu uso não pode limitar-se apenas a função de ilustração de

conteúdo. Para trabalhar com quadrinhos devem ser analisados alguns elementos,

durante a sua leitura, como descreve Vilela (2010), “Quem é o autor? Quando e

onde foi produzida? Por quem fala? A quem se destina? Qual é a sua finalidade.

Assim, o uso da HQ em sala de aula como documento histórico, é uma forma

para que o aluno compreenda uma das interpretações possível do acontecimento

histórico, que é retratada nos quadrinhos, de acordo com o contexto no qual foi

produzido. Por isso, destaca-se neste trabalho o uso das HQs como estratégia de

ensino pois, mesmo diante do desenvolvimento de novos meios de comunicação e

entretenimento, cada vez mais variados, rápidos e sofisticados, não impediu que as

histórias em quadrinhos, continuassem atraindo um grande número de leitores.

A leitura e a produção de história em quadrinhos em sala de aula pelos

alunos podem contribuir para uma melhor compreensão dos conteúdos históricos.

Sob a condução do professor, o educando necessita pesquisar sobre o tema, para

produzir textos com as falas dos personagens, realizar os desenhos de acordo com

o período e o tema estudado, elaborar uma sequência lógica, conciliando o uso de

textos e imagens. Enfim, o aluno expressa nos quadrinhos a sua compreensão,

como destaca Vergueiro:

Palavras e imagens, juntos, ensinam de forma mais eficiente – a

interligação do texto com a imagem, existente nas histórias em quadrinhos,

ampliam a compreensão de conceitos de uma forma que qualquer um dos

códigos, isoladamente, teria dificuldades para atingir. Na medida em que

essa interligação texto/imagem ocorre nos quadrinhos com uma dinâmica

própria e complementar, representa muito mais do que o simples acréscimo

de uma linguagem a outra – como acontece, por exemplos nos livros

ilustrados -, mas a criação de um novo nível de comunicação, que amplia a

possibilidade de compreensão do conteúdo por parte do aluno [...] (2010, p.

22).

Nesse procedimento de interligação entre texto e imagem para a

compreensão do conteúdo histórico, na elaboração das histórias em quadrinhos os

alunos são incentivados a exercitar o seu imaginário e sua habilidade de

interpretação e, a realizar uma análise minuciosa do tema proposto, para

posteriormente, expressar-se graficamente. Mas, esse procedimento metodológico

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requer conhecimentos oriundos de outras disciplinas. Possibilitando um trabalho

interdisciplinar, envolvendo conhecimentos provenientes de outras disciplinas como

a de Língua Portuguesa e Artes, como assevera Vilela:

Esse tipo de atividade, além de permitir a interdisciplinaridade da História, Língua Portuguesa e Artes, pode estimular os estudantes a desenvolverem a competência de representar e comunicar (comunicação escrita, gráfica e pictográfica). E também a habilidade de trabalhar em dupla: um aluno pode elaborar o roteiro da história em quadrinhos e outros, desenhá-la; ou em equipes: um pode escrever, outro fazer o desenho a lápis e passar para outro finalizador os desenhos com nanquim ou canetinha preta; e outros podem ainda se incumbir dos balões, das letras, de colorir[...] (2010, p. 128).

Assim, a criação de uma história em quadrinhos pode ser feita de forma

interdisciplinar e colaborativa entre os alunos, pode ser sobre assuntos variados,

relacionados à História, ou a outras disciplinas como Português, Artes, Geografia,

Língua Estrangeira, Ciências, entre outras.

Neste caso específico, ocorreu a experiência de produção de HQs, por meio

da implementação do projeto, elaborado no curso PDE 2013, intitulado “A história

em quadrinhos como recurso didático na construção do saber histórico”,

implementado no Colégio Estadual Arthur da Costa e Silva – Ensino Fundamental e

Médio, no município de Ivaí-Pr. O projeto foi desenvolvido durante o primeiro

semestre de 2014, foram realizados oito encontros, com a duração de quatro horas

cada um, com a carga horária total de trinta e duas horas (32 horas),esses

ocorreram no contraturno escolar, devido a reduzida carga horaria anual da

disciplina de História e, contou com a participação de 30 alunos que frequentavam

os terceiros anos do Ensino Médio, na faixa etária de 16 a 17 anos.

No primeiro encontro fez-se a apresentação do projeto, sendo organizado

em dois momentos distintos, inicialmente aconteceu sua exposição à direção, vice-

direção, equipe pedagógica e professores durante a primeira semana

pedagógica/2014. Num segundo momento foi apresentado no início do ano letivo,

para os alunos dos terceiros ano do ensino médio, do período matutino, por meio de

aula expositiva e dialogada, com a utilização de slides. Todos foram convidados a

participar do projeto, inscreveram-se 30 alunos, na faixa etária de 16 a 17 anos, que

possuíam disponibilidade para frequentar as atividades no contraturno escolar.

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Dando início ao trabalho, durante o segundo encontro foi realizada uma

oficina pedagógica sobre como produzir HQs, em conjunto com a professora de

Geografia, possibilitando a compreensão de algumas técnicas para a sua confecção.

Para elaborar uma história em quadrinhos existem alguns elementos básicos

que devem ser levados em consideração como: imagem/desenho, tipos de balões e

onomatopeias, requadro, perspectiva, texto/roteiro, entre outros. As HQs relacionam

imagens e palavras construindo uma narrativa, que dever ser entendida nas

sequências das imagens. De acordo com Eisner,

A função da arte dos quadrinhos, que de comunicar ideias e/ou histórias por meio de palavras e figuras, envolve o movimento de certas imagens (como pessoas e coisas) no espaço. Para lidar com a captura ou o encapsulamento desses eventos no fluxo da narrativa, eles devem ser decompostos em segmentos sequenciados. Esses segmentos são chamados quadrinhos, que não correspondem exatamente aos quadros cinematográficos. São parte do processo criativo, mais do que resultado de uma tecnologia [...] (2010, p.39).

Assim, entende-se que a cada quadrinho o autor procurar criar por meio do

compartilhamento de suas experiências visuais, comuns também aos leitores, uma

narrativa sequencial que procura prender atenção do leitor. Um elemento importante

da HQ é a elaboração do roteiro que é a sinopse, que contém o texto narrativo da

história, estabelece o número de páginas ou quadrinhos serão necessários,

descreve as ações dos personagens, as cenas, ou seja, determina como será o

desenho e o texto em cada quadrinho.

Na sequência do trabalho proposto, para a elaboração dos roteiros de HQ na

disciplina de História, os alunos foram orientados para realização de pesquisa em

diferentes tipos de fontes, como textos, documentos de época, fotos, desenhos,

pinturas, documentários, entrevistas, filmes sobre o conteúdo especifico a abordado.

Essa pesquisa foi fundamental para que os alunos tivessem clareza sobre o

assunto, como destaca Vilela

Ao solicitar que os alunos elaborem histórias em quadrinhos como temas históricos é conveniente pedir que façam uma pesquisa prévia em livros e fontes confiáveis a respeito do tema a ser trabalhado. Tal pesquisa é necessária tanto para que os alunos desenvolvam procedimentos como chegar, conferir, comparar e selecionar fontes como para que as histórias

em quadrinhos criadas por eles não contenham anacronismo [...] (2010, p.

129).

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O professor deve orientar os alunos para que não ocorram anacronismos,

ou seja, utilizar os conceitos e ideias de uma época para analisar os fatos de outro

tempo. O roteiro deve conter informações históricas corretas sobre os

acontecimentos como: datas, nomes, vestimentas, objetos, ferramentas, que

existiam naquele período, características culturais, políticas e econômicas dentre

outros elementos. Os alunos elaboram quadrinhos com cenas de humor,

empregando onomatopeias e aplicando diferentes recursos gráficos para enriquecer

suas criações.

Para elaboração de HQs com base em conteúdos históricos, foram

selecionados os temas Coronelismo, Clientelismo e as Fraudes Eleitorais no Brasil,

durante a República Velha (1889 a 1930), assim o terceiro encontro iniciou com uma

pergunta sobre o presente “Você sabe como funciona o Sistema Eleitoral do Brasil

atualmente?”. Com o intuito de compreender a questão os alunos foram organizados

em grupos, para que fizessem a análise e o debate sobre o cumprimento ou não das

normas do Código Eleitoral Brasileiro atualmente, orientados pela professora de

História.

Também refletiram a partir da realidade na qual estão inseridos, se hoje

ocorre compra de votos, troca de favores entre eleitores e candidatos, distribuições

de cestas básicas e outros benefícios à população em troca de voto, dentre outros

atos que caracterizam crime eleitoral. Possibilitando que os educandos

compreendessem como funciona o sistema eleitoral brasileiro.

Os alunos também assistiram e discutiram o vídeo “Melo das Eleições”4, que

em forma de paródia crítica a corrupção no Brasil e procura conscientizar o eleitor

sobre a importância do voto. Pois esse é considerado por uma parcela da

população, como algo sem importância, que não influencia diretamente em suas

vidas.

Por isso, no quarto encontro direcionou-se o estudo para o voto na história

do Brasil, para compreender a sua importância é necessário conhecer sobre como

os brasileiros adquiriram o direito ao voto secreto e universal, a longa trajetória

dessa conquista. Nesse sentido, foi necessário os alunos analisarem como era o

funcionamento do sistema eleitoral brasileiro no período imperial (1824-1889) e nas

4 “Melo das Eleições”. Produção: Brasileiros Pocotó. Direção Luciano Pires. 03’06. Disponível em:

<http://www.youtube.com/watch?v=bNjRotnbuLQ>. Acesso em 01 de nov. de 2013.

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primeiras décadas da República (1889-1930). Relacionando também, como a

implantação do federalismo contribuiu para o domínio dos chamados coronéis, foi o

período do Coronelismo no Brasil.

O voto somente tornou-se universal com a implantação da República no

Brasil (1889), mas ainda a maioria da população brasileira ficou excluída desse

direito, pois a Constituição Republicana de 1891 assegurou o direito de voto aos

homens alfabetizados e maiores de 21 anos, excluindo analfabetos, mulheres,

mendigos, soldados, congregações ou comunidades sujeitos a voto de obediência.

Os alunos analisaram a partir de texto do autor Telarolli5 que a discussão

sobre o direito do voto feminino e dos analfabetos foi polêmica na República Velha.

Também realizaram estudo e análise dos textos sobre: Sociedade e economia na

Primeira República, do autor Gilberto Cotrim e o trecho do livro: Cidadania no Brasil:

O longo Caminho, do historiador José Murilo de Carvalho6, que tratam sobre o voto e

a política na Primeira República ou República Velha, em seguida responderam as

questões sugeridas para auxiliar na compreensão do tema.

Assim, organizados em duplas, os alunos realizaram pesquisas na biblioteca

da escola e na internet sobre o significado dos termos - Coronelismo, Clientelismo,

Voto de Cabresto, Voto Aberto, Política dos Governadores, Comissão Verificadora,

Política Café com Leite, Convênio de Taubaté. A partir dos dados coletados e

discussões feitas, produziram um pequeno texto explicativo sobre o período da

República Velha.

O texto elaborado por cada dupla foi apresentado no início do quinto

encontro e debatido no grande grupo. Visando aprofundar o referencial teórico,

foram analisados conceitos como coronelismo, mandonismo e clientelismo,

percebendo suas diferenças. Pois, como explica Carvalho:

[...] coronelismo é, então, um sistema político nacional, baseado em barganhas entre o governo e os coronéis. O governo estadual garante, para baixo, o poder do coronel sobre seus dependentes e seus rivais, sobretudo cedendo-lhe o controle dos cargos públicos, desde o delegado de polícia até a professora primária. O coronel hipoteca seu apoio ao governo, sobretudo na forma de votos. Para cima, os governadores dão seu apoio ao presidente da República em troca do reconhecimento deste de seu domínio

5TELAROLLI, Rodolpho. Eleições e Fraudes e Eleitorais na República Velha. São Paulo:

Brasiliense, 1982. p. 17-18.

6 CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil. O longo Caminho. 3ª ed. Rio de Janeiro:

Civilização Brasileira, 2002. p. 40-42.

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no estado. O coronelismo é fase de processo mais longo de relacionamento entre os fazendeiros e o governo. O coronelismo não existiu antes dessa fase e não existe depois dela [...] (1998, p. 132).

O conceito de coronelismo não pode ser entendido como sinônimo de

mandonismos e clientelismo, mas está associado ao clientelismo. O título de

Coronel foi criado no Brasil com a Guarda Nacional, no período Regencial, e era

concedido aos grandes proprietários de terras que possuíam o poder político na

região.

Já o mandonismo esteve presente no Brasil, desde o período colonial e, é

atemporal, ligado ao poder pessoal do indivíduo, é decorrente do poder econômico

como, domínio de terras, do comércio e, conjuntamente, da política local. Segundo

Carvalho o mandonismo:

[...] refere-se à existência local de estruturas oligárquicas e personalizadas de poder. O mandão, o potentado, o chefe, ou mesmo o coronel como indivíduo, é aquele que, em função do controle de algum recurso estratégico, em geral a posse da terra, exerce sobre a população um domínio pessoal e arbitrário que a impede de ter livre acesso ao mercado e à sociedade política. O mandonismo não é um sistema, é uma característica da política tradicional. Existe desde o início da colonização e sobrevive ainda hoje em regiões isoladas. A tendência é que desapareça completamente à medida que os direitos civis e políticos alcancem todos os cidadãos. A história do mandonismo confunde-se com a história da formação da cidadania [...] (1998, p. 133).

Nessa perspectiva sobre a presença do mandonismo na sociedade brasileira

em todos os tempos, destaca-se que durante a República Velha no Brasil

predominou o poder dos coronéis baseado na Política dos Governadores e no

clientelismo. A Política dos Governadores foi criada no governo do presidente

Campos Sales (1898-1902), caracterizou-se pela aliança entre o poder local,

estadual e federal, baseada na troca de favores.

Quanto ao clientelismo foi um elemento fundamental do Coronelismo,

baseado na troca de favores, os eleitores votavam nos candidatos (prefeitos,

vereadores, governador de Estado, deputados estadual e federal, senadores e

presidente) indicados pelo Coronel, em troca de um emprego público, ou ajuda

financeira, médica, isenção fiscal, e/ou inúmeros outros favores.

Os temas coronelismo e clientelismo na República Velha são amplamente

estudados, e muitos autores, discutem as ideias do livro Coronelismo, enxada e

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voto: o município e o regime representativo no Brasil de Victor Nunes Leal, lançando

em 1948, o qual, é considerado uma obra clássica sobre o coronelismo. Também, a

leitura, discussão e análise de trechos do livro Coronelismo, enxada e voto: o

município e o regime representativo no Brasil7 possibilitou uma melhor compreensão

sobre o tema estudado.

Para que os alunos entendessem os diversos tipos de fraudes eleitorais

realizados na República Velha, no sexto encontro, organizados em grupos, e, por

meio da dinâmica de painel integrado8, foram orientados por um roteiro

antecipadamente estabelecido, fizeram o estudo e a discussão dos seguintes

capítulos do livro Eleições e Fraudes Eleitorais na República Velha: O Alistamento; A

Votação; A Apuração; O Calendário Eleitoral; A Questão do Voto Secreto; A Fraude

na Prática Eleitoral, do autor Rodolpho Telarolli.

Para sistematização da dinâmica do painel integrado, após as discussões,

cada grupo elaborou um texto coletivo, com o resumo do que foi discutido e fez a

apresentação ao grande grupo. Ao final das apresentações a professora realizou

uma síntese de todos os textos apresentados pelos grupos.

A partir da oficina pedagógica sobre História em Quadrinhos e do referencial

teórico estudado sobre o tema, os alunos, em duplas realizaram no sétimo encontro

a elaboração do roteiro e da produção das histórias em quadrinhos sobre o tema

proposto. Todo o processo de produção foi mediado pela professora de História

Os resultados obtidos foram positivos, o que se evidenciou nas HQs

produzidas, pode-se observar nelas o entendimento por parte dos alunos, dos

elementos básicos para a produção de HQs (imagem, balões, requadro, legenda

entre outros) e a compreensão dos textos analisados, discutidos sobre o sistema

eleitoral na República Velha. Nessas, nota-se os conceitos construídos pelos alunos

sobre o Coronelismo, Clientelismo e Fraudes Eleitorais no Brasil durante a

República Velha, o que se confere na produção final da HQ, entre as quais

apresenta-se a seguir algumas dessas produções.

Na HQ elaborada pelas alunas KREBS, Paola; FERREIRA, Maíra H. História

em quadrinhos sobre o Coronelismo, 2014, com o título “ Os Coronéis” constata-

7 LEAL, Victor Nunes. Coronelismo, enxada e voto: o município e o regime representativo no Brasil.

5. Ed. São Paulo: Alfa – Omega, 1986. p. 23-49. 8 Painel integrado. Disponível em:< http://atelierdeducadores.blogspot.com.br/2010/04/painel-

integrado.html. >. Acesso em: 14 de out. 2013.

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se que houve construção e produção do conhecimento histórico sobre o tema

proposto.

Fonte: KREBS, Paola; FERREIRA, Maíra H. História em quadrinhos sobre o Coronelismo, 2014.

As alunas iniciaram a História em quadrinhos sobre o Coronelismo,

descrevendo o conceito construído sobre quem era coronel, durante a República

Velha. Analisando o seu poder como chefe político local, geralmente dono de

grandes extensões de terra, que controlava o voto dos eleitores da sua região e

utilizava-se de diversos tipos de fraudes eleitorais para garantir a sua vitória ou do

candidato que apoiava nas eleições municipais, estaduais e federais.

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Fonte: KREBS, Paola; FERREIRA, Maíra H. História em quadrinhos sobre o Coronelismo, 2014

Percebe-se que as alunas caracterizaram o poder regional dos coronéis que

realizavam diversos tipos de fraudes eleitorais para serem eleitos para o cargo

político desejado. Também aliavam-se a outros coronéis, muitas vezes considerados

os mais influentes de cada estado, estabelecendo alianças entre si, para eleger os

deputados federais e estaduais, senadores, governadores de estado e, o presidente.

Depois de eleito, o político retribuía o apoio recebido dos coronéis destinando

verbas, além de empregos, favores para as áreas de influência de seus

correligionários.

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Fonte: KREBS, Paola; FERREIRA, Maíra H. História em quadrinhos sobre o Coronelismo, 2014.

Também nota-se nesta HQ, que as alunas demonstraram a compreensão

sobre as formas de atuação dos coronéis, como o voto de cabresto, pela pressão

exercida pelos coronéis sobre os eleitores e, fraudes eleitorais por meio da

falsificação de documentos para que menores e analfabetos pudessem votar,

inscrição de pessoas falecidas como eleitores, violação de urnas, adulteração das

cédulas de votação, preenchimento das atas da eleição com o resultado anterior a

votação, queimas das cédulas logo após a contagem dos votos, dentre outras

maneiras de fraudar as eleições.

Na História em quadrinhos sobre o Coronelismo pode-se analisar como

ocorreu a construção do saber histórico. As alunas demonstram nos quadrinhos já

apresentados, o entendimento de conceitos como coronelismo, fraudes eleitorais,

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trocas de favores, clientelismo que eram elementos que compunham o sistema

eleitoral da República Velha.

Na HQ construída pelas alunas PADILHA, Marieli R.; BUENO; Luane M.

História em quadrinhos sobre o Coronelismo, 2014, com o título “Zé em Melhor

Opção”, de forma sintética expressam sua compreensão sobre a dinâmica da

política de favores, fraudes eleitorais e coronelismo. Analisando que os coronéis

ofereciam diversos favores, ao eleitor em troca do seu voto. Mas aqueles que

recusassem a obedecer às orientações do Coronel, ficavam sujeito à violência dos

jagunços que trabalhavam nas fazendas, esses formavam grupos armados que

perseguiam os inimigos do patrão ou aqueles que lhes fossem infiéis.

Fonte: PADILHA, Marieli R.; BUENO; Luane M. Zé em melhor opção, 2014.

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Fonte: PADILHA, Marieli R.; BUENO; Luane M. Zé em melhor opção, 2014.

A produção de HQs revelou-se como “facilitadoras” no processo de ensino e

aprendizagem, pois contribuiu para que os alunos compreendessem melhor os

conteúdos das disciplinas de história. Permitindo que os alunos relacionasse seu

conhecimento prévio sobre o compra de votos, trocas de favores, corrupção

eleitoral, com os saberes historicamente produzidos sobre o sistema eleitoral da

República Velha e atual, com auxílio da mediação do professor, possibilitando

dessa forma, a construção do conhecimento histórico escolar (saber escolar),

expresso nos quadrinhos elaborados pelo alunos.

Esses resultados foram divulgados numa exposição realizada no Colégio,

para toda a comunidade escolar. Interdisciplinar envolvendo as áreas de História e

Geografia, sendo assim organizada, os trabalhos realizados na disciplina de História

compuseram uma parte da exposição sobre a denominação A história em

quadrinhos como recurso didático na construção do saber histórico” desenvolvido

pela professora PDE, na disciplina de História e do projeto “A História em

Quadrinhos como Recurso Pedagógico para Trabalhar a Questão Ambiental na

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Disciplina de Geografia” desenvolvidos pela professora PDE, na disciplina de

Geografia.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O projeto foi desenvolvido no primeiro semestre de 2014, foram realizados

oito encontros no contraturno escolar, no total de 32 horas, iniciando com a

Apresentação do Projeto a Comunidade Escolar, em seguida a Oficina sobre a

produção de História em Quadrinhos e a fundamentação teórica sobre o

Coronelismo, Clientelismo e Fraudes Eleitorais no Brasil durante a República Velha.

O projeto foi finalizado com a exposição à Comunidade Escolar das HQs elaboradas

pelos alunos.

A elaboração de HQs é uma das formas de construção/ produção do saber

escolar no ensino de História, dentre inúmeras outras possibilidades, além de

produzido precisa ser divulgado, como afirma Forquin

Assim a perspectiva de constituição de um saber escolar tem por base a compreensão de que a educação escolar não se limita a fazer uma seleção entre o que há disponível da cultura num momento histórico, mas tem por função tornar os saberes selecionados efetivamente transmissíveis e assimiláveis. Para isso, exige-se um trabalho de reorganização, reestruturação ou de transposição didática, que dá origem a configuração cognitivas tipicamente escolares, capazes de compor uma cultura escolar sui generis, com marcas que transcendem os limites da escola. (apud: MONTEIRO, 2007, P.83)

A mediação didática articula os saberes cotidianos, adquiridos a partir da

realidade a qual o aluno está inserido com os saberes acadêmicos, promovendo

uma (re)construção do saber, ou seja, a produção do saber escolar, que ultrapassa

a sala de aula contribuindo para uma formação cidadã dos alunos.

Ao final da implantação do projeto oportunizou-se aos alunos análises,

reflexões críticas, discussões sobre problemas que ocorrem na nossa sociedade

atualmente, como a compra de votos, trocas de favores, clientelismo.

Conscientizando-os de seu papel como eleitores ou futuros eleitores. Para que

desempenhem o papel de eleitores contrários à compra e venda de votos, e possam

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analisar as propostas dos candidatos, com um olhar crítico e não passivos, para um

voto consciente.

Nesse contexto a elaboração de HQs com conteúdos histórico contribui, para a

utilização e difusão de metodologias alternativas no ensino de História,

apresentando resultados bastante válidos na disciplina de História, como os

vivenciados no projeto “a História em Quadrinhos como Recurso Didático na

Construção do Saber Histórico”, descrito nesse artigo, pois é um instrumento

didático que permite tornar as aulas, mais dinâmicas e atrativas.

A produção de HQs é um recurso didático, para construção/ produção do

saber escolar que pode ser usado em várias disciplinas da grade curricular, mono ou

interdisciplinar envolvendo duas ou mais, tanto no ensino fundamental quanto no

ensino médio, abordando temas diversos. O professor a partir de aulas expositivas,

análise e discussões de textos, imagens dos livros didáticos, revistas, jornais, filmes,

documentários, sites disponíveis na internet, pode organizar com os alunos o

referencial teórico necessário para a produção da HQ. Assim tornando as aulas,

mais atrativas e dinâmicas, possibilitando que os educandos desenvolvam a

criatividade e, além de construir seu conhecimento histórico, produzam o saber

escolar.

Nessa mesma direção estão inúmeras estratégias didáticas, que como a

produção de HQs podem em muito contribuir no processo de ensino e aprendizagem

de História, as quais necessitam de novas abordagens e experiências a serem

realizadas e divulgadas junto à comunidade escolar e ao sistema educacional como

um todo, como oportuniza o PDE- SEED-Pr.

Referências

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Fontes

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