os desafios da escola pÚblica paranaense na …€¦ · professor orientador carlos da silva...
TRANSCRIPT
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE
II
INSTRUMENTO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO NO PDE
A CRÔNICA COMO INSTRUMENTO DIDÁTICO PEDAGÓGICO: APRENDENDO A GOSTAR DE LER.
Área PDE: Língua Portuguesa Tema de Estudo: Crônica Literária e Leitura em Sala de Aula Professora PDE: Leonor Brito de Oliveira IES: Universidade Estadual do Paraná – Unespar, Campus de Paranavaí/Fafipa NRE: Umuarama Orientador: Prof. Me. Carlos da Silva
PARANAVAÍ 2014
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ - UNESPAR - CAMPUS
DE PARANAVAÍ Faculdade Estadual de Educação, Ciências e Letras de Paranavaí
Leonor Brito de Oliveira
A CRÔNICA COMO INSTRUMENTO DIDÁTICO- PEDAGÓGICO: APRENDENDO A GOSTAR DE LER.
Instrumento didático-pedagógico apresentada à SEED – Secretaria de Estado da Educação, como parte integrante do PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional, sob a orientação do Prof. Me.Carlos da Silva.
PARANAVAÍ 2014
1 – Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica
Título: A CRÔNICA COMO INSTRUMENTO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO:
APRENDENDO A GOSTAR DE LER
Autor Leonor Brito de Oliveira
Disciplina/Àrea Língua Portuguesa
Escola de Implemen-
tação do Projeto
Colégio Estadual de Iporã-Ensino Fundamental, Médio
e Profissional
Município da escola Iporã – PR
Núcleo Regional de
Educação
Umuarama
Professor Orientador Carlos da Silva
Instituição de Ensino
Superior
Unespar – Campus de Paranavaí/Fafipa
Relação Interdisciplinar Arte
Resumo A leitura e a produção textual têm sido muito discutidas nas escolas, pois encontra-se resistência dos alunos na prática dessas atividades. Este projeto de intervenção tem por objetivo apresentar uma proposta de incentivo à leitura e à produção textual utilizando o gênero discursivo: as crônicas literárias. Este tema foi proposto por ser discursivo e atrativo, pois envolve ações do cotidiano e facilita a compreensão de seu conteúdo e está em jornais, revistas, livros didáticos, tornando o ato de ler e produzir prazeroso. A metodologia aplicada caracteriza-se por pesquisa social aplicada de natureza qualitativa e se enquadra como pesquisa-ação, tendo como requisito o aprofundamento de estudos das crônicas, por meio da leitura, considerando sua expansão para o aprimoramento das práticas discursivas, investigando as dificuldades e falta de interesse na leitura e na produção de textos em Língua Portuguesa. Como fundamentação teórica, fundamentou-se no quadro teórico-metodológico do Interacionismo Sócio-discursivo (ISD) desenvolvido por Bronckart (1999, 2006) e pesquisadores do Grupo de Genebra. Esta será desenvolvida no Colégio Estadual de Iporã-EFMP, em Iporã, no ano 2015 e os sujeitos de pesquisa serão os alunos do 9º ano do EF. Será feita uma sondagem para verificar o gosto pela leitura e produção das crônicas. Em seguida, inicia-se
a sequência didática e as discussões com o GTR. O trabalho culminará com a produção de uma crônica que será realizada pelo aluno
Palavras-chave Língua Portuguesa; Gêneros Discursivos; Crônica
Formato do Material
Didático
Sequência Didático-Pedagógica
Público Alvo 9º Ano do Ensino Fundamental
INSTRUMENTO DIDÁTICO- PEDAGÓGICO NO PDE
Apresentação
Trabalhar com o gênero textual ―crônica literária‖ em sala de aula, na
disciplina de Língua Portuguesa, é extremamente importante, pois se trata de uma
narrativa curta e popular, que pode apresentar o interesse do aluno pela leitura, já
que este gênero possibilita aos cidadãos se tornarem conscientes e críticos e farão
uso de atitudes concretas no meio em que vivem. Essa produção será baseada nas
crônicas de Luís Fernando Veríssimo na busca pela realização de boas leituras e
pelo gosto dos alunos às mesmas.
A palavra crônica se origina do grupo chronos e significa tempo. Vale salientar
que esse termo evoluiu muito com o passar dos anos, porém nunca perdeu seu
sentido etimológico. Aqui no Brasil, o documento que marca isso é a Carta de Pero
Vaz de Caminha ao rei D. Manuel e é considerada por grandes estudiosos como a
criação de cronista no sentido literário desse termo. Segundo Sá (1985,p.5) ―[...]ele
recria com engenho e arte tudo o que registra no contato direto com os índios e seus
costumes, naquele instante de confronto entre a cultura europeia e a cultura
primitiva‖. Pode-se afirmar que Pero Vaz de Caminha mostra uma crônica de
conceito antigo, registrando fatos históricos, podendo ainda ser uma crônica no
sentido atual da palavra.
Ela surgiu na França, no séc. XIX, vindo para o Brasil. Era um filão
denominado de folhetim, ou seja, um espaço livre nos rodapés do jornais, buscando
entreter os leitores e tirá-los das notícias mais graves. Isso fez muito sucesso nessa
época como folhetim-romance, publicado em jornais com textos de ficção; folhetim-
variedades, abordando assuntos que falavam da vida cotidiana do país e do mundo,
passando, assim, a ser a crônica de hoje.
Hoje não há mais espaço para esses folhetins, porque os jornalistas se
especializaram em matérias definidas, sendo mais curta e gira em torno de um só
assunto. Luiz Martins (apud. BENDER & Laurito, 1993, p.23) afirma: ―A crônica é um
folhetim que encurtou‖ , concluindo, a crônica é um espaço literário reservado para
fazer os registros dos acontecimentos do cotidiano do povo brasileiro.
Ainda segundo Bender e Laurito (1993, p.45)
A crônica existe para o mísero mortal, ou seja, para nós, homens menores, isso é bom, pois desperta a humanidade que há em nós e que as misérias do mundo tentam adormecer, matar talvez. A crônica acaba sendo a realidade que o leitor queria e, ao mesmo tempo, seu elemento transformador. Tem-se vários cronistas renomados como Rubem Braga, Fernando Sabino, Sérgio Porto, Carlos Heitor Cony e Luís Fernando Veríssimo.
Luís Fernando Veríssimo mistura HUMOR e IRONIA, no universo da
Literatura. Disso surge um dos elementos mais envolventes de suas histórias, ou
seja, o prazer por suas leituras.
Ele é considerado um dos maiores cronistas da atualidade. Escreve para
jornais, revistas e produz muitos livros, sempre com a comicidade marcando suas
narrativas, passando uma visão descontraída e menos crítica dos fatos do cotidiano.
De acordo com Konzem, (2002, p.96) ―A comicidade está em falar de
qualquer tema, é uma visão sólida sobre os fatos, revelam análises inteligentes e
precisas na vida cotidiana.‖
O riso sempre esteve presente na vida do ser humano, seja nas piadas ou
numa situação engraçada, rir faz parte da pessoa humana. De acordo com Paes
(apud, KONZEN, 2002, p. 47), ―a capacidade de rir está ligada intimamente à
capacidade de pensar privativa do homem, único animal racional‖.
Bakhtin (2002, p. 176) é um grande defensor do riso na linguagem.
Para ele
A palavra patética mostra-se totalmente suficiente para si mesma e para seu objeto. Pois o falante, na palavra patética, está implicado totalmente,
sem nenhum distanciamento e sem nenhuma reserva (apud, LARROSA, 2001, P.176)
Luís Fernando Veríssimo nasceu em 26 de setembro 1936, em Porto
Alegre, Rio Grande do Sul. Filho do grande escritor Érico Veríssimo, iniciou seus
estudos no Instituto Porto Alegre, tendo passado por escolas nos Estados Unidos
quando morou lá, em virtude de seu pai ter ido lecionar em uma universidade da
Califórnia, por dois anos. Voltou a morar nos EUA quando tinha 16 anos, tendo
cursado a Roosevelt High School de Washington, onde também estudou música,
sendo até hoje inseparável de seu saxofone. É casado com Lúcia e tem três
filhos.Jornalista, iniciou sua carreira no jornal Zero Hora, em Porto Alegre, em fins de
1966, onde começou como copydesk mas trabalhou em diversas seções (editor de
frescuras, redator, editor nacional e internacional). Além disso, sobreviveu um tempo
como tradutor, no Rio de Janeiro. A partir de 1969, passou a escrever matéria
assinada, quando substituiu a coluna do Jockyman, na Zero Hora. Em 1970, mudou-
se para o jornal Folha da Manhã, mas voltou ao antigo emprego em 1975, e passou
a ser publicado no Rio de Janeiro também. O sucesso de sua coluna garantiu o
lançamento, naquele ano, do livro A Grande Mulher Nua, uma coletânea de seus
textos. Participou também da televisão, criando quadros para o programa Planeta
dos Homens, na Rede Globo e, mais recentemente, fornecendo material para a série
Comédias da Vida Privada, baseada em livro homônimo.
Escritor prolífero, são de sua autoria, dentre outros, O Popular, A Grande
Mulher Nua, Amor Brasileiro, publicados pela José Olympio Editora; As Cobras e
Outros Bichos, Pega pra Kapput!, Ed Mort em Procurando o Silva, Ed Mort em
Disneyworld Blues, Ed Mort em Com a Mão no Milhão, Ed Mort em A Conexão
Nazista, Ed Mort em O Seqüestro do Zagueiro Central, Ed Mort e Outras Histórias, O
Jardim do Diabo, Pai não Entende Nada, Peças Íntimas, O Santinho, Zoeira , Sexo
na Cabeça, O Gigolô das Palavras, O Analista de Bagé,A Mão Do Freud, Orgias, As
Aventuras da Família Brasil, O Analista de Bagé,O Analista de Bagé em
Quadrinhos, Outras do Analista de Bagé, A Velhinha de Taubaté, A Mulher do Silva,
O Marido do Doutor Pompeu, publicados pela L&PM Editores, e A Mesa
Voadora, pela Editora Globo e Traçando Paris, pela Artes e Ofícios.
Nas crônicas de Luís Fernando Veríssimo, percebe-se o riso em duas
vertentes. Primeiro, é visto como forma de punir os maus costumes da sociedade,
chegando à ironia. Depois, as brincadeiras com a linguagem apresentam o riso
como uma liberação de prazer.
Ele ainda vale-se da ―ironia‖ em seus textos como forma de zombaria, ou
seja, por meio dos seus personagens ele mostra o cotidiano do brasileiro, ironizando
seus comportamentos.
O objetivo central dessa sequência didática (BRONCKART, 2009; DOLZ;
NOVERRAZ; SCHNEUWLY 2004) é o de formar seres humanos pensantes, críticos,
solidários, éticos em seus relacionamentos sendo por meio do gênero ―crônica‖ que
se permitirá a apropriação do conhecimento para o aluno.
O GÊNERO CRÔNICA COMO PRÁTICA DISCURSIVA.
A crônica literária será desenvolvida nessa sequência didático-pedagógica,
Procurando fazer com que os alunos sejam leitores capazes de interagir com o
meio, num processo de reflexão e crítica social. O objetivo é trabalhar o gênero
discursivo crônica observando as funções de sua linguagem em práticas de leitura e
produção textual em sala de aula.
A legitimidade de um projeto voltado para a crônica se deve ao fato de
oportunizar ao educando o poder de observar e ponderar sobre o seu espaço físico
e social e, a partir de suas inferências, desenvolver competências e habilidades de
formular hipóteses sobre outros assuntos que, indiretamente, afetam sua vida e
pertencem a formações discursivas instauradas pelos meios de comunicação e
pelas mídias digitais em uso por eles e pela sociedade.
Portanto, a crônica constitui um gênero particular que oferece elementos para
um exame literário interno e ainda com relações à exterioridade, possibilitando ir
além do texto, ou seja, depois de algumas leituras e análises o aluno deverá ser
capaz de auto avaliar-se em relação aos conhecimentos sobre o assunto e buscar
aprofundá-los.
Assim, o desenvolvimento desse trabalho, em especial com as crônicas de
Luís Fernando Veríssimo, pretende dispor de todos os componentes importantes e
decisivos na formação dos alunos do 9ºano do Colégio Estadual de Iporã, por
intermédio de um projeto literário que respeite e prestigie o espaço e os costumes
locais.
O estudo com o gênero ―crônica‖ será abordado com diversos tipos de textos,
como: (crônicas sociais, esportivas e literárias) em especial as crônicas literárias de
Luís Fernando Veríssimo, onde será explorada a estrutura textual e como recurso
linguístico a pontuação e características (adjetivos, verbos), permeando assim, a
leitura e a escrita.
O público alvo para aplicação das atividades aqui proposta serão os alunos
do (9ºano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual de Iporã EFMP, da cidade de
Iporã, Estado do Paraná).
Plano de ação
1ºBLOCO
Iniciando o trabalho pedagógico será aplicado um questionário sobre os
conhecimentos básicos sobre o gênero Crônica.
1-Por que estudar o gênero Crônica Literária?
2-O que você já sabe sobre esse tipo de texto?
3-Você se lembra de alguma crônica que já tenha lido?
4-Que importância você acha que têm as crônicas em sua vida?
5-Qual a função das crônicas na sociedade?
6-Qual é o gênero textual que você já conhece bem?
8-O que é necessário para que alguém construa uma crônica?
9-E você, já realizou algum trabalho sobre as crônicas literárias?
10-Qual sua expectativa sobre o desenvolvimento de um Projeto sobre
Crônicas Literárias?
VAMOS CONHECER UM POUCO SOBRE CRÔNICAS LITERÁRIAS assistindo a um vídeo!
https://www.youtube.com/watch?v=rjHJT2WwVtg
1-Após assistir ao vídeo, o que você aprendeu de diferente do que já sabia sobre as crônicas? 2-Qual a principal mensagem do vídeo sobre as crônicas literárias? 3-Você acha que é possível produzir um vídeo com um texto literário escolhido por vocês?
APRENDENDO UM POUCO SOBRE A CRÔNICA:
A palavra ―crônica‖, em sua origem, está associada à
palavra grega ―khrónos‖, que significa tempo. De khrónos
veio chronikós, que quer dizer ―relacionado ao tempo‖. No
Latim existia a palavra ―chronica‖, para designar o gênero
que fazia o registro dos acontecimentos históricos,
verídicos, numa sequência cronológica, sem um aprofundamento ou interpretação
dos fatos. Como se comprova pela origem de seu nome, a crônica é um gênero
textual que existe desde a Idade Antiga e vem se transformando ao longo do tempo.
Justificando o nome do gênero que escreviam, os primeiros cronistas relatavam,
principalmente, aqueles acontecimentos históricos relacionados a pessoas mais
importantes, como reis, imperadores, generais, etc.
LENDO O 1ºTEXTO: O lixo
Luís Fernando Veríssimo
Encontram-se na área de serviço. Cada um com seu pacote de lixo. É a primeira vez
que se falam.
- Bom dia...
- Bom dia.
- A senhora é do 610.
- E o senhor do 612
- É.
- Eu ainda não lhe conhecia pessoalmente...
- Pois é...
- Desculpe a minha indiscrição, mas tenho visto o seu lixo...
- O meu quê?
- O seu lixo.
- Ah...
- Reparei que nunca é muito. Sua família deve ser pequena...
- Na verdade sou só eu.
- Humm... Notei também que o senhor usa muito comida em lata.
- É que eu tenho que fazer minha própria comida. E como não sei cozinhar...
- Entendo.
- A senhora também...
- Me chame de você.
- Você também perdoe a minha indiscrição, mas tenho visto alguns restos de comida
em seu lixo. Champignons, coisas assim...
- É que eu gosto muito de cozinhar. Fazer pratos diferentes. Mas, como moro
sozinha, às vezes sobra...
- A senhora... Você não tem família?
- Tenho, mas não aqui.
- No Espírito Santo.
- Como é que você sabe?
- Vejo uns envelopes no seu lixo. Do Espírito Santo.
- É. Mamãe escreve todas as semanas.
- Ela é professora?
- Isso é incrível! Como foi que você adivinhou?
- Pela letra no envelope. Achei que era letra de professora.
- O senhor não recebe muitas cartas. A julgar pelo seu lixo.
- Pois é...
- No outro dia tinha um envelope de telegrama amassado.
- É.
- Más notícias?
- Meu pai. Morreu.
- Sinto muito.
- Ele já estava bem velhinho. Lá no Sul. Há tempos não nos víamos.
- Foi por isso que você recomeçou a fumar?
- Como é que você sabe?
- De um dia para o outro começaram a aparecer carteiras de cigarro amassadas no
seu lixo.
- É verdade. Mas consegui parar outra vez.
- Eu, graças a Deus, nunca fumei.
- Eu sei. Mas tenho visto uns vidrinhos de comprimido no seu lixo...
- Tranquilizantes. Foi uma fase. Já passou.
- Você brigou com o namorado, certo?
- Isso você também descobriu no lixo?
- Primeiro o buquê de flores, com o cartãozinho, jogado fora. Depois, muito lenço de
papel.
- É, chorei bastante, mas já passou.
- Mas hoje ainda tem uns lencinhos...
- É que eu estou com um pouco de coriza.
- Ah.
- Vejo muita revista de palavras cruzadas no seu lixo.
- É. Sim. Bem. Eu fico muito em casa. Não saio muito. Sabe como é.
- Namorada?
- Não.
- Mas há uns dias tinha uma fotografia de mulher no seu lixo. Até bonitinha.
- Eu estava limpando umas gavetas. Coisa antiga.
- Você não rasgou a fotografia. Isso significa que, no fundo, você quer que ela volte.
- Você já está analisando o meu lixo!
- Não posso negar que o seu lixo me interessou.
- Engraçado. Quando examinei o seu lixo, decidi que gostaria de conhecê-la. Acho
que foi a poesia.
- Não! Você viu meus poemas?
- Vi e gostei muito.
- Mas são muito ruins!
- Se você achasse eles, ruins mesmo, os teria rasgado. Eles só estavam dobrados.
- Se eu soubesse que você ia ler...
- Só não fiquei com eles porque, afinal, estaria roubando. Se bem que, não sei: o lixo
da pessoa ainda é propriedade dela?
- Acho que não. Lixo é domínio público.
- Você tem razão. Através do lixo, o particular se torna público. O que sobra da
nossa vida privada se integra com a sobra dos outros. O lixo é comunitário. É a
nossa parte mais social. Será isso?
- Bom, aí você já está indo fundo demais no lixo. Acho que...
- Ontem, no seu lixo...
- O quê?
- Me enganei, ou eram cascas de camarão?
- Acertou. Comprei uns camarões graúdos e descasquei.
- Eu adoro camarão.
- Descasquei, mas ainda não comi. Quem sabe a gente pode...
- Jantar juntos?
- É.
- Não quero dar trabalho.
- Trabalho nenhum.
- Vai sujar a sua cozinha?
- Nada. Num instante se limpa tudo e põe os restos fora.
- No seu lixo ou no meu?
fonte: http://7leitores.blogspot.com/2008/07/o-lixo-luis-fernando-verssimo.html
Atividades sobre o texto: Realizar leitura coletiva e antes da discussão resolver a seguinte atividade:
1) Preencha as questões abaixo:
a) Título:
b) Assunto principal:
c) Personagens envolvidos:
d) Gênero textual:
e) Autor:
f) Fonte:
2) O gênero textual crônica traz, explícita ou implicitamente, uma crítica a algum aspecto da vida em sociedade. Em relação à crônica ―O lixo‖, de Luís Fernando Veríssimo, qual a crítica presente?
3) Onde os personagens se encontraram pela primeira vez?
4) No início do diálogo, eles se cumprimentam e, em seguida, iniciam uma conversa.
a) Qual é a forma de tratamento usada por eles? b) Essa forma de tratamento é marcada por qual palavra?
5) A conversa entre os personagens continua. A senhora do 610 diz: ―Me chame de você‖.
a) Por que ocorreu essa mudança na forma de tratamento? b) Qual a palavra aponta essa mudança? c) Quanto ao uso do pronome ―me‖ na frase acima, ele está de acordo com a variedade padrão ou não? Justifique sua resposta.
6) Qual a estratégia utilizada pela senhora do 610 para saber se o senhor do 612 tem família ou não? 7) Por meio dos objetos jogados no lixo pelos personagens pode-se levantar hipóteses quanto à condição social deles. Qual é a condição social de cada um? Justifique sua resposta com elementos do texto. 8) Como o senhor do 612 descobriu que a senhora do 610 tinha parentes no Espírito Santo? Quem é o parente distante da senhora? O que mais ele descobriu sobre essa pessoa (parente)? 9) Em ―Isso é incrível!! Como foi que você adivinhou?‖, o elemento destacado
retoma qual ideia? 10) De acordo com a crônica, os elementos abaixo fazem com que cada personagem chegue a uma conclusão. Aponte a conclusão a que cada um chegou a partir dos elementos: a) telegrama amassado: b) carteira de cigarros amassada: c) vidrinhos de comprimidos d) buquê de flores: e) palavras cruzadas:
f) fotografia: 11) Em ―Você brigou com o namorado, certo?‖, o senhor do 612 conclui que a senhora do 610 havia terminado com o namorado. Descreva os passos do raciocínio do homem para alcançar essa conclusão. 12) Toda a conversa revela um drama muito comum entre os habitantes das grandes cidades. Que drama é esse?
Momento da discussão
1-Agora, com seus colegas e com ajuda do seu professor, discuta em grupo as
seguintes questões:
a)Quem produz a crônica?
b)Para quem esse tipo de texto é destinado?
c)Qual a finalidade da crônica?
d)Quais são os profissionais que trabalham diretamente e indiretamente com as
Crônicas?
e)Vocês conhecem algum personagem de crônica? Qual? Quais?
f)Você conhece algum autor de Crônica? Qual? Quais?
g)Onde se pode encontrar esse tipo de texto?
( ) rádio
( ) televisão
( ) jornal
( ) panfletos
( ) internet
( ) revistas
2º BLOCO: PRODUÇÃO INICIAL
Releia o final da crônica ―O lixo‖ de Veríssimo: ―- Acertou. Comprei uns camarões graúdos e descasquei. - Eu adoro camarão. - Descasquei, mas ainda não comi. Quem sabe a gente pode...
- Jantar juntos? - É. - Não quero dar trabalho. - Trabalho nenhum. - Vai sujar a sua cozinha? - Nada. Num instante se limpa tudo e põe os restos fora. - No seu lixo ou no meu?‖
Escreva um pequeno diálogo dando continuidade deste encontro entre o senhor do 612 e a senhora do 610. ......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................
3º BLOCO
2º texto:
Vício na fala
Para dizerem milho dizem mio Para melhor dizem mió Para pior pió Para telha dizem teia Para telhado dizem teiado E vão fazendo telhados http://www.revista.agulha.nom.br/oswal.html#vicio
O discurso ora proferido revela a não uniformidade da língua, em que os ―telhados‖ vão sendo construídos a partir das relações sociais demarcadas por diversos fatores, entre eles os regionais, culturais, sociais e, por que não dizermos, contextuais. Quantos ―mios‖, miós‖, ―piós‖, ―teias‖ e ―teiados‖ não compartilham do cotidiano linguístico de muitos usuários por esse Brasil afora, sobretudo em se tratando daquele linguajar caipira, cuja enunciação caracteriza tão somente um baixo nível de escolaridade, muitas vezes por falta de oportunidade em adquiri-la, mas que nem por isso a interlocução deixou de ser materializada?. Outro aspecto, também digno de nota, refere-se à contextualização outrora mencionada (fatores contextuais), visto que se restringe ao que denominamos de adequação vocabular, mesmo tendo em vista que estamos submetidos a um padrão que nos é convencional.
Assim, ―entrecortados‖ pelo viés da Sociolinguística, prestemo-nos ao exercício de enfatizar um destes fatores que exercem suas influências para tamanha diversidade – o fator regional. Ora, não precisamos ir muito além para percebermos a amplitude de termos típicos de cada região brasileira, todos com significados específicos. Desse modo, no intuito de nortear o conhecimento no que a isso se refere, confere-se a seguir alguns casos representativos, tendo em vista algumas regiões. Ei-las, portanto:
Momento da pesquisa
PROPOR QUE REALIZEM UMA PESQUISA ONLINE SOBRE A MANDIOCA E APRESENTAR OS RESULTADOS OBTIDOS POR MEIO DE CARTAZES; Após a apresentação dos cartazes, realize uma pesquisa online no Laboratório de Informática sobre a Variação e as variantes linguísticas. Em seguida, propor um jogo também online sobre o mesmo assunto. Agora analise as figuras abaixo, buscando descobrir o que vocês já sabem sobre elas: -O que é? -Para que serve? -Onde encontrar? -Como é usada em nossa região e como é conhecida? -Diferenciar as denominações:
MANDIOCA e MACAXEIRA;
Disponíveis nos links: http://farm4.static.flickr.com/3255/2441086237_a7c5020a07.jpg?v=0 http://4.bp.blogspot.com/_suIGFexnyxM/SkIpNbO-lsI/AAAAAAAAARk/pgxLI7xH6X4/s200/Iwata_kenichi_cassava.jpg
3º texto:
Em seguida, realize a leitura do texto: Pechada
Ilustração: Santiago
O apelido foi instantâneo. No primeiro dia de aula, o aluno novo já estava sendo
chamado de "Gaúcho". Porque era gaúcho. Recém-chegado do Rio Grande do Sul,
com um sotaque carregado.
— Aí, Gaúcho!
— Fala, Gaúcho!
Perguntaram para a professora por que o Gaúcho falava diferente. A professora
explicou que cada região tinha seu idioma, mas que as diferenças não eram tão
grandes assim. Afinal, todos falavam português. Variava a pronúncia, mas a língua
era uma só. E os alunos não achavam formidável que num país do tamanho do
Brasil todos falassem a mesma língua, só com pequenas variações?
— Mas o Gaúcho fala "tu"! — disse o gordo Jorge, que era quem mais implicava
com o novato.
— E fala certo — disse a professora. — Pode-se dizer "tu" e pode-se dizer "você".
Os dois estão certos. Os dois são português.
O gordo Jorge fez cara de quem não se entregara.
Um dia o Gaúcho chegou tarde na aula e explicou para a professora o que
acontecera.
— O pai atravessou a sinaleira e pechou.
— O que?
— O pai. Atravessou a sinaleira e pechou.
A professora sorriu. Depois achou que não era caso para sorrir. Afinal, o pai do
menino atravessara uma sinaleira e pechara. Podia estar, naquele momento, em
algum hospital. Gravemente pechado. Com pedaços de sinaleira sendo retirados do
seu corpo.
— O que foi que ele disse, tia? — quis saber o gordo Jorge.
— Que o pai dele atravessou uma sinaleira e pechou.
— E o que é isso?
— Gaúcho... Quer dizer, Rodrigo: explique para a classe o que aconteceu.
— Nós vinha...
— Nós vínhamos.
— Nós vínhamos de auto, o pai não viu a sinaleira fechada, passou no vermelho e
deu uma pechada noutro auto.
A professora varreu a classe com seu sorriso. Estava claro o que acontecera? Ao
mesmo tempo, procurava uma tradução para o relato do gaúcho. Não podia admitir
que não o entendera. Não com o gordo Jorge rindo daquele jeito.
Sinaleira", obviamente, era sinal, semáforo. "Auto" era automóvel, carro. Mas
"pechar" o que era? Bater, claro. Mas de onde viera aquela estranha palavra? Só
muitos dias depois a professora descobriu que "pechar" vinha do espanhol e queria
dizer bater com o peito, e até lá teve que se esforçar para convencer o gordo Jorge
de que era mesmo brasileiro o que falava o novato. Que já ganhara outro apelido:
Pechada.
— Aí, Pechada!
— Fala, Pechada! Luís Fernando Veríssimo.
Após a leitura, o texto será discutido de forma que leve os alunos a recontar a história lida, verificando a compreensão;
1) Realize pesquisas no dicionário sobre as palavras desconhecidas;
2) Anote no caderno as palavras pesquisadas;
3) Qual é o suporte do gênero crônica?
4) Analise e identifique o gênero crônica, citando fatos do texto;
5) Interprete e verifique os vários recursos utilizados por autores brasileiros;
6) Identifique aspectos e características do gênero que está sendo estudado;
7) Caracterize o narrador da crônica.
APRENDENDO UM POUCO MAIS COM OUTROS ESCRITORES...
O escritor Fernando Sabino chega a concluir que "crônica é tudo que o autor chama de crônica". O crítico Antônio Cândido, por sua vez, afirma que "a crônica está sempre ajudando a estabelecer ou restabelecer a dimensão das coisas e das pessoas". Algumas características, no entanto, permitem identificar a crônica como gênero literário.
Estratégias de leitura
1) A classe será dividida em grupos onde ambos selecionarão um conjunto de
crônicas em jornais e revistas;
2) Cada grupo deve escolher uma crônica para discussão e análise. Serão
propostos os seguintes tópicos para discussão:
A crônica narra de forma artística e pessoal fatos do cotidiano, geralmente
colhidos no noticiário jornalístico. Que fatos estão enfatizados nesta crônica?
A crônica geralmente é um texto curto e leve, escrito com objetivo de divertir o
leitor e /ou levá-lo a refletir criticamente sobre a vida e o comportamento
humano.
Como estes dois objetivos estão presentes na crônica escolhida?
O narrador presente na crônica pode ser do tipo observador ou personagem.
Como é o narrador da crônica analisada?
A crônica emprega geralmente a variedade padrão informal em linguagem
curta e direta, próxima do leitor. Analise a linguagem empregada na crônica
Pechada:
LENDO UM POUCO MAIS
Crônica Luís Fernando Veríssimo – Leiam e discutam.
A Bola
O pai deu uma bola de presente ao filho. Lembrando o prazer que sentira ao ganhar
a sua primeira bola do pai. Uma número 5 sem tento oficial de couro.
Agora não era mais de couro, era de plástico. Mas era uma bola.
O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse "Legal!". Ou o que os garotos
dizem hoje em dia quando gostam do presente ou não querem magoar o velho.
Depois começou a girar a bola, à procura de alguma coisa.
- Como e que liga? - perguntou.
- Como, como é que liga? Não se liga.
O garoto procurou dentro do papel de embrulho. - Não tem manual de instrução?
O pai começou a desanimar e a pensar que os tempos são outros. Que os tempos
são decididamente outros.
- Não precisa manual de instrução.
- O que é que ela faz?
- Ela não faz nada. Você é que faz coisas com ela.
- O quê?
- Controla, chuta...
- Ah, então é uma bola.
- Claro que é uma bola.
- Uma bola, bola. Uma bola mesmo.
- Você pensou que fosse o quê?
- Nada, não.
O garoto agradeceu, disse "Legal" de novo, e dali a pouco o pai o encontrou na
frente da tevê, com a bola nova do lado, manejando os controles de um videogame.
Algo chamado Monster Baú, em que times de monstrinhos disputavam a posse de
uma bola em forma de bip eletrônico na tela, ao mesmo tempo em que tentavam se
destruir mutuamente.
O garoto era bom no jogo. Tinha coordenação e raciocínio rápido. Estava ganhando
da máquina.
O pai pegou a bola nova e ensaiou algumas embaixadas. Conseguiu
equilibrar a bola no peito do pé, como antigamente, e chamou o garoto.
- Filho, olha!
O garoto disse "Legal" mas não desviou os olhos da tela. O pai segurou a bola com
as mãos e a cheirou, tentando recapturar mentalmente o cheiro de couro. A bola
cheirava a nada. Talvez um manual de instrução fosse uma boa ideia, pensou. Mas
em inglês, para a garotada se interessar.
http://omundoatravesdaspalavras.blogspot.com.br/2007/11/crnica-lus-fernando-
verssimo.html
Discussão com a turma sobre o texto lido.
TRABALHANDO EM GRUPO
Agora é com você!
Leia o texto abaixo com atenção e depois respondam às atividades
propostas.
a)Escreva as partes que faltam para dar sentido ao texto..
CRÔNICA
Luís Fernando Veríssimo
Férias - Uma Lenda do Esporte – Crônicas mais Engraçadas e Divertidas -
Histórias Engraçadas
Desde criança ele imaginava estar ali, resolveu escolher um dia em que estava de
férias do trabalho para poder experimentar aquele jogo que ele só tinha visto pela
televisão. O jovem tinha certeza de que seria um programa legal e divertido, com
certeza, ele tinha nascido para àquele esporte. Pensava o rapaz. Sendo assim,
resolveu experimentar.
Agora, lá estava ele e a sua namorada. Para fazer uma graça para a garota, se
encheu de orgulho, de pose e começou a fazer um monte de gracinha para a
garota.
Colocou o sapato de pano, escorregava de um lado para o outro, dançava à
Michael Jackson. O Jovem estava muito feliz e radiante como criança quando
ganha um novo brinquedo.
.....................................................................................................................................
.....................................................................................................................................
.....................................................................................................................................
.....................................................................................................................................
Concentração total!!! Tambores...Dentro de instantes ele arremessaria a bola que
ia partir em direção ao primeiro ―strike‖ da sua vida. Ele encaixou os dedos nos
furos da bola. Puxa vida que bola pesada! Não parecia tão pesada assim. Fez
movimentos, gestos e uma pose de causar inveja no mais consagrado dos
campeões e ...Ploooft! Enquanto ele ainda ajeitava a bola ela escorregou dos seus
dedos e caiu bem em cima do dedão do seu pé esquerdo:
- Aiiiiii! Ai! Ai! Ai! Ficou lá pulando e xingando muito, era cada palavrão. Depois de
se recuperar da dor e da decepção a namorada dele falou:
.....................................................................................................................................
.....................................................................................................................................
.....................................................................................................................................
.....................................................................................................................................
.....................................................................................................................................
Ela estava gozando com a cara dele. Ele pensou: Agora vou arrebentar! Vou deixar
de moleza e vou mostrar para essa mina que eu sou maior do que qualquer
dificuldade. Vou superar esta primeira decepção e vou mostrar para ela que sou
um homem que não se abate diante das dificuldades da via. Claro que vou!
Foi lá pegou outra bola, agora com firmeza nas mãos, encaixou os dedos no
buraco, concentração total, respiração: inspira...expira...Calma, equilíbrio e pontaria
... ok! Lançamento...
- Há! Há! Há! Há! Caraca! Como você conseguiu fazer uma barberagem dessa?
Disse a namorada do rapaz vendo a bola correr pela pista ao lado. Pela mor de
Deus! Não acredito, vai ser grosso assim lá na Conchichina. Eu heim!
Edilson Rodrigues Silva
Interdisciplinaridade: Explorando a linguagem e seus recursos linguísticos para
interagir com a cultura afrodescendente.
Como foi possível perceber nos estudos anteriores, vê-se que existem diversos tipos
de anúncios publicitários, tais como: institucionais-políticos, culturais, religiosos,
(com finalidade de divulgar uma ideia ou causa) e comerciais ( para vender um
produto ou sua marca). Eles podem ser encontrados nos comerciais de tv.
Com as informações recebidas, vocês deverão analisar um comercial de tv, para
compreender melhor como esse tipo de texto se estrutura em sua linguagem não
verbal.
1-Após a observação da imagem e sua compreensão, responda aos seguintes
questionamentos:
a) O que você está vendo?
b) O que é mais importante na figura?
c) De onde foi tirada essa imagem?
d) De acordo com os detalhes contidos na imagem a quem ela se direciona?
e) Como é possível identificar os locutores dessa imagem?
f) Qual é o enredo principal dessa imagem?
Como possível observar, a linguagem não verbal expressa a intenção de um
registro(acontecimento) do cotidiano destinado sempre para uma pessoa
(interlocutor). Para que isso ocorra, tanto em textos escritos como orais, é
necessário que o leitor entenda quais são os recursos linguísticos que deve ser
utilizado para compor os sentidos dos textos (orais e escritos).
Agora é com você!
PRODUZINDO SUA CRÔNICA!
À partir de situações do cotidiano os alunos serão divididos em pequenos grupos
para identificarem episódios do cotidiano escolar e comentá-los em forma de
pequenas crônicas.
Sugestões de leitura
Comédia para se Ler na Escola, Luiz Fernando Veríssimo, Editora Objetiva.
Para Gostar de Ler: Crônicas, Vários autores (volumes 5 e 7), Editora Ática.
Sobre a Crônica, Ivan Ângelo, Revista Veja São Paulo, 25 de abril de 2007.
CONHECENDO UM POUCO MAIS... _Vamos assistir um vídeo divertido com uma crônica de Chico Anyzio: https://www.youtube.com/watch?v=kt8g7XcLjQQ
Professor, após assistir o vídeo faça uma discussão sobre o mesmo, levando os alunos a anotarem o que entenderam do assunto tratado.
TEATRALIZANDO A CRÔNICA!!!!!!!!!!!!!!!! AGORA VAMOS FORMAR GRUPOS DE 6 A 8 ALUNOS E REALIZAR UM TEATRO PARA SER APRESENTANDO PARA TODA COMUNIDADE ESCOLAR!!!!!!!!!!!!!
3h/a
4ºBLOCO: Produção Final Reestruture a 1ª crônica produzida, analisando o
conhecimento adquirido no decorrer da Intervenção Didática;
Realize novamente o questionário inicial e compare as 1ªs respostas e as atuais;
Propôr autoavaliação discutindo com a turma os pontos negativos e positivos do trabalho desenvolvido.
Algumas considerações metodológicas para os professores Professor, no início desse trabalho deve-se incentivar os alunos para a
mobilização para que eles tomem consciência do gênero textual em questão. Neste
primeiro momento, sugere-se fazer uma sondagem por meio de perguntas sobre
―Crônica Literárias‖ no intuito de verificar o conhecimento prévio sobre o que os
alunos conhecem a respeito deste gênero. As questões serão discutidas verificando
o conhecimento dos mesmos, onde o professor poderá acrescentar os
conhecimentos que estes ainda não possuem.
A partir dessa sondagem, serão trabalhadas questões orais e escritas sobre o
assunto abordado, pelo qual os alunos utilizarão respostas curtas e simples,
podendo pesquisar, refletir, discutir e opinar sobre todo trabalho realizado, buscando
sanar suas dúvidas caso as tenha até esse momento.
Após a primeira produção textual, o professor poderá sortear um texto para corrigi-lo
com a permissão do aluno, fazendo todas as inferências possíveis, como: estrutura
textual, ortografia, concordâncias verbais, lembrando inclusive as características do
gênero textual: crônica...
Com o texto da mandioca, o aluno deverá aprender a identificar a variação de
dialetos de nossa sociedade, bem como correlacionar a variante padrão com a não-
padrão, buscando assim entender os nossos regionalismos.
No desenvolvimento do trabalho da interdisciplinaridade, cuidar para que não
ocorram brincadeiras maldosas em sala de aula, caso isso aconteça, procure sanar
isso imediatamente, e se necessário, prepare algumas atividades de socialização
para a próxima aula.
No desenvolvimento da peça teatral, incentive a participação de todos,
converse com eles sobre a melhor forma de realizar a apresentação, enfim, seja
mediador desse trabalho, fazendo com que ele se realize de forma satisfatória.
Por fim, proponha a produção final incentivando os alunos a realizar o melhor
texto possível e propondo em seguida a autoavaliação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. Tradução Paulo Bezerra. 4ªed. São
Paulo: Martins Fontes, 2003.
BRONCKART, J. P. Atividade de linguagem, discurso e desenvolvimento humano. Campinas: Mercado de Letras, 2009.
DOLZ, J. & B. SCHNEUWLY. Pour un enseignement de l’oral. Initiation aux genres formels à l’école. Paris: ESF ÉDITEUR. 1998.
DOLZ, J. & SCHNEUWLY, B. Genres et progression en expression orale et ecrite. Éléments de réflexions a propos d'une expérience romande. Enjeux nº
37/38. pp 49-75. 1996.
DOLZ, J, M NOVERRAZ, M., e SCHNEUWLY, B. 'Sequências didáticas para o oral e a escrita: apresentação de um procedimento'. In: DOLZ, J. e SCHNEUWLY, B. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado de
Letras, 2004. p. 95-128.
GERALDI, João Wanderley. Portos de Passagem 4. ed..- São Paulo: Martins Fontes, 1997.
KOCH, Ingedore G. Villaça. Argumentação e linguagem 10. ed. São Paulo: Cortez, 2006.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paul: Parábola Editorial, 2008.
______ Produção Textual, Análise de Gêneros e Compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008._____. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. 5 ed. São Paulo: Cortez, 2004.
MEURER, José Luiz, DÉSIRÉE, Motta-Roth (orgs.)Gêneros textuais e práticas discursivas: subsídios para o ensino da linguagem. Bauru: EDUSC, 2002. NASCIMENTO, Elvira Lopes. (Org.) Gêneros textuais – Da didática da língua aos objetos de ensino. Campinas: Pontes, 2014.
NASCIMENTO, Elvira Lopes; ROJO, Roxane Helena Rodrigues (Orgs.). Gêneros de texto/Discurso - E os desafios da contemporaneidade. Campinas: Pontes, 2014.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares de Educação Básica de Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2008.
SIMON, Luiz Carlos. Duas ou três páginas despretensiosas : a crônica, Rubem Braga e outros cronistas. Londrina: EDUEL, 2011.
SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Trad. Claúdia Schillng. 6.ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.