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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3 Cadernos PDE I

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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3Cadernos PDE

I

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CULTURA CORPORAL E INFLUÊNCIA DA MÍDIA NA IMAGEM CORPORAL DE

ADOLESCENTES

Autora: Adriane Elisa Simões Avanço1

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Karina Elaine de Souza Silva2

Resumo Este artigo apresenta os resultados das atividades desenvolvidas apresentadas pelo Plano de Implementação Pedagógica da disciplina de Educação Física, realizadas no segundo semestre do ano de 2015, em cumprimento as exigências do Programa de Desenvolvimento da Educação- PDE. O Objetivo foi demonstrar o quanto a mídia tem influenciado na busca pelo corpo perfeito e o quanto as pessoas, especialmente os jovens têm sido reféns de um discurso preconceituoso que pode levar, inclusive à morte. Para o desenvolvimento das ações foi necessário um prévio levantamento de fontes teóricas que respaldassem a prática de campo. E como resultado pode-se perceber pela observação do desempenho dos alunos e pelas atividades escritas que eles compreenderam que o cuidado com a saúde e com a qualidade de vida é muito mais importante que a aparência e o padrão de beleza exigido por este momento histórico.

Palavras-chave: Educação Física. Testes Antropométricos. Imagem Corporal. Corpo Natural. Corpo Social.

1 INTRODUÇÃO

Este artigo apresenta o desenvolvimento e os resultados do Plano de

Implementação Pedagógica que foi desenvolvido com um grupo de 28 (vinte e oito)

alunos de uma turma do 3º ano do Colégio Estadual “14 de Dezembro”, Ensino

Médio, Profissional, Normal e Profissionalizante da cidade de Alvorada do Sul,

Núcleo Regional da Educação de Londrina, Paraná. Como objetivo, pretendeu-se

desenvolver atividades que levassem os alunos a refletirem sobre a força que as

mais diversas mídias possuem em convencer a respeito de um padrão de beleza,

que preza mais pelo corpo social em detrimento ao corpo natural, ou seja, mais

aparência, mas, nem sempre com cuidados com a saúde.

A metodologia utilizada foi a de trabalho de campo com pesquisa bibliográfica

que respaldou a proposta das atividades e justificou a escolha didático pedagógica

de cada uma delas, sendo que os resultados, são agora, aqui apresentados.

1 Professora de Educação Física da Rede Estadual de Educação do Paraná. Lotada no Colégio Estadual “14 de

Dezembro”, Ensino Médio, Profissional, Normal e profissionalizante, de Alvorada do Sul. 2015. Email: [email protected] ; 2 Professora Drª da Universidade Estadual de Londrina. UEL.2015. Email: [email protected]

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2 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

2.1ATIVIDADE 1 - O CORPO SOCIAL (DIAGNÓSTICO)

Esta atividade objetivava diagnosticar o corpo social, sendo que para isso

utilizou-se de um questionário sobre a cobrança social do corpo padronizado

(ANEXO I), que necessitou posteriormente de uma tabulação de forma acumulada,

que se deu da seguinte maneira: somou-se o número de cada resposta de 1 a 6 e

multiplicou-se pelo número correspondente. Ou seja, resultado das respostas. O

total de pontos foi dividido pelo número de questionários aplicados, apresentando os

resultados que estão apresentando na Tabela 1.

Tabela 1 - Resultados da Distorção

Quantidade de Alunos Tipo de Distorção

16 Ausência de distorção

03 Leve distorção

09 Distorção Moderada

0l Grave Distorção Fonte: dados da autora (2015)

Analisando tais resultados, nota-se que dos 29 alunos que responderam ao

questionário, 10,35% deles apresentam uma leve distorção de sua imagem corporal;

31,03% se encontraram na faixa de distorção moderada; a maioria, 55,17% sequer

apresentaram algum tipo de distorção. No entanto, 1 deles, 3,45% apresentou grave

distorção em relação à sua própria imagem.

Figura 1: Aluna respondendo ao questionário sobre Corpo Social Fonte: Arquivo da autora (2015)

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A proposta desta atividade foi a de fazer com que os alunos começassem a

ter consciência de seu corpo, porque tal consciência corporal concede elementos de

autonomia para que ele não perca a consciência da autoimagem e consiga manter

sua essência, que é única.

2.2ATIVIDADE 2 - QUESTIONÁRIO DE AUTO - PERCEPÇÃO

Para diagnosticar a relação do aluno com a aparência de seu corpo, foi

utilizado um questionário de auto percepção (ANEXO 2).

Também estas respostas foram tabuladas considerando as somatórias

apresentadas no questionário 1, e a média dos resultados foi de 88 pontos de

distorção, número sobre o qual foi aplicada a classificação de Di Pietro (2002) que

propõe que tal pontuação seja considerada a partir dos níveis abaixo:

1º. nível < 80 Ausência de distorção da imagem corporal

2º. nível 80 a 110 Leve distorção da imagem corporal

3º. nível 110 a 140 Distorção moderada da imagem corporal

4º. nível > 140 Grave distorção da Imagem corporal

Portanto, pode-se considerar, com exceção de 2 (dois) alunos, ou seja, 6,89%

que não responderam aos questionários, os demais, 26 alunos (93,11%), possuem

uma leve distorção da imagem corporal.

No momento do debate, quando todos tiveram liberdade para revelar o que

descobriram sobre si, nenhum deles quis expressar seus resultados.

2.3 ATIVIDADE 3 – APRESENTAÇÃO DA IMPLEMENTAÇÃO

Para apresentação do Projeto, logo após os alunos terem respondido aos

questionários diagnóstico, eles foram levados a verem o vídeo Beleza: Harmonia e

Perfeição - Understanding Beauty (1994)3, para que pudessem compreender os

objetivos do projeto.

3 Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Kb7SAFxC2xc>

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2.4 ATIVIDADE 4 - DIAGNÓSTICO DO CORPO NATURAL PELO ÍNDICE DE

MASSA CORPORAL (IMC)

Martin & Drinkwater (1991 apud COSTA, 2001) relatam que existem várias

técnicas para a determinação da composição corporal que podem ser classificadas

de acordo com os métodos utilizados, que por sua vez podem ser: direto, indiretos e

duplamente indiretos.

O Índice de Massa Corporal (IMC) é um exemplo de procedimento de

avaliação da composição corporal, ele relaciona o peso e a estatura corporal que

pode ser representativo do excesso de peso quando se tem uma elevada

quantidade de massa gorda. É um método comumente empregado em avaliações

clínicas para verificação do peso corporal (QUEIROGA, 2005).

O I.M.C. pode ser utilizado para classificar o grau de obesidade de uma

pessoa e sua relação com os riscos de saúde.

O I.M.C. é obtido utilizando-se a equação:

I.M.C = 𝑃𝐶 𝐸 2

Sendo que “PC” representa o peso corporal em quilogramas (Kg) e “E” a

estatura corporal ao quadrado em metros (m) (MIQUELETO, 2006, p.24).

Esta atividade aferiu o peso e altura dos alunos da turma e obteve a relação

cintura/quadril, considerando a proposta de Guedes e Guedes (1998, p.301) para os

protocolos da Composição Corporal, com as seguintes equações antropométricas:

Índice de Massa Corporal (kg/m²) = Peso Corporal /(Estatura²)

E, para Relação Cintura/Quadril

Circunferência da Cintura (cm) /Circunferência do Quadril (cm),

Conforme mostra a figura 2.

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Figura 2: Aferição de peso e altura e relação cintura/quadril Fonte: arquivo da autora (2015)

Para classificação da gordura pelo índice de massa corporal considerou-se os

parâmetros apresentados na Tabela 2:

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Tabela 2 Classificação do Índice de Massa Corporal (peso em Kg e altura em m)

RESULTADO SITUAÇÃO

Abaixo de 17 Muito abaixo do peso

Cn Abaixo do peso

Entre 18,5 e 24,99 Peso Normal

Entre 25 e 29,99 Acima do peso

Entre 30 e 34,99 Obesidade I

Entre 35 e 39,99 Obesidade II (severa)

Acima de 40 Obesidade III ( mórbida)

Fonte: Fonte: http://www.calculoimc.com.br/ (2014)

Para análise e avaliação dos resultados, os alunos seguiram os Valores de

IMC para Sobrepeso e Obesidade, agrupados por Sexo e Faixa Etária, de acordo

com a classificação proposta por Cole et al (2000) (ANEXO III).

A Tabela 3 apresenta os resultados obtidos:

Tabela 3 Resultados de IMC dos alunos, segundo classificação de Cole et al (2000)

Alunos IDADE DOS ALUNOS EM 26/10/2015

RESULTADOS de acordo com Cole et Al (2000)

1 17 anos e 5 meses

2 17 anos e 1 mês

3 17 anos e 1 mês

4 17 anos e 1 mês Sobrepeso

5 17 anos e 7 meses

6 16 anos e 10 meses Sobrepeso

7 17 anos e 6 meses

8 17 anos e 2 meses

9 19 anos e 10 meses

10 16 anos e 9 meses

11 17 anos e 2 meses

12 17 anos e 6 meses

13 17 anos e 2 meses

14 17 anos e 4 meses

15 17 anos e 8 meses Sobrepeso

16 16 anos e 9 meses

17 17 anos e 6 meses

18 17 anos e 5 meses

19 17 anos

20 17 anos e 5 meses Sobrepeso

21 17 anos e 3 meses

22 18 anos e 10 meses

23 16 anos e 10 meses

24 17 anos e 4 meses

25 16 anos e 10 meses Sobrepeso

26 17 anos e 10 meses

27 17 anos e 3 meses

28 17 anos e 3 meses

29 17 anos e 1 mês

Fonte: dados da autora (2015)

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Também foram tomadas as medidas de cintura e quadril, e neste momento

considerou-se o que propôs Silva et al (2009, p. 418) quando enfatizaram que:

A Circunferência de Cintura (CC) foi analisada tendo como referência a

proposta do III Consenso Latino Americano de Obesidade (COUTINHO,

1998). Para obesidade abdominal/visceral no sexo feminino foi considerado

o ponto de corte de 80-88cm como risco alto e muito alto respectivamente e

para o sexo masculino 94-102 cm como risco alto e muito alto,

respectivamente. Os valores menores que 94 e 80 para homens e

mulheres, respectivamente, foram considerados como de gordura

abdominal adequada.

Os resultados obtidos seguem apresentados na Tabela 5.

Tabela 5 Resultados das Medidas Cintura Quadril

Alunos IDADE DOS ALUNOS EM 26/10/2015

RESULTADOS da relação cintura

quadril

RISCO DE OBESIDADE (gordura abdominal/

visceral)

1 17 anos e 5 meses 0,67 adequada

2 17 anos e 1 mês 0,77 adequada

3 17 anos e 1 mês 0,73 adequada

4 17 anos e 1 mês 0,82 Risco alto

5 17 anos e 7 meses 0,72 adequada

6 16 anos e 10 meses 0,66 adequada

7 17 anos e 6 meses 0,76 adequada

8 17 anos e 2 meses 0,76 adequada

9 19 anos e 10 meses 0,83 adequada

10 16 anos e 9 meses 0,76 adequada

11 17 anos e 2 meses 0,79 adequada

12 17 anos e 6 meses 0.68 adequada

13 17 anos e 2 meses 0,76 adequada

14 17 anos e 4 meses 0,73 adequada

15 17 anos e 8 meses 0,70 adequada

16 16 anos e 9 meses 0,87 adequada

17 17 anos e 6 meses 0,78 adequada

18 17 anos e 5 meses 0,80 adequada

19 17 anos 0,71 adequada

20 17 anos e 5 meses 0,82 adequada

21 17 anos e 3 meses 0,80 adequada

22 18 anos e 10 meses 0,80 adequada

23 16 anos e 10 meses 0,79 adequada

24 17 anos e 4 meses - -

25 16 anos e 10 meses 0,73 adequada

26 17 anos e 10 meses 0,77 adequada

27 17 anos e 3 meses 0,73 adequada

28 17 anos e 3 meses 0,80 adequada

29 17 anos e 1 mês 0,80 adequada

Fonte: dados da autora (2015)

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2.5 ATIVIDADE 5 - A HISTÓRIA DA BELEZA

Esta atividade consistiu na discussão histórica da construção do conceito de

beleza. Essa discussão foi embasada num texto no filme A Influência da Mídia nos

Padrões de Beleza4. Após estes subsídios os alunos responderam a um questionário

com as seguintes questões:

a) O que é Ser Belo?

b) Por que o Belo está sempre fora do corpo?

c) Ao que está associada a beleza?

d) Como uma pessoa faz para se sentir bela nos dias atuais?

Resposta do Questionário Inicial:

A) De todos os alunos, 28 deles responderam a todas as questões iniciais e das

respostas obtidas. Sobre o que é ser belo, 16 (dezesseis) alunos disseram que a

Beleza se refere à aparência, outros 6 (seis) disseram que a beleza se deve ao

corpo magro, 3 (três) deles falaram que as condições financeiras é que tornam

alguém belo, devido as possibilidades de comprar roupas e sapatos de grife; apenas

1 (um) deles se referiu à qualidade específica do espírito como item principal para

ser belo.

B) Sobre o motivo do Belo estar sempre fora do corpo, as respostas dos 28 (vinte

oito) alunos variaram com falas que demonstraram que: 6 (seis) deles responderam

que estar gordo ou magro é o motivo da beleza estar sempre fora do corpo; outros 6

(seis) disseram que a aparência é responsável pela beleza e, portanto, está fora do

corpo; 3 (três) deles disseram que a beleza está fora do corpo porque pode ser vista

no espelho, porque é um reflexo de cada um; 6 (seis) disseram que a beleza está

fora do corpo porque ela sempre é observada no outro; 4 ( quatro) responderam que

se trata de observar as roupas das pessoas; 2 (dois) disseram que está no rosto a

beleza e 1 ( um) não respondeu.

4Disponível em:<https://www.youtube.com/watch?v=-r5BoCXPHuM>

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C) Para a questão C, sobre ao que estaria associada a beleza, as respostas obtidas

ficaram assim dispostas: 10 (dez) dos alunos disseram que a beleza está associada

à roupas que as pessoas usam; 6 (seis) acreditam que esta associação é possível

apenas para quem tem dinheiro; 4 (quatro) disseram que associa-se a beleza ao

corpo perfeito; 4 (quatro) associaram a beleza à palavra aparência; 2 (dois) falaram

que a beleza está associada às cirurgias plásticas; 1 ( um) associou a beleza ás

atitudes de uma pessoa e 2 (dois) deles não responderam a esta questão;

D) As respostas a esta questão ficaram distribuídas da seguinte forma: para ficar

belo nos dias atuais a pessoa precisa de roupas, cirurgias plásticas e atividades

físicas, resposta de 14 (quatorze) alunos; enquanto que 8 (oito) disseram que as

dietas são atitudes comuns para as pessoas ficarem bonitas nos dias atuais; 2 (dois)

responderam que precisam de escova progressiva para os cabelos; 2 (dois)

acreditam que o salão de beleza e a maquiagem são indispensáveis; 1(um) disse

que precisa de dinheiro e 1(um) não respondeu.

A partir destas atividades os alunos conseguiram compreender que a questão

estética tem preocupado todas as classes sociais e as mais diferentes idades que se

se apoiam em discursos mais voltados para perfeição corporal que para saúde. Eles

também entenderam que a percepção atual é voltada para um enorme arquivo de

imagens visuais que dialogam com o público, apresentando a ele a exigência da

transformação corporal, projetando a ideia de corpos perfeitos para a sociedade e a

questão de que “não basta ser saudável: há de ser belo, jovem, estar na moda e ser

ativo” (FIGUEIRA, 2005, p.2).

Estas respostas ficaram guardadas para serem rediscutidas ao final do

Projeto.

2.6 ATIVIDADE 6 - OS APAIXONADOS PELO CORPO, ANTES E DEPOIS DAS

PLÁSTICAS

Os alunos apreciaram muito esta atividade, pois, foi-lhes apresentados

vídeos5 e reportagens que demonstraram os riscos e alguns muitos resultados de

5Antes e depois: os apaixonados pelas plásticas. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=PXEXwqo2jHQ

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cirurgias plásticas que não deram certo. Perceberam que a atual busca pela beleza

a partir de cirurgias arriscadíssimas, pode levar, inclusive, à morte.

Dessa forma concordam com Del Priore (2004) que esclarece que os

indivíduos adoram o corpo perfeito, modelado à custa de dietas, cirurgias plásticas,

medicamentos e exercícios físicos extenuantes. Os adoradores acabam sendo

consumidores que acabam investindo tempo e dinheiro na busca desta perfeição

corporal (DEL PRIORE, 2004).

Os alunos foram convidados buscar mais materiais sobre os procedimentos

cirúrgicos que têm acontecido no mundo, e puderam elencar os riscos e divulgar os

crimes que as pessoas têm cometido em busca de um padrão de beleza proposto

pelo atual momento cultural, onde ser magro e ter formas definidas está acima da

saúde.

2.7 ATIVIDADE 7 - A INFLUÊNCIA DA MÍDIA

Esta atividade foi desenvolvida a partir de um texto de autoria da professora

PDE, intitulado “A Beleza que aprendi”, e de uma charge que questionava se o

padrão de beleza fosse a inteligência, como seria.

Infelizmente o primeiro impacto da charge provocou uma baixa autoestima

nos alunos. Eles logo disseram que se inteligência fosse padrão de beleza eles

“seriam feios”. No entanto, no decorrer das atividades, eles foram percebendo que

podem mudar o conceito que tem sobre si, na questão intelectual, e perceber a

beleza de outras formas.

2.8 ATIVIDADE 8 - OS HOMENS E A BUSCA DO CORPO PERFEITO

Os alunos perceberam que, se antes, o belo estava voltado para o corpo

feminino, nos dias atuais, muitos homens também se rendem a busca do corpo

perfeito, exagerando nas dietas e nos exercícios físicos, fazendo com que sua saúde

seja prejudicada.

É aqui que Medina (1987) esclarece que a Educação Física deve desenvolver

o seu trabalho na sociedade seguindo a tendência da saúde e a tendência

educacional, driblando a mídia que insiste em apresentar capas de revistas,

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embalagens de cosméticos, com pessoas magras ou “saradas” (grifo meu), de

corpos seminus, vestidas com roupas de ginástica ou de banho, enaltecendo e

divulgando um modelo de beleza que serve ao poder dominante.

Foram levados a assistirem dois vídeos: Esteróides Anabolizantes6 e

Esteróides anabolizantes, o que provocam?7 . E a partir deles trouxeram para sala

respostas sobre as questões sugeridas sobre doping e anabolizantes, sobre as

consequências e efeitos colaterais.

2.9 ATIVIDADE 9 - OS TRANSTORNOS ALIMENTARES

A respeito dos transtornos alimentares, o interesse dos alunos foi bem amplo.

Eles puderem discutir sobre Anorexia e Bulimia Nervosa, Vigorexia, Drunkorexia e

Obesidade de Desnutrição.

Estes transtornos foram apresentados a partir de textos impressos e dos

vídeos: Anorexia, Bulimia e Vigorexia8 e De Obesa a Anoréxica em menos de 2

anos9.

A partir destes conceitos e discussões ficou frisada a importância da atenção

para com a saúde do corpo, antes da aparência, e que uma alimentação saudável

pode proporcionar melhor qualidade de vida e longevidade.

2.10 ATIVIDADE 10 - ATIVIDADES FÍSICAS

Esta atividade baseou-se em aulas-passeio. Foram feitas visitas às

academias de Musculação, dos professores Jean Shimonishi e de Rosa Maria

Gambi Alves, Pilares e Neo-Pilates, de propriedade da Fisioterapeuta Marilise

Simões Avanço, bem como visitaram também a academia pública Beira Lago o

Projeto NASF - Núcleo de Apoio à Saúde da Família, também de iniciativa pública.

Os alunos conseguiram perceber que têm muitos motivos que levam as

pessoas às academias, que não apenas a aparência física. Que nos casos das

6Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=PdjOD2finfw >;

7Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=ItuAlDyIPVU >

8Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=WbD1XT-SUow;

9Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=hcUQm1BXn_k

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atividades orientadas por profissionais de Educação Física ou Fisioterapeutas, a

saúde está em primeiro lugar.

Nestas visitas eles contaram com explicações e palestras por parte destes

profissionais, que enfatizaram muito a questão da saúde, dos perigos das atividades

físicas sem acompanhamento, das dietas e cirurgias milagrosas, concordando com

tudo o que eles já haviam visto em sala de aula e reforçando o conteúdo do Projeto

de Implementação que teve por objetivo esclarecer o poder de influência da mídia na

questão da imagem corporal.

Figura 3: Palestra sobre o Projeto NASF

Fonte: Arquivo da autora (2015)

Figura 4: Visita a Academia de Pilates e Neo-Pilates

Fonte: Arquivo da autora (2015)

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Figura 5: Visita à Academia de Musculação

Fonte: Arquivo da Autora (2015)

Figura 6: Visita à Academia Pública Beira Lago

Fonte: Arquivo da Autora (2015)

Figura 7: Visita à Academia de Taekwondo

Fonte: Arquivo da autora (2015)

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Figura 8: Visita á Academia de Ginástica

Fonte: Arquivo da Autora (2015)

2.11 ATIVIDADE 12 - APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

Foram muitas as surpresas ao final das atividades. E tendo retomado o

questionário inicial, partindo das mesmas questões:

a) O que é Ser Belo?

b) Por que o Belo está sempre fora do corpo?

c) Ao que está associada a beleza?

d) Como uma pessoa faz para se sentir bela nos dias atuais?

As respostas demonstraram que os alunos compreenderam que no caso da

Academia e das Dietas, o importante sempre é buscar a saúde e qualidade de vida

em primeiro lugar. Nestas respostas também ficou evidente que eles entenderam

que as mídias tem ditado os modelos de beleza exterior, enquanto que o belo pode

ser associado ao caráter, simpatia e valores que as pessoas têm.

A) Sobre o que é ser Belo: 7 (sete) alunos responderam que é ter caráter, ser

sincero, ser do Bem; 5 (cinco) ainda disseram que é seguir os modelos da mídia e

ter o corpo perfeito; 5 (cinco) falaram que para ser belo tem que ser original, ser ele

mesmo; 4 (quatro) responderam que ser belo é valorizar seu interior; 2 (dois)

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disseram que é ter saúde; 2 (dois) disseram que é ser feliz; 1 (um) disse que é ter

seu próprio estilo; 1 (um) falou que é ter amor próprio e 1 (um) não respondeu;

B) Por que o Belo esta sempre fora do corpo? Dentre as respostas observadas

percebeu-se que a maioria 19 (dezenove) dos alunos, disseram que isso acontece

porque sempre se observa o outro e não a si mesmo; 6 (seis) responderam que isso

se dá porque é a beleza física que importa; 2 (dois) falaram que é porque se acredita

na mídia e 1(um) não respondeu;

C) Ao que está associada a beleza? As respostas variaram e se afastaram um

pouco das repostas do questionário inicial, mas, mesmo assim, 5 (cinco) alunos

ainda acreditam que as roupas e vestimentas tornam uma pessoa bela; 11 (onze)

perceberam que as associações da beleza ao corpo perfeito se dá pela influência da

mídia; 4 (quatro) responderam que está associada às cirurgias plásticas; 6 (seis)

responderam que está associada a frequência a academias; 1 ( um) referiu-se aos

salões de beleza e 1(um) não respondeu;

D) Como uma pessoa faz para se sentir bela nos dias atuais?

A grande maioria, 11(onze) alunos, acreditam que as pessoas recorram às

cirurgias plásticas; 5 (cinco) responderam que as roupas podem fazer a pessoa se

sentir mais bela; 6 (seis) se referiram ás dietas; 5(cinco) as academias e 1 (um) não

respondeu.

Ao final, todo trabalho, resultado de todas as atividades foi apresentado para

a Comunidade Escolar, quando então os alunos explicaram e demonstraram a

compreensão do que foi aprendido.

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Figura 9: Apresentação sobre Distúrbios Alimentares

Fonte: Arquivo da autora (2015)

Figura 10: Alunos falam sobre a Beleza do Photoshop

Fonte: Arquivo da autora (2015)

CONCLUSÃO

O propósito deste Artigo foi apresentar as atividades desenvolvidas com

alunos de Ensino Médio, dentro do Programa de Desenvolvimento Educacional,

abordando o conceito de beleza e como este pode ser influenciado pela mídia e

indústria cultural. No decorrer das atividades, os alunos perceberam que o conceito

de beleza foi sendo modificado ao longo da história e que nos dias atuais a TV,

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internet e revistas sofisticadas tentam introjetar nos adolescentes um conceito de

aparência ideal, sem levar em conta o conceito de saúde. Os alunos também

puderam conhecer os espaços públicos voltados à promoção de atividades físicas.

Pode-se perceber que há necessidade de se trabalhar essa temática nas

aulas de Educação Física, mostrando que não existe um ideal de aparência física,

porem que o conceito de beleza inclui também a ideia de saúde ( corpo natural) e de

vivência de valores éticos .

No que diz respeito aos trabalhos deste Projeto, concluiu-se com sucesso,

tendo superado as expectativas quanto à participação e colaboração dos alunos,

sendo que eles compreenderam que precisam valorizar mais seu corpo natural e a

saúde do que o padrão de beleza física imposto pela mídia.

REFERÊNCIAS

COLE, T.J.; BELLIZZI, M.C.; FLEGAL, K.M.; DIETZ ,W.H. Establishing a standard definition for child overweight and obesity worldwide: international survey. British Medical Journal 2000, 320: 1240-3. COSTA, Roberto Fernandes da. Qual melhor método de avaliação da composição corporal? São Paulo: USP, 2001. Disponível em< http://www.sanny.com.br/downloads/mat_cientificos/melhor_tecnica_de_a.pdf> Acesso em 13 jun. 2014. DEL PRIORE, Mary. Corpo a corpo com as mulheres: as transformações do corpo feminino no Brasil. IN: STREY, IN: CABEDA, S. T. L. (Orgs.). Corpos e subjetividade em exercício interdisciplinar. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004.

FIGUEIRA, Márcia. L. M. A revista “Capricho” como uma pedagogia cultura: Saúde, beleza e moda. IN: XIV Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte. Anais. RS: Porto Alegre, 2005.

MEDINA, João P.S. Educação Física cuida do corpo e mente. São Paulo, Editora Papirus, 1987. MIQUELETO, Bruno César. Métodos de Avaliação e Controle da Composição Corporal por Meio de Exercícios Resistidos e Aeróbios. Monografia (Graduação em Educação Física). Universidade Estadual Paulista. 2006. Disponível em:<http://www.fc.unesp.br/upload/Metodos%20de%20Avaliao%20e%20Controle%20da%20Composio%20Corporal%20por%20M.pdf> Acesso em 02 jun. 2014.

SILVA, N.M., GOMES FILHO, A., SILVA, J. F. Indicadores antropométricos de obesidade

em portadores da síndrome de Down entre 15 e 44 anos. Revista Brasileira de Educação

Física e Esporte. Vol.23, nº 4. São Paulo. Oct/Dec.2009.

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ANEXOS

QUESTIONÁRIO PARA AUTO-PERCEPÇÃO SOBRE A APARÊNCIA

Por favor, leia cada questão e faça um círculo no número apropriado. Use a legenda

abaixo:

1. Nunca

2. Raramente

3. Às vezes

4. Frequentemente

5. Muito frequentemente

6. Sempre

Por favor, responda a todas as questões, sobre estas últimas 4 semanas:

1.Sentir-se entediado(a) faz você se preocupar com sua forma física?

1 2 3 4 5 6

2. Você tem estado tão preocupado(a) com sua forma física que chega ao ponto de sentir

que deveria fazer dieta? 1 2 3 4 5 6

3. Você acha que suas coxas, quadris ou nádegas são grandes demais para o

restante de seu corpo? 1 2 3 4 5 6

4. Você tem sentido medo de ficar mais gordo ou gorda? 1 2 3 4 5 6

5. Você se preocupa com o fato de seu corpo não ser suficientemente firme?

1 2 3 4 5 6

6. Sentir-se satisfeito(a), por exemplo, (após ingerir uma grande refeição), faz você sentir-se

gordo(a)? 1 2 3 4 5 6

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7. Você já se sentiu tão mal a respeito de seu corpo que chegou a chorar?

1 2 3 4 5 6

8. Você já evitou correr pelo fato de que seu corpo poderia balançar? 1 2 3 4 5 6

9. Estar com mulheres ou homens magros ou magras, faz você se sentir

preocupado(a) em relação a sua forma física? 1 2 3 4 5 6

10. Você já se preocupou com o fato de suas coxas poderem se espalhar quando você

senta? 1 2 3 4 5 6

11. Você já se sentiu gordo(a) mesmo após ingerir uma pequena quantidade de

comida? 1 2 3 4 5 6

12. Você tem reparado na forma física de outras mulheres ou outros homens, e ao se

comparar, sente-se em desvantagem? 1 2 3 4 5 6

13. Pensar na sua forma física interfere em sua capacidade de se concentrar em

outras atividades (p. ex., ver televisão, ler ou acompanhar uma conversa)?

1 2 3 4 5 6

14. Ao estar nu (nua), por exemplo, durante o banho, faz você se sentir gordo(a)? 1 2 3 4 5

6

15. Você tem evitado usar roupas que fazem você notar as formas do seu corpo? 1 2 3 4 5 6

16. Você se imaginou cortando partes de seu corpo? 1 2 3 4 5 6

17. Comer doces, bolos ou outros alimentos ricos em calorias faz você se sentir

gordo(a)? 1 2 3 4 5 6

18. Você já deixou de participar de eventos sociais(por exemplo, festas) por se sentir mal

em relação à sua forma física? 1 2 3 4 5 6

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19. Você se sente excessivamente grande e arredondado(a)? 1 2 3 4 5 6

20. Você sente vergonha do seu corpo? 1 2 3 4 5 6

21. A preocupação com sua forma física leva-o(a) a fazer dieta? 1 2 3 4 5 6

22. Você se sente mais contente em relação a sua forma física quando seu estômago está

vazio (por .exemplo,pela manhã)? 1 2 3 4 5 6

23. Você acredita que sua forma física atual decorre da falta de auto-controle?

1 2 3 4 5 6

24. Você se preocupa com o fato de outros poderem estar vendo dobras na sua

cintura ou abdômen? 1 2 3 4 5 6

25. Você acha injusto que outras pessoas do mesmo sexo que o seu sejam mais

magras que você? 1 2 3 4 5 6

26. Você já vomitou para se sentir mais magro(a)? 1 2 3 4 5 6

27. Quando acompanhado(a), você fica preocupado(a) em estar ocupando muito

espaço (por exemplo, sentado(a) num sofá ou no banco de um ônibus)?

1 2 3 4 5 6

28. Você se preocupa com o fato de estarem surgindo dobrinhas em seu corpo?

1 2 3 4 5 6

29. Ver seu reflexo (por exemplo, em um espelho ou na vitrine de uma loja) faz você se

sentir mal em relação ao seu físico? 1 2 3 4 5 6

30. Você belisca áreas de seu corpo para ver o quanto há de gordura?

1 2 3 4 5 6

31. Você evita situações nas quais outras pessoas possam ver seu corpo (por

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exemplo, vestiários ou banhos de piscina)? 1 2 3 4 5 6

32. Você já tomou laxantes para se sentir mais magro(a)? 1 2 3 4 5 6

33. Você fica mais preocupado(a) com sua forma física quando em companhia de

outras pessoas? 1 2 3 4 5 6

34. A preocupação com sua forma física leva você a sentir que deveria fazer

exercícios? 1 2 3 4 5 6

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ANEXO II

QUESTIONÁRIO PARA AVALIAR A COBRANÇA SOCIAL DO CORPO PADRONIZADO

(QSC)

Responda com os números abaixo, sendo:

1- nunca;

2- raramente;

3- às vezes;

4- frequentemente;

5- muito frequentemente;

6- sempre.

1- Você se sente cobrado pela família para ter o corpo igual ao dos(as) modelos

corporais que aparecem na mídia?

1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4( ) 5 ( ) 6 ( )

2- Você se sente cobrado(a) pelo namorado(a) para ter um corpo igual ao dos modelos

que são mostradas pela mídia?

1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4( ) 5 ( ) 6 ( )

3- Você se sente cobrado(a) pela sociedade para ter um corpo igual ao dos modelos

corporais que são mostrados pela mídia?

1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4( ) 5 ( ) 6 ( )

4- Você quer ter o corpo igual ao dos modelos, que são mostrados pela mídia?

1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4( ) 5 ( ) 6 ( )

5- Você sofre por não ter o corpo igual as dos modelos que aparecem na mídia?

1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4( ) 5 ( ) 6 ( )

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ANEXO III

Fonte: Cole et al. Bristih Medical Journal 320, 2000: 1-6