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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

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  • Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

    OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

    Produções Didático-Pedagógicas

  • FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO - PEDAGÓGICA

    TURMA - PDE/2013

    Título: Aprender Matemática Jogando Autor Regiane Aparecida Nunes de Siqueira Disciplina/Área Matemática Escola de Implementação do Projeto e sua localização

    Escola Estadual Halia Terezinha Gruba - CAIC - UEPG

    Município da escola Ponta Grossa Núcleo Regional de Educação Ponta Grossa Professor Orientador Prof. Dr. José Danilo Szezech Júnior Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual de Ponta Grossa Relação Interdisciplinar Resumo Este trabalho tem como objeto de estudo as principais

    Tendências Metodológicas em Educação Matemática da atualidade e sua aplicação objetivando aprimorar o ensino e a aprendizagem em sala de aula, presentes nas diretrizes curriculares de Matemática, ampliadas com a inclusão dos Jogos para uma abordagem pedagógica que se adapte a esta realidade tecnológica. Será enfatizado como recurso didático os Jogos Matemáticos nas séries finais do Ensino Fundamental. Os Jogos Matemáticos são de fundamental importância para a Educação Matemática. Por meio dos Jogos Matemáticos é possível tornar as atividades escolares mais atraentes e ainda estimular o raciocínio lógico dos alunos. Contudo, é necessário que o uso dos Jogos Matemáticos tenha objetivos bem definidos pelos professores. Embora o trabalho com Jogos Matemáticos possa ser utilizado em qualquer momento, deve-se ter definido a forma e o tipo de jogo apropriado para o momento. Neste trabalho será proposto a construção de um Jogo Matemático, bem como a aplicação dos mesmo para o ensino de equações do 2º grau nas séries finais do Ensino Fundamental.

    Palavras-chave Ensino Fundamental. Tendências Metodológicas em Educação Matemática. Jogos Matemáticos.

    Formato do Material Didático Unidade didática Público Alvo Alunos do 8º e 9º ano do Ensino Fundamental

  • SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEED

    PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA

    REGIANE APARECIDA NUNES DE SIQUEIRA

    APRENDER MATEMÁTICA JOGANDO

    PONTA GROSSA 2013

  • SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEED PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA REGIANE APARECIDA NUNES DE SIQUEIRA

    APRENDER MATEMÁTICA JOGANDO

    Unidade Didática a ser aplicada na Escola Estadual Halia Terezinha Gruba - CAIC - UEPG como cumprimento das atividades previstas no Plano Integrado de Formação Continuada - 2013, do Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE. Orientador: Dr. José Danilo Szezech Júnior.

    PONTA GROSSA 2013

  • APRENDER

    MATEMÁTICA

    JOGANDO

  • APRENDER MATEMÁTICA JOGANDO

    Prof. Msc. Regiane Aparecida Nunes de Siqueira

    Agosto 2013

  • 2

    Conteúdo

    Apresentação .............................................................................................................................. 3

    1. Fundamentação Teórica ........................................................................................................ 4

    1.1 Tendências Metodológicas da Educação Matemática .................................................. 4

    História da Matemática ....................................................................................................... 5

    Jogos .................................................................................................................................... 7

    1.2 Equação do 2º grau .......................................................................................................... 9

    2. Atividades .............................................................................................................................. 11

    3. Orientações Metodológicas ................................................................................................. 23

    Referências ................................................................................................................................ 24

  • 3

    Apresentação

    O presente material é o resultado do Programa de Desenvolvimento

    Educacional – PDE, enquanto política de formação continuada e de valorização

    dos Professores – da Rede Publica Estadual de Ensino do Estado do Paraná, em

    parceria com o Ensino Superior. O material didático aqui apresentado, sob a forma

    de Unidade Didática, foi elaborado tendo como objeto de estudo o tema

    Tendências Metodológicas em Educação Matemática da atualidade e sua

    aplicação objetivando aprimorar o ensino e a aprendizagem em sala de aula,

    presentes nas diretrizes curriculares de Matemática, ampliadas com a inclusão

    dos Jogos. Para a seleção do conteúdo foi levado em consideração o

    planejamento da disciplina, contemplando o estudo de Equações do 2º grau para

    o momento do retorno da professora PDE à escola, onde efetuará a

    implementação do seu Projeto com os alunos. O material elaborado será

    implementado na Escola Estadual Halia Terezinha Gruba - CAIC - UEPG, tendo

    como público alunos dos 9º anos.

    Será enfatizado a História da Matemática fazendo uso do Jogo Matemático

    como recurso didático para estratégia de Ensino. Os Jogos Matemáticos são de

    fundamental importância para a Educação Matemática. Por meio dos Jogos

    Matemáticos é possível tornar as atividades escolares mais atraentes e ainda

    estimular o raciocínio lógico dos alunos. Contudo, é necessário que o uso dos

    Jogos Matemáticos tenha objetivos bem definidos pelos professores. Embora o

    trabalho com Jogos Matemáticos possa ser utilizado em qualquer momento, deve-

    se ter definido o momento, a forma e o tipo de jogo apropriado para o momento.

  • 4

    1. Fundamentação Teórica

    1.1 Tendências Metodológicas da Educação Matemática

    Nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica - DCEB propõe-se articular

    os conteúdos estruturantes com os conteúdos específicos em relações de

    interdependências que enriqueçam o processo pedagógico de forma a abandonar

    abordagens fragmentadas, como se os conteúdos de ensino existissem em

    patamares distintos e sem vínculo (DCEB, 2008).

    De acordo com as DCEB, existem publicadas e entendidas como tal, seis

    tendências para o ensino da Matemática que propiciam um trabalho ativo por parte

    do educando, que desperta o interesse desse educando pelas aulas, das quais

    destaca-se:

    • resolução de problemas;

    • modelagem matemática;

    • mídias tecnológicas;

    • etnomatemática;

    • história da matemática;

    • investigações matemáticas.

    Estas tendências foram ampliadas com a inclusão dos Jogos afim de

    propiciar uma abordagem pedagógica mais atrativa aos alunos, despertando maior

    interesse pelas aulas. O uso dos Jogos no Ensino de Matemática pode ser

    considerado didaticamente como estratégia de ensino e também como Tendência

    da Educação Matemática, assim como a História da Matemática, a

    Etnomatemática, a Modelagem, a Resolução de Problemas, Tecnologias e

    Investigação.

    Será enfatizado a História da Matemática fazendo uso do Jogo Matemático

    como recurso didático para estratégia de Ensino.

  • 5

    História da Matemática

    A História da Matemática, é uma tendência da Educação Matemática

    bastante interessante. Ela permite compreender a origem das idéias que deram

    forma à cultura e observar também os aspectos humanos do seu

    desenvolvimento, como por exemplo, os homens que criaram essas idéias e

    estudar as circunstâncias em que elas se desenvolveram.

    Existem propostas de que a História da Matemática ministrada nas escolas

    deve ser a contada nos livros de “História da Matemática”. Existem ainda,

    correntes que definem que essa História da Matemática foi contada por

    matemáticos, e o correto deveria ser a contada por historiador. Há também a

    metodologia de que no espaço escolar não se deve apresentar a História da

    Matemática, mas que a mesma deve ser construída a partir da formulação dos

    conceitos.

    Segundo Siqueira (2007), é nítido que a História é um valioso instrumento

    para o ensino-aprendizagem da Matemática. Por ela, pode-se entender porque

    cada conceito foi introduzido na Matemática e que, na verdade, ele sempre foi

    algo natural no seu momento. Permite também estabelecer conexões com a

    História, a Filosofia, a Geografia e várias outras manifestações da cultura.

    A História da Matemática visa a construção histórica do conhecimento

    matemático de forma a contribuir com uma melhor compreensão da evolução do

    conceito, dando ênfase às dificuldades epistemológicas inerentes ao conceito que

    está sendo desenvolvido. Conhecendo a História da Matemática é possível

    perceber que as teorias que hoje aparecem acabadas e elegantes resultaram

    sempre de desafios que os matemáticos enfrentaram, que foram desenvolvidas

    com grande esforço e, quase sempre, numa ordem bem diferente daquela em que

    são apresentadas após todo o processo de descoberta.

    Segundo Pinheiro (2005), para que o educando possa compreender como a

    Matemática ajuda a modelar a realidade por ele vivenciada, entender, analisar e

    resolver os problemas nela existentes é preciso que ele também possa concebê-la

    como um conhecimento construído por essa mesma sociedade na qual ele atua.

  • 6

    A História da Matemática possibilita o educando entender a Matemática

    como um conhecimento em construção, com erros e acertos e não com verdades

    absolutas de forma acabada e elegante. A História da Matemática ainda

    apresenta-se importante para reforçar o caráter dinâmico do conhecimento

    matemático e, assim, permitir que os educandos realizem conexões entre os

    conhecimentos. A ênfase ao contexto histórico atua como uma proposta

    metodológica que, entre outros objetivos, motiva o educando a descobrir a origem

    dos conceitos e métodos que aprenderá em sala de aula, possibilitando-lhe, dessa

    forma, relacionar as idéias matemáticas vistas em sala de aula com suas origens

    na sociedade.

    A História da Matemática permite a contextualização do saber, mostrando

    que seus conceitos e algoritmos aparecem numa época histórica, dentro de um

    contexto social e político. Nesse sentido, a Matemática passa a ser entendida pelo

    educando, como um saber que tem significado, construído pelo homem para

    auxiliá-lo em sua prática.

    Como conhecimento em geral, a matemática é resposta às preocupações do homem com a sobrevivência e a busca de novas tecnologias, que sintetizam as questões existenciais da vida. Ou seja, é a necessidade que leva o homem a aprender mais, sendo que a matemática não pode estar desvinculada desse processo evolutivo (PINHEIRO, 2005, p. 74).

    Ainda, segundo Pinheiro (2005), o conhecimento sobre a História da

    Matemática deveria ser parte indispensável de todos os graus de ensino, seja ele

    fundamental, médio ou superior. Tal necessidade não se caracteriza pelo fato de,

    assim poder proporcionar um ensino motivador e mais agradável aos educandos,

    mas principalmente porque a História pode proporcionar uma visão crítica e

    reflexiva da Matemática, uma vez que a imagem que os educandos possuem

    dessa disciplina tende a estar desvinculada da realidade.

    Ao compreender como a Matemática se desenvolveu, como ela influencia

    outros conhecimentos e também sofre a influência deles, o educando poderá

    também compreender melhor as dificuldades do homem na elaboração das idéias

    matemáticas. Dessa forma, a História da Matemática poderá proporcionar ao

  • 7

    educando uma visão dinâmica da evolução da Matemática na ciência, na

    tecnologia e na sociedade.

    A História da Matemática possibilita, também, perceber que a Matemática é

    um conjunto de conhecimentos em contínua evolução e que desempenha um

    importante papel na formação do educando. A perspectiva histórica permite a

    inter-relação com outros conhecimentos, de forma que os educandos possam

    observar por que eles surgiram e qual a necessidade de desenvolver

    determinados modelos, tornando a Matemática desafiadora.

    Jogos

    Para Melo & Sardinha (2009) os jogos sempre estiveram presentes na vida

    cultural dos povos, sendo de grande importância para o ser humano, de qualquer

    idade. Desde muito cedo as crianças aprendem a brincar e isso _e importante

    para elas, pois as brincadeiras e os jogos estão relacionados ao seu universo e

    idade, o que possibilita o início do desenvolvimento de suas habilidades.

    O jogo deve ser educativo e permitir a aprendizagem de conceitos

    matemáticos e culturais. Nesse contexto Desplanches & Santos (2008) afirmam

    que o jogo deve ser assumido com a finalidade de desenvolver habilidades de

    resolução de problemas, possibilitando ao aluno condição de planejar ação para

    atingir determinados objetivos e de poder avaliar a eficácia nos resultados obtidos.

    A importância do jogo está nas possibilidades de aproximar o aluno do

    conhecimento científico, levando-o a vivenciar "virtualmente" situações de solução

    de problemas que o aproximem da realidade muitas vezes vividas por ele ou por

    outras pessoas.

    Ao optar pelo jogo como estratégia de ensino, o professor o faz com uma

    intenção: propiciar a aprendizagem. E ao fazer isto tem como propósito o ensino

    de um conteúdo ou de uma habilidade. Dessa forma, o jogo escolhido deverá

    permitir o cumprimento deste objetivo. Para Moura, o jogo para ensinar

    Matemática deve cumprir o papel de auxiliar no ensino do conteúdo, propiciar a

    aquisição de habilidades, permitir o desenvolvimento operatório do sujeito e, mais,

  • 8

    estar perfeitamente localizado no processo que leva a criança do conhecimento

    primeiro ao conhecimento elaborado.

    É fundamental proporcionar aos alunos atividades em que estes confrontem

    os conhecimentos. É nestes confrontos que eles vão construindo novos saberes,

    ampliando os seus conhecimentos. Para Sa & Zenhas (2004), o jogo é uma

    experiência de aprendizagem que, pelo seu caráter motivador, deveria estar mais

    presente na aula de Matemática.

    Por meio de atividades com jogos, os alunos vão adquirindo autoconfiança,

    são incentivados a questionar e corrigir suas ações, analisar e comparar pontos de

    vista, organizar e cuidar dos materiais utilizados. Outro motivo que justifica

    valorizar a participação do sujeito na construção do seu próprio saber é a

    possibilidade de desenvolver seu raciocínio.

    Para Silva & Kodama (2004), os jogos são instrumentos para exercitar e

    estimular um agir-pensar com lógica e critério, condições para jogar bem e ter um

    bom desempenho escolar.

    O Portal Dia-a-Dia Educação traz que os jogos, assim como outros

    recursos, são importantes no trabalho com a Matemática. No entanto, é importante

    destacar alguns pontos, relacionados à perspectiva metodológica, sobre os quais

    é preciso refletir ao optar pelo uso desses materiais em sala de aula:

    • qualquer recurso deve servir para que os alunos aprofundem e ampliem os

    significados e noções matemáticas;

    • é importante que o jogo selecionado seja adequado aos objetivos que você

    traçou para seu trabalho com a Matemática;

    • ao planejar ações envolvendo jogos para a sua turma, pense com

    antecedência em questões a serem propostas enquanto os alunos jogam;

    • é preciso prever um tempo para que, ao final do trabalho proposto, os

    alunos discutam e registrem suas conclusões, suas descobertas;

    • um mesmo jogo deverá ser usado em momentos diferentes para

    desenvolver novas ideias, aprofundar aquelas já percebidas pelos alunos,

    ou mesmo para rever noções que não ficaram muito claras numa primeira

    exploração.

  • 9

    1.2 Equação do 2º grau

    O estudo da equação do segundo grau resulta, tradicionalmente, à

    conhecida fórmula a

    acbbx

    2

    42 −±−= para resolução de equações na forma geral

    02 =++ cbxax . Em muitos casos, é associado essa fórmula ao nome de um

    importante matemático hindu do século XII - Bhaskara. É difícil estabelecer a

    origem exata dessa associação, entretanto essa relação é exclusiva do ensino de

    Matemática no Brasil. Segundo historiadores da Matemática, Bhaskara, em duas

    de suas obras, apresenta e resolve diversos problemas envolvendo equações do

    segundo grau.

    Segundo Celestino & Pacheco (2013), a partir do início do século IX,

    matemáticos árabes já haviam se empenhado na resolução de equações do

    segundo grau, cujos procedimentos utilizaram álgebra e geometria dos gregos, e,

    em decorrência, fórmulas específicas para tipos diferentes de equação surgiram.

    Contudo, o aparecimento de uma fórmula geral para se obter as raízes de uma

    equação do segundo grau ocorreu por volta do final do século XVI.

    Segundo Eves (1997), em textos babilônicos, escritos há cerca de 4000

    anos, encontram-se descrições de procedimentos para resolução de problemas

    envolvendo equações do segundo grau.

    Os escribas da Babilônia resolviam muitas equações do 2º grau que podiam

    ser expressas na forma:

    cbxx =−2 .

    Mas a resolução vinha sempre gravada na tabuleta sem nenhuma

    explicação, seguindo fielmente esta fórmula:

    22

    2b

    cb

    x ++

    =

    obtida do seguinte modo:

  • 10

    22

    22

    22

    22

    2

    2

    22

    22

    2

    2

    bc

    bx

    bc

    bx

    bc

    bx

    bc

    bbxx

    cbxx

    ++

    =

    +=−

    +=

    +=

    +−

    =−

    Desde a antiguidade, a Matemática tem alcançado grandes progressos, que facilitaram os cálculos e possibilitaram resultados rápidos e precisos. No entanto, essa precisão já era obtida pelos matemáticos antigos, que contavam apenas com sua inteligência e intuição. Por isso, cada vez mais nos admira a enorme habilidade dos matemáticos da Antiguidade. (GUELLI, 1994)

    O estudo das equações de segundo grau se dará por meio de atividades organizadas em momentos que totalizam 32 horas/aula. Segue a descrição das referidas atividades.

  • 11

    2. Atividades

    1º momento: Apresentação da unidade didática

    Duração: 1 aula.

    Objetivo: Apresentar e divulgar o trabalho de pesquisa realizado no programa de

    desenvolvimento educacional - PDE

    Para se iniciar o desenvolvimento do Projeto, será realizado encontro com a

    Direção e Equipe Pedagógica do Colégio, a fim de apresentar a Produção Didática

    Pedagógica, a ser implementada na escola, durante o primeiro semestre. Durante

    o encontro, a professora PDE apresentará a proposta a ser desenvolvida, bem

    como o seu objetivo, evidenciando pontos referentes a produção didático

    pedagógica que nortearão o desenvolvimento da pesquisa, que foca o tema

    Avaliação em Matemática, enfatizando o uso de jogos durante as aulas como

    instrumentos de aprendizagem.

    2º momento: Dinâmica de grupo

    Duração: 2 aulas.

    Objetivo: Socializar e promover a interação entre os educandos.

    Cada aluno recebe uma cartela ao entrar na sala. O professor se apresenta

    brevemente e, em seguida, combina o programa didático, definindo regras a

    serem cumpridas durante o ano letivo. Após propõe o jogo, para que os alunos

    possam se conhecer.

    Atividade: Dinâmica - Bingo das equações de 1º grau

    Material: cartelas e canetas

    Regras: - Participação de todos.

    - Cada aluno pode assinar somente uma vez cada cartela.

    Desenvolvimento: Todos os alunos devem participar. Os alunos devem completar

    suas cartelas com assinaturas dos colegas que possuem o resultado da equação

    proposta na cartela. O primeiro aluno a completar a cartela será o vencedor. O

    professor poderá conferir a cartela corrigindo as equações e revisando conteúdos.

  • 12

    NOME:_____________________

    065 =+− x 086 =+− x 01875 =−− x 0127 =+− x 01012 =+− x

    049 =−x 0128 =+− x 962 =− xx 01610 =+x xx =+− 910

    0107 =+x 0168 =+x 18124 =+x xx 3158 =+ 7149 +=+ xx

    063 =+x 048 =+x 084 =+− x 0124 =−x xx 3189 =+−

    xx =− 45 082 =−x 062 =+x 0357 =−− x 0283 =−− xx

    Após concluída a dinâmica em grupo, a professora explicará para a turma como

    será desenvolvida as atividades da Produção Didática da professora PDE, a ser

    realizada no período de fevereiro a junho de 2014.

    3º momento: Avaliação Diagnóstica

    Duração: 2 aulas.

    Objetivo: Analisar a partir de um instrumento avaliativo os conhecimentos prévios

    dos alunos sobre resolução de equações, para obter um diagnóstico da

    aprendizagem destes conteúdos, visando ações pedagógicas de intervenções e

    revisões.

  • 13

    Conteúdo estruturante: Números e álgebra

    Conteúdo Básico: Equações

    4º momento: Vídeo: Equação Quadrática, Raízes de uma função quadrática e

    Bhaskara.

    Duração: 1 aulas.

    Objetivo: Estabelecer relações entre as situações apresentadas no vídeo com o

    seu cotidiano, refletindo sobre a importância da Matemática em sua vida.

    Atividade: Filme

    Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=BmuWuMJZlQs

    Sinopse: Relaciona a História da Matemática e a necessidade de resolver

    equações do 2º grau.

    5º momento: Pesquisa

    Duração: 2 aulas.

    Objetivo: Descobrir como surgiu a equação do 2º grau, qual sua importância e

    onde é utilizada.

    Atividade: Responder as questões

    - Como surgiu a equação do 2º grau?

    - Qual sua importância?

    - Onde ela é utilizada?

    6º momento: Conteúdo

    Duração: 4 aulas.

    Objetivo: Desenvolver o conteúdo explicando a resolução de equações do 2º grau.

    Denomina-se equação do 2° grau, qualquer sentença matemática que possa ser

    reduzida à forma 02 =++ cbxax , onde x é a incógnita e a , b e c são números

    reais, com 0≠a . a , b e c são coeficientes da equação. Observe que o maior

    índice da incógnita na equação é igual a dois e é isto que a define como sendo

    uma equação do segundo grau.

  • 14

    • Equação do 2° grau completa e equação do 2° grau incompleta

    Da definição acima temos obrigatoriamente que 0≠a , no entanto podemos ter

    0=b e/ou 0=c .

    Caso 0≠b e 0≠c , temos uma equação do 2° grau completa. A sentença

    matemática 0532 2 =−+− xx é um exemplo de equação do 2° grau completa, pois

    temos 3=b e 5−=c , que são diferentes de zero.

    072 =+− x é um exemplo de equação do 2° grau incompleta, pois 0=b .

    Neste outro exemplo, 043 2 =− xx a equação é incompleta, pois 0=c .

    Veja este último exemplo de equação do 2° grau incompleta, 08 2 =x , onde tanto

    b , quanto c são iguais a zero.

    • Resolução de equações do 2° grau

    A resolução de uma equação do segundo grau consiste em obtermos os possíveis

    valores reais para a incógnita, que torne a sentença matemática uma equação

    verdadeira. Tais valores são a raiz da equação.

    Fórmula Geral de Resolução

    Para a resolução de uma equação do segundo grau completa ou incompleta,

    podemos recorrer à fórmula geral de resolução:

    a

    acbbx

    2

    42 −±−=

    Esta fórmula também é conhecida como fórmula de Bhaskara.

    O valor acb 42 − é conhecido como discriminante da equação e é representado

    pela letra grega ∆ . Temos então que acb 42 −=∆ , o que nos permitir escrever a

    fórmula geral de resolução como:

    a

    bx

    2

    ∆±−=

    • Resolução de equações do 2° grau incompletas

    Para a resolução de equações incompletas podemos recorrer a certos artifícios.

    Vejamos:

    Para o caso de apenas 0=b temos:

  • 15

    a

    cx

    a

    cxcax

    caxcxaxcbxax

    −±=⇒−=⇒−=⇒

    ⇒=+⇒=++⇒=++

    22

    222 0000

    Portanto para equações do tipo 02 =+ cax , onde 0=b , podemos utilizar a fórmula

    simplificada para calcularmos as suas raízes. Observe no entanto que a equação

    só possuirá raízes no conjunto dos números reais se

    −=⇒−=⇒−=⇒=+⇒=+

    =⇒=⇒+

    =⇒

    ⇒=+⇒=+⇒=++⇒=++

    a

    bx

    a

    bxbaxbax

    xbax

    xxbax

    x

    baxxbxaxbxaxcbxax

    2

    1

    222

    00

    000

    0)(0000

    Para o caso de apenas 0=c temos:

    Portanto para equações do tipo 02 =+ bxax , onde 0=c , uma das raízes sempre

    será igual a zero e a outra será dada pela fórmula .

    Para o caso de 0=b e 0=c temos: a

    bx −=

    Podemos notar que ao contrário dos dois casos anteriores, neste caso temos

    apenas uma única raiz real, que será sempre igual a zero.

    • Discriminante da equação do 2° grau

    O cálculo do valor do discriminante é muito importante, pois através deste valor

    podemos determinar o número de raízes de uma equação do segundo grau.

    Como visto acima, o discriminante é representado pela letra grega ∆ e equivale à

    expressão acb 42 − , isto é: acb 42 −=∆ .

    Discriminante menor que zero

    Caso 0

  • 16

    Caso 0>∆ , a equação tem duas raízes reais e diferentes, pois ∆−≠∆+ :

    ∆−−

    ∆+−

    =⇒∆±−

    =⇒=++

    a

    b

    a

    b

    xa

    bxcbxax

    2

    22

    02

    Exemplo de resolução de uma equação do segundo grau

    Encontre as raízes da equação: 05662 2 =−− xx

    Aplicando a fórmula geral de resolução à equação temos:

    −=−

    =−

    =−

    =

    ==+

    =+

    =

    ⇒−−−±−−

    =⇒=−−

    44

    16

    4

    226

    4

    4846

    74

    28

    4

    226

    4

    4846

    2.2

    )56.(2.4)6()6(05662

    2

    2

    x

    x

    xxx

    Logo:

    As raízes da equação 05662 2 =−− xx são: -4 e 7.

    7º momento: Jogo I

    Duração: 10 aulas.

    Objetivo: Fixar o conteúdo abordado com um jogo semelhante a um bingo. Para

    tanto os alunos deverão resolver as equações de 2º grau da sua cartela.

    Atividade: Dinâmica - Bingo das equações de 2º grau

    Material: cartelas e canetas

    Regras: - Participação de todos.

    - Cada aluno pode assinar somente uma vez cada cartela.

    Desenvolvimento: Todos os alunos devem participar. Os alunos devem completar

    suas cartelas com assinaturas dos colegas que possuem o resultado da equação

    proposta na cartela. O primeiro aluno a completar a cartela será o vencedor. O

    professor poderá conferir a cartela corrigindo as equações e revisando conteúdos.

  • 17

    NOME:_____________________

    0652 =+− xx

    0862 =+− xx 01872 =−− xx 01272 =+− xx

    010122 2 =+− xx

    0492 =−x 01282 =+− xx

    062 2 =− xx 016102 =++ xx

    09102 =+− xx

    01072 =+− xx

    09123 2 =+− xx

    012142 2 =+− xx

    01582 =++ xx

    01492 =++ xx

    0693 2 =+− xx

    0484 2 =+− xx

    0892 =+− xx 01242 =−− xx

    01892 =+− xx

    0452 =+− xx

    0822 =−− xx 0652 =++ xx 03522 =−+ xx

    02832 =−− xx

    8º momento: Soma e Produto

    Duração: 5 aulas.

    Objetivo: Desenvolver habilidades com a resolução de equações do 2º grau por

    soma e produto.

    Desenvolvimento: Ao resolvermos uma equação do 2º grau temos as seguintes possibilidades para o resultado: ∆ > 0, duas raízes reais e distintas. ∆ = 0, uma única raiz real e distinta. ∆ < 0, nenhuma raiz real. Nos casos em que equação possui raízes reais algumas relações são observadas:

    Soma das raízes – (x' + x'') Produto das raízes – (x' . x'')

  • 18

    As raízes de uma equação do 2º grau são determinadas a partir das seguintes expressões:

    a

    bx

    2'

    ∆+−= e

    a

    bx

    2''

    ∆−−=

    Com base nessas informações vamos determinar as expressões matemáticas responsáveis pela soma e produto das raízes.

    Soma

    a

    bxx

    a

    bxx

    a

    bbxx

    a

    b

    a

    bxx

    −=+

    −=+

    ∆−−∆+−=+

    ∆−−+

    ∆+−=+

    '''

    2

    2'''

    2'''

    22'''

    Produto

    a

    cxx

    a

    acxx

    a

    acbbxx

    a

    bbbxx

    a

    b

    a

    bxx

    =

    =

    −−=

    ∆−∆−∆+=

    ∆−−

    ∆+−=

    ''.'

    4

    4''.'

    4

    )4(''.'

    )2(''.'

    2.

    2''.'

    2

    2

    22

    2

    2

    Com a utilização dessas expressões podemos determinar as raízes de uma equação do 2º grau sem aplicar a resolução de Bháskara, respeitando a formação dessa equação com base na soma e no produto das raízes: x² – Sx + P = 0.

  • 19

    A equação x² + 9x + 14 = 0 possui as seguintes raízes de acordo com as expressões da soma e do produto:

    Soma

    91

    9''' −=−=−=+

    a

    bxx

    Produto

    141

    14''.' ===a

    cxx

    Com base nesses valores, devemos determinar quais os dois números em que a soma seja -9 e o produto 14. Observe:

    7 e 2 S = 7 + 2 = 9 P = 7 * 2 = 14 –7 e 2 S = –7 + 2 = – 5 P = –7 * 2 = – 14 7 e –2 S = 7 + (–2) = 5 P = 7 * (–2) = –14 –7 e –2 S = –7 + (–2) = –9 P = –7 * (–2) = 14

    Veja que o par de números em que a soma resulta em –9 e o produto em 14 é (–7, –2). Portanto, a equação x² + 9x + 14 = 0 possui como resultado o par ordenado ( –7, –2).

    9º momento: Jogo II

    Duração: 5 aulas.

    Objetivo: Fixar o conteúdo abordado com um jogo dominó. Para tanto os alunos

    deverão resolver as equações de 2º grau das suas peças.

    Atividade: Dinâmica - Dominó das equações de 2º grau

  • 20

    Material: peças do dominó

    Regras: - Participação de todos divididos em grupos de no máximo 5.

    - As peças devem ser encaixadas equação e respectiva solução.

    Desenvolvimento: Os alunos devem dispor suas peças unindo a equação com a

    respectiva solução. O primeiro aluno a dispor todas as suas peças será o

    vencedor. O professor poderá conferir corrigindo as equações e revisando

    conteúdos.

    Peças:

    01032 =−− xx

    }1,9{ −−

    062 =−− xx

    }7,7{ −−

    0652 =−+ xx

    }5,2{−

    092 =− xx

    }3,2{−

    022 =−− xx

    }1,6{−

    02 2 =− xx

    }9,0{

    09102 =++ xx

    }2,1{−

    0492 =−x

    2

    1,0

    02092 =++ xx

    }7,8{−

    02 =− xx

    }3,2{

  • 21

    0872 =−− xx

    }4,5{ −−

    042 =−x

    }1,0{

    0562 =−+ xx

    }8,1{−

    0652 =+− xx

    }2,2{−

    012 2 =++− xx

    }2/1{

    09102 =+− xx

    }5,4{−

    0523 2 =−− xx

    − 1,2

    1

    0202 =−− xx

    }9,1{

    0144 2 =+− xx

    }{

    01072 =+− xx

    }3,1{

    0632 2 =+− xx

    }3,8{−

    0342 =−+− xx }5,2{

    02452 =+−− xx

    }{

    0962 =−−− xx

    }3,1{−

  • 22

    05105 2 =+− xx

    }6{−

    0672 =+− xx

    }3{−

    036122 =++ xx

    }1{

    0322 =−− xx

    }6,1{

  • 23

    3. Orientações Metodológicas

    As ações iniciar-se-ão pela elaboração de um jogo destinado a trabalhar o

    conteúdo de Equações do 2º Grau no 9º ano do Ensino Fundamental.

    Como palco da intervenção pedagógica, a Escola Estadual Halia Terezinha

    Gruba - CAIC - UEPG, disponibilizará local adequado à atividade proposta, sendo

    essa de natureza explanativa e prática.

    As atividades serão desenvolvidas durante as aulas semanas em duas

    turmas de 9º anos perfazendo um total de 32 horas. O corpo discente selecionado

    para tal projeto deverá ser composto pelos alunos regularmente matriculados nos

    9º anos do Ensino Fundamental, objetivando estabelecer um comparativo entre as

    duas turmas a fim de averiguar se ambas atingem o mesmo êxito com a

    metodologia aplicada.

    Para que isso seja possível faz-se necessário seguir as seguintes etapas:

    • Divulgar o projeto no espaço escolar esclarecendo aos discentes os seus

    objetivos.

    • Apresentar os conteúdos a serem abordados.

    • Apresentar estratégias para utilização dos jogos.

    • Desenvolver os jogos com os discentes.

    • Avaliar os resultados obtidos.

  • 24

    Referências CELESTINO, K. G., PACHECO, E. R. Bhaskara: Algumas evidências. Disponível em: , acesso em 10 de out. 2013. DESPLANCHES, A. J., SANTOS, M. A. O jogo na educação matemática. Tuiuti: Ciência e Cultura, 2008. EVES, Howard Whitley. Introdução à história da Matemática. Campinas: Unicamp, 1997. GUELLI, Oscar. Contando a História da Matemática. História da Equação do 2º grau. São Paulo, Ática, 1994. GOVERNO DO PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Matemática. Paraná, 2008. MELO, S. A., SARDINHA, M. O. B. Jogos no ensino aprendizagem de Matemática: uma estratégia para aulas mais dinâmicas. Revista Fapciência, Apucarana-PR, ISSN 1984-2333, v.4, n. 2, p. 5-15, 2009. MOURA, M. O. O jogo e a construção do conhecimento matemático. Labrimp da Feusp. Faculdade de Educação da USP. PINHEIRO, N. A. M. Educação critíco-reflexiva para um ensino médio cientifico-tecnologico: a contribuição do enfoque CTS para o ensino-aprendizagem do conhecimento matemático. Tese (Doutorado em educação Cientifica e Tecnológica) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2005. 306 p. SA, A. C., ZENHAS, M. G. Um jogo na aula de matemática. Educação e Matemática, n. 76, p. 5-8, 2004. SILVA, A. F., KODAMA, H. M. Y. Jogos no ensino da matemática. II Bienal da Sociedade Brasileira de Matemática, UFBa, 2004. SIQUEIRA, R. A. N. Tendências da educação matemática na formação de professores. Monografia (Especialização em Educação Científica e Tecnológica) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Ponta Grossa. Departamento de Pesquisa e Pós-Graduação. Ponta Grossa, 2007.