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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

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PRODUÇÃO DIDÁTICA - PEDAGÓGICA

HISTÓRIA POLÍTICA E FORMAÇÃO CIDADÃ

ATRAVÉS DO LEGISLATIVO MUNICIPAL

UNIÃO DA VITÓRIA

2013

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

PRODUÇÃO DIDÁTICA- PEDAGÓGICA

SIMONE APARECIDA OTTO

HISTÓRIA POLÍTICA E FORMAÇÃO CIDADÃ

ATRAVÉS DO LEGISLATIVO MUNICIPAL

Material Didático de História apresentado ao Programa de Desenvolvimento Educacional, vinculado à Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de União da Vitória, FAFIUV. Orientação Prof. Dr. Aurélio Bona Junior.

UNIÃO DA VITÓRIA

2013

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FICHA PARA CATÁLOGO

PRODUÇÃO DIDÁTICA PEDAGÓGICA

TURMA PDE/2013

Título: História Política e Formação Cidadã através do Legislativo Municipal.

Autora Simone Aparecida Otto

Disciplina/Área História

Escola de Implementação do Projeto e

sua localização

Colégio Estadual Barão do Cerro Azul

Av. Interventor Manoel Ribas, nº 238.

Município da escola Cruz Machado

Núcleo Regional de Educação União da Vitória

Professor Orientador Aurélio Bona Junior

Instituição de Ensino Superior FAFI-UV

Relação Interdisciplinar Língua Portuguesa, Sociologia.

Resumo

Este Caderno Pedagógico tem por objetivo apresentar as ações da Oficina Inicial para a Formação Cidadã, descrita no primeiro capítulo, envolvendo trinta aluno/as do ensino médio do colégio estadual Barão do Cerro Azul. E o Programa Jovem Vereador/a, no segundo capítulo, executado em parceria com o legislativo local e a participação de onze estudantes do ensino médio dos três colégios estaduais deste município. Ainda nas considerações finais, são apresentados textos complementares para este trabalhado e/ou embasarem o/a professor/a. As atividades propostas devem induzir a questionamentos, oportunizando aos participantes momentos para repensar e intervir na realidade estudada e vivenciada por eles, juntamente com algumas sugestões teóricas direcionadas, tanto aos aluno/as como aos professores, para que estas sejam um suporte a mais ao proporcionar o saber aliado à teoria e prática. Além disso, visa auxiliar na melhoria da qualidade de ensino e de

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aprendizagem do colégio de implementação, assim como fortalecer o trabalho do/as profissionais direta ou indiretamente envolvidos e, em seqüência, possibilitar aos estudantes sua atuação como reais sujeitos históricos que são, que produzem e contribuem para a História, através de uma postura crítica, atuante, comprometida e participativa na política local.

Palavras-chave Ensino de História; História Local; Política e Cidadania; Programa Jovem Vereador.

Formato do Material Didático Caderno Pedagógico

Público Alvo Trinta aluno/as do Ensino Médio.

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SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO ................................................................................................. 06

2. OFICINA INICIAL PARA A FORMAÇÃO CIDADÃ .............................................. 09

3. PROGRAMA JOVEM VERADOR/A ..................................................................... 24

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 26

5. REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 27

6. ANEXOS ............................................................................................................... 30

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1. APRESENTAÇÃO

O presente material didático-pedagógico visa cumprir a uma das atividades

obrigatórias do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), que é uma

formação continuada e tem por objetivo proporcionar aos professore/as à volta ao

Ensino Superior através de atividades teórico-prática orientadas, esperando como

resultados a produção de conhecimentos e mudanças qualitativas na prática escolar.

Com a realização de diversas atividades com o/as aluno/as foi possível constatar

que este/as, e até mesmo a comunidade em geral, possuem pouco conhecimento do

que seja, efetivamente, a história política, tanto local como nacional, bem como

cidadania, poder, democracia e participação política. Também, fica nítida a falta de

interesse, participação e atuação política em nosso município bem como, desta

mesma forma ocorre na sociedade brasileira.

Desse modo, entende-se que a escolha do tema e a importância deste trabalho

estejam na oportunidade de trazer conhecimentos em perspectivas de senso crítico

e integração cidadã do/as aluno/as nas atividades do legislativo municipal, bem

como, na forma de demonstrar diferentes contextos históricos sobre a atuação

política democrática. Ainda, partindo do pressuposto que a educação é um processo

integrado entre família e escola e diante do fato de que o problema identificado

atinge não só o/as aluno/as, mas a comunidade como um todo, busca-se através da

formação do/as aluno/as criar uma nova forma de conceber a cidadania através do

conhecimento da história política local a toda comunidade.

Os temas a serem desenvolvidos no Caderno Pedagógico se encontram como

objetivo principal da educação brasileira que está em promover a construção de

sujeitos autônomos e críticos, exercendo os princípios democráticos previstos na

Constituição e que atuem de forma competente na sociedade em que vivem.

Objetivo também previsto na LEI nº 9.394 de 1996- Lei de Diretrizes e Bases da

Educação:

Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

E este modelo de formação é, também, um objetivo relevante nas instituições

escolares. Através de um importante documento escolar, o Projeto Político

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Pedagógico –PPP – do Colégio Estadual Barão do Cerro Azul, pode identificar-se a

busca pela formação de um cidadão que tenha condições de exercer sua cidadania

com êxito:

Temos como objetivo uma educação transformadora, voltada para a prática social e que seja também significativa para a vida do aluno e para a sociedade de forma geral, onde partindo do conhecimento adquirido possa exercer sua cidadania e assim vir a transformar sua realidade (PPP, 2013, p.25).

Afinal, conhecer e verificar como atuam os membros eleitos diretamente por

votos, no caso do legislativo local, deve ser tarefa mínima no ensino de História.

Sendo esta uma das possibilidades de compreender a política, tornando-á mais

simples, transparente e próxima à realidade de todos nós de um modo mais positivo.

O formato desta produção didático-pedagógica foi estabelecido como

Caderno Pedagógico, por ser pertinente a inserção de atividades que induzam a

questionamentos, oportunizando aos participantes momentos para repensar e

intervir na realidade estudada e vivenciada por eles, juntamente com algumas

sugestões teóricas, para que estas sejam um suporte a mais ao proporcionar o

saber aliado à teoria e prática.

Este Caderno Pedagógico visa auxiliar na melhoria da qualidade de ensino e

de aprendizagem do colégio de implementação, assim como fortalecer o trabalho

do/as profissionais direta ou indiretamente envolvidos e, ainda, possibilitar aos

aluno/as sua atuação como reais sujeitos históricos que são que produzem e

contribuem para a História, através de uma postura crítica, atuante, comprometida e

participativa na política local.

O desenvolvimento deste Caderno Pedagógico ocorre em dois capítulos.

No primeiro capítulo apresento as etapas e as ações previstas ao trabalho com a

Oficina Inicial para a Formação Cidadã, envolvendo trinta aluno/as do ensino médio

do colégio estadual Barão do Cerro Azul.

No segundo capítulo é apresentado o Programa Jovem Vereador/a, que será

executado em parceria com o legislativo local, envolvendo a participação de onze

aluno/as do ensino médio dos três colégios estaduais deste município.

As atividades usadas especificamente com o/as aluno/as estão disponíveis, na

íntegra, como anexo. Pretendeu-se, desta forma, produzir um material, cuja

utilização seja facilitada, tanto aos aluno/as como aos professores/as.

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Com a intenção de auxiliar e motivar ainda mais a execução destas e de novas

propostas de atividades com o tema abordado, são disponibilizados alguns textos

complementares.

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Oficina Inicialpara a

FormaçãoCidadã

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1ª Etapa

Ação 1 Divulgação do Projeto e das atividades a ser desenvolvidas, sa-lientando seus objetivos à direção, equipe pedagógica e professo-re/as dos três Colégios Estaduais- Barão do Cerro Azul, Estanis-lau Wrublewski e Helena Kolody - do município. Esta divulgação será realizada nos dias pedagógicos do inicio do ano letivo.

Ação 2 Divulgação e convite aos aluno/as do Ensino Médio do Colégio Estadual Barão do Cerro Azul para participar da Oficina Inicial para a Formação Cidadã (anexo 01).

Orientações ao professor/a

Esta divulgação deverá ser feita com muito entusiasmo para que haja uma grande participação. O período exato das inscrições será definido no inicio do ano escolar de 2014.

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Inscrições, seleção e divulgação do/as aluno/as participantes.Cada aluno/a preencherá a ficha de inscrição (anexo 02). Con-forme os critérios estabelecidos no convite serão feita a divulga-ção do/as aluno/as participantes.

Orientações ao professor/a

Os critérios devem ser comunicados de modo claro, bem como o resultado final, para que nenhum/a aluno/a fique insatisfeito/a. Guardar todas as fichas de inscrições para informar o número exato de interessado/as, na produção final dos resultados.

2ª Etapa

Ao iniciar a Oficina, será proposta uma produção de texto que tem por objetivo levantar todo o conhecimento, assim como suas dúvidas, questionamentos e desabafos que este/as aluno/as pos-suem sobre o tema a ser trabalhado.

Orientações ao professor/a

Instigar o/a aluno/a a escrever o que sabe, sem medo de errar. Esta atividade deverá ser lida logo em seguida, para nortear os encaminhamentos do/a professor/a, e guardada até o final dos trabalhos quando, depois de repetida a atividade, o/a aluno/a possa comparar seu progresso ou não, com relação ao tema.

Ação 3

Ação 1

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Exibição do vídeo “O perigo de uma única visão da História”.

Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=EC-bh1YARsc Duração: aprox. 20 minutos.

Chimamanda Ngozi Adichie, nascida em Abba na Nigéria é escritora e durante seu discurso na Conferência Anual - TED 2009 - Oxford, Reino Unido, que teve como tema “A Essência das Coisas Não Visíveis”, ela usa o seu exemplo de vida para destacar o perigo de uma história única reproduzida que, muitas vezes não nos permite buscar outros pontos de vista por já termos um concretamente formado.

Esta atividade deverá fazer com que o/a aluno/a reflita que, independente do as-sunto, é sempre necessário buscar mais de uma fonte de informação para não fazermos com que uma história torne-se a “única história”.

Após a exibição indagar aos aluno/as de que modo esta visão única da história se apresenta com relação ao tema da Oficina Inicial para a Formação Cidadã, através de questões propostas (anexo 04).

Este link, além do vídeo, trás também todo o discurso transcrito na íntegra. http://www.geledes.org.br/em-debate/colunistas/4902-chimamanda-adichie-o-perigo-de-uma-unica-historia

Avaliação

Solicitar aos aluno/as um caderno para anotações onde, a cada atividade realizada, deverá ser registrada uma síntese e principal-mente, a sua opinião.

Orientações ao professor/a

Sugiro que baixe o vídeo e projete-o no data show para que a visualização seja mais eficaz.

É imprescindível que você veja o vídeo antecipadamente para que possa pensar se as estratégias sugeridas para sua utilização são de seu agrado.

Ação 2

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3ª Etapa

Assistir a reunião na Câmara Legislativa.

O/as aluno/as deverão fazer anotações de todas suas dúvidas quanto ao desenvolvimento da reunião.

O objetivo é que ele/as observem com muita atenção para poste-riormente, relacionar suas dúvidas e curiosidades.

Orientações ao professor/a

Orientar aos aluno/as para o comportamento adequado tanto de postura como de vestimenta ao participarem em espaços públi-cos que possuem regras específicas, como é o caso das câmaras legislativas.

4ª Etapa

Esta atividade visa fazer com que o/as aluno/as percebam, de modo geral, quais são as aplicações práticas deste trabalho. Para isso, serão utilizados slides que induzam a esta reflexão (anexo 05).

Orientações ao professor/a

Os slides foram feitos com recortes e citações de algumas obras pertinentes ao tema. Devem ser elaborada de acordo com o co-nhecimento/domínio particular de cada professor/a.

Ação 1

Ação 1

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Para que o/as aluno/as tenham uma melhor compreensão não só de cada defini-ção, mas de que modo estes se articulam, vamos trabalhar o conceito histórico. Pois deste modo, valorizamos àquele conhecimento que ele/a já construiu e que trás, passando a um processo de elaboração que dê significado aos conteúdos históricos trabalhados.

Os conceitos aqui selecionados são aqueles considerados essenciais ao tema nes-te momento. São estes: Estado, Governo e Sociedade.

O objetivo é fazer com que os aluno/as compreendam que mesmo em sua dimen-são mutável, os conceitos nos possibilitam a reflexão de que ele sempre mantém relações com o contexto histórico em que foi formalizado e nos leva ao diálogo entre as diferentes realidades e sociedades (anexo 06).

Como forma de fortalecer sua compreensão, o/as aluno/as deverão criar seu pró-prio “dicionário de conceitos históricos” em uma parte específica de seu caderno de anotações visto que, no decorrer das atividades esta abordagem se repetirá.

Orientações ao professor/a

Segundo Schmidt

Assim, para melhor compreensão do trabalho com conceitos his-tóricos considero imprescindível a leitura do texto “A construção de conceitos históricos” de Maria Auxiliadora Schmidt e Marle-ne Cainelli, Ensinar História (2009), disponível na biblioteca do/a professor/a de sua escola.

Ainda, texto “Aprendizagens em História” de Circe Maria Fer-nandes Bittencourt, Ensino de História: fundamentos e métodos (2004).

“Dicionário de conceitos históricos” de Kalina e Maciel Silva (2012).

Aprender conceitos históricos é construir uma grade de referên-cia que auxilie o aluno em sua interpretação e compreensão da realidade social, facilitando a leitura do mundo em que vive. En-sinar conceitos históricos não é impor o uso abusivo de termos e definições abstratas nem de memorização de palavras e de seu significado.(p.85)

Ação 2

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Qual é a nossa forma de governo e como ela funciona, destacando a Democracia.

O texto “Formas, regime ou sistemas de governo?” (anexo 07) foi elaborado para atender a estas questões.

O objetivo é fazer com que o/as aluno/as tenham conhecimento das diferentes formas, regimes e sistemas de governo ao longo da exis-tência da sociedade humana e, principalmente, que reconheçam a sua realidade local.

São colocadas 10 questões para melhor compreensão deste texto, que deverão ser respondidas em dupla. Estas questões foram pen-sadas para aprofundar o conhecimento e as discussões. Inclusive, direcionando a análise para a realidade local.

Orientações ao professor/a

Estimular o/as aluno/as a trabalhar em dupla, para melhor inte-gração.

Após o/as aluno/as responderem as questões, realizar a sociali-zação no grande grupo.

Leitura, análise e discussões do texto “Função e constituição do Estado/Governo” (anexo 08).

Orientações ao professor/a

Como este texto é bastante extenso, deve ser dividido a três grandes grupos para análise, estudo e complementações para posterior apresentação ao coletivo.

Fazer a introdução e a mediação nas apresentações, salientando o que for destaque e citando o que, por ventura foi esquecido/não citado.

Ação 3

Ação 4

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5ª Etapa

Visita ao prédio da Câmara Legislativa e da Prefeitura para conhe-cimento e registro, escrito e fotografado, daqueles que foram mem-bros destes locais.

Esta atividade é para que o/as aluno/as já possam ir pensando a quem direcionar as entrevistas que serão feitas, posteriormente.

Orientações ao professor/a

Ver se em seu município há galeria com fotos dos ex-membros do legislativo e do executivo.

Ainda que sejam locais públicos, é de bom senso agendar esta visita e pedir permissão para fotografar.

Avisar aos aluno/as pelo menos um dia antes, para aqueles que têm, trazer a câmara fotográfica.

Elaboração de entrevistas com pessoas e/ou familiares que possuíram e/ou possuem cargos políticos em nosso município.O objetivo é coletar informações sobre quem foram nossos representantes po-líticos locais e como foi o seu trabalho, em seus aspectos positivos e negativos.Estimular o/as aluno/as a elaborar as perguntas. Como sugestão (anexo 09). Procuraremos entrevistar a todo/as os atuais membros do legislativo e do exe-cutivo local, bem como o/as ex-membros e/ou familiares. Também faremos entrevistas com pessoas que frequentam, assiduamente há muitos anos, as sessões semanais da Câmara Municipal. Para tanto, o/as aluno/as deverão formar trios, no máximo. Tendo um mês para realizar e organizar as entrevistas. Este material será utilizado, posteriormen-te, para publicação das “Histórias políticas de Cruz Machado”.

Ação 1

Ação 2

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Orientações ao professor/a

Tomar cuidado com alguns procedimentos: O local e horário são definidos pelo/a entrevis-tado/a; O/a pesquisador/a define o tema; O/a pesquisador/a dirige a entrevista através de um roteiro previamente estabelecido; Evitar locais públicos; O/a entrevistado/a reconstitui o período vivido mentalmente; Se possível obter o auxilio de documentação como fotos e car-tas antigas; Não prosseguir se o/a entrevistado/a estiver cansado/a; Marque novo dia para a entrevista; Uma pergunta de cada vez; Evitar questionamentos duplos; Evitar interrupções; Não discordar do/a narrador/a; Não induzir as respostas, nem complementá-las.

Todo/as o/as entrevistado/as devem preencher e assinar o Termo de Cessão Pessoa Física para Pessoa Física (anexo 10).

Professor/a utilize alguma referência bibliográfica para embasar esta atividade aos aluno/as.

Sugestões: texto “Como realizar entrevista/História Oral”, Dayse Lúcide e Thamar Kalil.

ALBERTI, Verena. Manual de História Oral.

ALBERTI, Verena. História Oral: A experiência do CPDOC.

AMADO, Janaína; FERREIRA, Marieta. Usos e abusos da história oral.

THOMPSON, Paulo. A voz do passado. (Nos capítulos finais ele apresenta toda a metodolo-gia de trabalho com as entrevistas).

6ª Etapa

Leis: Constituição; Lei Orgânica do município e Regimento Interno da Câmara local.

Considerando o título do texto: “Leis: o que é isso? Para que servem? O que eu tenho a ver com elas?”, o objetivo é fazer com que o/as aluno/as não somente considerem a importância das Leis, mas, principalmente, a entendam como algo do seu cotidiano.

As atividades para aprofundar conhecimentos são extensas, porém, necessá-rias (anexo 11).

Ação 1

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Orientações ao professor/a

Tenha todos os livros que serão utilizados preparados com ante-cedência.

Os livros a serem utilizados se encontram disponíveis na bibliote-ca do colégio de implementação. No caso de seu colégio não os possuir, selecione outros materiais.

Agendar o uso do Laboratório de Informática.

Os funcionários/responsáveis do Legislativo e Executivo são, em geral, bem dispostos a colaborar. Explique os objetivos do seu trabalho e programe o agendamento para quando for possível, com antecedência. Se tiver algum contratempo, avise-os o mais rápido possível.

Se achar estas atividades muito extensas, pense em formas mais objetivas de repassar estas informações, como uma pesquisa bi-bliográfica, por exemplo.

7ª Etapa

Conhecendo um pouco mais sobre a Câmara Legislativa Municipal.

Este texto aborda a origem e desenvolvimento histórico das Câmaras munici-pais brasileiras (anexo 12), deverá ser lido e discutido no coletivo.

Orientações ao professor/a

O trabalho de leitura e análise deste texto é facilitado, pois ele trás uma releitura do histórico das Constituições brasileiras, rea-lizado anteriormente.

Ação 1

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A Câmara Legislativa e o Executivo Municipal têm suas normas estabelecidas pela Lei Orgânica do município. Portanto, esta atividade será desenvolvida em pesquisa nesta Lei municipal, a partir do Capítulo II e Capítulo III, que referem- se ao Poder Legislativo e Executivo local.

O/as aluno/as serão organizados em trios. Os temas serão distribuídos através de sorteio. E, após o tempo disponibilizado para execução, cada trio deverá apresentar seu tema ao coletivo (anexo 13).

Orientações ao professor/a

Montar os trios ao seu critério. Utilize o argumento de que em nossa vivência, raramente escolhemos nosso/as colegas de tra-balho. É importante nos relacionarmos com todos, mesmo com aqueles que, aparentemente, não possuímos grande afinidade.

A Lei Orgânica deve ser disponibilizada, gratuitamente, em todas as Câmaras municipais.

Apesar de que as leis orgânicas são muitos similares, pois não podem ferir a Lei Maior, cada município faz suas adequações. Desta forma, é necessário tomar cuidado para que esta atividade seja adequada à Lei do seu município.

8ª Etapa

Assistir, novamente a reunião na Câmara Legislativa.

Após a conclusão da 7ª Etapa, este momento será para vivenciar a teoria es-tudada. Agora, o/as aluno/as deverão fazer anotações práticas de sua compre-ensão quanto ao desenvolvimento da reunião. Ao serem avisados com antece-dência, fazer anotações sobre o orçamento público.

O objetivo é que ele/as tenham a compreensão da teoria atrelada à prática.

Ação 1

Ação 2

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9ª Etapa

Orçamento Público: o que é isso, de onde vem e para que serve?

Este tema é imprescindível para que o/as aluno/as compreendam, não só toda nossa estrutura, mas o seu funcionamento.

O texto foi elaborado de forma bem objetiva e em uma linguagem de fácil com-preensão.

O objetivo é que o/as aluno/as identifiquem de modo geral, o que são, como são e porque existem os tributos; a importância do orçamento e as três leis mais importantes para a elaboração do orçamento público: PPA= Plano Pluria-nual; LDO= Lei de Diretrizes Orçamentárias e a LOA= Lei Orçamentária Anual (anexo 14).

Orientações ao professor/a

Como este tema é bem atrativo e de fácil compreensão, sugere-se que seja utilizado também o texto complementar (anexo 15).

Ação 1

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Considerando que, aqui em nosso município temos uma escassez de registros sobre sua História, principalmente a História política, esta atividade visa contri-buir significativamente, com informações para posterior publicação.

Como o foco é a História política, a pesquisa será realizada nas Atas disponí-veis na Câmara municipal (anexo 16).

Orientações ao professor/a

Estabelecer um prévio contato com a sua Câmara municipal para saber da possibilidade ou não de realizar tal ação.

Siga as orientações que serão repassadas aos aluno/as (anexo 16). Pois, se o manuseio normal de fontes/documentos pode produzir danos, o manuseio inadequado/descuidado pode produzir danos sérios e irreparáveis.

Sugestão de bibliografia:

Armazenagem e manuseio, OGDEN (2001).

Recomendações para a produção e o armazenamento de documentos de ar-quivo. Em http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/Media/publicacoes/reco-mendaes_para_a_produo.pdf

http://www.arquivopublico.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/Manpres.pdf

10ª Etapa

Para Cordioli (2001, p. 27) “[...] participar também se aprende, se pratica. É o melhor caminho para o fortalecimento da cidadania, em suas mais diversas possibilidades”. Porém, para que haja esta participação, temos que entender como se desen-volveu esta participação entre o/as brasileiro/as (anexo 17).

Ação 1

Ação 1

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Orientações ao professor/a

Por se tratar de um tema bem amplo e importante, se divide a turma em grupos que contemplem todos os subtemas propostos, a serem apresentados.

11ª EtapaExibição, análise e discussões sobre o filme “A Fuga das Galinhas”.

O filme é de fácil entendimento e é uma obra na qual podemos relacionar a vivência do/as personagens com as barreiras que temos que transpor no dia-a-dia. Não basta somente conquistar, é necessário analisar o objetivo alcançado para não haver surpresas, pois este objetivo está sempre sujeito a alguma alteração.

A análise deste filme nos permite uma reflexão sobre o tema do nosso trabalho e, principalmente, como nos portamos diante deste. Gerar mudanças depende de ação. E uma forma positiva de gerar resultados é tomando decisões e sain-do do comodismo, do conforto, do sossego, sem medo de mudar (anexo 18).

Orientações ao professor/a

Fica ao seu critério a escolha deste ou de outro filme que permita análises e considerações/relações com o tema estudado.

No espaço http://www.cinema.seed.pr.gov.br/ há mais sugestões de temáticas e trabalho com esta obra.

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12ª EtapaA avaliação das atividades realizadas pelos aluno/as ocorrerá simultanea-mente. O/as aluno/as estarão sempre produzindo e registrando o que fazem e aprendem. Neste momento esta atividade visa coletar o que já foi produzido e ver o que ainda é necessário para que se possa atestar, com tais materiais, a aprendizagem de todo/as.

Deverá ser produzidos textos, charges, histórias em quadrinhos, folders, dese-nhos, cartazes, etc... como resultado prático do trabalho realizado.

13ª EtapaCom os dados das pesquisas, entrevistas e outras atividades desenvolvidas pelo/as aluno/as, será produzido uma pequena obra intitulada “Histórias políti-cas de Cruz Machado”.

Esta produção estará em todas as atividades realizadas. Este espaço é para organizar oficialmente todo o material. A publicação será de maneira simples, de acordo com a disponibilidade financeira de apoio do colégio de implemen-tação.

14ª EtapaRealização de uma exposição itinerante, que tem como objetivo divulgar toda a produção realizada pelo/as aluno/as na Oficina. Esta exposição deverá percorrer os três colégios estaduais do município.

Será o momento de organizar o material a ser exposto, e como será esta exposição.

Com esta oportunidade, o/as aluno/as farão a divulgação e conscientização à participa-ção dos demais jovens ao Programa Jovem Vereador/a, do qual alguns serão monitores.

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Programa Jovem Vereador/a

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Este programa visa estimular nos estudantes, a reflexão sobre o processo democrá-tico e o exercício da cidadania, através da simulação parlamentar. Sendo esta prática uma das mais bem-sucedidas ações de educação para a democracia, que acontece usualmente fora do ambiente escolar ou com configuração extracurricular, pois se trata de um evento que imita o funcionamento de um parlamento na discussão de um tema ou proposta de ação, normalmente envolvendo público escolar. Ainda que não seja uma atividade exclusiva dos parlamentos, raras são as casas legislativas de países demo-cráticos, hoje, que não apresentam alguma forma de simulação de seus trabalhos para estudantes (COSSON, 2008).

O Legislativo é popularmente conhecido como a Casa do Povo, e nesse sentido de-vemos estar próximos, emparceirados, atentos e unidos (DANTAS, 2013, p.13). Antes, durante e depois do momento do voto, pois consideramos que acompanhar os trabalhos dos membros eleitos diretamente por votos, no caso do legislativo local, deve ser tarefa mínima para uma educação política e o exercício de uma verdadeira cidadania, sendo esta uma das melhores possibilidades de compreender a política, tornando-a mais sim-ples, transparente e próxima à realidade de todo/a cidadão/ã, possibilitando que este se identifique como sujeito histórico que produz e contribuí para a História, ao perceber que a política possui influência direta em nosso cotidiano, compreendendo que o preço da comida, a distribuição de renda, o valor do salário, os direitos e os deveres de cada um são resultados desta.

Assim, existindo no Brasil dificuldade para que os cidadão/ãs, de maneira geral, entendam que a verdadeira cidadania vai além do direito de votar e de ser votado e passem a acreditar na política como instrumento de trans-formação e construção conjunta da realidade, esta ação desenvolvida em parceria com o Poder Legislativo local, marcará um tempo novo. Um tempo de conhecimento, compreensão, cumplicidade, cobrança e produção de uma nova cultura política, efetivando ainda mais a democracia.

A implantação deste Programa no município seguiu todo trâmite legal exi-gido para ser efetivado como Lei. Sendo aprovado por unanimidade, na ses-são do dia 25 de novembro de 2013.

A efetivação deste Programa será de responsabilidade de uma comissão organizadora, cuja coordenação será desta professora PDE.

As atividades serão desenvolvidas nas três unidades de ensino da rede esta-dual do município e, após, com o/as aluno/as selecionado/as, em uma semana intensiva (prevista para junho de 2014), na Câmara Legislativa local. O crono-grama mais detalhado será elaborado pela Comissão Organizadora. Entretanto, atividades como: acompanhamento da reunião da Câmara; coquetel de posse; viagem investigativa/de estudo à capital do Estado- para conhecer o funciona-mento dos órgãos estaduais- Assembleia Legislativa, Palácio do Governo e, tam-bém, a Câmara Legislativa; palestras específicas sobre funções, leis, vocabulá-rio próprio do Poder Legislativo; e apresentações, discussões, análises, seleção e votação dos 03 projetos finais nas comissões farão parte deste cronograma (anexo 20).

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Sabendo que nenhuma mudança ocorre da noite para o dia, nem tampouco

sem o envolvimento de parte expressiva da população e dos vários setores da

sociedade, inclusive a escola, este trabalho pode ser traduzido como uma

experiência de ação concreta de participação, expressa na frase: “Aprende-se

cidadania praticando-a todo dia”.

As sugestões têm por objetivo incentivar o/a professor/a a investir em práticas

pedagógicas capazes de desarticular a atual estrutura escolar, social e política no

que diz respeito ao tema, através da realização de projetos ou atividades que

integrem a escola à comunidade.

Espero ter sido capaz de dar suporte para a realização de um trabalho docente

que contemple a temática e de motivar novas propostas de atividades.

Ainda, estão disponibilizados alguns textos pertinentes ao tema, que poderão

ser adequados/incorporados aos trabalhos com o/as aluno/as e/ou servir de base

para o/a professor/a (anexo 19).

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Anexos

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311. Convite

Aluno/a do Ensino Médio venha participar!!

Oficina Inicial para a Formação Cidadã!

Inscrições esta semana na secretaria.

Não perca esta oportunidade!!

POLÍTICAE eu com isso??!!...VOCÊ....

Sim, você mesmo...Tem muito a ver com isso sim!!

Muito mais do que pensa...

Então venha compreender como!!

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322. Ficha de Inscrição

OFICINA INICIAL PARA A FORMAÇÃO CIDADÃ

Nome:.................................................................................................................... Sexo: F ( ) M ( ) Idade:.....................................Nascimento......../....../.......... Número do RG .........................Endereço:Rua ............................................................. Número...........Bairro/Li-nha:..................................Cidade: Cruz Machado- Paraná CEP: 84620-000 Tel. Residencial: (42) ..................................... Cel. (42).................................... E-mail:..............................................................................................Série e período em que estuda:............................................................Nome do pai/responsável legal:.......................................................................Nome da mãe/responsável legal:.....................................................................

Duração da Oficina: Meses de março, abril, maio e junho de 2014;Período das atividades: Tarde e noite; Dias e X por semana a combinar com

o grupo;Período de inscrições:Critério para participar Aluno/a do Ensino Médio;Vagas: Trinta (30);Divulgação dos selecionados Dia............. no mural do colégio;

Se o número de inscritos for superior às trinta vagas, o preenchimento será através de sorteio.O aceite desta inscrição representa autorização para participação em todas as ativi-dades da Oficina, inclusive aquelas que ocorrerão fora do espaço escolar pelos pais e/ou responsáveis legais do aluno/a.O/a aluno/a participante, bem como seus responsáveis legais, submetem-se auto-maticamente, à autorização, para todos os efeitos, do uso, publicações, divulgação e veiculação das atividades desenvolvidas e/ou de eventuais imagens produzidas e/ou outros produtos decorrentes da Oficina.

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333. Produção de texto

O que você sabe,

...Escreva... ...sem medo de errar...

Até mesmo suas dúvidas,

Escr

eva

pensa e acha sobre

POLÍTICA?seu desabafo!

palavras!

TUDOmesmo.

Não economize

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34 4.Exibição do vídeo “O perigo de

uma única visão da História”: Discurso de Chimamanda

Ngozi Adichie.

Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=EC-bh1YARsc

Questões para pensar e discutir com seus/suas colegas (não se esqueça de fazer seus registros no caderno de anotações):

- Quais são os perigos de termos uma única versão da história de um determinado tema/situação?

- É possível estabelecer relação entre a experiência discursada por Chi-mamanda e o tema política? Se sim, quais seriam estas relações?

- Questões como autenticidade, mídia, poder, discernimento, coleti-vidade, estereótipos são citadas no vídeo e perambulam por nosso dia a dia e nossas atitudes. O que você entende em cada uma destas pala-vras?

- De que maneira você acha que podemos evitar o perigo de uma his-tória única?

?

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355. Slides: “Política X Cidadania”

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386. Trabalhando com

conceitos históricosSabemos que uma palavra corresponde a vários significados.

No entanto, para a disciplina de História “os conceitos são dinâmicos, tem historicidade” (SILVA, 2012, p.09). Podem assumir significados variados, dependendo do momento histórico. Assim, eles devem ser relacionados aos seus contextos e suas possibilidades mutáveis para nos permitir a com-preensão das relações entre diferentes realidades e sociedades no tempo e suas consequências.

Entidade composta por diversas instituições, de caráter político, que comanda um tipo complexo de organização social (SILVA, 2012, p.115).Podemos também entendê-lo como um poder centralizado que busca controlar a população de um determinado território, fazendo-o através da arrecadação de impostos, da distribuição da justiça e das forças militares. Então, o Estado sempre existiu? Esta é uma pergunta difícil de responder com precisão, pois a maio-ria dos historiadores aceita que ele foi presente em diferentes épocas e sociedades sim. No entanto, é importante considerarmos a grande diversidade de suas formas ao longo de sua existência. Sendo bastante controverso lhe estabelecermos uma definição geral.Porém, para uma melhor compreensão, podemos definir algumas de suas funções (fixadas historica-mente no Ocidente): * domínio da força e da repressão; * proteção do território e do povo; * estabe-lecimento da Lei; * manutenção da infraestrutura da sociedade.O Estado de um modo ou de outro, querendo ou não, interfere na vida de todos.

Então,vamos a eles?

Estado

É o sistema/conjunto de órgãos que organiza e é responsável pela administração pública. É o poder supremo de um Estado que, em uma democracia exerce-se em nome do povo. É comum se usar a palavra Governo como sinônimo de Estado.

Governo

Obs: Caro/a aluno/a, só não se esqueça de ir acrescentando os conceitos trabalhados no seu dicionário de conceitos históricos.

Referências:SILVA, Kalina Vanderlei. Dicionário de conceitos históricos. 4.ed. São Paulo: Contexto, 2012.IACOCCA, Liliana. Você e a Constituição: 33 temas para conhecer os seus direitos de cidadão. São Paulo: Casa Amarela, 2003. Escola do Legislativo Prof. Rômulo Coelho. Câmara Municipal de Pouso Alegre-MG.

“É uma combinação de instituições, modos de relação, formas de organização, normas, etc., que constitui um todo inter-relacionado no qual vive determinada população humana” (SILVA, 2012, p.382). “Melhor seria viver sozinho, mas isso não é possível: precisamos do poder de todos para pro-teger o de cada um e dos outros” (Francis Wolff).

Sociedade

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39 7. Formas, regime ou

sistemas de governo?

Por formas de governo podemos entender o modo institucional de administrar uma sociedade. De suas formas surgem as práticas governamentais/ características de cada governante. São exemplos de

formas de governo: monarquia, anarquismo e a república. Exemplos de práticas governamentais: absolutis-mo, democracia, parlamentarismo, aristocracia, presidencialismo, totalitarismo.

Em cada nação uma mesma forma de governo pode apresentar características diferentes em virtude de suas próprias estruturas sociais e de poder.

O Brasil possui a forma de governo republicano presidencialista e a forma de Estado federativa= repú-blica federativa constitucional presidencialista. Sendo que os Estados possuem autonomia política. Seja na esfera federal ou estadual, o Estado é dividido em órgãos que seguem a teoria dos três poderes de Montes-quieu: Executivo, Legislativo e Judiciário. Esta forma de governo foi escolhida por plebiscito em 1993.

Como prática governamental temos a Democracia. A democracia surge na Grécia, em Atenas, proposta por Clístenes. Na democracia grega o governo era executado pelo povo, através de uma assembleia da qual os cidadãos atenienses participavam. É importante frisar que somente os homens livres nascidos em Atenas eram consi-derados cidadãos, ficando de fora os escravos, os estrangeiros e a mulheres. Vamos analisar um trecho do discurso de Péricles reproduzido por Tucídides em seu livro “A Guerra do Peloponeso”:

“Por outro lado, todos nos preocupamos de igual modo com os assuntos priva-dos e públicos da pátria, que se referem ao bem comum ou privado, e gentes de diferentes ofícios se preocupam também com as coisas públicas.Nós consideramos o cidadão que se mostra estranho ou indiferente à política como um idiota, um inútil à sociedade e à República.Decidimos por nós mesmos todos os assuntos sobre os quais fazemos, antes, um estudo exacto: não acreditamos que o discurso entrave a acção; o que nos parece prejudicial é que as questões não se esclareçam, antecipadamente, pela discussão.Por isto nos distinguimos, porque sabemos empreender as coisas juntando a au-dácia à reflexão, mais que qualquer outro povo.” (http://www.arqnet.pt/portal/discursos/abril10.html)

De maneira geral, a democracia grega tinha como principal característica a participação/voto direto, porém esta participação foi extremamente excludente. Na democracia moderna as pessoas aptas para tal, escolhem seus representantes, através do voto indireto e representativo. No entanto, não basta o exercício da liberdade de opinião e do direito de participar da vida pública por meio de eleições livres para que se tenha um verdadeiro regime democrático, pois as democra-cias modernas continuam a conviver com profundas desigualdades sociais e frequentes manifestações de desrespeito aos direitos humanos. Quem julga que só cabe ao Governo mudar o que precisa ser mudado não ajuda a efetivar uma verdadei-ra Democracia. É necessário ser cidadão/ã e participar, tendo direito a ter direitos, bem como construir novos direitos e rever os já existentes. Ainda que este exercício seja limitado à parcela da população e consista na capacidade de fazer demons-trações políticas, de organizar partidos, de votar, de ser votado. Pois quando os direitos civis e sociais não são garantidos, os direitos políticos ficam esvaziados de conteú-dos e “servem antes para justificar governos do que para representar cidadãos”. Para especificar um pouco mais: direitos civis são os direitos fundamentais à vida, à liberdade, à proprie-dade, à igualdade perante a lei; direitos sociais incluem o direito à educação, ao trabalho, ao salário justo, à saúde, à aposentadoria.

Referências:CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo caminho. 15. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012.BOULOS, Júnior Alfredo. História: sociedade & cidadania. São Paulo: FTD, 2012.

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Questões para nortear sua análise e compreensão do texto

1.Em nosso país a forma de governo é República presidencialista. O que isso significa?

2.A Democracia nasce na Grécia, especificamente em Atenas. Cite as características de como ela era organizada neste período, considerando quem participava, como deveria ser e como ocorria esta participação:

3.Com o auxílio do discurso de Péricles reproduzido por Tucídides, comente da importân-cia da política para os cidadãos gregos. Porque era desse modo?

4.Ainda com base na questão anterior, relacione a importância da política para os gregos com a sociedade atual: há semelhanças? Justifique:

5. Quais são os quesitos estabelecidos pela democracia moderna para estar apto a partici-par?

6.O que significa “voto indireto e representativo”?

7.O voto é a única maneira de participar da democracia? Que outras possibilidades exis-tem?

8.Elabore uma análise sobre a efetivação dos direitos civis e sociais em nosso país e em nosso município:

9.“E quando os direitos civis e sociais não são garantidos, os direitos políticos ficam es-vaziados de conteúdos e “servem antes para justificar governos do que para representar cidadãos.” O que você entendeu deste enunciado? Dê exemplos:

10.Após estas análises, elaborem um conjunto de soluções para aperfeiçoar a democracia brasileira:

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418. Texto: “Função e constituição

do Estado/Governo”

Ainda que, naturalmente, não seja objeto de estudo aprofundado de todo cidadão, todos deveriam ter a noção da divisão de Poderes e o que esperar de cada um. É de importância fundamental entender de que maneira o país é organizado politicamente. Considerando que toda a nossa vida civil é afetada e conduzida por este sistema, é muito bom que tenhamos estas informações, para melhor atuarmos no contexto sócio-político-profissional; e também, por meio dos instrumentos possíveis, exigirmos a atuação adequada de cada um dos três Poderes e de seus representantes. No Brasil, assim como em muitos outros países, o governo é composto por três poderes. A existência de três Po-deres e a ideia de que haja um equilíbrio entre eles, de modo que cada um dos três exerça certo controle sobre os outros é sem dúvida, uma característica das democracias modernas. A noção da separação dos poderes foi instituída por Aristóteles, ainda na Antiguidade, mas foi aplicada pela primeira vez na Inglaterra, em 1653. Vejamos agora as representações e funções de cada um deles:Poder Executivo: em nosso país este é o poder mais forte e o que detém o maior número de funções. Esses repre-sentantes são eleitos por voto direto majoritário (mais de 50% da população). No caso dos prefeitos, cidades com mais de 200 mil habitantes têm segundo turno nas eleições. No âmbito federal tem como chefe de Estado o/a Presidente, ele representa o povo e o país. Ao tomar posse, o Presidente se compromete a manter, defender e cumprir a CONSTITUIÇÃO, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil. Embora, conceitualmente, o Poder Executivo faça executar as leis elaboradas pelo Poder Legislativo, o Presidente da República pode iniciar o processo legislativo. A Constituição permite que adote medidas provisórias em caso de relevância e urgência, pro-ponha emendas à Constituição, projetos de leis complementares e ordinárias ou, ainda, leis delegadas. Da mesma forma que lhe atribui o direito de rejeitar ou sancionar matérias já aprovadas pelo Legislativo.

•São, ainda, suas funções: * Nomear ministros que o auxiliam na administração do país, sem consultar o Congres-so para isso.•Executar o orçamento formulado, em conjunto, com o Congresso Nacional (composto por deputados federais e senadores). Cabe-lhe administrar e aplicar os recursos do país de acordo com sua plataforma de governo (explici-tada na carta programa durante as eleições).•Chefe Supremo a comandar as Forças Armadas (Marinha, Exercito e Aeronáutica).•Nomear o cargo de Presidente do Banco Central, além dos órgãos máximos do Poder Judiciário como os Minis-tros do Supremo Tribunal Federal (STF) e dos demais Tribunais Superiores.•Sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para a sua fiel execução.•Vetar projetos de lei, total ou parcialmente, ou solicitar sua consideração ao Congresso Nacional.•Manter relações com países estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos.•Decretar o estado de defesa, o estado de sítio e a intervenção federal, nos termos da Constituição.•Elaborar um plano macro de governança, a ser articulado e executado principalmente pelos ministérios, cada um atuando dentro de sua área.

No âmbito estadual o chefe máximo é o Governador do Estado, como no caso do Brasil, onde somos uma União Federativa, isto é, os Estados integrantes possuem determinada autonomia. Embora isso não se configure total-mente na prática, já que o governo central (ou a “União”) centraliza em si a maioria dos recursos arrecadados com impostos a serem distribuídos, minando a autonomia dos Estados. O dinheiro gerado dentro de um Estado e que pertence exclusivamente a ele, vem de impostos estaduais, como o ICMS ou IPVA, por exemplo. Cabe-lhe ainda: * Nomear a equipe de secretários que o auxiliará na administração do Estado.•É o principal porta-voz do Estado junto aos poderes federais (Presidente da República, Ministros, Congresso etc.).•Executar o orçamento estadual formulado, em conjunto, com os deputados estaduais. Administrar e aplicar os recursos do Estado de acordo com sua plataforma de governo.•Propor e aprovar (sancionar) as leis votadas pela Assembleia Legislativa estadual. No âmbito municipal o chefe é o Prefeito que se torna o porta-voz natural dos interesses e das reivindicações municipais perante a Câmara, as outras esferas de Governo e quaisquer forças que possam contribuir para o

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bem-estar da população e o progresso do Município. Ao prefeito cabe ainda:•Apresentar projetos de leis à Câmara Municipal, sancionar, promulgar, fazer publicar e vetar as leis, convocar extraordinariamente a Câmara, quando necessário, e representar o Município em todas as circunstâncias.•Requisitar à autoridade policial mais graduada no Município a força necessária para fazer cumprir a lei e manter a ordem.•Prestar contas de sua administração, na forma estabelecida na LEI ORGÂNICA do Município, na Constituição e na legislação específica.

Ainda, devem ser atividades pertinentes ao prefeito:•Manter contato com a Comunidade, estimulando e dialogando com as organizações sociais, ampliando a par-ticipação destas nas decisões de governo;•Elaborar um programa voltado às necessidades de todos, priorizando a distribuição da riqueza e da renda para melhorar a qualidade de vida de todos seus munícipes;•Implementar e apoiar ações que visem à criação de empregos e geração de rendas;•Tornar público e transparente o uso dos recursos do município= “prestação de contas”;•Apresentar projetos de lei;•Possibilitar e estimular a participação do povo na elaboração do orçamento do município= orçamento partici-pativo (população “ajudando” a decidir como gastar o dinheiro dos impostos);Poder Legislativo: fazem e aprovam as leis, fiscalizam os poderes Executivo e Judiciário. No âmbito federal é exercido pelo Congresso Nacional, que, por sua vez, é composto pela Câmara dos Deputa-dos e pelo Senado Federal. As duas casas possuem poder equivalente, mas características distintas. A Câmara de Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos por voto proporcional, isto é, de acordo com a po-pulação de cada Estado. Já os membros do Senado também são eleitos por voto direto, mas majoritário, e não proporcional. Ou seja, cada Estado tem três senadores, igualmente. Eles representam a unidade federativa, e não a população daquela unidade. Cada senador é eleito com dois suplentes. Seu mandato é de oito anos, sendo que de quatro em quatro anos, alternadamente, 1/3 e 2/3 da Câmara são renovados.

Senador e suas funções: •Fiscalizar o presidente, o vice-presidente e os ministros de Estado; •Aprovar as dívidas dos estados;•Homologar a diretoria do Banco Central; •Elaborar, em conjunto com o presidente, o orçamento nacional; •Tomar decisões quanto a acordos internacionais firmados pelo governo; •Revisar projetos vindos da Câmara dos Deputados; •Preparar o regimento do Senado.

Deputado federal: representam a população de seus estados na Câmara dos Deputados. O número de parlamen-tares a serem eleitos é definido um ano antes das eleições, de modo que nenhum estado tenha menos de oito ou mais de setenta representantes. Medida para manter o equilíbrio de representatividade na Câmara. São suas funções: •Fiscalizar o presidente, o vice-presidente e os ministros de Estado;•Elaborar o orçamento nacional, em conjunto com o presidente;•Propor leis de interesse nacional, debatê-las e aprová-las;•Formar comissões parlamentares de inquérito, mais conhecidas como CPIs;•Preparar o regimento da Câmara dos Deputados;

No âmbito estadual o poder legislativo é representado pelas assembleias legislativas, compostas por deputados estaduais. O número de eleitos também é proporcional à população. Estes formam a Assembleia Legislativa e têm funções similares a dos deputados federais. A diferença é a esfera de atuação, que se limita ao Estado em que foram eleitos. O mandato de um deputado estadual é de quatro anos, e o sistema de reeleição é idêntico ao dos senadores e deputados federais. Funções:•Fiscalizar o governador, o vice-governador e os secretários do estado;•Propor leis de interesse estadual, debatê-las e aprová-las;•Elaborar o orçamento estadual, em conjunto com o governador;•Formar comissões parlamentares de inquérito, mais conhecidas como CPIs;

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43No âmbito municipal os representantes do Legislativo são os vereadores, que compõem a Câmara de Vereadores e são eleitos por sistema proporcional, correspondente à quantidade de eleitores da cidade. O mandato de um vereador é de quatro anos, mas ele pode ser reeleito diversas vezes, de acordo com a vontade dos eleitores. Suas funções:•Fiscalizar o prefeito, o vice-prefeito e os secretários municipais.•Propor leis de interesse municipal, debatê-las e aprová-las;•Votar projetos de lei enviados pelo prefeito;•Organizar os serviços da Câmara Municipal;

Ainda, são atividades destes parlamentares:•Discutir com a comunidade as prioridades e a forma de assegurar um controle popular sobre o uso dos impos-tos arrecadados;•Cobrar da prefeitura a participação popular no orçamento do município;•Discutir, aprovar e fiscalizar o orçamento do município, denunciando favorecimentos, ilegalidades e o uso in-devido dos recursos públicos;•Elaborar e votar leis, segundo as necessidades da comunidade;•Fiscalizar as ações do prefeito, secretários e administradores regionais;•Lutar pela transparência e democratização da Prefeitura e da Câmara Municipal.

O que “não deve” fazer o Vereador:•Assistencialismo social: fornecer óculos, cadeiras de roda, dentaduras, etc...•Remoção de doentes e outros com carros particulares;•Oferecer consultas médicas, remédios, etc... em troca de votos;•Pedir/comprar votos em troca de cestas básicas, material de construção, eletrodomésticos, etc.. Isto é crime;•Ceder ônibus (ou outro tipo de carro) para funerais, passeios e outras necessidades de grupos de eleitores;•Enganar o eleitor utilizando-se dos serviços públicos para fornecer benefícios, como se fossem doados por ele;•Transportar eleitores para transferência de títulos e para votar. Poder judiciário: Sua função principal é verificar a legalidade das leis em relação à Constituição. Estabelece a pena para os infratores.

Os órgãos que o constituem são os relacionados abaixo. Supremo Tribunal Federal (STF): responsável pelo cumprimento da Constituição do Brasil. Quando ela é viola-da, o julgamento da causa lhe cabe e também julga algumas autoridades federais, como o presidente da república.Superior Tribunal de Justiça (STJ): deve fazer com que as leis federais sejam respeitadas, julgando recursos de decisões judiciais que as contrariem. O STJ também julga crimes comuns praticados por governadores e outras autoridades.Justiça Federal: composta pelos Tribunais Regionais Federais, e tem a função de julgar causas que envolvam a União ou empresas públicas federais.Justiça do Trabalho: responsável por causas com origem nas relações de trabalho. Compete a Justiça do Tra-balho julgar o direito á greve, análise de penalidades administrativas impostas por órgãos do governo e litígio envolvendo o sindicato dos empregadores e o sindicato dos trabalhadores.Justiça Eleitoral: as causas relativas à legislação eleitoral devem ser julgadas pela Justiça Eleitoral. Além disso, também é de sua responsabilidade organizar, administrar e garantir a transparência das eleições no Brasil.Justiça Militar: responsável por julgar os crimes militares previstos em lei.Justiça Estadual: cada estado deve organizar sua própria justiça, o que faz com que sua competência seja defini-da pela Constituição Estadual.Uma instituição muito importante ainda é o Ministério Público (MP) formado pelos promotores de Justiça/pro-motores públicos, que se organizam nos estados e na União. O promotor público é a pessoa a procurar sempre que um grupo social ferido em seus direitos não conseguir ser atendido pelos funcionários dos poderes Execu-tivo ou Legislativo.

Referências Bibliográficas:

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. 34.ed. São Paulo: Saraiva, 2004.

SAMPAIO, Plínio Arruda. Porque participar da política? São Paulo: Sarandi, 2010.http://diariocatarinense.clicrbs.com.br

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Os Três Poderes que governam a República Federativa do Brasil: MUNICIPAL (Município)

FEDERAL(País)

ESTADUAL(Estados e Distrito

Federal)

PODEREXECUTIVOExecuta as leis

Presidente da RepúblicaVice-presidente da

RepúblicaMinistros

GovernadorVice-governador

Secretários estaduais

PrefeitoVice-prefeitoSecretáriosmunicipais

PODERLEGISLATIVOElabora as leis

Congresso NacionalSenado Federal

Câmara dos Deputados (senadores)

(deputados federais)

Assembléias Legislativas

Deputados estaduais

Câmaras Municipais

Vereadores

PODERJUDICIÁRIO

Fiscaliza o cumprimento das leis

Tribunais Superiores

Ministros

Tribunais

Desembargadores e Juízes

(não há órgãos municipais do Poder

Judiciário)

Fonte: IACOCCA, Liliana. Você e a Constituição: 33 temas para conhecer os seus direitos de cidadão. São Paulo: Casa Amarela, 2003. (p.76/77)

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459. Sugestão de perguntas

para as entrevistas

Entrevista com eleitos

Nome:Data nascimento:Cargo para o qual foi eleito/a:Período de sua gestão:Partido Político do momento de sua candida-tura:Partido Político atual:O que o/a motivou a ser candidato/a?Considere os pontos positivos de sua gestão:Considere os pontos negativos de sua gestão: Sua experiência ocupando este cargo foi o que imaginava/esperava?Seria candidato/a novamente? Justifique:Com relação à política o que você acha que precisa melhorar em nosso município?

Entrevista com frequentadores das sessões semanais da Câmara Municipal

Nome:Data nascimento:Profissão:Filiação Partidária: Há quanto tempo participa nas reuniões?O que o/a motivou a esta participação?Porque considera importante a participação nas reuniões?Registra as reuniões que assiste? De que maneira? Com que objetivos faz este registro?Sua participação influencia no seu voto?Compartilha o que assiste nas reuniões?Tem interesse em candidatar-se a algum cargo, um dia?O que você acha/ pensa sobre política?Neste tempo em que frequenta as reuniões percebe evoluções positivas? E negativas?Fatos/situações curiosas que tenha presenciado:Com relação à política o que você acha que precisa melhorar em nosso município?

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4610. Termo de Cessão Pessoa

Física para Pessoa Física

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS

Termo de Cessão Pessoa Física para Pessoa Física PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

(MODELO)

Nos termos disponíveis do artigo 49 da Lei n. 9.610, por este instrumento o(a)

Sr(a),_____(nome do cedente), RG________________________, CPF_____________________,

residente na _____________,bairro___________________, cidade___________________, na

qualidade de titular dos direitos autorais, doravante denominado CEDENTE, cede gratuitamente,

pelo prazo indeterminado e de modo absoluto, para utilização exclusiva da Secretaria de Estado da

Educação do Paraná o direito de uso referente ao(s) seguinte(s) material(is):

________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________

para o(a) professor(a) __________________________, RG____________________ da Rede

Estadual de Ensino do Paraná, nesta ocasião denominada CESSIONÁRIO(A).

O CEDENTE fica ciente de que o material cedido pode ser publicado nas mídias impressa

e/ou Web.

Esta cessão afasta o CEDENTE e seus herdeiros de receberem qualquer espécie de

indenização ou compensação em virtude do uso e administração do material.

O(A) CESSIONÁRIO(A), por sua vez, compromete-se a utilizar o material descrito para

Produção Didático-pedagógica, sem fins lucrativos e com objetivos educacionais.

Para efeitos, este termo vai assinado pelas partes.

Curitiba, _________ de __________________de __________.

_____________________________

CEDENTE

_____________________________

CESSIONÁRIO(A)

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No caso específico, estamos nos referindo ao Regimento Interno da Câmara Legislativa de Cruz Machado.

Referências Lei Orgância do município de Cruz Machado.

Atividades para aprofundar conhecimentos:1.Texto complementar: “A Constituição de 1824”. VAINFAS, Ronaldo... [et al.]. História: o longo século XIX, volume 2. São Paulo: Saraiva, 2010. (p. 154) Leitura e análise:2.Texto “Conheça as constituições brasileiras”. IACOCCA, Liliana. Você e a Constituição: 33 temas para conhecer os seus direitos de cidadão. São Paulo: Casa Amarela, 2003. (p. 69/70). Identificar e relacionar as principais características de todas as constituições que o Brasil já teve:3.Constituição Federal (online): Titulo II artigo 5º em seus 77 incisos- trata dos direitos individuais e coletivos. Ler e analisar, oralmente, como se processa suas execuções: 4.Breve explanação de uma pessoa responsável/representante do Executivo local sobre a lei Orgânica, com informações gerais.5.Breve explanação, com informações gerais de uma pessoa responsável/representante do Legislativo local sobre o Regi-mento Interno desta Casa de Leis.

Obs: Caro/a aluno/a, não se esqueça de fazer os apontamentos destas atividades em seu caderno de anotações!

11. Leis: o que é isso? Para que servem? O que eu tenho a ver com elas?

Distribuição do dinheiro que prefeituras, governos estaduais e federal arrecadam através dos impostos, admi-nistração de empresas estatais (Petrobrás, por exemplo), fiscalização e funcionamento das repartições públicas que prestam serviços à população (SUS, hospitais, escolas públicas, delegacias, por exemplo), são ações que estão intimamente ligadas à nossa vida diária. São ações executadas pelos nosso/as representantes político/as e coordenadas pelas leis. Mas, por onde tudo começa? Pela CONSTITUIÇÃO de um país. E o que é uma Constituição? Vejamos a definição abaixo:

é o conjunto de regras e preceitos fundamentais estabelecidos pela sobe-rania de um povo para servir de base à sua organização política e firmar direitos e deveres de cada um de seus componentes. A Constituição é a declaração da vontade política de um povo, feita de modo solene por meio de uma lei que é superior a todas as outras e que, visando à prote-ção da dignidade humana, estabelece os direitos e as responsabilidades fundamentais dos indivíduos, grupos sociais, povo e governo (IACOC-CA, 2003, p.09).

Na história do Brasil, nossa primeira Constituição, Imperial de 1824, é outorgada, ou seja, imposta ao povo pela força, sem legitimidade. Desde então o Brasil está na sétima Constituição. Esta, também conhecida como “Constituição cidadã” foi promulgada em 05 de outubro de 1988, promovendo todos os grandes princípios da democracia. Outras leis pertinentes ao nosso tema são a Lei Orgânica Municipal e o Regimento Interno. Quanto a Lei Orgânica Municipal

é a lei que rege o Município. Ela organizará os órgãos da Administração, a relação o Executivo e o Legislativo, disciplinando a competência legis-lativa do Município, observadas as peculiaridades locais, bem como sua competência comum, disposta no artigo 23 da Constituição Federal, e sua competência suplementar, disposta no artigo 30, II, da referida Carta Magna; além de estabelecer as regras do processo legislativo Municipal e toda regulamentação orçamentária, em consonância com a Constituição Estadual e os preceitos elencados no artigo 29 da Constituição Federal (Escola do Legislativo p.21).

O Regimento Interno assim se define:Normas agrupadas que disciplinam o serviço interno ou o funciona-mento de tribunais, assembléias legislativas, corporações, fundações, instituições civis (Escola do Legislativo p. 21).

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4812. Conhecendo um pouco mais

sobre a Câmara legislativa

No Brasil, a história das Câmaras municipais iniciou no período colonial. No entanto, estas existiam “somente nas localidades que tivessem pelo menos a categoria de vila” (LEAL, 1997, p.81). Suas fun-ções, porém, eram amplas:

Tinham funções muito mais importantes do que as das modernas mu-nicipalidades. Assim é que, além das atribuições de interesse peculiar do município, exerciam elas funções hoje a cargo do Ministério Público, denunciando crimes e abusos aos juízes, desempenhavam funções de polícia rural e de inspeção da higiene pública, auxiliavam os alcaides no policiamento da terra e elegiam grande número de funcionários da administração local (LEAL, 1997, p.82).

Isso fez com que as câmaras municipais possuíssem imenso poder, desafiando o poder público em benefício do poder privado. Tornando-se a máxima instituição administrativa municipal. Sua composição era de “dois juízes ordinários, servindo um de cada vez, ou juiz de fora (se houvesse) e dos três vereadores” (LEAL, 1997). Ainda, “oficiais da câmara com funções especificadas, o procurador, o tesou-reiro e o escrivão” (LEAL, 1997). Outros funcionários eram nomeados pela Câmara. De acordo com Leal (1997), as eleições aconteciam de três em três anos e eram indiretas, apesar do mandato ser de um ano apenas, já se escolhia os oficiais que serviriam nos três anos consecutivos. Poderiam votar os considerados “homens bons” - que já haviam ocupado cargos da municipalidade e que tivessem pureza de sangue. Como deveria se desenvolver este processo, se encontrava nas Ordenações/Portugal. A primeira lei eleitoral brasileira foi publicada em 19 de junho de 1822, e regulamentava a escolha de uma Assembleia Geral Constituinte e Legislativa. Esta, eleita, após a proclamação da independência, elaborou a Constituição do Império. As Câmaras têm sua autonomia reduzida com a proclamação da independência. Segundo Lima (2010), houve diversos regulamentos complementares para as eleições deste período. Cita-mos: proibição do voto por procuração em 1842; Lei dos Círculos, criando o voto por distrito em 1855; Lei do Terço estipulando o uso do título de eleitor em 1875; Lei Saraiva estabelecendo o voto secreto e eleições diretas em 1881. A Constituição de 1891 trouxe maior autonomia aos “Estados”. E os municípios têm sua autonomia tutelada por eles. Com a reforma constitucional de 1926 esta situação é amenizada, concedendo à União o direito de intervir nos Estados para proteção municipal. As prefeituras surgem após a Revolução de 1930, trazendo “separada” as funções do Executivo e do Legisla-tivo. De 1937 a 1945, Estado Novo, as Câmaras municipais são fechadas e é extinto o poder Legislativo. Ficou estabelecida pela Constituição de 1937 (Polaca) que o Presidente da República nomeava as autoridades esta-duais e estes, por sua vez, nomeavam as autoridades municipais. Com o governo democrático a partir de 1945 as Câmaras são reabertas e começam a tomar a forma que possuem hoje. A Constituição de 1967 aumenta a influência do poder Executivo sobre o Legislativo e o Judiciário. A Constituição de 1988 (Cidadã), da Organização do Estado no Capítulo IV sobre os municípios, Art. 29, prescreve a organização que temos hoje.

Referência:

LEAL, Victor Nunes. Coronelismo, enxada e voto. 3.ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.

LIMA, Soeli Regina. A trajetória do poder legislativo tresbarrense. Canoinhas: Graf-Set, 2010.

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4913. A Câmara Legislativa municipal na atualidade

O poder Legislativo municipal é exercido pela Câmara de Vereadores. E o poder Executivo municipal é exer-cido pelo prefeito e vice-prefeito. De acordo com a Constituição de 1988 (Cidadã), a organização destes poderes está pautada na Lei Orgânica do município e no seu Regimento Interno, no caso do Legislativo. Vocês já assistiram pelo menos, a uma reunião dos nossos nobres Édis. Por isso, podem ter noção desta orga-nização prevista em Lei. E, com certeza, já criaram simulações próprias sobre o que pode ou não fazer o prefeito e o vice-prefeito. Mas, para entendermos além de uma noção, vamos organizar uma pesquisa baseada em nossa Lei Orgânica. Organização: trios pré-estabelecidos pela professora, conforme justificativa já realizada. Tempo de preparo: três aulas e mais três dias extraclasse. Metodologia: cada trio deverá preparar, com o auxílio de slides, vídeo, quadro-negro ou outros, o repasse do seu tema ao coletivo. Tendo inclusive, que responder às dúvidas e questionamentos do/as colegas.

Tema: 01Capítulo II Do Poder Legislativo;Seção I Das Disposições Gerais;Seção II Da Competência da Câmara Municipal;

Tema: 02Seção III Dos Vereadores;

Tema: 03Seção IV Das Reuniões;Seção V Da Instalação;Seção VI Da Mesa;Subseção I Da Eleição;

Tema: 04Subseção II Da Composição e Competência;

Tema: 04Subseção II Da Composição e Competência;

Tema: 06Seção VII Das Comissões;Seção VII Das Deliberações;

Tema: 07Seção IX Do Processo Legislativo;Subseção I Disposição Geral;Subseção II Da Emenda à Lei Orgânica;

Tema: 08Subseção III Das Leis;Seção X Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária;

Tema: 09Capítulo III Do Poder Executivo;Seção I Disposição Geral;Seção II Do Prefeito e do Vice-Prefeito;Seção III Da Licença;

Tema: 10Seção IV Das Atribuições do Prefeito.

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50 14. Orçamento Público

Os orçamentos da sua família e de todos os lares do Brasil têm muita coisa em comum com o orçamento pú-blico. Seguem a mesma lógica: o orçamento é o planejamento do dinheiro que entra e do dinheiro que sai, quer dizer, das receitas e das despesas. Se você recebe mesada ou já trabalha, com certeza já deve ter feito umas continhas para conseguir fazer seu “dinheirinho” render. Você estava elaborando o seu próprio orçamento. A sua principal receita deve ser sua mesada ou o seu salário do mês. De repente, você até pode conseguir “uns extras” (vendendo algo ou digitando trabalhos para outras pessoas, por exemplo). Para o Governo, a principal receita vem dos tributos que são cobrados e pagos por cidadão/ãs como seus pais, tios e tias, avôs e avós e você mesmo/a, pois somos todo/as obrigado/as a pagar. Existe diversas formas de o Governo fazer/estipular estas cobranças e, dependendo da maneira como ele é cobrado, ele tem um nome diferente. Sendo que os três mais conhecidos são: imposto, taxa e contribuição de melhoria. Mas, voltemos ao orçamento público. Ao fazer a previsão da arrecadação os poderes Executivo e Legislativo devem analisar as necessidades da po-pulação e trabalhar juntos para determinar como vai ser gasto o dinheiro disponível. Para organizar contas tão importantes quanto às públicas, que afetam a vida de muitas pessoas, existem leis que devem ser rigorosamente cumpridas e fiscalizadas. E todo gasto governamental deve ser previsto e autori-zado nestas leis orçamentárias, que formam um conjunto de três peças em todas as instâncias governamentais. São elas, o PPA – Plano Plurianual, que define o cenário ou o planejamento governamental para um período de quatro anos, iniciando-se sempre no segundo ano de mandato do/a governante. Estabelece, de forma regio-nalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal. A LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias, que fixa a política de gasto do governo e orienta o processo orça-mentário anual. Compreende as metas e prioridades da administração pública para o ano seguinte. E a LOA – Lei Orçamentária Anual, que promove as alocações específicas de recursos. Compreende: I) o orça-mento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público; II) o orçamento de investimentos de empresas estatais; III) o orçamento da seguridade social (previdência, assistência social e saúde). Importante frisar que estas três leis se relacionam numa escala. Para chegar ao orçamento, o/a administrador/a público/a tem de seguir toda a escala. Sendo que a LDO deve respeitar o PPA, e a LOA deve respeitar os dois. E para que o resultado final seja positivo, todos os gastos do governo devem respeitar o que ficou estabelecido no orçamento. O orçamento participativo é uma forma de permitir a participação popular na elaboração do orçamento. Essa participação pode ocorrer durante a fase de elaboração, quando o projeto de lei está sendo preparado na Pre-feitura ou no Governo do Estado. A participação pode ocorrer também em audiências públicas, realizadas nas Câmaras Municipais ou Assembleias Legislativas, quando a população é convidada a conhecer, em detalhe, o orçamento que está sendo elaborado, e opinar sobre ele. O orçamento é um instrumento de transparência. Por meio dele todos os gastos públicos são mostrados à po-pulação. Todos os programas do governo devem estar ali presentes, em todos os seus valores. É um instrumento de controle. A sociedade pode e deve acompanhar sua execução. A vigilância do povo é o melhor instrumento de controle.

Referência:QUEIROZ, Antônio Augusto de. Noções de Política e Cidadania no Brasil. Brasília: DIAP, 2012. (Série Edu-cação; v.1) Disponível em: <http://www.diap.org.br/index.php?option=com_jdownloads&view=viewcatego-ries&Itemid=217>. Acesso em: 20 abr. 2013.

Escola do Legislativo Prof. Rômulo Coelho. Apostila. Câmara Municipal de Pouso Alegre-MG.

Atividade para melhor compreensão do texto:

1.Explanação do prefeito e vice-prefeito municipal sobre o orçamento de 2014;

Obs: caro/a aluno/a, não se esqueça de fazer suas anotações durante esta explanação.

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5115. Como o orçamento público

vira lei em nossa cidade?

Todos os anos, no primeiro semestre, a Secretária de Finanças elabora umprojeto de Lei de Orçamento, reunindo vários orçamentos menores enviados por cada uma das Se-cretarias. O Prefeito Municipal assina esse Projeto de Lei e o envia à Câmara Municipal, até o dia .......de ............... A Comissão Financeira e Orçamentária composta por vereadores reúne-se para discutir cada uma das partes deste projeto de Orçamento; Essa comissão recebe as propostas dos demais vereadores, faz as alterações que achar necessárias e envia o projeto aprovado para ser discutido e votado no Plenário da Câmara, por todos os vereadores; Aprovado pela Câmara, o projeto de Orçamento é devolvido ao Prefeito para ser sancionado/apro-vado e transformado em lei. A Câmara deve devolvê-lo até o dia .... de ................... A partir de 1º de janeiro do ano seguinte, o Orçamento começa a valer. O orçamento é a lei que autoriza o presidente da República, os governadores e os prefeitos a re-alizarem as Despesas Públicas. Todos os gastos do governo devem estar previstos no Orçamento: pagamento de salários, compra de medicamentos, construção de escolas, manutenção dos prédios e órgãos públicos, restauração das estradas, etc. Também deve estar no Orçamento o valor da Receita Pública, que é o conjunto dos valores que vai permitir a realização da Despesa. Estará ainda no Or-çamento o valor da Dívida Pública, que acontece quando a Receita é menor que a Despesa (quando o/a governante gasta mais do que tem em caixa). A Lei do Orçamento deve ser reescrita anualmente, pois as necessidades e interesses da população mudam a cada ano. Enquanto no setor privado, planejamento e orçamento são elaborados objetivando lucros futuros, no contexto público deve contemplar o lucro público. E o que vem a ser o “lucro público”? Atingir um maior número de pessoas, com serviços de qualida-de e com custos viáveis. Sendo que para isso é necessário uma administração eficiente, eficaz e efetiva.

Referência:

Escola do Legislativo Prof. Rômulo Coelho. Apostila. Câmara Municipal de Pouso Alegre-MG.Atividade para melhor compreensão do texto:

1. Pesquise na Lei Orgânica de Cruz Machado, citando o dia e o mês, e qual é o artigo que esta-belece as datas limites da tramitação do projeto de Lei de Orçamento anual:

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5216. Pesquisa nas Atas da

Câmara Municipal

Você sabia que a cerimônia de posse dos primeiros sete vereadores da Câmara Legislativa cruz-ma-chadense, ocorreu no dia 14 de dezembro de 1952, às 14h00min, na sede do clube Sete de Setembro localizado na avenida Dr. Silvino de Faria, hoje Avenida Getúlio Vargas? Esta informação foi encontrada em uma de suas primeiras Atas. E com certeza, há outras informações importantes para que possamos saber muito mais da nossa História política. Por isso, vamos trabalhar com a pesquisa a estes documentos, as Atas. No entanto, esta atividade requer muitos cuidados essenciais, pois se o manuseio normal de do-cumentos pode produzir danos, o manuseio inadequado/descuidado pode produzir danos sérios e irreparáveis. O manuseio requer cuidados especiais, principalmente quando são documentos originais. Vamos a alguns procedimentos que deverão ser seguidos:

•Manuseá-los com as mãos limpas e fazendo uso de luvas. Além das luvas, também devemos utilizar guarda-pós e máscara;

•Manusear estes documentos sempre nas mesas disponíveis para tal fim;

•Não apoie os cotovelos sobre os documentos, pois, muitas vezes, estes já se encontram muito frágeis, e qualquer peso poderá danificá-lo ainda mais;

•Não fumar, comer e beber neste local. Para evitar restos de comida que poderão atrair insetos e roe-dores, e o risco de ocorrer algum acidente com líquidos que poderão molhar os documentos;

•Não utilize a saliva para umedecer seus dedos ao folhear os documentos/livros. Além de ser prejudi-cial à sua saúde, favorece o desenvolvimento de micro-organismos e manchas ácidas nos documentos;

•Tenha imenso cuidado para não deixar os livros/atas caírem, eles são feitos de papel, por isso, todo cuidado é necessário;

•Em hipótese alguma risque ou arranque folhas/pedaços;

•Não dobre o canto das folhas e nem use clips, use marcadores de página;

•As máquinas xérox causam danos, tanto ao papel como a tinta. Portanto, o xérox é proibido;

•No nosso caso, por ter sido permitido, estaremos utilizando máquina fotográfica com o flash desli-gado, para auxiliar na reprodução destes documentos;

•É proibido tirar estes documentos da Câmara. Por isso, faremos a escala dos momentos da pesquisa que deverá ser rigorosamente respeitada. Referências

Armazenagem e manuseio, OGDEN (2001). Conselho Nacional de Arquivos. Recomendações para a produção e o armazenamento de documen-tos de arquivo. Rio de Janeiro, 2005. Disponível em:http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/Me-dia/publicacoes/recomendaes_para_a_produo.pdf

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5317. Atividade de pesquisa e

apresentação

1. Breve histórico do “voto” no Brasil;

2. Sistema eleitoral;

3. Partidos políticos;

4. Participação das Mulheres;

5. Importância e cuidados ao votar; como as pessoas “votam”;

Trabalho de pesquisa bibliográfica, on-line, de campo e etc, para prepa-ro de material a ser entregue e posterior apresentação. Com metodolo-

gias, sugeridas aos aluno/as, que permitam a ilustração e melhor compreensão do tema.

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5418. Filme “A Fuga das Galinhas”

Ficha Técnica:

País/Ano de produção:- EUA, 2000Duração/Gênero:- 84 min., Animação/Comédia

Disponível em vídeo e DVDDireção de Peter Lord e Nick Parker

Roteiro de Karey Kirkpatrick, Nick Parker e Peter LordElenco:- Mel Gibson, Phil Daniels, Lynn Ferguson, Miranda

Richardson, Tony Haygarth, Julia Sawalha, Jane Horrocks, Timothy Spall.

Questões para nortear a análise, compreensão e a relação desta obra com o tema do nosso trabalho:

1.“Ambientação”; conceitue em que contexto esta “trama histórica” se desenvolveu:

2.Conceitue Ginger, a personagem principal:

3.Porque “elas” querem fugir?4.“As cercas não estão só aqui. Estão nas suas cabeças”. O que Ginger quer dizer com isso? Por-que?

5.“As chances de sair daqui são de uma em um milhão= então há uma chance”. Como esta fala pode ser relacionada à vida humana em sociedade, principalmente aos objetivos da nossa Ofici-na?

6.“ Bom-dia, Ginger, que bom que voltou das férias! -Eu não estava em férias. Estava em “confinamento solitário”. O que significa a palavra em destaque? Porque ela não pode ser associada às férias? Qual foi o objetivo ao colocar Ginger nesta situação de confinamento?

7.“Toda a minha vida passou diante dos meus olhos...” E foi muito chato! E se sua vida passasse diante de seus olhos, que resposta você teria? O que significa ter tido uma vida chata? E como fazer para ser o contrário, então?

8.“Se quiser resultados diga o que “elas” querem ouvir”.

Como esta fala pode ser associada ao nosso papel enquanto cidadão/ã? Cite exemplos concretos (não do filme) sobre isso:

9.Que relações são possíveis estabelecer entre este filme e a vida real, especificamente no que se refere ao que estudamos até agora? Justifique e exemplifique:

10.Sua opinião sobre o filme e esta abordagem sugerida:

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5519. Textos complementares

Como surge uma lei Vamos saber, agora, como surge uma lei, como ela é votada e o que acontece até ser aprovada.O processo Você sabia que para ser transformado em lei, qualquer projeto deve ser aprovado pela Câmara? Se aprovado, é encaminhado para o Prefeito sanciona-la. Este poderá aceitá-la, total ou apenas em parte, ou vetá-la (recusá-la). Quando o Prefeito, aceita, ele a sanciona e encaminha para publica-ção e se transforma em lei.As reuniões Os vereadores precisam se organizar muito bem quando têm que votar uma proposta. A direção da Câmara recebe o projeto, numera-o e encaminha para as Comissões responsáveis pelo assunto. Cada uma delas irá avaliar o assunto envolvido de acordo com a sua especialidade. Assim, quando dizem que determinado projeto está em determinada Comissão, estão dizendo que aquele projeto está para ser discutido e votado. E quando dizem que um projeto está na Mesa, estão falando que ele está pronto, preparado, para ser colocado em Pauta (no Plenário) para ser votado. E depende da decisão do Presidente da Câmara, o que vai estar na Ordem do Dia, quando um projeto é co-locado em pauta para votação. Esse assunto é difícil enquanto você está distante dele. Se você se interessar, ele se tornará cada vez mais fácil.

Processo Legislativo Uma das principais funções de um Parlamento é elaborar normas legais. Trata-se de um proces-so legislativo que compreende de acordo com o art. 59 da Constituição Federal, a elaboração de:I - emendas à Constituição;II - leis complementares;III - leis ordinárias;IV - leis delegadas;V - medidas provisórias;VI - decretos legislativos;VII - resoluções. As normas que disciplinam o processo legislativo estão contidas no artigo 59 e seguintes da Constituição Federal.

Proposição São propostas que serão discutidas e estão sujeitas à deliberação do Plenário e consiste em In-dicações, Requerimentos, Moções, Projetos de Emenda à Lei Orgânica, Projeto de lei, Projeto de Resolução, Projeto de Decreto Legislativo, Substitutivos, Emendas e etc. Todas as proposições devem ser redigidas com clareza, em termos explícitos e concisos. Devem ser fundamentadas e acompanhadas de justificativa e o descumprimento desta norma implicará no arquivamento automático da proposição.

Tipos de ProposiçãoPROJETO - Estes podem ser projeto de lei ordinária, complementar ou delegada; ou projeto de resolução ou decreto legislativo, além da proposta de emenda à Lei Orgânica Municipal. Vamos ver cada um:* O projeto de lei ordinária - Trata de assuntos diversos regulando quase todas as matérias. O

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56projeto de lei ordinária é aprovado por maioria simples. Pode ser proposto, no caso da União, pelo presidente da República, deputados, senadores, Supremo Tribunal Federal (STF), tribunais supe-riores e procurador-geral da República. Por simetria o mesmo ocorre com Estados e Municípios.

Os cidadãos também podem propor tal projeto, desde que seja subscrito por um número de elei-tores, conforme lei vigente (Ver: Constituição Federal, Constituição do Estado e a Lei Orgânica do Município).

* O projeto de lei complementar - Pode ser proposta pelo presidente da República, por deputados, senadores, comissões da Câmara, do Senado e do Congresso, bem como pelo Supremo Tribunal Federal (STF), tribunais superiores, procurador-geral da República e também por cidadãos co-muns. O quórum para aprovação de projeto de lei complementar é maioria absoluta. Por simetria o mesmo ocorre com Estados e Municípios.* O projeto de lei delegada – Esta é de competência do presidente da República, que solicita con-cessão especial ao Legislativo, para poder elaborar a lei. Não podem ser objetos de lei delegada determinadas matérias, como nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos, eleitorais, planos plurianuais e orçamentos. Por simetria o mesmo ocorre com Estados e Municípios.* O projeto de resolução e o projeto de decreto legislativo destinam-se a regular matérias de com-petência exclusiva do Legislativo, e que são excluídas do âmbito da lei. Elas se diferem apenas quanto ao efeito, ou seja, a Resolução, em casos de efeito interno e o Decreto Legislativo em casos de efeito interno e externo.* Projeto de Emenda à Lei Orgânica do Município

Os projetos de emenda à Lei Orgânica obedecerão ao disposto na Lei Orgânica e poderão ser emendada diante proposta de:- no mínimo, um terço dos membros da Câmara;- do Prefeito;- ou no mínimo de cinco por cento do eleitorado do Município. Ela será discutida e votada em dois turnos, com interstício mínimo de dez dias, e considerada aprovada se obtiver, em ambos, o voto favorável de dois terços dos membros da Câmara. Qualquer proposta de emenda à Lei Orgâ-nica deverá vir acompanhada de ampla justificativa e dela dará publicidade aos órgãos, entidades públicas e a comunidade em geral.

INDICAÇÃO é uma proposição que sugere a outro Poder a adoção de providência, a realização de ato administrativo ou de gestão, ou o envio de projeto sobre matéria de sua exclusiva iniciativa;

REQUERIMENTO é todo pedido verbal ou escrito, dirigido por qualquer vereador ao Presidente ou à Mesa. É utilizado, por exemplo, para solicitar a palavra ou à desistência dela durante a sessão. Para requerer com a convocação, por meio do prefeito, auxiliar direto ou seu dirigente de admi-nistração indireta para comparecer, perante ela sob pena de responsabilidade, a fim de prestar informações sobre assuntos previamente designados e constantes da convocação. O requerimento dever ser respondido pelo Executivo.

EMENDA é a proposição apresentada como acessória à proposta de emenda à Constituição, Lei Orgânica, a projeto de lei ordinária, de lei complementar, de decreto legislativo ou de resolução.

SUBSTITUTIVO é a proposição apresentada por Vereador, Comissão Permanente ou pela Mesa para substituir outro já existente sobre o mesmo assunto.

MOÇÕES: É a proposição em que é sugerida a manifestação da Câmara sobre determinado as-sunto, hipotecando solidariedade, apelando, protestando, repudiando, expressando votos de con-gratulações, aplauso ou de pesar por falecimento, sendo que não poderá constar no texto, o nome

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do Vereador proponente como autor. É de praxe as moções serem assinadas por todos os verea-dores, que depois de lida será remetida ao seu destino pela Secretaria da Casa.

O que é quórum? É o número mínimo de parlamentares necessários para certas situações.Exemplo: Para as deliberações da Câmara serão necessários mais da metade de seus membros. Ou seja, em uma Câmara com 11 vereadores, metade seria 5,5. Então serão necessários a pre-sença de 6 vereadores para iniciar a reunião da Câmara para as deliberações. A Lei Orgânica e o Regimento interno é estabelecem os tipos, por exemplo: quórum de 2/3, quórum de Maioria Absoluta, quórum de Maioria Simples, quórum qualificado.* Apenas para informação: existem outros tipos de quórum. No senado há quórum de 3/5, 1/10, etc.

Fluxo Simplificado do Processo Legislativo Municipal1) Iniciativa do projeto - Pode ser do Legislativo ou do Executivo e, em alguns casos, de iniciativa popular.2) Leitura em Plenário – Para dar ciência do projeto.3) Projeto encaminhado às comissões para elaboração dos pareceres das comissões permanentes. São necessários os pareceres das comissões permanentes para que o projeto esteja apto para entrar em votação.4) Durante este processo o vereador poderá elaborar emendas ao projeto.5) Com os pareceres dados pelas comissões permanentes, o Presidente da Casa designará que o mesmo entre na Ordem do Dia. Ou seja, que entre para votação.6) Se o projeto for rejeitado pelo Plenário, este será arquivado. Se aprovado, recebe autógrafo da Mesa Diretora que o enviará ao Executivo.7) O Prefeito pode sancionar ou vetar no todo ou em parte o projeto. Se concordar, promulgará, sancionará e publicará. Se não concordar com o projeto em parte ou no todo poderá vetar. Se ve-tar, deve enviar o veto a esta Casa que será apreciado pelo Plenário. Se mantido o veto do texto in-tegral do projeto, este será arquivado. Se derrubado o veto, o Presidente da Casa informa ao Exe-cutivo para que seja sancionado. Se não o fizer o Presidente da Câmara a sancionará e publicará.

Sistema tributário brasileiro A cobrança de tributos é necessária para manter o estado, que se compromete a assegurar e garantir os direitos sociais à educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à segurança, à previdência social e à assistência social e etc... CARGA TRIBUTÁRIA: é a soma de todo o dinheiro que o governo recebe cobrando tributo, dividido pelo valor da riqueza do país. E o que é a riqueza do país? Quando um trabalhador realiza um trabalho, ele está produzindo alguma coisa. O que foi produzido tem um valor em dinheiro, e o trabalhador recebe um salário pelo seu trabalho. PIB – Produto Interno Bruto: é a soma de toda a riqueza produzida num país. De maneira simples, é a soma dos valores das coisas produzidas, dos salários de todos os trabalhadores e dos lucros dos patrões. A soma de tudo isso consiste na riqueza de um país. Essa riqueza recebe o nome de PIB. É comum você ouvir, na televisão, por exemplo, que a carga tributária representa 35% do PIB. Isto quer dizer que o valor total recebido pelo governo, como tributos, dividido pela soma da riqueza total do Brasil, corresponde a 35%.

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Como o Estado arrecada estes tributos? São cobrados sobre o que?

1 - Tributos sobre o Consumo - São cobrados junto com o preço das coisas que o cidadão compra.2 - Tributos sobre a Propriedade - É um dinheiro cobrado sobre o patrimônio do cidadão.3 - Tributos sobre a Renda4 - Contribuições sobre a mão-de-obra. São tributos cobrados do patrão e do empregado, sobre a folha do pagamento, ou diretamente sobre os salários.5 - Taxas várias sobre serviços - São várias taxas cobradas do cidadão por serviços prestados pelo Estado, como: emissão de passaporte, coleta de lixo, fornecimento de iluminação pública.

Tributos pagos pelo/as brasileiro/as:1- IMPOSTOS – A característica do imposto é que ele não tem destinação específica. Não está vinculada a atividade do Estado. A receita decorrente da arrecadação dos impostos é utilizada para custeio geral da administração e das atividades públicas, como um todo.

2- TAXAS – Ao contrário do imposto, a taxa tem destinação específica e está vinculada a um ser-viço prestado pelo estado e deve ser divisível, ou seja, deve-se poder medir o que cada um usufrui deste serviço. A taxa surgiu para corrigir uma imperfeição quando o Estado gasta. O raciocínio era assim: “gastar com alguns, o que deve ser gasto com todos”... não foi considerado justo. Exem-plo: Taxa de coleta do lixo. O Estado te presta este serviço, então você deve pagar por ele.

Existem três tipos de taxas:

A) de polícia que é as atividades da administração pública voltadas para o disciplinamento ou limitação de direitos, interesses ou liberdades privadas em respeito ao interesse público. Um ex-celente exemplo de exercício do poder de polícia, que pode ser identificado simplificadamente como atividade de fiscalização, são as exigências e as ações administrativas da vigilância sanitária dirigidas aos estabelecimentos que produzem e comercializam alimentos.

B) de serviços: podem ser instituídas e cobradas em função da utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ou postos a disposição do contribuinte. O con-tribuinte que fizer uma viagem por um ano para outro país, embora não seja beneficiário direto da coleta de lixo, poderia, a qualquer momento, se interrompesse a ausência, vir a ser beneficiário do serviço.

C) do pedágio. Este entendimento foi sufragado pelo Supremo Tribunal Federal.

3- CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA - São contribuições pagas com melhorias decorrentes de obras públicas. Nasce para vedar enriquecimento sem causa. Ou seja, não é justo enriquecer às custas do capital público. Enfim, se você lucrou, deve contribuir.

4- CONTRIBUIÇÃO SOCIAL – São contribuição para a seguridade social. Ex: INSS.

5- EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIO – é destinado a levantar dinheiro rápido. É um tributo atí-pico porque é o único que deve ser restituído. São duas as causas ou situações que autorizam a União, somente a União, mediante lei complementar, a instituir empréstimos compulsórios: a) atender despesas extraordinárias nos casos de calamidade pública ou guerra externa (inclusive sua iminência) e b) investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional.

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Tipos de impostosImposto sobre Importação (I.I)- UNIÃOImposto sobre Exportação (I.E)- UNIÃOImposto de Renda (I.R)- UNIÃOImposto sobre Produtos Industrializados (IPI)- UNIÃOImposto sobre Operações Financeiras (IOF)- UNIÃOImposto Territorial Rural (ITR)- UNIÃOImposto sobre Grandes Fortunas (ainda aguardando lei complementar) I.G.F – UNIÃOImpostos Residuais - UNIÃOImpostos Extraordinários- UNIÃOImposto sobre Transmissão “Causa Mortis” e doação de quaisquer bens e direito (ITCMD)- ES-TADOImposto sobre operações relativas à circulação de mercadoria e sobre prestação de transporte intermunicipal, interestadual e comunicação-. ESTADOImposto de propriedade de veículo automotor – (IPVA) ESTADOImposto Predial e Territorial Urbano (IPTU)- MUNICÍPIOImposto de Serviço Sobre Qualquer Natureza (ISSQN)- MUNICÍPIOImposto sobre Transmissão de Bens e Imóveis (ITBI)- MUNICÍPIO.

No total são nove impostos federais, três impostos estaduais e três impostos municipais.

Relação de alguns produtos que consumimos e a porcentagem de tributos que pagamos sobre eles:

GARRAFA DE ÁGUA =37,88% AMACIANTE DE ROUPA= 34,30%

APARELHO DE MP3 ou IPOD= 49,45%APARELHO DE SOM= 36,80%

ARROZ= 15,34% BATATA= 11,22%

BICICLETA= 45,93% BIQUINI= 33,44% BISCOITO 37,30%

BOLA DE FUTEBOL= 46,49% BOLSA DE COURO= 41,52%

BOLSA (GERAL)= 39,95% BRINQUEDOS= 39,70%

CACHAÇA =81,87% CACHORRO QUENTE= 15,28%

CADERNO UNIVERSITÁRIO= 34,99% CAIPIRINHA= 76,66%

CALÇA JEANS= 38,53% CAMISA= 34,67% CANETA= 47,78%

CARNE BOVINA= 17,47% CASA POPULAR= 48,30% CD (compact disk)= 37,88%

CERVEJA (lata) e (garrafa) =54,80% CHOCOLATE= 38,60%

DESINFETANTE= 26,05%

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DESODORANTE= 37,37% DETERGENTE= 30,37%

DIESEL= 40,50% DVD (aparelho)= 50,39%

FEIJÃO= 15,34% FERRO DE PASSAR= 45,25% FOGÃO 04 BOCAS= 36,28%

FRALDA DESCARTÁVEL= 54,75% FRANGO= 16,80% FRUTAS= 21,78%

GÁS DE COZINHA= 34,04% GASOLINA =53,03%

GELADEIRA= 46,98% JOGOS DE VIDEO GAME= 72,18%

LEITE EM PÓ= 28,17% MICROONDAS= 59,37%

OLÉO DE COZINHA =26,05% PANELAS= 35,77%

PASTA DE DENTE= 34,67% PERFUME IMPORTADO= 78,43% PERFUME NACIONAL= 69,13%

PROTETOR SOLAR= 41,74% RAÇÕES PARA GATO E CÃO= 41,26%

ROUPAS EM GERAL= 34,67% SABÃO EM BARRA= 30,37%

SABÃO EM PÓ= 40,80% SABONETE= 37,09% SAPATOS= 36,17%

SHAMPOO =44,20% SORVETE DE MASSA= 37,98% TELEFONE CELULAR= 39,80%

TELEVISOR= 44,94% TÊNIS= importado 58,59%

Estatuto da Criança e do AdolescenteA Lei 8.069/90, conhecida como Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), garante proteção integral aos menores de 18 anos, tratando-os como cidadãos com direitos e deveres, além de di-vidir as responsabilidades entre a família, o Estado e a sociedade no atendimento a cerca de 64,8 milhões de brasileiros.

O estatuto atende ao artigo 227 da Constituição e à Convenção dos Direitos da Criança e do Ado-lescente, da Organização das Nações Unidas (ONU), adotada pelo Brasil em 1989. Principais pontos do estatuto:• Distingue a criança (0 a 12 anos incompletos) do adolescente (12 a 18 anos).• Tipifica o crime de abandono material (deixar de garantir o sustento dos filhos menores de 18 anos ou inaptos para o trabalho). Se os pais não têm condições de atender às necessidades dos filhos, a lei determina a inscrição obrigatória da família em programa de auxílio, seja do poder público ou de organização da sociedade civil.

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61• Agrega o direito à cultura, ao esporte e ao lazer como fundamental ao desenvolvimento socio-educacional de crianças e adolescentes.• Estabelece tipos penais aos atos praticados contra crianças e adolescentes, por ação ou omissão, e determina medidas específicas aplicáveis a pais ou responsáveis na hipótese de maus-tratos, opressão ou abuso sexual.• Proíbe qualquer trabalho á menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz aos maiores de 14 anos. É vedado o trabalho noturno.• Atribui ao filho adotivo os mesmos direitos e deveres dos filhos naturais. Impõe medidas mais rígidas para a adoção. Maiores de 21 anos, independentemente do estado civil, tornam-se aptos a adotar, desde que o adotante tenha 16 anos a mais que o adotado. O processo de adoção é gra-tuito e irreversível.• Garante o direito à certidão de nascimento e de óbito a todas as crianças.• Garante as gestantes o direito de obter as condições necessárias para que a criança tenha nas-cimento e desenvolvimento sadio, com atendimento médico e apoio alimentar. É obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias.• Determina a obrigatoriedade de pais e responsáveis matricularem os filhos na escola, acompa-nhando a frequência e o aproveitamento escolar.Preconiza a igualdade de condições para o acesso à escola, além de permanência nela, e o direito de os menores serem respeitados pelos educadores em seus valores culturais, artísticos e histó-ricos.• Quando a criança ou o adolescente comete ato infracional, estabelece a aplicação de medidas socioeducativas. Se criança, deve receber orientação e acompanhamento. Ao adolescente, as me-didas vão desde a advertência até a internação. A lei permite a intervenção da polícia e da Justiça em situações em que ocorre a infração. Mas é proibida a privação de liberdade ao adolescente sem o devido processo legal.

Quem atua pela infância e adolescência: Rede de Proteção e Atendimento à Criança e ao Adolescente de Cruz Machado.Concri – Conselho da Criança e do Adolescente.Conselho Tutelar- É composto por cinco conselheiros com mandato de 03 anos.Denúncias de maus-tratos, exploração ou mesmo falta de vagas em escolas, entre outras, devem ser encaminhadas ao Juizado da Infância e da Juventude e ao Ministério Público.

Estatuto do Idoso Lei 10.741/03, conhecida como Estatuto do Idoso, entrou em Vigor em janeiro de 2004. Mais abrangente que a Política Nacional do Idoso (Lei 8.842/94), o estatuto prevê inúmeros benefícios e garantias à terceira idade, além de instituir penas severas para quem desrespeitar ou abandonar cidadãos idosos.

Principais pontos do Estatuto do Idoso:•Lazer, cultura e esporte – Assegura desconto de pelo menos 50% nas atividades culturais, de lazer e esportivas. Os meios de comunicação deverão manter espaços (ou horários especiais) de programação educativa, informativa, artística e cultural sobre o processo de envelhecimento.•Transporte – É garantida a gratuidade nos transportes coletivos públicos para maiores de 65 anos. A legislação local poderá dispor sobre gratuidade também para as pessoas na faixa etária de 60 a 65 anos. No caso de transporte coletivo intermunicipal e interestadual, ficam reservadas duas vagas gratuitas por veículo para idosos com renda igual ou inferior a dois salários mínimos e garantido desconto de 50% para os idosos de mesma renda que excedam essa reserva.•Previdência – Reajuste dos benefícios da Previdência Social deve ser na mesma data do reajuste do salário mínimo, porém com percentual definido em legislação complementar.•Assistência – É garantido o recebimento de um salário mínimo, como benefício da Previdência,

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62por pessoas a partir de 65 anos, consideradas incapazes de prover sua subsistência ou cujas famí-lias não tenham renda para tal.•Justiça – Prioridade na tramitação dos processos e procedimentos judiciais nos quais pessoas acima de 60 anos figurem como parte.•Saúde – Atendimento preferencial no Sistema Único de Saúde (SUS). A distribuição de remé-dios, principalmente os de uso continuado, deve ser gratuita, assim como próteses e outros re-cursos para tratamento e reabilitação. Os planos de saúde estão proibidos de discriminar o idoso com a cobrança de valores diferenciados em razão da idade.•Educação – Currículos escolares deverão prever conteúdos voltados ao processo de envelheci-mento, a fim de contribuir para a eliminação do preconceito. O poder público apoiará a criação de universidade aberta para as pessoas idosas e incentivará a publicação de livros e periódicos em padrão editorial que facilite a leitura.•Habitação – Prioridade para a aquisição de moradia própria nos programas habitacionais, me-diante reserva de 3% das unidades, além de critérios de financiamento da casa própria compatí-veis com os rendimentos de aposentadoria ou pensão.

Crimes previstos pelo estatuto: • Expor pessoa idosa a perigo de vida, submetendo-a a condições desumanas ou degradantes ou privando-a de alimentos e cuidados indispensáveis: dois meses a doze anos de prisão e multa.• Deixar de prestar assistência ao idoso sem justa causa: seis meses a um ano de prisão e multa.• Abandonar idoso em hospitais ou casas de saúde: seis meses a três anos de prisão e multa.• Coagir o idoso a doar, contratar, testar ou outorgar procuração: dois a cinco anos de prisão.• Exibir, em qualquer meio de comunicação, informações ou imagens depreciativas ou injuriosas à pessoa do idoso: um a três anos de prisão e multa.• Reter cartão magnético de conta bancária para assegurar recebimento de dívida: seis meses a dois anos de prisão e multa.• Agravamento de pena para homicídio culposo: um terço a mais quando a vítima tiver mais de 60 anos.• Agravamento de pena para abandono: um terço a mais quando pessoa acima de 60 anos estiver sob guarda, cuidado ou vigilância de autoridade.

Assim como o estatuto, outras leis também asseguram benefícios aos idosos: Constituição; Lei 8.842/94; Lei 10.173/01; Lei 10.048/00; Decreto 1.744/95; Decreto 2.170/97; Lei 8.926/94; Lei 98 4.737/65; Decreto 1.948/96; Lei 8.842/94; Portaria 280/99, do Ministério da Saúde; Decreto 1.948/96; Lei 8.842/94; Lei 9.656/98; Lei 5.478/68; e Decreto 1.948/96.

Código de Defesa do Consumidor Este Código de Defesa do Consumidor (CDC) é um instrumento poderoso na defesa dos di-reitos dos consumidores brasileiros. Instituído pela Lei 8.078, de 11 de setembro de 1990. Com ele, todas as relações de consumo, desde a qualidade de produtos e serviços e a segurança dos consumidores até a adoção de políticas públicas e reparação de danos, incluindo penalidades nos casos de descumprimento, estão regulamentadas.

Para não ser lesado ao comprar um produto ou contratar um serviço, o consumidor deve se informar sobre as suas garantias. Eis algumas dicas:• Informe-se sobre a credibilidade dos fornecedores e prestadores de serviço. O código determi-na que os órgãos públicos de defesa do consumidor tenham listagem de fornecedores reclamados para consulta pública.• Exija orçamento por escrito, inclusive sobre a forma de pagamento, o tempo de execução do trabalho, o tipo de material usado e detalhes do que será feito. O orçamento tem validade de dez dias, a partir da data de recebimento.

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• Não faça acordos verbais. Inclua o que for acordado no contrato.• Exija sempre a nota fiscal, recibos e o termo de garantia, e guarde-os.• Faça reclamações por escrito, e guarde uma cópia.• Informe-se sobre exigências de cancelamento ou rescisão antes de fechar contrato. O cancela-mento de assinaturas ou serviços deve ser feito por escrito para que tenha validade legal.

Fique atento e não deixe de exercer seu direito de consumidor• Não pague pelo serviço antes da execução ou da entrega do produto. Dê uma entrada e pague o restante depois.• Todos os produtos e serviços devem apresentar informações claras e completas, em português, com as características respectivas, ingredientes utilizados, preço, prazo de validade, nome e en-dereço do fabricante e eventuais riscos que possam oferecer à saúde e segurança do consumidor. Não compre se a embalagem estiver danificada.• O consumidor não é obrigado a fazer compras “casadas”, como, por exemplo, adquirir mais de um produto quando apenas um é necessário. Cuidado: mudança na embalagem pode trazer mudança no peso.• Compras pela Internet, correio e telefone estão sujeitas às mesmas regras do Código de Defesa do Consumidor. O comprador tem sete dias para devolver o produto, sem ônus. Guarde a pro-paganda do serviço, verifique se há endereço e telefone do fornecedor e imprima passo a passo toda a transação feita por meio da Internet. Dê preferência ao pagamento por boleto bancário, e não por cartão de crédito.• O cobrador não pode expor o devedor ao ridículo, como fazer cobranças no local de trabalho. O PROCON auxilia na renegociação das dívidas.• O prazo para reclamação é de 30 dias para produto e serviço não durável, como alimentos. E é de 90 dias para produto e serviço durável, como eletrodomésticos.

A Quem Recorrer:PROCON – Órgãos estaduais ou municipais que orientam e defendem os consumidores e forne-cem a listagem dos reclamados para consulta pública

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6420. Lei Nº1433/2013

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