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Os biomas brasileiros

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Os biomas brasileiros

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Podemos definir bioma como um conjunto de ecossistemas que funcionam de forma estável. Um bioma é caracterizado por um tipo principal de vegetação (num mesmo

bioma podem existir diversos tipos de vegetação). Os seres vivos de um bioma

vivem de forma adaptada as condições da natureza (vegetação, chuva, umidade,

calor, etc) existentes. Os biomas brasileiros caracterizam-se, no geral, por uma grande

diversidade de animais e vegetais (biodiversidade).

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- Floresta amazônica– é considerada a maior floresta tropical do mundo com uma rica

biodiversidade. Está presente na região norte (Amazonas, Roraima, Acre, Rondônia, Amapá,

Maranhão e Tocantins). É o habitat de milhares de espécies vegetais e animais. Caracteriza-se

pela presença de árvores de grande porte, situadas bem próximas umas das outras (floresta

fechada). Como o clima na região é quente e úmido, as árvores possuem folhas grandes e

largas.

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- Caatinga– presente na região do sertão nordestino (clima semi-árido), caracteriza-se por uma vegetação de arbustos de porte médio,

secos e com galhos retorcidos. Há também a presença de ervas e cactos.

A caatinga é típica de regiões com baixo índice de chuvas (presença de solo seco).

A caatinga, palavra originária do tupi-guarani, que significa “mata branca”, é o único sistema ambiental exclusivamente brasileiro. Possui

extensão territorial de 734.478 de quilômetros quadrados, correspondendo a cerca de 10% do território nacional, está presente

nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, Piauí e norte de Minas Gerais.

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- Cerrado – este bioma é encontrado nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Tocantins. Com uma rica biodiversidade, caracteriza-se pela presença de gramíneas, arbustos e árvores retorcidas. As plantas possuem longas

raízes para retirar água e nutrientes em profundidades maiores.

É a segunda maior formação vegetal brasileira. Estendia-se originalmente por uma área de 2 milhões de km², abrangendo dez estados do Brasil Central. Hoje, restam apenas 20% desse total.Típico de regiões tropicais, o cerrado apresenta duas estações bem marcadas: inverno seco e verão chuvoso. Com solo de savana tropical, deficiente em nutrientes e rico em ferro e alumínio, abriga plantas de aparência seca, entre arbustos esparsos e gramíneas, e o

cerradão, um tipo mais denso de vegetação, de formação florestal. A presença de três das maiores bacias hidrográficas da América do Sul (Tocantins-Araguaia, São Francisco e Prata) na região favorece sua biodiversidade .

Cerrado é um bioma do tipo biócoro savana que ocorre no Brasil, constituindo-se num dos seis grandes biomas brasileiros.

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-A Mata Atlântica -é uma formação vegetal que está presente em grande parte da região litorânea brasileira. Ocupa, atualmente, uma extensão de

aproximadamente 100 mil quilômetros quadrados. É uma das mais importantes florestas tropicais do mundo, apresentando uma rica biodiversidade.

A Mata Atlântica encontra-se, infelizmente, em processo de extinção. Isto ocorre desde a chegada dos portugueses ao Brasil (1500), quando iniciou-se a

extração do pau-brasil, importante árvore da Mata Atlântica. Atualmente, a especulação imobiliária, o corte ilegal de árvores e a poluição ambiental são os

principais fatores responsáveis pela extinção desta mata.

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-O Pampa-O clima da região é temperado, apresentando temperaturas que podem atingir os 40ºC no verão e podem

chegar abaixo de 0ºC no inverno. Possui espécies de fauna e flora que só existem nesta região

do planeta. A paisagem do Pampa é formada de planícies (longas

extensões de áreas planas), banhados (áreas permanentemente alagadas por água doce), várzeas (áreas eventualmente alagadas por água doce), coxilhas (terreno ondulado por um conjunto de pequenos morros) e cerros

(morros isolados), onde – por restrições de solo e de disponibilidade hídrica – predominam as espécies silvestres

herbáceas. As matas nativas do Pampa, em sua maioria, concentram-se

ao longo dos cursos d’água, formando na paisagem belos desenhos em diferentes tonalidades de verde.

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-O Pantanal-Um dos ecossistemas mais ricos do Brasil, o Pantanal, estende-se pelos territórios do Mato-Grosso (região sul), Mato-Grosso do Sul (noroeste), Paraguai (norte)

e Bolívia (leste). Ao todo são aproximadamente 228 mil quilômetros quadrados. Em função de sua importância e diversidade ecológica, o Pantanal é considerado pela

UNESCO como um Patrimônio Natural Mundial e Reserva da Biosfera. O Brasil apresenta ao longo de seu território diversas composições vegetais, dentre elas o Pantanal, que é conhecido também por Complexo do Pantanal; sua formação vegetal recebe influência da floresta Amazônica, Mata Atlântica, Chaco e do Cerrado. O Pantanal, maior planície

alagável do mundo, é o elo entre as duas maiores bacias da América do Sul: a do Prata e a Amazônica, o que lhe confere a função de corredor biogeográfico, ou seja, permite a

dispersão e troca de espécies de fauna e flora entre essas bacias.

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-A Zona Costeira- ou faixa litorânea corresponde à zona de transição entre o domínio continental e o domínio marinho. É uma faixa complexa, dinâmica, mutável e sujeita a vários processos geológicos.A acção mecânica das ondas, das correntes e das marés são importantes factores modeladores das

zonas costeiras, cujos resultados são formas de erosão ou formas de deposição.As formas de erosão resultam do desgaste provocado pelo impacto do movimento das ondas sobre a

costa - abrasão marinha -, sendo mais notória nas arribas.As formas de deposição são consequência da acumulação dos materiais arrancados pelo mar ou

transportados pelos rios, quando as condições ambientais são propícias. Resultam praias ou ilhas-barreiras.

O dinamismo elevado característico das zonas costeiras traduz-se numa constante evolução destas áreas. Algumas formas modificam-se, mudam de posição, umas desaparecem e outras aparecem.

A zona costeira é um sistema que se encontra num equilíbrio dinâmico, que resulta da interferência de inúmeros factores, quer naturais quer antrópicos.

Dos fenómenos naturais que interagem com a dinâmica das zonas costeiras podem referir-se a alternância entre as regressões e transgressões marinhas, a alternância entre períodos de glaciação

e interglaciação e a deformação das margens dos continentes.

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A Legislação e a Concervação da Natureza

-O Objetivos-O SNUC objetiva a conservação da natureza no Brasil. Especificamente, fornece mecanismos legais às esferas governamentais federal, estadual e municipal e à iniciativa privada para que

possam:contribuir para a manutenção da diversidade biológica e dos recursos genéticos no território nacional e nas águas jurisdicionais;

proteger as espécies ameaçadas de extinção no âmbito regional e nacional;contribuir para a preservação e a restauração da diversidade de ecossistemas naturais;

promover o desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais;promover a utilização dos princípios e práticas de conservação da natureza no processo de desenvolvimento;

proteger paisagens naturais e pouco alteradas de notável beleza cênica;proteger as características de natureza geológica, geomorfológica, espeleológica, paleontológica e cultural;

proteger e recuperar recursos hídricos e edáficos;recuperar ou restaurar ecossistemas degradados;

proporcionar meios e incentivos para atividades de pesquisa científica, estudos e monitoramento ambiental;valorizar econômica e socialmente a diversidade biológica;

favorecer condições e promover a educação e interpretação ambiental, a recreação em contato com a natureza e o turismo ecológico;proteger os recursos naturais necessários à subsistência de populações tradicionais, respeitando e valorizando seu conhecimento e sua cultura e promovendo-as social e economicamente.

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A Recuperação de Áreas DegradadasA preocupação com a reparação de danos provocados pelo homem aos ecossistemas não é recente. Plantações florestais têm sido estabelecidas desde o século XIX no Brasil com diferentes objetivos. Entretanto, somente na década de 1980, com o desenvolvimento da ecologia da restauração como ciência, o termo restauração ecológica passou a ser mais claramente definido, com objetivos mais amplos, passando a ser o mais utilizado no mundo nos últimos anos (Engel & Parrotta 2003). O histórico desta fase, no Brasil, inicia-se em 1862, sendo um dos primeiros trabalhos de restauração florestal na atual Floresta Nacional da Tijuca, município do Rio de Janeiro, visando à preservação das nascentes e regularização do abastecimento público de água (Ver: Pacto para Restauração Ecológica da Mata

Atlântica, 2007).Consideram-se degradadas áreas que apresentam “sintomas” como: mineração, processos erosivos, ausência ou diminuição da cobertura vegetal, deposição de lixo, superfície espelhada...entre outros (SMA 2004). Em 2004 a “Society for Ecological Restoration” - SER

publicou “Os Princípios da SER na Ecologia de Restauração” esse guia define a restauração ecológica como uma atividade intencional que inicia ou acelera a recuperação de um ecossistema no que diz respeito a sua saúde, integridade e sustentabilidade. Ecossistemas que requerem restauração têm sido degradados, danificados, transformados ou inteiramente destruídos como resultado direto e indireto das atividades humanas. Adicionalmente, descreve vários passos a serem tomados para o desenvolvimento e o manejo de projetos de

restauração ecológica. Dentre as várias atividades a serem realizadas estão: identificar o local e o tipo de ecossistema a ser restaurado; identificar o agente causador da degradação; e identificar se há necessidade de intervenções diretas para a restauração. Dentro desses princípios foram desenvolvidos vários modelos para a restauração de áreas degradadas, dentre eles:

Condução da Regeneração Natural: restauração através da sucessão secundária, sendo necessário apenas o abandono da área a ser restaurada para que esta, naturalmente, se desenvolva através da regeneração natural (Engel e Parrotta, 2003). No entanto, para que isso ocorra, há a necessidade de superar barreiras para a regeneração natural, como a ausência ou a baixa disponibilidade de propágulos (sementes) para a colonização do local, a falha no recrutamento de plântulas e jovens (predação de sementes e plântulas e/ou ausência de

um microclima favorável), falta de simbiontes (micorrizas e rizobactérias) e polinizadores e dispersores. Atualmente o método é um dos indicados para restauração florestal em áreas de preservação permanente pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente

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Plantio por sementes: esta técnica supera uma das barreiras à regeneração natural, pois os propágulos

seriam diretamente lançados no local a ser restaurado. Mas o sucesso no emprego desta técnica depende de

haver condições mínimas para que ocorra o recrutamento das plântulas e dos juvenis e da

manutenção das interações para a funcionabilidade do ecossistema. No Mato Grosso algumas iniciativas

demonstram que o método da semeadura direta, ainda que com desempenho não satisfatório para algumas

espécies, mostrou-se viável, o que o recomenda como alternativa econômica de restauração florestal

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Plantio de mudas: Apesar de ser uma forma mais onerosa de restauração de áreas degradadas, por aumentar as chances de sucesso do desenvolvimento

das plântulas e diminuir a perda das sementes, o plantio de mudas de espécies nativas de rápido crescimento apresenta alta eficácia na restauração e com o

passar do tempo proporciona o desenvolvimento de espécies vegetais de outros níveis de sucessão e a atração de animais frugívoros dispersores de

sementes. Pelo alto índice de sucesso dessa técnica, com a utilização de espécies de rápido desenvolvimento, cerca de um a dois anos após o plantio têm-se áreas onde espécies arbóreas venceram a competição com espécies

invasoras herbáceas e gramíneas, através do sombreamento (Cavalheiro et al., 2002).

É possível baratear os custos das atividades de restauro com o plantio de mudas em “ilhas”. O plantio de mudas pode ser feito conforme sugerido por

Kageyama e Gandara (2000), as ilhas de alta diversidade são formações de pequenos núcleos onde são colocadas plantas de distintas formas de vida

(ervas, arbustos, lianas e árvores). Com a utilização de uma alta diversidade e densidades de espécies arbóreas, essas ilhas serviriam como “trampolins”

para restaurar a conectividade entre os fragmentos e auxiliar o processo de restauração de florestas nativas (Kageyama, et al., 2003). Ou ainda, com o

plantio de árvores isoladas ou em grupos – de espécies que atraem a fauna, servindo como dispersores de sementes (SMA 2004).