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IMPRESSO ESPECIAL 9912287935/2011-DR/MG SBOT ... Correios ... DEVOLUÇÃO GARANTIDA ...Correios ... ... SOCIEDADE BRASILEIRA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA REGIONAL MINAS GERAIS Ortopedistas aplaudem o 1º FUTSBOT | 07 JORNAL SBOT MINAS outubro a dezembro | 2017 Ano VIII - Nº 32 Projeto Memórias da Ortopedia Mineira homenageia Santa Casa de Belo Horizonte | 13 SBOT reafirma seu papel de entidade representativa da classe | 15

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IMPRESSOESPECIAL

9912287935/2011-DR/MGSBOT

... Correios ...

DEVOLUÇÃO GARANTIDA

...Correios ...

...S O C I E D A D E B R A S I L E I R A DE

ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA REGIONAL MINAS GERAIS

Ortopedistas aplaudem o 1º FUTSBOT | 07

JORNAL SBOT MINAS outubro a dezembro | 2017Ano VII I - Nº 32

Projeto Memórias da Ortopedia Mineira homenageia Santa Casa de Belo Horizonte | 13

SBOT reafirma seu papel de entidade representativa da classe | 15

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16 21º CMOT

17 SUS homenageia ortopedista mineiro Simpósio da SBC-MG

18 Defesa Profissional II Dr. Antônio Tufi Neder Filho

19 Frente Parlamentar da Medicina

20 | Sugestão de Leitura

22 Meu Hobby Dr. Rafael Porto

04 Editorial - Palavra do Presidente

07 1º FUTSBOT

08 1º FUTSBOT - Sucesso absoluto

10 1º FUTSBOT - Homenagem Dr. Neylor Lasmar

11 Defesa Profissional I Dr. Guilherme Zanini

12 | XXIV CBTO

13 Memórias da Ortopedia Mineira

14 Mineiro à frente da SBOT - 2020 Vias de Acesso

15 SBOT - representatividade política do ortopedista

ÍNDICE

CET: preparação para o TEOT 2018 chega ao fim | 21

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EDITORIAL | PALAVRA DO PRESIDENTE

Dr. Robinson Esteves Santos PiresGestão 2017

A SBOT-MG em 2017:

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Prezados colegas ortopedistas de Minas Gerais,

Quando assumi o compromisso de desempenhar a honrosa posição de Presidente da SBOT-MG, previa um ano repleto de grandes desafios.

Foram, até aqui, doze anos de dedicação à SBOT-MG, ocu-pando os mais diversos cargos administrativos e científicos, que me fizeram entender a real dimensão da ortopedia mineira e dos inúmeros obstáculos que teríamos que transpor.

A atual diretoria da SBOT MINAS, motivada pelo lema que norteou a campanha eleitoral (“Inovação com reponsabilida-de”), trabalhou, incansavelmente, para honrar todos os seus compromissos institucionais e deixar um legado positivo para a ortopedia mineira.

Logo no início do ano, assumimos publicamente, durante a cerimônia de posse da atual diretoria, alguns compromissos com nossos associados:

1 - O primeiro deles, denominado “Projeto Memórias da Ortopedia Mineira”, resgatou a história de três importantes ser-viços de ortopedia do nosso estado: Hospital Ortopédico, Hos-pital Felício Rocho e Santa Casa de Belo Horizonte. Confesso que tenho um carinho especial por esse projeto, pois, com a brilhante condução de nossos ex-presidentes da SBOT MINAS, Marcelo Sternick e Marco Antônio Veado, registramos momen-tos de emoção à flor da pele e de muitos ensinamentos que po-dem e devem ser vistos pelos colegas mais jovens no canal da SBO MINAS no YouTube. Continuaremos nossa programação visitando outros importantes serviços de Belo Horizonte e está prevista uma gravação especial com colegas do interior de Mi-nas Gerais, representando nossas seccionais.

2 - Projeto Perigos da Exposição à Radiação: realizamos palestras educativas para os ortopedistas nos eventos científi-cos oficiais da SBOT MINAS, alertando nossos colegas quan-to aos riscos da exposição à radiação e, principalmente, como podemos minimizá-los. Paralelamente, trabalhamos na busca de uma remuneração diferenciada, uma vez que somos os úni-cos que não recebemos qualquer compensação financeira por estarmos expostos à radiação. Para tanto, protocolamos, jun-to ao Sindicato dos Médicos de Minas Gerais e à Associação Médica Brasileira, uma solicitação de orientação referente ao código que versa sobre procedimentos cirúrgicos que envolvem exposição à radiação. Apesar de constar na CBHPM e no Rol da

o que foi planejado e o que foi realizado?ANS, grande parte das operadoras de planos de saúde não re-conhece o referido código como fazendo parte de um procedi-mento ortopédico. Após o recebimento da solicitação da SBOT MINAS, a Comissão de Defesa Profissional da AMB assumiu o compromisso de pautar o assunto em sua próxima reunião e de convocar representantes de outras especialidades, que também realizam procedimentos envolvendo a radiação, para uma aná-lise mais profunda do conteúdo da nossa reivindicação.

3 - Frente Parlamentar da Medicina: é notório que as con-quistas de classe só são possíveis com o estabelecimento da cha-mada democracia representativa. Na nossa realidade, a bancada ruralista se destaca como grande exemplo. Precisamos traba-lhar para fortalecer a Frente Parlamentar da Medicina, elegendo colegas ortopedistas ou pessoas engajadas com a causa médica, para nos representarem na Câmara Federal. Nosso colega, Dr. Luiz Henrique Mandetta, Ortopedista e Deputado Federal pelo Mato Grosso do Sul, está profundamente engajado no desen-volvimento da nossa pauta de reivindicações junto à Câmara Federal. A SBOT MINAS, representada por mim e pelo colega ortopedista Bernardo Ramos, esteve presente em Brasília no lançamento da Frente Parlamentar da Medicina.

4 - Projeto Vias de Acesso: nós, ortopedistas, sabemos que o ponto crucial para o sucesso de um procedimento cirúrgico é a realização de uma via de acesso adequada. Esse ambicio-so projeto envolveu o trabalho voluntário de reconhecidos e competentes ortopedistas de Minas Gerais, que se dispuseram a realizar 22 vias de acesso em peças anatômicas, no IRCAD de Barretos (SP). Os vídeos, gravados em formato 3D, foram apre-sentados aos associados da SBOT MINAS durante o “I curso de vias de acesso especiais no trauma ortopédico”, realizado pela Regional mineira no dia 16 de dezembro de 2017, com inscri-ções gratuitas. O projeto foi viabilizado por uma parceria com a empresa de implantes ortopédicos Hexagon. Nossos agrade-cimentos à direção da Hexagon, que não somente viabilizou o projeto, como participou de todas as suas etapas com grande engajamento.

5 - 1º FUTSBOT (Simpósio Multidisciplinar de Medicina Ligada ao Futebol): o evento ocorreu dentro das instalações do palco maior do futebol mineiro: o Mineirão. Foi uma experi-ência fantástica de atualização na prevenção e tratamento de lesões em atletas do futebol, contando com uma programação científica robusta e recheada de nomes que se destacam nacio-

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nal e internacionalmente na medicina esportiva. Nossos agra-decimentos especiais aos colegas ortopedistas dos clubes de futebol de Minas Gerais e da Comissão Científica da SBOT MI-NAS, que coordenaram, com brilhantismo, este encontro.

6 - Realização do “Curso de Medicina Baseada em Evidên-cias”: com a chancela da CEC e da SBOT Nacional, foi reali-zado um curso de Medicina Baseada em Evidências, ministra-do pelo reconhecido Professor Daniel Umpierre, para colegas ortopedistas indicados pelos serviços credenciados à SBOT. Acreditamos que os conhecimentos adquiridos no curso foram sementes plantadas e, brevemente, colheremos frutos com pu-blicações do mais alto nível.

7 - Nosso braço principal, a Comissão de Ensino e Treina-mento, liderada pelo Dr. Wither Gama Filho, desempenhou um trabalho de excelência na preparação de nossos residentes para o TEOT. Não tenho dúvida de que manteremos um alto índice de aprovação dos nossos residentes. A atual diretoria viabilizou a aquisição de equipamentos audiovisuais que propiciarão uma co-municação mais efetiva entre a CET e os serviços credenciados.

8 - A Revista Mineira de Ortopedia (RMO), com o patrocí-nio do Laboratório Aché e sob o comando do seu Editor-Chefe, Dr. Marco Antônio Veado, trouxe uma série de artigos de atu-alização sobre um tema de extrema relevância: as artroplastias. Diversos colegas de Minas Gerais contribuíram com artigos científicos extremamente qualificados, que servem como fon-te de atualização para nossos associados e residentes. A edição 2017 da RMO teve a participação internacional do Dr. Angus Wallace, Professor Emérito da Universidade de Nottingham (UK), uma das maiores autoridades mundiais em cirurgia do ombro e cotovelo. O Dr. Wallace escreveu o artigo referente às artroplastias do cotovelo, juntamente com o Dr. Ildeu Almeida.

Realizamos, ainda, diversas outras ações como campanhas educativas para a população, sejam presenciais ou com ações na mídia, além do Natal Solidário da SBOT MINAS, que envolveu a doação de brinquedos novos para pacientes pediátricos inter-nados para o tratamento de câncer.

Enfim, foi um ano intenso e de inúmeras realizações. Reco-nhecemos que há muito a melhorar, principalmente na ques-tão de honorários e de condições de trabalho dos ortopedistas. Com o número excessivo de escolas de medicina e de novos especialistas que, a cada ano, entram no mercado de traba-lho, precisamos mantermo-nos unidos para desenvolvermos

ações que efetivamente resultem em condições de trabalho mais dignas.

Aproveito a oportunidade para agradecer à SBOT Nacio-nal, na figura do seu Presidente, Dr. João Maurício Barreto, às suas comissões e staff, que contribuíram sobremaneira para realização de diversos desses projetos e estiveram sem-pre presentes e dispostos a auxiliarem a SBOT MINAS em todas as suas ações.

Aos nossos parceiros comerciais, e faço absoluta questão de citá-los nominalmente (AMGS, Trauminas, HMedical e Shopping Ortopédico), o meu reconhecimento e gratidão por honrarem com todos os compromissos assumidos e por acre-ditarem em nossas ideias e viabilizarem a execução das ações planejadas.

À diretoria 2017-2018, hoje muito mais que colegas, meus amigos, o meu sincero reconhecimento de que vocês foram muito especiais em toda essa peregrinação. Ressalto que o tra-balho desenvolvido pela SBOT MINAS foi idealizado e execu-tado por um time de colegas que deixaram seus compromissos pessoais e profissionais e se dedicaram, voluntariamente, às causas supracitadas. À incansável secretária da SBOT MINAS Lúcia Moreira, registro, também, o meu muito obrigado.

Finalizando, deixo aqui o meu agradecimento especial a você ortopedista de Minas Gerais, que confiou em mim e em meus colegas de diretoria, a honrosa missão de representá-lo no ano de 2017. Espero ter deixado um legado que esteja à altura da ortopedia mineira.

À minha família, especialmente à minha esposa Ludmila e às minhas filhas Laura e Gabriela, agradeço pela compreensão da minha frequente ausência e pelo apoio incondicional para que eu pudesse dar a minha parcela contribuição à SBOT MINAS.

Se termino com a sensação de dever cumprido, não sei, pois sou extremamente exigente comigo mesmo... Mas deixo esta presidência saindo pela porta da frente, sabendo que pau-tei minha trajetória nos mais rigorosos preceitos éticos e de respeito ao patrimônio maior da nossa sociedade: você, orto-pedista.

A todos que trabalharam, direta ou indiretamente, pela SBOT MINAS, muito obrigado.

Robinson Esteves PiresPresidente - Gestão 2017

Trauma ortopédico de luto! - Recebemos, no dia 10/12/2017, a triste notícia do falecimento do Professor Dean Lorich, nos Estados Unidos. Casado e pai de três filhas, o Dr. Lorich, de 54 anos, era Chefe da Divisão de Trauma Ortopédico do Hospital for Special Surgery, de Nova York. Ele foi um dos palestrantes internacionais do Congresso Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia, em Belo Horizonte, 2016.

Reconhecido por todos devido à sua habilidade como cirurgião e pelas ideias inovadoras que nortearam grande parte dos conceitos hoje utilizados no tratamento das fraturas, o Dr. Lorich tornou-se referência para pacientes de todo o mundo que apresentavam traumas complexos e sequelas de fraturas.

Em uma conversa informal com o Dr. Lorich, ele me confidenciou que o momento mais marcante da sua vida aconteceu em 2015, no Madison Square Garden, em Nova York. Em um show da banda U2, o cantor Bono solicitou a toda a multidão que assistia ao show que ficasse de pé e aplaudisse o seu convidado de honra, Dr. Dean Lorich, que havia dado a ele a opor-tunidade de voltar a fazer o que mais amava: subir aos palcos e sem sequelas, após ter sofrido um grave acidente de bicicleta no Central Park, que resultou em uma fratura complexa do úmero no ano de 2014.

Todos que tiveram a oportunidade de conhecer o Dr. Lorich sabem a dimensão exata que a sua precoce perda representa.À sua família e a todos os seus entes queridos, o meu mais profundo sentimento.

Dr. Robinson Esteves

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Especialistas reúnem-se em Belo Horizonte Grade científica e caráter multiprofissional foram destaques do evento

O 1º FUTSBOT- Simpósio Multidis-ciplinar de Profissionais Ligados ao Fu-tebol realizado no Mineirão, no dia 06 de outubro, numa promoção da SBOT MINAS, marcou a história da Ortopedia mineira e brasileira, com um evento to-talmente inovador, direcionado a todos aqueles interessados em aprofundar seus conhecimentos na prevenção e tratamen-to das lesões ortopédicas ocasionadas pelo futebol.

Temas como contusões, lesões mus-culares, fraturas, dores e desgastes fí-sicos, comuns em jogadores de futebol profissional e amador e no dia a dia de profissionais médicos que atuam na área esportiva, foram amplamente discutidos por renomados ortopedistas, fisiologistas e fisioterapeutas, como também por pre-paradores físicos de importantes equipes do Brasil.

Como não poderia deixar de ser, o evento teve grande receptividade por parte dos ortopedistas mineiros.

Nessa entrevista ao Jornal SBOT MI-

NAS, o Dr. Túlio Vinicius de Oliveira Campos, Presidente da Comissão Cientí-fica da Regional Mineira, comenta aspec-tos gerais do evento.

O que o senhor poderia dizer sobre este encontro? - Inicialmente, foi o pri-meiro evento do gênero no Brasil, com uma grade científica que contemplou profissionais que estão ou já estiveram envolvidos com a assistência a atletas do futebol. A grade científica foi inspirada em evento que é organizado pelo De-partamento de Futebol do Barcelona FC, abordando temas específicos que interes-sam aos profissionais ligados aos times de futebol. O local escolhido não poderia ser outro senão a área mista do estádio do Mineirão, que criou uma atmosfera espe-cial para todos que estiveram presentes. Havia inclusive a possibilidade de aproxi-mar-se do gramado e fazer fotos.

Qual o principal destaque do 1º FUT-SBOT? - O principal destaque fica para a composição da grade científica. Fizemos um esforço para contemplar profissionais

que exercem ou exerceram efetivamente atividade em times profissionais de fute-bol. Pudemos dar oportunidade para pro-fissionais dos grandes times mineiros e da Seleção Brasileira de Futebol.

Houve outros destaques? - Sim, o caráter multiprofissional do evento. Reunimos médicos do esporte, orto-pedistas, fisioterapeutas, fisiologistas e educadores físicos. As mesas de discus-são primaram pela abordagem multi-profissional dos casos. Outro destaque que poderia salientar foi mostrar ao público particularidades relacionadas à assistência de atletas como, por exem-plo, a interferência de múltiplos fatores na tomada de decisão médica, seleção e avaliação de atletas profissionais, moda-lidades de tratamento para lesões nesses pacientes, interferência do período do ano na definição de condutas.

Entre os palestrantes convidados, quais os destaques mineiros? - Cito, entre outros, os colegas Otaviano de Oliveira Júnior, do Clube Atlético Mi-

1º FUTSBOTConvidados Nacionais:

Drs. Diego Costa Astur/UNIFESP; e Adriano Marques de Almeida/USP; e o fisiologista Guilherme Passos/CBF

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Dr. Glaydson Godinho

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neiro; Daniel Baumfeld, ex-superin-tendente médico do Cruzeiro Esporte Clube; e Celso de Azevedo – América Esporte Clube.

Celso falou sobre avaliação de atle-tas para contratações, Daniel - sobre estruturação do departamento médico e influência das chuteiras na ocorrên-cia de lesões, e Otaviano - sobre ma-nejo das entorses do tornozelo. Os três ainda participaram de mesas redondas que discutiram com enfoque multidisci-plinar o tratamento de lesões em atletas profissionais.

E entre os convidados nacionais? - O Dr. Diego Costa Astur, da UNIFESP, foi um dos destaques. Ele falou sobre Abordagem cirúrgica da lesão condral na patela/influência genética nas lesões do joelho (neste caso abordou a pes-quisa que está sendo feita na UNIFESP, com resultados muito interessantes); e sobre o Consenso de Munique: uma nova abordagem para diagnóstico e tra-tamento das lesões musculares.

Também foi destaque o Dr. Adriano Marques de Almeida, da USP, que falou sobre Fraturas por estresse da tíbia: quais são cirúrgicas/recidiva de lesões muscu-lares: onde foi que eu errei?, bem como o Dr. Guilherme Passos, fisiologista da Granja Comary/CBF, que abordou os Modelos preditivos de lesão. Ele partici-pou também de diversas mesas redondas.

Já o Dr. Rodrigo Lasmar, que não pôde estar presente, fez questão de gra-var um vídeo com aula sobre “Aborda-gem das lesões meniscais no meio da temporada”. Neste caso, ele destacou a importância de respeitar os princípios éticos e de boa prática apesar da miríade de influências externas que podem ten-tar mudar a conduta por tratar-se de um atleta profissional. A palestra, mesmo gravada, foi elogiada por diversos parti-cipantes do evento.

Qual a sua avaliação geral sobre o 1º FUTSBOT? - Com certeza, ele será incorporado à grade científica oficial da SBOT MINAS. Conseguimos reu-nir especialistas com ampla experiên-cia no tratamento de atletas e as dis-cussões foram de alto nível. O caráter multidisciplinar do evento aproximou profissionais de diversas áreas de atu-ação. Neste caso, foi possível apro-ximar pessoas com formação básica completamente diferente, porém com um interesse comum: o bom resultado dos seus atletas e, por conseguinte, dos seus respectivos clubes.

O 1º FUTSBOT foi um sucesso em conteúdo, troca de experiência e em participação. Opiniões como esta são unânimes entre todos que estiveram presentes, conforme depoimentos abaixo.

Sucesso absoluto

A SBOT MINAS está de para-béns por ter organizado tal even-to pela primeira vez no Brasil. Ele trouxe uma gama de informações relevantes para um público multi-profissional que convive com as ca-racterísticas próprias desta modali-dade esportiva.

Gostaria de parabenizar a Regio-nal de Minas da SBOT, na pessoa de seu presidente, Dr. Robinson Este-ves Pires, por essa iniciativa. Foram palestras de alto nível, que envolve-ram a todos no mundo da Medicina Esportiva, em um ambiente mais que propício - o Mineirão.

Dr. Marco Antônio Percope de Andrade

Evento inovador e com palestras muito bem preparadas. Oportuni-dade de rever conceitos e de apren-dizado em área da Medicina cada vez mais relevante.

Dr. Marco Túlio Caldas

O evento foi uma ótima oportu-nidade para encontrar colegas. Foi diferenciado, agregando conheci-mento e intercâmbio de experiên-cias entre as especialidades. Muito bem organizado, tanto em termos científicos, quanto do ponto de vista estrutural! Seria muito interessante uma futura edição. Parabéns aos or-ganizadores!

Dra. Alexia Abuhid Lopes Médica Radiologista- Especialista em imagem musculoesquelética

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O 1º FUTSBOT foi um sucesso em conteúdo, troca de experiência e em participação. Opiniões como esta são unânimes entre todos que estiveram presentes, conforme depoimentos abaixo.

Sucesso absoluto

O FUTSBOT foi um evento úni-co em Belo Horizonte, dentro do maior estádio de futebol de Minas Gerais - o Mineirão. Abordamos os temas mais relevantes do esporte mais popular no país. Foi um suces-so! Espero que tenhamos uma se-gunda edição, e outras mais, desse grande evento.

Dr. Daniel Baumfeld

Excelente evento, pois permitiu uma verdadeira abordagem multi-disciplinar dos temas ligados à saú-de no futebol. Acredito que será um marco para a medicina esportiva mineira e também para a SBOT. Es-pero que o FUTSBOT se torne pe-rene na grade científica do estado.

Dr. Celso Furtado de Azevedo Filho Depto Médico | América Futebol Clube

Dr. Wagner Lemos

O evento foi sensacional! A ideia de um encontro multidisciplinar em ambiente místico e totalmente vol-tado para o esporte foi muito boa! A diretoria da SBOT MINAS está de parabéns. Tivemos oportunida-de de apresentar nossa experiência e discutir com vários colegas de re-nome em todas as disciplinas que se associam ao esporte. Espero que essa seja uma tendência e que novos eventos como esse se repitam!

Achei o evento um divisor de águas na história da medicina es-portiva! A SBOT MINAS foi extre-mamente inovadora em realizar um evento multidisciplinar no Esporte. A integração entre as áreas da saúde é um grande desafio e precisamos avançar juntos para os atletas terem o melhor atendimento. Tanto na prevenção quanto na reabilitação. Parabéns à SBOT MINAS.

Dra. Natália Bittencourt - Coord. da Fisio-terapia Esportiva do Minas Tênis Clube

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IO

O FUTSBOT foi uma ideia sen-sacional da SBOT MINAS, um sim-pósio multidisciplinar muito bem organizado, com a presença de pro-fissionais de alta qualidade ligados ao futebol. Grade científica atraen-te, repleta de temas de grande inte-resse da Ortopedia. Parabenizo em especial o Dr. Robinson Esteves, Dr. Túlio Campos, Dr. Daniel Baumfeld e diretoria da SBOT MINAS pela organização. Destaco a presença de estudantes de Medicina, muito inte-ressados, abrindo-se, assim, um elo destes como futuros ortopedistas, ligados à Regional mineira.

Dr. César Vassalo

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APO

IO

Um dos pontos altos do evento foi a homenagem que a SBOT MINAS e os 200 profissionais participantes do encontro fizeram ao Professor Doutor Neylor Pace Lasmar.

“Foi uma das homenagens mais emocionantes que recebi”, afirmou, emocionado, ao receber o troféu das mãos dos colegas Robinson Esteves e Rodrigo Barreiros. “Agradeço à SBOT MINAS pela iniciativa que relembrou a minha trajetória na Ortopedia e tam-bém na Medicina do Esporte. O troféu é belíssimo e ficará em lugar de destaque no meu consultório”, destacou.

Vitorioso - Precursor da Ortopedia no Estado e um dos nomes de referên-cia na Medicina do Esporte, o médico e professor dispensa apresentações. Atualmente, ocupa o cargo de dire-tor da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, tendo sido eleito por unanimidade pelo Conselho Diretor da instituição, para um mandato de quatro anos, que termina em 2018.

Como médico do esporte, o orto-pedista Neylor Lasmar elevou a Or-topedia de Minas Gerais com o seu trabalho de 21 anos no Clube Atlético Mineiro e de sete anos no Cruzeiro

Esporte Clube. Na Seleção Brasileira de Futebol, foram 10 anos de intensa atividade. “Foi um período de atuação muito importante que coroou a minha trajetória. Pena que não ganhei uma Copa do Mundo”, lamenta.

O ortopedista também foi presiden-te da SBOT Nacional e da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho (SBCJ). Durante a sua carreira, presidiu diver-sos congressos médicos da especialida-de e recebeu outras honrarias pela sua atuação nas duas especialidades.

Neylor Lasmar também assina o li-vro “Medicina do Esporte”, com o pro-fessor titular da USP, Gilberto Camanho e o seu filho Rodrigo Pace Lasmar, que é também uma referência na mesma área.

O encontro - De acordo com o Neylor Lasmar foi bastante inovador o formato do 1º FUTSBOT. “A programa-ção foi muito bem elaborada e também observei o alto nível dos profissionais participantes. Sem dúvida, após o pri-meiro êxito, esse é um evento que deve acontecer mais vezes”, recomenda.

Além de ortopedistas e médicos que trabalham na área de Medicina Espor-tiva, o 1º FUTSBOT também reuniu fi-sioterapeutas e fisiologistas.

Foi uma iniciativa única, esti-mulando a discussão multidiscipli-nar na medicina esportiva. O local foi um presente à parte! Parabéns SBOT MINAS!

O FUTSBOT superou as expec-tativas, sendo um evento inovador organizado pela SBOT MINAS. Permitiu uma discussão multidis-ciplinar sobre as principais lesões no futebol. A integração da visão médica, em especial do ortopedista, associado ao ponto de vista dos pro-fissionais paramédicos envolvidos no atendimento do atleta de futebol (fisioterapia, fisiologia do exercício, nutrição e psicologia), é fundamen-tal para uma melhor performance do atleta.

Dra. Luciene Mota de AndradeMédica Radiologista - Especialista em

imagem musculoesquelética

Dr. Otaviano de Oliveira JúniorDepto Médico do Clube Atlético Mineiro

1º FUTSBOT presta homenagem a Neylor Lasmar

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Defesa profissional I

Guilherme Zanini Rocha Membro da SBOT e da SBC | MBA em gestão de saúde pela Fundação Getúlio Vargas

Vivemos tempos difíceis. A de-cadência do Sistema Único de Saúde (SUS) associada à retração do sistema complementar, agravada por uma po-lítica de massificação das escolas e das residências médicas, tornam nosso fu-turo incerto.

No passado recente, conversando com nossos colegas, nos orgulháva-mos em manter distância da política municipal, estadual e federal. Hoje, nos grupos virtuais de discussão, as funções atribuídas às entidades médi-cas se confundem, reflexo do desespe-ro coletivo em identificar alguma or-ganização que, realmente, nos defenda das ameaças à nossa profissão.

Alguns dados: em 2016, 77% da população brasileira dependia do SUS, enquanto apenas 23% possuíam planos de saúde. E Scheffer, em 2014, mostrou que 67% dos médicos brasi-leiros ganhavam menos de 16 mil reais por mês.

Dentro da própria SBOT MINAS temos realidades distintas. Quantos dependem exclusivamente da saúde complementar? Quantos dependem exclusivamente do SUS? Quantos de-pendem parcialmente de um ou outro? Certamente, essas respostas nos ajuda-riam a avançar nas nossas discussões.

O conceito da defesa profissional saiu do indivíduo para o coletivo, e podemos dizer em até sobrevivência profissional.

Na esfera federal, o Deputado

Mandetta desperta, nas diferentes entidades médicas, o senso de urgên-cia em se eleger a bancada médica no congresso nacional. Não temos que eleger somente médicos, mas quais-quer pessoas comprometidas com nossas causas.

No âmbito estadual, os ortopedis-tas mineiros estão extremamente ati-vos. Estamos em luta. Para exempli-ficar, a Secretaria de Saúde de Betim recuou na proposta indecorosa de redução do valor do plantão médico. Questões sobre o número aparente-mente elevado de residentes de Orto-pedia em Minas Gerais serão levados à CET- Brasil e ao MEC pela SBOT MINAS.

No âmbito municipal, ganha cor-po a discussão sobre a qualidade do atendimento prestado à população e sobre a remuneração médica. Em outubro de 2017, iniciou-se um mo-vimento para a criação da Coopera-tiva Ortopédica Mineira. Na primei-ra reunião, que ocorreu no dia 08 de novembro, 80 ortopedistas reuniram-se para discutir sobre as questões de descontentamento geral que assolam a nossa profissão. A comissão criada para seguir à frente nas discussões foi formada pelos colegas Pedro Es-pindola, Rodrigo Perroni, Otávio Melo, Frederico de Souza, Leonardo Augusto, Ricardo Lacerda, Bernardo Ramos, Antônio Lazaroni, Eduardo Xavier, Cristiano Rajão, Romário Lo-

pes e Randerson Vaz. Uma próxima reunião está marcada para dezembro de 2017.

Precisamos avançar no conceito da cooperativa ortopédica. Porém, o mercado de trabalho apresenta um viés, diferente de outras praças, onde outras cooperativas ortopédicas ou de subespecialidades ortopédicas fo-ram criadas. Temos um sistema de cooperativas da Unimed capilarizado e organizado (não adianta bater de frente, devemos mudá-la por dentro, pela força dos cooperados). Mas lem-bremos que as Unimeds fazem parte do sistema complementar, que cor-responde a apenas 23% do mercado.

A oportunidade de criação e cres-cimento está nos outros 77% do mer-cado: várias cooperativas ortopédicas mineiras, regionalizadas, divididas por macros ou microrregiões, articu-ladas entre si, com um planejamento estratégico claro e que pratique o li-vre mercado de forma ética.

A vantagem estratégica da coope-rativa ortopédica está na visão global e especializada, centrada na qualida-de entregue para a saúde do municí-pio. Aí, após este primeiro momento, sentaremos com os outros 23% do mercado e mostraremos os nossos números de excelência, com desfe-chos centrados em qualidade, e con-seguiremos melhores remunerações. Sem dúvida, com essas ações pode-mos ter um futuro melhor.

Por um futuro melhor

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Graduou-se na Universidade de Granada/Espanha, sua terra natal. Especializou-se em Madri e fez Doutorado em Salamanca. Atualmente, é Diretor da Divisão de Cirurgia Ver-tebral do Instituto Ortopédico IRCCS Galeazzi, em Milão. É pioneiro no uso de técnicas de micro cirurgia, laparoscópica, toracoscópica e de técnicas percutâneas para vertebroplastia e cifoplastia. Desde 2009 tem aplicado, com sucesso, as mais modernas técnicas minimamente invasivas em procedimentos complexos, incluindo a técnica XLIF para dor lombar, deformi-dades adultas, compressão espinhal e estenose.

Convidados internacionais já confirmados:

02 a 04 Agosto2018

B.Hte | MG

Dr. Frank Liporace, | Nova York - USA | Cirurgião Ortopédico

Graduou-se pela Universidade Estadual de Nova York. Posteriormente, completou o Progra-ma de Residência de Cirurgia Ortopédica no Hospital for Joint Diseases / New York. Em seguida, especializou-se em Traumatologia Ortopédica no Hospital Geral de Tampa, sob a tutela do Dr. Roy Sanders, e em cirurgia reconstrutora no Instituto Ortopédico da Flórida. Seus interesses incluem Cirurgia Pélvica e Acetabular, Reconstrução Completa do Trauma Ortopédico, Recons-trução do Quadril e do Joelho e tratamento de complicações associadas ao Trauma Ortopédico.

É vice-presidente do Departamento de Ortopedia e Chefe de Trauma e Reconstrução Orto-pédica no Jersey City Medical Center. Tem mais de 100 publicações em revistas com revisão de pares e mais de 15 capítulos em livros de texto ortopédicos. Já realizou mais de 300 palestras sobre Trauma Ortopédico e Reconstrução Óssea em todo o mundo.

Dr. Pedro Berjano | Milão - Itália | Cirurgião de Coluna

Não perca esse grande evento.

Dr. Robert C. Schenck | Albuquerque - USA | Cirurgião Ortopédico

Graduou-se na Universidade do Colorado / Estados Unidos. Fez residência em Ortopedia no Johns Hopkins Hospital / Baltimore. É especialista em Medicina Esportiva, cirurgião geral e M.D., todos pelo Johns Hopkins University, e criador da “Classificação para luxação de joelho” utilizada em todo o mundo.

É professor na University of New Mexico / Department of Orthopaedics Albuquerque, e membro de diversas entidades médicas, como American Academy of Orthopaedic Surgeons, American Orthopaedic Association , American Orthopaedic Society for Sports Medicine e Association of Bone and Joint Surge-ons. É autor de quatro livros e tem mais de 30 capítulos como autor e co-autor.

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Acesse:https://www.youtube.com/wat-ch?v=Xh41EFNmwDU&t=2526s

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Representantes da Santa Casa e diretores da SBOT MINASdurante gravação do projeto Memórias da Ortopedia Mineira

A terceira edição do projeto Memórias da Ortopedia Mineira aconteceu no último dia 26 setembro de 2017, na Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, um dos mais tradicio-nais serviços de Ortopedia de Minas Gerais. O presidente da SBOT MINAS, Dr. Robinson Esteves, o vice-presidente, Dr. Cristiano Menezes, e os coordenadores do programa, Drs. Marco Antônio de Castro Veado e Marcelo Sternick, foram recebidos pelo chefe do Serviço de Ortopedia daquela instituição, Dr. Enguer Beraldo, e pelos convidados e fundadores des-se serviço, os doutores Alberto Eduardo Peres e Euler José Viana de Carvalho.

Durante o programa, que já pode ser visto através do canal do Youtube, eles contaram a história da criação do Serviço de Ortopedia da Santa Casa e da Residência Médica em Ortopedia. De acordo com o Dr. Enguer Beraldo Garcia, atual chefe do Serviço de Orto-pedia, “tudo começou nos idos da década de 60, quando o Dr. Marcílio Soares indicou um grupo de ortopedistas - Reginaldo Simões da Rocha, Neylor Lasmar, Ricardo Miranda Malaquias e Euler Viana de Carvalho - para um estágio em São Paulo. Quando eles volta-ram a Belo Horizonte foi, então, criado oficialmente o Serviço de Ortopedia da Santa Casa, chefiado pelo saudoso amigo Marcílio Soares até 1977, quando, então, o Dr. Euler assumiu a chefia, ficando responsável pelo Serviço de Ortopedia até 2012, quando foi empossado no cargo, onde está até hoje, o Dr. Enguer Beraldo Garcia”, lembrando ainda que em 1968 foi criado o Programa de Residência em Ortopedia, um dos mais importantes do Estado.

Hoje, a Santa Casa de Belo Horizonte é responsável pela formação de centenas de mé-dicos em diversas especialidades e oferece atendimento em todas as áreas da Medicina para pacientes carentes, através do SUS, com 1.000 leitos disponíveis. Além da unidade de origem, a instituição é formada pelo Centro de Especialidades para consultas ambu-latoriais, também via SUS, e pelo Hospital São Lucas, com atendimento particular e de convênios. Em 2019, será inaugurada a Faculdade de Medicina da Santa Casa, fechando, assim, todo o ciclo de formação e aperfeiçoamento do profissional médico.

A instituição conta, atualmente, em seu quadro clínico, com 65 médicos entre as-sistentes e pós-graduandos em todas as subespecialidades da Ortopedia. Conta ainda com uma linha de pesquisa de ponta, como a do próprio Dr. Enguer Beraldo, inovando a cirurgia da escoliose com uma técnica menos invasiva, com fixações curtas apicais e múltiplas, bem como, ao apresentar uma nova ferramenta para mensurar o Plano Co-ronal da coluna e uma nova Classificação Tridimensional da Escoliose Idiopática do Adolescente e Similares. Esses trabalhos estão com possibilidade de serem publicados em revista de referência mundial.

Na ocasião, a SBOT MINAS prestou uma homenagem aos doutores Alberto E. Peres e Euler V. de Carvalho, entregando a cada um uma placa pela relevante participação na história da Ortopedia mineira.

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A SBOT MINAS realizou, no início de dezembro, o “I curso de Vias de Acesso Especiais no Trauma Ortopédico”, tendo como base os vídeos dos procedimentos realizados em peças anatômicas de membros superiores e inferiores, feitos durante o primeiro semestre desse ano, por uma equipe de ortopedistas mineiros no IRCAD, considerado o maior cen-tro de treinamento em cirurgia minimamente invasiva/en-doscópica da América Latina, localizado na cidade de Barre-tos, no interior de São Paulo. O curso, que teve o patrocínio da Hexagon - especializada em implantes ortopédicos, acon-teceu no Centro de Ciências da Saúde do Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte.

Mineiro é eleito para presidência da SBOT

Equipe que participou do curso Vias de Acesso no IRCAD

A ortopedia mineira tem muito do que se orgulhar. O Dr. Glaydson Gomes Godinho foi eleito presidente da SBOT Nacional - gestão 2020.

A entidade foi fundada em 19 de setembro de 1935 tendo como objetivo “cui-dar da atualização científica e educação continuada dos seus associados. Nos anos 80, tornou-se a maior instituição de Ortopedia e Traumatologia da Améri-ca Latina e uma das maiores do mundo. Hoje, além da formação continuada de seus associados, é referência na defesa dos interesses da classe, plataforma esta abraçada pelo Dr. Glaydson Godinho.

Ao longo da história da SBOT Nacional, outros mineiros estiveram à frente da entidade, como o Dr. José Henrique da Matta Machado, Dr. Márcio Ibrahim de Carvalho, Dr. Neylor Pace Lasmar, Dr. Arlindo Gomes Pardini e Dr. Marco Antônio Percope de Andrade. Agora, ao assumir a presidência da instituição em 2020, com certeza o Dr. Glaydson Godinho escreverá um novo capítulo em prol da valorização e do fortalecimento da classe ortopédica.

Mini currículo - Doutor e Mestre em Ortopedia. Cirurgião-Chefe do Gru-po de Ombro. Especialização em Cirurgia Artroscópica de Ombro na França e USA. Vice-Presidente da SBOT em 2003. Presidente da Sociedade Sul-Ameri-cana de Cirurgia de Ombro e Cotovelo em 2004. Editor do Livro “Atualização em Cirurgia do Ombro”. Colaborador em 11 livros de Ortopedia, Medicina do Esporte e Artroscopia.

De acordo com o presidente da Regional mineira, Dr. Ro-binson Esteves, “esta foi mais uma oportunidade de atualiza-ção científica em Ortopedia que a SBOT ofereceu ao associa-do, tendo como material 22 vídeos (12 em 3D e 10 em HD)”.

O projeto Vias de Acesso tem uma grande importância para os ortopedistas, isto porque “o sucesso de um tratamento cirúrgico depende de uma via de acesso adequada. E os ví-deos produzidos no IRCAD permitem uma visualização das estruturas anatômicas com maior nitidez e um melhor apren-dizado das técnicas a serem replicadas pelos colegas”, ressalta o presidente da SBOT MINAS, ao informar que estão sendo programados novos cursos nesse sentido para 2018.

SBOT MINAS realiza curso de Vias de acesso especiais no Trauma Ortopédico

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O último dia 21 de novembro com-provou mais uma vez a importância dos ortopedistas terem a SBOT como entidade representativa da classe na defesa de seus interesses. Naquela data, representando a SBOT nacional, o vice-presidente da regional mineira, Dr. Cristiano Menezes, reuniu-se, em Brasília, com o Conselheiro Efetivo do CFM Jessé Freitas Brandão e com re-presentantes do Departamento Jurídico do respectivo órgão. Em pauta a posi-ção da categoria com relação ao projeto da Terceira Opinião e dos Manuais de Codificação e DMI (Dispositivos Mé-dicos Implantáveis).

A reunião foi articulada em conjunto com a Sociedade Brasileira de Coluna e a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia pelas próprias especificidades que unem essas três especialidades médicas. Além do Dr. Cristiano Menezes, representan-do a SBOT e a SBC, participaram desse encontro o Dr. Paulo Porto e o advogado Fernando Godoi, ambos da SBN, e o Dr. Rodrigo Amaral / SBC-SP.

Em 2015, quando o Fantástico de-nunciou o pagamento de propina para médicos brasileiros usarem produtos de determinadas empresas em pacien-tes, através de reportagem conhecida como “máfia das próteses”, houve um clamor, inclusive da sociedade civil, contra tal ato; o que levou entidades

como a SBOT a se posicionarem contra esses poucos ortopedistas que mancha-ram toda uma classe.

Na defesa, então, da categoria foi ela-borado o projeto da Terceira Opinião, ora apresentado ao CFM para apoio e implantação em todo o país, através do qual, além do médico e da operadora, uma terceira opinião em casos de confli-to e desacordo entre o médico assisten-te e a operadora. Esta opinião garante isenção e total imparcialidade, recon-duzindo a decisão à classe e não para a operadora. Seria, assim, formado um

SBOT reafirma compromisso com o ortopedista em encontros em Brasília

colegiado envolvendo membros indi-cados pelas entidades representativas - SBOT, SBN e SBC -, que referendaria ou indicaria o melhor tratamento. “No mo-mento, esse projeto vem sendo desen-volvido - de forma piloto - em São Pau-lo, mas a tendência é dele ser ampliado para todo o país, “inclusive copiado por outras entidades médicas”, ressalta o Dr. Cristiano Menezes.

Da mesma forma, foram apresen-tados os argumentos das entidades presentes à reunião sobre o Manual de Codificação. “A Coluna tornou-se pio-neira entre as entidades pela associação com a Ortopedia”, informa, explicando a importância na defesa dos honorários médicos. Segundo o Dr. Cristiano Me-nezes, não foram criados novos códi-gos, mas, sim, sua sistematização sobre o que pode ou não pode ser cobrado nos procedimentos de coluna, de ma-neira a valorizar o trabalho médico.

Quanto ao DMI - Dispositivos Mé-dicos Implantáveis, o manual visa faci-litar o entendimento de cada entidade pagadora quanto aos procedimentos médicos, coibindo, inclusive, a ação de abusos por poucos. A questão colocada foi quanto ao parecer do Conselheiro Aldemir Soares que concluiu sobre a não procedência de códigos múltiplos em cirurgia de coluna, o que está sen-do usado para glosas especialmente pelo

Drs. Rodrigo Amaral, Fernando Godoy, Jessé Brandão, Cristiano Menezes e Paulo Porto

“Quanto ao DMI,

a demanda da

SBC acabará sendo

seguida por todas as

especialidades e

subespecialidades

médicas. Todas vão

passar por isso”.

Dr. Cristiano Menezes

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Sistema Unimed. Nesse sentido, durante a reunião, os representantes das entida-des médicas alertaram ao CFM sobre esse assunto, tendo como resposta a pro-messa do Dr. Jessé Brandão apresentar os argumentos das associações em ple-nário para melhor esclarecimento dos conselheiros, já que juridicamente não há desvio na conclusão do conselheiro Aldemir Soares, cuja interpretação traz

prejuízo para a especialidade. Em um futuro próximo, o CFM dará, assim, seu posicionamento oficial. De acordo com o Dr. Cristiano, a demanda da Ortope-dia e da Neurocirurgia acabará sendo seguida por todas as especialidades e subespecialidades médicas. “Todas vão passar por isso”, enfatiza.

No mesmo dia - 21 de novembro - representando a classe ortopédica, o Dr.

Drs. Cristiano Menezes, Paulo Porto, Deputado Rogério Marinho, Fernando Godoi (advogado), Rodrigo Amaral e Paulo Lobo

Cristiano Menezes reuniu-se, na Câma-ra Federal, com o deputado Rogério Marinho / PSDB-RN, relator do projeto de Lei 7419/06, cujo artigo 10 C retira do médico a decisão sobre o material im-plantável no paciente, passando a prer-rogativa da indicação dos três materiais de DMI para as operadoras de planos de saúde. Os representantes, portanto, da SBOT, SBN e da SBC trabalharam para conscientizar o relator a respeito dessa alteração. Se aprovado o projeto tal como está traria sérias consequên-cias, como a cartelização do sistema, o aumento da judicialização e a perda da qualidade assistencial, conforme o Dr. Cristiano Menezes explicou, alertando ao deputado Rogério Marinho, que o projeto permite ainda o aumento indis-criminado do valor dos planos de saúde de pacientes com mais de 60 anos.

Durante a reunião que contou com a presença do Dr. Paulo Lobo, repre-sentante da SBOT nacional, foram apresentados ao parlamentar o Proje-to da Terceira Opinião, o Manual de DMI e Honorários Médicos em uma demonstração de proatividade das so-ciedades médicas em cooperar para a solução das questões demandadas pela sociedade civil.

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A maior homenagem que pode ser fei-ta a um médico é o reconhecimento de seus pacientes por sua competência e atenção. Neste sentido, o Dr. Arnaldo Gonçalves de Jesus Filho pode se sentir extremamente honrado. No último dia 27 de outubro, a Rede de Ouvidores do SUS prestou-lhe uma grande homenagem: o reconhecimento de centenas de pacientes pela sua dedicação, comprometimento, cuidado e resolutivida-de. A solenidade de entrega do certificado aconteceu após a Ouvidoria Municipal de Saúde da Prefeitura de Juiz de Fora ter feito uma pesquisa de opinião em toda a rede pú-blica da macrorregião sobre os profissionais merecedores dessa premiação. E o nome do Dr. Arnaldo Gonçalves encabeçou a lista, o que encheu de orgulho não apenas seus fa-miliares, amigos e colegas de trabalho, mas também toda a Medicina pelo seu exemplo de profissionalismo e atenção ao paciente.

Natural de Divino, interior de Minas Gerais, ele formou-se em Medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora e fez Residência em Ortopedia e Traumatologia pela Santa Casa de Misericórdia, de Juiz de Fora, onde é o coordenador do Programa de Residência em Ortopedia. Tem ainda resi-dência em Cirurgia da Mão e Microcirurgia do Membro Superior. É preceptor do Hos-pital Universitário da UFJF e do Hospital e Maternidade Terezinha de Jesus, além de cirurgião de mão nos hospitais Monte Si-nai, Albert Sabin, Regional Dr. João Penido (Fhemig), e no Núcleo de Ortopedia Fun-cional da Interclínicas.

“O nosso dia a dia no SUS é muito pe-

sado. Sempre esbarramos em inúmeros pro-blemas que temos que transpor para fazer o melhor pelos nossos pacientes. Por isso mesmo, é muito gratificante perceber que o nosso trabalho é valorizado e que há pessoas que confiam em nós. Esta homenagem nos revigora, nos estimula a querer trabalhar mais pelo bem comum”, destaca o Dr. Arnal-do Gonçalves.

Para ele, a Ortopedia é uma especialida-de apaixonante, “pois realmente consegui-mos aliviar o sofrimento das pessoas. Só que o sistema muitas vezes é cruel e tenta nos

desestimular, mas temos que lembrar que somos médicos, que temos uma missão a cumprir e que, no final, apenas um simples sorriso de agradecimento de um paciente mostrará que todo o nosso empenho valeu a pena”, acrescenta, lembrando aos novos or-topedistas, que o início nunca é fácil e que o caminho é árduo, mas deve sempre ser pautado na ética, no respeito e no compro-metimento com a qualidade do seu traba-lho. “Aos que trilharem esse caminho, estará reservado o sucesso, em qualquer lugar que estejam”, conclui.

Homenagem merecida

Dr. Antônio Almas, vice-prefeito de Juiz de Fora, o homenageado Dr. Arnaldo Gonçalves e a ouvidora Samantha

Eventos da SBC|MGFoi um sucesso o VII Simpósio da Socie-

dade Brasileira de Coluna - Regional Minas Gerais, realizado simultaneamente ao I En-contro Minas-Rio de Cirurgia da Coluna nos dias 10 e 11 de novembro, em Juiz de Fora.

Tendo como tema central Um caso, um aprendizado, o evento possibilitou aos palestrantes apresentarem um caso que os desafiou e que tivesse trazido algum apren-dizado, informa o Dr. Leonardo Silluzio Ferreira, um dos coordenadores dos even-tos, ao explicar que inicialmente o assunto era apresentado, com a palavra aberta pos-

teriormente para a plateia. Em seguida, o palestrante expunha o desfecho do caso, também com a manifestação dos partici-pantes, e, por fim, o apresentador concluía o caso, ressaltando o aprendizado.

Este formato, ressalta o Dr. Leonardo Silluzio, incentiva as boas práticas entre os cirurgiões de coluna no sentido de que o tratamento seja o que traga melhor resultado clínico pelo menor custo possível.

Foram convidados para falar durante o Simpósio os especialistas Dr. Alderico Girão Campos de Barros (RJ), Dr. Aloísio Arantes (MG), Dr. André Luiz Loyelo (RJ), Dr. Roberto Sakamoto (MG), e Dr. Ricar-do Meirelles (RJ).

À frente da organização local, estiveram os doutores Valdeci Manoel de Oliveira e Jair Moreira Dias Júnior.

O próximo evento deverá ocorrer em 2018 e pretende-se que seja com a presença de convidado internacional. O tema central ainda não está definido.

O evento foi aberto apenas a especialistas em coluna (ortopedistas e neurocirurgiões)

e contou com a participação de 60 profissionais inscritos.

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Há quase cinco anos, faço parte da Co-missão de Defesa Profissional e Ética da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão. Durante este período, tenho vivenciado, mais de perto, os desafios nesta área den-tro da Medicina, especialmente, na Orto-pedia e Traumatologia. Sem dúvida, o que mais nos preocupa hoje são as questões ligadas aos honorários médicos. Mas não menos importante, e que está diretamente ligado a isto, o mercado de trabalho.

A classe médica vem sendo assolada e espremida de todas as formas por diferen-tes instrumentos. Perdemos a liberalidade da nossa profissão, tão admirável, tão no-bre e, agora, tão desvalorizada, desmereci-da. Vivemos em um país capitalista, onde até os socialistas adoram e defendem o capitalismo. Mas nós médicos parece que temos que nos direcionar apenas pelo so-cial para agradar a sociedade.

A abertura indiscriminada de escolas de Medicina está vulgarizando nossa profis-são, e o pior, colocando em risco nossa po-pulação. Hoje, somente em Minas Gerais, temos 38 escolas de Medicina, um número absurdamente alto. Não se preocuparam em formar o corpo docente antes de abrir as escolas. Como resultado, as escolas funcio-nam sem professores. Parece que basta ape-nas ser médico e ter boa vontade para ensi-nar. Assim, podemos imaginar como serão os nossos futuros colegas. Estas escolas en-tregam ao mercado inúmeros profissionais todos os anos, de formação e competência no mínimo questionáveis. Esta é a política do governo: aumentar o número de médi-cos no país a qualquer custo. Não satisfeito com a criação destas escolas, ainda criaram o Mais Médicos - programa ridículo onde o profissional contratado recebe 10% do sa-lário, sua família em um outro país recebe 10% e o governo de seu país de origem fica com 80% do SEU salário. Somente em uma condição desfavorável de vida, uma pessoa aceitaria que fosse desta forma. Um país de comunicação extremamente restrita torna-se a solução para fornecer médicos para o Brasil. Não, definitivamente não faltam médicos no Brasil. O que faltam são con-dições adequadas para se exercer medicina de qualidade em muitos lugares do Brasil.

Paralelo a isto, o número de vagas para residência ou especialização cresceu muito. O mesmo objetivo de aumentar o número, a qualquer custo, aconteceu aqui. O MEC resolveu administrar o título de especialista e fez com que a SBOT se as-sociasse a ele no controle dos serviços de Residência Médica, para que ela não per-desse de vez o controle e o concurso para título de especialista. Nosso concurso é tido como modelo para diversas socie-dades de especialidades, mas, também, é desmerecido e ignorado pelo MEC. Este ministério assume isto quando permite a abertura de qualquer serviço de residên-cia, com qualquer tipo de preceptoria, ig-norando a avaliação da CET da SBOT. E a AMB se vê obrigada a certificar este “es-pecialista”, que fez residência credenciada apenas pelo MEC, assim como o CRM tem que aceitar registrá-lo como especia-

Por uma medicina melhor

lista. Aqui, eu questiono o valor do nosso título, oriundo de uma residência médica credenciada e obtido após um concurso que realmente mede a capacidade do can-didato. Isto não pode ser ignorado.

Diante disso, a Diretoria da SBOT MINAS convocou os chefes de Serviços de Residência de Ortopedia para um bate papo. Todos tiveram oportunidades de discutir sobre os diversos problemas que enfrentamos hoje. Chegou-se à conclusão que diminuindo e adequando o número de vagas em cada Serviço, não se compro-mete o funcionamento dos mesmos e se pode dar uma formação de qualidade ain-da maior para nossos residentes. Foi feito um acordo de cavalheiros para que todos trabalhassem nesta linha. Se não temos a oportunidade de coibir a abertura de esco-las, temos como controlar a formação dos especialistas. Isto está em nossas mãos. Devemos pensar no futuro dos Ortopedis-tas que estão formando agora.

Não temos medo da concorrência. Se ela for feita por profissionais qualificados, a saúde e os paciente ganham no final. Te-mos receio é de que o mercado seja abas-tecido por profissionais com baixa qualifi-cação, o que coloca em risco os pacientes, piora nossa saúde e, por consequência, leva os nossos honorários para baixo.

Dentre todos nós, temos diferentes re-alidades. É muito difícil pensar em uma solução única para todos. Temos médicos que trabalham com a saúde suplementar, outros no serviço público e outros nos dois. Outros são concursados, contrata-dos, ou são professores. Diferentes formas de carreira e de remuneração. Mas todos com problemas semelhantes.

Durante o último Congresso Brasileiro de Ortopedia em Goiânia, tivemos a opor-tunidade de ouvir o Senador Ronaldo Caia-do e o Deputado Luiz Henrique Mandetta, que nos explicaram como a corrupção afeta a saúde e a necessidade imediata da criação da Frente Parlamentar da Medicina.

Precisamos nos valorizar e a hora é agora. Temos que resgatar o valor da Me-dicina. Exigir remuneração justa e condi-zente e condições adequadas para o traba-lho. Chega de ver políticos despreparados e funcionários desqualificados ganhando muito e médicos recebendo muito mal. Eles não estudaram como nós. Não somos obrigados a financiar a saúde do país. Isto é obrigação constitucional do governo. Não podemos assistir nossa profissão ser controlada por terceiros e pelas operado-ras de planos de saúde.

SBOT/AMB/CBHPM - A SBOT Na-cional, através de todos os seus comitês, realizou em 2017 uma revisão da CBHPM. Foram criados critérios pelo Dr. Edilberto Ramalho que categorizavam cada pro-cedimento de acordo com a sua comple-xidade. Alguns itens foram retirados da CBHPM, devido a duplicidade, e outros tantos, acrescidos para que se pudesse contemplar todos os procedimentos que realizamos. O Dr. Carlos Alfredo Jasmim, então presidente da CDPE da SBOT, coor-denou este trabalho e contou com a ajuda dos presidentes dos Comitês da SBOT.

Foi um trabalho extenso e que teve a colaboração de vários colegas em cada comitê, para dividir a responsabilidade e multiplicar o consenso em cima de cada procedimento. Depois de reuniões para concluir a revisão, os representantes de cada comitê apresentaram na AMB as defesas de cada proposta de mudança. Todas as propostas foram acatadas pela AMB e já estão incluídas na nova versão da CBHPM. O próximo passo é validar a nova versão nas negociações de cada um de nós com as operadoras de saúde.

Novos horizontes - A AMB este mês deu posse a sua nova Comissão de De-fesa Profissional, encabeçada pelo nosso colega Dr. Carlos Alfredo Jasmim/RJ. Foi apresentado um cronograma de diretivas para 2018. Farão uma divisão da direto-ria em dois cargos. Um, será responsável pela Saúde Pública, e o outro, pela Saúde Suplementar. Justifica-se esta ação em vir-tude do grande volume de trabalho ante-riormente atribuído a uma única pessoa. Foi reforçada a importância da formação da Frente Parlamentar da Medicina e de estratégias para que este objetivo seja al-cançado, procurando envolver todas as sociedades de especialidades. Foram apre-sentadas as ações da ANS no último ano e a mediação realizada pela AMB em rela-ção a assuntos como reajustes dos hono-rários, de novas formas de remuneração e fator de qualidade e certificações.

Por fim, solicitou-se a participação das sociedades de especialidades nas reuniões da ANS, em 2018, a fim de demonstrar união e aumentar a pressão sobre os re-presentantes da saúde suplementar.

Dr. Antônio Tufi Neder FilhoSecretário Geral da SBOT MINAS

Defesa profissional II

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Dr. Bernardo Ramos, deputado federal Dr. Luiz Henrique Mandetta (DEM/MS), e o presidente da SBOT MINAS, Dr. Robinson Esteves, na Câmara Federal

Esse ano, o Dia do Médico, 18 de outu-bro, ganhou um significado especial. Nessa data foi lançada, oficialmente, na Câmara Federal, a Frente Parlamentar da Medicina - FPMED, uma voz que pretende se fazer presente no Congresso Nacional, em defe-sa da classe. A convite do deputado federal, Dr. Luiz Henrique Mandetta (DEM/MS), participaram da solenidade o presidente da SBOT MINAS, Dr. Robinson Esteves, e o Dr. Bernardo Ramos, postulante à candidatura de Deputado Federal em 2018 pelo Partido Novo/MG. O deputado Mandetta é o cria-dor desse movimento que tem como objeti-vo representar não apenas a categoria médi-ca, mas ser também um movimento em prol dos pacientes e da saúde de excelência.

De acordo com o Dr. Bernardo Ramos, “há algum tempo a medicina tem tentado se organizar, se fazer presente no Congresso Nacional. Nos últimos anos sentimos a falta de representatividade. Portanto, o maior ob-jetivo desse encontro era viabilizar a forma-ção da Frente Parlamentar da Medicina, seu lançamento e pleno funcionamento”. Com a sua criação o que fizemos foi deixar claro que dentro da Câmara e do Senado temos parceiros para discutir os projetos prioritá-rios da Medicina. Temos, agora, um valioso instrumento político”, complementa o de-putado Mandetta, ao lembrar que “a classe médica está desarticulada politicamente. A Medicina não entrou dentro do Congresso Nacional. Não fizemos o dever de casa. Não entendemos que em uma democracia repre-sentativa, os setores que não se fazem repre-sentar não conquistam nada”.

Na opinião do postulante à deputado federal em 2018, Dr. Bernardo Ramos, “a medicina está sangrando. O médico está sangrando. E o pior, os pacientes estão san-grando muito. Temos, no Brasil, uma saúde de péssima qualidade, apesar da excelência reconhecida mundialmente dos profissio-nais médicos brasileiros. Falta estrutura. Fal-ta material. Falta medicamento. Falta gestão eficiente. Falta muita coisa. Falta vontade política de mudar”.

A FPMED agora abre uma perspectiva de mudança desse cenário. Para criar uma Fren-te Parlamentar é preciso de, no mínimo, a as-sinatura de 178 deputados e de 30 senadores. “Nós conseguimos 200. Mas, uma frente par-lamentar que não tem um setor organizado externamente é fadada ao fracasso. Por isso temos não apenas que nos organizar nesse sentido, como também temos que ter um en-gajamento maior dos colegas visando às elei-ções de 2018”, observa o deputado Mandetta.

Recentemente, representantes das en-tidades médicas se reuniram em Brasília, para a criação do Instituto de Ciências Po-líticas, que dará suporte à Frente Parlamen-tar de Medicina. Participaram desse encon-tro associações médicas, centrais sindicais, sociedades de especialidade e Conselho Federal de Medicina.

Frente Parlamentar

Além desse organismo, “temos que en-trar na Câmara Federal. Hoje temos, entre a Câmara e o Senado, mais de 40 parlamenta-res médicos, atuantes ou não na área, mas a maioria não foi eleita pela classe médica. Na Câmara Federal são 513 cadeiras. Precisamos nem que sejam dez cadeiras. Em uma votação importante nessa Casa, que pudesse contar com dez votos da classe médica, a gente po-deria estar mudando a situação da Medicina e da Saúde do país”, frisa o parlamentar.

Segundo ele, “a grande conquista que ti-vemos até agora no processo de criação da Frente Parlamentar da Medicina foi sensi-bilizar as entidades médicas nesse sentido e mostrar aos médicos que eles precisam se mobilizar politicamente, com urgência. Des-de o seu lançamento, no ano passado, houve uma grande receptividade da classe médica à causa. Temos uma variada pauta de inte-resses, inclusive dos pacientes, que precisam da nossa atenção. Entre eles, podemos citar a entrada de médicos estrangeiros através do Revalida, a revisão da Lei dos Mais Médicos, no capítulo que trata dos residentes, que criou o Serviço Civil Obrigatório, a partir de 2018, e isso precisa ser alterado, a fisca-lização e a certificação das novas escolas de Medicina (o nível é muito baixo), a carreira médica e com isso a melhor distribuição dos médicos nos locais que mais precisam e têm pouco poder atrativo”.

Além disso, pontua, “temos consciência que o SUS é um desafio geracional colocado na Constituição como cláusula pétrea. É de-ver do Estado e direito do cidadão. Enquan-to nós tivermos esse desafio, nós precisamos, enquanto sociedade, fazê-lo acontecer den-tro de um sistema equilibrado de boa gestão. Acompanhamos todos os assuntos que im-

pactam a saúde do brasileiro, como a vali-dade e o preço dos medicamentos, em au-diência pública realizada recentemente na Comissão de Seguridade Social e Família, e a alteração da lei dos planos de saúde, que está sendo feita por uma comissão especial na Câmara Federal”.

No entender do deputado Mandetta, “os médicos acreditam que política é uma coisa que não devem se meter. Porém, é preciso que se conscientizem que é pela mobilização política que conseguiremos mudar o rumo da Medicina do país. Em Minas Gerais, por exemplo, Dr. Bernardo Ramos está no processo seletivo para po-der efetivar sua candidatura a deputado federal em 2018. Ele precisa mobilizar os colegas para viabilizar essa candidatura. Assim como ele, precisamos apoiar outros colegas médicos. As pessoas costumam ter candidatos fechados para os cargos de Presidente da República e Governador de Estado, mas, a escolha do deputado federal pode ser feita por uma indicação. E por que não a indicação de pessoas que inspiram tanta confiança na comunidade como os médicos? Temos que participar ativamente da campanha de pessoas que compreen-dam a importância da Medicina e que o candidato se comprometa a atuar em favor da causa. E temos que cobrar essa promessa no dia a dia. Convido a todos os médicos a se mobilizarem nas próximas eleições para deixarmos o caminho pelo menos asfaltado e que a cada eleição possamos eleger mais representantes para defender a Medicina, a Saúde e os pacientes. Como falamos acima, teremos candidatos chancelados pelas nos-sas entidades, médicos ou não, que preci-sam do apoio irrestrito de todos!”

Classe médica tem agora importante instrumento político a seu favor

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SUGESTÃO DE LEITURA

Tranexamic Acid Administration in Primary Total Hip Arthroplasty A Randomized Controlled Trial of Intravenous Combined with Topical Versus

Single-Dose Intravenous Administration

Comentários:A artroplastia total do quadril é um procedimento consagrado em todo o mundo, colocando-se como o padrão ouro de

tratamento da coxartrose avançada. No nosso país, devido às características demográficas e aos dados epidemiológicos, que incluem o aumento da expectativa de vida da população, o “boom” da terceira idade, associado a um aprimoramento técni-co e melhora na durabilidade dos implantes, existe um aumento progressivo no número de artroplastias totais do quadril, sobretudo nos centros de referência. No entanto, apesar de ser um procedimento de alta reprodutibilidade e dos excelentes resultados demonstrados pela literatura, a otimização da técnica operatória inclui a busca por uma cirurgia cada vez menos invasiva, com menor incidência de complicações. Entre as complicações mais temidas se encontram os fenômenos trombo-embólicos e a infecção. Nesse contexto, uma parte importante dos cuidados inclui o uso da quimioprofilaxia do tromboem-bolismo, que historicamente se confronta com o risco de aumento do sangramento, formação de hematomas, necessidade de hemotransfusões e todas as implicações a eles relacionadas, incluindo o aumento do risco de infecções.

O ácido tranexâmico atua inibindo a atividade fibrinolítica e ativando o plasminogênio. Na nossa prática, com o uso do ácido tranexâmico tópico, abolimos o uso do dreno de sucção e a necessidade de hemotransfusão tornou-se praticamente ausente nos casos em que foi utilizado. Não observamos aumento do risco de fenômenos tromboembólicos ou complicações relacionadas à ferida cirúrgica.

O artigo acima referido demonstra, por meio de um estudo prospectivo e randomizado, que o uso do ácido tranexâmico por via endovenosa associado à via tópica, reduziu de forma significativa o sangramento, sem aumentar o risco de fenômenos tromboembólicos. Trata-se de medicamento de fácil aplicação, meia vida inferior a 3 horas e custo acessível, que, em breve, respeitando-se os critérios específicos quanto às indicações e às contraindicações, poderá tornar-se uma ferramenta consa-grada na rotina por boa parte dos cirurgiões de quadril.

AUTORES:Zeng Yi, MD, Shen Bin, MD, Yang Jing, MD, Zhou Zongke, MD, Kang Pengde, MD, and Pei Fuxing, MD Investigation performed at the Department of Orthopaedic Surgery, West China Hospital, West China Medical School, Si-chuan University, Chengdu, Sichuan Province, People’s Republic of China

PERIÓDICO: J Bone Joint Surg Am. 2016;98:983-91

COMENTÁRIO:Dr. Edson Barreto PaivaCoord. do Serviço de Cirurgia do Quadril do HC/UFMG, Hospital Biocor e Hospital Universitário Risoleta Tolentino Neves

ABSTRACT | Background: The use of tranexamicacid (TXA) in primary total hip arthroplasty is well documented. However, considering the poten-

tial side effects, including deep vein thrombosis and pulmonary embolism, the ideal method of providing TXA to patients undergoing total hip arthroplasty remains controversial. The objective of this trial was to assess the efficacy and safety of in-travenous (IV) administration combined with topical administration of TXA regarding postoperative blood loss and trans-fusion rates in patients treated with primary unilateral total hip arthroplasty.

Methods - In this prospective, randomized controlled trial, 150 patients were divided into three groups: the combined group (IV administration of 15 mg/kg of TXA combined with topical administration of 1 g/100 mL of TXA), the single IV group (IV administration of 15 mg/kg of TXA), and the placebo group. The primary outcomes included blood-loss variables (total, intraoperative, and drainage blood loss; changes in hemoglobin, hematocrit, and platelet concentration; and amount of IV transfusion fluid) and transfusion values (frequency of transfusion and number of transfused blood units). The secon-dary outcomes included the length of the hospital stay, range of hip motion, Harris hip score, and prevalences of deep vein thrombosis and pulmonary embolism.

Results - The total blood loss in the combined group (mean and standard deviation, 835.49 ± 343.50 mL) was signifi-cantly reduced (p < 0.05) in comparison with that in the single IV group (1002.62 ± 366.85 mL) and placebo group (1221.11 ± 386.25 mL). The combined group also had fewer transfusions in comparison with the single IV and placebo groups (1, 8, and 19, respectively; p < 0.05). There was no difference among the 3 groups with regard to the rates of deep vein thrombosis or pulmonary embolism.

Conclusions: Intravenous combined with topical administration of TXA in patients undergoing a primary unilateral total hip arthroplasty significantly reduced postoperative bleeding and the transfusion rate. Studies with more patients and longer follow- up are needed to confirm whether this promising combined strategy is safe with regard to thromboembolic complications.

Level of Evidence: Therapeutic Level I. See Instructions for Authors for a complete description of levels of evidence.

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CET

A Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia realiza entre 01 e 03 de março de 2018, no The Royal Palm Plaza, em Campinas, São Paulo, mais um exame para o Título de Especialista em Ortopedia e Traumatologia - TEOT. Para tal, a Regional mineira vem pre-parando, desde o início de 2017, R3s de todos os serviços de Ortopedia de Minas Gerais para a prova oficial. O curso, referência, inclusive, para outras especialidades médicas, como afirma o presidente da CET-SBOT MINAS, Dr. Wither de Souza Gama Filho, prepara o candidato para descrever situações clínicas, através de exames, discussão de casos, tratamentos e prognósticos. São cinco módulos divididos em parte teórica (quatro módulos) e prática (um módulo, com exame físico e habilida-de cirúrgica). Cada um abordando um tema exigido no exame.

A parte prática, informa, conta com a parceria da Força Aérea Brasileira - Unidade de Lagoa Santa/Minas Gerais, “que nos encaminha militares como pa-cientes, e de empresas, que nos forne-cem material sintético para treinamen-to de artroplastias e osteossíntese”.

O Curso preparatório para o TEOT é realizado pela Comissão de Ensino e Treinamento (CET) da SBOT MINAS,

integrada por 16 especialistas, e conta com a participação de 45 preceptores de oito municípios mineiros: Belo Ho-rizonte, Montes Claros, Juiz de Fora, Ipatinga, Itajubá, Pouso Alegre, Ubera-ba e Uberlândia.

O conteúdo de cada módulo é ela-borado, conjuntamente, por todos os integrantes da CET, e cada especialista é responsável pela prova oral. Esse traba-lho é complementado pelos serviços de Ortopedia que acompanham seus resi-dentes em estudos de discussão de casos semanais em suas respcetivas unidades, ao longo de todo o processo até o exame

oficial, em março de 2018.De acordo com o Dr. Wither de Sou-

za Gama, Minas Gerais mantém um ín-dice de aprovação de 90% na prova de título, índice esse superior ao dos de-mais estados. “Nossa expectativa é de que essa taxa seja mantida em 2018”, ressalta, agradecendo o empenho dos hospitais em encaminhar seu residente para o preparatório da SBOT MINAS e acompanhá-lo em todo o processo. Da mesma forma, “gostaria de cumprimen-tar todos os integrantes da CET mineira e a equipe de cada módulo, cuja dedica-ção e profissionalismo são impecáveis”.

R3s mineiros prontos para o TEOT 2018Dr. Wither e membros da CET-MG no último módulo do preparatório ao TEOT 2018

Prova prática

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M e u h o b b y

“Meu hobby de corrida em montanhas surgiu há aproximadamente três anos. Eu já praticava escalada e montanhismo. Du-rante uma escalada, em grande altitude no Equador, senti que precisava melhorar meu preparo físico. Comecei a pedalar mas, por coincidência, estava em Tiradentes duran-te uma prova de corrida de montanha, e ao ver os corredores chegando de um per-curso de 50km, resolvi que era aquilo que eu queria fazer. Comecei aos poucos. Dos 5 aos 50km demorei 2 anos e meio. Quan-do fiz meu fellowship nos Estados Unidos, morei em uma cidade bem no meio das montanhas Rochosas. Então, todo final de semana, saía correndo e escalando pelas montanhas, o que me fez apaixonar ainda mais pelo esporte”, relata.

A corrida de montanha é relativamente um esporte novo. São trajetos longos e inós-pitos que antes eram frequentados apenas por escaladores e caminhantes. Pode ser realizada em qualquer terreno - lama, neve, desertos, praias -, mas, normalmente, com grande ganho de altimetria. “Nessas provas

corremos com mochilas de hidratação, co-mida, roupas de frio e primeiros-socorros, pois uma característica é a autossuficiência. O resgate pode levar horas a dias, não sen-do raros os casos de acidentes, às vezes até fatais”, explica. As provas podem ter de 100 a 1000 competidores. Porém, como são dis-tâncias muito longas, “acabamos correndo sozinhos a maior parte do tempo”.

Nessa modalidade, o Dr. Rafael Porto já participou da Ultra Fiord, 30km na Pata-gônia Chilena; Xterra Colorado, 46km nas montanhas Rochosas americanas; Goblin Valley Ultra, 50km no deserto do Utah; El Cruce de los Andes, 100km atravessan-do do Chile para a Argentina em 3 dias na Patagônia; La mision, 55km atravessando a Serra Fina no sul de Minas; e a mais recen-te, Ultra Torres del Paine, 82km em 01 dia, também na Patagônia Chilena.

As ultramaratonas, informa, são per-cursos superiores aos 42km das maratonas. Geralmente entre 50km a mais de 160km em um mesmo dia. Elas podem ser realiza-das em qualquer lugar, de estradas de asfal-

to às ultramaratonas em montanhas. A grande maioria dos corredores são ex

-maratonistas que se cansaram do asfalto e da poluição. A maratona normalmente tem percursos mais rápidos mas que não ofere-cem a beleza e os desafios das montanhas. Como mora em Belo Horizonte, durante a semana o Dr. Rafael Porto treina no asfalto, à noite, mas, como ele afirma: “prefiro as montanhas às estradas”.

Segundo ele, a adrenalina na linha de largada e nos dias que antecedem a uma prova é sempre muito grande. São prepara-tivos minuciosos, desde a seleção de equi-pamentos até a logística de hidratação e ali-mentação. “Nunca sabemos o que iremos encontrar pela frente, nem em relação ao relevo, nem ao clima, que muda muito nas montanhas. Então, antes da largada tenta-mos antecipar qualquer contratempo”.

Como os terrenos são acidentados, são muitos os riscos de lesões articulares e torções de tornozelo. “Mas também lida-mos sempre com o risco de rabdomiólise, distúrbios hidroeletrolíticos por falta de hidratação e reposição de eletrólitos, hipo e hipertermia, animais peçonhentos e até mesmo a chance de ficarmos perdidos em locais remotos, caso nos distraiamos e per-camos as marcações nas trilhas”. Durante a Ultra Fiord, lembra, um atleta mexicano parou para descansar no meio de uma ne-vasca. Cansado e sem roupas suficientes, acabou falecendo de hipotermia.

O Dr. Rafael Porto também já foi picado por uma lagarta em uma trilha próxima a BH e passou um bom aperto devido à re-ação alérgica. “Hoje só corro com kit pri-meiros-socorros, telefone celular e sempre equipado para qualquer tipo de situação.”

Sobre as premiações, ele costuma ficar entre os 30% dos primeiros colocados. Po-rém, os atletas de elite vivem em função das corridas. “Para mim, completar as provas vale como um prêmio”.

Dr. Rafael salienta que a vida de ortope-distas e médicos em geral é cada vez mais es-tressante e a corrida ajuda como válvula de escape. ‘Nos meus treinos durante a semana, aproveito para me organizar mentalmente em relação ao trabalho, e, durante os finais de semana, quando vou para o mato, con-sigo me desligar quase 100% dos problemas do quotidiano. Meu humor é bem melhor desde que iniciei no esporte.”

Para os colegas que desejam praticar esse esporte, ele informa que há vários clu-bes e assessorias esportivas que ajudam o iniciante, mas, “na minha opinião, cada um tem que achar a sua ‘corrida’, ou seja, algo que te faz bem e quebre a pesada rotina. Caso queiram ir para as montanhas, Minas Gerais é o lugar perfeito! Temos várias op-ções de trilhas para todos os tipos de con-dicionamento e interesse. Basta entrar no Google e pesquisar.”

Cada vez mais, ortopedistas de Minas Gerais estão praticando hobbies curiosos e desafiadores, como forma de aliviar o estresse e manter uma boa

qualidade de vida. Nesta edição, vamos conhecer o hobby do Dr. Rafael Porto, aficcionado por corridas de montanhas e ultramaratonas.

Ele é membro da SBOT, atua como cirurgião de coluna nos Hospitais Lifecenter, Belo Horizonte e São Camilo, na capital mineira. É também

preceptor da especialização do Hospital Belo Horizonte, entre outras atividades.

Haja adrenalina!

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Um estudo independente publicado no JBJS (BR) analisou os registros das Medidas de Desfechos Relatados pelo Paciente (PROMs) de 22.691 substituições totais de joelho primárias.

A marca do implante foi o único fator cirúrgico controlável* a afetar a magnitude das melhoras nas PROMs.

As maiores melhoras – tanto pelo OKS, quanto pelo EQ-5D – foram notadas com o Implante de Joelho NexGen em comparação com todos os outros tipos de implante1.

Embora o efeito de fatores cirúrgicos fossem menores do que os de fatores de paciente, o efeito da marca NexGen sobre as melhoras nas PROMs foi estatisticamente significativo (P <0,001)1.

Mudar a marca do implante para NexGen também demonstrou aumentar as melhoras nas PROMs. Partridge et al. relataram que as melhores médias no OKS aumentaram 2,4 pontos após uma mudança de implante para a marca NexGen3.

NexGen Marca 1 Marca 2 Marca 3 Marca 4 Outras

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nee

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re [-

]

17,0

16,5

16,0

15,5

15,0

14,5

14,0

13,5

13,0

#1

Medidas de Desfechos Relatados pelo Paciente por marca2

*Fatores controláveis são quaisquer fatores influenciáveis pelo controle do cirurgião.

1. Baker, P.N., et al. The effect of surgical factors on early patient-reported outcome measures (PROMs) following total knee replacement. J Bone Joint Surg Br. 2012;94:1058.2. Gráfico produzido a partir dos números apresentados no Baker paper JBJS Br (2012) (nº 1, acima). Trata-se de uma representação pictórica da tabela que se encontra no artigo. 3. Partridge, Thomas et al. Improving Patient Reported Outcome Measures in Total Knee Replacement by Changing Implant: A Quality Improvement Project. EFORT #3259 2015.

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