orientaÇÕes para o perÍodo de isolamento social · o efeito, ou seja, se a criança cumprir...
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2020
INSTITUTO DE PSICOLOGIA VILA GUILHERME Equipe especializada em avaliação e intervenção comportamental
ORIENTAÇÕES PARA O PERÍODO DE ISOLAMENTO
SOCIAL Divulgação e compartilhamento permitido citando as autoras.
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SUMÁRIO
PARA QUEM E PARA QUÊ ............................................................... pág 03
ORIENTAÇÕES PARA O PERÍODO DE ISOLAMENTO ................ pág 04
1) Manutenção da Rotina Diária .................................................... pág 04
2) Estratégias para Manutenção da Rotina ................................... pág 04
3) Atividades Fundamentais ........................................................... pág 05
4) Atividades Opcionais ................................................................... pág 05
5) Manejo do Comportamento ......................................................... pág 06
6) Estratégias de Prevenção de Comportamentos Inapropriados.. pág 07
7) Higiene do Sono ........................................................................... pág 07
8) Manejo das Emoções .................................................................... pág 08
ANEXO .................................................................................................. pág 10
Dicas de atividades .......................................................................... pág 10
Quadro de Rotina ............................................................................. pág 16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................... pág 17
AUTORAS ............................................................................................. pág 17
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PARA QUEM E PARA QUÊ
Essa cartilha contém orientações psicológicas e de saúde mental e foi escrita para pais com o objetivo de dar suporte à mudança de rotina das crianças e adolescentes em
função do isolamento social devido à Covid-19.
Em especial, aos pacientes e suas famílias que tiveram suas terapias interrompidas e que precisam lidar com os desafios do isolamento além de outras medidas
em prol da saúde pública.
Vale ressaltar que o conteúdo dessa cartilha é geral e amplo, sendo necessárias adaptações ou modificações para cada caso em particular. Essas adaptações e outras
orientações mais específicas são de responsabilidade da equipe ou do profissional de saúde responsável que faz o acompanhamento da criança/ adolescente.
E, por fim, fica aqui nossa lembrança de que o cuidado e atenção com a saúde
mental é fundamental para todos os membros da família, independente de transtornos psiquiátricos diagnosticados. Estamos vivendo uma situação social a nível mundial que gera stress, medo e ansiedade, favorecendo o adoecimento psicológico caso não se tomem
medidas preventivas. Os pacientes já em acompanhamento são apenas um elo no círculo familiar. Então pais, irmãos, avós, tios, vamos todos nos cuidar: elos fortalecidos geram um círculo saudável e equilibrado.
Boa quarentena!
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ORIENTAÇÕES PARA O PERÍODO DE ISOLAMENTO SOCIAL
1) Manutenção da Rotina Diária: deve-se manter a rotina o mais próximo possível da rotina
normal da família (os dias de escola e de trabalho), o que significa manter os horários de dormir e acordar, do banho, das refeições, atividades escolares no horário em que se estaria na escola e os fins de semana para atividades mais livres. Essa manutenção da
rotina permite que, além de facilitar a adaptação quando as atividades forem retomadas, a prevenção de dissonâncias cognitivas e estados emocionais decorrentes dessas que são comuns a uma situação de isolamento, tais como: perda de noção do tempo/ espaço,
despersonalização e desrealização, irritação, depressão, comportamentos compulsivos dentre outros.
2) Estratégias para manutenção da rotina: quadro de rotina simples (manhã, tarde e noite)
ou semanal (com todos os dias da semana, incluindo os finais de semana). Aqui incluir os dias em que as atividades fundamentais citadas abaixo. O quadro de rotina pode ser estático (impresso ou escrito/desenhado) em que não é possível se fazer muitas alterações
ou dinâmico em que as atividades são móveis. Recomenda-se o modelo dinâmico, pois permite algumas flexibilizações sejam feitas ocasionalmente, apenas destacando que as flexibilizações devem ser ocasionais e relativas a atividades extras ou a horários das
atividades fundamentais, mas não se deve pular ou eliminar uma atividade fundamental.
arquivo disponível ao final do doc
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3) Atividades fundamentais: autocuidado (vestir-se, higiene pessoal, alimentação) devem
estar incluídos na rotina; atividades de movimento duas vezes ao dia por
aproximadamente uma hora cada– essas atividades devem ser em intensidade moderada a vigorosa para melhor atender às necessidade de movimento da criança (sugestões de atividades estão listadas abaixo); atividades escolares: mesmo que ainda não haja muitas
atividades de mesa no currículo atual, deve-se utilizar o horário que a criança estaria na escola para fazer atividades comuns à rotina da escola (desenho, pintura, pontilhados, recortes/ colagem etc); brincar livre e junto com os pais: estar com brinquedos ou
materiais não estruturados (massinha, papel, tinta, madeira etc) e brincar com esses somente sem a presença de eletrônicos; comunicação entre amigos e familiares: diariamente é importante que se faça ligações para amigos ou familiares, para
manutenção de vínculo e de contato social que são importantes. 4) Atividades opcionais: uso de eletrônicos, festinhas de aniversário virtuais, comemoração
de datas festivas como páscoa, cozinhar junto com adulto, fazer a limpeza de cômodos da
casa, cuidar de plantas ou animais. Passeios rápidos de carro e caminhadas breves nas proximidades de casa devem ser avaliadas caso a caso e seguir as determinações do Ministério da Saúde.
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5) Manejo de comportamento: com a manutenção da rotina, o comportamento tenderá em geral manter-se mais equilibrado. Entretanto, momentos de oscilação de humor são
esperados e fazem parte da dinâmica do dia-a-dia, por isso, ter combinados ajuda na expressão das emoções sem prejuízo da confiança relações interpessoais ou da autoconfiança da criança.
a) Combinados: regras da casa ou de comportamento, assim como a rotina, são fundamentais às crianças por oferecerem clareza e previsibilidade na rotina, isso além de aumentar a confiança da criança nos seus cuidadores, proporciona organização interna
e, consequentemente, autoconfiança. E a falta de clareza nas regras e combinados gera o oposto disso. Da mesma forma que o quadro de rotina, as regras da casa e dos comportamentos adequados, devem estar visíveis se possível combinado uma palavra ou
frase curta com uma imagem correspondente para que a criança não-alfabetizada possa associar a regra à imagem. b) Preferências: faz-se uma lista de preferências da criança (comestíveis, passeios,
brincadeiras, atividades com os pais, brinquedos, usos de eletrônicos) que servirá de recompensa para seu seguimento das regras da casa ou para os comportamentos desejados. Lembrar de 1. Sempre cumprir o combinado, caso contrário, essa tática perde
o efeito, ou seja, se a criança cumprir parcialmente, a recompensa também é parcial, mas deve existir; 2. Colocar as recompensas em graus de intensidade de preferência e escolher as de maior preferência para os fins de semana em que a criança cumpriu a maior parte das regras; 3. Permitir a escolha de acordo com a idade da criança, pois a escolha em si
já é um evento que se torna reforçador. Além disso, podemos pensar em algumas estratégias de prevenção de comportamentos
inadequados em casos especiais como por exemplo, crianças dentro do espectro autista. Fonte: Instituto Farol – Curso de Prevenção de Comportamentos inadequados e agressivos.
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6) Estratégias de Prevenção de Comportamentos Inapropriados
a) controlar o ambiente:
ex.: fechar a porta do quarto na hora da estimulação, tirar um pote de biscoito da visão etc.
b) fazer aproximações sucessivas:
ex.: fazer as coisas aos poucos. Ir alterando de 5 em 5 min o hs do almoço, ou de dormir c) responder a sinais precoce do problema;
ex: perceber se a criança está dando sinais de que vai ter um comportamento inadequado
e responder a isso antes que o inadequado aconteça. d) Mudar a forma como responde a criança:
ex.: dar escolhas antes de dizer não;
e) se antecipar a fatores ambientais:
ex.: sono, fome, sensibilidades, cansaço ou doenças. Antecipar o almoço ou o lanche
f) usar antecedentes visuais ou auditivos:
ex.: usar calendários de transições, colocar um imagem com x vermelho no pote de biscoito antes do almoço e tirar na hora do lanche.
7) Higiene do sono: nosso relógio biológico precisa de mais ou menos ajuda para adormecer. Para crianças que tem dificuldade em “desligar”, higiene do sono deve ainda ser mais criteriosa. Essa higiene consiste em aumentar a preparação do ambiente que sinalizará ao cérebro que está chegando a hora do sono. Naturalmente, a produção de melatonina
(hormônio do sono) já se inicia quando o sol se põe, entretanto, devido ao uso de eletrônicos que contém luz branca, o cérebro retarda a produção do hormônio do sono.
a) Restringir o uso de todo e qualquer eletrônico no período da noite ou até, no mínimo, 2
horas antes do horário da criança dormir; b) Deve-se evitar atividades físicas no período da noite, dando preferência às atividades sensoriais (dicas abaixo), contação de histórias, jogos de tabuleiro e brincadeiras de faz-de-
conta. Vale a ressalva que as atividades físicas devem fazer parte da manhã e da tarde, pois isso é parte fundamental para o equilíbrio hormonal;
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c) Alimentos de fácil digestão e com baixo índice glicêmico (pouco açúcar e derivados).
8) Manejo de emoções: as emoções fazem parte da nossa evolução e são reações programadas biologicamente e que tem a função de aprender sobre o ambiente que vivemos para melhor nos adaptarmos a ele. Em outras palavras, não se reprime emoções, mas se
aprende a maneja-las. Essa aprendizagem não é natural, então precisamos ensinar às crianças desde o básico (reconhecer e nomear as emoções até o mais complexo que é como lidar com cada uma delas). Seguem algumas recomendações básicas:
a) Nomeação: diante de uma emoção forte da criança (raiva, choro, alta excitação de alegria, medo etc), deve-se dar o nome para a criança: “nossa! Quanta alegria você parece estar sentindo”, “você grunhindo, parece que está com raiva”. A nomeação é a base da educação
emocional e é comum vermos famílias não se preocuparem com isso por acreditam que isso se aprende automaticamente, mas não se aprende. O que mais há em consultórios de psicologia são adolescentes ou adultos que não sabem dizer o que estão sentindo.
b) Validação: todas as emoções são válidas ou importantes. Não tem emoção feia, má ou boba. Quando a criança estiver sob forte emoção, deve-se dar a ela um espaço para sua expressão e quando ela quiser falar, ouvir o que tem a dizer. Não se deve dizer que a criança está feia
porque está brava ou boba porque está com medo. Ouvir que está feia ou que é boba quando está emocionada afeta a maneira como a criança se vê e um autoconceito distorcido de si pode acarretar sintomas de ansiedade, depressão ou desvios de conduta futuramente. Todo mundo tem medo e fica com raiva e a criança só vai aprender a respeitar as demais pessoas
se for respeitada.
c) Expressão e conscientização: cada emoção exige um tipo de expressão. A tristeza é uma emoção que pede recolhimento e encontra expressão no choro ou no abraço. A raiva é uma
emoção de ação, pede movimento vigorosos ou gritos. Aqui vale ter um espaço para a criança se expressar, um canto com almofadas e bichos de pelúcia para que bata neles quando estiver zangado ou os abrace quando estiver triste. O medo é uma emoção que dispara imagens
mentais que o intensificam, então falar sobre o medo, brincar com ele, dizer que o zumbi ou monstro que a criança está com medo está com mal hálito e dente sujo “eca que nojo, monstro! Vai escovar esse dente! Vai ficar com dor de dente, hein, monstro?”.
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Após a expressão adequada de cada emoção, voltar a criança ao evento que desencadeou a emoção e então conversar a respeito. É importante lembrar: no pico da emoção, não se pensa
com clareza, o cérebro que planeja e que comanda a linguagem (córtex pré-frontal) está inativo, então não adianta falar muito, esperar a emoção esfriar para então conversar.
d) Sempre agir assim? Não. Assim como nos adultos, as emoções têm intensidades diferentes
e todas essas recomendações dizem respeito a explosões emocionais, aquelas em que se vê que a criança está claramente fora de si. Emoções de baixa intensidade podem acontecer o tempo todo, para essas, estratégias lúdicas são as mais indicadas. Exemplo: A criança ficou
um pouco brava por não achar um brinquedo, cruza os braços e faz grunhidos. Ao ver isso, ao invés de criticar que ficou bravo de novo, é só olhar pra ele e dizer “ouvi um leão aqui! Roaarrr! Eu sou uma leoa e vou morder esse leão! Nhac nhac nhac” e fazer cócegas na
criança. Com a tristeza, dar um abraço apertado e fazer o som de pum e dizer “não abraça a mamãe forte que a mamãe solta pum”. Em ambos os exemplos, a ideia é provocar o riso, pois muitas vezes essas “pequenas emoções” são tensões devido a um acúmulo de frustrações
(tédio, privação em casa etc) e o riso cumpre a função de aliviar a tensão.
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Fonte: @tempojunto
Fonte: @pinterest
ANEXO
DICAS DE ATIVIDADES
Todas as atividades abaixo podem ser adaptadas a qualquer idade e adicionadas de elementos lúdicos para maior engajamento, por exemplo: o circuito pode ser um treino de habilidades do
personagem favorito; o brinquedo favorito pode participar da brincadeira etc.
MOVIMENTO:
1) Andar em cima de almofadas;
2) Jogar bola, atirar bola num cesto/ bacia, fazer boliche com blocos ou garrafas de boliche
chutando a bola com o pé;
3) Caminhar sobre uma linha;
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4) Pular de diversas formas: com os dois pés juntos, alternando os pés, com um pé só. Aqui dá para se jogar amarelinha ou elástico que já tem essa função;
5) Pular no sofá ou na cama e saltar no chão forrado de almofadas;
6) Levar alguns sacos de feijão e arroz para dentro de uma caixa e depois empurrar ou puxar a
caixa para um lugar marcado;
7) Rolar no chão de um lado para outro;
8) Enrolar a criança num cobertor e depois puxar, enrolando-a;
9) Pedir para a criança puxar cadeiras, fazendo um túnel, e depois passar por baixo ou por cima;
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10) Corrida de batata: jogo com duas pessoas (crianças a partir de 5 anos)- cada jogador tem um certo número de batatas (ou balões com água) e devem colocar uma batata entre os joelhos ou entre as coxas e andar o mais rápido que puder em direção a um ponto de chegada e deixá-la
em uma tigela ou cesta. Se a batata cair no caminho, você precisa voltar ao início e tentar novamente. O vencedor é aquele que ficar sem batatas primeiro.
11) Carrinho de mão: segurar as pernas da criança para o alto e pedir que ande com as mãos
até um ponto marcado;
12) Fazer pilhas de almofadas de diversos tamanhos e pedir para que empurre as mesmas;
13) Escolher uma música animada e inventar uma coreografia ou fazer a coreografia da mesma (se houver) com diferentes velocidades. Isso pode ser feito diante de um espelho, que pode ser mais engraçado e estimula a imitação na criança;
14) Fazer circuitos: por exemplo pegar uma bola no sofá, pular do sofá, correr até a parede, passar por debaixo da cadeira (ou de uma cabaninha com duas cadeiras) e jogar a bola num balde/ bacia ou cesto;
15) Pista de obstáculos: inclua vários movimentos (pular, engatinhar, andar em uma linha com um pé, ziguezague etc.). Por exemplo: bambolê para pular; fita adesiva para formar linhas de várias formas para andar de maneiras diferentes; travesseiros para pular; fio esticado entre dois objetos (por exemplo, cadeiras) para rastejar; cobertores ou tapetes para rolar e copos ou
garrafas de plástico como obstáculos para criar um caminho em zigue-zague;
16) Amarre uma linha em um balão (bexiga) e prenda com uma fita adesiva numa parede uma altura que permita desafiar a criança a pular várias vezes para alcança-lo. Também pode-se
colocar alturas diferentes, com pontuações crescentes para os que estão mais no alto, aumentando o desafio para as crianças, além de estimularem a contagem de pontos (de acordo com a idade);
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SENSORIAIS:
1) Areia natural ou sintética ou massinha de modelar: modelar pessoas, animais, castelo, criar
histórias;
2) Água e sabão: criar espuma e passar de um pote (diferentes tamanhos) para outro, utilizando utensílios domésticos como concha, peneira; fazer uma espuma espessa e brincar no box ou no
azulejo do banheiro para fazer desenhos (aqui é possível colocar um pouco de tinta guache na água para que a espuma fique um pouco colorida; bolhas de sabão;
3) Tinta guache: pintar azulejos de parede ou do chão mesmo, ou ainda colar papeis na numa parede para que a criança pinte;
4) Ingredientes de cozinha: grãos, farinhas etc para a criança pegar com as mãos tanto para ajudar a preparar receitas, mas também para explorar livremente, colocar em garrafas, colocar
farinha de trigo na mão e soprar;
5) Slime: aqui pode-se tanto fabricar em casa quanto comprar pronta, a ideia é mexer com a slime, fazer bolhas, colocar em potes para provocar o som de pum, colocar bonecos de plástico
que ficarão presos na bolha gigante etc;
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6) Materiais não-estruturados: galhos, barbante, folhas, papéis diversos. É possível construir brinquedos ou personagens, excelente para soltar a imaginação;
7) Cabaninha: fazer uma cabana com lençol ou de outra maneira, levar almofada, pelúcias,
lanterna e contar histórias lá dentro, com muitos efeitos sonoros (chocalho, lata para som de passos ou de cavalo etc);
8) Rede: se possível, encontrar um lugar para armar uma rede para se balançar.
Lembre-se de que todas as atividades devem ser ricas de faz-de-conta, personagens favoritos etc para que haja maior engajamento por parte da criança.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAMINHA, M.G. (2011). Intervenções e treinamento de pais na clínica infantil. Porto Alegre: Sinopsys.
GERSHOFF, M.K. (2002). Corporal Punishment by Parents and Associated Child Behaviors and Experiences: a meta-analytic and theoretical review. Psychological Bulletin, 128(4), 539-579.
SELLA, A.C. & RIBEIRO, D.M. (2018). Análise do Comportamento Aplicada ao Transtorno do Espectro Autista. Curitiba:
Appris.
SIDMAN, M. (2009). Coerção e suas implicações. Campinas: Livro Pleno.
SKINNER, B.F. (2003). Ciência e comportamento humano. São Paulo: Martins Fontes.
AUTORAS
Isabela Queiroz de Oliveira – Psicóloga CRP 06/113854 Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional
Pós-Graduanda em Análise do Comportamento Aplicada ao Autismo e Deficiências Intelectuais Pós-Graduanda em Terapia Cognitivo-Comportamental de Crianças e Adolescentes
Roberta Alexandre Penitente CRP 06/73227 Especialista em Psicologia Clínica
Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional Pós-graduada em Educação na Perspectiva do Ensino Estruturado de Autistas
Pós-graduada em Terapia Cognitivo- Comportamental de crianças e adolescentes Pós-Graduanda em Análise do Comportamento Aplicada ao Autismo e Deficiências Intelectuais
Pós-Graduanda em Intervenções Precoces no Autismo