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Orientações e Alertas para a Prevenção

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Orientações e Alertas para a Prevenção

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Introdução

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O suicídio é considerado um gran-de problema de saúde pública e deve ser encarado como tal pela sociedade e profissionais de medicina. Segun-do dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), são 11 suicídios a cada 100 mil habitantes no mundo, sendo que a maioria foi estimulada pela situ-ação financeira da vítima.

Os homens suicidam-se mais que as mulheres (porém as mulheres tentam mais!). A cada 40 segundos, uma pes-soa morre de suicídio no mundo, es-pecialmente na Índia, China, Estados Unidos, Rússia, Japão, Coreia do sul e Paquistão, que ocupam as primeiras colocações da lista de suicídios, segun-do o órgão.

Há um grande tabu sobre a forma de lidar com a questão, mesmo nos dias de hoje. Em algumas religiões, como a judaica, os suicidas são considera-dos assassinos e enterrados em outros locais, longe das sepulturas dos fami-liares. Mesmo hoje em dia ainda é bas-tante difícil abordar o tema livremente e ampliar a conscientização da popula-ção.

A prática pode ser relacionada com as desordens mentais, que são eleva-das com o consumo de álcool e a de-pressão. A perda de alguém a quem se ama, ter sofrido por abusos marcan-tes, traumas de diversas naturezas e o estresse socioeconômico também são relevantes nas causas do suicídio.

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Com o objetivo de conscientizar, pre-paramos este material especial como um alerta aos familiares, e até mesmo às pessoas com sofrimento emocional. A cada dia, orgãos do mundo todo têm concordado que observar os sinais rele-vantes, especialmente em pessoas que já possuem fatores de risco, pode fazer a diferença entre a vida e a morte.

Portanto, conheça os sinais e as medi-das que devem ser tomadas, caso indí-cios de suicídio iminente sejam iden-tificados em alguém próximo a você. Geralmente, uma pessoa em fase emo-cional crítica não consegue encontrar solução para suas questões íntimas, e acaba sucumbindo ao suicídio.

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Vontade de morrer: os sinais

mais comuns de suicídio

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O perfil de suicida mais conhecido é aquela pessoa que passou por uma ex-periência muito traumática e não con-segue lidar com ela. Apesar dessa afir-mação ser real, há muitas outras causas que podem resultar nesse comporta-mento radical.

Cada vez mais frequente em pessoas abaixo dos 30 anos, o Brasil é o oitavo país com mais suicídios no mundo, se-gundo a Organização Mundial de Saú-de (OMS). Essa colocação é um alerta sobre a falta de medidas de conscien-tização e prevenção desse comporta-mento.

Conheça agora os sinais de um po-tencial suicida para que você fique em

alerta e possa contribuir para a manu-tenção da vida de outro indivíduo.

Isolamento e muita tristezaQuando uma pessoa está sempre apa-rentando uma profunda tristeza (ao ponto de evitar convívio social e assim isolar-se) pode-se inferir um possível quadro de depressão, como também possíveis chances para o suicídio.

Geralmente, essas pessoas perdem a vontade de fazer qualquer coisa, até mesmo as que lhe davam prazer. O indivíduo geralmente não consegue identificar que está passando por um transtorno.

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Alteração comportamentalPensamentos suicidas geram mudan-ças de comportamento. Essas altera-ções podem envolver a procura de drogas e outros impulsos, como dirigir em altíssima velocidade. O descuido da aparência e mudanças nos hábitos de higiene e vestimenta também são recorrentes em casos de baixa autoesti-ma e pensamentos negativos constan-tes.

Resolver pendênciasQuem está pensando em suicídio mui-tas vezes tem interesse em resolver suas pendências com terceiros, como quitar uma dívida, fazer testamentos,

distribuir seus objetos pessoais e pedir perdão àqueles que receberam algum tipo de dano ou sofrimento. Age como se estivesse se despedindo, até mesmo escrevendo cartas em que relata seus sentimentos.

Muita calmaPessoas que passaram por traumas e dramas muito intensos podem apre-sentar sentimentos igualmente fortes e difíceis de controlar. Mas, quando esse indivíduo começa a agir com calma incomum, sem se preocupar com as circunstâncias da vida, ela pode ter de-cidido morrer. Do ponto de vista dessa pessoa, ter a solução para os seus pro-blemas não seria mais necessário.

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Informar o interesse em suicídioA maior parte das pessoas que quer se suicidar relata esse desejo a alguém. Mesmo que surja em forma de ame-aças, esse pensamento se torna recor-rente e cada vez mais possível para o suicida. Conversas informais podem revelar alguns detalhes dos planos de quem deseja cometer o suicídio.

As frases de alarme mais comuns po-dem vir em forma de um pedido de-sesperado de ajuda. Portanto, fique atento se ouvir alguém dizer: “não aguento mais”, “quero morrer”, ou “te-nho vontade de sumir”. Ao menor sinal de depressão ou de falta de interesse

em viver, é importante procurar ajuda médica e profissional para amenizar os sintomas e as consequências da tristeza profunda, entre outros fatores que pos-sam gerar atitude radical.

Drogas e álcoolDe acordo com estudos, de todas as pessoas que já tentaram ou cometeram suicídio grande parte apresentava si-nais de problema mental ou estava sob o efeito de drogas. Quando esses dois fatores são combinados, ou seja, quan-do a pessoa tem qualquer transtorno psiquiátrico e faz uso de bebidas alco-ólicas ou outro tipo de droga, a atenção deve ser redobrada. Segundo estudos, a depressão somada ao consumo de

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álcool é uma das principais causas de morte no mundo.

Depressão graveNem todos os casos de depressão le-vam o indivíduo a pensar em suicídio. No entanto, é preciso estar atento às situações em que haja depressão grave. Quadros em que a pessoa não demons-tra interesse por nada - nem pela pró-pria vida e ou pela vida dos outros.

Cenários em que o mundo deixa de ser colorido e passa a ser preto e branco. Nestes casos, as chances de suicídio são extremamente altas, pois a pessoa real-mente acredita que a sua vida não tem mais solução.

Em alguns momentos, a vontade de morrer pode afetar pessoas muito jo-vens e, dada as limitações que a rotina moderna vem trazendo no relaciona-mento das famílias, pode ser muito difícil perceber o que leva adolescentes a tomarem uma atitude tão extrema.

Se você tem filhos e teme pelo bem--estar deles, veja as nossas próximas orientações que irão te ajudar a anali-sar situações diárias que podem indi-car problemas com um adolescente.

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Suicídio na adolescência:

saiba como prevenir

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Dados do Boletim Epidemiológico de Tentativas e Óbitos por Suicídio no Brasil, do Ministério da Saúde, que analisou as mortes por suicídio no pe-ríodo de 2011 a 2015, revelam que o ín-dice de autocídio entre os jovens, nesse período, cresceu 12% no país. Essa é a quarta maior causa de mortes na faixa dos 15 a 29 anos, no Brasil.

A adolescência é uma fase em que a ca-

beça do jovem está repleta de dúvidas e questionamentos. Muitas vezes, ele se perde entre a confusão e a ansiedade, comuns na transição da infância para a vida adulta. Nesse momento, a pressão para se ajustar aos padrões, e a sexua-lidade à flor da pele, geram sensações fortes que podem ser perigosas.

Vamos compreender melhor o proble-ma a seguir.

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Mas afinal, por que nossos

jovens se suicidam?

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A maioria dos adultos pouco se lembra da adolescência e acaba dando pouca importância àquilo que os filhos estão passando. Mas é importante lembrar que, o que pode ser visto como algo sem importância pode levar um jovem a buscar um trágico escape. Conheça, abaixo, alguns fatores relacionados ao suicídio entre os jovens:

Distúrbios psicológicos, como de-pressão ou transtorno bipolar;

Uso de drogas;

Sentimento de angústia e desespe-rança;

Abuso físico ou psicológico;

Falta de percepção (real ou imagi-nária) de apoio ou suporte fami-

liar;

Baixa tolerância às frustrações;

Questionamentos, culpa ou ina-dequação no desenvolvimento da sexualidade;

Homossexualidade, ou qualquer outra orientação sexual sentida como inapropriada;

Casos de suicídio na família.

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Saiba identificar os sinais

associados ao suicídio na adolescência

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A grande maioria das tentativas de sui-cídios, entre os 14 e 15 anos, é resultado de quadros depressivos. E, mesmo que esses sinais não sejam tão aparentes, é importante que os pais estejam atentos ao comportamento dos filhos. Fique alerta, caso algum parente jovem ou conhecido apresente os seguintes com-portamentos. Associados, eles podem indicar uma possível tentativa de auto-destruição. São eles:

Isolamento da família e amigos;

Falta de interesse na vida;

Alterações de comportamento;

Baixa autoestima;

Dificuldades para dormir;

Mudanças de peso/alimentação;

Dificuldade de concentração;

Sentimentos de angústia ou deses-perança;

Falar sempre em morte ou em “su-mir/fugir”.

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Como ajudar alguém com

comportamen-to suicida?

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É importante ressaltar que muitas mortes por suicídio poderiam ser evi-tadas, caso os indícios de comporta-mento suicida fossem identificados precocemente. Como vimos, a pessoa que comete suicídio dá sinais prévios ao ato. Por isso, os próximos podem agir para ajudá-la na manutenção da própria vida e no restabelecimento da saúde mental. Veja como!

Ligue o sinal de alertaEsteja sempre atento ao comportamento das pessoas que convivem com você, seja um amigo, um colega ou familiar. Fique atento caso você perceba as alterações

comportamentais que falamos acima!

Esteja perto e acolhaPor mais que as atitudes da pessoa pareçam estranhas, procure não se distanciar dela. Esteja sempre por perto, mostre que se importa e pro-cure acolhê-la em suas inseguranças e limitações. Esqueça os julgamentos e acusações. O afeto e a empatia podem facilitar a aproximação e melhorar o emocional do indivíduo..

Dê valor ao diálogoUma pessoa com comportamento sui-cida costuma se isolar, porém, se ela se sentir à vontade para conversar com você, dê abertura para que ela fale. Es-

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cute sem preconceito. Seja claro e sen-sível nas suas opiniões, evitando qual-quer tom de sermão.

Acredite nas ameaças de suicídioBoa parte das pessoas não leva as ame-aças de suicídio a sério. De fato, nem toda ameaça tem um desfecho trágico. Nem todos que dizem que vão tirar a própria vida o fazem, no entanto, isso pode acontecer! Sendo assim, é melhor acreditar e fazer algo para que isso não aconteça.

Não encare as ameaças como uma simples tentativa de chamar a atenção. Aja! Como a maioria dos suicídios cor-responde a atos impulsivos, uma boa

forma de evitá-los é retirar do alcance dessa pessoa comprimidos, facas, ar-mas e outros instrumentos perigosos.

Procure ajuda especializadaNão tente resolver o problema sozinho. Ao notar que alguém possivelmente está prestes a cometer suicídio, sugi-ra o acompanhamento profissional de um psiquiatra ou psicólogo. Caso você tenha disponibilidade, se ofereça para acompanhar essa pessoa na consulta.

Alguns métodos podem ser muito po-sitivos para a vida de quem está so-frendo, como sessões de psicoterapia e, se necessário, medicamentos anti-depressivos. Com essas ferramentas, a

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depressão pode ser combatida, a ansie-dade controlada e o comportamento suicida superado.

Não ignore seu filhoAo menor sinal de que algo não está indo bem com os filhos, você deve buscar ajuda profissional. A terapia fa-miliar e individual são meios eficazes para controlar a tristeza aguda do ado-lescente.

O terapeuta e o psiquiatra são os espe-cialistas recomendados para o acom-panhamento de adolescentes que de-monstram insatisfação com a vida. E, mesmo que seu filho não queira ir a uma consulta, ou diga que está tudo bem, tenha em mente que pensamen-

tos suicidas vão e vem.

Com a ajuda profissional, é possível mapear os transtornos que possam gerar a autodestruição de uma vida e oferecer os melhores caminhos para que a pessoa encontre mais satisfação e prazer em viver.

Espero que você tenha gostado desse material e que ele possa ser útil para a manutenção de vidas de pessoas com sofrimento mental.

Se você precisa de ajuda profissional, não demore em me contactar.

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