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Orientações estratégicas europeias para o fortalecim
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etas de Saúde 2020
Escritório Regional da OMS para a EuropaA Organização Mundial da Saúde (OMS) é uma agência especializada das Nações Unidas, criada em 1948 com responsabilidade principal para os assuntos internacionais de saúde e de saúde pública. O Escritório Regional da OMS para a Europa é um dos seis escritórios regionais em todo o mundo, cada um com o seu próprio programa orientado para as condições específ icas de saúde dos países em que actua.
Estados-membroAlbâniaAndorra ArméniaÁustriaAzerbaijãoBielorrússia BélgicaBósnia e Herzegovina BulgáriaCroáciaChipreRepública Checa DinamarcaEstóniaFinlândiaFrançaGeórgiaAlemanhaGréciaHungriaIslândiaIrlandaIsraelItáliaCazaquistão QuirguistãoLetóniaLituâniaLuxemburgoMaltaMónacoMontenegroHolandaNoruegaPolóniaPortugalRepública da Moldávia RoméniaFederação RussaSão MarinoSérviaEslováquiaEslovéniaEspanhaSuéciaSuíçaTajiquistãoAntiga República Jugoslava da Macedónia Turquia Turquemenistão UcrâniaReino Unido Uzbequistão
Escritório Regional da Organização Mundial da Saúde para a Europa
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Orientações estratégicas europeias para o fortalecimento da Enfermagem
e Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica em relação às metas
de Saúde 2020
Ficha Técnica:
Título: «Orientações estratégicas europeias para o fortalecimento da Enfermagem e Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica em relação às metas de Saúde 2020» – do original: European strategic directions for strengthening nursing and midwifery towards Health 2020 goals
Tradução: Dr.ª Maria do Céu Sérgio Ferreira, no âmbito do protocolo de cooperação assinado entre a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e a Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros – Mandato 2012/2015
Revisão técnica: Enf.ª Isabel de Jesus Oliveira, Presidente do Conselho Directivo da Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros – Mandato 2012/2015
Revisão por comparação: Dr.ª Elisa Fontenete – Alphatrad Portugal, Unipessoal Lda.
2.ª Revisão técnica: Enf.ª Graça Silveira Machado, Vice-presidente do Conselho Directivo e Responsável Política pelas Relações Internacionais da Ordem dos Enfermeiros – Mandato 2016/2019; Enf.ª Ana Fonseca, Presidente do Conselho de Enfermagem – Mandato 2016/2019; Enf.º Rui Gonçalves, Vice-presidente do Conselho de Enfermagem – Mandato 2016/2019
Revisão literária após paginação: Dr.ª Márise Oliveira
Paginação: ArteMarga, Lda.
ISBN: 978-989-8444-34-9
RESUMO
As Orientações estratégicas europeias para o fortalecimento da Enfermagem e Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica em relação às metas de Saúde 2020 é um documento técnico de orientação destinado aos Estados-membro, apoiado pelo Escritório Regional da OMS para a Europa, para promover e melhorar a contribuição dos/as enfermeiros/as e dos/as Enfermeiros/as Especialistas em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica no atingir das metas da estratégia «Saúde 2020» [Health 2020]. Este documento fornece um quadro estratégico de acção, sendo o primeiro neste género na OMS – Europa. Identifica 12 objectivos, quatro áreas de acção prioritárias e quatro mecanismos facilitadores que alinham as políticas e a prática com a visão da «Saúde 2020», ajudando os Estados-membro a fortalecer a Enfermagem e a Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica no contexto de cada plano nacional.
Palavras-chaveENFERMAGEM
ENFERMAGEM DE SAÚDE MATERNA E OBSTÉTRICAEUROPA
POLÍTICA DE SAÚDESERVIÇOS DE SAÚDE
As publicações do Escritório Regional da OMS para a Europa podem ser pedidas a: Publications WHO Regional Office for Europe UN City, Marmorvej 51 DK-2100 Copenhagen Ø, DenmarkEm alternativa, pode preencher no formulário online pedidos relacionados com documentação, informação sobre saúde, ou autorização para citações ou tradução, no sítio Escritório Regional (http://www.euro.who.int/pubrequest).
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MENSAGEM DA PRESIDENTE DO CONSELHO DE ENFERMAGEM DA ORDEM DOS ENFERMEIROS
A estratégia «Saúde 2020» [Health 2020] (OMS, 2014) é o quadro de referência para as políticas europeias de saúde. Centra-se na melhoria da saúde e bem-estar da população e na redução das desigualdades em saúde, através do reforço da liderança e governança para a saúde. Na «Saúde 2020» é evidenciada a importância dos enfermeiros e dos Enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica (EEESMO) para fazer face aos actuais e complexos desafios e necessidades de saúde em transformação. Efectivamente, nos mais diversificados contextos, estes profissionais têm uma intervenção cada vez mais relevante nos esforços que são empreendidos para enfrentar os desafios em saúde e para garantir o acesso aos serviços de saúde e a continuidade dos cuidados. Quando tidos em conjunto, formam o maior grupo profissional da força de trabalho na saúde e estabelecem contacto próximo e directo com inúmeras pessoas de todos os grupos etários e nos mais variados serviços de saúde. Importa, pois, que a utilização plena do potencial destes insubstituíveis recursos para fazer face às crescentes e cada vez mais complexas exigências das populações no que diz respeito à saúde, seja acompanhada do desenvolvimento do seu conhecimento e das suas competências, bem como da evolução dos modelos de prestação de serviços.
A Organização Mundial da Saúde tem emitido vários relatórios intercalares e resoluções onde é realçado que sistemas de serviços de saúde aperfeiçoados e sustentáveis exigem enfermeiros e EEESMO qualificados, valorizados e devidamente remunerados. Por outro lado, a evidência indica que profissionais saudáveis, com um bom nível educativo, convenientemente apoiados e motivados, melhoram a experiência dos cuidados e os resultados em saúde. A evidência tem mostrado, igualmente, a evolução positiva das práticas de Enfermagem e de ESMO, com efectivos ganhos em saúde, bem como uma melhoria na formação inicial e aumento das oportunidades de desenvolvimento profissional contínuo. Não obstante, continuam a verificar- -se desigualdades, havendo um caminho a trilhar para continuar a mobilizar e a beneficiar dos imprescindíveis contributos dos enfermeiros e dos EEESMO.
O documento que agora se apresenta, Orientações estratégicas europeias para o fortalecimento da Enfermagem e Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica em relação às metas de Saúde 2020, é um documento orientador destinado aos Estados-membro, promovido pelo Escritório Regional da OMS para a Europa, para promover e melhorar a contribuição dos enfermeiros e dos EEESMO na persecução das metas da estratégia «Saúde 2020». Nele é apresentado um quadro estratégico de acção, identificados 12 objectivos, quatro áreas de acção prioritárias e quatro mecanismos facilitadores que perfilam as políticas e a prática com a visão de «Saúde 2020».
A Ordem dos Enfermeiros acredita ser este um importante documento orientador para os enfermeiros e os EESMO portugueses, nos mais variados domínios de actuação, apoiarem a implementação da «Saúde 2020». Assim, dará o seu apoio ao desenvolvimento contínuo destes profissionais e às actividades que contribuam para a promoção, divulgação e implementação de práticas que originem benefícios para as pessoas, famílias e populações.
Ana FonsecaPresidente do Conselho de Enfermagem
da Ordem dos Enfermeiros
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Orientações estratégicas europeias para o fortalecimento da Enfermagem e Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica em relação às metas de Saúde 2020
ÍNDICE
PRÓLOGO ..................................................................................................................................................... 7
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 9
2. TENDÊNCIAS E DESAFIOS DA SAÚDE NA REGIÃO ................................................................... 9
3. RUMO A UMA NOVA ERA .................................................................................................................. 10
3.1. Saúde 2020 .......................................................................................................................................... 10
3.2. Avançar no âmbito do espírito da «Declaração de Munique» ..................................................... 11
4. ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS EUROPEIAS PARA A ENFERMAGEM E ESMO ................ 12
4.1. Áreas prioritárias de acção ............................................................................................................... 14
4.1.1. Desenvolvimento e transformação do ensino e da formação ............................................ 15
4.1.2. Planeamento dos recursos humanos e optimização da combinação de competências .. 15
4.1.3. Assegurar ambientes de trabalho positivos .......................................................................... 17
4.1.4. Promoção de práticas baseadas na evidência e na inovação .............................................. 18
4.2. Mecanismos facilitadores ................................................................................................................. 19
4.2.1. Regulação .................................................................................................................................. 19
4.2.2. Investigação .............................................................................................................................. 20
4.2.3. Parcerias .................................................................................................................................... 21
4.2.4. Gestão e liderança .................................................................................................................... 21
5. IMPLEMENTAÇÃO E MONITORIZAÇÃO DO QUADRO ........................................................... 22
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................... 24
ANEXO 1. ÁREAS PRIORITÁRIAS DE ACÇÃO E LINHAS DE ACÇÃO PROPOSTAS ............... 27
ANEXO 2. MECANISMOS FACILITADORES E LINHAS DE ACÇÃO PROPOSTAS .................. 36
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Orientações estratégicas europeias para o fortalecimento da Enfermagem e Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica em relação às metas de Saúde 2020
PRÓLOGO
«Saúde 2020» [Health 2020], o quadro de referência para as políticas de saúde e bem-estar na OMS – Região Europeia, destaca o papel-chave e cada vez mais importante que os/as enfermeiros/as e os/as Enfermeiros/as1 Especialistas em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica (EEESMO) desempenham no âmbito do esforço desenvolvido pela sociedade para enfrentar os desafios actuais da saúde pública, assegurando a con-tinuidade dos cuidados e dando resposta aos direitos das pessoas e às mudanças nas necessidades de saúde. Os enfermeiros e os EEESMO, considerados em conjunto, constituem o maior grupo profissional da força de trabalho da saúde e mantêm um contacto estreito com muitas pessoas de todas as faixas etárias e em todos os domínios dos serviços de saúde. Para assegurar a concretização plena do potencial deste numeroso e impor-tante recurso, as mudanças nas necessidades de serviços e nas exigências em termos de saúde das populações devem ser acompanhadas por mudanças no conhecimento, nas competências e nos modelos de prestação de serviços utilizados pelos enfermeiros e pelos EEESMO.
O trabalho desenvolvido pelo Escritório Regional da OMS para a Europa mostra que existe trabalho muito bom em curso e demonstra a forma como as práticas de Enfermagem e de ESMO estão a evoluir por toda a região. Há exemplos excelentes de como os enfermeiros e os EEESMO estão a aplicar competências avançadas na sua práti-ca profissional e são, muitas vezes, os profissionais de saúde a liderar a prestação de serviços. Um conceito-chave que está na base do fortalecimento dos sistemas de saúde na «Saúde 2020» é o recurso a uma abordagem de pres-tação de serviços centrada nas pessoas; isto implica que os serviços sejam abrangentes, contínuos, éticos, segu-ros e sustentáveis, e que vão ao encontro das necessidades do indivíduo. A evidência sugere que as iniciativas em termos de mudanças nos serviços que empregam enfermeiros e EEESMO, dotados de competências acrescidas ou avançadas, estão a lidar com muitas questões críticas, nomeadamente percursos clínicos pouco claros ou de-sajustados, funções profissionais fragmentadas, acesso comprometido, descontinuidade nos cuidados e trabalho de interacção deficiente. Um conjunto crescente de evidência mostra que estes novos modelos para os serviços e as práticas de Enfermagem e de ESMO conduzem a serviços com uma boa relação custo-eficácia, centrados nas pessoas e com melhores resultados para o doente. O ensino registou melhorias significativas, com mais enfermeiros e EEESMO a obterem a sua formação inicial ao nível da licenciatura e com oportunidades para o desenvolvimento profissional contínuo, prosseguindo o aperfeiçoamento do seu conhecimento e competências para assegurar que se mantêm aptos para as funções. Contudo, o progresso na região é desigual e ainda há muito por fazer de forma a mobilizar plenamente os contributos destes dois grupos profissionais.
Este documento com orientações estratégicas resulta de um intenso debate, consultas e discussão envolvendo líderes experientes da Enfermagem e da ESMO na Região; trata-se de um documento técnico que estabelece acções concertadas a serem tidas em conta para apoiar a implementação da Saúde 2020 pelos profissionais da Enfermagem e da ESMO. Embora o documento se centre nas práticas de Enfermagem e de ESMO, é re-conhecido, sem margem para dúvida, que estes profissionais trabalham em sistemas de saúde complexos, lado-a-lado com muitos outros trabalhadores que prestam cuidados de saúde e sociais. São fundamentais modelos multidisciplinares e interprofissionais ao nível da educação e da prestação de serviços, de forma a proporcionar cuidados plenamente integrados e centrados nas pessoas.
A equipa do Escritório Regional está empenhada em apoiar o trabalho a nível nacional e regional para asse-gurar o desenvolvimento permanente e a renovação dos profissionais de saúde, sustentados na investigação e na evidência, e vai continuar a apoiar as actividades que promovam, divulguem e implementem práticas inovadoras das quais resultem benefícios para doentes e populações.
Dra. Zsuzsanna JakabDirectora regional da OMS – Europa
1 A partir daqui, qualquer referência no género masculino abrange, de igual modo, o género feminino.
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Orientações estratégicas europeias para o fortalecimento da Enfermagem e Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica em relação às metas de Saúde 2020
1. INTRODUÇÃO
Os enfermeiros e os EEESMO desempenham um papel-chave e cada vez mais importante nos esforços que as sociedades desenvolvem para enfrentar os desafios da saúde pública e para prestar cuidados de saúde seguros (com padrões de segurança e eficiência), de elevada qualidade, eficazes e eficientes. Estes profissionais são vitais para a protecção e melhoria da saúde, no apoio que disponibilizam às pessoas para serem elas próprias a gerir a sua saúde, e ao assegurarem o acesso e a continuidade dos cuidados quando os doentes precisam. Esta dupla abordagem é fulcral para ir ao encontro de necessidades de cuidados de saúde, necessidades essas que se encontram em transformação.
O objectivo deste documento é orientar os Estados-membro no sentido de possibilitar e aumentar o contri-buto dos enfermeiros e dos EEESMO para alcançar as metas da «Saúde 2020», nomeadamente a melhoria da saúde e do bem-estar das populações, a redução das desigualdades na saúde e o fortalecimento da saúde pú-blica, assegurando que os sistemas de saúde são sustentáveis e se encontram centrados nas pessoas. Baseia-se nos valores e princípios subscritos na Saúde 2020: Quadro europeu de políticas e estratégias para o Século XXI [Health 2020: a European policy framework and strategy for the 21st century] (1) e delineados globalmente nas Orientações estratégicas para o fortalecimento dos serviços de Enfermagem e de Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica 2011–2015 [Strategic Directions for Strengthening Nursing and Midwifery Services 2011–2015] (2).
Este é um quadro de acção estratégica, o primeiro no género a ser elaborado na Região Europeia da OMS. Propõe formas para maximizar o potencial da Enfermagem e da ESMO e permite, através de linhas de acção claras, o contributo pleno destes profissionais para a implementação da «Saúde 2020». Identifica 12 objecti-vos, quatro áreas de acção prioritárias e quatro mecanismos facilitadores que alinham as políticas e as práticas com a visão da «Saúde 2020»; além disso, ajuda os Estados-membro a fortalecer a Enfermagem e a Saúde Materna e a Obstétrica, no âmbito do contexto dos respectivos planos nacionais (cf. capítulo 4). Os anexos I e II apresentam uma proposta de plano de trabalho no qual os Estados-membro e as partes interessadas podem trabalhar com o Escritório Regional da OMS na Europa para a implementação das acções necessárias para realizar estes objectivos.
2. TENDÊNCIAS E DESAFIOS DA SAÚDE NA REGIÃO
Os padrões de saúde e doença nos 53 Estados-membro da Região apresentam uma grande variabilidade. Embora nos últimos 20 anos tenham sido reportados ganhos positivos na saúde, nem todos os países registaram melhorias na mesma medida. As iniquidades relacionadas com a saúde verificam-se entre países e populações e também no seio dos países e das populações; essas desigualdades variam de acordo com a etnia, o sexo, o estatuto socioeco-nómico, o nível de educação e a área geográfica. Em 2012, a taxa de mortalidade infantil era, comparativamente com os países mais ricos, nove vezes mais alta nos países mais pobres da Região. Ainda que factores sociais e a educação tenham um impacto profundo nos resultados e nas desigualdades em matéria de saúde, os cuidados de saúde e, portanto, a oferta de profissionais de saúde, têm também um papel significativo (3). Uma má distribuição e carências na força laboral da saúde estão claramente associadas a maus resultados em saúde (4). Esta situação é exacerbada pelo problema crescente da mobilidade e da migração de profissionais de saúde em muitos países, por todo o mundo, incluindo muitos países europeus, o que pode levar a uma sobrecarga dos serviços.
As doenças não transmissíveis são as principais causas de mortalidade e morbilidade na Região e representam 86% das mortes e 77% dos encargos causados pelas doenças (5). As doenças cardiovasculares e o cancro são as doenças mais mortíferas, com as populações desfavorecidas a apresentarem a prevalência e a mortalidade mais elevadas. As doenças mentais também estão a aumentar e são dos factores que mais contribuem para as doenças crónicas na Europa. O número actual de idosos e o seu previsível aumento é uma realidade que levanta desafios especiais aos sectores social e da saúde, pelo que é necessário que os governos prestem apoio às populações, para que estas possam permanecer saudáveis e independentes pelo maior tempo possível. Além disso, mantêm-se como áreas prioritárias a prevenção de doenças transmissíveis, como a tuberculose e o VIH/SIDA, e os surtos de pandemias.
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Orientações estratégicas europeias para o fortalecimento da Enfermagem e Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica em relação às metas de Saúde 2020
No Século XXI, os cuidados de saúde primários continuam a ser o pilar dos sistemas de saúde. O reco-nhecimento dos doentes como parceiros nos seus próprios cuidados, o alargamento do apoio à auto-gestão dos cuidados e soluções centradas na comunidade exigem uma ênfase renovada na necessidade de cuidados de saúde primários eficazes. A inovação ao nível dos cuidados de saúde primários tem de incluir o uso mais alargado das tecnologias de comunicação, apoio à decisão e apoio à distância à saúde e aos cuidados (por exemplo, a possibilidade de doentes com doenças crónicas monitorizarem o seu próprio estado e discutirem, em linha, com os enfermeiros, resultados e intervenções). É importante a integração dos cuidados, proporcionando aos doentes os cuidados de melhor qualidade. A colaboração interprofissional no ensino, na prática e na investigação constitui uma prioridade e é também uma for-ma de estimular o trabalho em equipa e de atenuar as assimetrias e carências nos recursos humanos da saúde (6). A OMS reconhece que a educação interprofissional, em especial, permite práticas colaborati-vas efectivas, factor fundamental para optimizar as competências dos membros da equipa, para a gestão de casos e para melhorar a prestação dos serviços de saúde, levando a uma melhoria dos resultados em saúde.
Provavelmente, a próxima década será um desafio para os Estados-membro, em virtude das consequências da crise económica e financeira internacional e dos problemas permanentes da exclusão social e das desigualda-des em matéria de saúde. A investigação sobre períodos de recessão recentes revela que os maiores impactos se verificam nas questões sociais e da saúde, com as zonas mais pobres a levarem mais tempo a regressar aos níveis anteriores (7).
3. RUMO A UMA NOVA ERA
3.1. Saúde 2020
A «Saúde 2020» é o quadro europeu de políticas para a saúde e para o bem-estar adoptado, em Setembro de 2012, pelos 53 estados que são membros da Região. Visa o apoio a acções a desenvolver transversalmente na governação e na sociedade para «melhorar, de forma significativa, a saúde e o bem-estar das populações, re-duzir as desigualdades em matéria de saúde, fortalecer a saúde pública e garantir sistemas de saúde centrados nas pessoas, que sejam universais, equitativos, sustentáveis e de elevada qualidade» (1). A «Saúde 2020» decor-re das políticas da «Saúde para Todos», incluindo a «Saúde 21» [Health 21] (8), a Carta de Tallinn: Sistemas de Saúde pela Saúde e pela Prosperidade [Tallinn Charter: Health Systems for Health and Wealth] (9) e os Objec-tivos de Desenvolvimento do Milénio da ONU [United Nations Millennium Development Goals] (10). A figu- ra 1 apresenta quatro áreas de actuação prioritárias na «Saúde 2020»; uma delas é fortalecer os sistemas de saúde centrados nas pessoas e a saúde pública. O quadro de políticas está também relacionado inextricavel-mente com a ênfase renovada nos cuidados de saúde primários estabelecida no Relatório sobre a Saúde no Mundo 2008. Cuidados de Saúde Primários – Agora mais do que nunca [The World Health Report 2008. Pri-mary Health Care – Now More Than Ever] (11). O plano de acção europeu Fortalecimento da capacidade e dos serviços de saúde pública [Strengthening public health services and capacity] (12) incide nesta área de actuação – tal como os sistemas de saúde centrados na pessoa (13) – que apresenta produtos e serviços operacionais previstos nos programas do Escritório Regional.
A «Saúde 2020» encoraja abordagens holísticas aos governos e à sociedade, bem como parcerias globais, com o objectivo de enfrentar com sucesso os encargos com as doenças e permitir às pessoas a melhoria do seu estado de saúde, lidando com os determinantes da saúde. Um bom estado de saúde é benéfico para todos os sectores, pois potencia o aumento da produtividade e um envelhecimento mais saudável. O favorecimento da colaboração entre a sociedade civil e as comunidades garante que os sistemas de saúde estão centrados nas pessoas, são abrangentes, acessíveis e integrados e que os cuidados de saúde primários são fortalecidos. A «Saúde 2020» realça o papel fundamental que os enfermeiros e os EEESMO desempenham nos esforços de-senvolvidos pelas sociedades para enfrentar os desafios da saúde pública e para garantir o acesso aos serviços de saúde e a continuidade dos cuidados, bem como na consideração dos direitos das pessoas e necessidades em transformação.
Melhorar a saúde e bem-estar das populações e reduzir as iniquidades em saúde
Melhoria da saúde de todos os cidadãos e redução das desigualdades em saúde
Investimento na saúde através de uma
abordagem de tipo ciclo de vida e capacitação
das pessoas
Enfrentar os principais desafios da Região em
termos de saúde: doenças transmissíveis e doenças
não transmissíveis
Fortalecimento dos sistemas de saúde
centrados nas pessoas, das capacidades da saúde
pública e dos níveis de preparação, vigilância
e resposta dos serviços de emergência
Criação de comunidades resilientes e ambientes
solidários
Melhoria da liderança e da governação participativa na saúde
Met
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Ob
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Orientações estratégicas europeias para o fortalecimento da Enfermagem e Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica em relação às metas de Saúde 2020
Fig. 1. Quadro de políticas da «Saúde 2020»
3.2. Avançar no âmbito do espírito da «Declaração de Munique»
A Declaração de Munique: Enfermeiros e EEESMO: Uma Força para a Saúde [Munich Declaration: Nurses and Midwives: A Force for Health, 2000] (14) foi apenas a segunda declaração política da OMS sobre Enfermagem e ESMO na Região, subscrita por ministros da Saúde. A primeira, a Declaração de Viena sobre a Enfermagem de Apoio aos Objectivos Europeus para Saúde para Todos, 1998 [Vienna Declaration on Nursing in Support of the European Targets for Health for All, 1998] (15), concentrava-se no papel dos enfermeiros e dos EEESMO na prossecução dos objectivos da «Saúde para Todos».
A «Saúde 2020» constitui uma oportunidade para o Escritório Europeu e os Estados-membro retomarem as posições expressas na «Declaração de Munique», que reconhece que os enfermeiros e os EEESMO são uma força importante na saúde pública e intervenientes efectivos dos sistemas de saúde. Apesar das enormes mu-danças socioeconómicas ocorridas ao longo da última década, os princípios realçados pela «Declaração de Munique» mantêm, hoje, toda a sua relevância.
Os enfermeiros e os EEESMO prestam a proporção mais alta de cuidados directos ao doente/cliente, além de terem um contacto próximo com um grande número da população. Neste sentido, os enfermeiros e os EEESMO beneficiam, evidentemente, do facto de conhecerem os determinantes sociais da saúde e de serem competentes nos princípios e nas práticas da saúde pública. Por toda a região, as funções e o âmbito da prática para todos os enfermeiros e EEESMO devem estar focados no apoio a condições para o melhor estado de saúde em todas as idades, na prevenção das doenças não transmissíveis e/ou das suas complicações através da promoção da saúde; na prevenção primária, secundária e terciária; e na capacitação das pessoas para a autogestão dos cuidados e para a mudança dos seus comportamentos em termos de saúde. Além disso, alguns enfermeiros e EEESMO devem ter também formação especializada em saúde pública para trabalharem ape-nas neste campo, a par com outros especialistas neste domínio.
Em termos globais, os enfermeiros e os EEESMO constituem o maior grupo de profissionais de saúde em todos os países e são fundamentais para a prestação de cuidados de saúde de alta qualidade, com segurança, eficazes e eficientes. Existem muitas diferenças entre os países, quer na composição da força de trabalho da saúde, quer no ensino, na regulação e no âmbito da prática da Enfermagem e ESMO.
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Orientações estratégicas europeias para o fortalecimento da Enfermagem e Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica em relação às metas de Saúde 2020
Áreas prioritárias das políticas de saúde tendo em vista a integração dos serviços de saúde e a aplicação da es-tratégia ao longo da vida estão a estabelecer novos requisitos para as práticas avançadas de Enfermagem e de ESMO. Assiste-se também à criação de serviços liderados por enfermeiros e por EEESMO, para aperfeiçoar e tornar o acesso equitativo e proporcionar uma melhor continuidade dos cuidados, bem como para melhorar os resultados no domínio da saúde. O enfermeiro de família (16), figura inovadora lançada pelo Escritório Regio-nal, está especificamente focado na promoção e protecção da saúde das pessoas ao longo do ciclo de vida e na redução da incidência das doenças e lesões mais frequentes e evitáveis e do sofrimento a elas associado.
Os enfermeiros e os EEESMO são considerados elementos essenciais das equipas multidisciplinares e interdisci-plinares, trabalhando para enfrentar os determinantes sociais da saúde, para propiciar um começo de vida sau-dável às crianças, promover a literacia em saúde, capacitar a autogestão dos cuidados, apoiar o envelhecimento saudável e reduzir as desigualdades em saúde, através da abordagem «Saúde para Todos». A aprendizagem interprofissional deve ser usada para criar um contexto estruturado, solidário, mais acolhedor, para que todas as profissões possam trabalhar de uma forma integrada, em benefício dos doentes e da comunidade.
Recentemente, diversas resoluções da OMS (17,18) e relatórios intercalares (19, 20) reconheceram que siste-mas de serviços de saúde aperfeiçoados e sustentáveis exigem enfermeiros e EEESMO qualificados, valori-zados e devidamente remunerados. O Comité Regional na Europa (21, 22) também reconheceu, em 2007 e 2009, a importância de uma força de trabalho robusta para o fortalecimento dos sistemas de saúde.
Existe uma forte inter-relação entre os Estados-membro – algo que tem sido evidente na actual crise financei-ra e que se estende à política de saúde e ao impacto das políticas de saúde além-fronteiras. Isto aplica-se em especial à força de trabalho da saúde e o objectivo primordial de todos os os Estados-membro é a sustentabi-lidade dos recursos humanos neste domínio.
A evidência mostra que profissionais saudáveis, com um bom nível educativo, convenientemente apoiados e motivados, melhoram a experiência dos cuidados e os resultados em saúde. Por isso, é importante a criação de ambientes de trabalho positivos, de oportunidades de carreira, de reconhecimento profissional e recom-pensas para enfermeiros e EEESMO. Isto reduz o absentismo por doença e encoraja o seu envolvimento acti-vo nos locais de trabalho e na prestação de serviços de saúde de qualidade. O Código de Conduta Mundial no Recrutamento Internacional de Profissionais de Saúde, da OMS [Global Code of Practice on the International Recruitment of Health Personnel] (24) apoia o reforço das capacidades dos recursos humanos no sector da saúde (23) e a redução da sangria de pessoal qualificado nos países em vias de desenvolvimento. Além disso, as organizações de saúde que proporcionam ambientes promotores da saúde e cujos profissionais gozam de boa saúde e bem-estar constituem modelos a seguir nas respectivas comunidades.
4. ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS EUROPEIAS PARA A ENFERMAGEM E A ESMO
A «Saúde 2020» e este quadro têm como objectivo comum a melhoria da saúde e do bem-estar das populações e a redução das iniquidades no domínio da saúde. O quadro pode ajudar a orientar os Estados-membro na melhoria do contributo dos enfermeiros e dos EEESMO para alcançar as metas da «Saúde 2020». Visa apoiar os Estados-membro no fortalecimento e sustentação dos seus recursos humanos em Enfermagem e em ESMO, para que estes profissionais possam dar um contributo activo para a melhoria dos resultados no sector da saúde. Este contributo abarca desde a prestação de cuidados e protecção e promoção da saúde à participação na im-plementação e planeamento da política nacional de saúde. O quadro foi criado pelo Escritório Regional na se-quência de amplas consultas a especialistas em Enfermagem e em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica. Baseia-se na «Saúde 2020» (1), no documento global Orientações Estratégicas para o Fortalecimento dos Serviços de Enfermagem e Enfermagem Obstétrica 2011-2015 [Strategic Directions for Strengthening Nursing and Midwi-fery Services 2011–2015] (2) e na «Declaração de Munique» (14). Também foram tomadas em consideração as posições subscritas pela 64.ª Assembleia Mundial da Saúde na resolução WHA647, sobre o fortalecimento da Enfermagem e da ESMO em 2011 (18), e nos resultados, em 2010, do Levantamento mundial de monitorização do progresso na Enfermagem e ESMO [A global survey monitoring progress in nursing and midwifery] (20).
Orientações estratégicas europeias para o fortalecimento da Enfermagem e ESMO em relação às metas da «Saúde 2020»
Desenvolvimento e transformação
do ensino
Regulação
Planeamento da força laboral
e optimização da combinação
de competências
Investigação
Criação de ambientes
de trabalho positivos
Parcerias
Promoção da prática baseada
na evidência e na inovação
Gestão e liderança
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A Fig. 2 mostra como este enquadramento sustenta a implementação da «Saúde 2020» através do reforço e sustentabilidade dos recursos humanos e dos serviços de Enfermagem e ESMO. A restante parte deste capítulo apresenta informação e propõe linhas de acção para alcançar os 12 objectivos e, em última análise, contribuir para a aplicação da «Saúde 2020». Cada um destes objectivos é alinhado com áreas de acção prioritárias e mecanismos facilitadores particulares (Tabela 1), que são apresentados em pormenor abaixo. O Anexo 1 apre-senta uma proposta de enquadramento para a implementação entre Estados-membro e o Escritório Regional.
Meta da «Saúde 2020»: Melhorar a saúde e bem-estar das populações e reduzir as iniquidades em saúde
Beneficiários: • Indivíduos e populações• Sistemas e serviços de saúde• Profissionais de saúde
Recursos humanos de Enfermagem e ESMO sustentáveis, competentes e motivados,
prestando, com segurança e com base em evidências:• Cuidados centrados no doente• Promoção da saúde• Prevenção da doença
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Orientações estratégicas europeias para o fortalecimento da Enfermagem e Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica em relação às metas de Saúde 2020
Este quadro (Fig. 2) estabelece quatro áreas prioritárias de acção e 12 objectivos sustentados por quatro me-canismos facilitadores visando o fortalecimento dos serviços de Enfermagem e da ESMO no contexto dos planos nacionais de cada Estado-membro e em colaboração com o Escritório Regional.
Fig. 2. Orientações estratégicas europeias para o fortalecimento da Enfermagem e ESMO em relação às metas da «Saúde 2020»
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Orientações estratégicas europeias para o fortalecimento da Enfermagem e Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica em relação às metas de Saúde 2020
Tabela 1. Áreas de acção prioritárias, mecanismos facilitadores e objectivosÁrea de acção ou mecanismo ObjectivoÁreas de acção prioritárias
Desenvolvimento e transformação do ensino
1: Uniformizar a formação inicial de enfermeiros e EEESMO ao nível da licen-ciatura para atingir os melhores resultados para os doentes e populações.2: Desenvolver ensino e regulamentação que assegure que as competências nu-cleares dos enfermeiros e dos EEESMO estão em harmonia com os princípios básicos da «Saúde 2020».3: Fortalecer o desenvolvimento profissional contínuo e a promoção profissio-nal.
Planeamento dos recursos humanos e optimização da combinação de competências
4: Elaborar estratégias e políticas de planeamento da força de trabalho capazes de assegurar recursos humanos em número suficiente e sustentável na Enferma-gem e na ESMO.5: Assegurar que a reconfiguração e combinação de competências nos recursos humanos proporciona cuidados seguros e eficazes.
Criação de ambientes de trabalho positivos 6: Promover ambientes de trabalho positivos.
Promoção de práticas baseadas na evidência e na inovação
7: Facilitar uma cultura de práticas baseadas na evidência na Enfermagem e ESMO.8: Desenvolver, transformar e adaptar as funções dos enfermeiros e EEESMO de acordo com as metas da «Saúde 2020».
Mecanismos facilitadores
Regulação 9: Assegurar que as definições de Enfermagem e de Enfermagem de Saúde Ma-terna e Obstétrica se encontram consagradas na legislação e que existem meca-nismos para a protecção do público.
Investigação 10: Criar capacidades de investigação multidisciplinar em Enfermagem e em ESMO.
Parcerias11: Estabelecer colaboração interdisciplinar e entre sectores e parcerias trans-versalmente na sociedade para desenvolver e fornecer cuidados centrados na pessoa e melhorar os resultados na saúde.
Gestão e liderança12: Fortalecer a inclusão dos enfermeiros e dos EEESMO na tomada de decisão sobre as políticas da saúde e a prestação de serviços, a nível local, governamental e internacional.
4.1. Áreas prioritárias de acção
Com base em consultas a especialistas em Enfermagem e em ESMO foram identificadas quatro áreas prio-ritárias de acção, consideradas necessárias no apoio a dar aos enfermeiros e EEESMO para o contributo efectivo destes profissionais para a saúde das respectivas comunidades. Consistem no desenvolvimento e transformação do ensino e da formação, no planeamento dos recursos humanos e na optimização da com-binação de competências, na criação de ambientes de trabalho positivos e na promoção de práticas baseadas na evidência e na inovação. Cada uma delas fará avançar a «Declaração de Munique» e contribuirá, de forma significativa, para a concretização das metas da «Saúde 2020».
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Orientações estratégicas europeias para o fortalecimento da Enfermagem e Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica em relação às metas de Saúde 2020
4.1.1. Desenvolvimento e transformação do ensino e da formação
É importante que a formação inicial de enfermeiros e EEESMO promova o compromisso com a prática baseada na evidência, o desenvolvimento de competências e a sua manutenção através do compromisso de aprendizagem ao longo da vida enquanto componente integral e regular da prática profissional (Caixa 1). Esta aprendizagem ao longo da vida não se restringe ao contexto académico e pode ser prosseguida através de modelos de aprendizagem inovadores, nomeadamente a educação virtual.
Caixa 1. Desenvolvimento e transformação do ensino e da formação
Prioridade: a formação de enfermeiros e EEESMO é realizada de forma a garantir a disponibilidade de uma oferta de enfermeiros e de EEESMO qualificados e competentes, de forma a atender às necessidades em transformação da população, às tecnologias da saúde e aos modelos de prestação de cuidados de saúde.
Objectivo 1: uniformizar a formação inicial de enfermeiros e EEESMO ao nível da licenciatura para que se possam obter os melhores resultados para doentes e populações.
Objectivo 2: desenvolver ensino e regulamentação que permita e assegure que as competências nucleares de enfermeiros e EEESMO estão em harmonia com os princípios fundamentais da «Saúde 2020».
Objectivo 3: fortalecer o desenvolvimento profissional contínuo e a promoção profissional.
Os planos de estudo universitários e pós-graduados para os enfermeiros e EEESMO devem formar diploma-dos habilitados a ir ao encontro de uma variedade de grupos de doentes e de serviços de saúde em mutação (25). As competências em saúde pública devem fazer parte das exigências nucleares nos planos de estudo universitários e pós-graduados, de forma a reforçar as competências na promoção da saúde e na prevenção da doença ao longo da vida. Todos os planos de estudo devem incluir os determinantes-chave da saúde, especialmente um começo de vida saudável para todas as crianças, a gestão das doenças crónicas, os cuida-dos continuados e o apoio ao envelhecimento saudável, bem como a capacitação das pessoas e a autogestão dos cuidados. Um conceito-chave em que se deve alicerçar o fortalecimento do sistema de saúde na «Saúde 2020» é o recurso, na prestação do serviço, a uma abordagem centrada nas pessoas, o que implica serviços abrangentes, contínuos, éticos, seguros e sustentáveis, e que vão ao encontro das necessidades do indivíduo. Os programas de ensino devem preparar os enfermeiros e os EEESMO com competências para trabalhar em serviços centrados nas pessoas.
A investigação mostra que o nível universitário na formação em Enfermagem e o rácio doente/enfermeiro estão associados à redução das mortes hospitalares evitáveis (26). É da maior importância que a segurança dos doentes, a qualidade dos cuidados e a capacidade de exercer práticas clínicas baseadas na evidência sejam factores centrais na formação profissional em Enfermagem e ESMO.
Tendo em vista alargar as competências para um trabalho de equipa colaborativo e para a cooperação entre sectores, os programas de licenciatura em Enfermagem e ESMO devem pautar-se pelo Quadro de acção em educação interprofissional e práticas colaborativas [Framework for action on inter-professional education and collaborative practice] (6). As oportunidades de educação interdisciplinar, por exemplo, devem ser desenvol-vidas em torno de tópicos de saúde específicos, tais como a gestão das doenças não transmissíveis.
4.1.2. Planeamento dos recursos humanos e optimização da combinação de competências
O alinhamento da oferta com a procura, actualmente e no futuro, exige um planeamento eficaz dos recur-sos humanos (Caixa 2). Actualmente as metodologias de planeamento dos recursos humanos, os propósi-tos, as abordagens e os prazos variam grandemente de país para país (27). Também se verificam variações
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entre as profissões e os sectores envolvidos nestes processos. O planeamento dos recursos humanos deve deslocar-se dos modelos tradicionais centrados numa só profissão para o planeamento multiprofissional integrado e garantir que todas as profissões relevantes no sector da saúde – incluindo os enfermeiros e os EEESMO – fazem parte do processo de planeamento. As ferramentas e os processos de planeamento de cada país podem ser enformados e complementados por iniciativas recentes. Em primeiro lugar, o quadro de acção da OMS para o planeamento dos recursos humanos em saúde disponibiliza um leque de mode-los e ferramentas (28). Em segundo lugar, a «Acção Comum da União Europeia sobre o Planeamento dos Recursos Humanos no Sector da Saúde» [European Union Joint Action on Health Workforce Planning and Forecasting] disponibiliza uma plataforma de partilha de informação e aprendizagens entre países (29). Além disso, é fundamental o contributo dos Estados-membro para a concepção e implementação efica-zes das ferramentas de apoio às políticas, tais como as bases de dados de recursos humanos da saúde e o «Código de Conduta Mundial no Recrutamento Internacional de Profissionais de Saúde» da OMS (30). Ao monitorizarem e planearem os recursos humanos em Enfermagem e ESMO, os Estados-membro devem recorrer a dados rigorosos e completos, métodos adequados e ferramentas pertinentes, que lhes permitam tomar decisões baseadas na evidência. Estes factores são úteis para a avaliação das necessidades, da oferta e da mobilidade dos recursos humanos, e norteiam também o adequado ajustamento entre as competências e as necessidades de saúde em transformação.
Caixa 2. Planeamento dos recursos humanos e optimização da combinação de competências
Prioridade: a oferta de enfermeiros e EEESMO em número suficiente é fundamental para assegurar a sustentabilidade dos sistemas de saúde, para permitir a resposta à pressão crescente das alterações demográficas e dos padrões da doença e para o aproveitamento integral das tecnologias actuais e futuras.
Objectivo 4: desenvolver estratégias e políticas de planeamento dos recursos humanos capazes de assegurar um número suficiente e sustentável de enfermeiros e EEESMO.
Objectivo 5: assegurar que a reconfiguração dos recursos humanos e a combinação de competências proporcionam cuidados seguros e eficazes.
Para uma prestação de serviços efectiva são necessários processos que assegurem que, no momento certo, vão estar disponíveis profissionais suficientes e com uma correcta combinação de competências, aptidões e flexibilidade para prestar cuidados de saúde de elevada qualidade. Os Estados-membro terão de determi-nar qual a combinação de competências mais adequada entre profissões e perfis profissionais como sendo um componente crítico da prestação de cuidados de saúde efectivos. A combinação de competências pode referir-se à combinação de perfis profissionais, à demarcação de funções no seio de categorias diferentes de profissionais e à combinação de competências disponíveis ou necessárias (31). Os cuidados de saúde são uma indústria de trabalho intensivo, pelo que é importante identificar as combinações mais eficazes entre os recursos disponíveis.
A literatura internacional fornece um conjunto de metodologias para determinar a combinação de com-petências ideal no âmbito de uma abordagem mais ampla ao planeamento de recursos. As estratégias para assegurar as combinações de funções e de pessoal mais adequadas e mais custo-eficazes podem ganhar com uma revisão dos dados existentes sobre a combinação de competências, nomeadamente sobre a combinação entre médicos e enfermeiros/EEESMO ou entre médicos generalistas e especialistas (32).
Uma vez que não existe uma combinação de competências que se possa considerar universal ou ideal, esta deve ser determinada a partir da identificação das necessidades especiais de cada população específica de doentes. Também é importante analisar os contextos organizacionais e sistémicos que definem oportunida-des de mudança, nomeadamente a introdução de novas funções ou o desenvolvimento das funções existentes. Um dos exemplos sugerido pela evidência é o de que o âmbito da prática dos enfermeiros pode ser alargado
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em muitos sistemas de serviços, com base nas necessidades dos doentes e das populações e à medida que vão sendo executadas as reformas da saúde nos países (33).
4.1.3. Assegurar ambientes de trabalho positivos
A evidência mostra que a experiência dos cuidados e os resultados para os doentes são melhores com profis-sionais saudáveis e motivados, que disponham de um bom sistema de apoio e de uma formação sólida. É por isso que é importante criar ambientes de trabalho positivos, oportunidades de carreira e reconhecimento pro-fissional e prémios para enfermeiros e EEESMO (Caixa 3), estratégias que reduzam o absentismo por doença e encorajem a sua fixação e envolvimento activo no local de trabalho e na prestação de cuidados de saúde.
Caixa 3. Assegurar ambientes de trabalho positivos
Prioridade: está demonstrado que ambientes de trabalho positivos melhoram os resultados ao nível dos doentes e do desempenho organizacional.
Objectivo 6: promover ambientes de trabalho positivos.
Os ambientes de trabalho positivos para enfermeiros e EEESMO definem-se como contextos de prática que maximizam a saúde, a segurança e o bem-estar dos profissionais da saúde e melhoram e/ou mantêm a sua motivação (34). Estes ambientes de trabalho asseguram que enfermeiros e EEESMO podem desenvolver o seu trabalho de forma eficaz, eficiente, segura e atempada. Têm também um impacto positivo no desempe-nho, estabelecendo a base de uma boa experiência e bons resultados por parte do doente e bons indicadores de desempenho organizacional; além disso, contribuem ainda para resultados sociais mais amplos. Os bene-fícios financeiros para as organizações incluem reduções no absentismo, nas perdas de produtividade, nos custos relacionados com a organização dos cuidados de saúde e nos custos derivados de resultados doente/ cliente adversos. Além disso, as organizações de saúde que proporcionam ambientes favoráveis à promoção da saúde e que têm profissionais saudáveis e gozando de bem-estar funcionam como modelos a seguir nas respectivas comunidades.
Aos governos cabe a responsabilidade de criar legislação que assegure, nomeadamente, a saúde e segurança no local de trabalho e um tratamento não discriminatório, que estabeleça políticas nacionais que fomentem locais de trabalho saudáveis e protejam os trabalhadores da intimidação e assédio, criando-se a confiança de que os profissionais vão prestar cuidados de alta qualidade.
As organizações são responsáveis pela implementação de legislação e pelo desenvolvimento de planos e po-líticas locais que vão ao encontro das expectativas nacionais e das necessidades locais, bem como pela pro-moção da saúde e bem-estar dos seus trabalhadores e de um adequado equilíbrio trabalho/lazer. Também são responsáveis por assegurar que os serviços de saúde ocupacional e de aconselhamento estão a funcionar para dar assistência ao trabalho, desgastante emocionalmente e exigente em termos físicos, dos enfermeiros e dos EEESMO.
Os profissionais são responsáveis por compreender e utilizar as políticas no sentido da sua própria segurança e da segurança dos doentes, por assumir a responsabilidade pelas suas escolhas pessoais em termos de saúde e por procurar ajuda e apoio quando necessário.
As práticas em locais de trabalho saudáveis devem ser monitorizadas e avaliadas, para que haja informação disponível para uma melhoria contínua das condições de trabalho através da investigação e do desenvolvi-mento. A formação básica em Enfermagem e em ESMO deve incluir as temáticas da prevenção de lesões profissionais e da importância de ambientes de trabalho saudáveis.
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Constitui grande factor de preocupação o grau de insatisfação manifestado pelos enfermeiros relativamen-te a oportunidades de formação e à promoção profissional. Assim, é de vital importância a prossecução de estratégias de fixação que assegurem uma força laboral suficiente e sustentável na Enfermagem e na ESMO. Também é fundamental dar prioridade à promoção profissional que melhore os cuidados prestados ao doen-te e aumente a participação no progresso dos serviços de saúde. A possibilidade de contribuírem, enquanto líderes, para as decisões globais relativas à prestação dos serviços é um factor que estimula o sentimento de lealdade organizacional. Isto pode ser alcançado através da criação de estruturas organizativas que permitam a descentralização da liderança e reúnam múltiplas áreas na partilha de experiências sobre desenvolvimento e governação.
A remuneração, incluindo salários adequados e contratos flexíveis, é um requisito fundamental na fixação dos recursos humanos da Enfermagem e da ESMO.
Os recursos humanos da Enfermagem e da ESMO estão a envelhecer. A juntar à necessidade de estimular novas entradas nestas profissões, a fixação da actual força laboral é uma questão fulcral e vai exigir soluções sustentáveis, tais como carreiras mais longas e o prolongamento da idade da reforma. Isto vai originar novas funções para os enfermeiros e EEESMO mais velhos, por exemplo, assumindo funções de mentores, e tam-bém práticas e modelos de trabalho diferentes (35).
4.1.4. Promoção de práticas baseadas na evidência e na inovação
A prática baseada na evidência é preocupação de todos os enfermeiros e EEESMO. Deve ser possibilitada através do ensino, da investigação, da liderança e do acesso a fontes de evidência. É necessário o empenho de todos os Estados-membro para permitir que enfermeiros e EEESMO desenvolvam práticas baseadas na evidência ao desempenharem as suas funções clínicas. A utilização da evidência na tomada de decisão sobre os cuidados a prestar ao doente exige da parte dos enfermeiros e EEESMO:
• Recurso à melhor evidência disponível; • Aplicação da sua perícia clínica e do seu juízo profissional; • Reconhecimento e incorporação das necessidades e valores dos doentes; • Utilização eficaz dos recursos disponíveis.
Caixa 4. Promoção de práticas baseadas na evidência e na inovação
Prioridade: os cuidados de saúde devem ser prestados usando a melhor evidência disponível para a tomada de decisão, factor importante para a promoção da eficácia dos serviços de saúde.
Objectivo 7: facilitar a cultura de práticas baseadas na evidência na Enfermagem e ESMO.
Objectivo 8: desenvolver, transformar e adaptar as funções dos enfermeiros e dos EEESMO de acordo com as metas da «Saúde 2020».
A meta é prestar os melhores cuidados possíveis aos doentes e às populações, tendo em conta as suas ne-cessidades. Além disso, a prática baseada na evidência padroniza os cuidados clínicos e fortalece a base de conhecimentos da Enfermagem e EEESMO.
Os enfermeiros e os EEESMO têm várias funções e responsabilidades, de acordo com as expectativas orga-nizacionais estabelecidas na descrição do posto de trabalho/perfil de função e consentâneas com o âmbito da prática. Funções diferentes exigem, muitas vezes, diferenças nos níveis de formação, nas competências e nos âmbitos de prática permitidos. Os decisores políticos da saúde e os líderes em Enfermagem e em ESMO devem identificar estas funções de forma clara. Pode recorrer-se a um enquadramento para explicar estas
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funções em termos do seu âmbito de prática, das competências pretendidas e das responsabilidades na di-vulgação, desenvolvimento, avaliação e apoio à utilização de práticas baseadas na evidência. Exemplificando, um enfermeiro com a formação base em Enfermagem e um enfermeiro de prática avançada com um douto-ramento, a trabalharem no mesmo contexto clínico, vão ter responsabilidades muito diferentes.
Funções em mutação e mais especializadas são particularmente importantes num mundo em que as tendên-cias demográficas e os padrões das doenças representam um desafio para os sistemas de saúde, obrigando-os a redefinirem o âmbito de prática das diferentes profissões da saúde (36). Para acompanhar as necessidades e expectativas das comunidades é preciso o compromisso e a participação activa, não só dos decisores políticos, como também de todos os grupos profissionais da saúde, incluindo a Enfermagem e a ESMO. É necessário adaptar ou desenvolver estas funções em consonância com a «Saúde 2020». Por exemplo, as funções devem ser adaptadas de forma a acomodar a transição dos cuidados institucionalizados para os cuidados primários e para contextos de base comunitária. Da mesma maneira, com formação adicional podem ser desenvolvidas novas funções para a Enfermagem e para a ESMO no sentido de melhorar o acesso à promoção da saúde, aos tratamentos e aos cuidados não invasivos e cirúrgicos. Verifica-se uma necessidade crescente de práticas avançadas de Enfermagem e ESMO no apoio à modernização dos serviços, em que enfermeiros e EEESMO alarguem o seu conhecimento especializado e a sua prática, recorrendo a um juízo clínico reforçado e à li-derança clínica na prestação de cuidados centrados na pessoa. A prática avançada de Enfermagem deve ser encarada mais como um nível de prática do que como uma função específica, não se caracterizando, em ex-clusivo, pelo domínio clínico, mas podendo incluir também os profissionais que trabalham na saúde pública, na investigação e no ensino e os que ocupam cargos de liderança. Estas funções devem ser exploradas e inte-gradas em todos os programas técnicos relevantes da OMS. É importante que o desenvolvimento das funções aconteça de uma forma planeada, enquadrado por padrões clínicos e regulamentares, tendo em consideração as competências e apoios exigidos.
4.2. Mecanismos facilitadores
Para realizar as acções prioritárias e ir ao encontro dos 12 objectivos, é preciso que estejam reunidos quatro mecanismos facilitadores: regulação, investigação, parcerias e gestão e liderança. Estes mecanismos estão ligados a um ou mais objectivos específicos quando se verifica uma relação directa. Os facilitadores, natural-mente, também subjazem a outros objectivos.
4.2.1. Regulação
A regulação em Enfermagem e ESMO deve assegurar a protecção do público e acompanhar o acesso ao exercício profissional, o âmbito da prática e a conduta profissional (Caixa 5). É fundamental que os Estados--membro definam, na legislação, os quadros de regulação (por exemplo, uma Lei da Enfermagem e ESMO). Esta legislação deve contemplar aspectos como a criação e as funções dos organismos de regulação, respon-sáveis pela manutenção de registos profissionais, a definição de regras para o acesso à profissão, a instituição de códigos deontológicos e a tomada de decisão sobre a aptidão profissional para o exercício da profissão. O registo profissional é essencial para a salvaguarda do público; o código de boas práticas fornece orientações profissionais e estabelece as expectativas dos cidadãos relativamente aos inscritos no registo. É também im-portante que o âmbito e a jurisdição dos organismos reguladores se estenda aos enfermeiros e aos EEESMO que desempenham funções mais diferenciadas, como especialistas e enfermeiros de prática avançada.
Caixa 5. Regulação
Regulação é fundamental para garantir a segurança dos doentes e a qualidade dos cuidados.
Objectivo 9: assegurar que as definições de Enfermagem e de ESMO estão consagradas na legislação e que existem mecanismos para a protecção do público.
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Devem estar disponíveis directrizes, destinadas aos enfermeiros, aos EEESMO e aos agentes do sector da saúde, que definam os padrões para a prática e divulguem as melhores práticas. Os países que possuem essas directrizes têm demonstrado melhorias, quer no domínio da eficiência a nível dos cuidados, quer nos resul-tados em matéria de saúde (37). No sentido de criar directrizes para a prática e realizar auditorias de acordo com os critérios internacionais de certificação da qualidade, é necessário investir tempo e recursos para per-mitir a participação de todas as áreas neste processo. Os enfermeiros e os EEESMO devem ser plenamente envolvidos no processo, fornecendo perícia profissional, competências de investigação e liderança.
4.2.2. Investigação
A criação e o desenvolvimento de investigação em Enfermagem e em ESMO é um meio importante para a compreensão e a melhoria da prestação dos cuidados de saúde. Os enfermeiros e os EEESMO têm de se com-prometer com a investigação sobre os cuidados de Enfermagem e de ESMO e com a investigação que usa o conhecimento em Enfermagem e em ESMO para uma melhor compreensão de sistemas de saúde mais alar-gados (Caixa 6). Dependendo da configuração da investigação, a investigação em Enfermagem e em ESMO pode fazer com que as visões e perspectivas dos trabalhadores no terreno e dos doentes produzam uma reconfiguração de todo o sistema. É preciso um aumento da capacidade instalada para o desenvolvimento da investigação em ambas as áreas. A investigação tem o potencial de melhorar e aumentar a confiança da comunidade/público nos cuidados de Enfermagem e de ESMO, reforçando ainda todo o sistema de saúde. Constitui também uma fonte mais rica para a prática baseada na evidência e uma tradição forte no campo das competências analíticas.
Caixa 6. Investigação
Investigação baseada na Enfermagem e ESMO − é necessária para desenvolver bases de conhecimento científico nas profissões e para aplicar este conhecimento na renovação das práticas em cuidados de saúde.
Objectivo 10: criar capacidade de investigação em Enfermagem, ESMO e multidisciplinar.
É também importante a promoção de investigação que propicie uma abordagem multidisciplinar abrangendo todos os profissionais de saúde. Uma prática que aplica os melhores resultados disponíveis na investigação multidisciplinar pode introduzir formas inovadoras de melhoria da segurança e promover a prestação de cui-dados de saúde baseada na evidência. Tal investigação pode melhorar a continuidade dos cuidados prestados aos doentes e assegurar cuidados abrangentes, melhorando assim os resultados em saúde. Além disso, a in-vestigação em Enfermagem e em ESMO deve ser usada por cada país para enformar as estratégias e políticas para a saúde.
Tal como qualquer disciplina sólida e baseada no conhecimento, é importante que enfermeiros e EEESMO estejam em posição para liderar, participar e influenciar a investigação. Para liderar é preciso ter formação pós-graduada. Isto exige que as universidades criem os programas adequados, para os quais pode ser preciso financiamento do Estado e de instituições de saúde. As instituições académicas também podem contribuir, proporcionando oportunidades para percursos nas carreiras de investigação. Os empregadores devem alocar tempo e recursos e estabelecer as estruturas necessárias para que enfermeiros e EEESMO possam participar e conduzir investigação sempre que se justifique e a par e passo com a prática clínica de Enfermagem.
Os responsáveis políticos devem envolver os investigadores em Enfermagem e em ESMO nas suas decisões sobre as políticas e o financiamento da investigação. Os governos devem apoiar os serviços de cuidados de saúde, incluindo os serviços comunitários, que incorporem parcerias com investigação multidisciplinar ba-seada na Enfermagem e na ESMO. Como os enfermeiros participam em várias áreas e sustentam, de forma
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directa, a prestação de cuidados, os investigadores da Enfermagem podem ajudar os governos a desenvolver objectivos e indicadores numa variedade de questões de saúde. Da mesma maneira, os EEESMO são actores plenos nos cuidados de saúde sexual e reprodutiva. A investigação oriunda destas duas áreas só pode expandir e enriquecer a evidência para os decisores políticos nas instituições governamentais e não-governamentais.
4.2.3. Parcerias
Os desafios que se levantam no domínio da saúde na Europa exigem novas abordagens e novas relações transversalmente aos governos e entre os governos e os cidadãos e a comunidade em geral. As sociedades encontram-se num processo de reavaliação do valor da saúde e a adoptar abordagens que ajudem os indiví-duos a fazer escolhas mais saudáveis, conduzindo assim a sociedades mais produtivas. Os enfermeiros e os EEESMO são facilitadores importantes deste tipo de abordagens, já que, na promoção da saúde, fazem uma abordagem ao ciclo completo de vida, que abrange desde um começo de vida saudável até ao envelhecimento saudável (Caixa 7).
No contexto dos serviços de saúde, a colaboração interdisciplinar é outra forma de parceria. Consiste numa abordagem dos cuidados prestados ao doente em que se envolvem diversos profissionais com diferentes fun-ções, com o objectivo de garantir que são integrados e tratados os vários aspectos das necessidades físicas, so-ciais e psicológicas do doente. Por este motivo, a abordagem interdisciplinar conduz a cuidados de qualidade, maximizando recursos e instalações, e à satisfação dos doentes.
Caixa 7. Parcerias
Parcerias eficazes no sector da saúde devem compreender abordagens globais ao governo e à sociedade.
Objectivo 11: criar colaboração interdisciplinar e entre sectores e parcerias transversalmente à sociedade para desenvolver e proporcionar cuidados centrados no doente e a melhoria dos resultados em saúde.
Para uma colaboração interdisciplinar bem-sucedida, os membros da equipa têm de entender e respeitar as qualificações, âmbito da prática e função de cada um dos intervenientes. A comunicação e a aprendizagem entre os profissionais deve ser uma prioridade da equipa. Nas equipas interdisciplinares as responsabilidades de liderança mudam conforme as necessidades dos casos; assim, a liderança da equipa interdisciplinar deve ser atribuída ao profissional que se considere mais adequado, tendo em conta as condições concretas do doente. Esta situação obriga, muitas vezes, a uma mudança no paradigma e envolve a delegação de responsa-bilidades e de confiança em profissionais que, tradicionalmente, não assumiriam posições de liderança. Deste modo, as equipas interdisciplinares são inovadoras e eficientes.
Os governos e as instituições podem apoiar a abordagem interdisciplinar, definindo-a como um componente necessário do planeamento das metas em saúde e da monitorização do desempenho dos serviços de saúde. Por exemplo, a educação interdisciplinar deve constituir uma prioridade no ensino e formação inicial de to-dos os profissionais de saúde. Deste modo, a abordagem interdisciplinar será então reforçada, de forma per-manente, no local de trabalho. Em termos de expansão de funções e aumento da eficiência dos cuidados de saúde, as equipas interdisciplinares podem ser úteis no processo de identificação das funções mais adequadas para os enfermeiros e EEESMO. As instituições devem, quando for possível, dedicar os esforços das áreas da investigação e dos projectos à procura de oportunidades para abordagens interdisciplinares.
4.2.4. Gestão e liderança
As profissões de Enfermagem e ESMO precisam de desenvolver capacidades para se empenharem numa gestão e liderança clínica fortes, de forma a terem desempenhos de topo. Nesse sentido, são necessárias opor-tunidades educativas adequadas, programas de liderança e estruturas de gestão em todos os níveis (Caixa 8).
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Orientações estratégicas europeias para o fortalecimento da Enfermagem e Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica em relação às metas de Saúde 2020
Caixa 8. Gestão e liderança
Oportunidades de liderança e estruturas de gestão que envolvam os enfermeiros e os EEESMO em todos os níveis são essenciais para concretizar, em pleno, o potencial dos profissionais de Enfermagem e ESMO.
Objectivo 12: fortalecer a inclusão dos enfermeiros e dos EEESMO na tomada de decisão sobre políticas de saúde e prestação de serviços ao nível local, governamental e internacional.
Os governos desempenham um papel crucial para garantir a adequação das respectivas forças de trabalho em saúde, através de funções-chave em que se incluem a regulação, o ensino, o financiamento e a política de saúde. Os enfermeiros e os EEESMO devem ser incluídos neste nível de tomada de decisão dado que os seus conhecimentos profissionais são um contributo vital para alcançar melhores resultados em saúde nas respec-tivas sociedades. Os governos podem atingir este objectivo através da nomeação de enfermeiros superviso-res1. Os CNO podem proporcionar a liderança necessária à transformação da força de trabalho da saúde e dos sistemas de saúde. Os CNO são cruciais para a melhoria da saúde de todos e para a redução das iniquidades no domínio da saúde, através do desenvolvimento da Enfermagem, da ESMO e da política de cuidados de saúde e de planos de acção alinhados com os planos da política nacional de saúde.
Também as organizações − sejam elas académicas, públicas ou privadas − beneficiam se incorporarem, na cultura organizacional e nos sistemas de gestão, uma gestão e liderança fortes em Enfermagem e ESMO. Os líderes da Enfermagem e da ESMO vão assegurar que os enfermeiros e os EEESMO são competentes e preenchem os requisitos para uma prestação de cuidados com segurança, de alta qualidade e baseada na evi-dência, contribuindo ainda para a política empresarial e para a prestação de serviços. Para a sustentabilidade e fixação destes grupos profissionais é igualmente importante apoiar enfermeiros e EEESMO em cargos de liderança. Os enfermeiros e EEESMO em cargos de liderança introduzem conhecimento clínico, experiência da prestação de cuidados no terreno e uma ligação permanente ao pessoal no terreno e aos doentes, permi-tindo decisões organizacionais promotoras de cuidados de alta qualidade aos doentes.
5. IMPLEMENTAÇÃO E MONITORIZAÇÃO DO QUADRO
Assegurar a implementação bem-sucedida deste quadro é uma prioridade do Escritório Regional. A imple-mentação é orientada por um plano de trabalho (cf. Anexo 1), que consiste em 12 objectivos associados a quatro áreas prioritárias de acção e quatro mecanismos facilitadores. Cada objectivo é alinhado com activida-des propostas pelos Estados-membro e pelo Escritório Regional. As actividades vão ser monitorizadas a nível nacional e regional com base em indicadores pré-definidos.
Os Estados-membro são encorajados a utilizar o plano de trabalho como um guia para o fortalecimento dos serviços de Enfermagem e ESMO no âmbito do contexto dos respectivos planos nacionais. Também se po-dem elaborar planos nacionais para a Enfermagem e ESMO, coordenados por CNO, baseados no plano de trabalho. Deste modo, o desenvolvimento da Enfermagem e da ESMO será alinhado com este quadro e com a «Saúde 2020», assegurando, assim, quer um atendimento de elevada qualidade, quer os melhores resultados em saúde para as populações.
Recomenda-se que cada Estado-membro elabore um perfil nacional que reflicta as orientações estratégicas estabelecidas neste documento, identificando as acções e prioridades adequadas ao seu contexto político, educativo e do sistema de saúde. Durante a reunião CNO/FEANEEO/OMS em 2017, cada país será chamado
1 N.T. Goverment chief nurses and midwives, equivalente ao Chief Nursing Officer (CNO), previsto na legislação portuguesa; alto cargo, de nomeação governamental, com funções de aconselhamento especializado.
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Orientações estratégicas europeias para o fortalecimento da Enfermagem e Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica em relação às metas de Saúde 2020
a fazer uma apresentação das acções desenvolvidas no respectivo território conforme os 12 objectivos descri-tos no anexo. Durante esta sessão, será discutida e aprovada a metodologia para a revisão prevista ao fim de cinco anos, a efectuar pelo Escritório Regional em 2020. Recomenda-se aos Estados-membro que actualizem os seus perfis nacionais anualmente e que usem essa informação para avaliar os progressos realizados.
O Escritório Regional vai partilhar evidência sobre o contributo e impacto da Enfermagem e da ESMO atra-vés do «Compêndio Europeu de boas práticas em Enfermagem e ESMO» (2015). Posteriormente, serão ela-borados e divulgados mais exemplos de modelos de avaliação, supervisão, promoção profissional e desenvol-vimento profissional contínuo. A informação sobre os resultados alcançados e as novidades será divulgada e partilhada através de oportunidades de aprendizagem, nomeadamente seminários e publicações da OMS.
Além disso, o plano de trabalho estabelece mecanismos para envolver os Estados-membro nesta implemen-tação, em parceria com o Escritório Regional, e para incorporar a Enfermagem e a ESMO transversalmente nos programas técnicos da OMS. O envolvimento dos enfermeiros e dos EEESMO será facilitado através da criação de grupos de peritos da OMS para, por exemplo, orientar os progressos no ensino e gerar evidência científica. A criação de uma plataforma incluindo os CNO, o FEANEEO, os centros colaboradores da OMS e outros peritos em Enfermagem e ESMO vai providenciar mais oportunidades para o Escritório Regional solicitar consultoria sempre que necessário. O Escritório Regional continuará a apoiar o actual encontro bianual de CNO, FEANEEO e dos centros colaboradores da OMS, um fórum de boas práticas e de discussão em torno de questões profissionais da actualidade sobre Enfermagem e ESMO. Para a integração, devem ser identificadas novas oportunidades para os líderes da Enfermagem e ESMO em políticas de saúde, ensino e investigação, para contribuírem para os programas técnicos da OMS.
Com o apoio e compromisso dos Estados-membro na implementação deste quadro, os enfermeiros e os EEESMO podem alcançar um maior protagonismo na política e no planeamento nacional de saúde e um papel reforçado na melhoria da saúde e do bem-estar e na redução das iniquidades no domínio da saúde, em toda a Região, até 2020.
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Orientações estratégicas europeias para o fortalecimento da Enfermagem e Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica em relação às metas de Saúde 2020
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Orientações estratégicas europeias para o fortalecimento da Enfermagem e Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica em relação às metas de Saúde 2020A
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29
Orientações estratégicas europeias para o fortalecimento da Enfermagem e Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica em relação às metas de Saúde 2020O
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Orientações estratégicas europeias para o fortalecimento da Enfermagem e Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica em relação às metas de Saúde 2020Á
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33
Orientações estratégicas europeias para o fortalecimento da Enfermagem e Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica em relação às metas de Saúde 2020
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34
Orientações estratégicas europeias para o fortalecimento da Enfermagem e Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica em relação às metas de Saúde 2020O
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35
Orientações estratégicas europeias para o fortalecimento da Enfermagem e Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica em relação às metas de Saúde 2020
ANEXO 1 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Global standards for the initial education of professional nurses and midwives. Geneva: World Health Organization; 2009 (http://whqlibdoc.who.int/hq/2009/WHO_HRH_HPN_08.6_eng.pdf, acedido em 15 Julho 2015).
2. Framework for action on interprofessional education and collaborative practice. Geneva: World Health Organization; 2010 (http://whqlibdoc.who.int/hq/2010/WHO_HRH_HPN_10.3_eng.pdf, acedido em 15 Julho 2015).
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4. Health 2020: a European policy framework and strategy for the 21st century. Copenhagen: WHO Regio-nal Office for Europe; 2013 (EUR/RC62/8; http://www.euro.who.int/en/health-topics/health-policy/health-2020-the-european-policy-for-health-and-well-being/publications/2013/health-2020-a-eu-ropean-policy-framework-and-strategy-for-the-21st-century, acedido em 15 Julho 2015).
5. Resolution WHA63.16. WHO Global Code of Practice on the International Recruitment of Health Person-nel. Em: Sixty-third World Health Assembly, Geneva 17–21 May 2010. Geneva: World Health Organization; 2010 (http://apps.who.int/gb/ebwha/pdf_files/WHA63/A63_R16-en.pdf, acedido em 15 Julho 2015).
6. Tools and guidelines for human resources for health. Em: World Health Organization [website]. Geneva: World Health Organization; 2014 (http://www.who.int/hrh/tools/en/index.html, acedido em 15 Julho 2015).
7. ILO Nursing Personnel Convention No. 149. Geneva: International Labour Office; 2005 (http://www.who.int/hrh/nursing_midwifery/nursing_convention_C149.pdf, acedido em 15 Julho 2015).
8. European health for all database [base de dados em linha]. Copenhagen: WHO Regional Office for Euro-pe; 2014 update (http://www.euro.who.int/hfadb, acedido em 15 Julho 2015).
36
Orientações estratégicas europeias para o fortalecimento da Enfermagem e Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica em relação às metas de Saúde 2020A
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Orientações estratégicas europeias para o fortalecimento da Enfermagem e Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica em relação às metas de Saúde 2020G
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Orientações estratégicas europeias para o fortalecim
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Escritório Regional da OMS para a EuropaA Organização Mundial da Saúde (OMS) é uma agência especializada das Nações Unidas, criada em 1948 com responsabilidade principal para os assuntos internacionais de saúde e de saúde pública. O Escritório Regional da OMS para a Europa é um dos seis escritórios regionais em todo o mundo, cada um com o seu próprio programa orientado para as condições específ icas de saúde dos países em que actua.
Estados-membroAlbâniaAndorra ArméniaÁustriaAzerbaijãoBielorrússia BélgicaBósnia e Herzegovina BulgáriaCroáciaChipreRepública Checa DinamarcaEstóniaFinlândiaFrançaGeórgiaAlemanhaGréciaHungriaIslândiaIrlandaIsraelItáliaCazaquistão QuirguistãoLetóniaLituâniaLuxemburgoMaltaMónacoMontenegroHolandaNoruegaPolóniaPortugalRepública da Moldávia RoméniaFederação RussaSão MarinoSérviaEslováquiaEslovéniaEspanhaSuéciaSuíçaTajiquistãoAntiga República Jugoslava da Macedónia Turquia Turquemenistão UcrâniaReino Unido Uzbequistão
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Orientações estratégicas europeias para o fortalecimento da Enfermagem
e Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica em relação às metas
de Saúde 2020