ORIENTACÕESPARA PROPOSTASSELECIONADAS

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Inclusão digital em todo o Brasil

O Programa Telecentros.BR está chegando às comunidades. A primeira seleção de parcerias do programa rece-beu mais de mil inscrições, com pedidos de apoio para quase quinze mil telecentros em todo o país. Passaram pela seleção dez mil telecentros que começam a ser atendidos ainda em 2010.

Os telecentros irão receber equipamentos de informática, conexão à internet e selecionar jovens da co-munidade para atuarem como agentes de inclusão digital. Esses monitores serão bolsistas do programa. Além de participar de um curso de formação com duração de doze meses, vão atender à população no telecentro.

A Coordenação-Geral do Programa é feita em conjunto pelos Ministérios do Planejamento (MP), das Co-municações (MC), e da Ciência e Tecnologia (MCT). A Coordenação Executiva é da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do MP, que organiza o fl uxo de atendimento entre as entidades proponentes e cada um dos Ministérios parceiros.

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Atendimento por etapas

Para apoiar todos os telecentros selecionados, o cronograma de atendimento está dividido em fases. Cada entidade proponente, responsável por iniciativa de inclusão digital selecionada como parceira do Programa, organizou os telecentros de sua proposta entre as quatro etapas de atendimento:

• Etapa 1: julho a setembro/2010 • Etapa 2: outubro a dezembro/2010 • Etapa 3: janeiro a março/2011 • Etapa 4: abril a junho/2011

Os telecentros em funcionamento de todas as propostas serão atendidos ainda em 2010, nas etapas 1 e 2. São cerca de três mil e quinhentos espaços já existentes, dentre eles centros de inclusão digital que serão conectados pelo Programa.

Os telecentros novos foram divididos entre as etapas 1 a 4, conforme avaliação da entidade proponente. Foram considerados fatores como espaço físico adequado e localização em territórios prioritários, defi ni-dos na seleção de parcerias.

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O que cada telecentro irá receber

Telecentros em funcionamento irão receber o que foi solicitado na proposta, exceto duas ofertas que não estarão disponíveis: a conexão para quem já possui e a formação para monitores não bolsistas.

Já os telecentros novos devem receber exatamente o que solicitaram, exceto a formação para monitores não bolsistas.

Não será possível atender, por enquanto, a monitores não bolsistas, porque a quantidade de bolsistas dos telecentros a serem apoiados superou as expectativas. Mas o conteúdo da formação, uma vez estru-turado, vai estar disponível sob licenças autorais que permitem a utilização dos materiais por quaisquer pessoas interessadas, para fi ns não comerciais.

Kit de equipamentos de informática novos

O kit é oferecido pelo Ministério das Comunicações e contém:• 10 estações (computadores) confi guradas com sistemas operacionais e aplicativos (softwares) livres e

de código aberto;

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• 21 cadeiras multiuso;• 01 mesa do professor;• 01 armário baixo em MDF;• 11 mesas para computador;• 01 projetor multimídia;• 01 roteador wireless;• 01 impressora;• 11 estabilizadores;• 01 câmera de segurança;• 01 servidor confi gurado com sistema operacional e aplicativos (softwares) livres e de código aberto; e• sistemas e programas informatizados de gestão do telecentro.

Assim que receber a demanda de cada etapa de atendimento, o Ministério das Comunicações irá informar à empresa fornecedora, responsável pela entrega e instalação, os telecentros que devem receber o kit. O agendamento da entrega somente será feito se o espaço físico estiver adequado. As diretrizes de adequa-ção estão no manual disponível no portal do Programa Telecentros.BR. No caso de telecentros novos, a conexão à internet somente será agendada após a confi rmação da instalação dos equipamentos.

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Conjunto de computadores recondicionados

É o conjunto composto por cinco ou dez terminais de computadores e um servidor, que resultam de recon-dicionamento de bens de informática usados. Esses computadores são equipados com dispositivos para rede lógica padrão Ethernet e confi gurados com sistemas operacionais e aplicativos (softwares) livres e de código aberto.

A entrega do conjunto de equipamentos recondicionados somente será realizada quando o Centro de Recondicionamento de Computadores do Projeto Computadores para Inclusão (Projeto CI) responsável pelo atendimento receber a documentação da entidade benefi ciária. Cada entidade proponente vai ser informada sobre esses procedimentos pelo Ministério do Planejamento e deverá orientar as entidades locais responsáveis por cada telecentro.

A instalação e confi guração dos equipamentos em rede é de responsabilidade da entidade proponente juntamente com a entidade benefi ciária. Os centros de recondicionamento colocam à disposição manuais para facilitar a instalação. Também podem tirar dúvidas por e-mail e telefone sobre esse procedimento.

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Conectividade à internet

O serviço será instalado por empresa contratada pelo Ministério das Comunicações em telecentros novos ou em centros de inclusão digital que já funcionam, mas ainda não possuem conexão.

As entidades proponentes e benefi ciárias devem verifi car se há necessidade de adequações físicas para ins-talação do serviço de conexão, conforme orientações disponíveis no portal do Programa Telecentros.BR. Nos locais em que a conexão será via satélite, existem diretrizes específi cas para a instalação da antena.

A conexão somente será instalada se o espaço estiver com equipamentos interligados por rede lógica, confi gurada para distribuir o sinal de internet aos terminais.

Seleção de bolsistas

Os telecentros que solicitaram bolsas para jovens da comunidade atuarem como agentes de inclusão digital deverão realizar a seleção pública de bolsistas. Os processos de escolha devem ser divulgados amplamente na comunidade, por pelo menos trinta dias. Devem ser feitos com base nos princípios da impessoalidade, moralidade, publicidade e transparência.

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Se o telecentro já possuir um conselho ou comitê local, constituído por membros representativos da co-munidade, é recomendável envolvê-lo na seleção dos jovens bolsistas.

Na falta de um conselho já constituído ou na impossibilidade de sua participação no processo, deve ser montado um comitê de seleção e avaliação de candidatos para garantir a transparência do processo. Também deve ser feita divulgação dos procedimentos de avaliação e defi nição dos selecionados.

Os requisitos para participar da seleção são:• Jovem de 16 a 29 anos, morador da comunidade na qual o telecentro está instalado;• Ensino médio completo, ou estar cursando ensino fundamental ou médio;• Dedicação de 6 horas por dia, ou 30 horas semanais, incluídas as 2 horas diárias de participação no

curso a distância, durante doze meses ininterruptos.

São características desejáveis:• Liderança;• Capacidade de comunicação e diálogo;• Trajetória de envolvimento participativo na comunidade;• Capacidade de mobilização;

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• Afi nidade/disposição para lidar com as tecnologias;• Capacidade de interpretação de textos.

Os jovens selecionados como bolsistas são fundamentais para trazer a comunidade para dentro do te-lecentro e fazer dele um espaço de cidadania. O curso de formação irá oferecer conteúdos e atividades para ajudar os monitores neste objetivo. Um gestor local deve acompanhar presencialmente a formação dos jovens.

Contrato de bolsa

As bolsas do Programa Telecentros.BR são oferecidas pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científi co e Tecnológico – CNPq.

Cada entidade proponente deverá indicar um responsável pela implementação das bolsas para fazer a ponte entre os bolsistas e o CNPq.

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Os jovens selecionados devem ser orientados por este responsável, em parceria com as entidades locais, nos seguintes procedimentos:• Obtenção de Cadastro de Pessoa Física (CPF), caso não possuam;• Comprovação de regularidade fi scal de pessoa física;• Abertura de conta corrente comum no Banco do Brasil em nome do bolsista, conforme orientações

disponíveis no portal do Programa Telecentros.BR;• Preenchimento do Currículo Lattes do bolsista (http://lattes.cnpq.br);• Formalização da bolsa.

Os responsáveis pela implementação de bolsas nas entidades proponentes deverão seguir as orientações da Coordenação Executiva sobre o registro dos dados para monitoramento das atividades dos bolsistas.

Curso de Formação

A Rede Nacional de Formação para Inclusão Digital está sendo criada para oferecer o Curso de Formação para Monitores do Telecentros.BR. Cinco instituições foram selecionadas como polos regionais Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, em dois casos sendo apoiadas por polos estaduais (Ceará e São Paulo), e uma como polo nacional da rede. Esses polos vão estar em contato constante com as iniciativas

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parceiras do Programa para integrar os esforços de qualifi cação de gestores e monitores.

O curso de formação terá duração de doze meses para cada monitor, com carga horária total de 480 ho-ras. A maior parte das atividades será oferecida na plataforma de educação a distância Moodle exclusiva da Rede Nacional de Formação, em software livre. Cada aluno deverá dedicar em média duas horas por dia ao curso, e também participar de algumas atividades presenciais.

Diversos temas compõem a formação, estruturados nos seguintes eixos:• Gestão do telecentro, monitoramento e avaliação.• Participação comunitária.• Tecnologia da informação.• Produção e publicação de conteúdos.

Somente podem iniciar o curso de formação bolsistas com contrato formalizado. A primeira turma de cursistas está prevista para começar em setembro de 2010. Até lá, os polos da Rede de Formação estarão construindo os conteúdos e preparando agentes formadores para a implantação do curso.

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Desenvolvimento do curso

O Curso de Formação de Monitores do Telecentros.BR é organizado em módulos. No primeiro, cada bol-sista terá um panorama geral dos quatro eixos temáticos. No segundo, poderá se aprofundar em cada um dos temas, com um amplo cardápio de opções.

No segundo módulo, os bolsistas poderão escolher se querem, por exemplo, aprender a fazer sites na internet, programar softwares, confi gurar infraestrutura de redes, conhecer serviços públicos que facilitam a vida da comunidade, participar de atividades em rede, organizar informações e recursos para melhor funcionamento do telecentro, entre outros temas.

O terceiro módulo é voltado à aplicação prática dos conhecimentos. O projeto comunitário é um plano de atuação local que cada bolsista começa a desenvolver no início do curso. Todos os participantes vão po-der trocar informações sobre seus projetos entre si e aproveitar a riqueza do trabalho em rede. O bolsista conseguirá aperfeiçoar o projeto ao longo do curso para implementá-lo em sua comunidade ao fi nal.

Durante o tempo de curso, a participação nas atividades oferecidas é condição para continuar a receber a bolsa. O bolsista que participar de toda a formação receberá o certifi cado, detalhando sua qualifi cação.

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Gestores e tutores

Cada monitor cursista deverá ser acompanhado presencialmente por um gestor local, pessoa indicada pela entidade proponente em comum acordo com a entidade benefi ciária, responsável local pelo telecen-tro. Antes de começar o curso do bolsista, este gestor vai participar de um curso básico na plataforma de ensino a distância. Nele, poderá conhecer a proposta do curso e se apropriar de habilidades para estimu-lar os monitores bolsistas de sua localidade nos processos de aprendizagem.

Todas as atividades oferecidas a distância terão tutores especialmente formados para o curso do Tele-centros.BR. Os tutores acompanharão tanto a formação dos gestores como a de monitores bolsistas, oferecendo suporte na própria plataforma Moodle, e também por e-mail, bate-papo online, redes sociais e outras ferramentas de interatividade.

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Como deve funcionar cada telecentro apoiado

Para manter o apoio do Programa Telecentros.BR, cada espaço deve funcionar de acordo com as seguintes diretrizes:I – ter as portas abertas ao uso por todo cidadão;

II – permitir que as pessoas da comunidade local utilizem, isentas de qualquer ônus, os recursos, bens e serviços disponibilizados em razão do Programa Nacional de Apoio à Inclusão Digital nas Comunidades – Telecentros.BR, sem prejuízo ao funcionamento e manutenção do respectivo telecentro;

III – constituir um conselho ou comitê local, de composição representativa da comunidade, para acompa-nhamento das atividades do telecentro, estabelecimento de regras de uso do espaço segundo a realidade local, e contribuição ao aperfeiçoamento contínuo da unidade;

IV – atender ao público por, no mínimo, 30 (trinta) horas semanais, em horários que permitam máximo uso pela população moradora do entorno;

V – dedicar horários e equipamentos para múltiplos usos pelo público frequentador, incluindo navegação

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livre e assistida, atividades de formação e projetos de desenvolvimento comunitário em diversas dimen-sões, mediante regras preferencialmente defi nidas pelo comitê ou conselho local do telecentro, conforme as especifi cidades locais;

VI – permitir acesso, conforme regras defi nidas pelo comitê ou conselho local, a sites de redes de relacio-namento, blogs e outras ferramentas disponíveis na web, de modo que o público usuário possa conhecer e acompanhar a evolução tecnológica da internet;

VII – manter ao menos um agente de inclusão digital (monitor) para atendimento ao público frequentador nos horários de funcionamento do telecentro;

VIII – ser mais do que um ponto de acesso, estimulando atividades junto ao público e à comunidade para o uso efetivo das tecnologias da informação e comunicação no desenvolvimento local em suas múltiplas dimensões;

IX – se instalado em escola, promover o acesso da comunidade externa à unidade escolar, como preconi-zado pelo programa Escola Aberta, do Ministério da Educação, e iniciativas similares;

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X – trabalhar ativamente para que toda a comunidade local, independentemente de grupo, fi liação par-tidária ou religiosa, idade, escolaridade e outros elementos de diversidade, aproprie-se do espaço do telecentro para seu uso e benefício;

XI – cadastrar usuários e manter registro atualizado dos atendimentos realizados; e

XII – estar sob a responsabilidade de instituição de atuação local, de natureza pública, ou privada sem fi ns lucrativos, responsável pelo dia a dia do telecentro.

Monitoramento

Entidades proponentes, benefi ciárias, Rede Nacional de Formação, bolsistas e ministérios irão trabalhar em conjunto no monitoramento das ações. Todos os telecentros participantes do Programa Telecentros.BR estão cadastrados no Observatório Nacional de Inclusão Digital (ONID). Nele serão divulgadas as informações sobre cada unidade apoiada, garantindo a transparência.

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COLEGIADO DE COORDENAÇÃO-GERAL

MCConectividade e

equipamentos novos

MCTBolsas paramonitores

Coordenação Executiva – MP

Avaliação Monitoramento

Cronograma de Atendimento

MPRede de formação e equipamentos recondicionados

Entidades Proponentes Selecionadas

Diagrama 1 - Desenho do Programa

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Entidade Proponente Selecionada

Proposta Aprovada

Entidades locais benefi ciárias – Órgãos públicos federais, estaduais ou municipais, ou entidades privadas sem fi ns lucrativos, responsáveis no âmbito local por cada telecentro, assistidas e fi scalizadas pela entidade proponente.

Telecentro em funcionamento

Telecentronovo

Centro de Inclusão Digital em

funcionamento

Centro de Inclusão Digital em funcionamento

Telecentro em funcionamento

Telecentro novo

Telecentro em funcionamento

Telecentronovo

Entidade localbenefi ciária 1

Entidade localbenefi ciária 2

Entidade localbenefi ciária 3

Entidade localbenefi ciária 4

Entidade localbenefi ciária 5

Órgão público federal, estadual ou municipal, ou entidade privada sem fins lucrativos responsávelpela iniciativa de inclusão digital aglutinadora de

um conjunto de telecentros.

A entidade proponente e as entidades locais beneficiárias envolvidas na proposta devem

seguir as orientações para atendimento.

Diagrama 2 - Desenho das Propostas Selecionadas

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www.inclusaodigital.gov.br/telecentros